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Informativo Pelas Águas do Paraíba - Ano 9 - Edição nº 19 - Ceivap

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pelas águas <strong>do</strong><strong>Ano</strong> 9Edição Nº <strong>19</strong>Novembro de 2008DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPARAÍBAINFORMATIVO DO COMITÊ DE INTEGRAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL – CEIVAPBacia <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong>Sul recebe investimentosDAE-CGA/CARANGOLAPlanejamentoEstratégico eOrganizacionalDesde o início de 2007, a gestão <strong>do</strong>srecursos hídricos na bacia hidrográfica<strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul vem passan<strong>do</strong>por profundas transformações, visan<strong>do</strong>ao contínuo aperfeiçoamento destemodelo – considera<strong>do</strong> pioneiro em to<strong>do</strong>o Brasil. Entre os principais ajustes ereformulações previstos, destaquespara a revisões <strong>do</strong> Regimento Interno<strong>do</strong> CEIVAP e <strong>do</strong> Estatuto da AGEVAP.• PÁGINAS 8 A 10Convênios unemIGAM e AGEVAP emimportante parceriaMÔNICA DA COSTA/TEXTOARTEwww.ceivap.org.brA cobrança pelo uso da água é a principal fonte de recursosfinanceiros para investimentos na bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba<strong>do</strong> Sul. A ANA é a instituição responsável pela operacionalizaçãoda cobrança em rios de <strong>do</strong>mínio da União, para posterior repasseàs respectivas Agências. Desde 2004, os recursos arrecada<strong>do</strong>s sãorepassa<strong>do</strong>s integralmente pela ANA à AGEVAP, conforme determinaa Lei nº 10.881/04. Cabe ao CEIVAP a hierarquização <strong>do</strong>s projetos,serviços e obras a serem financia<strong>do</strong>s, a partir <strong>do</strong> processo deseleção e pré-hierarquização realiza<strong>do</strong> pela AGEVAP, basea<strong>do</strong> emcritérios técnicos constantes no Manual de Investimentos, aprova<strong>do</strong>a cada ano pelo Comitê. Entre os anos de 2003 e 2007, a ANAarreca<strong>do</strong>u um total de R$ 32,8 milhões, sen<strong>do</strong> que deste montanteR$ 6,2 milhões arrecada<strong>do</strong>s em 2003 foram repassa<strong>do</strong>s direto aostoma<strong>do</strong>res e os R$ 26,6 milhões restantes (perío<strong>do</strong> de 2004 a 2007)repassa<strong>do</strong>s à AGEVAP. Além disso, também são contabiliza<strong>do</strong>s osrecursos adicionais alavanca<strong>do</strong>s com a cobrança, como: recursos decontrapartida, num total de R$ 58 milhões, mais recursos <strong>do</strong> PRODES/ANA, no valor de R$ 24,5 milhões, que soma<strong>do</strong>s à arrecadação entre2003 e 2007 totalizam R$ 115,3 milhões para investimentos emações de gestão, planejamento e estruturais. • PÁGINAS 4 A 7A AGEVAP e o IGAM assinaram, nodia 21 de agosto, <strong>do</strong>is importantesconvênios, num total de R$ 260mil. Na prática, a parceria entreas entidades formaliza a AGEVAPcomo agência <strong>do</strong> Comitê da BaciaHidrográfica <strong>do</strong>s Afluentes Mineiros<strong>do</strong>s Rios Preto e Paraibuna (PS1) e<strong>do</strong> Comitê da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong>sAfluentes Mineiros <strong>do</strong>s Rios Pombae Muriaé (COMPÉ). • PÁGINA 11


Informe-se • NOTÍCIAS GERAISexpedienteO <strong>Informativo</strong> “<strong>Pelas</strong> Águas <strong>do</strong>Paraíba” é uma publicação <strong>do</strong> Comitêde Integração da Bacia Hidrográfica<strong>do</strong> Rio Paraíba <strong>do</strong> Sul – CEIVAPEstrada Resende-Riachuelo,nº 2.535 – AEDB, 4º AndarMorada da Colina – Resende (RJ)CEP: 27523-000 / Tel: (24) 3355-8389www.ceivap.org.br – ceivap@ceivap.org.brPresidentePaulo Teo<strong>do</strong>ro de CarvalhoSecretaria de Esta<strong>do</strong> de Meio Ambientee Desenvolvimento Sustentável deMinas Gerais – SEMAD/MGVice-PresidenteMauro Ribeiro ViegasFederação das Indústrias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Rio de Janeiro – FIRJAN/RJSecretárioBreno Botelho Ferraz <strong>do</strong> Amaral GurgelAssociação Brasileira de EngenhariaSanitária e Ambiental – ABES/SPCoordenação TécnicaAssociação Pró-Gestão das Águas da BaciaHidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraíba <strong>do</strong> Sul – AGEVAPCNPJ: 05.422.000/0001-01Estrada Resende-Riachuelo,nº 2.535 – AEDB, 4º AndarMorada da Colina – Resende (RJ)CEP: 27523-000 / Tel: (24) 3355-8389www.agevap.org.br – agevap@ceivap.org.brPresidente <strong>do</strong> Conselho de AdministraçãoRenine César de OliveiraPresidente <strong>do</strong> Conselho FiscalIvan de Mello e SilvaDiretorEdson Guaracy Lima FujitaCoordena<strong>do</strong>r de GestãoHendrik Lucchesi MansurCoordena<strong>do</strong>r TécnicoFlávio SimõesProdução Gráfica / EditorialDiagramação, Arte FinalReportagens, Redação, Edição e RevisãoAssessoria de Comunicação da AGEVAPTextoArte Comunicação – Rua Dr. OliveiraBraga, nº 405 – Centro – Aparecida (SP)CEP: 12570-000 – Tel: (12) 3631-4961textoarte@textoarte.comEditoraMônica da Costa (MTb 24.122)Jornalista ResponsávelTeresa Barbosa (MTb 16.973)Fiscalização e AcompanhamentoHendrik Lucchesi MansurAline Raquel de AlvarengaFotografiasTextoArte Comunicação eArquivos CEIVAP/AGEVAPImpressãoResolução Gráfica – Tel: (12) 2125-1700Tiragem5.000 exemplaresDISTRIBUIÇÃO GRATUITACEIVAP publica edital de seleção depropostas para financiamento comrecursos da cobrança pelo uso da águaO Comitê de Integração daBacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraíba<strong>do</strong> Sul (CEIVAP) informa que estãoabertas as inscrições de novas propostasde ações e intervenções quevisem à recuperação e proteção daságuas da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rioParaíba <strong>do</strong> Sul, para financiamentocom recursos da cobrança pelo usoda água. Os integrantes <strong>do</strong> SistemaNacional de Gerenciamento de RecursosHídricos, usuários de recursoshídricos e entidades da sociedadecivil organizada interessa<strong>do</strong>sdevem apresentar seus projetosaté 5 de dezembro, respeitan<strong>do</strong> asnormas e os requisitos necessáriosdefini<strong>do</strong>s pelo Manual de Investimentos2008 (http://www.ceivap.org.br/<strong>do</strong>wnloads2008/manualdeinvestimento2008.zip).Através da Deliberação nº88/2008, o CEIVAP destinou parahierarquização os recursos financeirosde 2008 e o sal<strong>do</strong> remanescentede 2007, da seguinte forma:R$ 3.999.413,55 para Ações de Planejamentoe R$ 3.004.784,12 paraAções Estruturais, de acor<strong>do</strong> comas diretrizes <strong>do</strong> Plano de Investimentosintegrante <strong>do</strong> Plano de RecursosHídricos da Bacia. A seleçãodas propostas submetidas à AssociaçãoPró-Gestão das Águas daBacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraíba<strong>do</strong> Sul (AGEVAP) será realizada porintermédio de análises e avaliaçõescomparativas, em duas etapas:• habilitação pela área técnica,que consiste em verificar a propostaquanto ao atendimento aos requisitosobrigatórios estabeleci<strong>do</strong>sno Manual de Investimentos 2008 eao mérito técnico (avalian<strong>do</strong> a coerênciaentre objetivos, meto<strong>do</strong>logia,resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s e cronogramade execução).