P á g i n a | 45DISCUSSÃO
P á g i n a | 466. DISCUSSÃOO presente estudo avaliou a interpretação em radiografias panorâmicas <strong>de</strong>32 acadêmicos <strong>de</strong> graduação em Odontologia divididos em dois grupos, quanto àpresença e localização <strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> lesões. Os grupos <strong>de</strong> alu<strong>nos</strong> foramconstituídos <strong>por</strong> alu<strong>nos</strong> após cursarem a Disciplina <strong>de</strong> Radiologia II (grupo I) e osegundo, constituído <strong>por</strong> alu<strong>nos</strong> que se encontravam no último ano do Curso <strong>de</strong>Odontologia (grupo II). Desta forma, fizeram parte do primeiro grupo, alu<strong>nos</strong> dosexto e sétimo períodos, enquanto que alu<strong>nos</strong> do nono e décimo períodosconstituíram o segundo grupo, havendo um intervalo <strong>de</strong> seis meses entre os doisgrupos com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar dois grupos distintos.Os resultados obtidos para os grupos estudados foram similares quandoanalisados a presença, localização e tipo <strong>de</strong> lesão. Ambos os grupos apresentarambons índices <strong>de</strong> acertos quando consi<strong>de</strong>rados apenas a presença ou não <strong>de</strong>alteração, sendo um pouco maior para o grupo II (91,6%) do que no grupo I (88,9%).Da mesma forma, os valores <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong> também forampróximos, com o grupo I apresentando sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 94% e especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong>83%, e o grupo II com sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 91% e especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 81%. No presenteestudo, a sensibilida<strong>de</strong> e a especificida<strong>de</strong> apresentaram resultados satisfatórios,assim como <strong>nos</strong> estudos <strong>de</strong> Kaeppler et al. (2007) e Molan<strong>de</strong>r (1996). Kaeppler et al.(2007) em seu estudo, obteve sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 89.9% e especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 93.7%,quando analisadas a presença <strong>de</strong> lesões ósseas e <strong>de</strong>ntárias <strong>de</strong> diferentes tamanhosem radiografias panorâmicas. Molan<strong>de</strong>r (1996) em sua avaliação sobre a radiografiapanorâmica, mostrou que a combinação da técnica radiográfica panorâmica com aradiografia periapical, apresentou sensibilida<strong>de</strong> (80-96%) e especificida<strong>de</strong> (95-97%)satisfatórias, no diagnóstico <strong>de</strong> lesões periapicais.Para a localização das alterações, o grupo II (81,5%) obteve maiorpercentual <strong>de</strong> acertos em relação ao grupo I (79,3%). Por outro lado, consi<strong>de</strong>randosea presença, o local e o tipo <strong>de</strong> lesão, o grupo I obteve melhores índices <strong>de</strong>acertos (51,1%) que o grupo mais experiente (50,3%). Raitz et al. (2006), em seuestudo avaliando lesões radiolúcidas uniloculares em radiografias panorâmicas,verificou que a probabilida<strong>de</strong> do diagnóstico correto não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da especializaçãodo examinador, seja ele estomatologista, cirurgião buco-maxilo-facial, radiologista ou