52outro dado, mostra-se alarmante, isto é, os estudantes brasileiros, crianças eadolescentes entre 12 e 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, em <strong>de</strong>senvolvimento escolar, vêmcons<strong>um</strong>indo drogas cada vez mais cedo 97 e em maiores quantida<strong>de</strong>s, mostrando que aquestão das drogas é contraditória por si só, tem raízes profundas nas formas<strong>de</strong>compostas que adquiriu o sistema capitalista e envolve outros elementos inerentes asua própria estrutura.Por isso, é <strong>de</strong> s<strong>um</strong>a importância a conjugação <strong>de</strong> políticas públicas repressivase preventivas na mesma intensida<strong>de</strong>, ou seja, investimento nas mesmas proporções. Denada adianta se investir na repressão da oferta, na erradicação <strong>de</strong> plantações e naproteção das fronteiras, se os cons<strong>um</strong>idores em potencial estão <strong>de</strong>scobertos, carente <strong>de</strong>informação, <strong>de</strong> conteúdo e <strong>de</strong> incentivo à própria vida.3.2 CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS3.2.1 O Psicotrópico como MercadoriaPara tratarmos da droga como mercadoria, primeiramente necessário se fazaprofundar o conceito e implicações que o termo mercadoria possui <strong>de</strong>ntro do modo <strong>de</strong>produção capitalista.Karl Marx no Capital dissecou a questão da mercadoria sob o modo capitalista<strong>de</strong> produção e, já nas primeiras linhas, inicia a exposição do seu conceito <strong>de</strong>mercadoria: esclarece que a mercadoria é “<strong>um</strong> objeto externo, <strong>um</strong>a coisa que, por suasproprieda<strong>de</strong>s, satisfaz necessida<strong>de</strong>s h<strong>um</strong>anas, seja qual for a natureza, a origem97 GALDURÓZ, op. cit.
53<strong>de</strong>las, provenham do estômago ou da fantasia” 98 e acrescenta: “Não importa amaneira como a coisa satisfaz a necessida<strong>de</strong> H<strong>um</strong>ana, se diretamente, como meio <strong>de</strong>subsistência, objeto <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o, ou indiretamente, como meio <strong>de</strong> produção”. 99Assim, consi<strong>de</strong>rando que <strong>um</strong> dos atributos da mercadoria é satisfazer asnecessida<strong>de</strong>s h<strong>um</strong>anas <strong>de</strong> qualquer or<strong>de</strong>m, afigura-se que ela é <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> <strong>um</strong> valornatural que consiste em servir às comodida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>sejo, bem estar, conforto da vidah<strong>um</strong>ana.A mercadoria então possui <strong>um</strong>a utilida<strong>de</strong>, o que faz <strong>de</strong>la <strong>um</strong> valor-<strong>de</strong>-uso 100 .Essa utilida<strong>de</strong>, segundo Marx, é inerente à própria mercadoria, <strong>de</strong>terminadapelas suas proprieda<strong>de</strong>s materiais. A princípio essa utilida<strong>de</strong> está latente, nãomanifesta.Dentro <strong>de</strong> <strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong> capitalista esta utilida<strong>de</strong> se revela quandocons<strong>um</strong>ida, utilizada e, portanto, agrega outro valor, o <strong>de</strong> troca.Desta forma, revela-se o valor-<strong>de</strong>-troca quando valores-<strong>de</strong>-uso <strong>de</strong> espéciediferente, portanto com características úteis diversas, são trocados entre si 101 , relaçãoque muda constantemente no tempo e no espaço.Portanto, as mercadorias se trocam <strong>um</strong>a pelas outras, nas mais diversasproporções, pela qualida<strong>de</strong> do valor-<strong>de</strong>-uso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a pela outra e pela quantida<strong>de</strong>expressada no valor-<strong>de</strong>-troca que possuem.Há ainda outro elemento que <strong>de</strong>ve ser analisado para se enten<strong>de</strong>r a categoriamercadoria na sua totalida<strong>de</strong>: O trabalho h<strong>um</strong>ano.98 “Desejo envolve necessida<strong>de</strong>; é o apetite do espírito e tão natural como a fome para ocorpo. (...) A maioria (das coisas) tem valor porque satisfaz as necessida<strong>de</strong>s do espírito.” (MARX, op.cit.).99 MARX, op. cit., p. 57.100 Ibid., p. 58.101 “O valor consiste na relação <strong>de</strong> troca que se estabelece entre <strong>um</strong>a coisa e outra, entre aquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> produto e a <strong>de</strong> outro.” (MARX, op. cit.)