• hierarquização pelo CEIVAP, medianteDeliberação Normativa.As propostas devem ser encaminhadasatravés <strong>do</strong> correio (comAviso de Recebimento - AR), respeitan<strong>do</strong>a data limite de inscrição,para o seguinte endereço: AGEVAP– Estrada Resende-Riachuelo, nº2.535 – Morada da Colina – Resende(RJ) – CEP: 27523-000. A relação daspropostas habilitadas e a respectivahierarquização serão divulgadas nosite <strong>do</strong> CEIVAP, nos meses de fevereiroe março de 2009, respectivamente.Informações adicionais podemser obtidas na AGEVAP pelo telefone(24) 3355-8389, e-mail ceivap@ceivap.org.brou, ainda, na página eletrônicawww.ceivap.org.br. O Editalde Seleção de Propostas também jáencontra-se disponível neste mesmoendereço.Encontro Anual das Agências de Águano Brasil irá debater Planejamento eAplicação de Recursos da CobrançaA Agência Nacional de Águas (ANA) vai realizar nos dias 17 e 18 de novembro,na sede da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, o 4º EncontroAnual das Agências de Água no Brasil – 2008, com o tema “Planejamento eAplicação de Recursos da Cobrança”. Com estimativa de participação de representantes<strong>do</strong> governo federal, comitês de bacias (CEIVAP, PCJ e CBHSF),agências de água (AGEVAP, PCJ e Loire-Bretagne/França), órgãos gestoresestaduais e agentes técnicos financia<strong>do</strong>res, o encontro prevê a realizaçãode palestras e mesas-re<strong>do</strong>ndas para o debate de diversos temas. Entre osassuntos em pauta, destaques para o “Plano de Aplicação de Recursos daCobrança na Bacia <strong>do</strong> Paraíba <strong>do</strong> Sul”, o “Plano de Recursos Hídricos nas BaciasPCJ”, o “Programa de Aplicação <strong>do</strong>s Recursos da Cobrança na França” ea “Governabilidade <strong>do</strong>s Planos de Recursos Hídricos”.2NOVEMBRO 2008 Nº <strong>19</strong> ANO 9 INFORMATIVO CEIVAP


Artigo • LUIZ FIRMINO MARTINS PEREIRADelegatária na funçãode Agência de ÁguaASCOM/SERLAA gestão de recursos hídricos,a partir da Lei 9.433/97, despontacomo um <strong>do</strong>s modelos mais interessantese democráticos para governançae construção de pactos emtorno das questões ambientais queafetam uma bacia hidrográfica. Colocarfrente a frente diferentes atorese dirimir de forma transparenteos conflitos com capacidade deliberativasão características ímpares.Mas, o grande desafio paraconsolidação deste modelo ainda éo custeio das atividades administrativasdemandadas e a aplicaçãoda cobrança pelo uso da água nasquestões hierarquizadas pelo Comitê,previstas para serem desempenhadaspela Agência de Água.Na falta de uma Agência, o quemais contribui para a inoperânciade um Comitê é a ausência de umaSecretaria Executiva que possa darprovimento às decisões emanadaspor um Comitê. Ainda que desconsideradaa aplicação efetiva de recursosem projetos e obras, a falta deum escritório operacional dificultaaté mesmo a capacidade de articulaçãoe de interferência em políticaspúblicas, o que só é supera<strong>do</strong>quan<strong>do</strong> este ônus operacional é assumi<strong>do</strong>por alguma outra fonte derecurso, como acontece em algunspoucos casos no país.Vale lembrar que a cobrançapelo uso <strong>do</strong>s recursos hídricos étambém um instrumento educativo,e faz-se claramente perceptível queos montantes arrecada<strong>do</strong>s não sãocapazes de solucionar to<strong>do</strong>s os problemasde uma bacia, mas são capazesde deflagrar contrapartidas paraa captação de outras fontes de recursos,além de projetos de pequenamonta capazes de auxiliar na transformaçãode práticas em uma baciae ainda em estu<strong>do</strong>s que permitam acoerente tomada de decisão.O fato é que na maioria dasmais de 140 bacias onde já estãocria<strong>do</strong>s Comitês, percebe-se umarealidade de capacidade limitadade arrecadação, o que torna a estruturaçãode agência, nos moldesideais previstos na legislação, umobjetivo difícil de ser alcança<strong>do</strong>. Porisso mesmo a Lei 10.881/04 buscoualternativa ao conferir o papel daagência a uma instituição delegadapelo Comitê, conferin<strong>do</strong> assim legitimidadee agilidade que permitemadaptação às condições locais e decapacidade <strong>do</strong>s Comitês.No Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro,onde a cobrança foi implantada em2004, a ausência das agências representaum entrave ao avanço daPolítica de Recursos Hídricos, principalmenteno aspecto administrativode um Comitê, já que a existênciade um Fun<strong>do</strong> Estadual de RecursosHídricos (FUNDRHI), que temcomo fonte os valores arrecada<strong>do</strong>sdevidamente distribuí<strong>do</strong>s em subcontaspor Comitês, tem permiti<strong>do</strong>que despesas possam ser pagasdiretamente pelo Órgão Gestor emcumprimento às determinações <strong>do</strong>sComitês.Por isso, mesmo com as novasdelegatárias nas funções de agências,esta prática deverá continuar, eaté ser estimulada, pois no caso deprojetos de grande porte, e mesmodaqueles que envolvam contrapartidas<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, a licitação direta noÓrgão Gestor agiliza e torna práticoo processo, uma vez que os recursos,se assim aprova<strong>do</strong>s, podem sersaca<strong>do</strong>s em parte da subconta <strong>do</strong>Comitê e em parte <strong>do</strong> Órgão Gestor.Assim sen<strong>do</strong>, desde 2004 aSERLA, para cumprir às determinações<strong>do</strong>s Comitês, ou paga diretamenteas despesas determinadaspor estes, ou busca conveniar cominstituições que eles indiquem, masos convênios, além de precários, sãoburocráticos e demora<strong>do</strong>s, e estassão condições indesejáveis quan<strong>do</strong>se trata de um trabalho que nãopode, e não deve sofrer descontinuidade,fato que os atuais convêniosacabaram por proporcionar, geran<strong>do</strong>assim instabilidade ao processo.Luiz Firmino Martins Pereira é Presidenteda Fundação Superintendência Estadualde Rios e Lagoas – SERLA/RJAinda que inspirada no modelofederal, a proposta estadualleva para o Conselho Estadual deRecursos Hídricos (CERHI) a definiçãosobre os limites de gastos comas ações administrativas, ou seja,diferente