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O Abajur de Cildo Meireles e a paisagem contemporânea. - CBHA

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O <strong>Abajur</strong> <strong>de</strong> <strong>Cildo</strong> <strong>Meireles</strong> e a <strong>paisagem</strong> <strong>contemporânea</strong> - Carla Hermann e Jacqueline SianoDes<strong>de</strong> o início do século XIX os panoramas estiverampresentes nas capitais europeias, espalhando uma noção<strong>de</strong> relação com a pintura <strong>de</strong> <strong>paisagem</strong> que era por si sóa constituição da sensibilida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna. Para enten<strong>de</strong>ra função <strong>de</strong>stas construções, capazes <strong>de</strong> instaurar certadúvida da existência do sujeito na contemplação, ao mesmotempo em que eram capazes <strong>de</strong> criar uma experiência total(aspecto <strong>de</strong> experiência completa que certamente é evocadoem <strong>Abajur</strong> – voltaremos a esse ponto <strong>de</strong>pois), vamosrecorrer a um dos mais famosos panoramas da <strong>paisagem</strong>carioca. Referimo-nos ao Panorama do Rio <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>Felix-Émilie Taunay, realizado em 1822, e composto poruma sequência <strong>de</strong> oito aquarelas medindo cada uma 51cm x 39 cm. (Figura 2) Sabe-se que uma gran<strong>de</strong> ampliação<strong>de</strong>sta obra foi feita por Fré<strong>de</strong>ric Guillaume Ronmy e exibidaem Paris, no ano <strong>de</strong> 1824, em uma rotunda já <strong>de</strong>struídana Passage <strong>de</strong>s Panoramas. Devido ao sucesso damostra parisiense, inúmeras tiragens <strong>de</strong>sta vista do Rio <strong>de</strong>Janeiro foram gravadas, e por isso encontramos hoje estepanorama em alguns arquivos e coleções particulares, 4 porvezes com pequenas diferenças em relação ao <strong>de</strong>senhooriginal, pertencente à coleção privada dos her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong>Synphorien Meunié, arquiteto aluno <strong>de</strong> Grandjean <strong>de</strong>Montigny, e integrante pouco conhecido da Missão ArtísticaFrancesa <strong>de</strong> 1826. 54Aqui trabalhamos com o exemplar da Fundação Biblioteca Nacional no Rio <strong>de</strong>Janeiro, on<strong>de</strong> a atribuição <strong>de</strong> autoria é, inclusive, dada ao realizador na França, Ronmy.Disponível para visualização em: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon408452.jpg5PEREIRA. Margareth da Silva. Romantismo e objetivida<strong>de</strong>: notas sobre um panoramado Rio <strong>de</strong> Janeiro. In: Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Ser. V.2, pp. 169-195. Jan./Dez. 1994. P. 174.751

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