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Por que rochas Ígneas tem diferentes tamanhos de cristais?

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Geoi<strong>de</strong>ias: Earthlearningi<strong>de</strong>a<strong>Por</strong> <strong>que</strong> <strong>rochas</strong> ígneas têm <strong>diferentes</strong> <strong>tamanhos</strong> <strong>de</strong> <strong>cristais</strong>?Simulando cristalização por resfriamento em <strong>diferentes</strong> taxasPeça para os alunos fazerem o seguinte:Eti<strong>que</strong>tar um pedaço <strong>de</strong> papel, comomostrado no diagrama 1.Certifi<strong>que</strong>-se <strong>que</strong> algumas lâminas <strong>de</strong>microscopia estão no congelador.Derreta alguns grãos <strong>de</strong> Salol (fenilsalicilato) em banho-maria. Defina a<strong>tem</strong>peratura para <strong>que</strong> só o Salol <strong>de</strong>rreta –cerca <strong>de</strong> 45°C. Não a<strong>que</strong>ça mais ou nãovai funcionar.Tire duas lâminas <strong>de</strong> microscopia docongelador e, usando uma vareta <strong>de</strong>agitação, rapidamente colo<strong>que</strong> algumasgotas do Salol <strong>de</strong>rretido em uma <strong>de</strong>las ecubra com a outra lâmina fria, comomostrado no diagrama 2. Repita o processocom duas lâminas em <strong>tem</strong>peraturaambiente.Veja o <strong>que</strong> acontece.Responda às seguintes perguntas: -• em <strong>que</strong> lâmina se formam primeiroos <strong>cristais</strong>?• em <strong>que</strong> lâmina os <strong>cristais</strong> crescemmais rápido?• em <strong>que</strong> lâmina são formados os<strong>cristais</strong> maiores?• Se você tivesse lâminas <strong>que</strong>ntes,você esperaria <strong>que</strong> os <strong>cristais</strong>:o Formassem imediatamenteou após algum <strong>tem</strong>po?o Crescessem rápido ouo<strong>de</strong>vagar?Fossem <strong>cristais</strong> gran<strong>de</strong>s oupe<strong>que</strong>nos?Anote suas previsões.Teste suas i<strong>de</strong>ias usando lâminas <strong>que</strong>estiveram em um radiador ou foramimersas em água <strong>que</strong>nte e secas com umatoalha. Repita o procedimento como antese observe cuidadosamente.Apli<strong>que</strong> os resultados para as amostras <strong>de</strong><strong>rochas</strong> ígneas. Algumas <strong>rochas</strong> ígneas sãofeitas <strong>de</strong> <strong>cristais</strong> gran<strong>de</strong>s, elas resfriamlentamente ou rapidamente? A <strong>que</strong> taxasresfriam as <strong>rochas</strong> ígneas <strong>de</strong> <strong>cristais</strong> finos?Algum magma resfria e cristaliza nasprofun<strong>de</strong>zas da crosta, enquanto algumvem à superfície como lava <strong>de</strong> vulcões.Como isso afetará o tamanho dos <strong>cristais</strong>nas <strong>rochas</strong> ígneas resultantes?Pe<strong>que</strong>nos <strong>cristais</strong> <strong>de</strong> Salol formados por resfriamentorápidoGran<strong>de</strong>s <strong>cristais</strong> <strong>de</strong> Salol formados por resfriamentolento(mostrando também as bolhas <strong>de</strong> ar)1


