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ROGÉRIO MIRANDA GOMES AS MUDANÇAS NO MUNDO DO ...

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187somos adeptos de um método, método que, ao mesmo tempo em que tenta se afirmar,vive em constante disputa com outros métodos advindos de diferentes concepçõesacerca da realidade. Fazer essa disputa, entretanto, entre quais são as teorias maisfidedignas em interpretar como a realidade existe, conserva-se, transforma-se, etc., nãoé motivo de angústia. Esse processo, ao contrário, torna-se fonte permanente de prazere realização, sentimentos esses advindos da possibilidade que se vislumbra, aoproceder tais incursões, de poder contribuir, na dimensão daquela gota de oceano, paraa compreensão e intervenção sobre nosso objeto. Mormente quando o objeto que seapresenta para nós é algo de uma complexidade e importância tão grande para ahumanidade quanto a que possui o trabalho em saúde. Portanto, o processo de disputacom outros métodos acerca da melhor interpretação e, consequentemente, da melhorintervenção sobre o real é inerente ao processo do conhecimento e nos causagratificação. Não obstante, a disputa mais desgastante é a que se tem de fazer comoutras compreensões típicas do período histórico que vivemos que negam a existênciade métodos capazes de apreender o real em sua complexidade. Coerentemente com umperíodo em que se afirma o “fim da história”, a superação de teorias que se proponhamapreendedoras de totalidades, o surgimento de tantos “pós”, surgem diversasconcepções que negam a existência de determinações maiores dos processos sociais. Arealidade passa a ser, para essas teorias, por demais fragmentada, não somenteconstituída por múltiplas determinações como destituída de hierarquia entre elas, semnexos apreensíveis e sem leis a serem compreendidas. O real passa a tornar-se algoincognoscível, incapaz de apreensão, sem leis em seu desenvolvimento. As produçõesteóricas passam a centrar-se em experiências “do cotidiano”, categoria muitovalorizada nesses tempos. Mas não como expressão singular, que após oconhecimento das leis do universal poderão propiciar a apreensão da complexidadeinerente ao seu caráter particular. O cotidiano, o singular, passa a representar o únicoponto passível de apreensão para essas concepções, quase como se criassem umainterdição no processo de passagem do concreto sensorial para o concreto pensado.Por isso, optamos por uma investigação que não tivesse como objeto, novos “relatos

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