Vacinação: um outro olhar - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva ...

Elemento f % Intervalo de ConfiançaPrevenção 39 97.500 [85.2655 – 99.8694]Saúde 40 100.000 [89.0872 – 100.0000]Proteção 39 97.500 [85.2655 – 99.8694]Cuidado 40 100.000 [89.0872 – 100.0000]Bom 40 100.000 [89.0872 – 100.0000]Responsabilidade 40 100.000 [89.0872 – 100.0000]Para testar a significação estatística dos resultados foi utilizado o cálculode confiança a 95% das percentagens obtidas. Assim sendo, os elementosestruturais da representação questionados foram amplamente confirmados,uma vez que todos obtiveram percentagens acima de 70%.Na resposta às perguntas abertas, os elementos “prevenção” e“proteção” apresentaram-se novamente com força e significação para asentrevistadas, evidenciando uma contextualização histórica específica,bastante diversa da que envolveu a Revolta da Vacina de 1904 29 e, por outrolado, o estabelecimento de um hábito, uma tradição que vem repassando degeração a geração nas últimas décadas. Ao responderem por que traziam seusfilhos à vacinação, algumas assim se expressaram:Para prevenir das doenças. Tanto é que minha mãe cuidou direitinho dessa parte e eunão tive doença nenhuma. E a gente aprende com nossa mãe. É coisa que agente cresce já sabendo que é certo. (27 anos; fluminense do interior – Campos,há 4 anos na cidade do Rio; ensino médio completo; cabeleireira) – 91Para prevenir contra as doenças, para ser sempre uma criança saudável, para odesenvolvimento das funções imunológicas. (20 anos, fluminense 30 , superiorincompleto, professora, n 31 ) – 21 3229Poucos anos atrás, a pesquisadora presenciou uma espécie de “Revolta da Vacina” às avessas emuma unidade básica de saúde onde a população jovem local foi convocada a se vacinar contra hepatite B.Foram distribuídas algumas senhas e, num determinado momento, apareceram tantas pessoas em buscada vacina que houve início de tumulto e a necessidade de intervenção dos profissionais e responsáveispela unidade para acalmar os ânimos mais exaltados...30 A grande maioria das entrevistadas identificadas como fluminenses, na verdade, são também cariocas.As que nasceram no interior foram identificadas como tal. A intenção era permitir a possibilidade decomparação de possíveis diferenças na experiência com vacinação em grande centro urbano como o Riode Janeiro e em cidades do interior do país.31 n, no caso, indica nulípara.32 O numeral no final da fala identifica o número do questionário (de 1 a 124). E pr. dom. indica prendasdomésticas