Geoi<strong>de</strong>ias: Earthlearningi<strong>de</strong>aFicha TécnicaTítulo: <strong>Por</strong> <strong>que</strong> <strong>rochas</strong> ígneas têm<strong>diferentes</strong> <strong>tamanhos</strong> <strong>de</strong> <strong>cristais</strong>?Subtítulo: Simulando cristalização porresfriamento em <strong>diferentes</strong> taxasTópico: Essa ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser incluídaem aulas sobre o ciclo das <strong>rochas</strong> paramo<strong>de</strong>lar o resfriamento e a cristalização <strong>de</strong>magma para formar <strong>rochas</strong> ígneas.Faixa etária dos alunos: 11 – 18 anosTempo necessário para completar aativida<strong>de</strong>: 15 – 30 min.Resultados do aprendizado: Os alunospo<strong>de</strong>m:• Ver <strong>que</strong> os <strong>cristais</strong> se formamprimeiro na lâmina fria;• Ver <strong>que</strong> os <strong>cristais</strong> se formam maisrapidamente na lâmina fria;• Ver <strong>que</strong> os maiores <strong>cristais</strong> seformam na lâmina sob <strong>tem</strong>peraturaambiente;• Prever <strong>que</strong>, em uma lâmina <strong>que</strong>nte,os <strong>cristais</strong> não se formarãoimediatamente, crescerãolentamente e serão gran<strong>de</strong>s;• Descobrir uma ligação entre taxas<strong>de</strong> resfriamento e <strong>tamanhos</strong> dos<strong>cristais</strong> <strong>que</strong> são produzidos;• Interpretar <strong>tamanhos</strong> <strong>de</strong> <strong>cristais</strong> emuma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>rochas</strong> ígneas.O magma resfria lentamente paraformar as <strong>rochas</strong> com <strong>cristais</strong>gran<strong>de</strong>s e rapidamente em lavasnas quais os <strong>cristais</strong> são muitope<strong>que</strong>nos para serem vistos a olhonu;• I<strong>de</strong>ntificar <strong>rochas</strong> intrusivas com<strong>cristais</strong> gran<strong>de</strong>s e <strong>rochas</strong>extrusivas com <strong>cristais</strong> pe<strong>que</strong>nos;• Usar os <strong>tamanhos</strong> dos <strong>cristais</strong> paraprever as profundida<strong>de</strong>s relativasem <strong>que</strong> as <strong>rochas</strong> ígneas secristalizaram;• Perceber <strong>que</strong> a taxa <strong>de</strong>resfriamento não é a única variávela afetar a cristalização <strong>de</strong> <strong>rochas</strong>ígneas.Contexto:Os <strong>cristais</strong> <strong>de</strong> Salol fornecem um mo<strong>de</strong>lopara representar o tamanho dos <strong>cristais</strong> emfunção do resfriamento. Os <strong>cristais</strong> maiores<strong>de</strong> Salol são formados a partir doresfriamento mais lento e os menores, doresfriamento mais rápido. Rochas ígneasapresentam comportamento bem parecido.Rochas <strong>de</strong> granulaçcão grossa, como ogranito, são formadas por resfriamentolento em profundida<strong>de</strong>, enquanto <strong>rochas</strong>vulcânicas, como o basalto, têm granulaçãofina, indicando <strong>que</strong> a lava se resfriourapidamente. Note:• Rochas ígneas são classificadas <strong>de</strong>acordo com seu conteúdo mineral,bem como o tamanho <strong>de</strong> seus<strong>cristais</strong>.• Cristais <strong>de</strong> Salol representam malas texturas reais das <strong>rochas</strong>.Rochas ígneas geralmente contêmvários minerais <strong>que</strong> cristalizam em<strong>diferentes</strong> velocida<strong>de</strong>s e, assim,possuem <strong>tamanhos</strong> <strong>diferentes</strong>. Os<strong>cristais</strong> <strong>de</strong> Salol crescemradialmente a partir <strong>de</strong> um núcleo,enquanto a maior parte dossilicatos em <strong>rochas</strong> ígneas cresceconcentricamente.• A taxa <strong>de</strong> resfriamento não é oúnico fator a ser consi<strong>de</strong>rado nacristalização por fusão; outrosfatores incluem o conteúdo mineral,o conteúdo <strong>de</strong> água, a posição nacrosta e o <strong>tem</strong>po.