epertório <strong>de</strong> conhecimentos, <strong>de</strong> práticas, <strong>de</strong> experiências já ac<strong>um</strong>uladas peloindivíduo.A ancorag<strong>em</strong> “articula as três funções básicas da representação: funçãocognitiva <strong>de</strong> integração da novida<strong>de</strong>, função <strong>de</strong> interpretação da realida<strong>de</strong>,função <strong>de</strong> orientação das condutas e das relações sociais” (Jo<strong>de</strong>let, 1984, p.29).As RS se estruturam n<strong>um</strong> “sist<strong>em</strong>a interno duplo” (Sá, 1996, p.73): <strong>um</strong>núcleo central e <strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a periférico. Sist<strong>em</strong>as interativos e compl<strong>em</strong>entarescuja i<strong>de</strong>ntificação são relevantes na pesquisa <strong>em</strong> RS, pois o estudo do núcleocentral permite conhecer os el<strong>em</strong>entos essenciais da representação; já osist<strong>em</strong>a periférico informa a ancorag<strong>em</strong> da representação no cotidiano dogrupo. Conforme assinalado por Abric (1998) este duplo sist<strong>em</strong>a dasrepresentações compõe-se <strong>de</strong><strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a central (o núcleo central), cuja <strong>de</strong>terminação éessencialmente social, ligada às condições históricas,sociológicas e i<strong>de</strong>ológicas, diretamente associado aos valores enormas, <strong>de</strong>finindo os princípios fundamentais <strong>em</strong> torno dos quaisse constitu<strong>em</strong> as representações. É a base com<strong>um</strong>propriamente social e coletiva que <strong>de</strong>fine a homogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>um</strong> grupo, através dos comportamentos individualizados quepo<strong>de</strong>m parecer contraditórios.<strong>um</strong> sist<strong>em</strong>a periférico, cuja <strong>de</strong>terminação é mais individualizadae contextualizada. Mais associado às características individuaise ao contexto imediato e contingente, nos quais os indivíduosestão inseridos. Este sist<strong>em</strong>a periférico permite a adaptação,<strong>um</strong>a diferenciação <strong>em</strong> função do vivido, <strong>um</strong>a integração dasexperiências cotidianas. (p.33)O núcleo central agrega e con<strong>de</strong>nsa os aspectos mais estáveis <strong>de</strong> <strong>um</strong>aRS, estruturando-a e organizando-a. Possui <strong>um</strong>a dimensão qualitativa, “cujaausência <strong>de</strong>sestruturaria ou daria <strong>um</strong>a significação radicalmente diferente àrepresentação” (Abric, 2001, p.163); é, portanto, menos vulnerável amudanças.Se há alteração no núcleo central, altera-se também a RS no seuconteúdo, no seu significado. Já os el<strong>em</strong>entos periféricos abrang<strong>em</strong> as funções<strong>de</strong> concretização, contextualizando, ancorando as RS na realida<strong>de</strong>; <strong>de</strong>regulação, adaptando as RS ao contexto dado e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, amortecendo,integrando el<strong>em</strong>entos contraditórios da RS. Assim, são el<strong>em</strong>entos mais
suscetíveis a mudanças, à interação com novos dados da realida<strong>de</strong> (Abric,1998).Quanto à metodologia, a pesquisa <strong>em</strong> RS articula processosquantitativos e qualitativos. As metodologias qualitativas, pouco valorizadas <strong>em</strong>alguns <strong>outro</strong>s campos <strong>de</strong> pesquisa, são fundamentais para o pesquisadorabranger aspectos significativos a ser<strong>em</strong> analisados: sejam psíquicos,culturais, i<strong>de</strong>ológicos, sociais. Para Gaskell (2002) a polêmica entre pesquisaquantitativa e qualitativa é estéril: a avaliação dos dados sociais guarda relaçãocom a categorização do meio social, assim, “não há quantificação s<strong>em</strong>qualificação” como também “não há análise estatística s<strong>em</strong> interpretação”(p.24). Segundo o autorUma cobertura a<strong>de</strong>quada dos acontecimentos sociais exige muitos métodose dados: <strong>um</strong> pluralismo metodológico se origina como <strong>um</strong>a necessida<strong>de</strong>metodológica. A investigação da ação <strong>em</strong>pírica exige: a) a observaçãosist<strong>em</strong>ática dos acontecimentos; inferir os sentidos <strong>de</strong>sses acontecimentosdas (auto-)observações dos atores e espectadores; b) técnicas <strong>de</strong> entrevista,e a interpretação dos vestígios materiais que foram <strong>de</strong>ixados pelos atores eespectadores; c) <strong>um</strong>a análise sist<strong>em</strong>ática. (p.19)
- Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANE
- Page 4: Vacinação: um outro olhar - Mães
- Page 9: SUMÁRIOLista de tabelas e quadros
- Page 12 and 13: RESUMOA pesquisa procurou levantar
- Page 15 and 16: INTRODUÇÃOA vacinação, particul
- Page 17 and 18: condições de nutrição, de vida
- Page 19 and 20: doença. Verificou que não adoecia
- Page 21 and 22: de crianças em países periférico
- Page 23 and 24: Em 1974, foi aprovado na Assembléi
- Page 25 and 26: 2002, respectivamente, que represen
- Page 28 and 29: descritor específico, não mais av
- Page 30 and 31: Ao analisar o financiamento do sist
- Page 33 and 34: REFERENCIAL TEÓRICONão tem doutor
- Page 35: na elaboração de suas condutas, n
- Page 39 and 40: Discutir em que sentido a experiên
- Page 41 and 42: se logrou com o conjunto dos funcio
- Page 43 and 44: Frente à analise do processo de ob
- Page 45 and 46: espostas dadas (Brasil, 1998). Foi
- Page 47: Houve um incremento de 26% na gravi
- Page 51 and 52: Ao lado de outros procedimentos, es
- Page 53 and 54: sua modificação implica em mudan
- Page 55 and 56: ... Melhor prevenir do que remediar
- Page 57 and 58: Em ação há mais de 30 anos, o PN
- Page 59 and 60: cognição “prevenção” incorp
- Page 61 and 62: Para Sá (1996), é no sistema peri
- Page 63 and 64: Durante a fase de observação foi
- Page 65 and 66: A imensa maioria das mães foi orie
- Page 67 and 68: A imensa maioria (96,82%) das mães
- Page 69 and 70: Tb/BCG 09 08Tétano 15 07Meningite
- Page 71 and 72: Gestantes e mães segundo a possibi
- Page 73 and 74: Novamente, elementos como “preven
- Page 75 and 76: CONSIDERAÇÕES FINAISO núcleo cen
- Page 77 and 78: Como foi observado acima, o sistema
- Page 79 and 80: Atualmente, a descontextualização
- Page 81 and 82: tecnologias médico-sanitárias e,
- Page 83: Camadas da população secularmente
- Page 86 and 87:
BENCHIMOL, J. L. (coord.) Febre ama
- Page 88 and 89:
DUARTE, E.C. et al. Epidemiologia d
- Page 90 and 91:
OPAS, Organización Panamericana de
- Page 92 and 93:
VERGÈS, P. Evocation de l’argent
- Page 94 and 95:
ANEXO 1Calendário básico de vacin
- Page 96 and 97:
ANEXO 2“Minotaurização”Gravur
- Page 98 and 99:
Oswaldo Cruz e seu exército de mat
- Page 102 and 103:
ANEXO 5Teste de Evocação e Questi
- Page 104:
ANEXO 6Carta de apresentação às