Vacinação: um outro olhar - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva ...

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e dó que podem estar envolvidos de forma mais ou menos intensa e expressano ato.Cerca de 70% das mães referiram a não ocorrência de reações ouefeitos colaterais das vacinas. Nenhuma mãe do conjunto pesquisadoidentificou uma reação mais grave na aplicação dos imunizantes, emconsonância com a experiência diária das salas de vacina e com observaçõesreferidas no Manual de Normas de Vacinação do Ministério da Saúde (Brasil,2001) de que “as manifestações que podem ocorrer são geralmente benignas etransitórias” (p.18). Ainda, segundo o Manual, existem casos de reações,específicas a cada vacina, porém estatisticamente não contra-indicam avacinação universal preconizada pelos programas de vacinação. Há tambémindicações precisas para casos especiais como os de criançasimunodeprimidas, sintomáticas ou não.Tabela 12Gestantes e mães segundo informaçõessobre possíveis reações a vacinas.Nulíparas MultíparasSem reação - 44BCG - 09Hepatite - 07“Na coxinha” - 05Tríplice/DPT - 04Triviral - 01Não lembra - 04Tabela 13Gestantes e mães segundo oferecimento de orientação sobrecuidados relativos às reações vacinais e quem os recomendou.Nulíparas MultíparasSim - 61Não - 02Pelo (a) vacinador(a)- 52Outra pessoa - 11
A imensa maioria das mães foi orientada pela vacinadora, corroborandoobservação efetuada nas salas de aplicação de vacinas. Algumas mãescitaram também médicos como os orientadores.O cartão de vacina foi amplamente referido, mesmo pelas nulíparas, poishoje é considerado um documento 36 , a ser apresentado em várias ocasiões,que não exclusivamente os dias de vacinação. A maioria guarda com cuidado,geralmente dentro de um plástico (para evitar dano, até mesmo em caso deenchentes, como em um momento foi citado). Nele, após a primeira vacinação,sempre é marcado, a lápis, a data da próxima vacinação, orientando as mãesquanto à data de comparecimento ao serviço.Tabela 14Gestantes e mães segundo orientaçãopara aplicação da próxima vacina.Nulíparas MultíparasPelo cartão 24 63Outro 08 02Não sabe 37 -Em diversos textos e na prática diária, percebe-se que ocorrepercentagem significativa de oportunidades perdidas de imunização (OPI). Em1996, Rey referia que a taxa de OPI estimada pela OMS era de 41%. ParaRodríguez-Brieschke (2001) as falsas contra-indicações à vacinação e a faltade informação foram as principais causas de oportunidades perdidas deimunização. Novaes (1994) observou que ocorrência de OPI estava ligadaprincipalmente ao profissional de saúde, em seguida a fatores de ordemadministrativa e poucos casos relativos à acompanhante da criança.Pesquisando a participação do pessoal da saúde nas OPI, Federicci, Gatica,Nalda, Pannocchia, Racioppi e Senosian (1999) levantaram que as causasmais freqüentes de OPI percebidas pelo pessoal da saúde foram atribuídas aospacientes, ao mesmo tempo em que foram observadas 86,3% de falsas contraindicaçõesà vacinação em 52% dos profissionais estudados. Na Venezuela,Amaya de Brett e Dominguez de Torrealba (1996), em estudo sobre vacinação36 Abaixo do diagrama com as datas das imunizações está inscrito no Cartão da Criança: “Documentoválido em todo o Território Nacional como comprovante de vacinação. Não pode ser retido.”
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