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ESTUDO DA REPETITIVIDADE DO ENSAIO DA DETERMINAÇÃO DO EXCESSODE ASFALTO PELA ADESÃO DE AREIA NO MICRORREVESTIMENTOASFÁLTICOMarcus <strong>do</strong>s Reis, Engº. - IPT Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Tecnológicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo.UNICAMP – Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Civil – Mestran<strong>do</strong>. Av. Prof. Almei<strong>da</strong> Pra<strong>do</strong>, s.n. -Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Universitária cep. 05508-901 – Laboratório <strong>de</strong> Pavimentos. E-mail: marcusr@ipt.br oumarcusr@fec.unicamp.brRita Moura Fortes, Prof a . Dr a - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Presbiteriana Mackenzie, Escola <strong>de</strong> Engenharia,Departamento <strong>de</strong> Engenharia Civil. UNICAMP. Rua <strong>da</strong> Consolação, 896 – Prédio 6 - 01302-907– São Paulo – SP – Brasil. E-mail: rmfortes@terra.com.brLuiz Carlos Rusilo, Dr. Eng o . - IPT Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Tecnológicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo.Av. Prof. Almei<strong>da</strong> Pra<strong>do</strong>, s.n. - Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Universitária cep. 05508-901 – Agrupamento <strong>de</strong>Engenharia <strong>de</strong> Rochas. E-mail : lcrusilo@ipt.brRESUMOO presente trabalho tem por objetivo apresentar um <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> equipamentoe <strong>do</strong> <strong>ensaio</strong> realiza<strong>do</strong> em laboratório para a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> <strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto e a<strong>de</strong>são <strong>de</strong>areia em corpos-<strong>de</strong>-prova <strong>de</strong> misturas asfálticas <strong>de</strong> microrrevestimento asfálticos afrio, utilizan<strong>do</strong> o equipamento simula<strong>do</strong>r <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Loa<strong>de</strong>d WheelTester – LWT <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a ISSA TB 109 (1990) eNBR 14 841 (2002). Este <strong>ensaio</strong> é recomen<strong>da</strong><strong>do</strong> para avaliação <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> revestimento, paraevitar exsu<strong>da</strong>ção no pavimento sob a ação <strong>do</strong> tráfego.Com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se estu<strong>da</strong>r a incerteza e a repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> oprograma chama<strong>do</strong> “Programa <strong>de</strong> Repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. Neste foram realiza<strong>do</strong>s <strong>ensaio</strong>s em placasmol<strong>da</strong><strong>da</strong>s com microrrevestimento asfáltico a frio, fixan<strong>do</strong>-se a granulometria (incluin<strong>do</strong> o fillermineral), o teor ótimo <strong>de</strong> ligante, as condições <strong>de</strong> mol<strong>da</strong>gem e as condições <strong>de</strong> <strong>ensaio</strong> (opera<strong>do</strong>r,laboratório, equipamento e calibração) sob condição <strong>de</strong> controle ambiental à temperatura <strong>de</strong>(25±1)ºC. A análise foi realiza<strong>da</strong> sob a ótica <strong>da</strong> ISO 5725-2 (1994) e também foram aplica<strong>do</strong>s ostestes <strong>de</strong> Dixon, Cochran e Sne<strong>de</strong>cor.PALAVRAS-CHAVE: repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>; pavimento; microrrevestimento; simula<strong>do</strong>r LWT, a<strong>de</strong>são<strong>de</strong> areia.


