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Relatório final da pesquisa | Agosto de 2008.pdf - Nomads.usp

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[Índice]Consi<strong>de</strong>rações iniciaisI Respostas ao parecer do <strong>Relatório</strong> Parcial 04I.a Revisão bibliográfica 05I.b Categorias <strong>de</strong> Análise 09I.c Processos convencionais 10II Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s e sua localização no relatório 11II.a Etapas previstas 12II.b Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não previstas 14III Web-site <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> 14Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s no segundo ano <strong>de</strong> vigência <strong>da</strong> bolsa1 Exame <strong>de</strong> qualificação 161.1 Avaliação <strong>da</strong> banca 181.1.1 Profa. Dra. Lúcia Leão 191.1.2 Prof. Dr. Azael R. De Camargo 202 Dissertação 222.1 Resumo dos capítulos 222.1.1 Introdução 222.1.2 Capítulo 1 | Interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na época <strong>da</strong> informaçãodigital232.1.3 Capítulo 2 | Mobiliário Interativo 23 1


2.1.4 Capítulo 3 | Processos <strong>de</strong> produção 242.1.5 Consi<strong>de</strong>rações finais 243 Projetos Interativos 253.1 Projeto Affective Twins 253.1.1 Web-site do projeto 263.1.2 Desenvolvimento 27Forma e materiali<strong>da</strong><strong>de</strong> 27Sistema interativo 28Detalhamento do material utilizado 293.1.3 @ Ars Electronica 2007 333.1.4 Consi<strong>de</strong>rações sobre o processo e o objeto 373.2 Projeto PIX 383.2.1 Idéia inicial 38Etapa I 39Etapa II 39Etapa III 403.2.2 Web-site do projeto 403.2.3 Processo <strong>de</strong> criação 41Primeiros testes 41Etapa ZERO 42Desenvolvimento <strong>da</strong> estrutura 44Desenvolvimento dos circuitos 44Desenvolvimento <strong>da</strong> interface 443.2.5 Situação atual e projeções futuras do projeto 463.2.6 Consi<strong>de</strong>rações sobre o processo e o projeto 464 Outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s 484.1 Projeto D.O.S 484.2 Projeto <strong>Nomads</strong>.Pacto 504.3 Participação em eventos do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> 524.3.1 Seminário TIC ARQ_URB 4.0 524.3.2 VI Treinamento <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> para graduandos 524.3.3 FLASH! 02 [interfaces] | Seminários <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> <strong>de</strong><strong>pesquisa</strong>s em curso534.3.4 Seminário D.O.S. 544.4 Palestras proferi<strong>da</strong>s 554.4.1 Palestra “Affective Twins” 554.4.2 Palestra “Design+Tecnologia: rumo à um pensarhíbrido”55 2


[Consi<strong>de</strong>raçõesiniciais]Este relatório trata <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s no segundo ano <strong>de</strong>vigência <strong>da</strong> bolsa <strong>de</strong> mestrado – MS-2, processo 06/53573-4 - concedi<strong>da</strong> à Arq.Gabriela Pereira Carneiro, aluna regular do Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo <strong>da</strong>Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Carlos (EESC) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP). A bolsacorrespon<strong>de</strong> à <strong>pesquisa</strong> “Design, Mediação, Interativi<strong>da</strong><strong>de</strong>: concepção e <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> objetos interativos informatizados” <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> no <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> – Núcleo <strong>de</strong> Estudos<strong>de</strong> Habitares Interativos, sob orientação do Prof. Assoc. Dr. Marcelo Tramontano. Orelato que segue faz referência às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s acadêmicas e <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> realiza<strong>da</strong>s pelabolsista durante o segundo ano <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> bolsa. Desta forma, organiza e apresenta asinvestigações realiza<strong>da</strong>s acerca do processo <strong>de</strong> concepção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> objetosinterativos informatizados. A <strong>pesquisa</strong> encontra-se em fase <strong>final</strong> <strong>de</strong> re<strong>da</strong>ção sendo quesua conclusão e <strong>de</strong>pósito dos exemplares <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa junto à CPG (Comissão <strong>de</strong> Pós-Graduação) está prevista para o início <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2008. O relatório procura<strong>de</strong>screver clara e sistematicamente as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s bem como os resultadosalcançados.[I_Respostas ao parecer do <strong>Relatório</strong> Parcial]Em primeiro lugar, agra<strong>de</strong>cemos o parecer elaborado sobre o conteúdo do primeirorelatório enviado em <strong>Agosto</strong> <strong>de</strong> 2007 para a FAPESP. As apreciações feitas pelo Sr. 4


assessor foram muito úteis e auxiliaram significativamente a revisão do processo <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong> como um todo e a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento. As críticas sobre are<strong>da</strong>ção foram absorvi<strong>da</strong>s positivamente e a re<strong>da</strong>ção do presente relatório procura nãocometer as mesmas falhas. Neste sentido, uma atenção especial foi <strong>da</strong><strong>da</strong> à clareza na<strong>de</strong>scrição dos resultados obtidos, ao correto uso dos tempos verbais e à objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dorelato.A partir do parecer recebido, ao reavaliar o <strong>Relatório</strong>_01, observou-se que muito <strong>da</strong>dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento menciona<strong>da</strong> pelo assessor po<strong>de</strong> ter-se <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong>sua elaboração à distância, na Áustria, durante estágio prático. De fato, durante aestadia no Exterior, procurou-se ao máximo aproveitar as experiências práticasofereci<strong>da</strong>s pelo <strong>de</strong>partamento e o momento <strong>de</strong> re<strong>da</strong>ção do relatório coincidiu com aprodução do projeto Affective Twins cuja exposição no Festival Ars Electronica 2007aconteceu pouco tempo após a conclusão do documento. Portanto, essa sobreposição <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s soma<strong>da</strong> ao fato do relatório ter sido redigido à distância, com certadificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação com o orientador, uma vez que o relatório foi escrito duranteas férias em Julho, transpareceu na confusão <strong>de</strong> cronogramas e conteúdos percebi<strong>da</strong> ebem aponta<strong>da</strong> no parecer. Pedimos <strong>de</strong>sculpas e procuramos aqui sanar as críticascoloca<strong>da</strong>s. As respostas que seguem nos itens I.a, I.b e I.c procuram, especificamente,respon<strong>de</strong>r ao seguinte trecho do parecer:“Neste aspecto, ao consi<strong>de</strong>rar o “Cronograma Inicial” (pag. 7), não se observa<strong>de</strong>scrito claramente no relatório a realização <strong>da</strong>s etapas “revisão bibliográfica”(que <strong>de</strong>veria ser realiza<strong>da</strong> em sua maior parte no primeiro semestre <strong>de</strong> concessão<strong>da</strong> bolsa), “<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong> análise” e “estudos <strong>de</strong> processosconvencionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign” (entendo que as etapas Cumprimentos <strong>de</strong> Créditos” e“Estudos <strong>de</strong> Caso” foram apresenta<strong>da</strong>s). Neste sentido, sugere-se que ainteressa<strong>da</strong> possa <strong>de</strong>screver clara e sistematicamente tais etapas no próximorelatório.” (trecho transcrito na íntegra do parecer do Pelatório Parcial 01)[I.a_Revisão bibliográfica]A revisão bibliográfica <strong>de</strong>sta <strong>pesquisa</strong> aconteceu em dois momentos distintos,sendo que a primeira parte foi realiza<strong>da</strong> durante o cumprimento dos créditosobrigatórios e a segun<strong>da</strong>, após o retorno <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora ao Brasil. As escolhas<strong>da</strong>s disciplinas a serem cursa<strong>da</strong>s assim como do conteúdo dos seminários emonografias foram feitos <strong>de</strong> forma a relacionar ao máximo seus programas com oconteúdo <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Consi<strong>de</strong>ra-se assim que a revisão bibliográfica prevista parao primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> foi realiza<strong>da</strong> durante a produção <strong>de</strong> monografias e 5


2. Flake, Gary William. "The Computational Beauty of Nature: ComputerExplorations of Fractals, Chaos, Complex Systems, and A<strong>da</strong>ptation". Oautor expõe aspectos teóricos e práticos <strong>da</strong>s simulações computacionais. Por meio<strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> imagens que utilizam métodos computacionaismatemáticos discute conceitos básicos dos fractais, caos, sistemas complexos ea<strong>da</strong>ptação. A leitura do livro, por mais que algumas passagens sejam<strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente técnicas, permite uma maior compreensão <strong>da</strong> produçãocontemporânea <strong>de</strong> arte generativa e auxilia na discussão <strong>de</strong> sistemascomputacionais interativos, tema abor<strong>da</strong>do na <strong>pesquisa</strong>.3. Greenfield, A<strong>da</strong>m. "Everyware: The Dawning Age of UbiquitousComputing". Assinala a era “pós-<strong>de</strong>sktop” na qual a presença <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>processamento <strong>de</strong> informação se espalha pelos objetos, lugares e serviços. O autorutiliza o termo Everyware para <strong>de</strong>signar o paradigma único do qual diferentesperspectivas fazem parte, tais como intellinget ambience, reactive environment,wearable computing. Um aspecto importante do livro para esta <strong>pesquisa</strong> resi<strong>de</strong> nasperguntas e dúvi<strong>da</strong>s do autor que, mais do que indicar caminhos, estimula oquestionamento nas pessoas que trabalham com a tecnologia e fazem parte <strong>da</strong><strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>sse futuro.4. Halle, Lynn. "Design Secrets: Products 2: 50 Real-Life Product DesignProjects Uncovered (Design Secrets)" O livro <strong>de</strong>screve o processo <strong>de</strong> criação<strong>de</strong> 50 produtos diferentes. Revela todo o raciocínio, os conceitos e as <strong>de</strong>cisões queforam toma<strong>da</strong>s antes dos produtos serem lançados no mercado. Para esta <strong>pesquisa</strong>o livro auxilia na percepção dos diferentes elementos que fazem parte do processo<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um objeto e também no contato com as diversas tecnologias hojedisponíveis para a produção industrial <strong>de</strong> produtos.5. Igoe, Tom. "Making Things Talk: Practical Methods for ConnectingPhysical Objects". Livro <strong>de</strong>dicado a pessoas que não possuem uma formaçãotécnica específica em eletrônica mas querem experimentar com esta tecnologia.Introduz os fun<strong>da</strong>mentos do trabalho com sensores, atuadores e microcontroladores e mostra varia<strong>da</strong>s maneiras <strong>de</strong> estabelecer uma comunicação entreobjetos, utilizando as placas Wiring e Arduino. Para esta <strong>pesquisa</strong> é um livrofun<strong>da</strong>mental uma vez que trata diretamente aspectos <strong>da</strong> criação do sistemainterativo dos objetos.6. Lidwell, William. "Universal Principles of Design: 100 Ways to EnhanceUsability, Influence Perception, Increase Appeal, Make Better Design 7


Decisions, and Teach Through Design". Um guia com a <strong>de</strong>finição e exemplos<strong>de</strong> diferentes conceitos a serem aplicados durante o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, seja <strong>de</strong>um produto, <strong>de</strong> uma imagem ou <strong>de</strong> uma interface. A leitura do livro auxiliou noentendimento <strong>de</strong> regras gerais essenciais para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> um bom <strong>de</strong>sign.7. Mae<strong>da</strong>, John. "The Laws of Simplicity". John Mae<strong>da</strong> é um autor importantepara esta <strong>pesquisa</strong>, além <strong>de</strong>ste livro outros também serão utilizados, tais como“The creative co<strong>de</strong>” e “Design by Numbers”. Especificamente neste livro,trabalha a questão <strong>da</strong> simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> como um conceito complexo que fornececritérios para a concepção <strong>de</strong> objetos eletrônicos em um mundo superpopulado <strong>de</strong>tais aparatos.8. Moggridge, Bill; "Designing Interactions". O livro é uma coletânea <strong>de</strong>entrevistas dirigi<strong>da</strong>s pelo autor com os criadores <strong>da</strong>s interfaces que influenciaramfortemente a formatação dos aparatos eletrônicos como os conhecemos hoje. Entreeles estão o inventor do mouse e <strong>da</strong> interface <strong>de</strong>sktop dos computadores. Ointeresse no livro resi<strong>de</strong> na <strong>de</strong>scrição forneci<strong>da</strong> do processo <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong>stes.No <strong>final</strong> o autor <strong>de</strong>screve <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente o processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> empresaque presi<strong>de</strong>, a IDEO.9. O’Sullivan, Dan; Igoe, Tom."Physical Computing: Sensin g and Controllingthe Physical World with Computers". O livro procura mostrar uma outramaneira <strong>da</strong>s pessoas enten<strong>de</strong>rem e utilizarem seus computadores. Ensina formas<strong>de</strong> estabelecer conexões entre o mundo físico, dos objetos cotidianos, e o mundocomputacional, dos sensores, atuadores e micro controladores. Sua teoria e asexperiências práticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>screve fornece um panorama do raciocínio que rege acriação <strong>de</strong> tais sistemas.10. Reas, Casey. "Processing: A Programming Handbook for VisualDesigners and Artists". O livro faz uma introdução aos conceitos <strong>de</strong>programação no contexto <strong>da</strong>s artes visuais. É um guia para o Processing, umalinguagem <strong>de</strong> programação <strong>de</strong> código aberto utiliza<strong>da</strong> bastante por <strong>de</strong>signers,arquitetos, artistas e <strong>pesquisa</strong>dores na programação <strong>de</strong> imagens, animações einterações com o mundo físico. O interesse neste livro resi<strong>de</strong> na necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>compreensão <strong>da</strong>s diferentes ferramentas utiliza<strong>da</strong>s atualmente no <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> objetos e espaços interativos e em como elas interagem entre si. Neste casoespecífico, na interação <strong>de</strong>sta linguagem <strong>de</strong> programação gráfica e elementosfísicos <strong>da</strong> eletrônica (sensores e atuadores). 8


facetas do trabalho com a tecnologia digital e <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta no campodo <strong>de</strong>sign e <strong>da</strong> arquitetura (a sistematização <strong>da</strong>s observações <strong>da</strong> banca avaliadoraestão disponíveis no item 1.2). Desta forma, o Capítulo 2 – “Mobiliário Interativo”- resume e apresenta o resultado <strong>da</strong>s reflexões feitas ao longo <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> sobreas categorias analíticas <strong>de</strong> projetos interativos.[I.c_Processos convencionais]O estudo <strong>de</strong> processos convencionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, ou seja, do processo usual <strong>de</strong>concepção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> objetos que não possuem aspectos interativos,havia sido proposto no plano inicial com o objetivo <strong>de</strong> procurar em processostradicionais características que pu<strong>de</strong>ssem ser também aplica<strong>da</strong>s ao processo <strong>de</strong>criação <strong>de</strong> objetos interativos. No <strong>de</strong>correr <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>, <strong>de</strong>frontou-se com acomplexi<strong>da</strong><strong>de</strong> do processo quando se trata <strong>de</strong> objetos e espaços interativos e coma falta <strong>de</strong> referências sobre o assunto no Brasil. Isto, somado à existência <strong>de</strong> umavasta bibliografia sobre processos convencionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, estimulou-nos aconcentrar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> nessa lacuna percebi<strong>da</strong> no Brasil sobre acriação <strong>de</strong> objetos e arquiteturas interativas. Acredita-se que, <strong>de</strong>sta forma, osresultados obtidos po<strong>de</strong>rão ser melhor aproveitados em <strong>pesquisa</strong>s futuras nocontexto acadêmico brasileiro.É importante salientar que, por mais que o estudo <strong>de</strong> processos convencionais nãoocupe mais o lugar proposto no plano inicial <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>, eles sempre permearamtodo o percurso <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora e <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s que <strong>de</strong>senvolveu <strong>de</strong>ntro do<strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>. Isto fica claro em um trecho do capítulo 2, no qual objetos nãointerativos são estu<strong>da</strong>dos como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a análise <strong>da</strong> inserção <strong>de</strong>mídias digitais (pg. 5-8 do anexo 1). O trabalho <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora sobre processostradicionais <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign se <strong>de</strong>u também por meio <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s práticas <strong>de</strong> projeto<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s no <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>, tais como os objetos e espaços projetados para oInstituto Pombas Urbanas (item 2.4.2 do <strong>Relatório</strong> Parcial <strong>de</strong>sta <strong>pesquisa</strong>) e oprojeto para a empresa Pacto Digital (item 4.2). Além disso, como foi apontado narevisão bibliográfica (item I.b <strong>de</strong>stas consi<strong>de</strong>rações iniciais), foram adquiridosalguns títulos que tratam do assunto e servirão <strong>de</strong> subsídio para a re<strong>da</strong>ção doCapítulo 3 <strong>da</strong> dissertação.O conteúdo do terceiro capítulo tratará do processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> objetos earquiteturas interativas. Esta análise se <strong>da</strong>rá por meio <strong>da</strong> apreciação <strong>da</strong>ssistematizações dos processos dos projetos <strong>de</strong>senvolvidos durante a <strong>pesquisa</strong> 10


