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(tens) no tratamento da dor lombar crônica - Unimed Cuiabá

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<strong>Cuiabá</strong>USO DE ESTIMULAÇÃO NEUROLÓGICATRANSCUTÂNEOA (TENS) NO TRATAMENTO DADOR LOMBAR CRÔNICA


<strong>Cuiabá</strong>I – Elaboração Final: 2007II – Autores: Dr Valfredo <strong>da</strong> Mota MenezesIII – Previsão de Revisão: ___ / ___ / _____IV – Tema: TratamentoV – Especiali<strong>da</strong>de Envolvi<strong>da</strong>: NeurologiaVI – Questão Clínica: “Em pacientes com <strong>dor</strong> <strong>lombar</strong> <strong>crônica</strong>, o uso de "EstimulaçãoNervosa Elétrica Trans cutânea" (TENS), quando comparado com qualquer outraintervenção, melhora a sintomatologia dolorosa? Melhora a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>?VII – Enfoque: terapêuticaVIII – Introdução: Dor <strong>lombar</strong> <strong>crônica</strong> é defini<strong>da</strong> como <strong>dor</strong> persistente, por mais de trêsmeses e que aparece pelo me<strong>no</strong>s em 50% dos dias 1,2 . Provoca grande impacto social eeconômico por restrições nas ativi<strong>da</strong>des cotidianas e ocupacionais (3) . Para sua conduçãoe controle varias intervenções podem ser usa<strong>da</strong>s incluindo drogas, cirurgia, exercícios,fisioterapia, mu<strong>da</strong>nça comportamental, etc, todos com o objetivo de reduzir ou eliminar a<strong>dor</strong> ou sua causa e restabelecer a capaci<strong>da</strong>de física e laboral <strong>da</strong> pessoa doente.Estimulação nervosa elétrica transcutânea (Transcutaneous electrical nerve stimulation-TENS) é uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de terapêutica não invasiva. O nervo periférico é estimulado


<strong>Cuiabá</strong>por intermédio de eletrodos colocados sobre a pele e auto administrado pelo própriopaciente.Sua aplicação é basea<strong>da</strong> na “Teoria do controle do portão”(Gate Control Theory) 4,5 pelaqual, o impulso doloroso para o cérebro seria bloqueado ou interrompido pelaestimulação de fibras nervosas periféricas 4,5 . Por essa teoria, o efeito <strong>da</strong> estimulaçãoneurológica do “Tens” fecharia o portão, bloqueando a percepção dolorosas 4 . Revisõessistemáticas e estudos randomizados mostraram que são mais efetivos que placebo para<strong>dor</strong>es articulares do joelho, porem evidências cientificas de sua efetivi<strong>da</strong>de para outrassituações ain<strong>da</strong> é controversa e contraditóriaIX – Metodologia:Fonte de <strong>da</strong>dos:• PubMed• Cochrane Library 2006 Issue 4• Center for Reviews and Dissemination: NHS Eco<strong>no</strong>mic Evaluation• Database (NHSEED) 2006, Inssue 4• Canadian Agency of Drugs and Tech<strong>no</strong>logies in Health (CADTH)• Palavras-chaves:• Chronic low back pain• Electric or electrical• Stimulation or Stimulations• TENS• Desenhos dos estudos buscados:• Revisão Sistemática• População incluí<strong>da</strong> e excluí<strong>da</strong>: Paciente adulto com <strong>dor</strong> <strong>lombar</strong> <strong>crônica</strong> decausa mecânica ou neurológica, sendo excluídos aquelas causa<strong>da</strong>s por


