um estudo sobre políticas públicas - Programa de Pós-Graduação ...

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14anos 60, de 280 milhões de hectolitros (28 bilhões de litros), caindo para 154 milhõesde hectolitros no final dos anos noventa. Mas a cerveja continua sendo a bebidaalcoólica mais consumida. O Brasil, com 70 milhões de hectolitros/ano, está em quintolugar na produção mundial (após Estados Unidos da América/ Alemanha, China eJapão), mas tem a segunda 22 maior produtora mundial, a Ambev, com 60 milhões dehectolitros/ano. 23Já com relação aos efeitos que o álcool causa no organismo, pode-se afirmarque se dividem em duas fases distintas: a primeira estimulante e a segunda depressora.Nos primeiros momentos após a ingestão do álcool os efeitos são de euforia,desinibição e loquacidade, logo em seguida os efeitos passam a se tornaremdepressores, como falta de coordenação motora, descontrole físico e mental esonolência. 24Há uma relação entre os efeitos do álcool e dos níveis da substância nosangue, que variam em função do tipo de bebida utilizada, da velocidade do consumo eda presença de alimentos no estômago, além de possíveis alterações no metabolismoda droga por diversas situações – por exemplo, na insuficiência hepática, onde adegradação da substância é mais lenta. Com níveis de álcool mais baixos, observam-sedesinibição do comportamento, com diminuição da crítica, hilaridade e labilidadeafetiva (a pessoa ri ou chora por motivos pouco significativos), notando-se desde jápresença de certo grau de incoordenação motora e prejuízo das funções sensoriais.Com aumento desses níveis, verifica-se uma piora da incoordenação motora (ataxia), afala torna-se pastosa, havendo dificuldades de marcha e aumento importante do tempode resposta (reflexos mais lentos), além do aumento da sonolência, com prejuízo dascapacidades de raciocínio e concentração. Com níveis sangüíneos ainda maiores,22 A primeira é a Anheusen Bush, dos EUA, com 113 milhões de hectolitros/ano). Mas, emaguardente de cana, o Brasil é o primeiro produtor mundial com cerca de 1 bilhão de litros/ano.23 CARNEIRO, Pequena Enciclopédia ..., op. cit. pg. 38 e 39.24 SBPC – Ciência e Cultura, v. 38 , n. 05, maio 1986.

15podem surgir náusea e vômitos, visão dupla (diplopia), acentuação da ataxia e dasonolência (até o coma), podendo ocorrer hipotermia e morte por parada respiratória. 25O álcool também induz tolerância (necessidade de quantidadesprogressivamente maiores da substância para se produzir o mesmo efeito desejado ouintoxicação) e síndrome de abstinência (sintomas desagradáveis que ocorrem com aredução ou com a interrupção do consumo da substância).Segundo dados do Centro Brasileiro de Informações sobre DrogasPsicotrópicas (CEBRID) 26 numa totalidade de 48.155 estudantes do ensinofundamental e médio das redes municipal e estadual do Brasil a porcentagem dos quefizeram uso na vida, de álcool é, na ordem de 65,2%, uso no ano de 63,3%, no mês de44,3%, uso freqüente 11,7% e uso pesado 6,7%. 27Outro dado importante e ao mesmo tempo assustador colhido na pesquisa foi ouso na vida, levando em conta a idade do usuário: Crianças de 10 a 12 anos, 41,2%;Adolescentes entre 13 e 15 anos, 69,5% e entre 16 e 18 anos, 80,8%.Esses dados do CEBRID demonstram a fragilidade do sistema institucional noque se refere o combate ao álcool, droga considerada legal pelo poder público.Demonstra também que não bastam apenas ações com instrumentos deprevenção, é necessário mais, o Estado deve interferir com ações concretas, como porexemplo, proibindo propagandas de bebidas alcoólicas em horários impróprios para25CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRANTES EM PREVENÇÃO AO USOINDEVIDO DE DROGAS, I., 30 de maio a 03 de junho de 2005. ANP – Academia Nacional dePolícia. Brasília, 2005. Apostila.26 GALDURÓZ, op. Cit, pg. 25.27 Id. pg. 25.Uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga psicotrópica pelo menos uma vez navida;Uso no ano: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica pelo menos uma vez nos dozemeses que antecederam a pesquisa;Uso no mês: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica pelo menos uma vez nos trinta diasque antecederam a pesquisa;Uso freqüente: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica seis ou mais vezes nos trinta diasque antecederam a pesquisa;Uso pesado: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica vinte ou mais vezes nos trinta diasque antecederam a pesquisa.

15po<strong>de</strong>m surgir náusea e vômitos, visão dupla (diplopia), acentuação da ataxia e dasonolência (até o coma), po<strong>de</strong>ndo ocorrer hipotermia e morte por parada respiratória. 25O álcool também induz tolerância (necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>sprogressivamente maiores da substância para se produzir o mesmo efeito <strong>de</strong>sejado ouintoxicação) e síndrome <strong>de</strong> abstinência (sintomas <strong>de</strong>sagradáveis que ocorrem com aredução ou com a interrupção do cons<strong>um</strong>o da substância).Segundo dados do Centro Brasileiro <strong>de</strong> Informações <strong>sobre</strong> DrogasPsicotrópicas (CEBRID) 26 n<strong>um</strong>a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 48.155 estudantes do ensinofundamental e médio das re<strong>de</strong>s municipal e estadual do Brasil a porcentagem dos quefizeram uso na vida, <strong>de</strong> álcool é, na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 65,2%, uso no ano <strong>de</strong> 63,3%, no mês <strong>de</strong>44,3%, uso freqüente 11,7% e uso pesado 6,7%. 27Outro dado importante e ao mesmo tempo assustador colhido na pesquisa foi ouso na vida, levando em conta a ida<strong>de</strong> do usuário: Crianças <strong>de</strong> 10 a 12 anos, 41,2%;Adolescentes entre 13 e 15 anos, 69,5% e entre 16 e 18 anos, 80,8%.Esses dados do CEBRID <strong>de</strong>monstram a fragilida<strong>de</strong> do sistema institucional noque se refere o combate ao álcool, droga consi<strong>de</strong>rada legal pelo po<strong>de</strong>r público.Demonstra também que não bastam apenas ações com instr<strong>um</strong>entos <strong>de</strong>prevenção, é necessário mais, o Estado <strong>de</strong>ve interferir com ações concretas, como porexemplo, proibindo propagandas <strong>de</strong> bebidas alcoólicas em horários impróprios para25CURSO DE FORMAÇÃO DE PALESTRANTES EM PREVENÇÃO AO USOINDEVIDO DE DROGAS, I., 30 <strong>de</strong> maio a 03 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2005. ANP – Aca<strong>de</strong>mia Nacional <strong>de</strong>Polícia. Brasília, 2005. Apostila.26 GALDURÓZ, op. Cit, pg. 25.27 Id. pg. 25.Uso na vida: quando a pessoa fez uso <strong>de</strong> qualquer droga psicotrópica pelo menos <strong>um</strong>a vez navida;Uso no ano: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica pelo menos <strong>um</strong>a vez nos dozemeses que antece<strong>de</strong>ram a pesquisa;Uso no mês: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica pelo menos <strong>um</strong>a vez nos trinta diasque antece<strong>de</strong>ram a pesquisa;Uso freqüente: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica seis ou mais vezes nos trinta diasque antece<strong>de</strong>ram a pesquisa;Uso pesado: quando a pessoa utilizou droga psicotrópica vinte ou mais vezes nos trinta diasque antece<strong>de</strong>ram a pesquisa.

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