1. INTRODUÇÃOForam realiza<strong>da</strong>s uma série <strong>de</strong> <strong>ensaio</strong>s com mesma amostra, equipamento, procedimento eopera<strong>do</strong>r controlan<strong>do</strong>-se a homogeneização <strong>da</strong> amostra e temperatura ambiente.Esse procedimento teve o intuito <strong>de</strong> verificar a repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> <strong>excesso</strong> <strong>de</strong>asfalto pela a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> areia. Os corpos-<strong>de</strong>-prova consistiam em misturas asfálticas <strong>de</strong>microrrevestimento asfáltico a frio (MRAF), utilizan<strong>do</strong> o equipamento simula<strong>do</strong>r <strong>de</strong> tráfego<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Loa<strong>de</strong>d Wheel Tester - LWT.Para se obter um resulta<strong>do</strong> confiável no <strong>ensaio</strong> <strong>de</strong> uma amostra, é necessária a criação <strong>de</strong>procedimentos que possibilitem a precisão <strong>do</strong> mesmo em sua realização, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com aISO 5725-2 (1994). Tais procedimentos po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>do</strong>s basicamente em duas formas, a<strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> reprodutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.É recomendável que em to<strong>do</strong> <strong>ensaio</strong> seja verifica<strong>da</strong> a sua repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e/ou reprodutivi<strong>da</strong><strong>de</strong>conforme a condição, garantin<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.A repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, segun<strong>do</strong> Waeny (1980), é “o valor máximo espera<strong>do</strong> para a diferença entre pelomenos <strong>do</strong>is resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s com a mesma amostra e o mesmo méto<strong>do</strong>, sob as mesmascondições”. Po<strong>de</strong>-se exemplificar a manutenção <strong>de</strong> condições como a manutenção <strong>de</strong> mesmoopera<strong>do</strong>r, mesmo equipamento e mesmas condições ambientais para as repetições.Por outro la<strong>do</strong>, a reprodutivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é o “valor máximo espera<strong>do</strong> para a diferença entre pelo menos<strong>do</strong>is resulta<strong>do</strong>s, obti<strong>do</strong>s com a mesma amostra e o mesmo méto<strong>do</strong>, sob condições diferentes”.Assim, é o caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação (um mesmo <strong>ensaio</strong>) feita por laboratórios diferentes numamesma amostra.2 GENERALIDADES DO MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIOMODIFICADO COM POLÍMEROA aplicação <strong>do</strong> MRAF é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> na recuperação <strong>de</strong> pavimentos que não apresentemproblemas estruturais. É uma mistura composta <strong>de</strong> agrega<strong>do</strong>s, água, aditivos e emulsão asfálticamodifica<strong>da</strong> por polímero, tais como estireno butadieno estireno (SBS) ou borracha <strong>de</strong> estirenobutadieno (SBR), em proporções previamente <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s em projeto.É usa<strong>do</strong> para manutenção ou tratamento <strong>de</strong> superfície no pavimento <strong>de</strong> concreto asfáltico,melhoran<strong>do</strong> a resistência à <strong>de</strong>rrapagem superficial, reduzin<strong>do</strong> a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água que penetranas cama<strong>da</strong>s <strong>do</strong> pavimento, oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> superfície e, reduzin<strong>do</strong> a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oxigênio que entrano mesmo e que migra para as cama<strong>da</strong>s inferiores. Como um tratamento <strong>de</strong> manutenção, po<strong>de</strong> serusa<strong>do</strong> para corrigir irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s, fissuras e <strong>de</strong>sgastes superficiais. A cama<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser libera<strong>da</strong>ao tráfego após um curto perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo.No Brasil, os <strong>ensaio</strong>s realiza<strong>do</strong>s no MRAF para elaboração <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> mistura, no controletecnológico e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s materiais, no processo executivo e na avaliação <strong>do</strong>s serviços éregi<strong>da</strong> pela especificação <strong>da</strong> NBR 14948 (2003) “micro revestimento asfáltico a frio comemulsão modifica<strong>da</strong> por polímero”.2.1 Ensaios Utiliza<strong>do</strong>s para Avaliação <strong>do</strong> DesempenhoPara a avaliação <strong>da</strong> compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s materiais <strong>do</strong> microrrevestimento asfáltico a friomodifica<strong>do</strong> por polímero, foram realiza<strong>do</strong>s os <strong>ensaio</strong>s seguin<strong>do</strong> as recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> ISSA A143 (2003) e a NBR 14.948 (2003).