(Affective Twins e PIX) e com o suporte <strong>da</strong>s leituras realiza<strong>da</strong>s ao longo <strong>da</strong> revisãobibliográfica. Neste sentido, no lugar <strong>de</strong> elencar e sistematizar os principais passos<strong>da</strong>dos usualmente por <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> peças convencionais, busca-se apresentarneste relatório todo o processo <strong>de</strong> concepção e <strong>de</strong>senvolvimento dos projetosmencionados (item 3 <strong>de</strong>ste relatório). Esta mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> foco aconteceu após avolta <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora ao Brasil, quando foi feita uma avaliação junto com oorientador sobre os rumos para o segundo ano <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Essa reavaliação foisubmeti<strong>da</strong> à banca <strong>de</strong> Qualificação, que a avalizou.Enten<strong>de</strong>-se que as três etapas acima comenta<strong>da</strong>s não foram <strong>de</strong>scritas sistematicamenteno <strong>Relatório</strong> Parcial <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Acredita-se que a re<strong>da</strong>ção do relatório é um momentoimportante no qual uma avaliação sobre o processo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> como um todo é feitaem conjunto com o orientador. A distância física e a coincidência <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> entrega do<strong>Relatório</strong> Parcial 01 com um momento cujo foco estava na prática fez com que essaavaliação não ocorresse <strong>da</strong> forma como <strong>de</strong>veria e isto transpareceu no conteúdoapresentado. Buscou-se então aqui, além <strong>de</strong> eluci<strong>da</strong>r as questões coloca<strong>da</strong>s peloparecer, explicitar nuances <strong>da</strong> análise <strong>de</strong>ste processo e espera-se, assim, que as dúvi<strong>da</strong>scoloca<strong>da</strong>s tenham sido sana<strong>da</strong>s.[II_Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s e sua localização no relatório]De acordo com o plano <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>scrito no último capítulo do <strong>Relatório</strong> Parcial <strong>de</strong>sta<strong>pesquisa</strong>, durante o segundo ano <strong>de</strong> vigência <strong>da</strong> bolsa a <strong>pesquisa</strong> estaria centra<strong>da</strong> nasistematização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s, aprofun<strong>da</strong>mento bibliográfico, divulgação <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong> e re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> dissertação. Além <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s já previstas outras tambémforam <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s. Entre elas, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> perspectiva <strong>de</strong> disseminação doconhecimento adquirido no Exterior, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mais um projeto interativo, oPIX, foi incluído no curso <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Este encontra-se em fase conclusiva e é <strong>de</strong>scrito<strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente no corpo <strong>de</strong>ste relatório. Um dos objetivos <strong>de</strong>ste projeto é, a partir doseu processo <strong>de</strong> criação, envolver e suscitar questões relaciona<strong>da</strong>s ao <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> projetos interativos a <strong>pesquisa</strong>dores e alunos do <strong>de</strong>partamento e <strong>da</strong> escola na qual ogrupo se insere. Achou-se importante que as pessoas tivessem contato não apenas comrelatos do que foi <strong>de</strong>senvolvido e sim com o processo como um todo. 11


O projeto PIX auxiliará também a discussão que será <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> no volume <strong>final</strong> <strong>da</strong>dissertação. Assim sendo, por sua gran<strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e pela importância <strong>de</strong> incorporarseu processo no corpo do trabalho, a re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> dissertação prevista para o quartosemestre <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> será realiza<strong>da</strong> a partir do mês <strong>de</strong> <strong>Agosto</strong> após a conclusão doprojeto. Neste sentido, é importante ser colocado que o prazo máximo para o <strong>de</strong>pósitodos volumes <strong>da</strong> dissertação é 03 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2009 e o adiamento <strong>da</strong> re<strong>da</strong>ção está <strong>de</strong>acordo com as normas do programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo noqual se insere. Dentro <strong>de</strong>sse prazo, <strong>de</strong> acordo com o planejamento atual <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>, espera-se <strong>de</strong>positar os volumes finais <strong>da</strong> dissertação em meados do mês <strong>de</strong>Outubro. Para uma visualização geral <strong>de</strong> todo conteúdo <strong>de</strong>senvolvido são apresentadosdois quadros, um contendo as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s previstas no cronograma (item 6 do <strong>Relatório</strong>Parcial) e o outro com as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não previstas porém realiza<strong>da</strong>s.[II.a_Etapas previstas]Descrição <strong>da</strong>s etapas previstas para o segundo ano <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong>, conforme apresenta<strong>da</strong>sno item 6 do <strong>Relatório</strong> Parcial <strong>de</strong>sta <strong>pesquisa</strong>:[Etapa 1. Análise do processo] Análise do processo <strong>de</strong> concepção, <strong>de</strong>senvolvimento eprodução do projeto Affective Twins.[Etapa 2. Divulgação <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>] Divulgação do conhecimento alcançado até omomento através <strong>de</strong> palestras, workshops e produção <strong>de</strong> artigos. Também como parte<strong>da</strong> divulgação, está a constante atualização do web-site <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>.[Etapa 3. Estruturação <strong>da</strong> Dissertação] A partir <strong>da</strong> análise do que foi estu<strong>da</strong>do e<strong>de</strong>senvolvido até o momento, montar a estrutura <strong>da</strong> dissertação.[Etapa 4. Aprofun<strong>da</strong>mento bibliográfico] A partir <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> para adissertação, será feito um aprofun<strong>da</strong>mento bibliográfico específico sobre as questões queserão abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s, como complementação <strong>da</strong>quela já estu<strong>da</strong><strong>da</strong> até o momento.[Etapa 5. Qualificação] Produção do memorial <strong>de</strong>scritivo e do primeiro capítulo <strong>da</strong>dissertação para envio à Banca Examinadora. Banca <strong>de</strong> Qualificação.[Etapa 6. Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Dissertação] Re<strong>da</strong>ção do volume <strong>final</strong> <strong>da</strong> dissertaçãoenvolvendo também o material entregue junto à Banca <strong>de</strong> Qualificação. 12


Etapas Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e produtos Localização norelatório1. Análise doprocesso2. Divulgação <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong>Sistematização e análise do processo <strong>de</strong> criação(<strong>de</strong>senvolvimento, exposição, consi<strong>de</strong>rações, website)Afective Twins no fol<strong>de</strong>r do Interface CultureDepartment / Festival Ars ElectronicaItem 3.1Anexo 4Palestra Affective Twins Item 4.4.1Palestra Design + Tecnologia: rumo a umpensamento híbridoVI Treinamento <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> 2008 | Palestra ObjetosInterativosFLASH! 2.0 [interfaces] | Palestra Interfacesinterativas: para além do computadorFILE 2008 [milhões <strong>de</strong> pixels] Palestra Gêmeosafetivos: Explorando a interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> através domobiliário e do espaçoP&D Design 2008. Palestra Reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s híbri<strong>da</strong>s:<strong>de</strong>sign e tecnologias <strong>da</strong> comunicação e informaçãoItem 4.4.2Item 4.3.2Item 4.3.3Item 4.5.2Item 4.5.3Resumo publicado no catálogo do FILE 2008 Anexo 5Artigo completo aceito no P&D Design 2008 Anexo 7Resumo expandido aceito no P&D Design 2008 Anexo 8Resumo submetido ao Sigradi 2008 Anexo 93. Estruturação <strong>da</strong>dissertaçãoResumo dos capítulos Item 24.Aprofun<strong>da</strong>mentobibliográficoConsi<strong>de</strong>rações sobre a revisão bibliográficaItem I.a5. Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>qualificaçãoDescrição do exame <strong>de</strong> qualificação e doscomentários <strong>da</strong> banca avaliadoraItem 1Versão preliminar do capítulo 2 Anexo 16. Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>dissertaçãoEstágio atual <strong>da</strong> dissertação <strong>final</strong> (resumo doscapítulos e previsão <strong>de</strong> término)Item 2 13


[II.b_Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não previstas]Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Descrição Localização norelatórioCoor<strong>de</strong>nação e<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>projetoParticipação emprojetosParticipação emeventosProjeto PIX Item 3.2Projeto D.O.S Item 4.1Projeto <strong>Nomads</strong>.Pacto Item 4.2Seminário TIC ARQ_URB 4.0 Item 4.3.111 o Design to Business | Mechele Popcorn Item 4.5.1[III_Web-site <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>]O web-site <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> encontra-se disponível no en<strong>de</strong>reço e foi constantemente atualizadono <strong>de</strong>correr <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. À estrutura inicial apresenta<strong>da</strong> no primeiro relatório foramadiciona<strong>da</strong>s as páginas com a documentação do processo <strong>de</strong> criação dos dois projetoscentrais <strong>de</strong>ste trabalho, o Affective Twins e o PIX. É importante enfatizar que aestruturação do web-site atua como uma extensão <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> e não apenas como uma<strong>de</strong>rivação <strong>de</strong>la. Acredita-se que através <strong>da</strong> organização do conteúdo <strong>pesquisa</strong>do pormeio <strong>de</strong> um web-site, o <strong>pesquisa</strong>dor seja mais capaz <strong>de</strong> enxergar o processo como umtodo, o que auxilia bastante o entendimento e an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Além disso, é ummeio <strong>de</strong> divulgação <strong>de</strong> caminhos e referências que estão sendo utiliza<strong>da</strong>s para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um assunto tão contemporâneo ao nosso tempo. Dessa maneira, oweb-site não se apresenta como um documento estático, mas possui o intuito <strong>de</strong> setornar referência constante para outras pessoas que se interessem pelo tema. Abaixosegue um esquema com os tópicos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s três páginas principais, “<strong>pesquisa</strong>”,“projeto affective twins” e “projeto pix”. 14


Fig. 1: Esquema com o conteúdo dos web-sites que fazem parte <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. 15


Qualificação [1]O memorial <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a proposta <strong>de</strong> estrutura e a versão preliminar do segundocapítulo <strong>da</strong> dissertação foram entregues ao Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação doDepartamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo <strong>da</strong> EESC-USP no dia 11 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2008e o exame <strong>de</strong> qualificação foi realizado no dia 19 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2008. Neste dia estavampresentes a mestran<strong>da</strong>, o orientador <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> Prof. Assoc. Dr. Marcelo Tramontano, oconvi<strong>da</strong>do interno ao programa <strong>de</strong> Pós-Graduação Prof. Dr. Azael Camargo, e aconvi<strong>da</strong><strong>da</strong> externa Prof. Dra. Lúcia Leão.No memorial foram <strong>de</strong>scritas to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pela bolsista <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seuingresso no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em questão (Fevereiro <strong>de</strong> 2006), até o períodono qual o material foi redigido (Janeiro <strong>de</strong> 2007). Entre elas estavam as disciplinascursa<strong>da</strong>s; os trabalhos apresentados durante as disciplinas; o relato <strong>da</strong> viagem <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong>dora e tudo o que foi <strong>de</strong>senvolvido lá; o projeto Affective Twins; a idéia inicialdo projeto PIX e as oficinas, palestras e seminários atendidos. O objetivo do memorial écontextualizar os membros <strong>da</strong> banca sobre o trabalho e as experiências <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora.Uma vez que a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> normalmente vai muito além do que o que éescrito na dissertação, a familiarização com o caminho percorrido se faz com o intuito <strong>de</strong>fornecer insumos para a crítica e indicação <strong>de</strong> possíveis direções a serem segui<strong>da</strong>sdurante a <strong>final</strong>ização <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> e re<strong>da</strong>ção do volume <strong>final</strong> <strong>da</strong> dissertação. 16


A proposta <strong>de</strong> estrutura para a dissertação, com o titulo “Objetos interativos: <strong>de</strong>sign etecnologias <strong>da</strong> informação e comunicação”, introduziu a narrativa pretendi<strong>da</strong>, isto é,<strong>de</strong>screveu sob qual perspectiva o assunto <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> será tratado. Para tanto,apresentou-se a divisão do volume <strong>final</strong> em três capítulos além <strong>da</strong> introdução e <strong>da</strong>sconsi<strong>de</strong>rações finais. A introdução foi apresenta<strong>da</strong> em sua versão preliminar e encontrasedisponível, <strong>da</strong> forma como foi apresenta<strong>da</strong>, no anexo 2. Do primeiro e do terceirocapítulo foram apresentados seus resumos seguidos <strong>da</strong> bibliografia que será utiliza<strong>da</strong> nasua re<strong>da</strong>ção. Da conclusão foi apresentado um resumo do conteúdo pretendido.A versão preliminar do Capítulo 2 “Mobiliário Interativo” foi apresenta<strong>da</strong> na íntegra paraavaliação e se encontra no anexo 1 <strong>de</strong>ste relatório. Este, <strong>de</strong> acordo com o an<strong>da</strong>mento<strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>, encontrava-se em fase conclusiva e julgou-se necessária a inserção <strong>de</strong>sugestões e criticas pelos membros <strong>da</strong> banca. Seu conteúdo compreen<strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong>proposições <strong>de</strong> projetos interativos, classificados a partir <strong>da</strong> tecnologia utiliza<strong>da</strong> e escala<strong>de</strong> intervenção. A escolha <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver o capítulo 2 foi feita pois a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>estrutura <strong>da</strong> dissertação e do conteúdo dos capítulos ocorreu logo após a volta <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong>dora ao Brasil, <strong>de</strong>ssa maneira julgou-se importante que aspectos teóricos <strong>da</strong>experiência no Exterior fossem priorizados na hora <strong>da</strong> re<strong>da</strong>ção.Para uma melhor contextualização <strong>da</strong> banca sobre as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s e comoestas se encaixam na re<strong>da</strong>ção do volume <strong>final</strong> <strong>da</strong> dissertação foi apresentado o quadroque segue apontando o estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho naquele momento,Janeiro <strong>de</strong> 2007.O que foi realizado O que falta realizar ComoIntrodução- Versão preliminar <strong>da</strong>introdução- Plano inicial <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong>- Plano <strong>de</strong> viagem- Rever o texto já escrito eredigir a versão <strong>final</strong>- Consi<strong>de</strong>ração e análisedos comentários <strong>da</strong>banca do Exame <strong>de</strong>QualificaçãoCapítulo 1- Resumo do capítulo- Monografias, seminários eleituras dos textos <strong>da</strong>s disciplinascursa<strong>da</strong>s- Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s naKunstuniversität.- Palestra “Rumo a um pensarhíbrido”- Desenvolver o capítulo - Definir aspectos chavepara a leitura ecompreensão dorestante <strong>da</strong> dissertação:interação, processos <strong>de</strong><strong>de</strong>sign, comunicação eparadigma tecnológico. 17


Capítulo 2-Versão preliminar apresenta<strong>da</strong>no Exame <strong>de</strong> Qualificação.- Rever o texto já escrito eredigir a versão <strong>final</strong>- Consi<strong>de</strong>ração e análisedos comentários <strong>da</strong>banca do Exame <strong>de</strong>QualificaçãoCapítulo 3- Resumo do capítulo- Projeto Affective Twins- Projeto PIX- LaMiMe- Desenvolver o projetoPIX- Desenvolver o capítulo- Elaborar caminhospara a produção <strong>de</strong>objetos interativos apartir <strong>de</strong> trêsperspectivas: dosautores, <strong>de</strong> arquitetos e<strong>de</strong>signers e <strong>da</strong> própria<strong>pesquisa</strong>dora.Conclusão- Resumo <strong>da</strong> conclusão - Rever o texto já escrito e<strong>final</strong>izar a partir dosresultados <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>.Realizar um panoramageral dos assuntosabor<strong>da</strong>dos, apresentasos resultados obtidos eindicar caminhos paratrabalhos futuros.[1.1_Avaliação <strong>da</strong> banca]O exame <strong>de</strong> qualificação foi realizado no dia 19 <strong>de</strong> Março/2008 e contou com a presença,além <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dor e <strong>de</strong> seu orientador, do convi<strong>da</strong>do interno ao programa <strong>de</strong> Pós-Graduação Prof. Assoc. Azael R. Camargo e <strong>da</strong> convi<strong>da</strong><strong>da</strong> externa Profa. Dra. Lucia Leão.Segue abaixo um resumo <strong>da</strong> biografia dos professores em questão:Profa. Dra. Lucia Leão é Professora <strong>da</strong> PUC/SP e do Centro Universitário SENAC. Artistainterdisciplinar, é Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP (2001).Atualmente, realiza Pós-Doutorado em Artes na UNICAMP. Como artista, expôs, entreoutros lugares, no ISEA 2000, Paris; no Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea <strong>de</strong> Campinas(MACC); na XV Bienal Internacional <strong>de</strong> São Paulo; na II Bienal Internacional <strong>de</strong> BuenosAires; no ArtMedia, Paris; no FILE-SP (2002); no Arte Digital Rosario 2003; CinéticoDigital, Itaú Cultural, SP (2005); Mostra SESC <strong>de</strong> Artes, SP (2005) e FILE RIO 2006. Éautora <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> artigos sobre arte e novas mídias. Obras <strong>de</strong> autoria individual: Olabirinto <strong>da</strong> hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço (Iluminuras, 1999) e Aestética do labirinto (Anhembi-Morumbi, 2002). Obras organiza<strong>da</strong>s: Interlab: labirintosdo pensamento contemporâneo (Iluminuras, 2002), Cibercultura 2.0 (Nojosa, 2003), 18


