Turismo religioso â uma área em desenvolvimento - Jornal de Sintra
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2JORNAL DE SINTRASEXTA-FEIRA 6 DE SETEMBRO DE 2013HISTÓRIA LOCAL / USOS E COSTUNESM<strong>em</strong>órias <strong>de</strong> Um Povo (XXXIV)(Continuação)Uma pessoa a <strong>de</strong>stacar nesta terra foi o Sr. Domingos Polido, hom<strong>em</strong> quecomeçou do nada, e fez <strong>uma</strong> pequena fortuna, pessoa muito simples epacata, mas esperto, aventureiro e trabalhador, acompanhado pela suaesposa, porque ele sozinho não teria conseguido, cost<strong>uma</strong>-se dizer atrás<strong>de</strong> um bom hom<strong>em</strong> está <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> mulher, este senhor era trabalhador docampo, pobre e humil<strong>de</strong>, chegou a correr <strong>de</strong> bicicleta, participou <strong>em</strong> alg<strong>uma</strong>svoltas a Portugal, fazendo bons lugares, a nível da freguesia ganhou o quehavia para ganhar, chegou a dizer às pessoas, eu podia fazer melhor, mas agente não t<strong>em</strong> toucinho na salga<strong>de</strong>ira, isto foi apanhado a peito, e aindahoje as pessoas recordam esta frase. Isto significava a importância que otoucinho tinha na vida das pessoas s<strong>em</strong> ele pouco havia para comer.Quando se casou, lançou-se na vida e comprou <strong>uma</strong> camioneta ao meiocom outro, que não durou muito t<strong>em</strong>po, apenas dois anos, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ixouo sócio e continuou sozinho, começou por comprar mais camionetas,boldozas, giratórias, comprou pedreiras, ele teve muitos <strong>em</strong>pregados,alguns eram pobres e s<strong>em</strong> casa, ele pensou e fez, um bairro para eles, ochamado bairro do Polido.Fez <strong>uma</strong> casa para morar, e tal foi a casa que diziam que era a melhor doconcelho, fez <strong>uma</strong> inauguração no dia 6/6/1988, fez <strong>uma</strong> festa com convites,para se comer e visitar a casa, com várias centenas <strong>de</strong> pessoas, foi gente<strong>de</strong> toda a freguesia, e o povo <strong>de</strong> Odrinhas estava todo convidado.O Sr. Polido era muito conhecido nos gran<strong>de</strong>s eventos nas terras vizinhas,ou dava dinheiro, ou <strong>em</strong>prestava máquinas ou carros, era um ben<strong>em</strong>érito.A nível da freguesia organizou muitas provas <strong>de</strong> ciclismo a nível profissional,com muitas metas volantes <strong>em</strong> muitas provas, e dava <strong>de</strong> comer a ciclistas,organizadores e comitiva, sim porque ele tinha que ter homens atrás <strong>de</strong>lepara ajudar nos trabalhos, para que tudo corresse b<strong>em</strong>.Com a ida<strong>de</strong> e a doença foi se <strong>de</strong>sligando, e <strong>de</strong>legando po<strong>de</strong>res aos filhos,dois rapazes e duas raparigas, e com a época a piorar foi-se <strong>de</strong>sfazendo <strong>de</strong>alg<strong>uma</strong>s coisas, hoje os filhos têm só as máquinas e camiões para aterrose <strong>de</strong>saterros e terraplanagens, etc. Este Senhor faleceu com 73 anos.Odrinhas a nível cultural t<strong>em</strong> a socieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> faz<strong>em</strong> bailes, festas on<strong>de</strong>conviv<strong>em</strong>.Também teve esta terra um bom médico, era ele João Branco Guerreironasceu <strong>em</strong> 1903, e faleceu <strong>em</strong> 1979, era algarvio e veio estudar para Lisboa,e quando se formou foi viver para Colares, on<strong>de</strong> exerceu a profissão durantealguns anos, e dando consultas <strong>em</strong> muitas terras vizinhas, mesmo nafreguesia <strong>de</strong> S. João das Lampas, gostando muito da zona, comprou umterreno e fez <strong>uma</strong> moradia, on<strong>de</strong> viveu o resto da sua vida, dando consultaspor