3.3 Granulometria <strong>do</strong>s Agrega<strong>do</strong>sFoi utiliza<strong>do</strong> o granito como agrega<strong>do</strong> para a produção <strong>do</strong> microrrevestimento asfáltico a frio,aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à ISSA A 143 (2003). A caracterização quanto à resistência a abrasão <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> foifeita a partir <strong>do</strong> <strong>ensaio</strong> <strong>de</strong> abrasão Los Angeles, realizan<strong>do</strong>-se também o <strong>ensaio</strong> <strong>de</strong> equivalente <strong>de</strong>areia e <strong>do</strong> azul <strong>de</strong> metileno que <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r aos parâmetros especifica<strong>do</strong>s pelos méto<strong>do</strong>s quepossibilitam a escolha a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> emulsão, conforme apresenta<strong>do</strong> graficamente na Figura 2.Maiores <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>terminações foram apresenta<strong>do</strong>s por Reis (2004) e Reis & Fortes(2004).Peneiras (ASTM) N 0 200 100 50 30 16 8 4 3/8" 1/2"◦◦0 100••Equivalente <strong>de</strong> areia, (%) = 69 (DNER 054/97)90•10Abrasão Los Angeles, (%) = 21,1 (DNER 035/98)80 Azul <strong>de</strong> metileno (granito), mg/g = 4,0 (ISSA 1 145/198920◦• Faixa (B e III)- ABNT ; DNIT e ISSA70• •30•6040◦ Curva <strong>de</strong> trabalho: 1B ◦50•50•4060◦•3070•• ◦20• ◦ •80•◦ •1090◦••01000,0005 0,001 0,01 0,1 1 10 50ARGILA SILTE AREIA FINA AREIA MÉDIA A. GROSSA PEDREGULHODIÂMETRO DOS GRÃOS (mm)Figura 2: Curva granulométrica <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s no <strong>estu<strong>do</strong></strong>.A <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> consistência i<strong>de</strong>al <strong>da</strong> mistura foi realiza<strong>da</strong> aplican<strong>do</strong> a técnica recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>pela ISSA TB 106 (1990). O resulta<strong>do</strong> parcial está apresenta<strong>do</strong> na Figura 3.4,1◦3,3◦2,52,51,7◦◦8,46,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5Teor <strong>de</strong> Água (%)Figura 3: Determinação <strong>do</strong> teor ótimo <strong>de</strong> água.O teor ótimo <strong>de</strong> emulsão utiliza<strong>do</strong> foi <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> com a combinação gráfica entre os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<strong>ensaio</strong>s <strong>de</strong> per<strong>da</strong> por abrasão úmi<strong>da</strong> – Wet Track Abrasion Test – WTAT e as <strong>de</strong>terminações <strong>do</strong>


<strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto pela máquina LWT, sen<strong>do</strong> que os resulta<strong>do</strong>s estão apresenta<strong>do</strong>s graficamentena Figura 4.1000900800700600WTAT• LWTPara a curva <strong>de</strong> trabalho: (Teor ótimo= 6,6% )•••10009008007006005005385004004003002001005,8 6,6 7,030020010004 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10Ligante (%)Figura 4: Determinação <strong>do</strong> teor ótimo <strong>de</strong> emulsão na combinação<strong>do</strong> WTAT e LWT, conforme a ISSA TB-111 (1990).03.4 Descrição <strong>do</strong> EnsaioPara a obtenção <strong>do</strong> teor máximo <strong>de</strong> asfalto que po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> na mistura, tal que não hajaexu<strong>da</strong>ção, foram executa<strong>do</strong>s os procedimentos <strong>de</strong>scritos a seguir, utilizan<strong>do</strong>-se a repetição <strong>de</strong>carga cíclica aplica<strong>da</strong> pela passagem <strong>de</strong> uma ro<strong>da</strong> sobre a amostra <strong>de</strong> microrrevestimento.Ca<strong>da</strong> amostra foi prepara<strong>da</strong> com base na <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> projeto para a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pedrisco, pó <strong>de</strong>pedra, filer, teor ótimo <strong>de</strong> água e teor ótimo <strong>de</strong> emulsão (Tabela 1).Tabela 1: Dosagem final após a elaboração <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>do</strong> projeto.TRAÇO (%)TOLERÂNCIAPedrisco 19,0 -Pó <strong>de</strong> pedra 80,0 -Filer 1,0 -Água <strong>de</strong> molhagem 8,4 +/- 1,0Emulsão 10,6 +/- 0,5Cerca <strong>de</strong> 20 kg <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> agrega<strong>do</strong>s foram prepara<strong>do</strong>s, e homogeneiza<strong>do</strong>s eaproxima<strong>da</strong>mente 11kg foram utiliza<strong>do</strong>s na mol<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> 21 corpos-<strong>de</strong>-prova (CPs), geran<strong>do</strong> trêsgrupos (lote 1, lote 2 e lote 3) conforme apresenta<strong>do</strong> na Figura 5 (a). Para ca<strong>da</strong> CP, preparou-seem uma bacia uma mistura <strong>de</strong> 500g, sen<strong>do</strong> que os agrega<strong>do</strong>s foram previamente secos em estufa,resfria<strong>do</strong>s à temperatura ambiente até peso constante, manten<strong>do</strong>-se to<strong>do</strong>s os componentes e oambiente à temperatura <strong>de</strong> (25±1)ºC. Os CP <strong>da</strong> Figura 5 (b) foram mol<strong>da</strong><strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong>-se formasretangulares e seguin<strong>do</strong> o procedimento conforme especifica<strong>do</strong> pelas normas ISSA TB-109(1990) e NBR 14841(2002).