da Lei Federal 9.433, queestabeleceu um limite de 7,5% da arrecadaçãode recursos na bacia paraos gastos administrativos, no casoestadual, este teto será defini<strong>do</strong>pelo CERHI. Isto é vital para Comitêscom baixa capacidade de arrecadação,uma vez que um percentual pequenopredefini<strong>do</strong> pode inviabilizara administração <strong>do</strong> mesmo. Cabelembrar que boa parte <strong>do</strong>s Comitês<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> tem arrecadação anual inferiora R$ 1 milhão e, portanto, umpercentual baixo para administraçãotornaria impraticável o exercício desuas funções de apoio.Assim sen<strong>do</strong>, consideran<strong>do</strong> aexpectativa de arrecadação <strong>do</strong>s Comitêsfluminenses, a opção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Rio de Janeiro, já aprovadapelo CERHI, consiste na aprovaçãode uma lei fluminense adaptada daLei 10.881/04, que permitirá a celebraçãode contratos de gestão e aconseqüente superação deste obstáculopara a consolidação da PolíticaEstadual de Recursos Hídricos.INFORMATIVO CEIVAP ANO 9 Nº <strong>19</strong> NOVEMBRO 20083


Panorama • COBRANÇA PELO USO DA ÁGUACobrança pelo uso da água jáarreca<strong>do</strong>u R$ 32,8 milhões nabacia <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> SulAs obras <strong>do</strong> 1° módulo da Estação deTratamento de Esgoto <strong>do</strong> município deCarangola (MG) receberam investimentosda cobrança pelo uso da água, num valorde R$ 800 mil. O empreendimento possibilitaráuma redução de 324 kg de DBO/dia.A Associação Pró-Gestão dasÁguas da Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> RioParaíba <strong>do</strong> Sul (AGEVAP) – ou Agênciada Bacia – é o braço executivo <strong>do</strong>Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica<strong>do</strong> Rio Paraíba <strong>do</strong> Sul (CEIVAP),que recebe os recursos oriun<strong>do</strong>s dacobrança pelo uso da água e os aplicasegun<strong>do</strong> o Manual de Investimentosaprova<strong>do</strong> pelo colegia<strong>do</strong>. Criada em20 de junho de 2002, a AGEVAP tambémtem outras competências, comoa elaboração <strong>do</strong> Plano de RecursosHídricos e a execução das ações deliberadaspelo CEIVAP para a gestãodas águas. Em 2004, assinou umContrato de Gestão com a AgênciaNacional de Águas (ANA) e assumiuas funções de Agência da Bacia.A cobrança pelo uso da água é aprincipal fonte de recursos financeirospara investimentos na bacia <strong>do</strong>rio Paraíba <strong>do</strong> Sul. A ANA é a instituiçãoresponsável pela operacionalizaçãoda cobrança em rios de <strong>do</strong>mínioda União, para posterior repasse àsrespectivas Agências. Os recursosarrecada<strong>do</strong>s são repassa<strong>do</strong>s integralmente,desde 2004, pela ANA àAGEVAP, conforme determina a Leinº 10.881/04. Cabe ao CEIVAP a hierarquização<strong>do</strong>s projetos, serviços eobras a serem financia<strong>do</strong>s, a partir<strong>do</strong> processo de seleção e pré-hierarquizaçãorealiza<strong>do</strong> pela AGEVAP,basea<strong>do</strong> em critérios técnicos constantesno Manual de Investimentos,aprova<strong>do</strong> a cada ano pelo Comitê. AAgência é também responsável peloacompanhamento da execução dasações contratadas.To<strong>do</strong> o recurso oriun<strong>do</strong> da cobrançaé aplica<strong>do</strong> integralmente emações de Gestão, de Planejamento eEstruturais, com vistas a melhorar ascondições relativas à qualidade e àquantidade das águas. Entre os anosde 2003 e 2007, a ANA arreca<strong>do</strong>u coma cobrança pelo uso da água na baciahidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul umtotal de R$ 32,8 milhões, sen<strong>do</strong> que R$6,2 milhões arrecada<strong>do</strong>s em 2003 foramrepassa<strong>do</strong>s direto da ANA aos toma<strong>do</strong>res.De 2004 a 2007, a ANA repassoupara a AGEVAP R$ 26,6 milhões.“Se transformarmos esses valoresem porcentagens, temos os seguintesíndices: total desembolsa<strong>do</strong> de 44,74%(R$ 11,9 milhões); contrata<strong>do</strong> de 53,76%(R$ 14,3 milhões); e sal<strong>do</strong> restante de1,5% (R$ 400 mil), da<strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>saté 31 de dezembro de 2007”, explicao Coordena<strong>do</strong>r de Gestão da AGEVAP,Hendrik Luchesi Mansur. Além disso,também são contabiliza<strong>do</strong>s os recursosadicionais alavanca<strong>do</strong>s com a cobrança,como: recursos de contrapartida,num total de R$ 58 milhões, maisrecursos <strong>do</strong> PRODES/ANA, no valor deR$ 24,5 milhões, que soma<strong>do</strong>s à arrecadaçãoentre 2003 e 2007 totalizamR$ 115,3 milhões para investimentosem ações de gestão, planejamento eestruturais.Gestão na baciaDesde 2004, a AGEVAP já assinouum total de 69 contratos, sen<strong>do</strong>:17 de Ações de Gestão (16 concluí<strong>do</strong>se 1 em andamento); 22 de Ações dePlanejamento (4 concluí<strong>do</strong>s e 18 emandamento); e 30 de Ações Estruturais(5 concluí<strong>do</strong>s e 25 em andamento)– veja ao la<strong>do</strong> o quadro resumo.As Ações de Gestão são açõese atividades que envolvem educaçãoambiental e sanitária; monitoramentoe controle ambiental e de recursoshídricos; mobilização e comunicaçãosocial; capacitação; e a implementação<strong>do</strong>s instrumentos de gestão <strong>do</strong>srecursos hídricos, com vistas ao usoracional das águas e a recuperação epreservação da bacia hidrográfica.4NOVEMBRO 2008 Nº <strong>19</strong> ANO 9 INFORMATIVO CEIVAP


DAE-CGA/CARANGOLAFonte: AGEVAPSÍNTESE DOS CONTRATOS CONCLUÍDOSTOMADORAÇÕES DE GESTÃOAMPAS – Programa Educação AmbientalFundação Casimiro Montenegro – ITA – Rede de Ensino para Gestores de Recursos HídricosFaenquil/USP – Monitoramento Ecotoxicológico de Efluentes IndustriaisInstituto Oikos – Planejamento para Gestão Participativa Usos <strong>do</strong>s Recursos HídricosInstituto Ipanema – Programa Educação Ambiental RuralAssociação Pesca<strong>do</strong>res de Itaocara (RJ) – Programa Preserv. Ilhas Fluviais <strong>do</strong> RPS (cont. <strong>do</strong> CT03/05)Prefeitura Municipal de Ferve<strong>do</strong>uro (MG) – Programa Educação Ambiental Microbacias – APAConsórcio BNG2 – Programa Ação Informativa – Gestão Recursos HídricosPrefeitura Municipal de Laranjal (MG) – Programa Educação Ambiental MicrobaciasMAPA – Petrópolis (RJ) – Programa Mobilização Educação Ambiental na Bacia <strong>do</strong> PiabanhaUENF – Univ. Norte Fluminense – Programa Conscientização na Bacia <strong>do</strong> Rio Paraíba <strong>do</strong> SulAGEVAP – Campanha <strong>do</strong> Uso Racional da Água – PROG (G) 04/05AGEVAP – Campanha <strong>do</strong> Uso Racional