26O mecanismo <strong>de</strong> ação da cocaína no Sistema Nervoso Central é bastantesemelhante ao das anfetaminas, mas ela atua ainda <strong>sobre</strong> <strong>um</strong> terceironeurotransmissor, a serotonina, além da noradrenalina e da dopamina. 55Seus efeitos são <strong>de</strong>scritos como tendo <strong>um</strong> início rápido e <strong>um</strong>a duração breve,mais intensos e fugazes quando a via <strong>de</strong> utilização é a intravenosa ou quando o sujeitoutiliza o crack. Caracterizam-se por <strong>um</strong>a sensação intensa <strong>de</strong> euforia e po<strong>de</strong>r, além <strong>de</strong><strong>um</strong> estado <strong>de</strong> excitação, hiperativida<strong>de</strong>, insônia, falta <strong>de</strong> apetite e perda da sensação <strong>de</strong>cansaço.Apesar <strong>de</strong> não serem <strong>de</strong>scritas nem tolerância, nem <strong>um</strong>a síndrome <strong>de</strong>abstinência inequívoca, o a<strong>um</strong>ento progressivo das doses cons<strong>um</strong>idas pelos sujeitos éobservado freqüentemente. Particularmente no caso do crack, os sujeitos <strong>de</strong>senvolvem<strong>de</strong>pendência severa rapidamente, muitas vezes em questão <strong>de</strong> poucos meses ou mesmoalg<strong>um</strong>as semanas <strong>de</strong> uso. Com doses maiores, são observados outros efeitos, tais comoirritabilida<strong>de</strong>, agressivida<strong>de</strong> e até <strong>de</strong>lírios e alucinações, que caracterizam <strong>um</strong>verda<strong>de</strong>iro estado psicótico (a psicose cocaínica). Também po<strong>de</strong>m ser observadoa<strong>um</strong>ento da temperatura e convulsões (freqüentemente <strong>de</strong> difícil tratamento, po<strong>de</strong>ndolevar à morte, se forem prolongadas). Ocorrem ainda <strong>um</strong>a dilatação pupilar (midríase),elevação da pressão arterial e taquicardia (sendo que po<strong>de</strong> ocorrer parada cardíaca porfibrilação ventricular, <strong>um</strong>a das possíveis causas <strong>de</strong> morte por superdosagem). 56No Brasil, a cocaína é a substância mais utilizada pelos usuários <strong>de</strong> drogasinjetáveis (UDIs). Muitas <strong>de</strong>ssas pessoas compartilham agulhas e seringas e expõemseao contágio <strong>de</strong> várias doenças, <strong>de</strong>ntre elas hepatites, malária, <strong>de</strong>ngue e AIDS. Estaconduta praticada pelos usuários <strong>de</strong> drogas injetáveis é <strong>um</strong> fator <strong>de</strong> risco para atransmissão do vírus HIV.Segundo dados do Projeto Brasil, <strong>estudo</strong>s epi<strong>de</strong>miológicos realizado entre1995 e 1996 com 701 usuários <strong>de</strong> drogas injetáveis (UDIs), envolvendo vários centros55 CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRANTES ..., op. cit.56 NICASTRI, op. cit.
27do País, e coor<strong>de</strong>nado pelo Instituto <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas em AIDS <strong>de</strong> Santos(IEPAS), as taxas <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> infecção pelo HIV entre usuários <strong>de</strong> drogasinjetáveis chegavam a 71% em Itajaí/SC, 64% em Santos/SP e 51% em Salvador/BA,todas cida<strong>de</strong>s portuárias.No âmbito nacional, 21,3% dos casos <strong>de</strong> AIDS registrados até maio <strong>de</strong> 1997referiam-se à categoria <strong>de</strong> usuário <strong>de</strong> drogas injetáveis. As campanhas do Ministério<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, por meio da Coor<strong>de</strong>nação Nacional <strong>de</strong> DST/AIDS, têm reduzido muito onúmero <strong>de</strong> infectados por essa via.No V Levantamento Nacional <strong>sobre</strong> o cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> drogas psicotrópicas entreestudantes <strong>de</strong> Ensino Fundamental e Médio da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino (CEBRID,2004) 57 , a cocaína apresentou números significativos. No Brasil o uso na vida ficou em2,0%. O maior índice <strong>de</strong> uso na vida ficou na região Norte com 2,9% e a capital commaior uso na vida foi Boa Vista/RR com 4,9%. Outro dado importante é <strong>de</strong> que acocaína é cons<strong>um</strong>ida em mais que o dobro pelo sexo masculino se comparado com autilização feita pelo sexo feminino.2.2.2.3 TabacoO tabaco é <strong>um</strong>a planta cujo nome científico é Nicotina Tabac<strong>um</strong>, da qual éextraída <strong>um</strong>a substância chamada <strong>de</strong> nicotina. Sua utilização data <strong>de</strong> aproximadamente1000 a.C. nas socieda<strong>de</strong>s indígenas da América Central, em rituais mágico-religiosos,com o objetivo <strong>de</strong> fortalecer, purificar, contemplar e proteger os ímpetos guerreiros,além disso, esses povos tinham a crença que a planta tinha o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> predizer ofuturo. 58 57 GALDURÓZ, op. cit.58 DROGAS. Cartilha <strong>sobre</strong> maconha ..., op. cit.
