54Marx explicita: “Se prescindirmos do valor-<strong>de</strong>-uso da mercadoria, somente lheresta ainda <strong>um</strong>a proprieda<strong>de</strong>, a <strong>de</strong> ser produto do trabalho, ou seja, <strong>um</strong>a mercadoriasomente possui valor-<strong>de</strong>-uso porque é fruto do trabalho h<strong>um</strong>ano”.Assim, se abstrairmos a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong>a mercadoria, o que resta é o trabalhoh<strong>um</strong>ano corporificado, materializado naquela mercadoria e que permite satisfazer<strong>de</strong>terminadas necessida<strong>de</strong>s h<strong>um</strong>anas.Por outro lado, se abstrairmos o trabalho concreto, por exemplo, o trabalho domarceneiro ao fazer a mesa, do pedreiro ao construir a casa, reduz-se, todos ostrabalhos concretos, a <strong>um</strong>a única espécie <strong>de</strong> trabalho, o trabalho h<strong>um</strong>ano abstrato, ouseja, o trabalho médio socialmente necessário para, em dadas condições históricosociaisproduzirem dita mercadoria.É esse nível máximo <strong>de</strong> abstração que permite reconhecer o elemento queconcretiza o valor <strong>de</strong> troca das mercadorias: o tempo <strong>de</strong> trabalho h<strong>um</strong>ano.Assim, me<strong>de</strong>-se o valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada mercadoria a partir do tempo <strong>de</strong>trabalho socialmente necessário, dispendido na sua criação, em horas, dias, etc.Esse trabalho h<strong>um</strong>ano é consi<strong>de</strong>rado como homogêneo, isto é, dispêndio <strong>de</strong>idêntica força <strong>de</strong> trabalho. Caso contrário, o preguiçoso teria a mercadoria maisvaliosa. Então o tempo <strong>de</strong> trabalho socialmente necessário requerido para produzir<strong>de</strong>terminado valor-<strong>de</strong>-uso em condições <strong>de</strong> produção socialmente normais existentes éo que <strong>de</strong>termina a gran<strong>de</strong>za do valor. 102Como valores, as mercadorias são apenas dimensões <strong>de</strong>finidas do tempo <strong>de</strong>trabalho que nelas se cristaliza. Quanto maior o tempo <strong>de</strong>sprendido na sua elaboração,maior o valor. No entanto, o seu valor é inversamente proporcional à produtivida<strong>de</strong>,isto é, se se produz, por exemplo, 80 canetas em 8 horas é porque se gastou em média1h para o fabrico <strong>de</strong> cada 10 canetas.102 MARX, op. cit., p. 61.
55Se se passou a produzir 800 canetas nas mesmas 8 horas, gastou-se em média1 hora para cada 100 canetas, isto é diminuiu o tempo <strong>de</strong> trabalho para produzir essamercadoria e, logo, diminuiu também o seu valor.A gran<strong>de</strong>za do valor <strong>de</strong> <strong>um</strong>a mercadoria varia na razão direta da quantida<strong>de</strong> ena inversa da produtivida<strong>de</strong> do trabalho que nela se aplica.Por fim, para criar mercadoria, não basta apenas produzir valor-<strong>de</strong>-uso, masessencialmente produzi-los para outros, dar origem ao que Marx chamou <strong>de</strong> valor-<strong>de</strong>usosocial.Diante disso, po<strong>de</strong>-se dizer que a mercadoria, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong>capitalista, <strong>de</strong>ve possuir utilida<strong>de</strong> e valor-<strong>de</strong>-uso social. Também <strong>de</strong>ve possuir <strong>um</strong>valor-<strong>de</strong>-troca, na medida em que os valores-<strong>de</strong>-uso são trocados por outros <strong>de</strong>diferentes espécies, e a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong>sse valor é medida pelo tempo socialmentenecessário na criação <strong>de</strong>ssa mercadoria.Dada à importância do trabalho na conceituação <strong>de</strong> mercadoria, cabe enten<strong>de</strong>rsua concepção na ótica marxista.Antes <strong>de</strong> tudo, o trabalho é <strong>um</strong> processo que se dá entre o homem e a natureza.É o dispêndio <strong>de</strong> energia h<strong>um</strong>ana, braços e pernas, cabeças e mãos em funcionamento,no processo <strong>de</strong> apropriação da natureza, com intuito <strong>de</strong> imprimir-lhe forma <strong>de</strong>utilida<strong>de</strong> para satisfazer necessida<strong>de</strong>s h<strong>um</strong>anas das mais variadas. 103No final <strong>de</strong>sse processo o sujeito chega a <strong>um</strong> resultado material que estavapreviamente imaginado em sua cabeça, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> sua vonta<strong>de</strong>.Nesse sentido, Marx 104 assim elaborou elementos que compõe o processo <strong>de</strong>trabalho:a) ativida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada a <strong>um</strong> fim, isto é, ativida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana direcionada para<strong>um</strong>a <strong>de</strong>terminada finalida<strong>de</strong>;b) a matéria a que se aplica o trabalho ou objeto do trabalho;103 MARX, op. cit., p. 211.104 Ibid., p. 212.
