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O papel da Mídia na Promoção e Redução do Uso de Tabaco

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SÉRIE DE MONOGRAFIAS NCI SOBRE CONTROLE DO TABAGISMOInstituto Nacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> CâncerO <strong>papel</strong> <strong>da</strong><strong>Mídia</strong> <strong>na</strong><strong>Promoção</strong> e<strong>Redução</strong> <strong>do</strong><strong>Uso</strong> <strong>de</strong> <strong>Tabaco</strong>Resumo ExecutivoO Instituto Nacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> Câncer <strong>do</strong>s EUA atualmente não en<strong>do</strong>ssa traduções <strong>de</strong> suasinformações em idiomas estrangeiros, portanto não se <strong>de</strong>ve subenten<strong>de</strong>r nenhumen<strong>do</strong>sso em relação à tradução a seguir.


ApresentaçãoQuan<strong>do</strong> comecei a trabalhar com televisão, <strong>na</strong> filia<strong>da</strong> <strong>da</strong> ABC em Boston, em 1972, esse tipo <strong>de</strong>transmissão rei<strong>na</strong>va absoluto, e era <strong>do</strong>mi<strong>na</strong><strong>do</strong> ape<strong>na</strong>s pela ABC, pela CBS e pela NBC. Emborativesse entra<strong>do</strong> no ramo por acaso e não tivesse nenhum trei<strong>na</strong>mento formal em mídia, eurapi<strong>da</strong>mente compreendi o po<strong>de</strong>r que as on<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ar tinham <strong>de</strong> influenciar as mentes e os corações<strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>res. Também me tornei altamente consciente <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sermos precisos ecompreensíveis, lembran<strong>do</strong>-me <strong>do</strong> conselho <strong>de</strong> Mark Twain (amplamente parafrasea<strong>do</strong>) <strong>de</strong> termoscui<strong>da</strong><strong>do</strong> ao lermos livros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pois os erros po<strong>de</strong>m nos matar.A<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> atentamente as informações neste volume altamente informativo, me lembrei novamente<strong>de</strong>ssas emoções elementares: empolgação diante <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ofereci<strong>da</strong>s pela mídia e ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>em relação a possíveis maus usos. Qualquer frase, ou mínimo som, po<strong>de</strong> afetar milhões <strong>de</strong> pessoas.Ao li<strong>da</strong>rmos com o tabagismo, acredito que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sse potencial nunca <strong>de</strong>ve ser esqueci<strong>do</strong>. Otabagismo cativa as pessoas quan<strong>do</strong> elas não conseguem resistir racio<strong>na</strong>lmente a seu chama<strong>do</strong>, epo<strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar uma <strong>do</strong>ença lenta e mortal capaz <strong>de</strong> matá-las mesmo que elas tentem escapar <strong>da</strong>armadilha te<strong>na</strong>z <strong>do</strong> vício. Portanto, nós que temos o privilégio <strong>de</strong> termos acesso à mídia <strong>de</strong>vemosestar conscientes <strong>de</strong> nossa própria responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong> luta contra o tabagismo — inclusive <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escolher palavras e imagens para contrabalançar informações errôneas e as tentaçõesvolta<strong>da</strong>s aos jovens que estão sob nossos cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s.Hoje acredito que, se não sentirmos que estamos travan<strong>do</strong> uma batalha mortal contra o tabagismo,não conseguiremos unir forças para isso. Este volume contém inúmeras informações sobre como asempresas <strong>de</strong> tabaco usam a mídia em seu benefício. Imagino que, assim como eu, embora as tenhavisto em ação, você ficará surpreso com as táticas usa<strong>da</strong>s para promover o tabagismo. O tabagismo éum fenômeno social largamente impulsio<strong>na</strong><strong>do</strong> pela mídia <strong>de</strong> massa no último século, li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> porprofissio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco que mu<strong>da</strong>m constantemente <strong>de</strong> estratégia para atingir seusobjetivos. Eles combi<strong>na</strong>m a abundância <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> uma indústria altamente lucrativa com umamídia e um cenário regulatório em constante mutação para ven<strong>de</strong>r um produto que continua sen<strong>do</strong>nosso maior <strong>de</strong>safio <strong>na</strong> saú<strong>de</strong> pública. Nós só iremos acabar com o tabagismo em nossa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> seestivermos dispostos a enten<strong>de</strong>r as constantes mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> tática <strong>da</strong> indústria.Porém, este material oferece um incentivo—informações sobre esforços bem-sucedi<strong>do</strong>s no contraataque.Mais uma vez, me surpreendi com o que po<strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>r, e me senti estimula<strong>do</strong> a pensarsobre novas formas <strong>de</strong> agirmos e fazermos a diferença.Convi<strong>do</strong> vocês a tomarem este material como uma valiosa fonte <strong>de</strong> referência para enten<strong>de</strong>r como amídia po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> <strong>na</strong> luta contra o tabagismo. Mantenha-o sempre à mão para obter conselhossábios, incentivo estratégico e contar com um parceiro em uma causa nobre.Dr. Tim Johnson, M.P.H.Editor Médico, ABC NewsJunho <strong>de</strong> 2008iii