estas terras, que acontecia <strong>em</strong> qualquer cantinho, pessoa muito simplese bom falador, como médico era excelente, reconhecido por muita gente era<strong>de</strong> <strong>uma</strong> h<strong>uma</strong>nida<strong>de</strong> extraordinária, dava consultas a muita gente pobre enão levava nada, ia mesmo a casa dos doentes, a gastar gasolina e nadalevava e dias <strong>de</strong>pois, voltava s<strong>em</strong> ser chamado a casa do doente parasaber das melhoras, tal era o interesse pelo doente, as pessoas diziam: aiSenhor Doutor como é que eu lhe pago isto, etc.Em casa <strong>de</strong>le não faltava os artigos do campo, como batatas, cebolas,alhos, hortaliças e frutas, era dado por esses doentes que ele não levavadinheiro pelas consultas, este médico teve um AVC que o <strong>de</strong>ixou muito<strong>de</strong>bilitado fisicamente, mas passados alguns t<strong>em</strong>pos voltou a dar consultase era o mesmo médico.Este senhor era muito conversador, gostava muito <strong>de</strong> falar nas a<strong>de</strong>gas, e<strong>de</strong> beber o seu copito, ele <strong>de</strong>u consultas durante vinte e tal anos, n<strong>uma</strong>casa <strong>em</strong> Alvarinhos duas vezes por s<strong>em</strong>ana, n<strong>em</strong> sequer tinha <strong>uma</strong> mesapara passar as receitas, tinha apenas <strong>uma</strong> ca<strong>de</strong>ira e <strong>uma</strong> cama pequena queservia <strong>de</strong> maca, para qu<strong>em</strong> precisasse, nunca pagou renda n<strong>em</strong> pagava luz,mas quando chegava o natal ele oferecia s<strong>em</strong>pre um bom cabaz d<strong>em</strong>ercearias, como bom médico apenas teve um carro que era um mini.Morando <strong>em</strong> Odrinhas este povo reconheceu o seu valor, conseguirampôr o nome <strong>de</strong>le na avenida principal da terra.(…)(M<strong>em</strong>órias <strong>de</strong> Um Povo, escritas pelo autorArmindo Silvestre Azenha (Continua <strong>em</strong> próxima edição)Nota <strong>de</strong> leitura:Volta o Autor a evocar figuras locais <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plarida<strong>de</strong> cívica: o sr. Polido,hom<strong>em</strong> rico oblativo com o sentido da função social da riqueza (tão raro<strong>em</strong> Portugal) e o médico Dr. João Branco Guerreiro, um dos raros que faz<strong>em</strong>da medicina sacerdócio e que “apenas teve um carro que era um mini”.Preocupantes contrastes com a mediocrida<strong>de</strong>, vi<strong>de</strong>irismo e incompetênciadominantes.SOCIEDADE / ENSINOMinistro da Educaçãogarante aumento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sextracurricularesnúmero <strong>de</strong> escolas a organizarativida<strong>de</strong>s extracurriculares,no 1.º ciclo,será maior este ano, havendomenos municípios,Omas estas áreas continuam e osalunos pod<strong>em</strong> ficar nos estabelecimentosaté às 17:30, garantiu nodia 2 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro o ministro da Educação.«Há municípios que não quer<strong>em</strong>organizar as ativida<strong>de</strong>s extracurriculares e têm todo o direito <strong>de</strong>o fazer», disse Nuno Crato, falandoaos jornalistas à marg<strong>em</strong> do XXXIEncontro Juvenil <strong>de</strong> Ciência, queestá a <strong>de</strong>correr <strong>em</strong> Lisboa.Nos casos <strong>em</strong> que as autarquias«não tiver<strong>em</strong> disponibilida<strong>de</strong> ouinteresse <strong>em</strong> organizar as ativida<strong>de</strong>sextracurrilares, a escola asseguraráque estas ativida<strong>de</strong>s sejam realizadase que os pais possam ter, se oenten<strong>de</strong>r<strong>em</strong>, os filhos na escola atéàs cinco e meia da tar<strong>de</strong>», assegurouo ministro.