• Às vezes, essa ativida<strong>de</strong> nãofunciona por<strong>que</strong> o Salol líquidopo<strong>de</strong> “superresfriar” e resfriar até a<strong>tem</strong>peratura ambiente semcristalizar. E, se eventualmentecristaliza, isso acontece na<strong>tem</strong>peratura errada, produzindo umresultado também errado. Ométodo sugerido reduz aprobabilida<strong>de</strong> disto acontecer:o Certificar-se <strong>de</strong> <strong>que</strong> o Salolestá realmente apenasfundido (se ele fora<strong>que</strong>cido muito além <strong>de</strong>100°C, é mais provável<strong>que</strong> ele “superresfrie”)o Usar duas lâminasrealmente limpas paracolocar o Salol (sujeiras ouimperfeições nas lâminaspo<strong>de</strong>m provocar acristalização)o Fazer a ativida<strong>de</strong> duasvezes (uma com aslâminas do congelador e à2


Geoi<strong>de</strong>ias: Earthlearningi<strong>de</strong>a<strong>tem</strong>peratura ambiente, e asegunda vez, usandolâminas a<strong>que</strong>cidas. Aomenos uma <strong>de</strong>las dará aresposta correta).Continuando a ativida<strong>de</strong>:Os alunos po<strong>de</strong>m analisar amostras <strong>de</strong><strong>rochas</strong> ígneas, <strong>de</strong> preferência comsuperfícies polidas, para observar otamanho, a forma e as relações entre os<strong>cristais</strong>.A mo<strong>de</strong>lagem experimental da cristalização<strong>de</strong> dois produtos químicos po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>monstrada pela dissolução <strong>de</strong>quantida<strong>de</strong>s iguais <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> cobre enitrato <strong>de</strong> potássio em ácido sulfúricodiluído <strong>que</strong>nte. A solução é resfriada ecolocada em um vidro <strong>de</strong> relógio paracristalizar. <strong>Por</strong> razões <strong>de</strong> segurança, isto<strong>de</strong>ve ser feito pelo professor e não osalunos. (Os alunos não estãoautorizados a utilizar o nitrato <strong>de</strong>potássio).Princípios fundamentais:• Muitos quilômetros abaixo dasuperfície da Terra, a <strong>tem</strong>peraturaé alta o suficiente para causarfusão parcial. O magma produzidoascen<strong>de</strong> por<strong>que</strong> é menos <strong>de</strong>nso<strong>que</strong> as <strong>rochas</strong> sobrejacentes.• A cristalização do magma po<strong>de</strong>ocorrer <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> intrusões em<strong>diferentes</strong> níveis da crosta, ou emsuperfície, se acontecer extrusão.As intrusões po<strong>de</strong>m serposteriormente expostas nasuperfície <strong>de</strong>vido a processos <strong>de</strong>in<strong>tem</strong>perismo e erosão.• As <strong>rochas</strong> ígneas se formam apartir da fusão <strong>que</strong> po<strong>de</strong>ultrapassar 1000ºC. Esta ativida<strong>de</strong>mo<strong>de</strong>la o comportamento domagma em resfriamento, mas emuma <strong>tem</strong>peratura muito menor(cerca <strong>de</strong> 40ºC).• Lavas extrusivas levam <strong>de</strong>segundos a semanas para resfriare cristalizar, enquanto magmasintrusivos resfriam e cristalizam <strong>de</strong>centenas a milhões <strong>de</strong> anos.• Nenhuma rocha ígnea é idêntica aoutra a menos <strong>que</strong> ambas tenhamse formado a partir da mesmafusão. Todas elas possuemcaracterísticas únicas.Habilida<strong>de</strong>s cognitivas adquiridas:O resfriamento lento produzindo <strong>cristais</strong>maiores e o resfriamento rápido formando<strong>cristais</strong> menores <strong>de</strong>senvolve um padrão.Algumas <strong>rochas</strong> ígneas contêm <strong>cristais</strong>gran<strong>de</strong>s (feno<strong>cristais</strong>), provocando conflitocognitivo. Explicar os resultados obtidosenvolve metacognição. Aplicar osresultados da ativida<strong>de</strong> aos <strong>cristais</strong> em<strong>rochas</strong> ígneas envolve conexão.Lista <strong>de</strong> materais:• Salol (fenil salicilato),aproximadamente 5 g.