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um estudo sobre políticas públicas - Programa de Pós-Graduação ...

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150Não é <strong>de</strong>mais lembrar que o PROERD tem na comunida<strong>de</strong> e nos professoresseus fundamentos <strong>de</strong> sustentação; <strong>de</strong>sta forma, necessita trabalhar em conjunto paraproduzir resultados cada vez mais satisfatórios.Assim, diante <strong>de</strong> <strong>um</strong> mal tão perverso que é a problemática das drogas, éimperioso que ações e programas <strong>de</strong> prevenção ao uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong> drogas <strong>de</strong>ntro daescola sejam cada vez mais difundidos e apoiados em todos os sentidos.Não obstante a positivida<strong>de</strong> do PROERD, verificada nesta pesquisa, há <strong>de</strong> seressaltar seus limites, bem como os limites <strong>de</strong> quaisquer programas preventivos. Isto se<strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que o problema da drogadição, na socieda<strong>de</strong> contemporânea, estarinscrito na mesma raiz dos <strong>de</strong>mais problemas sociais: a mercantilização das condições<strong>de</strong> existência. Assim, observa-se que o Estado, ao mesmo tempo em que <strong>de</strong>senvolveprogramas <strong>de</strong> prevenção, não estanca o processo <strong>de</strong> produção, o comércio e cons<strong>um</strong>o<strong>de</strong> drogas e é lógico que não po<strong>de</strong>ria estancar.É <strong>de</strong> se lembrar que as substâncias hoje consi<strong>de</strong>radas drogas ilícitas, já foram,em outras socieda<strong>de</strong>s, utilizadas como elementos rituais e absolutamente sob controlesocial, <strong>de</strong> modo a não representarem risco para os sujeitos. Sob o signo do mercado,entretanto, adquirem outra conotação, daí que, é nesta socieda<strong>de</strong> – o capitalismo – queass<strong>um</strong>em <strong>um</strong>a feição negativa e trágica.Os resultados satisfatórios <strong>de</strong> <strong>um</strong> programa <strong>de</strong> prevenção, neste caso, não nospo<strong>de</strong>m enganar: duram o tempo da geração que <strong>de</strong>le participou, obrigando a socieda<strong>de</strong>a refazer in<strong>de</strong>finidamente o mesmo processo, posto que aborda os efeitos e as causasnão são superadas.Enten<strong>de</strong>-se, neste sentido, que o apoio a programas como o PROERD precisavir acompanhados <strong>de</strong> críticas mais amplas – ao conjunto da socieda<strong>de</strong>. Recorre-se aosprogramas <strong>de</strong> prevenção, como solução temporária e tópica, mas, ao mesmo tempo, énecessário canalizar todas as forças sociais transformadoras para a superação doverda<strong>de</strong>iro e fundamental problema: a natureza <strong>de</strong>sigualitária e exclu<strong>de</strong>nte do regime<strong>de</strong> produção capitalista.

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