CP 1CP 2CP 3CP 4CP 5CP 6CP 7LOTE 1 LOTE 2 LOTE 3Figura 5: Lotes 1, 2 e 3, com 7 corpos-<strong>de</strong>-prova ca<strong>da</strong> (a). Mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s corpos-<strong>de</strong>-provae regularização <strong>da</strong> superfície (b).Executa<strong>da</strong> a mol<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s CPs, a lateral <strong>do</strong> mol<strong>de</strong> foi retira<strong>da</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>samente antes <strong>da</strong> ruptura<strong>da</strong> emulsão e o corpo-<strong>de</strong>-prova foi transporta<strong>do</strong> sobre a chapa <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> mol<strong>de</strong> que serviucomo base, até a estufa a temperatura <strong>de</strong> (60±1)ºC, lá permanecen<strong>do</strong> por 24 horas para cura total.Após a cura, os 21 CPs foram retira<strong>do</strong>s <strong>da</strong> estufa e esfria<strong>do</strong>s a temperatura ambiente. Apósatingirem a temperatura a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para o <strong>ensaio</strong> (25±1)ºC, os CPs foram pesa<strong>do</strong>s antes <strong>de</strong> seremcoloca<strong>do</strong>s no LWT.4. DETERMINAÇÃO DA REPETITIVIDADEPara a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>ensaio</strong> foram utiliza<strong>do</strong>s os procedimentos <strong>de</strong>scritos naISO 5.725 -2 (1994) e ASTM E691 (1992). Inicialmente realizou-se a comparação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>saplican<strong>do</strong> três testes estatísticos: Dixon, Cochran e Sne<strong>de</strong>cor, sen<strong>do</strong> que o primeiro testeestabelece um critério para rejeição <strong>de</strong> valores extremos no lote, o segun<strong>do</strong> compara ahomogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> variância entre os lotes e o terceiro é aplica<strong>do</strong> para verificar a variância entreos lotes.Ambas as normas ISO 5.725-2 (1994) e ASTM E691 (1992) <strong>de</strong>finem o valor <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (r)como o valor sob o qual a diferença absoluta entre <strong>do</strong>is resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em condições <strong>de</strong>repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> apresenta 95% <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer. Na ausência <strong>da</strong> equação <strong>da</strong>repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a norma ASTM E691 (1992) sugere que se estime um parâmetro <strong>de</strong> precisão <strong>da</strong><strong>do</strong>pela equação 1, <strong>de</strong> correlação com o <strong>de</strong>svio padrão para início <strong>de</strong> processo :r = 2,8.S d(1)on<strong>de</strong>: r = valor <strong>de</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e S d = <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s lotes.Para se verificar se o equipamento apresenta resulta<strong>do</strong>s obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> à condição <strong>de</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> pela ISO 5725-2 (1994) aplicou-se a equação 2:on<strong>de</strong>:' ⎛ E ⎞r e = ⎜1− ⎟.100(2)⎝ C ⎠r = valor <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> obti<strong>da</strong> <strong>do</strong>s <strong>ensaio</strong>s; E = nº <strong>de</strong> diferenças entre leituras maiores'eque r e C = nº <strong>de</strong> diferenças totais entre as leituras, ou seja, combinação <strong>de</strong> n leituras, 2 a 2.Para verificação <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> equipamento, utilizou-se o procedimento preconiza<strong>do</strong> naISO 5.725-2 (1994) no item 7.5, que estabelece relações entre a precisão <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e a médiaobti<strong>da</strong>, ou seja, apresenta três relações entre o <strong>de</strong>svio padrão <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (S r ) e a médiaobti<strong>da</strong> (m); conforme apresenta<strong>do</strong> na Tabela 2.