<strong>Cuiabá</strong>neoplasia,ou infecção.• Resultados <strong>da</strong> busca bibliográfica:X-Principais estudos encontrados:Incluídos: Três Revisões Sistemáticas e um Estudo de Avaliação de Tec<strong>no</strong>logia emSaúde preenchiam os critérios de inclusão.a) Reeve J, Corabian P. Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (Tens)and PainManagement. Ottawa: Canadian Coordinating Office for Health Tech<strong>no</strong>logy Assessment(CCOHTA); 1995.: O objetivo dessa revisão era o de “avaliar a efetivi<strong>da</strong>de e ocusto/efetivi<strong>da</strong>de do TENS em suas várias aplicações, para conhecer a utilização doTENS <strong>no</strong>s hospitais canadenses e como era feito o pagamento pelo seu uso <strong>no</strong> Canadá”A revisão analisou, não apenas o uso em <strong>dor</strong> <strong>crônica</strong>, mas em qualquer tipo de <strong>dor</strong>.Foram incluídos 55 estudos clínicos do uso em <strong>dor</strong> agu<strong>da</strong>, <strong>dor</strong> <strong>crônica</strong> e <strong>dor</strong> <strong>no</strong> trabalhodo parto. Dois revisores independentes analisaram: característica dos participantes,intervenção, grupos de comparação e desfechos. Em relação à <strong>dor</strong> <strong>lombar</strong> <strong>crônica</strong>, foramincluidos quatro estudos considerados de boa quali<strong>da</strong>de. Desses, apenas um encontroumelhora sintomatológica com o uso de TENS. Os autores concluem que pela analise <strong>da</strong>literatura encontra<strong>da</strong>, as evidencias são equivoca<strong>da</strong>s quanto a <strong>dor</strong> agu<strong>da</strong> e existempouca evidencias <strong>no</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>da</strong> <strong>dor</strong> <strong>crônica</strong>b) A Khadilkar, S Milne, L Robinson, M Saginur, B Shea, P Tugwell, G Wells.Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for chronic low bavk pain. CochraneDatabase of Systematic Review 2005, Inssue 3: O objetivo dessa revisão foi o dedeterminar a efetivi<strong>da</strong>de do uso de TENS <strong>no</strong> controle <strong>da</strong> <strong>dor</strong> <strong>lombar</strong> <strong>crônica</strong>. Apenas doisEnsaios clínicos randomizados.(175 pacientes) foram incluídos. Em um o TENS produzgrande alívio <strong>da</strong> <strong>dor</strong> em relação ao placebo, entretanto, o outro não encontrou diferençasignificativa entre os grupos. Os autores concluem que existem limita<strong>da</strong>s e inconsistentesevidencias suportando o uso de <strong>tens</strong>, como uma isola<strong>da</strong> intervenção <strong>no</strong> controle <strong>da</strong> <strong>dor</strong><strong>lombar</strong> cronica.


<strong>Cuiabá</strong>c) D Carroll, RA Moore, HJ McQuay, F Fairman, M Tramèr, G Leijon. Transcutaneouselectrical nerve stimulation (TENS) for chronic pain. Cochrane Database of systematicReviews 2000, Inssue 4O objetivo era o de avaliar o uso do TENS na <strong>dor</strong> <strong>crônica</strong>. Foram incluídos 19 estudos. Oresultado <strong>da</strong> revisão foi inconclusivo pois os estudos não forneciam importantesinformações. Concluiriam os autores pela necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> realização de um grande emulticentrico ensaio clinicoNão incluídos:a) Maurits W. van Tulder, Bart koes, Antti Malmivaara. Outcome of <strong>no</strong>n-invasive treatmentmo<strong>da</strong>lities on back pain: an evidence-based review. Eur Spine J. 2006;15:S64-S81b) McQuay HJ, Moore RA, Eccleston C, morley S, De C Williams AC. Systematic reviewof outpatient services for chronic pain control. Center for Reviews and Dissemination:Database of Abstracts of Reviews of Effects 2006, Inssue 4XI-Discussão: Em nenhuma <strong>da</strong>s Revisões analisa<strong>da</strong>s a estimulação nervosa elétricatranscutânea consegue consenso em relação ao alívio <strong>da</strong> <strong>dor</strong> <strong>lombar</strong><strong>crônica</strong>, seja por seu benefício, seja pela falta do benefício. Pela analise<strong>da</strong>s Revisões, os ensaios Incluídos eram, na maioria, de má quali<strong>da</strong>demetodológicas resultando na falta de conclusão por parte dos autores,assim como pela recomen<strong>da</strong>ção de que “<strong>no</strong>vos ensaios são necessários”XII- Simulação de Custos: Pelos motivos apontados na discussão, a simulação de custoestá também prejudica<strong>da</strong>XIII-Conclusões <strong>da</strong> Revisão:


<strong>Cuiabá</strong>• Com base nesses estudos, não existem evidências de que o uso do Estimula<strong>dor</strong>nervoso elétrico transcutâneo (TENS) diminua a sintomatologia dolorosa empacientes com <strong>dor</strong> <strong>lombar</strong> <strong>crônica</strong>XIV – Recomen<strong>da</strong>ção final:A câmara Técnica Nacional de Medicina Basea<strong>da</strong> em Evidências não recomen<strong>da</strong> aincorporação desse dispositivo até que <strong>no</strong>vos estudos avaliem a sua efetivi<strong>da</strong>de e suasegurança.XV- BIBLIOGRAFIA:1.Maher CG. Effective physical treatment for chronic low back pain. Orthopedic Clinics ofNorth America 2004;35(1):57-64.2. Von Korff M, Saunders K. The course of back pain in primary care. Spine1996;21(24):2833-73. Deyo RA, Tsui-Wu YJ. Functional disability due to low-back pain. Arthritis Rheumatism1987;30:1247-53.4. Melzack R, Wall PD. Pain Mechanisms: a new theory Science 1965;150:971-95. Melzack R From the gate to the neuromatrix. Pain 1999;6(Suppl):121-6

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