12.07.2015 Views

Vacinação: um outro olhar - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva ...

Vacinação: um outro olhar - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva ...

Vacinação: um outro olhar - Instituto de Estudos em Saúde Coletiva ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

na elaboração <strong>de</strong> suas condutas, nas relações que estabelec<strong>em</strong>cotidianamente.As RS são <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> saber prático que liga <strong>um</strong> sujeito a <strong>um</strong> objeto.Saber, forma <strong>de</strong> conhecimento, que guarda relação e referência com o sabererudito, com a realida<strong>de</strong> e o imaginário (Jo<strong>de</strong>let, 2001; Moscovici, 1978).No estudo das RS, é buscada <strong>um</strong>a visão <strong>de</strong> totalida<strong>de</strong> significante, <strong>em</strong>que três questionamentos se colocam: “Qu<strong>em</strong> sabe e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> sabe?” “O que ecomo sabe?”, “Sobre o que sabe e com que efeitos?” (Jo<strong>de</strong>let, 2001, p. 33)As RS, construídas e compartilhadas por <strong>de</strong>terminado “sujeito”, têm <strong>um</strong>conteúdo formado por imagens, atitu<strong>de</strong>s, informações sobre o objeto dado. Esão s<strong>em</strong>pre as representações <strong>de</strong> algo para alguém. São elaborações dosenso com<strong>um</strong> com características significantes e inventivas, que buscam tornaro insólito, o não familiar <strong>em</strong> familiar.Os indivíduos part<strong>em</strong> do seu cabedal específico <strong>de</strong> conhecimentos eexperiências; com ele realizam reelaborações para a construção <strong>de</strong>representações que integr<strong>em</strong> o novo ao seu cotidiano (Ma<strong>de</strong>ira, 2001).As RS estão marcadas pela posição que esse sujeito ocupa nasocieda<strong>de</strong>, na economia, na cultura. Assim, se consi<strong>de</strong>ra que “o sujeito, sendo<strong>um</strong> sujeito social, faz intervir na sua elaboração idéias, valores e mo<strong>de</strong>los queele traz do grupo ao qual pertence ou das i<strong>de</strong>ologias veiculadas na socieda<strong>de</strong>”(Jo<strong>de</strong>let, 1984, p.17). Ou ainda, “o lugar, a posição social que eles ocupam ouas funções que ass<strong>um</strong><strong>em</strong> <strong>de</strong>terminam os conteúdos representacionais e suaorganização, por meio da relação i<strong>de</strong>ológica que mantêm com o mundo social”(Jo<strong>de</strong>let, 2001, p.32).Dois processos, objetivação e ancorag<strong>em</strong>, se articulam na TRS visandoa transformação <strong>de</strong> <strong>um</strong> conhecimento <strong>em</strong> representação e a forma como essarepresentação interfere e transforma o social.A objetivação é <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> seleção, <strong>de</strong> “enxugamento”, <strong>de</strong>concretização, <strong>de</strong> “figuração” <strong>de</strong> <strong>um</strong>a idéia, <strong>de</strong> <strong>um</strong> conceito posto <strong>em</strong> questão eestabelece <strong>um</strong>a relação dialética com a ancorag<strong>em</strong>, que é o processo <strong>de</strong>enraizar, <strong>de</strong> dar sentido à idéia, <strong>de</strong> relacionar o conceito apresentado a <strong>um</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!