on<strong>de</strong>:Tabela 2: Relação entre o <strong>de</strong>svio padrão <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a média <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.RETA PASSANDO PELAORIGEMEquação I:Sjm jb= ΣjS r= b.m/ qSr = <strong>de</strong>svio padrão <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>Sj = <strong>de</strong>svio padrãomj = média na célulaq = número <strong>de</strong> <strong>ensaio</strong>son<strong>de</strong>:RETA INTERCEPTANDO AORDENADA POSITIVAEquação I:abS r= a + b.m⎡T⎤3.T4− T2.T5⎢⎥⎢⎣T1.T3.T2⎥⎦⎡T⎤1.T5−T2.T4⎢⎥⎢⎣T1. T3.T2⎥⎦=2=2T = Σ W 1 j jT = W . m2Σj2T3 = ΣjWj. mjT4= ΣjWj.Sj5= ΣjWj.mjSjT .Wj= 1 S jjjRELAÇÃO EXPONENCIAL COMd ≤ 1Equação III:on<strong>de</strong>:Tlog = c + d logmS rT2.T3c =q.T2− T . T− T1 421T1 = Σjlogm j22= (log j)T3 = Σjlog S jT Σ jm= Σ (logm).(log S4 j jjApós os cálculos <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> o intervalo <strong>de</strong> confiança (figura 6) com uma confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>95% para a estimativa obti<strong>da</strong> a partir <strong>do</strong>s valores <strong>do</strong>s <strong>ensaio</strong>s realiza<strong>do</strong>s, utilizan<strong>do</strong> a equação 3:'( 1− r )'' reere= re± zα (3)2 Con<strong>de</strong>: re= valor <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> real <strong>do</strong> equipamento e r 'e= valor <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> obti<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<strong>ensaio</strong>s.)Figura 6: Intervalo <strong>de</strong> confiança al com a confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 95%Esse procedimento possibilitou i<strong>de</strong>ntificar, para seu controle, fatores que causam maiorvariabili<strong>da</strong><strong>de</strong> no <strong>ensaio</strong>, <strong>de</strong> maneira a se manter os valores <strong>de</strong> dispersão <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s laboratoriaisem um nível aceitável.O fluxograma <strong>da</strong> Figura 7 apresenta<strong>do</strong> a seguir ilustra resumi<strong>da</strong>mente a meto<strong>do</strong>logia, a qualpossibilita analisar e verificar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s para qualquer tipo <strong>de</strong> <strong>ensaio</strong> e


equipamento, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se verificar também a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> apresenta<strong>da</strong> por diferentes opera<strong>do</strong>res.Para tanto, são necessárias as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s a<strong>da</strong>ptações para sua aplicação.DETERMINAÇÃO DA REPETITIVIDADE95% DE PROBABILIDADE DE QUE A DIFERENÇA ABSOLUTA ENTRE 2 RESULTADOSESTEJA ABAIXO DE UM VALOR LIMITE ISO 5725/94 e ASTM E 691/921ºReta passan<strong>do</strong> pelaorigem: S r= b.mReta interceptan<strong>do</strong> a or<strong>de</strong>na<strong>da</strong>positiva: S r= a + b.mr ’ e= (1-E/C).1002º 3ºr = 2,8 S d5. RESULTADOS OBTIDOSFigura 7: Fluxograma para a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.A Tabela 3 apresenta os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lote <strong>de</strong> <strong>ensaio</strong>, ca<strong>da</strong> qual com sete <strong>de</strong>terminações. NaTabela 4 estão apresenta<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes (Dixon, Cochran e Sne<strong>de</strong>cor) aplica<strong>do</strong>s àTabela 3.Tabela 3: Resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nos <strong>ensaio</strong>s <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> areia pela máquina LWT, com valoresem g/m 2 .CORPOS-DE-PROVA LOTE 1 LOTE 2 LOTE 31 364,04 431,76 423,302 330,17 414,83 457,163 364,04 364,04 389,434 380,97 347,10 452,935 440,23 406,37 304,776 406,37 423,30 406,377 457,16 499,49 347,10Média (m) 391,85 412,41 397,30Desvio-padrão (S) 45,2525 49,5372 55,646Coeficiente <strong>de</strong> Variação <strong>da</strong>Amostra (m/S)Relação exponencial com d≤1:Log S r = C + d.log.mVerifica a repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> coma norma ISO 5725-2.Verifica a repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> sob umaprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência α.r e > r4ºPROBABILISTICAMENTEDETERMINISTICAMENTEr’ e > r0,11548 0,12012 0,14006'( 1−re)NOTA: Po<strong>de</strong>-se observar que to<strong>do</strong>s os valores aten<strong>de</strong>ram à especificação ISSA TB 109(1990), que estipula o valor máximo <strong>de</strong> 538 g/m 2 .rer± z'= e α2r'eC


