periférico, verifica-se que passa a ser composto por “cuidado”, freqüência iguala 12 e or<strong>de</strong>m média <strong>de</strong> evocação igual a 2,333, e “responsabilida<strong>de</strong>”,freqüência igual a 12 e or<strong>de</strong>m média <strong>de</strong> evocação igual a 2,167, constatandoseo <strong>de</strong>saparecimento do el<strong>em</strong>ento “bom” (Quadro 3)..Quadro 3Estrutura da representação social <strong>de</strong> vacina das multíparas.f OME < 2,00 OME >= 2,00El<strong>em</strong>entos f ome El<strong>em</strong>entos f ome>=22= 1,95El<strong>em</strong>entos f ome El<strong>em</strong>entos f ome>=22Prevenção 42 1,786 Saú<strong>de</strong> 22 2,273
Para Sá (1996), é no sist<strong>em</strong>a periférico das representações sociais on<strong>de</strong>se observa “a interface com as questões práticas da vida cotidiana” (p.82) ouas modulações individuais como assinala Flament (1994). Enquanto osel<strong>em</strong>entos centrais envolv<strong>em</strong> prescrições absolutas ou incondicionais, osel<strong>em</strong>entos periféricos são reconhecidos como prescrições condicionais, maisligadas ao dia-a-dia, ao contexto do momento <strong>em</strong> que a prática social éobservada. O sist<strong>em</strong>a periférico revela indícios, indicações das condições dasituação atual. É condicionado pelos fatos presentes e vulnerável àsintercorrências da experiência vivenciada pelo grupo. Experiências e práticas,por sua vez, que revelam as especificida<strong>de</strong>s do grupo que suscita (ou não,como neste caso) tais el<strong>em</strong>entos.As gestantes nulíparas não vivenciaram a experiência da vacinação <strong>de</strong>seus filhos, assim se explica a lacuna observada <strong>em</strong> seu sist<strong>em</strong>a periférico:efetivamente, não foram encontradas expressões cotidianas <strong>de</strong> <strong>um</strong>a vivênciaque ainda não ocorreu.Por <strong>outro</strong> lado, faz<strong>em</strong> parte do sist<strong>em</strong>a periférico das multíparas osel<strong>em</strong>entos: “bom”, “cuidado” e “responsabilida<strong>de</strong>”, cognições condicionadaspelo fato <strong>de</strong>, no seu cotidiano, já ter<strong>em</strong> experimentado a efetivação daimunização <strong>em</strong> seus filhos, com o conjunto <strong>de</strong> sentidos e conhecimentos quetal prática lhes <strong>de</strong>svelou.Vacina é primordial, é obrigação da mãe. Porque a vida que está <strong>em</strong> jogo! (27 anos,fl<strong>um</strong>inense, ensino superior incompleto, técnica <strong>de</strong> patologia clínica) – 80Pra manter o cartãozinho da criança s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> dia. Tomar todas as vacinas. Quandovir aquelas epi<strong>de</strong>mias não ter perigo da criança pegar as doenças. (21 anos;cearense, há <strong>um</strong> ano no Rio; ensino médio completo; pr. dom) – 86Pra não esquecer <strong>de</strong> dar a vacina pra criança porque é <strong>um</strong> direito que essa criançat<strong>em</strong> para proteger <strong>de</strong>ssas doenças. E pra ter <strong>um</strong>a criança saudável é preciso teressas vacinas. (21 anos; carioca, 7ª série do ensino fundamental, pr. dom) – 103É importante estar s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> dia... Estou s<strong>em</strong>pre olhando a carteira para vacinar. (39anos, carioca, 1ª série do ensino médio, comerciaria) – 110
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