Derivas: cartografias do ciberespaço (Annablume, 2004) e O chip e o caleidoscópio:reflexões sobre as novas mídias (Ed. SENAC, 2005).Biografia disponível no web-site: (Acesso em 27/07/2008)Prof. Assoc. Azael Rangel Camargo é Eng. Civil e Mestre em Arquitetura pela EESC -USP, Doutor em Urbanismo e Políticas Públicas pelo Institut d’Urbanisme <strong>de</strong> Paris. LivreDocente pelo Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo <strong>da</strong> EESC USP. Coor<strong>de</strong>nador dogrupo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>da</strong> EESC-USP e-Urb que nasceu e existe <strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>re conceituar as questões envolvi<strong>da</strong>s com o fenômeno chamado Urbanização Virtual. Comeste termo conceituam uma série <strong>de</strong> novas situações e fatos sociais e culturais que estãoemergindo nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ampliando, complementando e complexificando, os processosurbanos tradicionais.Mais informações disponíveis no web-site do grupo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> e-Urb:(Acesso em 27/07/2008)[1.1.1_Profa. Dra. Lúcia Leão]A professora i<strong>de</strong>ntificou a <strong>pesquisa</strong> como situa<strong>da</strong> na interface entre <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> objetos equestões <strong>de</strong> interativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Um campo novo e complicado pois em geral as pessoascaem ou para um lado muito tecnológico, sem uma preocupação conceitual ou apenasficam falando sem ter uma experiência prática. Acredita então que a sistematizaçãoproposta pela <strong>pesquisa</strong> irá contribuir muito para outros trabalhos. Sobre o Capítulo 2consi<strong>de</strong>rou-se o conteúdo claramente organizado e bem redigido. Foram feitascolocações sobre questões específicas que serão incorpora<strong>da</strong>s na re<strong>da</strong>ção <strong>final</strong> docapítulo.Sobre a estrutura <strong>da</strong> dissertação, no primeiro capítulo o foco <strong>de</strong>veria ser nainterativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. É necessário <strong>de</strong>ixar claro sobre qual interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> o trabalho se refere.Sugere o autor Couchot pois tem um texto muito interessante que fala sobreinterativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m e segun<strong>da</strong> or<strong>de</strong>m. Ressalta a importância <strong>de</strong> seperceber a interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> nestes diversos níveis e perceber quando é que ela não passa<strong>de</strong> mera reativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não se po<strong>de</strong> correr o risco <strong>de</strong> fazer com que ela signifique qualquercoisa, senão tudo se torna interativo. Os limites do que se enten<strong>de</strong> por este termo temque ser bem <strong>de</strong>finido no texto. 19


Sobre o capítulo 3, chamado <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong> Produção, quando fala-se em concepção e<strong>de</strong>senvolvimento, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> fala-se sobre "processo <strong>de</strong> criação" e nesse caso aprodução seria uma segun<strong>da</strong> etapa. Para esse capítulo, talvez seja importante olhar parao processo como um todo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira idéia. Seria interessante que no capítuloestivesse reforçado e <strong>de</strong>talhado quanto <strong>da</strong> idéia inicial tem que ser refleti<strong>da</strong> para sepo<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> fato, evitar o excesso. O que se vê com freqüência é o foco em “usar atecnologia”, o que é, <strong>de</strong> certa forma, natural. Neste capítulo <strong>de</strong>veria então ser enfatizadoque a partir <strong>da</strong> idéia original nasce um processo <strong>de</strong> reflexão muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza<strong>de</strong>sses fogos <strong>de</strong> artifício que representa a sedução <strong>da</strong> tecnologia. Nesse processo <strong>de</strong>criação colocado no capítulo, é importante enfatizar esse primeiro momento no qual to<strong>da</strong>a tecnologia <strong>de</strong>ve ser avalia<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma a chegar no puro conceito. Neste ponto é quepo<strong>de</strong> ser feita a diferenciação entre o <strong>de</strong>signer e um mero fazedor <strong>de</strong> projetos.[1.1.2_Prof. Dr. Azael R. De Camargo]De forma geral o professor consi<strong>de</strong>rou que o trabalho é rico, criativo e <strong>de</strong>spertaprofun<strong>da</strong>s questões. Apontou a relação próxima que a <strong>pesquisa</strong>dora mantém com aexperimentação e consi<strong>de</strong>rou este um ponto diferenciador do trabalho, sendo que o ladoprático niti<strong>da</strong>mente complementa o teórico e vice-versa. Para ele a trajetória <strong>da</strong> bolsista,com as iniciações científicas, workshops e a experiência no Exterior influenciaramdiretamente a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do trabalho apresentado.Duas questões guiaram suas críticas: uma a respeito do acabamento e a outra comrelação ao título <strong>da</strong> dissertação <strong>final</strong>. Sobre o acabamento ele questionou qual seriamentão as etapas para a <strong>final</strong>ização do trabalho e quanto ao título se perguntou o porquêdo uso do termo “objetos” em um trabalho que aparenta ultrapassar o <strong>de</strong>sign <strong>de</strong>objetos. Além <strong>da</strong>s críticas apontou possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong>, em especial doconteúdo a ser trabalhado no terceiro capítulo.Na re<strong>da</strong>ção do capítulo 3 <strong>de</strong>veria estar presente e bem <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a contribuição <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong> à esta área do conhecimento ain<strong>da</strong> pouco difundi<strong>da</strong> no contexto brasileiro,<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> como <strong>de</strong>sign interativo. Consi<strong>de</strong>ra-se que o capítulo 1 e 2 servirão paracoletar elementos e preparar a base sobre a qual o conteúdo do último será<strong>de</strong>senvolvido. Aqui é que entra a dúvi<strong>da</strong> sobre o título do trabalho ser “objetosinterativos” já que o que a abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> ao longo do texto aponta é parauma compreensão mais abrangente do trabalho com sistemas interativos. O próprio fato<strong>de</strong> a <strong>pesquisa</strong>dora ter <strong>de</strong>senvolvido dois projetos, um sendo um mobiliário e outro umaarquitetura, já mostra que o cerne do trabalho não é o objeto ou o mobiliário em si. Osobjetos são um dos suportes e funcionam tal como as outras escalas abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Dessa 20


forma seria interessante que o título reproduzisse melhor o conteúdo e objetivo dotrabalho que para o professor resi<strong>de</strong> na sistematização <strong>de</strong> processos e recomen<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>caminhos a serem seguidos na produção <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sign interativo.Sobre o capítulo 2 algumas questões foram aponta<strong>da</strong>s, presentes na primeira meta<strong>de</strong> dotexto apresentado, que merecem uma atenção especial pois são chaves para enten<strong>de</strong>r econtextualizar as mu<strong>da</strong>nças <strong>da</strong>s quais os objetos tratados são resultados. Em específicoa importância do entendimento do que seria a obsolescência do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>sktop. Propõeque ao aprofun<strong>da</strong>r esta questão seja mais <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> a idéia <strong>da</strong> experiência <strong>de</strong> interaçãocom um ambiente artificial do que a tecnologia utiliza<strong>da</strong>. Importante também é areflexão coloca<strong>da</strong> sobre a quebra <strong>de</strong> lineari<strong>da</strong><strong>de</strong> tal como foi possibilita<strong>da</strong> pelos meiosdigitais. Neste caso, os programas computacionais não apenas processam informaçõescomo também permitem a aproximação <strong>de</strong> idéias e lugares.Sobre a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>final</strong>ização do trabalho foi colocado que há uma dúvi<strong>da</strong> <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mais um projeto (no caso, o PIX). Acredita-se que otrabalho já tenha conteúdo suficiente para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> sua idéia central, quemais do que a análise <strong>de</strong> projetos, <strong>de</strong>ve ser a indicação <strong>de</strong> caminhos. Caminhos que vãoalém do objeto e que possam ser recebi<strong>da</strong>s como recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> projeto. 21


Dissertação [2]A partir <strong>da</strong>s críticas feitas pela comissão <strong>de</strong> avaliação, o trabalho encontra-se hoje noinício <strong>da</strong> fase <strong>final</strong> <strong>de</strong> re<strong>da</strong>ção, junto com a <strong>final</strong>ização do projeto PIX (já em estágio <strong>final</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento). Espera-se que até o início do mês <strong>de</strong> Outubro os volumes finaissejam <strong>de</strong>positados para que no mês seguinte seja realiza<strong>da</strong> a avaliação <strong>final</strong> do trabalho(lembrando que o prazo <strong>final</strong> <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora <strong>de</strong>ntro do programa é Fevereiro <strong>de</strong> 2009).Os capítulos estão sendo trabalhados <strong>de</strong> acordo com a bibliografia estu<strong>da</strong><strong>da</strong> ao longo <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong> e com a inclusão <strong>de</strong> alguns outros títulos <strong>de</strong> acordo com o an<strong>da</strong>mento do texto<strong>final</strong>. Abaixo seguem breves resumos do conteúdo dos capítulos seguidos <strong>da</strong> bibliografiaque está sendo utiliza<strong>da</strong> em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, e também o segundo capítulo conforme foiapresentado no exame <strong>de</strong> qualificação (ain<strong>da</strong> sem as alterações que estão sendo feitas<strong>de</strong> acordo com a apreciação feita durante o exame).[2.1_Resumo dos capítulos][2.1.1_Introdução]A introdução será redigi<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma a contextualizar e apresentar os questionamentosque <strong>de</strong>ram origem ao trabalho. Nela serão também explicitados os objetivos <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>e como os resultados alcançados <strong>de</strong>ram origem aos três capítulos que compõem o corpo 22


<strong>da</strong> dissertação. Uma versão preliminar foi elabora<strong>da</strong> para o exame <strong>de</strong> qualificação eencontra-se disponível no anexo 2. Esta está sendo atualmente trabalha<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma acontar menos sobre o caminho <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora e mais sobre o conteúdo <strong>final</strong> <strong>da</strong>dissertação.[2.1.2_Capítulo 1 | Interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na época <strong>da</strong> informação digital]O capítulo 1 está sendo elaborado <strong>de</strong> forma a explorar nuances <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> domundo contemporâneo marcado por, entre outras coisas, a forte influência <strong>da</strong>s TIC namaneira como as pessoas se comunicam e interagem entre si e com os sistemas natural,produtivo e cultural. Procura-se assim analisar <strong>de</strong> que forma a mu<strong>da</strong>nça nos meiosatravés dos quais percebemos o mundo influencia a percepção e o habitar. Parte-se <strong>de</strong>uma compreensão do mundo, <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong>s coisas e <strong>da</strong>s pessoas como partes <strong>de</strong> umsistema complexo passível <strong>de</strong> se ligar e se conectar <strong>de</strong> diferentes maneiras a todos osmomentos. Isto se faz com o intuito <strong>de</strong> examinar em que sentido as mu<strong>da</strong>nças e arapi<strong>de</strong>z na qual elas ocorrem influenciam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> outrasestratégias <strong>de</strong> intervenção no mundo.Seguem as principais referências que estão sendo utiliza<strong>da</strong>s na elaboração do primeirocapítulo: BRIGGS, A.; BURKE, P. / CASTELLS, M. / DERTROUZOS, M. / HOBSBAWM, E /LEMOS, A. / LÉVY, P. / TACKARA, J. / CSIKSZENTMIHALYI, M. / DUNNE, A. /GREENFIELD, A. / LEÃO, L. / McCARTHY, J. / MOGGRIDGE, B. / BERTALANFY, L. /BUSH, V. / FLAKE, G. / MORIN, E / WIENER, N. / BIOCCA, F.; MARK, L. / BORDENAVE,J. / McLUHAN, M. / MULDER, A. / BAUDRILLARD, J. / BONSIEPE, G. / BUSH, V. / DENIS,R. / DUNNE, A. / GREENFIELD, A. / McCARTHY, J. / MOGGRIDGE, B. / NORMAN, D. /TACKARA, J.[2.1.3_Capítulo 2 | Mobiliário Interativo]A versão preliminar do capítulo 2 foi apresenta<strong>da</strong> para o exame <strong>de</strong> qualificação eencontra-se disponível <strong>da</strong> forma como foi apresentado no anexo 1 <strong>de</strong>ste relatório. Ocapítulo divi<strong>de</strong>-se em duas partes sendo que a primeira abor<strong>da</strong> aspectos do cenáriotecnológico atual e trata, <strong>de</strong>ntre as diversas sub-áreas emergentes <strong>da</strong> computação, <strong>de</strong>conceitos relacionados à computação ubíqua, reali<strong>da</strong><strong>de</strong> aumenta<strong>da</strong> e interfacestangíveis. São campos que interessam especificamente a essa <strong>pesquisa</strong> uma vez queexploram possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego <strong>da</strong> computação para além do computador pessoal.Na segun<strong>da</strong> parte, são analisados exemplos <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong>s TIC em aparatos para ocorpo, objetos, edifícios e espaços urbanos. Estes feitos retratam varia<strong>da</strong>s maneiras <strong>de</strong> 23


abor<strong>da</strong>r a produção <strong>de</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s híbri<strong>da</strong>s nas quais espaços e objetos físicos sãoconcebidos entrelaçados às instâncias virtuais informatiza<strong>da</strong>s. O capítulo atualmenteestá sendo revisado <strong>de</strong> acordo com as críticas feitas durante o exame <strong>de</strong> qualificação.Seguem as principais referências que foram utiliza<strong>da</strong>s na elaboração do segundocapítulo: BONSIEPE, G. / DORFLES, G. / DUNNE, A. ; RABY, F. / FAULKNER, C. / GAVER,W. / GREENFIELD, A. / HESKETT, J. / ISHII, H. / KRUEGER, M. / MALDONADO, T. /O’SULLIVAN, D. ; IGOE, T. / SHARP, H. / TACKARA, J. / TRAMONTANO, M. / WEISER, M.[2.1.4_Capítulo 3 | Processos <strong>de</strong> produção]O capítulo 3 está em fase <strong>de</strong> re<strong>da</strong>ção e abor<strong>da</strong>rá o processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> objetos eespaços interativos, ou seja, as estratégias emprega<strong>da</strong>s para transformar as idéiasinicias em obras prontas para o uso. Se na i<strong>de</strong>alização <strong>de</strong> um objeto a preocupaçãoresi<strong>de</strong> na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> “o quê” acontecerá, falar sobre o processo <strong>de</strong> produçãorefere-se a “como” as relações arquiteta<strong>da</strong>s são implementa<strong>da</strong>s. Para isso serãoindicados caminhos e conhecimentos necessários para <strong>de</strong>senvolver projetos interativosque possuem em sua estrutura a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> processar informações. Busca-se assimcontribuir para o fornecimento <strong>de</strong> bases para o entendimento do processo <strong>de</strong> concepçãoe <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> objetos e espaços interativos, sob o ponto <strong>de</strong> vista do arquiteto e<strong>de</strong>signer. Além <strong>da</strong>s referências abaixo cita<strong>da</strong>s este capítulo está se aproveitando, emgran<strong>de</strong> parte, <strong>de</strong> todo material já produzido (sistematizações, web-sites, artigos) sobreos dois projetos <strong>de</strong>senvolvidos durante a <strong>pesquisa</strong> (Affective Twins e PIX).Seguem as principais referências que estão sendo utiliza<strong>da</strong>s na elaboração do terceirocapítulo: BUSH, V. / CSIKSZENTMIHALYI , M. / DUNNE, A. / FLAKE, W. / HALLER, L. /IGOE. T / KRUEGER, M. / MAEDA. J. / MOGGRIDGE, B. / NORMAN, D. / O’SULLIVAN, D./ PICARD, R. / REAS, C. / SHARP, H. / TSCHUMI, B. / WIENER, N.[2.1.5_Consi<strong>de</strong>rações finais]Preten<strong>de</strong>-se neste capítulo realizar um panorama geral dos assuntos abor<strong>da</strong>dos nadissertação, apresentar os resultados obtidos e indicar caminhos para trabalhos futuros.Será realiza<strong>da</strong> uma análise relacionando os objetivos inicialmente almejados e osresultados obtidos, explicitando os êxitos, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e uma avaliação do processo.Com isso, aspectos importantes do que foi aprendido com a <strong>pesquisa</strong> serão ressaltados eas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s visualiza<strong>da</strong>s ao longo <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento e que não foramabor<strong>da</strong><strong>da</strong>s por esta, serão enfatiza<strong>da</strong>s. 24