da Água – PROG (G) 04/05 Vol. I – Rio PombaAGEVAP – Campanha <strong>do</strong> Uso Racional da Água – PROG (G) 04/05 Vol. II – BNG2AGEVAP – Campanha <strong>do</strong> Uso Racional da Água – PROG (G) 04/05 Vol. III – AMPASAGEVAP – Campanha <strong>do</strong> Uso Racional da Água – PROG (G) 04/05 Vol. IV – Fundação Christiano RosaRECURSOS DACOBRANÇA R$99.733,00152.400,00120.994,1085.730,8014.085,0061.400,0025.840,00177.999,2518.640,0075.000,0040.300,0046.750,0022.175,0022.175,0022.175,0022.175,00AÇÕES DE PLANEJAMENTOPrefeitura Municipal de Barra Mansa (RJ) – Projeto Executivo <strong>do</strong> Sistema de EsgotoPrefeitura Municipal de São José <strong>do</strong>s Campos (SP) – Proj. Controle de Erosão – V. CristinaPrefeitura Municipal de Rodeiro (MG) – Projeto Emissário e Interceptor de EsgotoPrefeitura Municipal de Leopoldina (MG) – Estu<strong>do</strong> de Concepção <strong>do</strong> Sistema de EsgotoAÇÕES ESTRUTURAISPrefeitura Municipal de Muriaé (MG) – Construção ETE SafiraPrefeitura Municipal de Guaratinguetá (SP) – Construção de Coletor Tronco – PedregulhoPrefeitura Municipal de Carangola (MG) – Construção <strong>do</strong> 1º Módulo – ETE CarangolaPrefeitura Municipal de Jacareí (SP) – Construção de Coletor Tronco e Recalque – Bandeira BrancaTaubaté (SP) – PRODES – ETE Taubaté649.961,9689.680,0057.600,0073.937,50871.795,00200.000,00800.000,00120.473,902.876.078,21As Ações de Planejamento referem-seà elaboração de estu<strong>do</strong>s deconcepção; planos diretores e projetosbásicos e executivos necessáriosà execução de ações estruturais e degestão, que visam à melhoria da baciahidrográfica.E Ações Estruturais são obrasde engenharia que visam à correçãode problemas relativos à qualidade equantidade de água para diferentesusos na bacia hidrográfica.As Ações de Planejamento e Estruturaispassíveis de financiamentosão: a) Coleta e tratamento de efluentesurbanos; b) Ações de combate àerosão; c) Recuperação de áreas degradadas;d) Reflorestamento, proteçãoe recuperação de nascentes emananciais; e) Racionalização <strong>do</strong> usoda água; f) Remediação de impactosdecorrentes de aproveitamentos hidráulicose de lançamento de resíduos;e g) Estu<strong>do</strong>s de concepção.Balanço sobre a cobrança pelo Uso da ÁguaGestão AGEVAP (2004 a 2007)Fonte: AGEVAPNo perío<strong>do</strong> entre 2004 (celebração <strong>do</strong> Contrato de Gestão entre a AGEVAP e a ANA)e 2007, foram repassa<strong>do</strong>s à AGEVAP R$ 26,6 milhões (recursos da cobrança), sen<strong>do</strong>44,74% (R$ 11,9 milhões) já desembolsa<strong>do</strong>, 53,76% (R$ 14,3 milhões) contrata<strong>do</strong> eapresentan<strong>do</strong> um sal<strong>do</strong> de 1,5% (R$ 400 mil) em 31/12/2007.INFORMATIVO CEIVAP ANO 9 Nº <strong>19</strong> NOVEMBRO 20085


Panorama • COBRANÇA PELO USO DA ÁGUARecursos da cobrança alavancamoutros importantes investimentosem ações estruturais na baciaSIDNEY SILVA/ARQUIVO TÉCNICO SABESPFOTOS: ARQUIVO TÉCNICO SABESPEm 2007, o CEIVAP aprovou aDeliberação 84/2007 que autorizoua destinação de R$ 4.628.493,49 derecursos financeiros oriun<strong>do</strong>s dacobrança pelo uso da água na baciahidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul,aloca<strong>do</strong>s em Ações Estruturais, paraaplicação no PRODES/ANA – 2007.Foram escolhi<strong>do</strong>s os seguintes projetos:ETE Central – SAAE/Jacareí(SP), no valor de R$ 703.549,04; SistemaETE Taubaté-Tremembé – SA-BESP/Taubaté (SP), no valor de R$2.876.078,21; ETE União das Indústrias– CESAMA/Juiz de Fora (MG),no valor de R$ 656.028,25; ETE 3 <strong>Ano</strong>Bom – SAAE/Barra Mansa (RJ), novalor de R$ 269.733,35; e ETE Principal– DEMSUR/Muriaé (MG), no valorde R$ 123.104,64. To<strong>do</strong>s os empreendimentostiveram pontuação 5,36.Entre as ações estruturaisaprovadas pelo CEIVAP, o SistemaETE Taubaté-Tremembé foi classifica<strong>do</strong>no PRODES em primeiro lugare já está em construção. Em setembro<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>, a Agência Nacionalde Águas (ANA) assinou contratocom a SABESP e a Secretariade Saneamento e Energia, no valorde R$ 16 milhões.Segun<strong>do</strong> a assessoria de imprensada SABESP – Unidade deNegócios Vale <strong>do</strong> Paraíba, o horizontede projeto para este sistemafoi estendi<strong>do</strong> de 2010 (prazo inicialde conclusão) para o ano 2025, sen<strong>do</strong>implantada em uma única etapa.A ETE tem área aproximada de64,85 ha e fica localizada junto ao rioParaíba <strong>do</strong> Sul, no Bairro Aterra<strong>do</strong>,município de Tremembé, a cerca deA ETE Taubaté–Tremembé tem áreaaproximada de 64,85 ha e fica localizadajunto ao rio Paraíba <strong>do</strong> Sul. Comum custo total estima<strong>do</strong> em R$ 80,6milhões, a previsão da SABESP é deuma remoção média de DBO em tornode 92% (DBO/dia – 17.382 kg).2 km da área urbanizada de Taubaté.A previsão da SABESP é de umaremoção média de DBO em torno de92% (DBO/dia – 17.382 kg).Pela projeção da empresa,a obra beneficiará, em 2025, umapopulação aproximada de 360 milhabitantes (Taubaté, 315 mil e Tremembé,50 mil), cerca de 15% dapopulação <strong>do</strong> trecho paulista <strong>do</strong> RioParaíba <strong>do</strong> Sul. O custo total estima<strong>do</strong><strong>do</strong> empreendimento, consideran<strong>do</strong>as alterações previstas, é de R$80.674.156,27.6NOVEMBRO 2008 Nº <strong>19</strong> ANO 9 INFORMATIVO CEIVAP


Cobrança pelo Uso da ÁguaRecursos Arrecada<strong>do</strong>s & Alavanca<strong>do</strong>s2003 a 2007(1) Arrecadaçãoda cobrança pelouso da água: perío<strong>do</strong>de março/2003 atédezembro/2007(2) Recursos adicionais(contrapartidas) aplica<strong>do</strong>se comprometi<strong>do</strong>spara aplicação na bacia<strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul(3) Recursos daANA – Programa deDespoluição de BaciasHidrográficas aplica<strong>do</strong>se comprometi<strong>do</strong>s paraaplicação na bacia <strong>do</strong>rio Paraíba <strong>do</strong> Sul(4) Total derecursos aplica<strong>do</strong>s ecomprometi<strong>do</strong>s paraaplicação na bacia <strong>do</strong>rio Paraíba <strong>do</strong> SulFonte: AGEVAPO que é o PRODES?Em 2001, a ANA criou o ProgramaDespoluição de Bacias Hidrográficas(PRODES) para incentivar aimplantação de estações de tratamentode esgotos, com a finalidadede reduzir os níveis de poluição <strong>do</strong>srecursos hídricos no país. O PRO-DES, também conheci<strong>do</strong> como “Programade Compra de Esgoto Trata<strong>do</strong>”,é uma iniciativa inova<strong>do</strong>ra: nãofinancia obras ou equipamentos,paga pelos resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s,pelo esgoto efetivamente