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ROGÉRIO MIRANDA GOMES AS MUDANÇAS NO MUNDO DO ...

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1405.5 TENDÊNCI<strong>AS</strong> E CONTRADIÇÕES DA QUALIFICAÇÃO <strong>DO</strong> TRABALHOEM SAÚDE SOB O CAPITALISMO ATUALUma vez analisado o movimento que realiza a qualificação do trabalho emsaúde desde o final do feudalismo até os dias atuais, podemos fazer uma tentativa deapreender nesse processo algumas tendências que podem nos auxiliar a compreenderquestões fundamentais postas a todos aqueles que direta ou indiretamente estãoenvolvidos com os processos produtivos em saúde. Porém, isso não é suficiente. Aomesmo tempo em que analisamos algumas tendências pelas quais acreditamos passar aqualificação do trabalho em saúde nessa fase monopolista do capitalismo, faz-senecessário, a fim de se evitar apreensões parciais, evidenciar as contradições inerentesa esse processo. Geralmente essas contradições tendem a ser vistas como“inadequações”, “ruídos” ou “tensões” advindas de uma “ineficiente” organização e ouexecução do trabalho. Essa compreensão, em grande parte, advém de uma cristalizaçãono plano ideal de um modelo abstrato de trabalho em saúde. Ao contrastarmos omodelo abstrato com o trabalho concretamente existente, tendemos a ver nasdiferenças, “imperfeições” da realização do projeto idealizado. Não percebemos oconcreto como o que de fato é, ou seja, o abstrato “sujo”, voltando a ser permeadopelas múltiplas determinações do real. Logo, não abordaremos essas contradições sobessa dimensão “purificante” do trabalho em saúde, pois este é, para nós,necessariamente trabalho determinado por certas relações sociais e históricas. Não hácomo separar-se a técnica e o social na conformação do trabalho, inclusive do trabalhoem saúde; ambas encontram-se intrinsecamente interdependentes e determinados.Ressaltamos também que essas tendências não possuem para nós estatuto de “leisirrevogáveis”. Como pensamos o real em movimento, e contraditório, essas tendênciasdevem ser apreendidas como um estar-sendo do trabalho em saúde; estar-sendo quepode indicar um dever-ser, porém jamais um será. Tentemos, pois, com o devidocuidado a fim de evitar cristalizações do real, sistematizar algumas dessas tendênciasdo trabalho em saúde sob o capitalismo monopolista e evidenciar-lhe possíveiscontradições.

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