Boletim SBH Setembro/2013 - Sociedade Brasileira de Hepatologia

futuro científico projetado. Futuroslíderes, esses jovens pesquisadoresnos encheram de orgulho com suacriatividade e elevado teor científico.Nossos alunos, nossos jovens,nos ensinaram, no dizer de Keynes“que a verdadeira dificuldade nãoestá em aceitar ideias novas, masem escapar das ideias antigas”.Creio que precisamos de modificaçõesestruturais nas próximasgestões. A sociedade e a Sociedadeestão mudando. Temos quemodernizar a SBH. Precisamos demaior participação dos associados,maior diálogo.Queremosmais opiniões,mais críticas emais sugestõesde mudança.A Diretoriafica um poucoisolada semsaber se estáindo bem ounão, o queprecisa sercorrigido.Arrependo--me de não ter feito no início domandato uma reunião com as liderançasde cada Estado - apenaspara ouvir sobre a realidade daHepatologia e o que esperavamdeste novo Presidente. Conhecer odesejo de todos, suas expectativas.Nossas assembleias são raras erápidas. Devemos pensar seriamenteem mudar nosso ColégioEleitoral. A SBH cresceu. Os titularessão minoria. Precisamosincluir nas discussões os associados,começando por estendero direito de voto para os quitese para aqueles com mais de 2anos de contribuição. Precisamostambém tornar a Diretoria maiságil, reduzindo o número de vice--presidentes e criando cargos relacionadoscom Ética e Defesa Profissional,Diretor de Cursos e umDiretor que representasse a SBHnas instâncias superiores, comoCFM, AMB, e Ministérios. Tive asorte de ter uma Vice-Presidentecomo Maria Lucia Ferraz, semprecolaborativa e extremamenteeficiente como professora e pesquisadora.Com sua simplicidade,companheirismo e bom-senso,ajudou-me em diversos momentosde decisão.O último ano foi de entrega totalà organização do Congresso. Aogrupo diretor inicial juntaram--se Mário Reis Álvares-da-Silva,Edna Strauss, Renata Pérez, JoãoLuiz Pereira e Fernando Portela,que com entusiasmo, experiênciae rigor científico construíram oPrograma Científico, que esperovenha agradar a todos .Agradeço a Mário Reis a suaimportante contribuição comoEditor do nosso Boletim. Eleimprimiu uma marca jornalísticaao Boletim e, com muita criatividade,abordou os assuntos quediziam respeito à Hepatologia.Suas entrevistas, suas fotos, e aescolha adequada dos redatoresencheram de alegria nossa publicação.Aprendi com Rubem Alves(olha ele de novo) que “a alegria émuito maior que o prazer. O prazeré coisa humana, deliciosa, mas écriatura do primeiro olho, ondemoram as coisas do tempo, logoefêmeras. A alegria, ao contrário,é criatura do segundo olho, dascoisas eternas que permanecem.”Fique com a alegria e continue adividi-la conosco.Bem, a saudade também pode seralegre ou triste. Triste, quandoarrancam de nós uma parte oualguém que amamos, e alegreporque permite o reencontro.Sentirei saudades dos 500 e-mailsmensais, dos convites, das viagense até dos editoriais que tive queescrever (afinal de contas, Mário,este eu tenhoque entregaramanhã). Nãoobedecereisua sugestãode fotos, poisnão as guardeicomigo. Ficarame pertencemaos que mefotografaram.Curiosamentenão pensei emdocumentarminha trajetória pelo Brasil comfotos, mas talvez possam te enviarse pedires ou talvez Ana Paulaas tenha. Para falar a verdade, àsvezes até fugi das fotos. Talvez atépara não sentir saudades e deixar apossibilidade do reencontro.Agradeço a todos os associados ahonra de poder representá-los. Ofiz com muito orgulho. Acreditoque com a Educação ainda poderemosmudar o mundo, torná--lo mais habitável, mais humano ,mais fraterno. Eu espero que cadaum de nós em seu Estado possaser um agente dessas mudanças.Agradeço os momentos felizesque tive com vocês. Volto embreve para as coisas que deixeipor alguns momentos. Volto com abagagem cheia, mas com olhos decriança que quer muito aprender.Por fim, apenas uma coisa, comodisse Quintana: se me esquecerem,esqueçam devagarinho… •78 | Boletim SBHBoletim SBH | 79