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96No entanto o que se vê é a falta de apoio material do Estado. Interessa a eleque a comunidade junte-se para solucionar problemas, mas quando se questiona oinvestimento financeiro, o resultado que se obtém é praticamente nulo.CASTEL 157 esclarece que o Estado precisa repensar seu papel dentro dasociedade, nas suas diversas atribuições, mormente no que se refere à mediação entreos conflitos sociais existentes, apoiando materialmente as novas formas deorganização onde se trabalha em redes sociais, para assim se projetar uma integraçãocoletiva da sociedade, na qual sejam criadas formas de participação social.Entretanto, como bem explicita MARQUES 158 , o que se observa é que oquadro atual, instalado pelo projeto neoliberal, é cada vez mais excludente e da mesmaforma que exclui, inclui ao seu modo, no viés mercadológico que lhe é próprio,transformando pessoas e objetos em mercadorias que possam circular livremente paramaior lucratividade de alguns poucos que procuram deter o controle financeiro dessejogo mercantilista.Nesse sentido, MARTINS acrescenta;O capitalismo na verdade desenraíza e brutaliza a todos, exclui a todos. Na sociedadecapitalista essa é uma regra estruturante; todos nós, em vários momentos de nossa vida,e de diferentes modos, dolorosos ou não, fomos desenraizados e excluídos. É própriodessa lógica de exclusão a inclusão. A sociedade capitalista desenraíza, exclui, paraincluir, incluir dentro de outro modo, segundo sua própria lógica. O problema estájustamente nessa inclusão. 159Assim, crianças e adolescentes em situação de risco social, pertencentes àscamadas miseráveis, privadas de qualquer direito, se tornaram presas desse mecanismode inclusão marginal imposto pelo capitalismo, quase sempre incluídas no mercado donarcotráfico e no abuso de drogas.157 CASTEL, R. Qué significa estar protegido? In: DABAS, E; NAJMONOVICH, D.(Orgs.). Rede: el linguage de los vinculos. Buenos Aires: Paidós, 1998.158 MARQUES, Walter Ernesto Ude. Adolescentes e drogas no contexto da justiça.Brasília: Plano, 2003. p. 97.159 MARTINS, J. S. Exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997. p. 32.
drogas. 160 A estratégia de redução de danos evoluiu ao longo do tempo e incorporou, no97O que se pretende é mostrar que as Redes Sociais não deixam de ser umimportante instrumento para se difundir fatores de proteção no auxílio e na prevençãoao abuso de drogas. Embora necessário, entretanto, é instrumento insuficiente, porquenão opera na raiz do problema. Nesse sentido, é preciso considerar que o foco doproblema drogadição está localizado na economia de mercado e na geração de lucros.É válido fazer uma análise crítica sobre o tema, principalmente porque é esse oobjetivo da concepção adotada na fundamentação do presente estudo, como também élouvável e não menos importante demonstrar os resultados alcançados com programassociais que tiveram como base de apoio as Redes Sociais, como é o caso do ProgramaSocial da Mangueira que deu certo e vem evitando o envolvimento de crianças com ocrime e as drogas, sem, no entanto, pôr fim à fonte constituidora de riscos para novascrianças e adolescentes, posto estar orientada para os efeitos e não as causas doproblema central: o mercado de drogas.4.3 REDUÇÃO DE DANOSO conceito de redução de danos (do inglês harm reduction) relacionado ao usode drogas surgiu em 1926 na Inglaterra, tendo sido descrito em um relatário médico, o“Relatorio Rollestron”. O documento propunha o uso de opióides (em dosesdecrescentes) como a melhor forma de tratamento para os dependentes destasinício dos anos 80, a troca de seringas como uma de suas ações fundamentais, visandodar conta da difusão de casos de hepatite B entre usuários de drogas injetáveis emalguns países da Europa, principalmente na Holanda.160 TELLES, Paulo. Formação de multiplicadores de informações preventivas sobredrogas. Senad, 2002.
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drogas. 160 A estratégia <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> danos evoluiu ao longo do tempo e incorporou, no97O que se preten<strong>de</strong> é mostrar que as Re<strong>de</strong>s Sociais não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser <strong>um</strong>importante instr<strong>um</strong>ento para se difundir fatores <strong>de</strong> proteção no auxílio e na prevençãoao abuso <strong>de</strong> drogas. Embora necessário, entretanto, é instr<strong>um</strong>ento insuficiente, porquenão opera na raiz do problema. Nesse sentido, é preciso consi<strong>de</strong>rar que o foco doproblema drogadição está localizado na economia <strong>de</strong> mercado e na geração <strong>de</strong> lucros.É válido fazer <strong>um</strong>a análise crítica <strong>sobre</strong> o tema, principalmente porque é esse oobjetivo da concepção adotada na fundamentação do presente <strong>estudo</strong>, como também élouvável e não menos importante <strong>de</strong>monstrar os resultados alcançados com programassociais que tiveram como base <strong>de</strong> apoio as Re<strong>de</strong>s Sociais, como é o caso do <strong>Programa</strong>Social da Mangueira que <strong>de</strong>u certo e vem evitando o envolvimento <strong>de</strong> crianças com ocrime e as drogas, sem, no entanto, pôr fim à fonte constituidora <strong>de</strong> riscos para novascrianças e adolescentes, posto estar orientada para os efeitos e não as causas doproblema central: o mercado <strong>de</strong> drogas.4.3 REDUÇÃO DE DANOSO conceito <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> danos (do inglês harm reduction) relacionado ao uso<strong>de</strong> drogas surgiu em 1926 na Inglaterra, tendo sido <strong>de</strong>scrito em <strong>um</strong> relatário médico, o“Relatorio Rollestron”. O doc<strong>um</strong>ento propunha o uso <strong>de</strong> opiói<strong>de</strong>s (em doses<strong>de</strong>crescentes) como a melhor forma <strong>de</strong> tratamento para os <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>stasinício dos anos 80, a troca <strong>de</strong> seringas como <strong>um</strong>a <strong>de</strong> suas ações fundamentais, visandodar conta da difusão <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> hepatite B entre usuários <strong>de</strong> drogas injetáveis emalguns países da Europa, principalmente na Holanda.160 TELLES, Paulo. Formação <strong>de</strong> multiplicadores <strong>de</strong> informações preventivas <strong>sobre</strong>drogas. Senad, 2002.