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Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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292Men<strong>de</strong>s MH, Betinjane AJ, Cavalcante AFS, Castanheira VRC, Cheng CT, Carani JCEINTRODUÇÃOAs primeiras publicações sobre ecografia oculardatam <strong>de</strong> 1956. Em 1958, Baum e Greenwoodintroduziram a sonda B bidimensional <strong>de</strong>imersão. Posteriormente em 1972, Bronson <strong>de</strong>senvolveuum transdutor <strong>de</strong> sonda B <strong>de</strong> contato, tornando a ultrasonografiaum método diagnóstico inócuo indolor commelhor aceitação pelos pacientes. Des<strong>de</strong> então, houvegran<strong>de</strong> evolução <strong>de</strong>ste exame (1-3) .A ultra-sonografia oftalmológica convencional nomodo B é geralmente realizada com sondas <strong>de</strong> 8 e 10MHz para estudo das anormalida<strong>de</strong>s do segmento posterior,enquanto transdutores <strong>de</strong> alta freqüência <strong>de</strong> 20 a50 MHz são utilizados para avaliar <strong>de</strong>talhes do segmentoanterior (4) .Em estudos recentes, sondas <strong>de</strong> freqüências maisaltas (20 a 25 MHz) para avaliação <strong>de</strong> alterações dosegmento posterior do globo têm alcançado excelentequalida<strong>de</strong> nas imagens obtidas (5,6) .Este estudo teve como objetivo comparar as imagensobtidas com o uso da sonda <strong>de</strong> 10 e 20 MHz, avaliandoas vantagens e <strong>de</strong>svantagens na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>anormalida<strong>de</strong>s do pólo posterior e cavida<strong>de</strong> vítrea.Figura 1: Descolamento <strong>de</strong> retina tracional diabético. Percebe-semelhor <strong>de</strong>limitação da interface vítreo-retiniana junto à pare<strong>de</strong>ocular com a sonda <strong>de</strong> 20 MHz (direita), do que com a sonda <strong>de</strong> 10MHz (esquerda).Figura 2: Drusas <strong>de</strong> papila evi<strong>de</strong>nciadas com sonda <strong>de</strong> 10 MHz(esquerda) e <strong>de</strong> 20 MHz (direita)MÉTODOSPacientes acompanhados no ambulatório <strong>de</strong> oftalmologiado Hospital das Clínicas da FMUSP, com diferentesindicações <strong>de</strong> ultra-sonografia ocular foramexaminados entre fevereiro <strong>de</strong> 2006 e abril <strong>de</strong> 2007. Foiutilizado o aparelho CINE-Scan® (Quantel MedicalInc.) em exames seqüenciais padronizados em <strong>de</strong>cúbitodorsal com sondas <strong>de</strong> 10 e 20 MHz.Os pacientes incluídos neste estudo foram examinadospor três oftalmologistas, em conjunto, do ambulatório<strong>de</strong> ecografia da clínica oftalmológica, tendo todosa<strong>de</strong>quada experiência para realização dos exames e dascomparações das imagens obtidas. A análise durante eapós os exames também foram realizadas por esses trêspesquisadores também <strong>de</strong> maneira conjunta. Todas asimagens foram obtidas com ganhos semelhantes, parafacilitar comparações e evitar erros nesta etapa do <strong>de</strong>senvolvimentodo estudo.Após instilação <strong>de</strong> uma gota <strong>de</strong> colírio <strong>de</strong>tetracaína 1% em cada olho, aplicou-se, numa primeirafase, gel condutor sobre as pálpebras, variando o ganhopara obtenção das melhores imagens possíveis. Em seguida,o exame foi realizado em contato direto da sondaFigura 3: Degeneração macular relacionada à ida<strong>de</strong>. Nota-se mais<strong>de</strong>talhes das interface com a sonda <strong>de</strong> 20 MHz (esquerda) do quecom a sonda <strong>de</strong> 10 MHz (direita).com o globo mediante aplicação <strong>de</strong> metilcelulose 5%na superfície ocular (interface entre a sonda e o olho).Essa seqüência foi seguida inicialmente com a sonda <strong>de</strong>10 MHz e em seguida com a <strong>de</strong> 20 MHz. As melhoresimagens obtidas em cada olho estudado foram comparadas.RESULTADOSForam examinados 132 olhos, dos quais 44 apresentaramalterações vítreas, 20 do nervo óptico, 31 damácula e 37 da pare<strong>de</strong> ocular. Seis olhos tinham<strong>de</strong>scolamento <strong>de</strong> corói<strong>de</strong> e 15 tinham <strong>de</strong>scolamento <strong>de</strong>retina (Quadro 1).No grupo <strong>de</strong> pacientes com alterações vítreas, osachados mais comuns foram as opacida<strong>de</strong>s puntiformessupostamente associadas a processos inflamatórias ouRev Bras Oftalmol. 2009; 68 (5): 291-5

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