Tabela 4: Resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s testes (Dixon, Cochran e Sne<strong>de</strong>cor) aplica<strong>do</strong>s à Tabela 5.TESTE DETESTE DE DIXONTESTE DE COCHRANLOTESSNEDECOR1 2 3 1 2 3Maior1 e 2 1 e 3 2 e 30,133 0,444 0,028(entre os CP)Variância: 2.047,79 2.453,93 3096,43 VariânciaMenor0,267 0,111 0,278(entre os CP)Somatória 7598,15Calcula<strong>da</strong> 1,09 1,023 1,12Maior valor entre0,569 0,569 0,569Valor tabela<strong>do</strong>as variâncias 3096,43Tabela<strong>da</strong> 4,28 4,28 4,28- - - -VC (calcula<strong>do</strong>) 0,408- - -VC (tabela<strong>do</strong>) 0,675 - - - -Resulta<strong>do</strong>s NR NR NR h h h hNOTA: NR = Não rejeita<strong>do</strong>; VC = valor crítico; h= homogêneosPelos testes estatísticos os lotes não foram rejeita<strong>do</strong>s e apresentaram compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>resulta<strong>do</strong>s.5.1. Memorial <strong>de</strong> CálculoA seguir são apresenta<strong>do</strong>s os procedimentos <strong>de</strong> cálculo para <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong>s equações finais I,II e III e <strong>do</strong> gráfico <strong>da</strong> Figura 8.Equação I: Sr=bm (Tabela 4) LOTE 1 LOTE 2 LOTE 3(ASTM E691)r = 2,8*S = 2,8 126,7 138,7 155,8b (n = q = 3 ) 0,125Sr 49,068 51,642 49,749Equação II: Sr = a + bm (Tabela 4)W0= 1/Si 2 0,0 0,0 0,0T i = Σ i W i T1 0,0012T 2 = Σ i W i .M i 0,19 0,17 0,13 T2 = 0,48772T 3 = Σ i M i 2 .W i 74,98 69,31 50,98 T3 = 195,2701T 4 = Σ i W i .S i 0,02 0,02 0,02 T4 = 0,0603T 5 = Σ i M i .W i . S i 8,66 8,33 7,14 T5 = 24,1244a = 1,306 ; b = 0,120Sr = a + bm 48,439 50,912 49,093W1= 1/S0 2 0 0 0T i = ΣiWi T1 0,0012T 2 = Σ i W i .M i 0,17 0,16 0,16 T2 = 0,4910T 3 = Σ i M i 2 .W i 65,44 65,62 65,49 T3 = 196,5531T 4 = Σ i W i .S i 0,02 0,02 0,02 T4 = 0,0615T 5 = Σ i M i .W i . S i 7,56 7,88 9,17 T5 = 24,6122a = 15,229 ; b = 0,0872Sr = a + bm 49,390 51,183 49,865W2= 1/S1 2 0 0 0


T i = ΣiWi T1 0,0012T 2 = Σ i W i .M i 0,16 0,16 0,16 T2 = 0,4778T 3 = Σ i M i 2 .W i 62,95 64,93 63,48 T3 = 191,3511T 4 = Σ i W i .S i 0,02 0,02 0,02 T4 = 0,0598T 5 = Σ i M i .W i . S i 7,27 7,80 8,89 T5 = 23,9588a = 16,427 ; b = 0,0842Sr = a + bm 49,416 51,147 49,874Equação III: log(Sr) = c + d*log(m) (Tabela 4)T1=Σ i log m i = 7,8076 2,593 2,615 2,599T2=Σ i (log m i ) 2 = 20,3196 6,7243 6,8400 6,7554T3=Σ i (log S i ) = 5,0960 1,656 1,695 1,745T4=Σ i (log mi).(log S i ) = 13,2627 4,2933 4,4328 4,5366q = 3 ; c = -0,244191 ; d = 0,7465 ; C = 0,5699Sr = C. m dSr =0,570.m dlog(Sr) = 1,692 1,708 1,696Sr = 49,164 51,078 49,673As equações obti<strong>da</strong>s no <strong>ensaio</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> <strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto e a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> areia, segun<strong>do</strong>a Tabela 2, foram: equação I: Sr = 0, 125m, equação II: Sr = 16 ,4 + 0, 0842me,0,746equação III: Sr = 0,570m.Na figura 8 estão plota<strong>do</strong>s os valores <strong>de</strong> Sr (<strong>de</strong>svio-padrão <strong>da</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>) em relação aosvalores <strong>de</strong> m (média <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s), para o <strong>ensaio</strong> que <strong>de</strong>termina o <strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto pela areia<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são com valores <strong>da</strong><strong>do</strong>s em g/m 2 .Sr60504030Equação II’2010Equação IEquação III’00 100 200 300 400 500mFigura 8: Plotagem <strong>do</strong>s valores <strong>de</strong> Sr versus valores <strong>de</strong> m.A Tabela 5 apresenta um resumo <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> S/m e <strong>de</strong> Sr/m obti<strong>da</strong>s para as equações I, II eIII, sen<strong>do</strong> transcritos os valores em percentuais. Nota-se que as três equações apresentarampequenas variações entre si, sen<strong>do</strong> que a equação III apresentou menor variação.’


