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Osteotomia Le Fort I modificada tipo “alta”: introdução da ... - ABCCMF

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Ribeiro HT et al.DISCUSSÃOAs deformi<strong>da</strong>des faciais dentoesqueléticas se apresentamcom ampla varie<strong>da</strong>de de fenó<strong>tipo</strong>s e alterações funcionais eestéticas. Esgotando-se as possibili<strong>da</strong>des de correção comortodontia, o cirurgião deve-se preocupar não somente coma melhora funcional do paciente, mas também em trazerharmonia à face. Para tanto, seu arsenal terapêutico deve sero mais completo possível, para que assim possa adequar otratamento às particulari<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> paciente.Buscando alternativas para melhora <strong>da</strong> harmonia facialem pacientes com deformi<strong>da</strong>de dentoesquelética classe IIIdevido a hipoplasia <strong>da</strong> maxila e projeção insuficiente doterço médio <strong>da</strong> face, pode-se optar por cirurgias já descritasdenomina<strong>da</strong>s e comprova<strong>da</strong>s na literatura e que incluem aproeminência malar e zigoma, como a variação de <strong>Le</strong> <strong>Fort</strong>III descrita por Obswegeser 1 a osteotomia quadrangular deKeller & Sather 2,3 ou, mais recentemente, a osteotomia <strong>Le</strong><strong>Fort</strong> I estendi<strong>da</strong> de Norholt et al. 6 . No entanto, as modificaçõessugeri<strong>da</strong>s produzem um considerável aumento dotempo operatório e/ou incidência de complicações secundáriasà cirurgia. Assim, desenvolvemos uma técnica maissimples, rápi<strong>da</strong>, reprodutível e segura. Entre as principaisvantagens <strong>da</strong> osteotomia LFIMA em relação às osteotomiasestendi<strong>da</strong>s, <strong>modifica<strong>da</strong></strong>s ou altas existentes, citamoso acesso cirúrgico e as osteosínteses, que são idênticas àrealiza<strong>da</strong> na LFIC.A despeito de serem técnicas semelhantes e com resultadosfuncionais idênticos, a osteotomia LFIMA tem apresentadoum resultado estético superior, em uma análise subjetiva,por apresentar melhor projeção <strong>da</strong> parede anterior do seiomaxilar e consequente harmonia facial, como exemplificadonas Figuras 3 e 4. Desta forma, nos questionamos se realmenteexiste uma diferença significativa na projeção dos tecidosmoles <strong>da</strong> face entre LFIMA e LFIC, bem como, de quantoseria esta diferença.Nos pacientes avaliados no presente estudo, quandoaplicamos o fator de correção tornamos o ponto B idênticonos dois grupos <strong>da</strong>s osteotomias <strong>tipo</strong> LFIMA e LFIC, ouseja, o avanço linear apresentado pela maxila foi de 7,2mm em ambos os grupos, sendo os valores desta formacomparáveis. Considerando o ponto B o maior avançoconseguido, sendo, portanto 100%, verificamos proporcionalmentede quanto foi o ganho no ponto M e A nos doisgrupos. Enquanto os tecidos moles no ponto M na LFICapresentaram um ganho de 42%, na LFIMA este ganhofoi de 75%, ou seja, 33% maior. No ponto A, ocorreu omesmo fenômeno e com uma diferença mais significativa,de 26%, no LFIC, para 67%, na LFIMA, com diferençade 41%. Nota-se com base nesses números nítido aumento<strong>da</strong> projeção <strong>da</strong>s partes moles no grupo LFIMA quandocomparado ao grupo LFIC, principalmente na região dorebordo orbitário.Figura 3 – Fotografia pré-operatória de pacientesubmetido à LFIMA.LFIMA: <strong>Osteotomia</strong> <strong>Le</strong> <strong>Fort</strong> I Modifica<strong>da</strong> “Alta”.Figura 4 – Fotografia pós-operatória de pacientesubmetido a LFIMA.LFIMA: <strong>Osteotomia</strong> <strong>Le</strong> <strong>Fort</strong> I Modifica<strong>da</strong> “Alta”.Pode-se, ain<strong>da</strong>, usar estes <strong>da</strong>dos para prever os possíveisganhos de projeção <strong>da</strong>s partes moles resultantes <strong>da</strong>s osteotomiasain<strong>da</strong> no pré-operatório e assim planejar adequa<strong>da</strong>mentea abor<strong>da</strong>gem cirúrgica.CONCLUSÃOA projeção dos tecidos moles do terço médio <strong>da</strong> face ocorresempre que executamos o avanço maxilar, sendo que o maiorganho acontece na região do lábio superior e há um decréscimoprogressivo até o nível do rebordo orbitário. Entretanto, a projeçãodos tecidos moles na técnica de LFIMA compara<strong>da</strong> a LFIC tem umganho médio de 41% no rebordo orbitário e 33% no ponto M, como mesmo ganho junto ao lábio superior.Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2011; 14(1): 7-1110

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