ProjetosInterativos [3]Para alcançar o objetivo principal <strong>de</strong>sta <strong>pesquisa</strong> que consiste em tratar criação <strong>de</strong>objetos e arquiteturas interativas, ressalta-se a importância <strong>da</strong> experiência <strong>de</strong> fazer eexplorar na prática estes processos. O projeto Affective Twins e PIX são duas propostasnas quais diferentes aspectos <strong>da</strong> interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> são <strong>de</strong>stacados. O primeiro consiste emduas peças <strong>de</strong> mobiliário interativo capazes <strong>de</strong> trocar informação entre si e com ousuário. Foi <strong>de</strong>senvolvido pela <strong>pesquisa</strong>dora enquanto visitante no Departamento <strong>de</strong>Cultura <strong>da</strong> Interface e exposto no Ars Electronica 2007. O segundo está em faseconclusiva e trata <strong>da</strong> incorporação na facha<strong>da</strong> principal do edifício se<strong>de</strong> do grupo<strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> <strong>de</strong> um display <strong>de</strong> baixa resolução com a introdução <strong>de</strong> uma matriz <strong>de</strong> LEDcontrolados individualmente. Ambos são <strong>de</strong>scritos sistematicamente nos itens seguintes.[3.1_Projeto Affective Twins]O projeto foi <strong>de</strong>senvolvido pela mestran<strong>da</strong> durante o período <strong>de</strong> Março a Setembro <strong>de</strong>2007, no qual foi aluna visitante no Departamento <strong>de</strong> Cultura <strong>da</strong> Interface, <strong>da</strong>Kunstuniversität, em Linz na Áustria, sob aconselhamento dos artistas Prof. Dra. ChristaSommerer e Prof. Dr. Laurent Mignonneau. O <strong>de</strong>senvolvimento do projeto foi possívelgraças ao financiamento por parte <strong>da</strong> escola e contou também, em especial, com o apoio 25


dos colegas Tiago Martins, candi<strong>da</strong>to à PhD no <strong>de</strong>partamento em questão, e TravisKirton, Interaction Designer membro do Futurelab. A parte <strong>de</strong> marcenaria foi feita noWorkshop <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>los do Departamento <strong>de</strong> Estratégias do Espaço e Design com o auxilio<strong>de</strong> Manfred Guillinberg, e no Workshop <strong>de</strong> Metais com o auxílio <strong>de</strong> Herbert Winklehner.O objetivo <strong>de</strong>sta proposta é explorar a relação entre objetos e usuários <strong>de</strong>ntro doambiente doméstico, adicionando interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e poética a um mobiliário tradicional.Neste caso os Affective Twins (Gêmeos Afetivos) compreen<strong>de</strong>m dois objetos móveis,usados normalmente como suporte a múltiplas tarefas do cotidiano. Os gêmeos possuemtanto uma relação entre eles como estabelecem outra com seus usuários, que po<strong>de</strong>minfluenciar e serem influenciados por eles. Sua posição, o ato <strong>de</strong> tocá-los ou permanecerperto, estimulam uma série <strong>de</strong> respostas padrões, que po<strong>de</strong>m ser visual, auditiva ousensitiva. Esta proposta é basea<strong>da</strong> na crença <strong>de</strong> que interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> não se trata apenas<strong>de</strong> produtos altamente tecnológicos ou <strong>de</strong> web-sites, porém <strong>de</strong>ve ser também explora<strong>da</strong>através <strong>de</strong> intervenções discretas na vi<strong>da</strong> cotidiana.[3.1.1_Web-site do projeto]Como parte <strong>da</strong> proposta inicial <strong>de</strong> sistematização e divulgação <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s nesta <strong>pesquisa</strong>, um web-site específico para o projeto foi criado <strong>de</strong>ntro do<strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Isto se <strong>de</strong>u <strong>de</strong>vido ao importante papel <strong>de</strong>sempenhado por esta experiência<strong>de</strong>ntro do contexto geral <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. No web-site estão <strong>de</strong>scritos os fun<strong>da</strong>mentos emotivação do projeto, seu <strong>de</strong>senvolvimento, notas e imagens <strong>da</strong> exposição e algumasreferências sobre o assunto. Po<strong>de</strong> ser acessado no en<strong>de</strong>reço:Fig. 2: Imagem <strong>da</strong> página inicial do web-site do projeto Affective Twins. 26


[3.1.2_Desenvolvimento]A partir do plano inicial (apresentado no item 5 do <strong>Relatório</strong> Parcial <strong>de</strong>sta<strong>pesquisa</strong>), o projeto <strong>de</strong>senvolveu-se através do aconselhamento dos professores ediálogo com colegas. A primeira diretriz obti<strong>da</strong> sobre o trabalho com a tecnologia, dizrespeito ao uso <strong>de</strong>sta como meio <strong>de</strong> expressão, porém com a cautela <strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixar asmotivações iniciais se per<strong>de</strong>rem no meio <strong>da</strong>s soluções técnicas. O sentido que rege aproposta, <strong>de</strong>ve ser alcançado reduzindo ao máximo a tecnologia emprega<strong>da</strong>.O <strong>de</strong>senho <strong>da</strong> peça e <strong>da</strong> interação procurou interpretar <strong>de</strong> forma simples e coerente arelação que se estabelece entre gêmeos e o ambiente que os circulam. Desta forma,introduziu-se uma narrativa a ser conta<strong>da</strong> através <strong>da</strong> proposta, levando-a alem <strong>da</strong>questão funcional presente em um mobiliário. Este princípio <strong>de</strong>lineou to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>cisõestoma<strong>da</strong>s ao longo do <strong>de</strong>senvolvimento e produção do produto.[Forma e materiali<strong>da</strong><strong>de</strong>]A narrativa explora<strong>da</strong> no projeto parte do princípio <strong>de</strong> que as duas peças são gêmeas eque o usuário é capaz <strong>de</strong> interferir nesta relação. Para isso foram pensa<strong>da</strong>s duas formasbásicas - cubos <strong>de</strong> 50 X 50 X 50 cm. - que assim como os gêmeos humanos, sãopraticamente idênticas quando vistas pelo ponto <strong>de</strong> vista Exterior, porém buscam suaindividuali<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>de</strong> seu conteúdo interior. A semelhança entre eles é entãointerrompi<strong>da</strong> por diferentes cores <strong>de</strong> luz e pela presença <strong>de</strong> duas aberturas cujas formasse diferem em ca<strong>da</strong> um. Quando <strong>de</strong>sligados, ambos apresentam a cor preta (fosca) noseu Exterior e a cor branca (brilhante) nas formas interiores, compostas por umquadrado em um e um retângulo no outro. Estas formas se repetem em duas <strong>de</strong> suassuperfícies, uma vez na forma <strong>de</strong> abertura, preenchi<strong>da</strong> por um acrílico fosco branco, ena outra na forma <strong>de</strong> um volume interno, cuja uma <strong>da</strong>s faces é também composta <strong>de</strong>um acrílico fosco. Atrás do acrílico estão os LED's que iluminam a peça quando liga<strong>da</strong>s, erefletem nas outras superfícies interiores.Fig. 3: Mo<strong>de</strong>lo virtual do projeto Affective Twins. 27


[Sistema interativo]O comportamento proposto foi implementado através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> sensores eatuadores, controlados por um microprocessador (conforme esquema acima). Nestecaso, o uso do microprocessador Arduino, possibilitou a exclusão do computador <strong>de</strong> todoo processo. Isto se faz importante pois trata-se <strong>de</strong> um mobiliário, e este não <strong>de</strong>ve<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> computadores no ambiente doméstico para seufuncionamento.Fig. 4: Esquema do sistema responsável por controlar o comportamento <strong>da</strong> peça: [1] informação sobre otoque ou não toque é transmiti<strong>da</strong> para o microcontrolador [2] este a guar<strong>da</strong> ao mesmo tempo em que arepassa para o RF transciever [3] responsável pela troca <strong>de</strong> informação entre as peças [4] a informaçãorecebi<strong>da</strong> do outro é adiciona<strong>da</strong> àquela já¡ guar<strong>da</strong><strong>da</strong> [5] a união <strong>de</strong> ambas <strong>de</strong>terminam padrões <strong>de</strong>funcionamento para o motor e para os LEDs.A informação é obti<strong>da</strong> (input) através <strong>de</strong> dois sensores <strong>de</strong> toque localizados na superfíciesuperior <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> peça. Estes repassam a informação para o microprocessador que,através <strong>de</strong> uma placa <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> Rádio Freqüência, informa o que se passa aomesmo tempo em que adquire a mesma informação do outro. A partir <strong>da</strong>í são <strong>de</strong>finidosquatro comportamentos, ilustrados na imagem abaixo, <strong>de</strong> acordo com o uso, ou seja, sehá o toque em um [2] , no outro [4], nos dois [3] ou em nenhum <strong>de</strong>les [1]. Estescomportamentos são expressos através <strong>de</strong> diferentes padrões <strong>de</strong> iluminação e vibração(output). A iluminação se dá por LED's presentes nas aberturas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um e a vibraçãoatravés <strong>de</strong> um motor, localizado no interior <strong>da</strong> peça, ambos exibem diferentes padrões<strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> acordo com o comportamento estimulado. 28


Fig. 5 a 8: Detalhamento do comportamento <strong>da</strong> peça <strong>de</strong> acordo com o uso.[Detalhamento do material utilizado]_ Estrutura dos cubos: MDF pintado (2 cm)A estrutura do projeto foi construí<strong>da</strong> em MDF <strong>de</strong> 2 cm <strong>de</strong> espessura. As partes foramcorta<strong>da</strong>s e cola<strong>da</strong>s com cola própria para ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>pois foram lixa<strong>da</strong>s e pinta<strong>da</strong>sutilizando tinta preta fosca no cubo e tinta branca brilhante para o volume interno (paraque esse refletisse a luz dos LED’s). Como se tratava <strong>de</strong> uma primeira experiência o<strong>de</strong>senho foi feito com o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar bastante espaço no interior <strong>da</strong> peça parafacilitar a posterior colocação dos componentes.Fig. 9: construção <strong>da</strong> estrutura no laboratório <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los. Fig. 10: <strong>de</strong>talhe <strong>da</strong> colagem <strong>da</strong> parte inferior <strong>da</strong>estrutura na qual foram instalados os rodízios. Fig. 11: Cubo pronto: pintado e com o acrílico instalado._ Fechamento <strong>da</strong>s aberturas: acrílico fosco (5 mm)Foram feitos estudos em diversos tipos <strong>de</strong> materiais para <strong>de</strong>pois escolher aquele cujoefeito <strong>de</strong> dissipação <strong>da</strong> luz fosse melhor. Foi escolhido então o acrílico fosco com 5 mm 29


<strong>de</strong> espessura. O material foi cortado e instalado com a aplicação <strong>de</strong> silicone ao longo <strong>de</strong>seu perímetro.Fig. 12 e 13: Testes <strong>de</strong> reflexão em diferentes materiais, na direita o acrílico utilizado._ Micro processador: Arduino.Para controlar a peça foi utilizado o Arduino, um hardware <strong>de</strong> prototipagem <strong>de</strong> eletrônica<strong>de</strong>senvolvido com código aberto, utilizado por artistas, <strong>de</strong>signers e qualquer pessoainteressa<strong>da</strong> em criar objetos e ambientes interativos. Para sua programação foi utilizadoo software Arduino, um ambiente <strong>de</strong> programação com código aberto para o hardwareArduino, utilizado para escrever e gravar o código na placa I/O. O ambiente é escrito emJava e baseado no Processing, avr-gcc e outros software open-source.Fig. 14: Hardware arduino. Fig. 15: Esquema <strong>da</strong> placa com suas funções. Fig. 16: Ambiente <strong>de</strong> programaçãoArduino.A escolha <strong>de</strong> uso <strong>de</strong>sta placa se <strong>de</strong>u <strong>de</strong>vido à sua gran<strong>de</strong> populari<strong>da</strong><strong>de</strong>, existem diversosfóruns e muita documentação na Internet sobre projetos, e também ao tipo <strong>da</strong>linguagem <strong>de</strong> programação, acessível para as pessoas que não tem experiência com estetipo <strong>de</strong> prática. Informações sobre o hardware e software Arduino po<strong>de</strong>m serencontra<strong>da</strong>s no web-site .(Acesso em 09/08/2008) 30


_ Luzes: LED’s azuis e vermelhos.Como primeira opção <strong>de</strong> iluminação para a peça foram testa<strong>da</strong>s folhaseletroluminescentes, uma opção interessante pelo efeito que proporciona e pelo baixogasto <strong>de</strong> energia, porém seu uso foi <strong>de</strong>scartado <strong>de</strong>vido à dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição e altocusto. No lugar foram utilizados LED’s, mais econômicos e fáceis <strong>de</strong> serem encontrados.Testes foram feitos para verificar a posição <strong>de</strong> instalação na peça.Fig. 17: Folha eletroluminescente. Fig. 18 e 19: Testes com os LED’s no projeto. Fig. 20: Resultado <strong>final</strong> emuma <strong>da</strong>s peças._ Vibração: Jonson Motor 12 DC / 0.8 A 590Para a vibração foi utilizado um motor <strong>de</strong> alto giro no qual foi adicionado um peso quetira sua centrali<strong>da</strong><strong>de</strong> e causa a sensação <strong>de</strong> vibração. Esta é a mesma prática utiliza<strong>da</strong>em telefones celulares quando colocados no “modo vibra”. No caso do projeto o motorfoi utilizado tanto para vibração quanto como estímulo sonoro. Um cui<strong>da</strong>do especial foitomado com sua instalação para que o motor não se soltasse durante o uso <strong>da</strong> peça.Uma pequena estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira foi adiciona<strong>da</strong> para tal <strong>final</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>.Fig. 21: motor fixado na mesa com fitas para teste. Fig. 22: instalação do motor, foram utiliza<strong>da</strong>s aparas <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira para garantir sua imobili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Fig. 23: Imagem do interior <strong>da</strong> peça <strong>final</strong> com o motor instalado notampo._ Sensor <strong>de</strong> toque.O sensor <strong>de</strong> toque foi construído manualmente com duas superfícies <strong>de</strong> plástico nasquais foram fixa<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> papel alumínio (uma em ca<strong>da</strong> parte), com espumasseparadoras entre elas e disposto no tampo do objeto. Do meio do sensor sai um cabo 31


que é conectado com o circuito central <strong>da</strong> peça. Quando há o toque, uma ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>alumínio encosta na outra e man<strong>da</strong> essa informação para o micro controlador.Fig. 24: Fixação do alumínio em uma <strong>da</strong>s superfícies plásticas com a utilização <strong>de</strong> fita a<strong>de</strong>siva dupla face. Fig.25: Primeiros testes do sensor já conectado ao circuito central e LED’s._ Comunicação entre os módulos: 400 mhz RF (Radio Frequence) Transceiver (Parallax).Para a comunicação entre as peças várias possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s foram testa<strong>da</strong>s. Primeiro foitestado um emissor e receptor comum <strong>de</strong> rádio sendo que o resultado não foisatisfatório <strong>de</strong>vido à instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e baixa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do módulo utilizado. Depois foramtestados módulos blue tooth, cujo resultado foi satisfatório mas sua programaçãomostrou-se mais complexa do que o módulo transceiver (transmissor + receptor) <strong>de</strong>rádio freqüência utilizado. O trasnceiver funciona como um botão que se conectaremotamente, o valor do output (ligado/<strong>de</strong>sligado; 0/1) <strong>de</strong> um pino <strong>de</strong> um Arduino étransmitido para o pino <strong>de</strong> input do outro que é então processado pela placa.Fig. 26: Módulos <strong>de</strong> transmissor e receptor <strong>de</strong> rádio. Fig. 27: Blue Tooths conectados. Fig. 28: Módulotransceiver <strong>de</strong> rádio freqüência utilizado na versão <strong>final</strong> <strong>da</strong> peça._Circuito:O circuito compreen<strong>de</strong> a parte elétrica responsável por unir os diferentes inputs eoutputs com a placa micro_controladora. Ele é responsável por conduzir a energia ealterá-la quando necessário. é também nele que estão os resistores, capacitores,transistores e diodos utilizados para manter o equilíbrio e comunicação do sistema. 32


Fig. 29: Esquemática <strong>da</strong> ligação <strong>da</strong> placa micro-controladora com o motor. Fig. 30: Imagem <strong>da</strong> versão <strong>final</strong>do circuito, conectado com o Arduino dir.) e com o módulo transceiver (acima). Fig. 31: Esquemática <strong>da</strong>ligação dos LED’s com a placa micro-controladora e com a energia._ Energia:Como fonte <strong>de</strong> energia foram utiliza<strong>da</strong>s baterias <strong>de</strong> 12V recarregáveis (uma em ca<strong>da</strong>peça). A ausência <strong>de</strong> fios era essencial para a movimentação <strong>da</strong> peça. Durante aexposição a peça funcionava o dia inteiro e durante a noite era coloca<strong>da</strong> para recarregar.Fig. 32: Imagem do interior <strong>da</strong> peça com a bateria no canto superior esquerdo[3.1.3_@ Ars Electronica 2007]Durante o período <strong>de</strong> 6 a 11 <strong>de</strong> setembro o projeto Affective Twins foi exposto nainiciativa Campus 2.0 do Festival Ars Electronica 2007. O festival é uma iniciativa do ArsElectronica Museum que acontece anualmente na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Linz, na Áustria e reúne osprincipais expoentes <strong>da</strong> arte eletrônica mundial. Simpósios, conferências, performances, 33


exposições, animações atraem profissionais, artistas e público em geral para explorartendências no espectro artístico <strong>da</strong>s tecnologias digitais.Fig. 33: Painel com <strong>de</strong>scrição do projeto. Fig. 34 e 35: Imagens do projeto exposto. Fig. 36: criançasexperimentando a interação <strong>da</strong> peça.O projeto foi exposto no espaço <strong>de</strong>stinado aos trabalhos do Departamento <strong>de</strong> Cultura <strong>da</strong>Interface (ver cópia do fol<strong>de</strong>r <strong>de</strong> divulgação no anexo 4) , <strong>de</strong>ntro a iniciativa Campus2.01 na qual universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> diferentes países <strong>da</strong> Europa mostraram os trabalhos<strong>de</strong>senvolvidos por seus alunos. O interesse é mostrar aproximações experimentaisresultantes <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s nas escolas. Neste ano a iniciativa foicoor<strong>de</strong>na<strong>da</strong> pelo Instituto Hyperwerk, coor<strong>de</strong>nado pelo Prof. Dr. Mischa Shaub,localizado na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Basel, na Suíça, sob o tema Neoanalógico no qual objetosclássicos adquirem uma outra perspectiva no contexto dos materiais inteligentes e <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interfaces intuitivas.A exposição do produto ao público foi <strong>de</strong> extrema importância para a avaliação <strong>da</strong>receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> proposta. Uma ressalva <strong>de</strong>ve ser feita uma vez que o evento emquestão é um festival <strong>de</strong> arte, o que claramente influenciou a interpretação que aspessoas <strong>de</strong>ram para a peça. Nesse sentido, para uma melhor contextualização <strong>da</strong>proposta buscou-se criar, junto com o projeto Massage-me (Hannah Perner-Wilson eMika Satomi), uma ambiência que remetesse ao espaço doméstico. Apesar <strong>de</strong> o contexto<strong>de</strong> uma exposição <strong>de</strong> artes não correspon<strong>de</strong>r exatamente ao cenário imaginado paraeste, ain<strong>da</strong> assim se configurou como um momento <strong>de</strong> percepção, diálogo e avaliação <strong>da</strong>proposta com possíveis usuários e críticos <strong>de</strong>ste campo do conhecimento. Este feedbackse mostrou essencial para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> e está sendo utilizado para a1 Mais informações po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s na página do evento disponível em:. Acesso em 01/02/2008. 34


