Vacinação: um outro olhar - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva ...

Houve um incremento de 26% na gravidez em adolescentes de 15 a 19 anosentre 1970 e 1991, sendo que a fecundidade das jovens pobres era dez vezesmaior que as de maior nível sócio-econômico (Cannon, 1999).Os dados da Tabela 2 referem-se aos nascidos vivos de mãesadolescentes na cidade do Rio de Janeiro (total de 18,5% em 2002) e na áreaprogramática (2.2) de abrangência do CMS Heitor Beltrão (14,95% em 2002).Observa-se que neste estudo o percentual de mães adolescentes foi próximoaos dados verificados pela Prefeitura e aos dados da Pesquisa Nacional deDemografia e Saúde (PNDS), de 1996 que apontou que 14% das jovens entre15 e 19 anos tinham ao menos um filho. O percentual de nulíparasadolescentes foi muito mais significativo, entretanto, há que se levar emconsideração também os óbitos fetais e a maior vulnerabilidade das jovensfrente à gravidez 28 (Cannon, 1999) que, no caso presente, não se constituíramobjeto de análise.Tabela 2Nascidos vivos de mães adolescentes na Área dePlanejamento 2.2 e o total do Município do Rio de Janeiro.Adolescentes TotalAno AP 2.2 Total% % f %1997 14,5 19,4 103.193 1001998 13,3 19,7 97.369 1001999 14,2 19,7 103.624 1002000 15,0 19,6 96.699 1002001 13,9 19,3 90.213 1002002 14,9 18,5 86.829 100Fonte: Rio de Janeiro (2002)Tabela 3Gestantes e mães segundo número de filhos.Filhos Nulíparas Multíparasf % f %Nenhum 61 100 -1 filho - 33 52,42 filhos - 22 34,93 ou mais filhos - 08 12,7Total 61 100 63 10028 Ainda segundo a autora, entre 1993 e 1998 houve um incremento de 31% em partos em meninas de 10a 14 anos atendidas pelo SUS; em 1998 foram atendidas mais de 50 mil adolescentes para curetagempós-aborto e três mil entre elas tinham de 10 a 14 anos.