trata<strong>do</strong>.O programa consiste na concessãode estímulo financeiro pelaUnião, na forma de pagamento peloesgoto trata<strong>do</strong>, a Presta<strong>do</strong>res deServiço de Saneamento que investiremna implantação e operação deEstações de Tratamento de Esgotos(ETEs), desde que cumpridas ascondições previstas em contrato.O Contrato de Pagamento peloEsgoto Trata<strong>do</strong> é firma<strong>do</strong> pelo GovernoFederal, por intermédio daANA, diretamente com o Presta<strong>do</strong>r<strong>do</strong> Serviço de Saneamento – entidadepública ou privada. A liberação<strong>do</strong>s recursos se dá apenas a partirda conclusão da obra e início da operaçãoda ETE, em parcelas vinculadasao cumprimento de metas deabatimento de cargas polui<strong>do</strong>ras edemais compromissos contratuais.Nesse contrato são estipula<strong>do</strong>sos níveis de redução das cargas polui<strong>do</strong>raspretendidas com a implantaçãoe operação da ETE, o valor <strong>do</strong>estímulo financeiro a ser aporta<strong>do</strong>pela ANA, bem como o cronogramade desembolso. O valor <strong>do</strong> aporte financeiroda ANA é equivalente a 50%<strong>do</strong> custo <strong>do</strong> investimento da ETE, estima<strong>do</strong>pela ANA toman<strong>do</strong> como basea Tabela de Valores de Referência.INFORMATIVO CEIVAP ANO 9 Nº <strong>19</strong> NOVEMBRO 20087


Gestão da bacia • PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOSistema CEIVAP/AGEVAP passapor importantes transformaçõesDesde o início de 2007, a gestão<strong>do</strong>s recursos hídricos na bacia hidrográfica<strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul vem passan<strong>do</strong>por profundas transformações,visan<strong>do</strong> ao contínuo aperfeiçoamentodeste modelo – considera<strong>do</strong> pioneiroem to<strong>do</strong> o Brasil. Após uma pequenacrise institucional ocorrida no âmbito<strong>do</strong> CEIVAP e da AGEVAP para a definiçãode competências, missão, divisãode trabalhos e funções, chegou-seà conclusão que a concepção de umPlanejamento Institucional Estratégicoe Estruturação Organizacionalseria vital para a reestruturação efortalecimento <strong>do</strong> Sistema CEIVAP/AGEVAP.Contrata<strong>do</strong> por meio <strong>do</strong> Ato Convocatórionº 008/06, o trabalho realiza<strong>do</strong>pelos consultores especializa<strong>do</strong>sFrancisco José Lobato da Costa eBelmiro Valverde Jobim Castor levouem consideração duas observaçõesiniciais: em primeiro lugar, o pioneirismoe o viés experimental característicoda bacia hidrográfica <strong>do</strong> rioParaíba <strong>do</strong> Sul na criação de seu Comitê,Agência de Bacia e implantaçãoda cobrança pelo uso da água - portanto,uma experiência que necessitade constantes ajustes de caminhos;e, em segun<strong>do</strong>, a presença muitoforte da Agência Nacional de Águas(ANA) e, por conseguinte <strong>do</strong> governofederal, na rápida implementação <strong>do</strong>sistema de gestão, o que teria gera<strong>do</strong>de certo mo<strong>do</strong> o distanciamento entreCEIVAP/AGEVAP e os atores locais,especialmente usuários e sociedadecivil. “Um bom exemplo disso é a maneiracomo a Companhia SiderúrgicaNacional (CSN) se comporta aindahoje a respeito <strong>do</strong> Sistema CEIVAP/AGEVAP, com um certo distanciamentoe o pagamento da cobrançaainda em juízo“, disse Lobato.Segun<strong>do</strong> o consultor, a meto<strong>do</strong>logiaa<strong>do</strong>tada para a construção deum diagnóstico inicial de to<strong>do</strong> o SistemaCEIVAP/AGEVAP contemploua interlocução com atores estratégicosna bacia – em especial com oquadro dirigente e o corpo técnico daAGEVAP, bem como membros comrelevante atuação junto ao CEIVAP.Após a etapa das entrevistas confidenciais,também foram realizadasvárias oficinas que contaram com aparticipação de integrantes <strong>do</strong> Grupode Trabalho de Acompanhamento <strong>do</strong>Planejamento Estratégico, <strong>do</strong> Grupode Trabalho de Articulação Institucional,da Diretoria <strong>do</strong> CEIVAP, da DiretoriaExecutiva da AGEVAP, <strong>do</strong>s coordena<strong>do</strong>resdas Câmaras Técnicas<strong>do</strong> CEIVAP, <strong>do</strong> Grupo de Trabalho <strong>do</strong>Conselho de Administração da AGE-VAP e de representantes <strong>do</strong>s órgãosgestores de recursos hídricos (ANA,IGAM, SERLA e DAEE).“O que identificamos em to<strong>do</strong>este processo é que havia muitaperplexidade e distância, com grandeembate político entre os diversosatores e instâncias“, explicou Lobato.“Pudemos verificar que o grandeproblema é que o Sistema CEIVAP/AGEVAP operou não como um sistemaarticula<strong>do</strong>, com uma definiçãoconcreta de divisões de trabalho ecomposições de competências, e simcom muita dispersão de foco, comagendas ou funções iguais o tempoto<strong>do</strong>”. Assim, para corrigir essasdistorções, as mudanças propostasforam as seguintes: dar ao plenário<strong>do</strong> comitê a função de deliberação finale convergência política; reduzir asdimensões das CTs, mas melhoran<strong>do</strong>a sua especialização profissional coma função de subsidiar as decisões <strong>do</strong>plenário; e focar a gestão da AGEVAPem questões mais operacionais, comseu Conselho de Administração volta<strong>do</strong>ao gerenciamento da Agência enão aos embates políticos. “Essa foia vertente que identificamos e issoé muito exemplar para várias outrasbacias e Comitês que estão em cursono país“, enfatizou.Como resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s conceitosexpostos, também foram definidas asprincipais ações e atividades com oobjetivo de estruturar o planejamentoestratégico <strong>do</strong> Sistema CEIVAP/AGE-VAP, em especial a missão, estratégiainstitucional e principais atividades.“Eu diria que para a definição da missãoestratégica e institucional haviaainda um outro problema: a pauta<strong>do</strong> debate <strong>do</strong> Comitê e, portanto, daprópria Agência era uma pauta muitoaberta. Aí propusemos que ela semprefosse vinculada ao Plano da BaciaHidrográfica“, contou Lobato. “Destaforma, a proposta de reformulação daestrutura <strong>do</strong> CEIVAP/AGEVAP surgiucomo resulta<strong>do</strong> da investigação quefizemos para que o plano da baciafosse implementa<strong>do</strong>, para que a pautavinculada ao plano fosse de fatoempreendida e, portanto, a missão eos objetivos atingi<strong>do</strong>s”.Francisco Lobato considera quetoda essa investigação é muito positivapara o Sistema Nacional de RecursosHídricos. “O preço que o sistemaCEIVAP/AGEVAP paga é exatamenteexperimentar os próximos passos eavanços, como bacia hidrográfica quetem esse caráter pioneiro. E, certamente,tu<strong>do</strong> o que o sistema CEIVAP/AGEVAP fizer será olha<strong>do</strong> com atençãopor outras bacias hidrográficas,em matéria de aprendiza<strong>do</strong>“, explica.Segun<strong>do</strong> ele, esse é o grande ganho8NOVEMBRO 2008 Nº <strong>19</strong> ANO 9 INFORMATIVO CEIVAP