avaliação do processo como um todo e estabelecimento <strong>de</strong> possíveis caminhos a seremseguidos por essa experiência.Fig. 37: a peça em uso por vistantes do festival. Fig. 38: Projetos Affective Twins e Massage Me (Hannah-Perner Wilson e Mika Satomi). Uma ambiência única foi pensa<strong>da</strong> para os dois projetos para enfatizar o caráterdoméstico <strong>da</strong>s propostas.Entre algumas reações observa<strong>da</strong>s notou-se uma gran<strong>de</strong> receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> peça porparte <strong>da</strong>s crianças que encontraram na proposta um tipo <strong>de</strong> interação bastante aberta eintuitiva. A simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>de</strong>senho e <strong>da</strong> interação promoveu uma livre apropriação<strong>de</strong>ste público uma vez que não haviam limites impostos para seu uso, ou seja, nãohaviam cui<strong>da</strong>dos especiais a serem tomados por se tratar <strong>de</strong> um sistema eletrônico. Paraelas a peça atuou como um estímulo para várias brinca<strong>de</strong>iras através <strong>da</strong>s sensaçõesprovoca<strong>da</strong>s. A justaposição dos dois módulos era utiliza<strong>da</strong> pelas pessoas como umasuperfície <strong>de</strong> relaxamento e a vibração alterna<strong>da</strong> entre as peças (reação <strong>de</strong> quando asduas eram toca<strong>da</strong>s) era recebi<strong>da</strong> como uma massagem pelo corpo inteiro.Ao observar e interagir com a peça houve também quem a imaginasse como parte <strong>de</strong>uma série <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> mobiliário que auxiliasse ubiquamente o dia a dia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficientesfísicos. Para alguém com problemas auditivos as luzes e a vibração po<strong>de</strong>riam sertrabalhados <strong>de</strong> forma a codificar as informações não passíveis <strong>de</strong> serem percebi<strong>da</strong>s. Omobiliário po<strong>de</strong>ria, por exemplo, reagir ao toque <strong>da</strong> campainha ou ao tocar do telefone.Além <strong>de</strong> possíveis usuários, a proposta foi também bem recebi<strong>da</strong> por <strong>pesquisa</strong>dores <strong>de</strong>diversas áreas. Um musicologista, professor <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> arquitetura, percebeu naproposta um exemplo significativo para a idéia que trabalha nas suas disciplinas. Paraele, o som <strong>de</strong>ve ser abor<strong>da</strong>do não apenas a partir do conforto acústico dos ambientesmas também <strong>de</strong> forma a estimular os sentidos <strong>de</strong> quem experiencia o espaço. O somemitido pela vibração dos gêmeos suscita esta idéia na qual ele também faz parte <strong>da</strong>ssensações promovi<strong>da</strong>s pela peça. 35


Outro aspecto interessante foi que a observação do comportamento <strong>da</strong>s pessoas emrelação ao objeto incitou várias outras possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem explora<strong>da</strong>s nos próximosexperimentos. Por exemplo, algumas pessoas pegavam os dois módulos e justapunhamsuas superfícies laterais em diversas posições. Isso mostrou-se como algo interessante aser trabalhado: que a justaposição <strong>da</strong>s diferentes superfícies dos módulos alterassem ocomportamento <strong>da</strong> peça. Uma <strong>da</strong>s idéias seria então utilizar fotosensores (sensores <strong>de</strong>luz) posicionados estrategicamente que utilizassem a luz já emiti<strong>da</strong> pelo objeto comoinput, isso faria que a luz passasse então a atuar também como parte do sensor. Acaptação dos padrões luminosos po<strong>de</strong>riam então retroalimentar o sistema e assimaumentar o grau <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interação. Essa e várias outras idéias foramsuscita<strong>da</strong>s vendo as pessoas interagirem com a peça, algo importante quando se trata<strong>de</strong> um objeto interativo pois muitas vezes, durante o processo <strong>de</strong> criação, oenvolvimento com questões específicas limita a visualização <strong>de</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s simples einteressantes que agregam valor ao conceito trabalhado.Fig. 39: Aproveitamento <strong>da</strong> luz já emiti<strong>da</strong> pela peça como input para os fotosensores localizadosestrategicamente. As linhas vermelhas são representações que marcam a relação <strong>da</strong> posição do LED com ofotosensor. Fig. 40: Detalhe <strong>da</strong> introdução do fotosensor na estrutura do objeto. Eles seriam colocados nofundo <strong>de</strong> pequenos furos para que captassem apenas a luz direta do LED, assim a luz ambiente interfeririamenos na interação.Uma última consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ve ser feita quanto ao contexto no qual a peça foiexperimenta<strong>da</strong>. Em uma exposição <strong>de</strong> arte eletrônica os visitantes têm contato com umnúmero elevado <strong>de</strong> obras e se aproximam <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma se perguntando: “o que elafaz?”. Exploram a interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> proposta, a julgam <strong>de</strong> acordo com seus próprioscritérios e vão para a próxima obra. A experiência <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong>sta proposta <strong>de</strong>mobiliário nesse contexto foi importante, principalmente para verificar em que sentido oobjeto proposto se distancia <strong>de</strong> uma obra <strong>de</strong> arte. São peças <strong>de</strong> mobiliário e issosignifica que sua introdução e uso <strong>de</strong>ve se <strong>da</strong>r no contexto do cotidiano <strong>da</strong>s pessoas.Imagina-se então que sua utilização po<strong>de</strong>ria ser, por exemplo, no hall <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>da</strong>exposição ou <strong>de</strong> qualquer outro ambiente, ou seja, espaços nos quais as pessoas 36


passam, circulam e usam o mobiliário sem o foco estar no próprio objeto. Assim, aspessoas experimentariam a peça durante a execução <strong>de</strong> ações mais naturais e a peçaconformaria o pano <strong>de</strong> fundo no qual os encontros e eventos se <strong>da</strong>riam, <strong>da</strong> mesmaforma que acontece com qualquer outra peça <strong>de</strong> mobiliário.[3.1.4_Consi<strong>de</strong>rações sobre o processo e o objeto]A parte mais <strong>de</strong>safiadora <strong>de</strong> todo o processo foi o contato com a questão técnica <strong>da</strong>interação. Para um profissional <strong>da</strong> área <strong>da</strong> arquitetura e do <strong>de</strong>sign, o raciocínio por trás<strong>da</strong> programação <strong>de</strong> sensores, atuadores e micro-controladores mostra-se bastanteabstrato, uma vez que difere-se completamente <strong>da</strong>quele empregado no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>edifícios e produtos. Existe um bloqueio inicial e <strong>de</strong>safiador no qual se <strong>de</strong>ve passar araciocinar <strong>de</strong> outra forma, porém o aprofun<strong>da</strong>mento neste campo traz benefíciosinigualáveis para o entendimento <strong>da</strong>s questões que permeiam as tecnologias como umtodo.Esta dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> ressalta um outro lado também abor<strong>da</strong>do por este projeto que trata <strong>da</strong>spossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>s ao processo <strong>de</strong> trabalho do <strong>de</strong>signer/arquiteto projeto,<strong>de</strong>senvolvimento e produção <strong>de</strong> propostas interativas. Neste caso po<strong>de</strong>mos dizer queexiste uma forma híbri<strong>da</strong> <strong>de</strong> aproximação na qual o profissional transita por duaslinguagens fun<strong>da</strong>mentalmente distintas. Por um lado, li<strong>da</strong> com aspectos familiaresrelacionados à forma e materiali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um objeto ou <strong>de</strong> uma espaciali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por outro,o trabalho com a tecnologia envolve algum conhecimento <strong>de</strong> aspectos <strong>de</strong>programabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e eletrônica, baseados em uma lógica e linguagem que não fazemparte <strong>da</strong> formação e do cotidiano <strong>de</strong>stes profissionais. O domínio <strong>de</strong> ambas ascapaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, possibilita a apropriação <strong>da</strong>s tecnologias digitais como meio <strong>de</strong> expressão<strong>de</strong> forma mais plena e fornece assim possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para ambas asáreas do conhecimento.O fazer, neste sentido aprofun<strong>da</strong> ao mesmo tempo em que simplifica a forma do pensar.Neste aspecto, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação disponível na Internet sobre o tema, facilitaeste primeiro contato. São inúmeras as tecnologias disponíveis para artistas e <strong>de</strong>signersque <strong>de</strong>sejam trabalhar com tais mesmo sem um conhecimento aprofun<strong>da</strong>do sobreeletrônica e linguagens <strong>de</strong> programação. Os primeiros meses <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento doprojeto consistiram na aproximação <strong>de</strong>ste universo do conhecimento, e durante aprodução <strong>da</strong> peça se <strong>de</strong>u a cristalização e real entendimento dos tópicos abor<strong>da</strong>dos. 37


[3.2_Projeto PIX]A idéia inicial do projeto PIX surgiu em conversa <strong>da</strong> Arq. Gabriela Carneiro com o Prof.Assoc. Dr. Marcelo Tramontano na qual se discutia possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> umelemento interativo no edifício se<strong>de</strong> do grupo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>. O<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tal interface seria também uma maneira <strong>da</strong> arquiteta trabalhar emconjunto com os <strong>de</strong>mais <strong>pesquisa</strong>dores do grupo e passar adiante o conhecimentoadquirido durante seus estudos no Departamento <strong>de</strong> Cultura <strong>da</strong> Interface <strong>da</strong>Kunstuniversität.[3.2.1_Idéia inicial]A presença <strong>de</strong> uma grelha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com o fechamento em placas ondula<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fibra<strong>de</strong> vidro translúci<strong>da</strong>s em uma <strong>da</strong>s facha<strong>da</strong>s <strong>da</strong> 001 (nome do prédio) contribuiu para aformatação <strong>da</strong> idéia. Ca<strong>da</strong> quadrado <strong>da</strong> grelha será tratado como um pixel do display <strong>de</strong>baixa resolução a ser montado com a introdução <strong>de</strong> uma matriz com 1200 LED’scontrolados individualmente através dos quais imagens e animações luminosas po<strong>de</strong>rãoser visualiza<strong>da</strong>s. Esse projeto ilustra a preocupação do grupo em explorar instâncias dohabitar interativo através <strong>da</strong> prática <strong>da</strong> introdução dos meios digitais no ambienteconstruído.Fig. 41: Foto <strong>da</strong> 001, edifício se<strong>de</strong> do grupo <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>, local on<strong>de</strong> está sendo monta<strong>da</strong> a instalação PIX. Fig42: Imagem interna do edifício. Grelha na qual os LEDs serão montados.É importante <strong>de</strong>stacar o papel triplo <strong>de</strong>sempenhado pela proposta. Além <strong>de</strong> umainstalação interativa, seu processo <strong>de</strong> criação constitui uma <strong>pesquisa</strong> em si na qualdiversas pessoas serão envolvi<strong>da</strong>s e através <strong>da</strong> qual discussões e novos conhecimentosserão agregados ao repertório prático e conceitual do grupo. Por fim, caracteriza-se 38


também como uma plataforma aberta que outras <strong>pesquisa</strong>s po<strong>de</strong>rão se apropriar comomeio para exploração <strong>de</strong> conceitos que englobam a introdução <strong>de</strong> sistemas interativosna arquitetura.Para uma melhor visualização do processo <strong>de</strong> trabalho que culminará na instalação PIX éimportante dividir o sistema interativo em três instâncias: input, processamento eoutput. O input consiste na obtenção <strong>de</strong> informações através <strong>de</strong> sensores, <strong>da</strong> Internet ou<strong>de</strong> qualquer outro meio capaz <strong>de</strong> fornecer informações passíveis <strong>de</strong> serem computa<strong>da</strong>s.O processamento interpreta a informação obti<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com as relaçõesimplementa<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> programação. O output é a expressão física na qual évisualizado o resultado <strong>da</strong>s informações computa<strong>da</strong>s. Dessa forma o trabalho serádividido em três etapas conforme ilustrado figura abaixo:Fig. 43: Ilustração <strong>da</strong>s três etapas previstas para o <strong>de</strong>senvolvimento do PIX.[ETAPA I]A primeira etapa <strong>de</strong> trabalho consiste na construção <strong>da</strong> matriz <strong>de</strong> LEDs na grelha <strong>da</strong>001. Para isso são previstos dois momentos distintos <strong>de</strong> trabalho. Um <strong>de</strong>les diz respeitoà construção física <strong>da</strong> matriz, na qual serão tratados aspectos relacionados à estrutura,tais como <strong>de</strong> fixação dos LEDs, sol<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> parte eletrônica (resistores, microchips,capacitores, transistores, etc.) e instalação dos fios. O outro momento engloba atransformação <strong>de</strong> sinais digitais recebidos do computador em acionamento dos LEDsatravés <strong>de</strong> uma placa microcontroladora que converte sinais analógicos em digital e viceversa.[ETAPA II]A segun<strong>da</strong> etapa compreen<strong>de</strong> a programação <strong>da</strong> matriz <strong>de</strong> forma a possibilitar aposterior adição <strong>da</strong>s informações do input. Isso engloba a <strong>de</strong>finição do software a serutilizado para que intervenções no comportamento do display sejam possibilita<strong>da</strong>s. 39


Prevê-se a utilização do software Pure Data para a manipulação dos <strong>da</strong>dos juntamentecom o software Processing para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> interface gráfica <strong>de</strong> forma atornar o processo mais acessível.[ETAPA III]A terceira etapa consiste na <strong>de</strong>finição dos meios físicos através dos quais é possívelcontrolar a matriz <strong>de</strong> LEDs. Detalhes <strong>de</strong>sta etapa ain<strong>da</strong> não foram <strong>de</strong>finidos uma vez quea idéia principal <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> é que outras pessoas possam trabalhar criativamente o seusignificado. Soluções serão pensa<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s coletivamente pelo grupo ou porpropostas individuais que busquem novos meios <strong>de</strong> expressão. Nesse sentido, qualquerinformação passível <strong>de</strong> ser converti<strong>da</strong> em sinais digitais po<strong>de</strong> ser processa<strong>da</strong> erepresenta<strong>da</strong> através <strong>de</strong> padrões luminosos emitidos pela facha<strong>da</strong>.[3.2.2_Web-site do projeto]Fig. 44: Imagem <strong>da</strong> página inicial do web-site do projeto PIX.Todo o processo está sistematizado e divulgado no web-site do projeto, <strong>de</strong>senvolvidopela <strong>pesquisa</strong>dora, disponível no en<strong>de</strong>reço (acesso em 02/02/2008). O conceito que baseou sua produção foi utilizá-lo como umrepositório do processo <strong>de</strong> criação. Uma interface simples e fácil <strong>de</strong> ser atualiza<strong>da</strong> foientão cria<strong>da</strong> na qual o conteúdo encontra-se dividido em quatro categorias: conceito,imagens, <strong>pesquisa</strong> e pessoas.Conceito: nesta parte po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s informações sobre o conceito inicial doprojeto e sua situação atual. Para isso a parte <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento está sempreatualiza<strong>da</strong> com to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s. 40


Imagens: aqui o processo po<strong>de</strong>rá ser visualmente compreendido por meio <strong>de</strong> imagens,<strong>de</strong>senhos e croquis dos diferentes estágios <strong>de</strong> produção.Pesquisa: neste tópico serão disponibiliza<strong>da</strong>s algumas referências externas queinfluenciaram o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto. Livros, links, projetos e idéias são listados<strong>de</strong> forma que pessoas interessa<strong>da</strong>s no assunto possam melhor compreen<strong>de</strong>r o amplouniverso no qual o projeto se insere.Pessoas: aqui serão lista<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as pessoas que participam do projeto, <strong>de</strong> acordocom a etapa e tarefa nas quais participaram.[3.2.3_Processo <strong>de</strong> criação]Apesar <strong>da</strong>s primeiras idéias do projeto terem surgido logo após a volta <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>doraao Brasil, seu <strong>de</strong>senvolvimento começou em Abril <strong>de</strong> 2008. Em Dezembro <strong>de</strong> 2007 foramfeitos alguns testes e em Fevereiro aconteceu a Etapa Zero, porém foi em Abril que aequipe foi inicialmente composta e que iniciou-se uma rotina <strong>de</strong> trabalho semana asemana. É importante apontar que a viabilização do projeto se <strong>de</strong>u com a utilização <strong>de</strong>parte <strong>da</strong> reserva técnica <strong>de</strong>sta <strong>pesquisa</strong> e completa<strong>da</strong> com recursos do projeto Tidia.AE,no qual se insere o D.O.S. (Designers on Spot, <strong>de</strong>scrito no item 4.1) também <strong>da</strong>FAPESP.[primeiros testes]Após a idéia inicial, foram feitos alguns testes para verificar o efeito do LED na grelha <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira do edifício. O objetivo principal foi verificar qual a melhor posição <strong>de</strong> instalaçãodo LED: perto <strong>da</strong> placa <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro, no meio <strong>da</strong> grelha ou o mais distante possível.Para isso foi utilizado um Arduino (placa micro controladora, conversora I/O) quepossibilitou fazer o LED piscar em diversas intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Os <strong>pesquisa</strong>dores queacompanharam tiveram a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, pela primeira vez, <strong>de</strong> ter contato com este tipo<strong>de</strong> material e começar a enten<strong>de</strong>r como um micro controlador funciona.Fig. 45: Arduino utilizado para acen<strong>de</strong>r e piscar o LED nos testes. Fig. 46: Efeito do LED na grelha. Fig. 47:primeiros testes do LED na grelha. 41