- Page 1 and 2: SÓLON CÍCERO LINHARESEDUCAÇÃO,
- Page 3 and 4: LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCEBRI
- Page 6 and 7: TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 8 and 9: SUMÁRIOLISTA DE ABREVIATURAS E SIG
- Page 10 and 11: PÚBLICAS DA RIEP QUE FIZERAM USO D
- Page 12 and 13: 2Considerando que, no Brasil, aprox
- Page 14: 4Com relação às turmas pesquisad
- Page 17 and 18: 2 CLASSIFICAÇÃO E USO DOS PSICOTR
- Page 19 and 20: Public health domainPlease note som
- Page 21 and 22: 11originalmente alcançados pelas p
- Page 23 and 24: 13ao Domingo, porque causam enorme
- Page 25 and 26: 15podem surgir náusea e vômitos,
- Page 27 and 28: e morte. 31 O uso crônico dessas s
- Page 29 and 30: ensino 38 , o uso na vida ficou na
- Page 31 and 32: 21Todas essas substâncias oriundas
- Page 33 and 34: 2.2.2 Drogas Estimulantes do sistem
- Page 35: 25(o crack). Existe ainda a pasta d
- Page 39 and 40: 29Pode-se definir operacionalmente
- Page 41 and 42: 31etária entre 12 a 17 anos de ida
- Page 43 and 44: 33comuns delírios de grandiosidade
- Page 45 and 46: 2.2.3.4 Anticolinérgicos35São div
- Page 47 and 48: 3 A REPRESSÃO COMO FUNDAMENTO DE P
- Page 49 and 50: 39Logicamente isso se deu porque o
- Page 51 and 52: 412%, que desembocou na depressão
- Page 53 and 54: 43houve um aumento absoluto até ch
- Page 55 and 56: 45Os últimos dados revelados pelo
- Page 57 and 58: 47Porã/MS, Odilon de Oliveira, que
- Page 59 and 60: 49− redes brasileiras de maconha:
- Page 61 and 62: Período entre 01/01/2005 a 06/05/2
- Page 63 and 64: 53delas, provenham do estômago ou
- Page 65 and 66: 55Se se passou a produzir 800 canet
- Page 67 and 68: 57São horas excedentes, produtoras
- Page 69 and 70: 59os quais 65% da economia do país
- Page 71 and 72: 61Quando se trata de transporte da
- Page 73 and 74: 63As exigências de controle das or
- Page 75 and 76: 3.2.2 O Mercado da Droga e suas Imp
- Page 77 and 78: 67tráfico de ópio na China no sé
- Page 79 and 80: 69Acrescente-se o fator econômico
- Page 81 and 82: 711996, por ocasião de visita daqu
- Page 83 and 84: 73outro foco, o permanente desejo i
- Page 85 and 86: 75demanda, já que é absolutamente
- Page 87 and 88:
77Assim, as políticas públicas pr
- Page 89 and 90:
79Ainda há outro fator que propici
- Page 91 and 92:
81Afirmou também, que não é conf
- Page 93 and 94:
83assumir comportamentos arriscados
- Page 95 and 96:
85escola e não se envolvem com reg
- Page 97 and 98:
87b) ações repressivas do DPF, co
- Page 99 and 100:
89No que diz respeito às drogas e
- Page 101 and 102:
91e prevenção às drogas, respect
- Page 103 and 104:
93A família, por exemplo, seria o
- Page 105 and 106:
95e afetivas do sujeito com os pont
- Page 107 and 108:
drogas. 160 A estratégia de reduç
- Page 109 and 110:
99A primeira tentativa de se intala
- Page 111 and 112:
101podem ser causada pela falta de
- Page 113 and 114:
103d) programas de distribuição d
- Page 115 and 116:
países. 170 O PROERD é o único p
- Page 117 and 118:
107d) lição nº 04: mudando as id
- Page 119 and 120:
109Os aprovados são submetidos a u
- Page 121 and 122:
111Atualmente o Paraná possui 07 (
- Page 123 and 124:
5 POSSIBILIDADES E LIMITES DO PROER
- Page 125 and 126:
115TABELA 9 - NÚMEROS DE ALUNOS E
- Page 127 and 128:
117De início, a lição 10 trás a
- Page 129 and 130:
TABELA 14 - PARTICIPAÇÃO DOS ALUN
- Page 131 and 132:
121conclusão do PROERD na quarta s
- Page 133 and 134:
123As drogas mais consumidas pelos
- Page 135 and 136:
TABELA 19 - FORMAS DE CONVENCIMENTO
- Page 137 and 138:
127ou pelo menos não levam a séri
- Page 139 and 140:
TABELA 21 - LOCAL DA INICIAÇÃO AO
- Page 141 and 142:
131Neste caso, especificamente, o P
- Page 143 and 144:
TABELA 23 - COERÇÃO DE GANGUE E U
- Page 145 and 146:
135com os próprios alunos sobre o
- Page 147 and 148:
137TABELA 27 -PARTICIPAÇÃO NO PRO
- Page 149 and 150:
139escolas, isto é, todos os profe
- Page 151 and 152:
141Novamente um dado que vem ao enc
- Page 153 and 154:
5.2 OBSERVAÇÃO DAS AULAS DO PROER
- Page 155 and 156:
145Os padrões de comportamento da
- Page 157 and 158:
147Desta forma, o PROERD vem se enc
- Page 159 and 160:
149salutar, tendo em vista que est
- Page 161 and 162:
GLOSSÁRIO151Barões do tráfico -
- Page 163 and 164:
153CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRAN
- Page 165 and 166:
155TRABAJA PARA LA CREACIÓN DE UM
- Page 167 and 168:
15708) QUAL FOI O MOTIVO QUE TE LEV
- Page 169 and 170:
ANEXO II - QUESTIONÁRIO PARA PROFE
- Page 171 and 172:
ANEXO III - FOTOS161
- Page 173 and 174:
163PASTA BASE DE COCAÍNACLORIDRATO
- Page 175 and 176:
165DESTRUIÇÃO DE CULTIVO DE MACON
- Page 177:
TIPOS DE ÊXTASE167