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Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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288Ferreira ALL, Paulino LV, Reh<strong>de</strong>r JRCLOs dados analisados ao fim do acompanhamentoforam: acuida<strong>de</strong> visual pré-operatória e pós-operatóriafinal, com e sem correção e complicações intra e pósoperatórias.RESULTADOSOito olhos <strong>de</strong> 8 pacientes afácicos que preencheramos critérios <strong>de</strong> inclusão e exclusão, foram submetidosà fixação iriana <strong>de</strong> LIO <strong>de</strong> câmara posterior comsucesso, cinco tiveram o procedimento realizado em olhodireito (62,5%) e três em olho esquerdo (37,5%), comacompanhamento <strong>de</strong> 12,1 ± 5 meses. Média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong>73 ± 18 anos. Quatro pacientes eram homens (50%) equatro mulheres (50%) (Tabela 1).Quatro pacientes tiveram implantadas LIOsMA60AC (Alcon), três Sensar AR40 (AMO) e um Type7B (Alcon) (Tabela 2).Duas (25%) das 8 cirurgias apresentaram complicaçõesintra-operatórias, ambas relacionadas com aLIO. O paciente 3, apresentou <strong>de</strong>sinserção alça-ótica nomomento do implante da lente (Sensar AR40 – AMO)sendo necessário ampliação da incisão e substituição damesma, evoluindo no pós-operatório com ceratopatiabolhosa do pseudo-fácico. O paciente 4 apresentou comointercorrência rachadura na região central da ótica dasduas LIOs iniciais (Type7B – Alcon), sendo necessário oimplante <strong>de</strong> uma terceira lente, do mesmo mo<strong>de</strong>lo, dobrando-ao mínimo possível. Evoluiu no pós-operatóriocom aumento da pressão intra-ocular controlada commedicamentos tópicos antiglaucomatosos (Tabela 2).Nenhum paciente apresentou <strong>de</strong>scentralização daLIO, ruptura, <strong>de</strong>sinserção da sutura iriana, formação <strong>de</strong>sinéquia anterior periférica sobrejacente à região dasutura, hemorragia vítrea, e<strong>de</strong>ma macular cistói<strong>de</strong>, ou<strong>de</strong>mais alterações retinianas.Dos oito pacientes, apenas um (12,5%) (paciente3) não apresentou melhora na acuida<strong>de</strong> visual após acirurgia <strong>de</strong>vido à ceratopatia bolhosa. Dos 7 (87,5%)restantes, todos apresentaram melhor acuida<strong>de</strong> visualcorrigida igual ou superior à 20/50, <strong>de</strong>stes. quatro (50%)com visão melhor ou igual à 20/30 (Tabela 2).DISCUSSÃOExistem poucos gran<strong>de</strong>s estudos que abordam afixação iriana <strong>de</strong> câmara posterior. Muitos <strong>de</strong>stes incluemtécnicas antigas e mais complexas.Em 1994, utilizando uma gran<strong>de</strong> incisão limbar(7mm), LIO rígida <strong>de</strong> câmara posterior com 4fenestrações na ótica e sutura na meia periferia iriana,Navia-Aray reportou excelentes resultados visuais nosquais 93% dos pacientes apresentaram acuida<strong>de</strong> visualigual ou superior à pré-operatória, sendo 63% 20/40 oumelhor, sem a ocorrência <strong>de</strong> complicações significativasno segmento anterior em 30 olhos. (10) Quatro pacientesapresentaram discreta dispersão <strong>de</strong> pigmento eum evoluiu com e<strong>de</strong>ma macular cistói<strong>de</strong> persistente.Nenhum paciente <strong>de</strong>senvolveu e<strong>de</strong>ma corneano, tilt ousubluxação da LIO, irite, endoftalmite ou <strong>de</strong>scolamento<strong>de</strong> retina em um acompanhamento <strong>de</strong> 40 meses.Hoh et al reportaram uma melhora na acuida<strong>de</strong>visual após técnica <strong>de</strong> fixação iriana com LIO <strong>de</strong> 7mm e2 fenestrações na ótica em 27 dos 30 olhos, sem maiorescomplicações 11 .Zeh et Price utilizando a mesma lente e uma técnica<strong>de</strong> fixação através <strong>de</strong> incisão limbar conseguiram82,1% <strong>de</strong> acuida<strong>de</strong> visual igual ou superior a 20/80 e57,1% 20/40, ou melhor 12 .Destes estudos, complicações relacionadas à proximida<strong>de</strong>da LIO a íris posterior incluindo dispersão <strong>de</strong>pigmento, evolução <strong>de</strong> glaucoma, irites crônica e e<strong>de</strong>mamacular cistói<strong>de</strong> parecem ser mínimas e não superioresa outras técnicas <strong>de</strong> fixação 13 .Em 2003 associando uma pequena incisãocorneana à técnica <strong>de</strong> McCannel modificada por Siepers,que possibilita a confecção do nó sem a abertura da câmaraanterior 5 , Condon tornou mais simples a fixaçãoiriana <strong>de</strong> LIOs <strong>de</strong> câmara posterior por permitir a realizaçãoda técnica cirúrgica em um sistema fechado, commenor flutuação da pressão intra-ocular sem a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s incisões corneanas ou limbares 6 .Em nosso estudo optamos por esta técnica pelasseguintes vantagens: posicionamento seguro da LIOdurante a passagem da sutura <strong>de</strong>vido à captura óptica,ausência <strong>de</strong> contato entre a sutura e a ótica, cuja fricçãocom o polimetilmetacrilato (PMMA) po<strong>de</strong>ria resultarem uma quebra tardia da sutura, passagem da agulhapela periferia iriana cujos vasos radiais encapsulados e<strong>de</strong> menor calibre diminuem o risco <strong>de</strong> sangramento.Uma das preocupações com esta técnica consisteno risco <strong>de</strong> uma captura óptica ina<strong>de</strong>quada pela íris levandoa perda da LIO posteriormente durante a confecçãoda sutura. Uma estratégia para diminuir o risco foi autilização <strong>de</strong> espátula <strong>de</strong> íris sob a LIO durante sua aberturaaté a estabilização da ótica sobre a iris. Também foiutilizado cloreto <strong>de</strong> carbacol 0,1mg/ml no intra-operatóriopara minimizar o efeito midriático causado pelaanestesia, garantindo a miose necessária para uma capturaóptica eficaz.Das 8 cirurgias, nenhuma apresentou capturaRev Bras Oftalmol. 2009; 68 (5): 284-90

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