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Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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306Hokazono K, Oliveira M, Moura FC, Monteiro MLRFigura 2. Exames <strong>de</strong> tomografia computadorizada (A1 e A2) e <strong>de</strong> imagem por ressonância magnética (B1 e B2) evi<strong>de</strong>nciando oespessamento dos músculos extra-oculares, realce do nervo óptico e espessamento e realce meníngeo.Foi realizada tomografia computadorizada (TC) <strong>de</strong> órbitase seios da face com cortes axiais e coronais <strong>de</strong>monstrandoespessamento difuso da musculatura ocularextrínseca. A ressonância magnética (RM) <strong>de</strong> crânio eórbitas evi<strong>de</strong>nciou espessamento dos músculosextrínsecos da órbita esquerda, com aumento do sinal <strong>de</strong>impregnação da musculatura ocular extrínseca esquerda,em imagens enfatizando T2; tênue halo <strong>de</strong> realce nonervo óptico esquerdo após administração <strong>de</strong> contraste,realce leptomeníngeo na base do crânio (sugerindo inflamaçãomeníngea regional) e assimetria <strong>de</strong> seios cavernosos,maior à esquerda (indicativo <strong>de</strong> congestão)(Figura 2). A análise do líquor ,extraído por punção lombar,mostrou pressão <strong>de</strong> abertura normal,proteínas=149mg/dl, glicose=32mg/dl (glicemia=63mg/dl), células=418/mm³ (linfócitos=88%).O diagnóstico <strong>de</strong> HZO foi feito baseado no quadroclínico, laboratorial e radiológico. O tratamento, instituídoem regime <strong>de</strong> internação hospitalar, consistiu <strong>de</strong>aciclovir 10mg/kg/dose a cada 8 horas e pulsoterapiacom metilprednisolona intravenoso 500mg/dia por 3dias, seguido <strong>de</strong> prednisona 1mg/kg/dia via oral com reduçãogradual <strong>de</strong> acordo com a remissão dos sinais esintomas, além <strong>de</strong> tratamento tópico, utilizando colírios<strong>de</strong> <strong>de</strong>xametasona 0,1% e tropicamida 1% no olho esquerdo.No 3º dia <strong>de</strong> internação houve melhora daacuida<strong>de</strong> visual <strong>de</strong> conta-<strong>de</strong>dos para 0,3, associada à reduçãodo <strong>de</strong>feito pupilar aferente relativo. A melhora daptose e da motilida<strong>de</strong> ocular extrínseca foi mais lenta,com abertura palpebral parcial e discreta recuperaçãoda abdução após 4 semanas. No 4º mês <strong>de</strong> seguimento, opaciente apresentava acuida<strong>de</strong> visual <strong>de</strong> 1,0 em ambosos olhos, ausência <strong>de</strong> ptose palpebral e rotaçõesbinoculares normais, exceto por adução reduzida do olhoesquerdo (Figura 3).DISCUSSÃOO vírus varicela-zoster (VVZ) é um membro dafamília dos herpes vírus que provoca duas doenças clinicamentedistintas: a varicela e o Herpes zoster. O Herpeszoster é <strong>de</strong>corrente da reativação do VVZ que seencontrava latente, e se manifesta como erupçãovesiculosa aguda e dolorosa em <strong>de</strong>rmátomos, precedidaspor pródromos <strong>de</strong> febre e cefaléia. O Herpes zosteroftálmico (HZO) é <strong>de</strong>corrente da reativação do vírusvaricela-zoster que se encontrava latente no gângliotrigeminal, (9) resultando no comprometimento dos ra-Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (5): 304-8

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