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ROGÉRIO MIRANDA GOMES AS MUDANÇAS NO MUNDO DO ...

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51todas exigem práticas manuais, em diferentes níveis e gradações, para seremrealizadas. (GRAMSCI, 1987).2.6 <strong>AS</strong> MUDANÇ<strong>AS</strong> <strong>NO</strong> <strong>MUN<strong>DO</strong></strong> <strong>DO</strong> TRABALHO SOB O CAPITALISMOATUAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A QUALIFICAÇÃO <strong>DO</strong> TRABALHOEu estava sobre uma colina e vi o Velho se aproximando, mas ele vinhacomo se fosse o Novo.Ele se arrastava em novas muletas, que ninguém havia visto, e exalavanovos odores de putrefação, que ninguém antes havia cheirado. (...)Assim marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfallevava consigo o Novo e o exibia como Velho.O Novo ia preso em ferros e coberto de trapos; estes permitiam ver o vigorde seus membros.(BRECHT, 2000: 217)Muito se tem elaborado nas duas últimas décadas acerca das mudanças emcurso no “mundo do trabalho”. Consolida-se a tese que defende a existência de umprocesso de transição, a partir da década de 70, do processo de produção organizadohegemonicamente sob a forma Taylorista-Fordista para outra forma com váriascaracterísticas “novas”. Esse processo, que vem sendo alvo de inúmeras elaboraçõesde diversos autores importantes do campo da sociologia do trabalho (CORIAT, 1994;HIRATA, 1994; ANTUNES, 1995; GOUNET, 1999), já teve várias denominações –reestruturação produtiva, regime pós-fordista, regime flexível, regime pós-industrial,entre outros. As elaborações e conceitos, que inicialmente centravam-se nos impactosadvindos da incorporação da automação de base microeletrônica, a chamadaespecialização flexível, passaram a incorporar diversas outras categorias às análisesdas mudanças do trabalho sob o capitalismo atual. A partir disso consolida-se a tese datransição do “regime de acumulação Toyotista-Fordista” para o “regime deacumulação flexível”. Vejamos uma caracterização geral do que inclui essa definiçãona obra de um dos autores que lhe dá uma dimensão mais ampla, para além dasmudanças tecnológicas.A acumulação flexível, como vou chamá-la, é marcada por um confronto direto com a rigidezdo fordismo. Ela se apóia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados detrabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores deprodução inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos

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