«Este ano renegociamos com osmunicípios essas ativida<strong>de</strong>s da maneiraque autarquias e escolas entend<strong>em</strong>e <strong>de</strong> acordo com as disponibilida<strong>de</strong>s»,acrescentou.Nuno Crato salientou que «a novida<strong>de</strong>é que haverá mais escolas aassegurar diretamente essas ativida<strong>de</strong>sextra curriculares».As ativida<strong>de</strong>s extracurricularespod<strong>em</strong> ser organizadas pelo Ministérioda Educação e Ciência, pelasassociações <strong>de</strong> pais, por outrasentida<strong>de</strong>s ou pelos municípios e,«nos últimos anos têm sido sobretudoos municípios, além doMinistério, a tomar a seu cargo essaorganização, [agora] há uns quepretend<strong>em</strong> continuar outros não».Nuno Crato explicou que t<strong>em</strong> sido<strong>uma</strong> reivindicação <strong>de</strong> alg<strong>uma</strong>sescolas ser<strong>em</strong> elas a tomar essasativida<strong>de</strong>s a seu cargo, situaçãoque lhes permite «articular melhoro currículo e ativida<strong>de</strong>s compl<strong>em</strong>entares,acautelar melhor <strong>uma</strong> uniformida<strong>de</strong><strong>de</strong> horários e utilizar osmeios que estão à sua disposição»,segundo Nuno Crato.Quanto ao encontro <strong>em</strong> que participoue no <strong>de</strong>correr do qual faloucom vários jovens, o ministro disseser fundamental que os mais novosse <strong>em</strong>penh<strong>em</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo pelaciência, sendo um ex<strong>em</strong>plo paratodos os outros estudantes.«O país precisa <strong>de</strong> mais técnicos <strong>em</strong>ais cientistas, há espaço para elese o próprio tecido <strong>em</strong>presarialcomeça a <strong>em</strong>pregar mais técnicos <strong>em</strong>ais cientistas», tendência que t<strong>em</strong><strong>de</strong> intensificar-se, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u.Centro <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> <strong>Sintra</strong>vai ter horário alargado a partir <strong>de</strong> OutubroJá a partir do próximo mês e a título«experimental», os centros <strong>de</strong><strong>em</strong>prego com maior número <strong>de</strong>utentes vão alargar o seu horário<strong>de</strong> funcionamento, avança estaterça-feira o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios.Em Outubro «ir<strong>em</strong>os experimentaro horário ininterrupto das 9h00 às17h00 nos centros [<strong>de</strong> <strong>em</strong>prego] commais utentes», anunciou, <strong>em</strong><strong>de</strong>clarações ao jornal, o vicepresi<strong>de</strong>ntedo IEFP, Félix Esménio,salientando, no entanto, que oalargamento po<strong>de</strong>rá não ser«uniforme ao longo da s<strong>em</strong>ana»,ocorrendo apenas nalguns dias das<strong>em</strong>ana.Embora este responsável nadatenha dito quando aos centros <strong>de</strong><strong>em</strong>prego que <strong>de</strong>verão ser abrangidospor esta medida, o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong>Negócio avança que, tendo <strong>em</strong>conta o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregadosinscritos, a medida <strong>de</strong>verá incidirPortugal no seu melhorin <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios / Especial 9.º Aniversário 30/Maio/2012JORNAL DE SINTRA, <strong>uma</strong> marca concelhiapresente nos acontecimentos que faz<strong>em</strong> a história localFonte: Diário Digitalcom Lusanos centros <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego situadosnos concelhos <strong>de</strong> Gaia, Lisboa,Porto, Amadora e <strong>Sintra</strong>. Ainda <strong>de</strong>acordo com o vice-presi<strong>de</strong>nte doIEFP, no final do período experimental,será feito um balanço paraperceber se vale ou não a penaesten<strong>de</strong>r a medida a outros centros.Fonte: Diário DigitalVítor Hugo NetoLeia, assine e divulgue