[Etapa ZERO]Durante três dias esforços foram concentrados para fazer o planejamento eapresentação do projeto. Esta foi <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> Etapa Zero e consistiu na atualizaçãodo web-site, cálculo aproximado <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> material necessário, <strong>pesquisa</strong>s sobreexemplos <strong>de</strong> edifícios com facha<strong>da</strong>s atuando como displays <strong>de</strong> baixa resolução, produção<strong>de</strong> animações para ilustrar possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do display e no teste do efeito <strong>de</strong> um protótipo<strong>de</strong> matriz contendo seis LEDs na grelha do edifício. O objetivo principal era o <strong>de</strong>fornecer um primeiro entendimento aprofun<strong>da</strong>do sobre a idéia, cronograma, <strong>de</strong>senho,soluções técnicas e métodos para posterior discussão e indicação <strong>de</strong> caminhos epossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> próximas etapas.Fig. 48: Simulação do comportamento dos seis LED’s com o uso <strong>de</strong> botões (inputs) e um Arduino. Fig. 49:Montagem do protótipo com seis LED’s e placas refletoras sendo montado. Protoboards e cabos conectoresforam utilizados <strong>de</strong> forma a não ser necessária a sol<strong>da</strong>gem dos componentes.Fig. 50: Protótipo com seis LED’s e refletores montado e controlado por um Arduino. Fig. 51: Montagem <strong>da</strong>splacas refletoras. Fig. 52: Teste <strong>da</strong>s luzes.Como forma <strong>de</strong> visualizar e explicar o efeito obtido com a aplicação <strong>de</strong> LED’s naestrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira existente, um pequeno protótipo <strong>de</strong> 6 LED’s foi construído. Nãoapenas o efeito <strong>da</strong> luz na grelha foi testado mas também a primeira idéia para a 42


estrutura <strong>de</strong> fixação dos LED’s na grelha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Alguns refletores <strong>de</strong> luz tambémforam experimentados na busca <strong>de</strong> ampliar o efeito luminoso obtido.Fig. 53: Desenho técnico do edifício 001. Fig. 54 e 55: Imagens <strong>da</strong>s animações produzi<strong>da</strong>s durante a EtapaZERO.Sobre a <strong>pesquisa</strong> <strong>de</strong> referências, dois tipos <strong>de</strong> referência foram o foco neste estágio. Umtipo abarcou a questão tecnológica e para exemplificar possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> soluçõestécnicas foram coletados projetos que utilizaram matrizes <strong>de</strong> LED’s na sua construção. Ooutro tipo consi<strong>de</strong>rou projetos <strong>de</strong> arquiteturas com displays <strong>de</strong> baixa resolução agindoem suas facha<strong>da</strong>s.Desenhos técnicos <strong>da</strong> grelha <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira existente, na qual a matriz <strong>de</strong> LED’s seráconstruí<strong>da</strong>, foi feito contendo as dimensões corretas. Estes <strong>de</strong>senhos foram utilizadospara fazer o primeiro cálculo dos fios e cabos necessários e também para melhorvisualização do que envolve a instalação <strong>de</strong> 400 LED’s individualmente controlados. Paravisualizar as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s gráficas algumas imagens e animações foram feitas atravésdo software Flash e Image Ready.[Desenvolvimento <strong>da</strong> estrutura]O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> estrutura abarca a construção <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a parte física do projeto esua instalação na estrutura <strong>da</strong> casa. Compreen<strong>de</strong> as 400 estruturas <strong>de</strong> suporte para os1200 LED’s, as 40 linhas, onze caixas contendo os circuitos eletrônicos e as duas colunasque conectam as caixas. Está sendo construí<strong>da</strong> pela bolsista e por outros <strong>pesquisa</strong>doresdo grupo, estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> arquitetura. Um processo complexo e extremamente trabalhoso<strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> repetições <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> passo. Sua complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> advémtambém do fato <strong>de</strong> as partes estarem liga<strong>da</strong>s umas às outras <strong>de</strong> tal forma que apenasna medi<strong>da</strong> em que vai sendo construído é que vai se <strong>de</strong>finindo sua forma e 43


materiali<strong>da</strong><strong>de</strong>. To<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>cisões, testes, erros e acertos estão <strong>de</strong>scritos no anexo 4que contém a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>de</strong> tudo o que foi feito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2008.Fig. 56: Estrutura com os LED’s RGB. Fig. 57: LED’s montados na grelha. Fig. 58: Teste com os conectoresDB9 na caixa shift register. Fig. 59: linhas instala<strong>da</strong>s nas colunas.[Desenvolvimento do circuito]O circuito compreen<strong>de</strong> to<strong>da</strong> a parte <strong>de</strong> eletrônica do projeto, ou seja, é o cérebro <strong>de</strong>to<strong>da</strong> a estrutura. Ele será o responsável em traduzir as informações recebi<strong>da</strong>s nocomando <strong>de</strong> acendimento ou não <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> LED do projeto. Está sendo <strong>de</strong>senvolvido porum aluno do curso <strong>de</strong> Física, Edmundo Macha, especialista em programação <strong>de</strong> microcontroladores. Sua inserção no projeto foi muito importante e alterou a forma como estaparte do projeto ia ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>. A idéia inicial era que a bolsista seria a responsávelpor esta parte <strong>de</strong> programação e iria utilizar um Arduino para o controle <strong>da</strong> grelha.Fig. 60: Montagem na protoboard do micro controlador e multiplexados (esq), dos shift registers (dir) e <strong>de</strong>oito LED’s (meio). Fig. 61: Conjunto <strong>de</strong> três placas com cinco shift registers ca<strong>da</strong>, responsáveis por controlarum total <strong>de</strong> 120 LED’s (40 X RGB).Foi por acaso que se chegou até o Edmundo e seu perfil, não muito comum em um aluno<strong>da</strong> Física, coincidiu exatamente com o que precisávamos para construir esta etapa. Eleentrou no projeto e utilizou seus próprios conhecimentos para <strong>de</strong>senvolver essa parte.No lugar <strong>de</strong> utilizar o Arduino ele está fazendo a programação na linguagem C++ e 44


utilizando um microprocessador PIC, mais complexo e profissional. A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>do processo <strong>de</strong> trabalho encontra-se no anexo 4.[Desenvolvimento <strong>da</strong> interface]O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> interface (Etapa II) encontra-se hoje em seu primeiro estágio. Aidéia inicial é criar uma interface web por meio <strong>da</strong> qual é possível editar pequenasanimações para serem mostra<strong>da</strong>s na grelha <strong>de</strong> LED’s. Desta forma os <strong>pesquisa</strong>dores dogrupo e pessoas interessa<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>rão visualizar suas próprias criações e explorarpadrões <strong>de</strong> imagens, cores e efeitos na estrutura, sem ser necessário conhecimentoprévio <strong>de</strong> linguagens <strong>de</strong> programação. É uma forma <strong>de</strong> pré-visualizar idéias e conceitosque po<strong>de</strong>m vir a se tornar propostas <strong>de</strong> instalações mais complexas e consistentes quese utilizem do PIX. Estão sendo montados bancos <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos para o armazenamento eedição <strong>da</strong>s animações feitas. Além <strong>da</strong> implementação <strong>da</strong>s funções <strong>de</strong> edição <strong>da</strong>animação, o trabalho consiste também em efetivar o diálogo <strong>da</strong> web com o microcontrolador PIC, isto requer a criação <strong>de</strong> uma rotina <strong>de</strong> conversão dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>animação no protocolo estabelecido entre as duas partes (web e circuito). A <strong>de</strong>scrição<strong>de</strong>talha<strong>da</strong> do processo <strong>de</strong> trabalho encontra-se no anexo 4.Fig. 62: Simulação <strong>da</strong> grelha <strong>de</strong> 10X40 pixels com imagem sendo monta<strong>da</strong>. Fig. 63: Editor <strong>da</strong> animação. Fig.64: Quadro no qual será implementa<strong>da</strong> a pré-visualização <strong>da</strong> animação.[3.2.4_Situação atual e projeções futuras do projeto]Atualmente, a construção <strong>da</strong> estrutura, do circuito e <strong>da</strong> primeira etapa <strong>da</strong> interfaceencontra-se em fase <strong>final</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Acredita-se que em meados do mês <strong>de</strong>Outubro <strong>de</strong> 2008 o projeto já esteja funcionando e que as pessoas já vão po<strong>de</strong>r editar as 45


animações no web-site e visualizá-las na facha<strong>da</strong> do edifício. Desta forma as funçõesbásicas do projeto estarão concluí<strong>da</strong>s.Espera-se que com a conclusão <strong>da</strong>s ações em curso, outras <strong>pesquisa</strong>s e iniciativascontinuem a utilizar o projeto como plataforma <strong>de</strong> experimentos. Algumas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>sjá foram discutidos pelo grupo como expectativas <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong>. Entre outrasprojeções futuras do projeto, espera-se, em breve, instalar uma câmera IP no exteriordo edifício para trabalhar a interação remota com a facha<strong>da</strong>. Assim, na medi<strong>da</strong> em quesensores man<strong>da</strong>ssem estímulos via web, as pessoas po<strong>de</strong>riam instantaneamenteobservar, através <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o em tempo real disponibilizado na web, os resultados <strong>de</strong>suas ações.Espera-se também que a conclusão <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> estimule outros alunos do curso <strong>de</strong>arquitetura a repensar questões relaciona<strong>da</strong>s com a produção <strong>de</strong> espaços interativos.Uma <strong>da</strong>s maneiras pensa<strong>da</strong>s para tal seria lançar um concurso <strong>de</strong> idéias entre os alunosno qual a melhor proposta seria <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pelo aluno com o suporte dos<strong>pesquisa</strong>dores do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>. Isto aproximaria o aluno com o universo <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> eestimularia a produção <strong>de</strong> projetos tais como o PIX entre os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos no<strong>de</strong>partamento.O PIX po<strong>de</strong> ser também utilizado para diversos tipos <strong>de</strong> workshops. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> eleconfigura-se como um gran<strong>de</strong> output pronto para ser usado e controlado. A partir <strong>da</strong>spropostas implementa<strong>da</strong>s é que outros significados serão adicionados ao projeto. Aspossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que aqui se colocam são muitas e espera-se que várias outras idéias ain<strong>da</strong>surjam e sejam pratica<strong>da</strong>s utilizando-se <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> construí<strong>da</strong>.[3.2.5_Consi<strong>de</strong>rações sobre o processo e o projeto]Diferente <strong>da</strong> forma como se <strong>de</strong>u o processo <strong>de</strong> criação do projeto Affective Twins, uma<strong>da</strong>s principais características do projeto PIX é a colaboração entre pessoas <strong>de</strong> diversasespeciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. No primeiro, a <strong>pesquisa</strong>dora obteve aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> outras pessoas maspraticamente todo o trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido por ela, incluindo a programação do microcontrolador. Já no projeto PIX o trabalho <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora foi coor<strong>de</strong>nar um processomuito mais complexo. Isso se <strong>de</strong>u <strong>de</strong>vido à dimensão e trabalho requerido para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> interativa.O trabalho <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>sse projeto consistiu em integrar as três principais partesatualmente <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s: a estrutura, o circuito e a interface. Existe uma pessoaresponsável pelo circuito e outra pela interface. Nestas duas instâncias o trabalho <strong>de</strong> 46


coor<strong>de</strong>nação se resumiu em explicar a idéia principal, ou seja, o objetivo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma, ediscutir possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao longo <strong>de</strong> sua execução. Foram as próprias pessoasresponsáveis pela ação que <strong>pesquisa</strong>ram e apresentaram possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ou seja, otrabalho <strong>de</strong>senvolvido é caracterizado diretamente pelo saber <strong>da</strong>s pessoas que ofizeram.Na parte <strong>da</strong> estrutura a <strong>pesquisa</strong>dora é a responsável por to<strong>da</strong> a construção, por maisque vários outros <strong>pesquisa</strong>dores do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> estão auxiliando na montagem. Oauxílio se dá, em gran<strong>de</strong> parte, na montagem dos componentes e para isso um estudominucioso <strong>de</strong>ve ser feito e esquemas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>senvolvidos para que não ocorranenhum erro durante a montagem. Normalmente o trabalho tem sido feito por pessoasque não possuem um conhecimento prévio <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, por esse motivo, logoantes <strong>da</strong> execução é feito uma rápi<strong>da</strong> sessão <strong>de</strong> capacitação na qual é explicado todo ofuncionamento do projeto junto com a parte específica a ser monta<strong>da</strong>.Neste caso, o processo criativo é entendido sob uma perspectiva na qual a concepção, o<strong>de</strong>senvolvimento e a produção fazem parte <strong>de</strong> um processo único no qual ocorre ainteração inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte entre as pessoas envolvi<strong>da</strong>s. Um processo no qual aconstelação multidisciplinar permite uma constante revisão <strong>da</strong>s idéias e <strong>de</strong> suaexecução, enriquecendo o processo e o próprio produto. Esse projeto ilustra uma açãotransdisciplinar, na qual para se alcançar um resultado interessante, asresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s são coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s não mais <strong>de</strong> forma hierárquica e simhorizontalmente, estimulando os saberes envolvidos <strong>de</strong> forma que todos se enxerguemno produto em <strong>de</strong>senvolvimento constante. 47


OutrasAtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s [4]A inserção <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> no grupo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> faz com que seu<strong>de</strong>senvolvimento vá alem do cumprimento <strong>da</strong>s etapas pré-estabeleci<strong>da</strong>s no plano inicial.Seu caráter colaborativo faz com que os <strong>pesquisa</strong>dores se envolvam em diversasativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao longo <strong>de</strong> seus processos exploratórios individuais. Este princípio enriquecea ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> uma vez que possibilita o contato com outras práticas e outrostópicos culminando em uma rica troca entre os <strong>pesquisa</strong>dores. Ao longo do segundo ano<strong>de</strong> vigência <strong>da</strong> bolsa, a <strong>pesquisa</strong>dora participou <strong>de</strong> dois projetos maiores, D.O.S. e<strong>Nomads</strong>.Pacto, além <strong>de</strong> diversos eventos promovidos pelo <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>.[4.1_Projeto D.O.S]No contexto do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> a o presente mestrado atualmente está vinculado com oprojeto <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> D.O.S. - Designers on Spot (proc.05/60724-6), financiado pelaFAPESP <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> fase do programa Tidia-Ae - Tecnologias <strong>da</strong> Informação noDesenvolvimento <strong>da</strong> Internet Avança<strong>da</strong>–Aprendizado Eletrônico. O <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> é umLaboratório Associado ligado ao cluster <strong>de</strong> São Carlos centralizado no Laboratório <strong>de</strong>Desenvolvimento Intermidia do ICMC – Instituto <strong>de</strong> Ciências Matemáticas e Computação.No total, são 16 laboratórios associados (LA) ou laboratórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoassociados (LDA) e 4 laboratórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento (LD). O projeto <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> D.O.Sexplora usos e aplicações para a Internet avança<strong>da</strong> através <strong>de</strong> workshops <strong>de</strong> projeto 48


entre grupos remotos formados por arquitetos e <strong>de</strong>signers . Com este vínculo, apresente <strong>pesquisa</strong> não apenas tem se alimentado <strong>da</strong>s discussões e <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s queocorrem no D.O.S. como também tem contribuído para com os questionamentosreferentes ao <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> sistemas interativos.Ao longo do primeiro ano do projeto foram realiza<strong>da</strong>s algumas explorações iniciassegui<strong>da</strong>s <strong>de</strong> dois workshops <strong>de</strong> projeto. O objetivo <strong>da</strong>s explorações iniciais era o <strong>de</strong>investigar software específicos para comunicação com áudio e ví<strong>de</strong>o, para<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalhos colaborativos à distância e sincronamente, além <strong>de</strong>equipamentos disponíveis para viabilizar os workshops <strong>de</strong> projeto. Os workshops <strong>de</strong>projeto foram realizados com equipes colaborando remotamente (para testar acomunicação à distância, ponto essencial do TIDIA) e visava <strong>de</strong>senvolver espaciali<strong>da</strong><strong>de</strong>shíbri<strong>da</strong>s em diferentes escalas: um na escala do corpo com um objeto vestível, outro naescala do mobiliário doméstico e outro na escala do edifício. To<strong>da</strong>s tentando tambémexplorar possíveis experiências que as pessoas po<strong>de</strong>riam ter durante a interação.Fig. 65: Participantes na sala 1 do Workshop A utilizando a mesa interativa construí<strong>da</strong> e testa<strong>da</strong> durante asexplorações iniciais. Fig. 66: Todos os participantes trabalhando no mesmo espaço físico durante o WorkshopB.Da avaliação feita pelos <strong>pesquisa</strong>dores do D.O.S. sobre os workshops pô<strong>de</strong>-se chegar aalgumas consi<strong>de</strong>rações para a compreensão <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>ria ser o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>signenvolvendo trabalho colaborativo à distância possibilitado pelas tecnologias <strong>de</strong>informação e comunicação e pela Internet avança<strong>da</strong>. Além disso, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>objetos ou espaciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s interativas os limites entre projeto e produto não são rígidos enem seqüenciais como está sendo verificado no projeto PIX.Como buscar <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r as questões levanta<strong>da</strong>s pelo projeto D.O.S. no seu primeiroano <strong>de</strong> vigência, atualmente os esforços do grupo concentram-se na construção <strong>de</strong> umainterface <strong>de</strong> fomento paratrabalhos colaborativos entre arquitetos e <strong>de</strong>signers, o 49


