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ROGÉRIO MIRANDA GOMES AS MUDANÇAS NO MUNDO DO ...

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49trabalhador. O fato, por exemplo, de não mais ser o trabalhador quem determina oritmo de produção, faz com que seja necessário um disciplinamento físico paraconseguir se adaptar ao ritmo imposto pela máquina, que exige grande concentração eatenção constante. Além desse disciplinamento físico, faz-se necessário um processode disciplinamento psicológico a fim de suportar, mantendo bom desempenhoprodutivo, um trabalho enfadonho, alienante, como é próprio da grande indústria.Portanto, se diminui a necessidade de investimento, por parte do capital, emqualificação técnica manual, ganha maior dimensão a característica superestrutural daqualificação para o trabalho. Com relação à qualificação técnica manual, ainda queesta diminua, continua sendo necessária. Na maioria das vezes, não é mais necessária –a destreza e habilidade etc. - como qualificação técnica prévia à entrada na atividadelaborativa, porém, ao desenvolver sua atividade, qualifica-se o trabalhador, agorasegundo as exigências da maquinaria e não mais da divisão do trabalho. Isso é de sumaimportância para o capitalista, pois, à medida que diminui a necessidade dequalificação técnica prévia, diminui o gasto com a formação da força de trabalho,diminuindo assim o valor da mesma. Essa é a principal conseqüência da introdução damaquinaria para o capitalista: a alteração da composição orgânica do capital, ou seja, adiminuição do capital variável (trabalho vivo) em relação ao capital constante(trabalho morto), levando à maior extração de mais-valia relativa.Outro aspecto fundamental que cabe destacar é a consolidação de uma categoriade trabalhadores responsáveis pelo trabalho técnico intelectual. Desde a manufatura,consolida-se o papel do controle, da gerência do processo produtivo a cargo,inicialmente, do capitalista e de seus capatazes. Porém, mesmo com a divisãomanufatureira do trabalho, ainda não se consolida uma categoria de trabalhadoresresponsáveis pelo planejamento técnico-científico do processo de trabalho nasdimensões na grande indústria. É quando o saber acerca do trabalho é apropriado pelocapital na forma de ciência – consubstancializada na maquinaria - que surge anecessidade de um corpo técnico-científico para “pensar” o processo produtivo econtrolar o trabalho morto. Compõem o grupo dos trabalhadores intelectuaisprodutivos – aqueles ligados ao processo de produção de mercadorias e de mais-valia -

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