12.07.2015 Views

Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

294Men<strong>de</strong>s MH, Betinjane AJ, Cavalcante AFS, Castanheira VRC, Cheng CT, Carani JCElias da mácula e da pare<strong>de</strong> ocular. Em todos eles, a sonda<strong>de</strong> 20 MHz permitiu a obtenção <strong>de</strong> imagens com melhor<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> limites e formas, possibilitando diferenciaçãomais precisa entre as alterações nas interfacescorói<strong>de</strong>-retina-esclera (Figura 3), Neste grupo <strong>de</strong> pacienteshouveram casos em que a sonda <strong>de</strong> 20 MHz possibilitou<strong>de</strong>tectar e diferenciar estruturas que a sonda <strong>de</strong>10 MHz não po<strong>de</strong>.Na avaliação dos pacientes com <strong>de</strong>scolamento<strong>de</strong> retina e/ou corói<strong>de</strong> pouco elevados, as sondas se mostraramsimilares, com melhor <strong>de</strong>limitação e localizaçãodas estruturas com a sonda <strong>de</strong> 20 MHz em alguns casos.Quando o <strong>de</strong>scolamento é maior, situando-se mais distanteda pare<strong>de</strong> ocular posterior, ocupando a cavida<strong>de</strong> vítreaanterior, a sonda <strong>de</strong> 10 MHz foi mais eficaz, pois permitelocalizá-los com mais facilida<strong>de</strong>, e por vezes chegando aserem somente <strong>de</strong>tectados pela sonda <strong>de</strong> 10 MHz.DISCUSSÃOA ultra-sonografia ocular é um exame nãoinvasivo, eficaz e versátil, que propicia diagnóstico seguro<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> doenças oculares, eque vem sendo cada vez mais aperfeiçoado com novastecnologias (7,8) . Há alguns anos, é bem estabelecido o uso<strong>de</strong> sondas com maiores freqüências para a avaliação dosegmento anterior do globo ocular (9,10) , mas as vantagenstrazidas por sondas <strong>de</strong>sse tipo não são em todo aplicáveispara o exame do segmento posterior.As sondas <strong>de</strong> maior freqüência têm maior resoluçãoe menor penetração, portanto a sonda <strong>de</strong> 20 MHzsupostamente seria mais indicada para avaliação <strong>de</strong> estruturase anomalias mais anteriores, ao contrário dasonda <strong>de</strong> 10 MHz, que então teria sua maior eficáciaquanto mais posteriormente no bulbo ocular se localizassea lesão. No entanto, neste presente estudo, observou-sejustamente situação contrária. Isso se <strong>de</strong>ve aofato da sonda <strong>de</strong> 20 MHz do aparelho utilizado ser projetadapara distância focal aumentada, ou seja, seu funcionamentoi<strong>de</strong>al se dá no pólo posterior do bulbo ocular,permitindo uma maior resolução, a qual é inerente àsua maior freqüência, e propiciando uma profundida<strong>de</strong><strong>de</strong> foco semelhante às das sondas <strong>de</strong> menor freqüência.A sonda <strong>de</strong> 10 MHz, com o ganho máximo, permitiumaior <strong>de</strong>tecção das anormalida<strong>de</strong>s da cavida<strong>de</strong> vítrea,e com ganhos menores foram obtidas imagens commelhores <strong>de</strong>talhes no estudo da pare<strong>de</strong> ocular. A sonda<strong>de</strong> 20 MHz, por sua vez, mesmo com o ganho máximonão possibilitou captação <strong>de</strong> imagens a<strong>de</strong>quadas das alteraçõesdo gel vítreo, pois ela foi menos sensível para a<strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>stas estrutura nesta localização.No presente estudo, as imagens com a sonda <strong>de</strong> 10MHz no método trans-palpebral e trans-ocular forammuito semelhantes, não havendo diferença significativaentre esses dois métodos. Já com a sonda <strong>de</strong> 20 MHzobservou-se expressiva diferença quando utilizada sobrea pálpebra ou diretamente em contato com o globoocular, mostrando melhor resolução neste último caso.Nos olhos submetidos à cirurgia em que foram injetadassubstâncias na cavida<strong>de</strong> vítrea, não é possível aobtenção <strong>de</strong> imagens satisfatórias com ambas as sondas.CONCLUSÃOA sonda <strong>de</strong> 20 MHz tem resolução superior para<strong>de</strong>tectar <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> anomalias da pare<strong>de</strong> ocular posteriore da interface vítreo-retiniana. Já a <strong>de</strong> 10 MHz ésuperior para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> anomalias no humor vítreo,particularmente nas porções mais anteriores da cavida<strong>de</strong>.A qualida<strong>de</strong> das imagens obtidas com a sonda <strong>de</strong> 10MHz é semelhante quando utiliza-se o método transpalpebralou diretamente em contato com o olho. Já asonda <strong>de</strong> 20 MHz permite exames <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong>(maior resolução), quando a sonda é utilizada em contatocom o globo ocular.ABSTRACTThe ultrasound is an important method in the evaluationof abnormalities of the posterior segment of the eye.Purpose: To compare the advantages and disadvantagesof 10 and 20 MHz probe on B- scanning ultra-sonographyin evaluation of vitreous and posterior pole diseases,providing recommendations for their use. Methods:Patients from Hospital das Clinicas of the University ofSão Paulo (HC-FMUSP), atten<strong>de</strong>d between February2006 and April 2007, were submitted to ultrasound examsusing CINE-Scan® (Quantel Medical Inc) B-scan with10 and 20MHz probe. The patients were examined bythree experienced ophthalmologists, in horizontal dorsalposition, after instillation of tetracaine 1% drops, first withthe probe in direct contact with eyelids, and then with theprobe placed directly in contact with the sclera or cornea.The images obtained were compared immediately duringand after the examination. Results: The 20 MHz probereveled a superior resolution to study <strong>de</strong>tails, like shapeand limits, on the posterior pole, and the 10 MHz probeprovi<strong>de</strong>d better evaluation on vitreous humor. There wereno differences if the exam was performed on eyelids orRev Bras Oftalmol. 2009; 68 (5): 291-5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!