e o grande destaque que a bacia <strong>do</strong>rio Paraíba <strong>do</strong> sul tem em relação aopaís, como um to<strong>do</strong>.As mudançasno SistemaA partir <strong>do</strong> Planejamento InstitucionalEstratégico e EstruturaçãoOrganizacional, algumas importantesmudanças foram empreendidasno Sistema CEIVAP/AGEVAP. Entre osprincipais passos de ajustes e reformulaçõesprevistos, destaques paraa revisões <strong>do</strong> Regimento Interno <strong>do</strong>CEIVAP, aprova<strong>do</strong> por unanimidadedurante a 4ª Reunião Extraordináriarealizada no dia 3/12/2007, em Resende(RJ), e <strong>do</strong> Estatuto da AGEVAP,cujas alterações também foram aprovadasna 1ª Reunião Extraordinária daAssembléia Geral da AGEVAP e referendadaspelo CEIVAP em sua 2ª ReuniãoExtraordinária, ambas realizadasno dia 23/9/2008, em Resende (RJ).No CEIVAP, a nova estruturacontemplou as seguintes mudanças:composição da diretoria, que passoua ser colegiada e formada apenas portrês membros (um de cada esta<strong>do</strong> ede cada segmento); redução de trêspara apenas uma Câmara TécnicaConsultiva; a eleição <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong>Comitê passou a ser feita em articulaçãocom os Comitês de rios afluentes;fim da representação por procuraçãonas assembléias; manutenção<strong>do</strong>s Grupos de Trabalho existentes ecriação de outros GTs temporários,de acor<strong>do</strong> com a demanda; e criaçãoda Comissão de Acompanhamento<strong>do</strong> Contrato de Gestão.Já na AGEVAP, as principaisalterações levaram em consideraçãoos seguintes aspectos: aberturaa novos associa<strong>do</strong>s; alterações nacomposição <strong>do</strong> Conselho de Administração;ajustes no escopo de funçõese competências da Assembléia Geral,<strong>do</strong> Conselho de Administração e daDiretoria Executiva; delimitação <strong>do</strong>sencargos da AGEVAP como SecretariaExecutiva <strong>do</strong> CEIVAP; ampliaçãode alternativas para terceirização deserviços; e nova estruturação de seuquadro funcional (leia na página 10matéria sobre a aprovação das alteraçõesno Estatuto da AGEVAP, ferramentafundamental para a implementaçãodas novas mudanças).Para o Presidente <strong>do</strong> CEIVAP,Paulo Teo<strong>do</strong>ro de Carvalho, é precisoobservar que to<strong>do</strong> esse trabalhoé fruto de um longo perío<strong>do</strong> de discussãocom ampla participação demembros <strong>do</strong> CEIVAP e da AGEVAP,que tiveram a coragem de enfrentaras dificuldades internas de frente,não jogan<strong>do</strong> para debaixo <strong>do</strong> tapetea crise ocorrida dentro <strong>do</strong> SistemaCEIVAP/AGEVAP. “E isso é muito importantedestacar, porque, uma vezmais, nós tivemos oportunidade deexercitar essas discussões, com bastanteliberdade, muita autonomia edemocracia”, salientou.Segun<strong>do</strong> ele, com a aprovação<strong>do</strong> novo Regimento Interno <strong>do</strong> CEIVAPe, mais recentemente, das alteraçõesao Estatuto da AGEVAP, agora o SistemaCEIVAP/AGEVAP possui to<strong>do</strong>s osinstrumentos capazes de nortear asua caminhada futura na gestão <strong>do</strong>srecursos hídricos da bacia hidrográfica<strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul. “Acreditoque construímos um bom modelode estatuto e de regimento internoe as modificações propostas foramno senti<strong>do</strong> de <strong>do</strong>tar o nosso sistema– sobretu<strong>do</strong> a AGEVAP – de condiçõesde disputar abertamente dentro deum moderno sistema de administraçãode recursos públicos, num modeloabsolutamente priva<strong>do</strong>”.O Presidente <strong>do</strong> CEIVAP ressaltaainda que as mudanças empreendidasfortalecem não só Comitê, comoa Agência da Bacia. “E um sistemaforma<strong>do</strong> por duas instituições fortalecidase trabalhan<strong>do</strong> unissonamentese torna também fortaleci<strong>do</strong> perante acomunidade e os usuários de água. Eé exatamente isso que estamos precisan<strong>do</strong>:que os usuários de água e asociedade civil tenham plena confiançano modelo de gestão de recursoshídricos pratica<strong>do</strong> por nós“, conclui.MÔNICA DA COSTA/TEXTOARTEMISSÃO DO SISTEMAPromover a gestão integrada das águas na totalidade da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul,mediante deliberações e ações na esfera de suas competências, consubstanciadas em um Plano daBacia que promova a articulação e consolidação das políticas públicas com as intervenções deagentes priva<strong>do</strong>s e da sociedade civil, afetas ao gerenciamento das disponibilidades hídricas e aoatendimento <strong>do</strong>s interesses da presente e das futuras geraçõesMISSÃO DO CEIVAPAgir como o espaço institucional de articulação entre as esferas federal, estadual e municipal degoverno, e destas com usuários de recursos hídricos e representantes da sociedade civil, visan<strong>do</strong>integrar iniciativas que promovam a conservação e a proteção das disponibilidades hídricas naárea da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> SulMISSÃO DA AGEVAPPrestar apoio técnico e operacional à gestão integrada <strong>do</strong>s recursos hídricos da bacia hidrográfica<strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul, promoven<strong>do</strong> o planejamento, a execução e o acompanhamento de estu<strong>do</strong>s,ações, programas e projetos determina<strong>do</strong>s, de acor<strong>do</strong> com o Plano de Recursos Hídricos da Baciae com as diretrizes, deliberações e recomendações dispostas pelo CEIVAPINFORMATIVO CEIVAP ANO 9 Nº <strong>19</strong> NOVEMBRO 20089


