78“A nicotina causa <strong>de</strong>pendência. Nosso negócio, então, é a venda <strong>de</strong> <strong>um</strong>adroga.” (Addison Yeam, da Brown & Williamson, 1963).“Para o principiante, f<strong>um</strong>ar <strong>um</strong> cigarro é <strong>um</strong> ato simbólico. Eu não sou mais ofilhinho da mamãe, eu sou durão, sou <strong>um</strong> aventureiro, não sou quadrado... À medidaque o simbolismo psicológico per<strong>de</strong> a força, o efeito farmacológico ass<strong>um</strong>e o comandopara manter o hábito...” (Philip Morris, Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Pesquisa eDesenvolvimento, “Por que se F<strong>um</strong>a”, 1969).Em recente passagem por Curitiba, o médico psiquiatra, professor epalestrante Ronaldo Laranjeira, PHD em psiquiatria pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Londres,participou da Semana <strong>de</strong> Prevenção às Drogas – PREVIDA, promovida pelaSecretaria da Justiça e da Cidadania e ao ser entrevistado no programa Aqui EntreNós da Paraná Educativa abordou alg<strong>um</strong>as dimensões <strong>sobre</strong> a relação entre o cons<strong>um</strong>o<strong>de</strong> álcool e a influência da mídia no Brasil.Laranjeira indicou dados <strong>sobre</strong> o cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> álcool por crianças <strong>de</strong> 12 anos<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e afirmou que isso é <strong>um</strong> fenômeno novo, promovido pela Indústria do álcoolatravés <strong>de</strong> propagandas e publicida<strong>de</strong>s sem qualquer responsabilida<strong>de</strong> social. Falou dadificulda<strong>de</strong> dos órgãos do governo em fazer a contraposição, tendo em vista que oorçamento da Secretaria Nacional Antidrogas é <strong>de</strong> R$ 12 milhões <strong>de</strong> reais/ano e, paraefeitos comparativos, só para o lançamento do novo produto da Schinkariol, a cervejaNova Skin, gastou-se o equivalente a R$ 100 milhões <strong>de</strong> reais, ou seja, quase <strong>de</strong>zvezes mais o orçamento do maior órgão fe<strong>de</strong>rativo inc<strong>um</strong>bido <strong>de</strong> prevenir as drogas.Assim, a mídia exerce o papel influenciador, afirma o renomado Professor, aose valer <strong>de</strong> imagens lúdicas, como por exemplo: tartarugas que jogam futebol; siris quecantam e dançam; cães que corrupiam. Não se po<strong>de</strong> olvidar que essas propagandas,não raro, estavam sendo exibidas em horários matutinos, ou seja, visavam <strong>um</strong> públicoalvo certo, frágil e <strong>de</strong> fácil cooptação: crianças e adolescentes.
79Ainda há outro fator que propicia a expansão da Indústria do Álcool, enfatizaLaranjeira: os pontos <strong>de</strong> vendas da droga, que são na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1 milhão no Brasil,legalizados e ávidos em c<strong>um</strong>prir metas <strong>de</strong> venda a qualquer custo.Por fim, Laranjeira levantou alternativas <strong>de</strong> políticas públicas preventivas paraminimizar o problema, primeiramente, através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a ação enérgica do governo,inc<strong>um</strong>bindo o Congresso Nacional da elaboração <strong>de</strong> <strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> lei que proíba aspropagandas <strong>de</strong> bebidas alcoólicas em horários próprios para adolescentes e crianças.Em segundo nível, diminuir os fatores <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>s, tais como barespróximos às escolas, acabar com a cultura da vinculação inseparável entre festa ebebida e com a cultura do experimenta. Por fim, a<strong>um</strong>entar os fatores <strong>de</strong> proteção,através do incentivo ao esporte, educação, ambiente saudável, cultura da saú<strong>de</strong> efamília estruturada.Neste contexto, a escola é o meio privilegiado para se <strong>de</strong>senvolver programas<strong>de</strong> prevenção ao uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong> drogas. No entanto, como não é <strong>um</strong> componenteobrigatório nos currículos escolares, embora sugerido nos PCN como tema transversal,este conteúdo da formação infanto-juvenil é, freqüentemente, <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> lado.Não é <strong>de</strong>mais lembrar que os PCN são resultados <strong>de</strong> <strong>um</strong> longo trabalho, quecontou com a participação <strong>de</strong> muitos educadores, tendo a marca <strong>de</strong> suas experiências e<strong>de</strong> seus <strong>estudo</strong>s. Eles foram produzidos no contexto das discussões pedagógicas atuais.Inicialmente foram elaborados doc<strong>um</strong>entos, em versões preliminares, para seranalisados e <strong>de</strong>batidos por professores que atuam em diferentes graus <strong>de</strong> ensino,especialistas da educação e <strong>de</strong> outras áreas, além <strong>de</strong> instituições governamentais e nãogovernamentais.(MEC – Estudos e Pesquisas; 2005)Assim, é sugerido, através dos PCN, que os professores <strong>de</strong>vem trabalhar avulnerabilida<strong>de</strong> das crianças e dos adolescentes no que diz respeito ao uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong>drogas e, ainda, que esse trabalho <strong>de</strong>ve ser realizado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong> contexto escolar,porque a escola é <strong>um</strong> local extremamente produtivo e i<strong>de</strong>al para reflexões. Sugere