- Page 1 and 2:
SÓLON CÍCERO LINHARESEDUCAÇÃO,
- Page 3 and 4:
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCEBRI
- Page 6 and 7:
TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 8 and 9:
SUMÁRIOLISTA DE ABREVIATURAS E SIG
- Page 10 and 11:
PÚBLICAS DA RIEP QUE FIZERAM USO D
- Page 12 and 13:
2Considerando que, no Brasil, aprox
- Page 14: 4Com relação às turmas pesquisad
- Page 17 and 18: 2 CLASSIFICAÇÃO E USO DOS PSICOTR
- Page 19 and 20: Public health domainPlease note som
- Page 21 and 22: 11originalmente alcançados pelas p
- Page 23 and 24: 13ao Domingo, porque causam enorme
- Page 25 and 26: 15podem surgir náusea e vômitos,
- Page 27 and 28: e morte. 31 O uso crônico dessas s
- Page 29 and 30: ensino 38 , o uso na vida ficou na
- Page 31 and 32: 21Todas essas substâncias oriundas
- Page 33 and 34: 2.2.2 Drogas Estimulantes do sistem
- Page 35 and 36: 25(o crack). Existe ainda a pasta d
- Page 37 and 38: 27do País, e coordenado pelo Insti
- Page 39 and 40: 29Pode-se definir operacionalmente
- Page 41 and 42: 31etária entre 12 a 17 anos de ida
- Page 43 and 44: 33comuns delírios de grandiosidade
- Page 45 and 46: 2.2.3.4 Anticolinérgicos35São div
- Page 47 and 48: 3 A REPRESSÃO COMO FUNDAMENTO DE P
- Page 49 and 50: 39Logicamente isso se deu porque o
- Page 51 and 52: 412%, que desembocou na depressão
- Page 53 and 54: 43houve um aumento absoluto até ch
- Page 55 and 56: 45Os últimos dados revelados pelo
- Page 57 and 58: 47Porã/MS, Odilon de Oliveira, que
- Page 59 and 60: 49− redes brasileiras de maconha:
- Page 61 and 62: Período entre 01/01/2005 a 06/05/2
- Page 63: 53delas, provenham do estômago ou
- Page 67 and 68: 57São horas excedentes, produtoras
- Page 69 and 70: 59os quais 65% da economia do país
- Page 71 and 72: 61Quando se trata de transporte da
- Page 73 and 74: 63As exigências de controle das or
- Page 75 and 76: 3.2.2 O Mercado da Droga e suas Imp
- Page 77 and 78: 67tráfico de ópio na China no sé
- Page 79 and 80: 69Acrescente-se o fator econômico
- Page 81 and 82: 711996, por ocasião de visita daqu
- Page 83 and 84: 73outro foco, o permanente desejo i
- Page 85 and 86: 75demanda, já que é absolutamente
- Page 87 and 88: 77Assim, as políticas públicas pr
- Page 89 and 90: 79Ainda há outro fator que propici
- Page 91 and 92: 81Afirmou também, que não é conf
- Page 93 and 94: 83assumir comportamentos arriscados
- Page 95 and 96: 85escola e não se envolvem com reg
- Page 97 and 98: 87b) ações repressivas do DPF, co
- Page 99 and 100: 89No que diz respeito às drogas e
- Page 101 and 102: 91e prevenção às drogas, respect
- Page 103 and 104: 93A família, por exemplo, seria o
- Page 105 and 106: 95e afetivas do sujeito com os pont
- Page 107 and 108: drogas. 160 A estratégia de reduç
- Page 109 and 110: 99A primeira tentativa de se intala
- Page 111 and 112: 101podem ser causada pela falta de
- Page 113 and 114: 103d) programas de distribuição d
- Page 115 and 116:
países. 170 O PROERD é o único p
- Page 117 and 118:
107d) lição nº 04: mudando as id
- Page 119 and 120:
109Os aprovados são submetidos a u
- Page 121 and 122:
111Atualmente o Paraná possui 07 (
- Page 123 and 124:
5 POSSIBILIDADES E LIMITES DO PROER
- Page 125 and 126:
115TABELA 9 - NÚMEROS DE ALUNOS E
- Page 127 and 128:
117De início, a lição 10 trás a
- Page 129 and 130:
TABELA 14 - PARTICIPAÇÃO DOS ALUN
- Page 131 and 132:
121conclusão do PROERD na quarta s
- Page 133 and 134:
123As drogas mais consumidas pelos
- Page 135 and 136:
TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 137 and 138:
127ou pelo menos não levam a séri
- Page 139 and 140:
TABELA 21 - LOCAL DA INICIAÇÃO AO
- Page 141 and 142:
131Neste caso, especificamente, o P
- Page 143 and 144:
TABELA 23 - COERÇÃO DE GANGUE E U
- Page 145 and 146:
135com os próprios alunos sobre o
- Page 147 and 148:
137TABELA 27 -PARTICIPAÇÃO NO PRO
- Page 149 and 150:
139escolas, isto é, todos os profe
- Page 151 and 152:
141Novamente um dado que vem ao enc
- Page 153 and 154:
5.2 OBSERVAÇÃO DAS AULAS DO PROER
- Page 155 and 156:
145Os padrões de comportamento da
- Page 157 and 158:
147Desta forma, o PROERD vem se enc
- Page 159 and 160:
149salutar, tendo em vista que est
- Page 161 and 162:
GLOSSÁRIO151Barões do tráfico -
- Page 163 and 164:
153CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRAN
- Page 165 and 166:
155TRABAJA PARA LA CREACIÓN DE UM
- Page 167 and 168:
15708) QUAL FOI O MOTIVO QUE TE LEV
- Page 169 and 170:
ANEXO II - QUESTIONÁRIO PARA PROFE
- Page 171 and 172:
ANEXO III - FOTOS161
- Page 173 and 174:
163PASTA BASE DE COCAÍNACLORIDRATO
- Page 175 and 176:
165DESTRUIÇÃO DE CULTIVO DE MACON
- Page 177:
TIPOS DE ÊXTASE167