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Set-Out - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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266Netto AA, Goe<strong>de</strong>rt MEOBJETIVOO presente trabalho tem como objetivo avaliar aaplicabilida<strong>de</strong> da profilaxia da oftalmia neonatal emcinco serviços <strong>de</strong> obstetrícia <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>s da Gran<strong>de</strong>Florianópolis.MÉTODOSDesenho do estudoO estudo realizado foi uma avaliação em saú<strong>de</strong>,pelo qual a aplicabilida<strong>de</strong> do método <strong>de</strong> Credé foi avaliada.LocalO presente trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido nos cincoprincipais serviços <strong>de</strong> obstetrícia <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong>s daGran<strong>de</strong> Florianópolis, sendo quatro instituições públicase uma instituição privada.Coleta dos dadosO levantamento dos dados foi realizado no mês<strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2007, através <strong>de</strong> entrevista oral com aplicação<strong>de</strong> um questionário a neonatologistas e/ou equipes<strong>de</strong> enfermagem responsáveis pelos berçários das instituições.Foi escolhido ,<strong>de</strong> forma aleatória, apenas umentrevistado por instituição, num total <strong>de</strong> 3neonatologistas e 2 membros da equipe <strong>de</strong> enfermagem.Variáveis <strong>de</strong> estudoNo questionário constavam dados sobre o métodoprofilático empregado:(Anexo 1)a) agente profilático e sua concentração;b) forma <strong>de</strong> armazenamento e tempo <strong>de</strong> troca do agente;c) tempo <strong>de</strong> instilação da solução após o parto e quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> gotas;d) local <strong>de</strong> aplicação: sala <strong>de</strong> parto, berçário ou outros;e) qualificação do profissional que aplicou o método;f) casos indicados para aplicação;g) complicações do método;h) prazo entre as <strong>de</strong>sinfecções terminais do berçário;i) existência <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> conjuntivite neonatal na instituiçãoe se era realizada a cultura da secreção ocular;j) freqüência da conjuntivite química;k) local <strong>de</strong> produção do colírio utilizado;l) custo financeiro por unida<strong>de</strong> do colírio em) conhecimento do método <strong>de</strong> Credé e legislação vigente.RESULTADOSTodos os serviços <strong>de</strong> obstetrícia participantes doestudo aplicavam a profilaxia da oftalmia neonatal.Dentre os cinco serviços avaliados, três utilizavamvitelinato <strong>de</strong> prata a 10% e dois empregavamiodopovidona a 2,5%.Todos os agentes profiláticos utilizados eram industrializados,protegidos da luz por frascos escuros earmazenados na gela<strong>de</strong>ira. Somente uma maternida<strong>de</strong>,que empregava a iodopovidona a 2,5%, o agente erafracionado pela farmácia da instituição.Em todas as maternida<strong>de</strong>s analisadas no estudo,as soluções eram instiladas na primeira hora após o partopelas auxiliares <strong>de</strong> enfermagem ou enfermeiras, sendoinstilada uma gota em cada olho do recém-nascido,Nos serviços que utilizavam vitelinato <strong>de</strong> prata a 10%,além <strong>de</strong> uma gota em cada olho, os neonatos do sexofeminino recebiam uma gota em suas genitálias.A aplicação da profilaxia da oftalmia neonatalera indicada para todos os neonatos, exceto em duasmaternida<strong>de</strong>s, que indicavam o vitelinato <strong>de</strong> prata a 10%apenas para os recém-nascidos <strong>de</strong> parto por via vaginal.O tempo <strong>de</strong> troca dos frascos utilizados com ovitelinato <strong>de</strong> prata a 10% foi semanal em dois serviços e<strong>de</strong> acordo com a valida<strong>de</strong> do frasco em uma das maternida<strong>de</strong>s.Para a iodopovidona a 2,5% a troca foi mensalem uma <strong>de</strong>las e a cada 10 dias na maternida<strong>de</strong> quefracionava o produto.A conjuntivite química, relatada como uma complicaçãodo método, ocorreu em todas as maternida<strong>de</strong>sexceto uma que não referiu complicação comiodopovidona a 2,5%, em uso há um ano. Um dos serviços,que instilava vitelinato <strong>de</strong> prata a 10%, e outro serviço,que instilava iodopovidona a 2,5%, relataram haverconjuntivite química.Todos os serviços fizeram referência à ocorrência<strong>de</strong> raros casos <strong>de</strong> oftalmia neonatal, sendo realizadaa cultura da secreção ocular em todas as maternida<strong>de</strong>sdo estudo.As <strong>de</strong>sinfecções terminais do berçário eram realizadasa cada semana e quinzenalmente nas maternida<strong>de</strong>sque utilizavam a iodopovidona a 2,5%. Dentre asmaternida<strong>de</strong>s que empregavam vitelinato <strong>de</strong> prata a10%, duas realizavam-nas a cada trimestre e uma a cadaalta no alojamento conjunto.Diferentes locais <strong>de</strong> aplicação da profilaxia daoftalmia neonatal foram relatados. A sala <strong>de</strong> parto foi olocal <strong>de</strong> aplicação referido pelas cinco maternida<strong>de</strong>s.Em uma das maternida<strong>de</strong>s era usado o colírio vitelinatoRev Bras Oftalmol. 2009; 68 (5): 264-70

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