Tabela 5: Resumo <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> S/m e <strong>de</strong> Sr/m para as equações I, II e III obti<strong>da</strong>s no<strong>ensaio</strong>, <strong>da</strong><strong>da</strong>s em valores percentuais <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> <strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto.ENSAIOS/MEQUAÇÃOI II IIILOTE 1 11,5 12,5 12,6 12,5LOTE 2 12,0 12,5 12,4 12,4LOTE 3 14,0 12,5 12,6 12,5Aplican<strong>do</strong>-se a equação 2, obteve-se o valor 97% > 95%, portanto aten<strong>de</strong>u aoespecifica<strong>do</strong> pela ISO 5725-2 (2).Aplican<strong>do</strong>-se a equação 3 para o cálculo <strong>do</strong> intervalo <strong>de</strong> confiança, com umaconfiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 95%, para a estimativa obti<strong>da</strong> a partir <strong>do</strong>s valores <strong>do</strong>s <strong>ensaio</strong>s realiza<strong>do</strong>s,obteve-se r e = (97 ± 4)%. Portanto, mesmo aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>terministicamente à equação 1, aprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r probabilisticamente ao critério <strong>de</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é <strong>de</strong> 69%, ou seja, <strong>de</strong>100 <strong>ensaio</strong>s executa<strong>do</strong>s, espera-se que 69% estejam aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à norma, mas 31% não (Figura 9).Maior <strong>de</strong>talhe <strong>do</strong>s cálculos efetua<strong>do</strong>s po<strong>de</strong> ser obti<strong>do</strong> em Reis (2004).DETERMINISTICAMENTEPROBABILISTICAMENTEREPETITIVIDADE 97% > 95%Figura 9: Critérios <strong>de</strong>terminístico e probabilístico <strong>de</strong> atendimento à norma.6 CONSIDERAÇÕES FINAISAvalian<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s na <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> <strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto pela areia <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são, verificouseque na comparação entre os três lotes <strong>de</strong> corpos-<strong>de</strong>-prova ensaia<strong>do</strong>s (1, 2 e 3), não houverejeição por extremo <strong>do</strong> valor amostra<strong>do</strong> disperso além <strong>do</strong> aceito pela norma. Observou-setambém que os lotes têm boa homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> e, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> aceitação, há igual<strong>da</strong><strong>de</strong>entre as variâncias, o que aten<strong>de</strong> ao especifica<strong>do</strong> pelo méto<strong>do</strong>.Verificou-se que tanto o <strong>ensaio</strong> quanto o equipamento apresentaram repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> uma vez queaten<strong>de</strong>ram a premissa <strong>da</strong> ISO 5725-2 (1994), ou seja, obteve-se o valor 97% > 95%.A confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, cuja <strong>de</strong>terminação normalmente é realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>terminística, nestetrabalho foi também <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> probabilisticamente. Deste mo<strong>do</strong>, <strong>de</strong>terministicamente ocritério <strong>de</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong>, e analisan<strong>do</strong>-se probabilisticamente, o <strong>ensaio</strong> executa<strong>do</strong>aten<strong>de</strong>-se ao critério <strong>de</strong> repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> sob uma probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 69%, a partir <strong>da</strong> construção <strong>do</strong>intervalo <strong>de</strong> confiança pela equação 3.Isso porque sua <strong>de</strong>terminação é executa<strong>da</strong> sobre amostras muitas vezes pequenas e, a obediênciaao critério é então extrapola<strong>da</strong> para qualquer outro <strong>ensaio</strong> realiza<strong>do</strong> pelo equipamento. Arepetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma variável estatística sen<strong>do</strong> sempre <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> por amostragem, implican<strong>do</strong> anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> e mesmo a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento e <strong>de</strong>limitação estatística <strong>de</strong>ssa variável,como aqui realiza<strong>do</strong>, para que se conheçam efetivamente as reais condições laboratoriais sobcritérios consistentes <strong>de</strong> confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.