<strong>Nomads</strong>.DESIGNlab . Esta interface possuirá duas instâncias: uma física e outra virtual.A física refere-se à construção <strong>de</strong> um espaço para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> objetosinterativos. Será um espaço <strong>de</strong> imersão que suportaria <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a discussão <strong>de</strong> idéias até aprodução do objeto seja ela física (aspectos formais e materiais) ou virtual(programação <strong>da</strong>s interações) que, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, também po<strong>de</strong>ria ocorrersimultaneamente. A outra instância envolve a construção <strong>de</strong> uma plataforma virtual parao <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> arquivos <strong>de</strong> extensões diversas, postagem <strong>de</strong> mensagens, comunicadoresaudio-visuais entre outras ferramentas ain<strong>da</strong> em estudo. Essas duas instâncias juntas<strong>da</strong>rão suporte para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> objetos interativos <strong>de</strong> forma remota epresencial, e ain<strong>da</strong> síncrona e assíncrona.Além <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pela bolsista fornecer subsídios para o <strong>de</strong>senvolvimentodo projeto, a mestran<strong>da</strong> também participa do projeto <strong>de</strong> diversas outras maneiras:_Ajudou a elaborar o plano inicial submetido à FAPESP em 2005_Após seu retorno ao Brasil, participou como conselheira nos diversas explorações e nosworkshops que ocorreram no primeiro ano do projeto (Mar./2006-Mar/2007);_Auxiliou a construção <strong>da</strong> mesa interativa (ver Fig. 65);_Coor<strong>de</strong>na o projeto PIX, um dos protótipos do projeto;_Ajudou a revisar o cronograma, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e orçamentos para o segundo ano <strong>da</strong><strong>pesquisa</strong> (Mar./2007-Mar/2008);_Irá ministrar, no segundo semestre <strong>de</strong> 2008, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação nas quais os<strong>de</strong>mais <strong>pesquisa</strong>dores do grupo apren<strong>de</strong>rão sobre o funcionamento <strong>de</strong> sensores,atuadores e do micro-controlador Arduino.[4.2_Projeto <strong>Nomads</strong>.Pacto]O projeto <strong>Nomads</strong>.Pacto refere-se ao projeto <strong>da</strong> se<strong>de</strong> <strong>da</strong> empresa Pacto Digital. Consistena concepção <strong>de</strong> um espaço híbrido no qual se preten<strong>de</strong> explorar conceitos estu<strong>da</strong>dosem <strong>pesquisa</strong>s do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>. O projeto foi <strong>de</strong>senvolvido pelo Grupo <strong>de</strong> Projeto doNúcleo, formado por alunos <strong>da</strong> graduação, e sob coor<strong>de</strong>nação do Prof. Assoc. Dr.Marcelo Tramontano. A mestran<strong>da</strong> atuou como consultora, participando <strong>de</strong> reuniões ediscutindo as intenções do grupo e como tais foram espacializa<strong>da</strong>s. As reuniões <strong>da</strong>squais participou forneceram subsídios importantes para a <strong>pesquisa</strong> e serão trabalhadosno Capítulo 3 <strong>da</strong> dissertação que tratará sobre os Processos <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> objetos earquiteturas interativas. 50


O edifício proposto é divido em 6 setores principais: Comercialização, Formação,Experiência, Travessia, Laboratório e a Interface. A Comercialização é um espaço<strong>de</strong>stinado à recepção e atendimento à clientes; a Formação consiste em um espaço queaten<strong>de</strong> a funções <strong>de</strong> reunião, palestras, entre outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s; a Experiência trata-se<strong>de</strong> um expositor <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação, e é neste local que estásendo explorado os conceitos relacionados ao <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> sistemas para a experiência; aTravessia trata-se <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> circulação que dá acesso a outros setores; oLaboratório é um espaço <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologiasem automação e o controle dos equipamentos internos <strong>da</strong> edificação; a Interface é oespaço que preten<strong>de</strong> ser a superfície <strong>de</strong> contato entre um espaços <strong>de</strong> contextosdiferentes, <strong>de</strong>spindo o visitante <strong>de</strong> uma visão pré-estabeleci<strong>da</strong> <strong>de</strong> arquitetura, criandosensações e vivencias diferentes.Fig. 67 e 68: Mo<strong>de</strong>lo virtual <strong>da</strong> proposta produzido pela equipe <strong>de</strong> projeto do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>O <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> foi o responsável pela elaboração do anteprojeto do edifício. Esta açãofoi <strong>de</strong> extrema importância para eluci<strong>da</strong>r aspectos do processo <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong>espaciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s híbri<strong>da</strong>s e também para levantar outras questões até então nãopercebi<strong>da</strong>s pelo grupo. A importância do projeto residiu não na exploração <strong>da</strong>stecnologias ou na aplicação prática <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s do núcleo, mas foi a partir <strong>de</strong>le (e doD.O.S.) que pô<strong>de</strong>-se perceber que para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> arquiteturasinterativas é necessário compreen<strong>de</strong>r antes o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e em que momentoesse processo se aproxima ou se afasta do processo tradicional em arquitetura e <strong>de</strong>sign.É para esse questionamento que o <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> e a presente <strong>pesquisa</strong> <strong>de</strong> mestrado temvoltado seu foco e os projetos em an<strong>da</strong>mento no Núcleo têm proporcionadooportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a exploração e discussão essas questões. O projeto encontra-seatualmente na fase <strong>de</strong> anteprojeto e foi s<strong>usp</strong>enso pela empresa contratante, semprevisão <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> por questões internas à eles. 51


[4.3_Participação em eventos do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>]Além <strong>da</strong> participação em projetos maiores <strong>de</strong>senvolvidos no grupo, diversos eventos sãopromovidos <strong>de</strong> forma a estimular a troca <strong>de</strong> conhecimento entre seus membros comotambém o diálogo com estu<strong>da</strong>ntes e <strong>pesquisa</strong>dores externos. Estes acontecimentos são<strong>de</strong> extrema importância no contexto do trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelo grupo uma vez queproporciona momentos nos quais cruzamentos entre os diversos conteúdos estu<strong>da</strong>dossão percebidos além <strong>de</strong> permitir às <strong>pesquisa</strong>s se enxergarem como parte importante <strong>de</strong>um todo maior.[4.3.1_Seminário TIC ARQ_URB 4.0]O Seminário TIC ARQ_URB acontece periodicamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 e reúne os dois grupos<strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> do Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong>São Carlos que trabalham a inserção <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação naarquitetura: O e-Urb – Urbanização Virtual e Serviços Urbanos Telemáticos - e o<strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> – Núcleo <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Habitares Interativos.A quarta edição do TIC ARQ_URB ocorreu em 15 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2007. O grupo e-Urbapresentou os trabalhos em an<strong>da</strong>mento e o <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> apresentou algumasconsi<strong>de</strong>rações sobre o projeto “Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s_online: domestici<strong>da</strong><strong>de</strong> e sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> empolíticas públicas para inclusão digital” (processo 03/06421-6) financiado pela FAPESP noEdital <strong>de</strong> Políticas Públicas. Foi convi<strong>da</strong>do para participar <strong>da</strong>s discussões o Prof. Dr. FábioDuarte <strong>da</strong> PUC-PR – Pontifícia Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica do Paraná.[4.3.2_VI Treinamento <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> para graduandos]Periodicamente, o <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> oferece aos estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> graduação <strong>de</strong> outrasuniversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do país uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para participar do cotidiano <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> poruma semana. Nesse período, os estagiários realizam ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s referentes a algumaetapa dos projetos <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> em an<strong>da</strong>mento. Preten<strong>de</strong>-se assim aproximar os alunosàs ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> acadêmica. O Treinamento <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> para graduandosexiste <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001 e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong>sta <strong>pesquisa</strong> <strong>de</strong> mestrado, a mestran<strong>da</strong> participou<strong>de</strong> dois <strong>de</strong>les, em 2006 e em 2008. No entanto, a experiência <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora <strong>de</strong>participar dos treinamentos enquanto monitora dos estagiários não é recente. Enquanto 52


aluna do curso <strong>de</strong> graduação e já <strong>pesquisa</strong>dora <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> a mestran<strong>da</strong> já haviaparticipado <strong>de</strong> outras edições do Treinamento.O Treinamento <strong>de</strong>sse ano tinha como objetivo atualizar os <strong>da</strong>dos referentes ao modo <strong>de</strong>morar do brasileiro, incluindo nessa atualização dos <strong>da</strong>dos do IBGE – Instituto Brasileiro<strong>de</strong> Geografia e Estatística, o uso <strong>da</strong>s Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação, <strong>de</strong>sign<strong>de</strong> mobiliário para habitação, publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apartamentos lançados na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo, entre outros temas. O intuito era que os estagiários <strong>de</strong>senvolvessem algunspontos <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> que precisavam <strong>de</strong> informações mais recentes,mas que ao <strong>final</strong> conseguissem produzir uma leitura sobre as informações coleta<strong>da</strong>s.Além dos estagiários, esse Treinamento também mobilizou o Grupo <strong>de</strong> Projeto do<strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto <strong>da</strong> Pacto Digital e a equipe do PIXprojeto coor<strong>de</strong>nado pela <strong>pesquisa</strong>dora e <strong>de</strong>scrito no item 3.2 <strong>de</strong>ste relatório. Duranteessa semana foi realiza<strong>da</strong> a Etapa ZERO (item 3.2.3 <strong>de</strong>ste relatório) do projeto sendoque os alunos que participaram do treinamento pu<strong>de</strong>ram visualizar o trabalho <strong>da</strong> equipedo projeto na palestra proferi<strong>da</strong> pela bolsista em uma <strong>da</strong>s noites.Palestra: Objetos Interativos | 13 <strong>de</strong> Fev./2008 | <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>Nesta palestra foram apresenta<strong>da</strong>s as partes básicas que compõem um sistemainterativo físico: input, output, circuito eletrônico e processador. Após a introdução<strong>de</strong>stes conceitos foi mostrado o projeto Affective Twins como um estudo <strong>de</strong> caso no qualto<strong>da</strong>s estas quatro instâncias estão presentes. A partir <strong>de</strong>ste entendimento foi entãoapresentado o projeto PIX e to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s durante a Etapa Zero doprojeto que ocorreu durante o Treinamento <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> 2008.[4.3.3 FLASH! 02 [interfaces] | Seminários <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> <strong>de</strong><strong>pesquisa</strong>s em curso]O Flash é um seminário promovido pelo <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> sobre as <strong>pesquisa</strong>s em curso nogrupo com o intuito <strong>de</strong> se criar um espaço para discussão coletiva no grupo. A primeiraedição, o Flash! 01 [sistemas], aconteceu no dia 09 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2007. Nesse seminário,foram apresentados seis trabalhos <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong>dores do grupo, divididos em três blocospara a discussão coletiva. A <strong>pesquisa</strong>dora participou <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> edição, o Flash! 02, queaconteceu no dia 04 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2008 com a temática [Interfaces]. Quatro <strong>pesquisa</strong>doresdiscutiram o tema <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas <strong>pesquisa</strong>s e uma apresentação foi realiza<strong>da</strong> pelos<strong>pesquisa</strong>dores do D.O.S. – Designers on Spot para discutir a idéia <strong>de</strong> interface <strong>de</strong>ntro doprojeto. Seguindo o mesmo mo<strong>de</strong>lo do Flash anterior, outros <strong>pesquisa</strong>dores do Núcleo 53


que não apresentaram <strong>de</strong>veriam disponibilizar o resumo <strong>de</strong> suas <strong>pesquisa</strong>s. Foram cincoapresentações, envolvendo <strong>pesquisa</strong>s <strong>de</strong> iniciação científica, mestrado e doutorado. Ossli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as apresentações, bem como os resumos <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais <strong>pesquisa</strong>s estãodisponíveis no site do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>:Apresentações:1. Msc. Denise Mônaco dos Santos. “Novas mediações: construindo comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>shíbri<strong>da</strong>s”2. Arq. Gabriela Carneiro. “Interfaces interativas: para além do computador”3. Ana Paula Carvalho, Marlon Longo. “d.o.s. <strong>de</strong>signers on spot”4. Arq. Cynthia Nojimoto. “Explorando a idéia <strong>de</strong> interface no <strong>de</strong>sign para a experiência”5. Karen Macfad<strong>de</strong>n. “Arte em processo: expan<strong>de</strong>d arts diagram, <strong>de</strong> georges maciunas”Palestra: Interfaces interativas: para além do computador | 04 <strong>de</strong> Abr./2008 |<strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>Na exposição <strong>da</strong> bolsista, o sistema interativo composto por input, output, circuitoeletrônico e microprocessador foi apresentado como mais uma cama<strong>da</strong> a ser adiciona<strong>da</strong>ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, juntamente com as questões relaciona<strong>da</strong>s à forma emateriali<strong>da</strong><strong>de</strong> do objeto/espaço. Uma rápi<strong>da</strong> explanação <strong>da</strong>s partes que compõem estelayer interativo foi segui<strong>da</strong> por exemplos <strong>de</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong>sse nasdiferentes escalas <strong>de</strong> intervenção estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelo <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>: são elas a do corpo,objeto, edifício e espaço urbano.Mais informações po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s no web-site:. (Acesso em 27 <strong>de</strong> Julho/2008)[4.3.4_Seminário D.O.S.]Seminário do projeto D.O.S. - Designers on Spot, projeto do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> <strong>de</strong>ntro doprograma <strong>da</strong> FAPESP TIDIA-AE – Tecnologias <strong>da</strong> Informação para o Desenvolvimento <strong>da</strong>Internet Avança<strong>da</strong> - Aprendizado Eletrônico, foi realizado no dia 26 <strong>de</strong> Maio na Sala <strong>de</strong>Pós-Graduação do Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo. O evento durou o diainteiro e foi composto, na parte <strong>da</strong> manhã, pela exposição dos resultados parciaisalcançados no primeiro ano <strong>de</strong> vigência do projeto e por rápi<strong>da</strong>s apresentações <strong>de</strong> vinteminutos ca<strong>da</strong> sobre a situação atual dos diversos projetos práticos em an<strong>da</strong>mento nogrupo. Entre eles o PIX, Pacto Digital e Éos. Na parte <strong>da</strong> tar<strong>de</strong> foram discutidos alguns 54


princípios fun<strong>da</strong>mentais para o direcionamento do segundo ano <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>. Entre elesinsere-se a elaboração <strong>de</strong> princípios para o laboratório <strong>de</strong> projeto do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>. ODesignLAB funcionará como uma infra-estrutura pronta para abrigar e fomentarprocessos e projetos híbridos tanto <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo grupo como <strong>de</strong>outras pessoas e equipes do <strong>de</strong>partamento.[4.4_Palestras Proferi<strong>da</strong>s][4.4.1_Palestra: Affective Twins]Data: 05 <strong>de</strong> Out./2007Local: Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo, EESC-USPPalestra ministra<strong>da</strong> para os <strong>pesquisa</strong>dores do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> na qual foi apresentado todoo processo <strong>de</strong> concepção e <strong>de</strong>senvolvimento do projeto Affective Twins. A apresentaçãoaconteceu com o intuito <strong>de</strong> colocar em discussão a convergência entre o <strong>de</strong>sign e asdisciplinas Exatas <strong>da</strong> matemáica e computação. O projeto foi também apresentado comoilustração dos experimentos que o <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> preten<strong>de</strong> realizar <strong>de</strong>ntro do Tidia.Ae.Além dos <strong>pesquisa</strong>dores do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> três coor<strong>de</strong>nadores do comitê geral do Tidia-aetambém estavam presentes: Prof. Dr. Wilson Ruggiero (coor<strong>de</strong>nador do Laboratório <strong>de</strong>Desenvolvimento LARC e coor<strong>de</strong>nador geral do Tidia-ae), Porf. Dra. Maria <strong>da</strong> GraçaPimentel (coor<strong>de</strong>nadora do Laboratório <strong>de</strong> Desenvolvimento Intermídia) e Prof. Dr.Heloísa Vieira <strong>da</strong> Rocha (coor<strong>de</strong>nadora do Laboratório <strong>de</strong> Desenvolvimento E-labora).[4.4.2_Palestra: Design + Tecnologia: rumo a um pensamentohíbrido]Data: 12 <strong>de</strong> Out./2007Local: Departamento <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo, EESC-USPPalestra ministra<strong>da</strong> para os alunos do primeiro ano do curso <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo<strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Carlos, USP, na disciplina SAP0645 – Informática naArquitetura, ministra<strong>da</strong> pela Profa. Dra. Anja Pratschke. O objetivo foi expor aos alunosoutras possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação do pensamento arquitetônico por meio <strong>da</strong> apropriaçãodos meios digitais. Microchips, LEDs, placas microcontroladoras e outros equipamentos 55


utilizados para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> aparatos e espaços interativos foram mostradoscom o intuito <strong>de</strong> ilustrar outros aspectos do universo digital passíveis <strong>de</strong> serem utilizadostambém pela arquitetura. No <strong>final</strong> foram apresenta<strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação nomercado basea<strong>da</strong>s nos trabalhos do ART+COM e Futurelab.[4.5_Participação em eventos][4.5.1_11 o Design to Business | Mechele Popcorn]Local: Hotel Unique, São Paulo – SPData do evento: 30 <strong>de</strong> Julho/2008Com o objetivo <strong>de</strong> disseminar a cultura do <strong>de</strong>sign no meio empresarial, o Centro <strong>de</strong>Design Paraná promove, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000, o Seminário Design to Business. O evento trazao Brasil referências internacionais, com o intuito <strong>de</strong> apresentar experiências bemsucedi<strong>da</strong>sdo uso do <strong>de</strong>sign como ferramenta <strong>de</strong> inovação e diferenciação em ummercado global, altamente competitivo. Nesta edição a convi<strong>da</strong><strong>da</strong> foi a analista <strong>de</strong>tendências <strong>de</strong> consumo, Mechele Popcorn que atua como presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> PopcornProducts, divisão estratégica <strong>da</strong> consultoria norte-americana Faith Popcorn’sBrainReserve, sedia<strong>da</strong> em New York. Das 17 tendências <strong>de</strong> comportamento quecompõem o banco <strong>da</strong> Faith Popcorn’s BrainReserve, Mechele apresentou quatro:Being Alive: saú<strong>de</strong>, longevi<strong>da</strong><strong>de</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Banheiros que são ver<strong>da</strong><strong>de</strong>irosconsultórios médicos. O foco do <strong>de</strong>sign do futuro estará no quarto. Nossa casa po<strong>de</strong>salvar nossa saú<strong>de</strong>?Save Our Society (SOS): comportamento ético, alimento orgânicos, energia limpa,recicláveis. A re-customização leva ao movimento “do berço ao berço”. Nossa casa po<strong>de</strong>salvar nossa alma?Cocooning: primeira tendência i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> pela BrainReserve, o “casulo” representa anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção, aconchego e simplificação, com casas menores e flexíveis.Nossa casa po<strong>de</strong> nos salvar <strong>da</strong> violência?Fantasy Adventure: a busca <strong>de</strong> aventura com segurança, exploração do raro e doinesperado. Viagens si<strong>de</strong>rais, observatórios in-home, sala <strong>da</strong>s maravilhas e curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Nossa casa po<strong>de</strong> ser nosso escape? 56