Reformulação • ESTATUTO AGEVAPAGEVAP tem novo Estatuto SocialComo parte <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Planejamento Institucional Estratégicoe de Estruturação Organizacional<strong>do</strong> Sistema CEIVAP/AGEVAP,foi aprova<strong>do</strong> no dia 23 de setembrodeste ano o novo Estatuto Social daAssociação Pró-Gestão das Águasda Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraíba<strong>do</strong> Sul (AGEVAP) – associaçãocivil de direito priva<strong>do</strong>, autônoma,sem fins econômicos. Fruto de umintenso trabalho inicia<strong>do</strong> em 2006,após um longo perío<strong>do</strong> de discussãoque envolveu inclusive os membros<strong>do</strong> CEIVAP, o novo estatuto define aforma de atuação da Agência da Bacia,suas competências e estruturaorganizacional.Renine César de Oliveira, Presidente<strong>do</strong> Conselho de Administração(que é o órgão superior de deliberaçãoadministrativa da AGEVAP),destaca a ampla participação <strong>do</strong>smembros <strong>do</strong> CEIVAP, <strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>sda AGEVAP e <strong>do</strong> Conselho deMÔNICA DA COSTA/TEXTOARTEPresidente <strong>do</strong> Conselho de Administração, Renine César de Oliveiracoordena os trabalhos de revisão <strong>do</strong> estatuto pela Assembléia Geralda AGEVAP. Aprovação das alterações foi referendada pelo CEIVAP, emreunião que contou com a presença de Mauro Viegas (Vice-Presidente),Paulo Teo<strong>do</strong>ro de Carvalho (Presidente) e Breno Gurgel (Secretário) –da esquerda p/ direita.Administração como um <strong>do</strong>s fatoresfundamentais para o sucesso <strong>do</strong>processo de revisão de to<strong>do</strong> o sistema.“É bom lembrar que foi um processode revisão não só da AGEVAP,como <strong>do</strong> próprio CEIVAP, e isso é omais importante“, frisou. “Creio queto<strong>do</strong>s compreenderam a necessidadede maior flexibilização, permitin<strong>do</strong>que a AGEVAP tenha mais autonomia,seja mais dinâmica, consigatrabalhar longe das amarras quetanto prejudicam a aplicação <strong>do</strong>srecursos e atravancam a gestão”,completou.Entre as principais alteraçõesaprovadas, um <strong>do</strong>s destaques refere-seao Capítulo III - Dos Associa<strong>do</strong>s.Nele, houve uma grande aberturapara a ampliação <strong>do</strong> número deassocia<strong>do</strong>s, que até então era limitadaaos membros <strong>do</strong> CEIVAP quesolicitassem sua admissão. Coma mudança, agora podem se associarà AGEVAP pessoas jurídicasde qualquer natureza, cuja atuaçãoseja comprovadamente intervenientesobre as disponibilidades hídricasou com reconhecidas contribuiçõesa favor da gestão das bacias hidrográficasda sua área de atuação, eque solicitem formalmente sua admissão.Uma outra modificação importantefoi a redução na composição<strong>do</strong> Conselho de Administração, de <strong>19</strong>para 5 membros. “Essa foi uma mudançafundamental, pois nem semprequantidade se traduz em qualidade”,disse Renine. “Logicamentenão é regra em to<strong>do</strong>s os casos, mastenho certeza que a redução dessenúmero de conselheiros vai possibilitara profissionalização dessa gestão,fazen<strong>do</strong> com que a AGEVAP sejamais ágil e tenha mais autonomiano seu próprio dia-a-dia“.Com essa nova dinâmica detrabalho, as expectativas tambémsão muito positivas quanto ao fortalecimento<strong>do</strong> processo de cobrançapelo uso da água na bacia <strong>do</strong> rioParaíba <strong>do</strong> Sul e a conseqüente ampliaçãode usuários contribuintes.“Nós estamos acreditan<strong>do</strong> nisso etu<strong>do</strong> que fizemos até o momento foipara realmente fortalecer o papelda Agência de Bacia na gestão <strong>do</strong>srecursos hídricos. Acho que com onovo estatuto os associa<strong>do</strong>s deramuma chancela para que a AGEVAPouse mais, seja mais empreende<strong>do</strong>ra,tenha uma aceleração dassuas práticas e ações”, explicou Renine.Segun<strong>do</strong> ele, isto é o que to<strong>do</strong>sgostariam de ver, até mesmo porquea recuperação da bacia hidrográficanão pode esperar tanto. “Portanto,esse é um primeiro passo para queto<strong>do</strong> o corpo técnico e a diretoria daAGEVAP possam compreender queo sinal verde foi da<strong>do</strong> e eles devemagora empreender e ousar mais.Acredito que fizemos o melhor parao momento e, desta forma, esperoque tenhamos uma AGEVAP mais dinâmica,participativa e transparentenas suas ações e que de fato venhaa exercer o seu papel de Agência deBacia“.10NOVEMBRO 2008 Nº <strong>19</strong> ANO 9 INFORMATIVO CEIVAP


Parceria • AGEVAP & IGAMConvênios com IGAM formalizamAGEVAP como Agência das Bacias<strong>do</strong>s Afluentes Mineiros PS1 e PS2A AGEVAP e o Instituto Mineirode Gestão das Águas (IGAM) assinaram<strong>do</strong>is importantes convênios,num total de R$ 260 mil (veja quadro),que na prática formalizam aAGEVAP como Agência <strong>do</strong> Comitêda Bacia Hidrográfica <strong>do</strong>s AfluentesMineiros <strong>do</strong>s Rios Preto e Paraibuna(PS1) e <strong>do</strong> Comitê da Bacia Hidrográfica<strong>do</strong>s Afluentes Mineiros <strong>do</strong>sRios Pomba e Muriaé (COMPÉ). Asolenidade aconteceu durante a 1ªReunião Extraordinária <strong>do</strong> CEIVAP,realizada no dia 21 de agosto, emJuiz de Fora (MG).Anuncia<strong>do</strong>s com muita alegriapela Diretora Geral <strong>do</strong> IGAM, CleideIzabel Pedrosa de Melo, os convêniossão considera<strong>do</strong>s muito significativospelo Presidente <strong>do</strong> CEIVAP,Paulo Teo<strong>do</strong>ro de Carvalho. “Gostariade destacar que, mais uma vez emrelação a esses <strong>do</strong>is Comitês, o CEI-VAP também está sen<strong>do</strong> pioneiro,ou seja, procuran<strong>do</strong> inserir os ComitêsAfluentes numa gestão bastanteparticipativa e integrada ao Comitêdas águas de <strong>do</strong>mínio da União, comuma Agência única no caso”, disse.“E espero que esse exemplo sejasegui<strong>do</strong> pelas outras bacias paraque não tenhamos uma proliferaçãomuito grande de agências por aíafora, algumas delas sem a mínimapossibilidade de sobrevivência econômico-financeira”,completa.O Diretor da AGEVAP, EdsonFujita, ressalta que o IGAM reconhecea Agência da Bacia <strong>do</strong> Paraíba <strong>do</strong>Sul como entidade equiparada e osconvênios firma<strong>do</strong>s têm como principalobjetivo viabilizar a implantaçãoda cobrança nas duas baciashidrográficas mineiras. “Por aproveitara experiência e a estrutura organizacionalde uma Agência criadapara esse fim, há sempre ganhos emcustos, tempo e qualidade”, explica.