- Page 1 and 2:
SÓLON CÍCERO LINHARESEDUCAÇÃO,
- Page 3 and 4:
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCEBRI
- Page 6 and 7:
TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 8 and 9:
SUMÁRIOLISTA DE ABREVIATURAS E SIG
- Page 10 and 11:
PÚBLICAS DA RIEP QUE FIZERAM USO D
- Page 12 and 13:
2Considerando que, no Brasil, aprox
- Page 14:
4Com relação às turmas pesquisad
- Page 17 and 18:
2 CLASSIFICAÇÃO E USO DOS PSICOTR
- Page 19 and 20:
Public health domainPlease note som
- Page 21 and 22:
11originalmente alcançados pelas p
- Page 23 and 24:
13ao Domingo, porque causam enorme
- Page 25 and 26:
15podem surgir náusea e vômitos,
- Page 27 and 28:
e morte. 31 O uso crônico dessas s
- Page 29 and 30:
ensino 38 , o uso na vida ficou na
- Page 31 and 32:
21Todas essas substâncias oriundas
- Page 33 and 34:
2.2.2 Drogas Estimulantes do sistem
- Page 35 and 36:
25(o crack). Existe ainda a pasta d
- Page 37 and 38: 27do País, e coordenado pelo Insti
- Page 39 and 40: 29Pode-se definir operacionalmente
- Page 41 and 42: 31etária entre 12 a 17 anos de ida
- Page 43 and 44: 33comuns delírios de grandiosidade
- Page 45 and 46: 2.2.3.4 Anticolinérgicos35São div
- Page 47 and 48: 3 A REPRESSÃO COMO FUNDAMENTO DE P
- Page 49 and 50: 39Logicamente isso se deu porque o
- Page 51 and 52: 412%, que desembocou na depressão
- Page 53 and 54: 43houve um aumento absoluto até ch
- Page 55 and 56: 45Os últimos dados revelados pelo
- Page 57 and 58: 47Porã/MS, Odilon de Oliveira, que
- Page 59 and 60: 49− redes brasileiras de maconha:
- Page 61 and 62: Período entre 01/01/2005 a 06/05/2
- Page 63 and 64: 53delas, provenham do estômago ou
- Page 65 and 66: 55Se se passou a produzir 800 canet
- Page 67 and 68: 57São horas excedentes, produtoras
- Page 69 and 70: 59os quais 65% da economia do país
- Page 71 and 72: 61Quando se trata de transporte da
- Page 73 and 74: 63As exigências de controle das or
- Page 75 and 76: 3.2.2 O Mercado da Droga e suas Imp
- Page 77 and 78: 67tráfico de ópio na China no sé
- Page 79 and 80: 69Acrescente-se o fator econômico
- Page 81 and 82: 711996, por ocasião de visita daqu
- Page 83 and 84: 73outro foco, o permanente desejo i
- Page 85 and 86: 75demanda, já que é absolutamente
- Page 87: 77Assim, as políticas públicas pr
- Page 91 and 92: 81Afirmou também, que não é conf
- Page 93 and 94: 83assumir comportamentos arriscados
- Page 95 and 96: 85escola e não se envolvem com reg
- Page 97 and 98: 87b) ações repressivas do DPF, co
- Page 99 and 100: 89No que diz respeito às drogas e
- Page 101 and 102: 91e prevenção às drogas, respect
- Page 103 and 104: 93A família, por exemplo, seria o
- Page 105 and 106: 95e afetivas do sujeito com os pont
- Page 107 and 108: drogas. 160 A estratégia de reduç
- Page 109 and 110: 99A primeira tentativa de se intala
- Page 111 and 112: 101podem ser causada pela falta de
- Page 113 and 114: 103d) programas de distribuição d
- Page 115 and 116: países. 170 O PROERD é o único p
- Page 117 and 118: 107d) lição nº 04: mudando as id
- Page 119 and 120: 109Os aprovados são submetidos a u
- Page 121 and 122: 111Atualmente o Paraná possui 07 (
- Page 123 and 124: 5 POSSIBILIDADES E LIMITES DO PROER
- Page 125 and 126: 115TABELA 9 - NÚMEROS DE ALUNOS E
- Page 127 and 128: 117De início, a lição 10 trás a
- Page 129 and 130: TABELA 14 - PARTICIPAÇÃO DOS ALUN
- Page 131 and 132: 121conclusão do PROERD na quarta s
- Page 133 and 134: 123As drogas mais consumidas pelos
- Page 135 and 136: TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 137 and 138: 127ou pelo menos não levam a séri
- Page 139 and 140:
TABELA 21 - LOCAL DA INICIAÇÃO AO
- Page 141 and 142:
131Neste caso, especificamente, o P
- Page 143 and 144:
TABELA 23 - COERÇÃO DE GANGUE E U
- Page 145 and 146:
135com os próprios alunos sobre o
- Page 147 and 148:
137TABELA 27 -PARTICIPAÇÃO NO PRO
- Page 149 and 150:
139escolas, isto é, todos os profe
- Page 151 and 152:
141Novamente um dado que vem ao enc
- Page 153 and 154:
5.2 OBSERVAÇÃO DAS AULAS DO PROER
- Page 155 and 156:
145Os padrões de comportamento da
- Page 157 and 158:
147Desta forma, o PROERD vem se enc
- Page 159 and 160:
149salutar, tendo em vista que est
- Page 161 and 162:
GLOSSÁRIO151Barões do tráfico -
- Page 163 and 164:
153CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRAN
- Page 165 and 166:
155TRABAJA PARA LA CREACIÓN DE UM
- Page 167 and 168:
15708) QUAL FOI O MOTIVO QUE TE LEV
- Page 169 and 170:
ANEXO II - QUESTIONÁRIO PARA PROFE
- Page 171 and 172:
ANEXO III - FOTOS161
- Page 173 and 174:
163PASTA BASE DE COCAÍNACLORIDRATO
- Page 175 and 176:
165DESTRUIÇÃO DE CULTIVO DE MACON
- Page 177:
TIPOS DE ÊXTASE167