4 A PREVENÇÃO COMO FUNDAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICASANTIDROGAS76A prevenção ao uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong> drogas, como fundamento das políticaspúblicas, é <strong>um</strong> forte instr<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> combate à drogadição, tendo em vista que osgastos com os programas são menores e os resultados alcançados melhores secomparados com as políticas públicas repressivas. A título <strong>de</strong> exemplo o orçamento daSecretaria Nacional Antidrogas do Brasil, órgão preventivo, está em R$ 12.000,000,00(doze milhões <strong>de</strong> reais) por ano. O Departamento <strong>de</strong> Polícia Fe<strong>de</strong>ral no Brasil,instituição repressiva do Estado, tem <strong>um</strong> orçamento anual <strong>de</strong> aproximadamente660.000,000,00 (Seiscentos e sessenta milhões <strong>de</strong> reais) 136 . Por outro lado, é sabidotambém que a cada <strong>um</strong> dólar gasto em prevenção, economiza-se <strong>de</strong> quatro a cincodólares em tratamento. 137Inicialmente os programas <strong>de</strong> prevenção ao uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong> drogasrestringiam-se a fornecer informações <strong>sobre</strong> o cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> drogas e seus efeitosadversos. Logo se <strong>de</strong>monstrou a ineficácia <strong>de</strong> tais programas, tanto que, em 1979, aOMS lançou <strong>um</strong> alerta criticando seu enfoque meramente informativo, paternalista,medicalizado e <strong>de</strong>scontextualizado. 138Atualmente, sabe-se que a eficácia dos programas <strong>de</strong> prevenção estárelacionada tanto à forma <strong>de</strong> aplicação quanto ao conteúdo do programa: quanto maisinterativo e voltado para a formação do sujeito como <strong>um</strong> todo, melhor. 139 Não bastaapenas informar, é necessário proporcionar <strong>um</strong>a melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos sujeitose viabilizar o acesso ao conhecimento.136 Disponível em: Acesso em: 2005.137 NIDA – National Institute on Drug Abuse. Prevention Brochure, EUA, 2001.138 ANDRADE, A. G. et al. Avaliação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> drogas. São Paulo:GREA/D.A.Inc/USAID, 1995.139 NIDA ..., op. cit.
77Assim, as políticas públicas preventivas tornam-se muito complexas, <strong>de</strong>vidoao campo extenso em que necessitam atuar e ainda <strong>sobre</strong> as características inerentes aopróprio sistema, que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a formação da personalida<strong>de</strong> do sujeito até questõesfamiliares, escolares, sociais, legais, políticas e econômicas.Em relação ao cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> drogas, a prevenção tem características próprias,voltadas para ações que possam ser realizadas, efetivamente, com intuito <strong>de</strong> impedir,informar, dar conhecimento, retardar, reduzir ou minimizar o abuso <strong>de</strong> drogas e osprejuízos a ela relacionados, mesmo quando a ação se <strong>de</strong>para com <strong>um</strong>a mídia<strong>de</strong>scompromissada socialmente – que não hesita em induzir ao cons<strong>um</strong>o (“Beba isto ef<strong>um</strong>e aquilo para ter isto ou aquilo”) – e exerce influências cada vez maiores <strong>sobre</strong> oímpeto cons<strong>um</strong>ista das crianças e adolescentes.A mídia como agente influenciador do cons<strong>um</strong>ismo, como bem <strong>de</strong>monstrouOctavio IANNI 140 , se vale da publicida<strong>de</strong> para informar, orientar, induzir, subordinar emanipular o ouvinte para cons<strong>um</strong>ir o que interessa e proporcionar lucros aosfinanciadores <strong>de</strong>la, isto é, a mídia funciona como <strong>um</strong> intelectual orgânico das classes,grupos ou blocos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res dominantes do mundo. Assim, dá a sustentaçãonecessária ao cons<strong>um</strong>ismo, crescente e avassalador, sôfrego e compulsivo, <strong>de</strong>mandadopelo capital.As empresas capitalistas, financiadoras <strong>de</strong>ssas publicida<strong>de</strong>s, não me<strong>de</strong>mconseqüências quando o objetivo final é a ac<strong>um</strong>ulação <strong>de</strong> capital e a obtenção cada vezmaior <strong>de</strong> lucros. Só para se ter <strong>um</strong>a idéia, com relação a Indústria do cigarro éimperioso relatar alg<strong>um</strong>as passagens relativas ao pensamento do alto escalão dasmaiores empresas do ramo:“A marca camel (sic) precisa a<strong>um</strong>entar a sua penetração no grupo <strong>de</strong> 14-24anos, que tem valores mais liberais e representa o mercado do cigarro <strong>de</strong> amanhã.”(Memorando <strong>de</strong> 1975 para C.A. Tucker, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Marketing da R. J.Reynolds).140 IANNI, Octavio. A política mudou <strong>de</strong> lugar. Rio e Janeiro: Vozes, 1997.
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