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ROGÉRIO MIRANDA GOMES AS MUDANÇAS NO MUNDO DO ...

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43manufatura será um processo que exigirá do capital um grande esforço que durará todoo período manufatureiro. A essa luta em que o capital tenta dominar o trabalhodenomina-se subsunção do trabalho ao capital. A categoria subsunção é deimportância ímpar para a compreensão da relação dialética entre processo de trabalhoe processo de valorização e foi profundamente trabalhada por Marx (1979) noCapítulo VI inédito de O Capital. Nessa obra, o autor enfatiza o processo pelo qual ocapital não somente subordina, mas também inclui o trabalho em sua dinâmica deacumulação. Com a subsunção, o trabalho transforma-se em seu contrário, ou seja, emcapital. Trabalho sob a forma especificamente capitalista de produção passa a somenteexistir como capital variável. Esse processo de subordinação/inclusão apresenta-se demaneira progressiva expressando ao nível do processo de produção a consolidaçãoprogressiva das relações sociais capitalistas. O primeiro momento dessa subsunção é asubsunção formal, a qual se pode definir como sendo o processo de vinculação doprocesso de trabalho ao processo de valorização sob bases materiais ainda nãopropriamente capitalistas (ROMERO, 2005). Em seu início o capitalismo ainda sealicerçava em bases herdadas do feudalismo, pois, o processo de trabalho permaneciasubjugado à subjetividade do trabalhador. Embora o capitalista detivesse agora ocontrole geral sobre o processo de produção de maneira mais ampla, continuava sendoo trabalhador manual quem exercia o controle sobre o processo de trabalho em si. Ditode outra maneira, esse processo de subsunção formal do trabalho ao capital, ou seja, asfases da cooperação simples e da manufatura, limitaram-se a expropriar as condiçõesobjetivas (os meios de produção), não expropriando as condições subjetivas doprocesso de trabalho (o saber operário). Isso fazia com que nesse período, embora oprocesso de trabalho estivesse já subsumido ao processo de valorização, o capitalainda dependia do trabalho vivo para ditar o ritmo e a forma da produção. Ahabilidade, destreza e velocidade do trabalhador eram os fatores determinantes daprodutividade do trabalho, ou seja, o processo de valorização continuava dependentedo trabalho vivo, o que colocava limites importantes à acumulação. Além disso, aprópria demanda posta para a produção social, estimulada pela manufatura, passava asuplantar progressivamente a capacidade produtiva da mesma Por isso, pode-se dizer

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