“Outra característica importante, enão tão visível nesse contexto, é aexpressão da vontade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> deMinas Gerais em promover, ondeCleide Melo anuncia o objeto<strong>do</strong>s convênios firma<strong>do</strong>s coma AGEVAP, em solenidade quecontou com as presenças deEdson Fujita, Romina Torres(Analista Ambiental da FIEMG- representan<strong>do</strong> o PS1),Maria Aparecida Vargas, PauloTeo<strong>do</strong>ro de Carvalho, BrenoGurgel (Secretário <strong>do</strong> CEIVAP) eHendrik Mansur (Coordena<strong>do</strong>r deGestão da AGEVAP, na ocasiãoresponden<strong>do</strong> interinamente peladiretoria da Agência da Bacia).possível, a integração <strong>do</strong>s recursosna bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba<strong>do</strong> Sul, que inclui os Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Riode Janeiro e São Paulo”.Na mesma ocasião, Cleide Melotambém anunciou o aporte de maisR$ 400 mil para um outro convênio aser firma<strong>do</strong> entre as duas entidadese que prevê a implementação de umPlano de Comunicação Social, exatamentepara acelerar o processo deimplantação da cobrança pelo uso<strong>do</strong>s recursos hídricos de <strong>do</strong>mínioestadual nas duas sub-bacias. Deacor<strong>do</strong> com Maria Aparecida Vargas,Presidente <strong>do</strong> COMPÉ, o colegia<strong>do</strong> jádefiniu como meta iniciar em maiode 2009 a cobrança nas bacias <strong>do</strong>srios Pomba e Muriaé.MÔNICA DA COSTA/TEXTOARTEOS CONVÊNIOS1º – Valor de R$ 150 milTem como objeto o serviço delevantamento, ratificação ecomplementação <strong>do</strong> cadastro deoutorgas concedidas pelo IGAM,ten<strong>do</strong> como objetivo específicoidentificar e registrar noCadastro Nacional de Usuáriosde Recursos Hídricos (CNARH)os usuários outorga<strong>do</strong>s nas Unidadesde Planejamento e Gestãode Recursos Hídricos das BaciasHidrográficas <strong>do</strong>s Rios Preto/Paraibuna(PS1) e Pomba/Muriaé(PS2).2º – Valor de R$ 110 milTem como objeto a instalação,estruturação e operacionalizaçãode <strong>do</strong>is escritórios, que constituirãounidades da AssociaçãoPró-Gestão das Águas da BaciaHidrográfica <strong>do</strong> Rio Paraíba<strong>do</strong> Sul (AGEVAP) para prestarapoio executivo às Unidadesde Planejamento e Gestão deRecursos Hídricos PS1 (Bacia<strong>do</strong>s Afluentes Mineiros <strong>do</strong>s RiosPreto e Paraibuna) e PS2 (Bacia<strong>do</strong>s Afluentes Mineiros <strong>do</strong>s RiosPomba e Muriaé).INFORMATIVO CEIVAP ANO 9 Nº <strong>19</strong> NOVEMBRO 200811


Em Foco • GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOSAcor<strong>do</strong> viabiliza antecipação <strong>do</strong>srecursos da cobrança pelo uso da águaDENISE CAPUTO/BANCO DE IMAGENS ANARepresentantes das bacias hidrográficas <strong>do</strong>s rios Paraíba <strong>do</strong> Sul ePCJ marcaram presença na solenidade de assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> deCooperação Técnica entre MMA/ANA/CEF. Entre outras autoridades,evento contou com a participação <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> CEIVAP, PauloTeo<strong>do</strong>ro de Carvalho, e <strong>do</strong> Diretor da AGEVAP, Edson Fujita.Representantes <strong>do</strong> CEIVAP eda AGEVAP estiveram presentesdia 3 de setembro, em Brasília, nasolenidade de assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>de Cooperação Técnica que viabilizaráa antecipação <strong>do</strong>s recursosda cobrança pelo uso da água parafinanciar grandes projetos de saneamentourbano e despoluição deáguas nas bacias <strong>do</strong>s rios Paraíba<strong>do</strong> Sul (PS) e Piracicaba, Capivari eJundiaí (PCJ).O acor<strong>do</strong>, firma<strong>do</strong> pelo Ministro<strong>do</strong> Meio Ambiente (MMA), CarlosMinc, pelo Diretor-Presidente daAgência Nacional de Águas (ANA),José Macha<strong>do</strong>, e pela Presidente daCaixa Econômica Federal (CEF), MariaFernanda Coelho, tem por objetoa mútua cooperação para que sejamrealiza<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s técnicos e jurídicos,a fim de analisar alternativas esoluções para o financiamento dasações de recuperação de bacias hidrográficas.A parceria com a Caixa se integraao plano que está sen<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong>pelos Ministérios <strong>do</strong> Meio Ambientee das Cidades para <strong>do</strong>brar,em dez anos, a coleta e tratamento<strong>do</strong>s esgotos no país. “O saneamentoambiental é uma urgência que demandaráinvestimentos robustos ede uma só vez. A Caixa fará essesinvestimentos antecipan<strong>do</strong> a receita<strong>do</strong> pagamento pelo uso da água,que na prática será uma garantia deempréstimo”, disse o Ministro CarlosMinc.Para o Presidente <strong>do</strong> CEIVAP,Paulo Teo<strong>do</strong>ro de Carvalho, essa iniciativavem ao encontro da ansiedade<strong>do</strong>s Comitês de Bacias em multiplicaro aporte de recursos para arevitalização das bacias hidrográficas.“A cobrança pelo uso da água éuma ferramenta muito importante,mas efetivamente ainda está geran<strong>do</strong>uma arrecadação tímida para asnecessidades emergentes de investimentonas bacias. A possibilidadede ampliar os financiamentos àsprefeituras, com o aval <strong>do</strong>s CBHs,abre novos horizontes para a gestão<strong>do</strong>s recursos hídricos”, conclui.Com validade de um ano, oacor<strong>do</strong> prevê, além da antecipação<strong>do</strong>s recursos a serem arrecada<strong>do</strong>spela cobrança, a criação de um Fun<strong>do</strong>de Investimento. De acor<strong>do</strong> comos da<strong>do</strong>s da ANA, até o final <strong>do</strong> ano aarrecadação advinda da cobrança nabacia <strong>do</strong> rio Paraíba <strong>do</strong> Sul (MG, RJ eSP) deve superar R$ 41 milhões.Oficina discutiuoperacionalizaçãoda cobrança nasbacias <strong>do</strong> Paraíba<strong>do</strong> Sul e PCJA diretoria da AGEVAP, compostapelo Diretor Edson Fujita eos Coordena<strong>do</strong>res Hendrik Mansur(Gestão) e Flávio Simões (Técnico),esteve presente na 2ª Oficinade Cobrança pelo Uso de RecursosHídricos nas bacias <strong>do</strong>s rios Paraíba<strong>do</strong> Sul (PS) e Piracicaba, Capivarie Jundiaí (PCJ). Realiza<strong>do</strong> nos dias30 de setembro e 1º de outubro, emBrasília, o evento reuniu cerca de 30técnicos envolvi<strong>do</strong>s na operacionalizaçãoda cobrança, liga<strong>do</strong>s à ANA,Secretaria de Meio Ambiente de SãoPaulo - Coordena<strong>do</strong>ria de RecursosHídricos (SMA/CRHi), Departamentode Águas e Energia Elétrica deSão Paulo (DAEE), Instituto Mineirode Gestão das Águas (IGAM) e FundaçãoSuperintendência Estadualde Rios e Lagoas <strong>do</strong> Rio de Janeiro(SERLA), bem como integrantes daAgência de Água PCJ.O objetivo desta oficina foi integraros procedimentos operacionaise compatibilizar as normas, bemcomo propiciar a troca de experiênciasentre os agentes que estãoimplementan<strong>do</strong> a cobrança pelouso de recursos hídricos nas duasbacias hidrográficas. Para os organiza<strong>do</strong>res,essa integração entre aANA e os órgãos gestores estaduaisé necessária para a adequada implementação<strong>do</strong> Sistema Nacionalde Informação de Recursos Hídricos(SNIRH), visan<strong>do</strong> compatibilizara cobrança nos rios de diferentes<strong>do</strong>mínios existentes numa mesmabacia hidrográfica.EDSON FUJITA/AGEVAP12NOVEMBRO 2008 Nº <strong>19</strong> ANO 9 INFORMATIVO CEIVAP

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