Outro ponto relevante é que sempre <strong>de</strong>vem ser compara<strong>do</strong>s os valores obti<strong>do</strong>s nos <strong>ensaio</strong>s com osvalores <strong>da</strong>s especificações previstas nas respectivas normas técnicas vigentes, asseguran<strong>do</strong> aquali<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima <strong>do</strong> material ensaia<strong>do</strong>. Isso é um aspecto que sempre <strong>de</strong>ve ser leva<strong>do</strong> emconsi<strong>de</strong>ração na realização <strong>de</strong> <strong>ensaio</strong>s, juntamente com a preocupação no controle <strong>da</strong>s váriasfontes <strong>de</strong> erros existentes.AGRADECIMENTOSOs autores agra<strong>de</strong>cem ao Instituto <strong>de</strong> Pesquisas Tecnológica <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo – IPT,Ipiranga Asfalto S.A. e Garcia & Monteiro S.A. pelo apoio a pesquisa.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAMERICAN SOCIETY FOR TESTNG AND MATERIALS. ASTM E691 (1992) – Stan<strong>da</strong>rdPractice for Conducting an Interlaboratory Study to <strong>de</strong>termine the Precision of a TestMethod. ASTM, EUA.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14841 (2002):Microrrevestimentos a frio: Determinação <strong>de</strong> <strong>excesso</strong> <strong>de</strong> asfalto e a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> areia pelamáquina LWT. Rio <strong>de</strong> Janeiro.______. NBR 14948 (2003): Microrrevestimentos asfálticos a frio modifica<strong>do</strong>s por polímero– Materiais, execução e <strong>de</strong>sempenho. Rio <strong>de</strong> Janeiro.INTERNATIONAL SLURRY SURFACING ASSOCIATION. ISSA A 143 (2003) Revised.May. Recommen<strong>de</strong>d Performance Gui<strong>de</strong>lines for micro-surfacing. Gui<strong>de</strong>line specifications.Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2004.______ISSA TB-106 (1990): Measurement of Slurry Seal Consistency._____. ISSA TB-109 (1990): Test method for measurement of excess asphalt in bituminousmixtures by use of a loa<strong>de</strong>d wheel tester and sand adhesion._____. ISSA TB-111 (1990): Outline gui<strong>de</strong> <strong>de</strong>sign procedure for slurry seal.INTERNATIONAL STANDARD ORGANIZATION. ISO 5.725-2 (1994). Accuracy (truenessand precision) of measurement methods and results – Part 2: Basic method for<strong>de</strong>termination of repeatability and reproducibility of a stan<strong>da</strong>rd measurement method,Suíça.KANDHAL, P. S.; COOLEY Jr., L.A. (2004) Evaluation of permanent <strong>de</strong>formation ofasphalt mixtures using wheel tester. NCAT Report No. 2002-08: Annual Meeting ofAssociation of Asphalt Paving Technologists, March.REIS, M. <strong>do</strong>s (2004)“Um <strong>estu<strong>do</strong></strong> <strong>da</strong> influência <strong>da</strong> granulometria <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s no<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> microrrevestimento asfáltico a frio quanto ao <strong>de</strong>slocamento lateral evertical”. Dissertação (Qualificação) - UNICAMP, Campinas, SP.REIS, M. <strong>do</strong>s, & FORTES, R. M. (2004) Repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s em corpos-<strong>de</strong>-prova <strong>de</strong>misturas asfálticas <strong>de</strong> microrrevestimento asfáltico a frio utilizan<strong>do</strong> o Loa<strong>de</strong>d Wheel Tester– LWT. in 35ª RPU - Reunião <strong>de</strong> Pavimentação Urbana, Rio <strong>de</strong> Janeiro. 1 CD-ROM.WAENY, J.C.C.. Repetitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e reprodutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> II. São Paulo: IPT, 1980c.14p. (Série ACM,20).

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