- Page 1 and 2:
SÓLON CÍCERO LINHARESEDUCAÇÃO,
- Page 3 and 4:
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCEBRI
- Page 6 and 7:
TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 8 and 9:
SUMÁRIOLISTA DE ABREVIATURAS E SIG
- Page 10 and 11:
PÚBLICAS DA RIEP QUE FIZERAM USO D
- Page 12 and 13: 2Considerando que, no Brasil, aprox
- Page 14: 4Com relação às turmas pesquisad
- Page 17 and 18: 2 CLASSIFICAÇÃO E USO DOS PSICOTR
- Page 19 and 20: Public health domainPlease note som
- Page 21 and 22: 11originalmente alcançados pelas p
- Page 23 and 24: 13ao Domingo, porque causam enorme
- Page 25 and 26: 15podem surgir náusea e vômitos,
- Page 27 and 28: e morte. 31 O uso crônico dessas s
- Page 29 and 30: ensino 38 , o uso na vida ficou na
- Page 31 and 32: 21Todas essas substâncias oriundas
- Page 33 and 34: 2.2.2 Drogas Estimulantes do sistem
- Page 35 and 36: 25(o crack). Existe ainda a pasta d
- Page 37 and 38: 27do País, e coordenado pelo Insti
- Page 39 and 40: 29Pode-se definir operacionalmente
- Page 41 and 42: 31etária entre 12 a 17 anos de ida
- Page 43 and 44: 33comuns delírios de grandiosidade
- Page 45 and 46: 2.2.3.4 Anticolinérgicos35São div
- Page 47 and 48: 3 A REPRESSÃO COMO FUNDAMENTO DE P
- Page 49 and 50: 39Logicamente isso se deu porque o
- Page 51 and 52: 412%, que desembocou na depressão
- Page 53 and 54: 43houve um aumento absoluto até ch
- Page 55 and 56: 45Os últimos dados revelados pelo
- Page 57 and 58: 47Porã/MS, Odilon de Oliveira, que
- Page 59 and 60: 49− redes brasileiras de maconha:
- Page 61: Período entre 01/01/2005 a 06/05/2
- Page 65 and 66: 55Se se passou a produzir 800 canet
- Page 67 and 68: 57São horas excedentes, produtoras
- Page 69 and 70: 59os quais 65% da economia do país
- Page 71 and 72: 61Quando se trata de transporte da
- Page 73 and 74: 63As exigências de controle das or
- Page 75 and 76: 3.2.2 O Mercado da Droga e suas Imp
- Page 77 and 78: 67tráfico de ópio na China no sé
- Page 79 and 80: 69Acrescente-se o fator econômico
- Page 81 and 82: 711996, por ocasião de visita daqu
- Page 83 and 84: 73outro foco, o permanente desejo i
- Page 85 and 86: 75demanda, já que é absolutamente
- Page 87 and 88: 77Assim, as políticas públicas pr
- Page 89 and 90: 79Ainda há outro fator que propici
- Page 91 and 92: 81Afirmou também, que não é conf
- Page 93 and 94: 83assumir comportamentos arriscados
- Page 95 and 96: 85escola e não se envolvem com reg
- Page 97 and 98: 87b) ações repressivas do DPF, co
- Page 99 and 100: 89No que diz respeito às drogas e
- Page 101 and 102: 91e prevenção às drogas, respect
- Page 103 and 104: 93A família, por exemplo, seria o
- Page 105 and 106: 95e afetivas do sujeito com os pont
- Page 107 and 108: drogas. 160 A estratégia de reduç
- Page 109 and 110: 99A primeira tentativa de se intala
- Page 111 and 112: 101podem ser causada pela falta de
- Page 113 and 114:
103d) programas de distribuição d
- Page 115 and 116:
países. 170 O PROERD é o único p
- Page 117 and 118:
107d) lição nº 04: mudando as id
- Page 119 and 120:
109Os aprovados são submetidos a u
- Page 121 and 122:
111Atualmente o Paraná possui 07 (
- Page 123 and 124:
5 POSSIBILIDADES E LIMITES DO PROER
- Page 125 and 126:
115TABELA 9 - NÚMEROS DE ALUNOS E
- Page 127 and 128:
117De início, a lição 10 trás a
- Page 129 and 130:
TABELA 14 - PARTICIPAÇÃO DOS ALUN
- Page 131 and 132:
121conclusão do PROERD na quarta s
- Page 133 and 134:
123As drogas mais consumidas pelos
- Page 135 and 136:
TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 137 and 138:
127ou pelo menos não levam a séri
- Page 139 and 140:
TABELA 21 - LOCAL DA INICIAÇÃO AO
- Page 141 and 142:
131Neste caso, especificamente, o P
- Page 143 and 144:
TABELA 23 - COERÇÃO DE GANGUE E U
- Page 145 and 146:
135com os próprios alunos sobre o
- Page 147 and 148:
137TABELA 27 -PARTICIPAÇÃO NO PRO
- Page 149 and 150:
139escolas, isto é, todos os profe
- Page 151 and 152:
141Novamente um dado que vem ao enc
- Page 153 and 154:
5.2 OBSERVAÇÃO DAS AULAS DO PROER
- Page 155 and 156:
145Os padrões de comportamento da
- Page 157 and 158:
147Desta forma, o PROERD vem se enc
- Page 159 and 160:
149salutar, tendo em vista que est
- Page 161 and 162:
GLOSSÁRIO151Barões do tráfico -
- Page 163 and 164:
153CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRAN
- Page 165 and 166:
155TRABAJA PARA LA CREACIÓN DE UM
- Page 167 and 168:
15708) QUAL FOI O MOTIVO QUE TE LEV
- Page 169 and 170:
ANEXO II - QUESTIONÁRIO PARA PROFE
- Page 171 and 172:
ANEXO III - FOTOS161
- Page 173 and 174:
163PASTA BASE DE COCAÍNACLORIDRATO
- Page 175 and 176:
165DESTRUIÇÃO DE CULTIVO DE MACON
- Page 177:
TIPOS DE ÊXTASE167