• Tubo para ferver• Proveta <strong>de</strong> 250 ml• 6 lâminas <strong>de</strong> microscopia (além <strong>de</strong>algumas sobressalentes)• Vareta <strong>de</strong> agitação• Óculos <strong>de</strong> agitação• Lupa• Microscópio digital, se disponível• Água <strong>que</strong>nte (a<strong>que</strong>cida numachaleira ou <strong>que</strong>imador <strong>de</strong> gás)• Acesso a um congelador ou freezer• Folha <strong>de</strong> papel colorido ou cartão(<strong>de</strong> preferência escuro)Links úteis:A Earth Science Education Unitdisponibilizou três vi<strong>de</strong>os <strong>de</strong> <strong>cristais</strong> <strong>de</strong>Salol se formando na seção ‘Resources forSchools’ em seu website:http://www.earthscienceeducation.com.Joint Earth Science Education Initiativehttp://www.esta-uk.net/jesei/in<strong>de</strong>x.htm.Fonte: Essa ativida<strong>de</strong> é baseada em“Magma – introducing igneous processes’,da série da ESTA ‘The Science of the Earth11-14’. Também faz parte do workshopintitulado ‘O ciclo das <strong>rochas</strong> dinâmico’, daEarth Science Education Unithttp://www.earthscienceeducation.com.3


Geoi<strong>de</strong>ias: Earthlearningi<strong>de</strong>a© Earthlearningi<strong>de</strong>a team. Earthlearningi<strong>de</strong>a busca produzir uma nova i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Ciências da Terra, a cada semana, acusto mínimo, com poucos recursos, para educadores e professores <strong>de</strong> Geografia ou Ciências <strong>de</strong> educação básica. Com o intuito<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma re<strong>de</strong> global <strong>de</strong> apoio, promove-se uma discussão online em torno da i<strong>de</strong>ia. Earthlearningi<strong>de</strong>a <strong>tem</strong> poucofinanciamento e a maior parte do trabalho é feita por esforço voluntário.Os autores abrem mão dos direitos autorais do conteúdo original contido nesta ativida<strong>de</strong> se ela for utilizada em laboratório ou emsala <strong>de</strong> aula. Direitos autorais <strong>de</strong> materiais citados aqui, pertencentes a outras casas publicadoras, encontram-se com asmesmas. Toda organização <strong>que</strong> <strong>de</strong>sejar usar este material <strong>de</strong>ve contatar a equipe <strong>de</strong> Earthlearningi<strong>de</strong>a.Foi empenhado o máximo esforço possível para localizar e entrar em contato com os <strong>de</strong>tentores dos direitos dos materiaisincluídos na ativida<strong>de</strong>, com o propósito <strong>de</strong> obter permissão <strong>de</strong> uso. Contate-nos, porém, por favor, se você achar <strong>que</strong> seusdireitos autorais estão sendo <strong>de</strong>srespeitados; agra<strong>de</strong>cemos toda informação <strong>que</strong> aju<strong>de</strong> a atualizar os registros.A tradução/adaptação para <strong>Por</strong>tuguês foi realizada pela equipe do Laboratório <strong>de</strong> Recursos Didáticos em Geociências doDepartamento <strong>de</strong> Geociências Aplicadas ao Ensino (LRDG-DGAE) do Instituto <strong>de</strong> Geociências da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong>Campinas (IG-Unicamp).Se você encontrar alguma dificulda<strong>de</strong> com a leitura dos documentos, por favor, entre em contato com o grupo Earthlearningi<strong>de</strong>apara obter ajuda. Contate o grupo Earthlearningi<strong>de</strong>a em: info@earthlearningi<strong>de</strong>a.com4

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