A <strong>pesquisa</strong>dora, junto com a Arq. Cynthia Nojimoto, representaram o <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> quefoi convi<strong>da</strong>do para participar <strong>da</strong> palestra e contribuir com questionamentos no <strong>final</strong> <strong>da</strong>apresentação. A partir do que foi colocado pela apresentadora foram elabora<strong>da</strong>squestões que buscaram associar o trabalho <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> com o que é lançado nomercado. Como se trata <strong>de</strong> uma empresa que trabalha com <strong>pesquisa</strong> em tendênciasforam abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s questões sobre a receptivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s próprias empresas quanto à<strong>pesquisa</strong> encomen<strong>da</strong><strong>da</strong> e <strong>de</strong> que maneira os resultados <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> são efetivamentetransformados em produtos para a vi<strong>da</strong> cotidiana.[4.5.2_FILE SYMPOSIUM 2008 [milhões <strong>de</strong> pixels] | PalestraGêmeos afetivos: Explorando a interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> através domobiliário e do espaço]Data: 06 <strong>de</strong> Ago./2008Local: SESI PaulistaO FILE, Festival Internacional <strong>de</strong> Linguagem Eletrônica é o maior festival <strong>de</strong> arte etecnologia do Brasil e <strong>da</strong> América Latina, bem como mundialmente um dos maioresacontecimentos nesta área, há nove anos vem inserindo o país no contexto mundial <strong>da</strong>arte e tecnologia ou <strong>da</strong> mídia arte. É um festival que aninha vários festivais que ocorremsimultaneamente. Além disso, o FILE possui um symposium internacional, um arquivocom mais <strong>de</strong> dois mil trabalhos e um laboratório para a produção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos trabalhos, o FILE Labo. Participaram <strong>de</strong>sta 9a edição do FILE aproxima<strong>da</strong>mente300 artistas - entre grupos, coletivos e trabalhos individuais - <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, com trabalhos em varias áreas <strong>da</strong> cultura digital.No evento <strong>de</strong>ste ano a <strong>pesquisa</strong>dora participou <strong>de</strong> uma mesa redon<strong>da</strong> no segundo dia <strong>de</strong>symposium na qual teve vinte minutos para apresentar o resumo enviado (disponível noanexo 5) e <strong>de</strong>z minutos para discussão. Na mesa redon<strong>da</strong> estiveram também presentesa Arq. Msc. Renata La Rocca, Arq. Msc. Clarissa Ribeiro e Ana Paula Carvalho (aprogramação completa do FILE Symposium 2008 encontra-se no anexo 6)A apresentação ilustrou conceitos relacionados ao Critical Design, uma forma <strong>de</strong>conceber objetos que busca elaborar questões cui<strong>da</strong>dosamente coloca<strong>da</strong>s a partir do seu<strong>de</strong>senho. Isto se fez com a expectativa <strong>de</strong> que esta po<strong>de</strong> ser uma opção <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>ampla gama <strong>de</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s por meio <strong>da</strong>s quais poética e significação po<strong>de</strong>m serexplora<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> proposta <strong>de</strong> objetos interativos na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação. Sobeste olhar foi então apresentado o projeto Affective Twins cujo objetivo é trabalhar a 57


elação entre objetos e usuários <strong>de</strong>ntro do ambiente doméstico, adicionandointerativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e poética a um mobiliário tradicional.Mais informações po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s no web-site do evento:.(Acesso em 27 <strong>de</strong> Julho/2008)[4.5.3_P&D Design 2008 | Palestra Reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s híbri<strong>da</strong>s: <strong>de</strong>sign etecnologias <strong>da</strong> comunicação e informação]Palestra a ser realiza<strong>da</strong> durante o P&D Design 2008: 8º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisae Desenvolvimento em Design.Data do evento: 08 a 11 <strong>de</strong> Outubro/2008Local: Centro Universitário Senac / Campus Santo AmaroO P&D Design | Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento em Design é umevento bianual voltado para a discussão <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong> e ensino <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign. Este eventocientífico, que atualmente é o maior congresso na América Latina na área do Design,tem se tornado um importante fórum <strong>de</strong> divulgação e discussão <strong>de</strong> questões pertinentesao avanço do conhecimento nessa área, seja resultante <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> aplica<strong>da</strong> ou<strong>pesquisa</strong> básica. Durante as sessões técnicas do P&D Design 2008, oitava edição doevento, a <strong>pesquisa</strong>dora apresentará o artigo “Reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s híbri<strong>da</strong>s: <strong>de</strong>sign e tecnologias<strong>da</strong> comunicação e informação” (anexo 7), cujo conteúdo reflete gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>discussão <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> no Capítulo 2 – “Mobiliário Interativo”, apresentado para oexame <strong>de</strong> qualificação anexo 1.Mais informações no web-site do evento:(Acesso em 27/07/2008) 58


Publicações [6][6.1_Resumo publicado no catálogo do FILE 2008]CARNEIRO, Gabriela. Gêmeos Afetivos: explorando a interativi<strong>da</strong><strong>de</strong> através domobiliário e do espaço. In: Catálogo do FILE São Paulo 2008: Festival Internacional<strong>de</strong> Linguagem Eletrônica: doismileoitomilhões<strong>de</strong>pixels. São Paulo: FILE, 2008,p.228;230.Analisa o processo <strong>de</strong> concepção e <strong>de</strong>senvolvimento do projeto Affective Twins sobre oponto <strong>de</strong> vista do trabalho do <strong>de</strong>signer e do arquiteto com sistemas interativos. (Aversão completa eestá disponível no anexo 5)[6.2_Artigo completo aceito no P&D Design 2008]CARNEIRO, Gabriela; TRAMONTANO, Marcelo. Reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s híbri<strong>da</strong>s: <strong>de</strong>sign etecnologias <strong>da</strong> comunicação e informação. Artigo aceito no P&D Design 2008: 8ºCongresso Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento em Design. 59


Analisa alguns conceitos norteadores <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> projetos interativos <strong>de</strong> forma aindicar possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação para os profissionais <strong>de</strong> área do <strong>de</strong>sign. Parte doprincípio que os fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> forma e materiali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um objeto para<strong>de</strong>terminado contexto são hoje também essenciais para se configurar a relação entrepessoas e meios eletrônicos. (A versão completa está disponível no anexo 7)[6.3_Resumo expandido aceito no P&D Design 2008]CARNEIRO, Gabriela. Mobiliário interativo: tecnologias digitais como prática do<strong>de</strong>sign. Resumo aceito e será publicado nos Anais do Artigo aceito no P&D Design 2008:8º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento em Design.Este artigo investiga propostas <strong>de</strong> mobiliário que utilizam a tecnologia digital paraestimular novas sensações e experiências por parte do usuário. Em especial <strong>de</strong>screve oprocesso <strong>de</strong> criação do projeto Gêmeos Afetivos que consiste em duas peças <strong>de</strong>mobiliário que se comunicam e reagem à <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s ações do usuário. (A versãocompleta está disponível no anexo 8)[6.4_Resumo expandido submetido ao Sigradi 2008]CARNEIRO, Gabriela; TRAMONTANO, Marcelo; PRATSCHKE, Anja. Processo criativo <strong>de</strong>projetos interativos: o exemplo do projeto PIX sob o olhar <strong>da</strong> cibernética <strong>de</strong> segun<strong>da</strong>or<strong>de</strong>m. Resumo submetido ao XII Congreso Iberoamericano <strong>de</strong> Gráfica Digital SIGraDiCuba 2008 (em avaliação).Sob o fundo <strong>da</strong> teoria <strong>da</strong> cibernética <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> or<strong>de</strong>m, será apresentado o projetointerativo PIX, realizado no contexto do grupo <strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>. Em umprocesso no qual a constelação multidisciplinar permite uma constante revisão <strong>da</strong>s idéiase <strong>de</strong> sua execução, enriquecendo o processo e o próprio produto, preten<strong>de</strong> relacionar oprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign ao <strong>de</strong> um olhar sistêmico sobre as trocas e como estas acontecemdurante a produção <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> obra. (A versão completa está disponível no anexo 9) 60


Consi<strong>de</strong>raçõesfinais [7]Em primeiro lugar, é importante mencionar que o apoio <strong>da</strong> FAPESP foi fun<strong>da</strong>mental paraque a <strong>pesquisa</strong> alcançasse os resultados e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> assinala<strong>da</strong>s pela banca avaliadorano Exame <strong>de</strong> Qualificação. Foi também através <strong>de</strong>ste apoio e confiança que foi possível ointercâmbio <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora durante os seis meses que permaneceu na Áustria<strong>de</strong>senvolvendo sua <strong>pesquisa</strong>. Ressalta-se também a importância <strong>da</strong> disponibilização <strong>da</strong>reserva técnica, fun<strong>da</strong>mental para a <strong>pesquisa</strong> uma vez que viabilizou a aquisição <strong>de</strong>bibliografia específica sobre o tema e também cobriu parte <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas com o projetoPIX, essencial para a <strong>pesquisa</strong> como um todo.A inserção <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora em um grupo que instiga constantemente o diálogo entreseus diversos componentes e que atua ativamente na promoção e divulgação doconhecimento produzido foi um fator <strong>de</strong>terminante na forma como se <strong>de</strong>u o processo <strong>de</strong>trabalho e nos resultados alcançados. O <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> estimula que o trabalho do<strong>pesquisa</strong>dor vá além <strong>da</strong> sua própria <strong>pesquisa</strong> e faz com que durante esse período ele seenvolva com diversas outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Um trabalho que algumas vezes sobrecarregaporém muito gratificante em termos <strong>de</strong> resultados alcançados. As conversas ediscussões que ocorrem nestes momentos enriquecem o conteúdo e permitem quetemas afins se aproximem e troquem referências e idéias. 61


Uma <strong>da</strong>s principais características – e <strong>de</strong>safios - do processo que percorreu estetrabalho resi<strong>de</strong> na convergência e alternância entre teoria e prática. Estas duasinstâncias percorreram to<strong>da</strong> a <strong>pesquisa</strong> <strong>de</strong> forma que uma constantemente se nutriu doconhecimento produzido pela outra. Os produtos obtidos e as questões levanta<strong>da</strong>s sãoconseqüência <strong>de</strong>ste processo híbrido <strong>de</strong> fazer <strong>pesquisa</strong> que, apesar <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>gestão do tempo, curto para uma <strong>pesquisa</strong> que se propõe a tanto, alcançou umresultado muito positivo além <strong>de</strong> ter incitado seu caráter inédito, apontado pela banca,<strong>de</strong>ntro do contexto brasileiro.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s práticas está diretamente ligado com a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>dora <strong>de</strong> permanecer por seis meses em um <strong>de</strong>partamento no Exterior cujofoco é o ensino do fazer. O período <strong>de</strong> intercâmbio em Linz substituiu a idéia <strong>de</strong>transferência <strong>de</strong> tecnologia. Foi iniciado um trabalho teórico no Brasil, no Exterior foipossível apren<strong>de</strong>r sobre os caminhos <strong>da</strong> prática e <strong>de</strong>pois o que foi feito foi a exploraçãoprática e teórica, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira, do que foi aprendido lá.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projeto interativo <strong>de</strong>ntro do espaço físico do <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong>provocou um impacto positivo em seus <strong>pesquisa</strong>dores. Está sendo importante para aspessoas terem um contato mais próximo com este tipo <strong>de</strong> processo criativo e assimper<strong>de</strong>rem o receio que antes tinham <strong>da</strong> prática <strong>da</strong> arquitetura acrescenta<strong>da</strong> <strong>de</strong>componentes eletrônicos digitais. Como conseqüência, outros projetos estão sendoi<strong>de</strong>alizados a partir <strong>da</strong> iniciativa <strong>de</strong> diferentes pessoas <strong>de</strong>ntro do grupo que enxergaramnos projetos <strong>de</strong>senvolvidos, um estímulo para a introdução <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s práticas emsuas <strong>pesquisa</strong>s.Ao conceber e produzir objetos e ambientes interativos no contexto brasileiro ficou claroque o caráter <strong>de</strong> novi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas propostas se dá pelo fato <strong>de</strong> que as escolas brasileiras<strong>de</strong> arquitetura ain<strong>da</strong> não perceberam possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>stes conceitos nosseus cursos. Os caminhos <strong>da</strong> prática <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign ain<strong>da</strong> não são ensinados. Issoacontece muitas vezes <strong>de</strong>vido ao preconceito <strong>de</strong> se achar que se trata <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong>ponta porém esta é uma visão que, a partir <strong>da</strong> experiência adquiri<strong>da</strong> ao longo <strong>de</strong>sta<strong>pesquisa</strong>, mostra-se equivoca<strong>da</strong>. To<strong>da</strong> a informação e tecnologia necessárias estãodisponíveis e algumas vezes, por exemplo, os componentes necessários são muito maisbaratos no Brasil. A Internet é também um rico repositório <strong>de</strong> caminhos e fóruns <strong>de</strong>discussão sobre o assunto e por meio <strong>de</strong> seu conteúdo é possível ter acesso a uma 62


ampla gama <strong>de</strong> informações necessárias para a criação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> projeto. Alémdisso, existe um movimento no Brasil, <strong>de</strong>nominado Metareciclagem, reconhecidomundialmente por propor soluções simples e criativas por meio <strong>da</strong> reutilização <strong>de</strong>componentes associa<strong>da</strong> com a prática do uso <strong>de</strong> software e hardware <strong>de</strong> código aberto(FLOSS – Free, Libe and Open Source Software).Além do estímulo <strong>da</strong> prática, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e discussões que permeiam esta <strong>pesquisa</strong>aju<strong>da</strong>ram o <strong>Nomads</strong>.<strong>usp</strong> a alcançar conclusões no que tange o trabalho do arquiteto comas mídias digitais. Como Laboratório Associado (LA) no projeto Tidia.AE, um dos papéisdo grupo é perceber como ocorre o diálogo dos arquitetos com esse mundo e com osprofissionais diretamente ligados à ele, ou seja, cientistas <strong>da</strong> computação, profissionais<strong>da</strong> informática, engenheiros, entre outros. Percebeu-se que um dos fatores importantesé incorporar ao processo <strong>de</strong> trabalho uma idéia contrária ao “mestre no seu atelier” noqual concebe seus projetos. No trabalho com as mídias digitais, o arquiteto não trabalhasozinho, suas ações se dão <strong>de</strong> forma colaborativa, com um caráter mais horizontal noqual, junto com as outras pessoas, faz parte <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong>. Uma re<strong>de</strong> que se verifica nãosó em termos físicos mas também humanos.Uma <strong>de</strong> nossas principais conclusões é que é necessária uma revisão na formação dosprofissionais no sentido <strong>de</strong> incluir nela a percepção <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho com asmídias digitais <strong>de</strong> forma a ir além do uso do software como ferramenta para execução <strong>de</strong>tarefas. Isto não significa que to<strong>da</strong>s as pessoas teriam que apren<strong>de</strong>r códigos <strong>de</strong>programação. Trata-se apenas <strong>de</strong> fazer com que os diversos profissionais que po<strong>de</strong>m sebeneficiar <strong>de</strong>stas ações enxerguem este tipo <strong>de</strong> projeto como algo possível e acessível.Áreas como propagan<strong>da</strong>, marketing, <strong>de</strong>sign, arquitetura, artes plásticas, entre outras,precisariam tomar conhecimento <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para começar a requisitar osserviços. Com tudo isso, o mais importante é perceber que os meios estão disponíveis eque existe ain<strong>da</strong> muito a ser <strong>pesquisa</strong>do e <strong>de</strong>scoberto neste campo emergente situadonos limites entre <strong>de</strong>sign, arte e tecnologia. 63


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