Mensagem <strong>do</strong> Editor <strong>da</strong> SérieEste é o 19º volume <strong>da</strong> série <strong>de</strong> Monografias sobre Controle <strong>do</strong> Tabagismo <strong>do</strong> Instituto Nacio<strong>na</strong>l<strong>do</strong> Câncer (NCI). A série teve início em 1991 com um projeto visionário <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> públicapara prevenção e controle <strong>do</strong> tabagismo. Des<strong>de</strong> então, temos divulga<strong>do</strong> importantes pesquisas emáreas como eficácia <strong>de</strong> intervenções comunitárias e populacio<strong>na</strong>is, o impacto <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> controle<strong>do</strong> tabagismo, os riscos associa<strong>do</strong>s ao fumo <strong>de</strong> charutos e cigarros com baixo teor <strong>de</strong> alcatrão eabor<strong>da</strong>gens <strong>de</strong> sistemas para controle <strong>do</strong> tabagismo.O tema <strong>de</strong>sta monografia resi<strong>de</strong> <strong>na</strong> confluência <strong>de</strong> três importantes tendências <strong>do</strong> último século: ocrescimento <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong> massa, o aumento concomitante no consumo <strong>de</strong> cigarros como umfenômeno social e, mais recentemente, pesquisas para enten<strong>de</strong>r e reduzir o ônus <strong>da</strong>s <strong>do</strong>ençascausa<strong>da</strong>s pelo tabagismo. Os cigarros são um produto <strong>da</strong> era <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong> massa; a arte e a ciência <strong>da</strong>scomunicações em massa e <strong>do</strong> marketing <strong>de</strong> massa foram fun<strong>da</strong>mentais para o crescimento <strong>do</strong>consumo <strong>de</strong> tabaco no século passa<strong>do</strong>. Contu<strong>do</strong>, ao mesmo tempo, a mídia contribuiu <strong>de</strong> formasignificativa para a que<strong>da</strong> <strong>de</strong> quase 50% <strong>na</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabagismo ocorri<strong>da</strong> <strong>na</strong>s quatro últimasdéca<strong>da</strong>s, aumento o conhecimento público sobre os riscos <strong>do</strong> tabagismo para a saú<strong>de</strong>, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> amu<strong>da</strong>r as normas sociais sobre o consumo <strong>de</strong> cigarros, e aumentan<strong>do</strong> a aceitação pública para compolíticas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabagismo.A presente monografia resume o que apren<strong>de</strong>mos sobre a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong> incentivar e<strong>de</strong>sestimular o consumo <strong>de</strong> tabaco. Tem havi<strong>do</strong> muito interesse e estu<strong>do</strong>s sobre a mídia, e váriaspublicações gover<strong>na</strong>mentais <strong>do</strong>cumentam o impacto <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre o consumo <strong>de</strong> tabaco. Estapublicação oferece a análise mais abrangente e crítica e uma síntese <strong>da</strong>s evidências atuais nesta área,a partir <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> várias discipli<strong>na</strong>s e tradições <strong>de</strong> pesquisa. Tem havi<strong>do</strong> um constante interesse<strong>na</strong> aplicação <strong>da</strong>quilo que apren<strong>de</strong>mos sobre prevenção e controle <strong>do</strong> tabagismo para outras áreas <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> pública (como comportamento nutricio<strong>na</strong>l). A presente monografia tem mensagensimportantes para pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, clínicos gerais e legisla<strong>do</strong>res, além <strong>da</strong>queles emcomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciências <strong>da</strong> comunicação e estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mídia.Esta monografia oferece uma avaliação abrangente <strong>da</strong> literatura sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>mensagens <strong>de</strong> mídia eficazes em prol <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e sobre políticas para o controle <strong>do</strong> marketing <strong>de</strong>cigarros, tanto nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s como no exterior. Essas informações são fun<strong>da</strong>mentais paraapoiarem os esforços para a redução <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> tabaco e a morbi<strong>de</strong>z/mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> associa<strong>da</strong>s aesse consumo. As evidências apresenta<strong>da</strong>s neste volume também salientam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>continuarmos a estu<strong>da</strong>r e compreen<strong>de</strong>r a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s forças pró-tabagismo <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r estratégias<strong>de</strong> mídia para se a<strong>da</strong>ptar a um ambiente <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabagismo em mutação.Neste volume, tivemos a satisfação <strong>de</strong> termos as palavras <strong>do</strong> Dr. Timothy Johnson, Editor Médico <strong>da</strong>ABC News, em nossa Apresentação. Na posição <strong>de</strong> médico que começou a trabalhar <strong>na</strong> televisão em1972, ele tem um longo histórico <strong>de</strong> comunicar os efeitos nocivos <strong>do</strong> tabagismo para o público. Suaexperiência e seu compromisso fornecem perspectivas valiosas sobre o po<strong>de</strong>r <strong>da</strong> mídia e por que estamonografia é tão importante para a prevenção e o controle <strong>do</strong> tabagismo.Stephen E. Marcus, Ph.D.Editor <strong>da</strong> Série <strong>de</strong> MonografiasJunho <strong>de</strong> 2008v


Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, em 2005—o mesmo ano em que 2,7 milhões <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescentes americanos entre12 e 17 anos consumiram cigarros no mês anterior 1 e 438.000 americanos morreram precocemente <strong>de</strong><strong>do</strong>enças causa<strong>da</strong>s pelo consumo <strong>de</strong> tabaco ou exposição ao fumo passivo 2 —a indústria <strong>do</strong> tabacogastou US$13,5 bilhões (em valores <strong>de</strong> 2006) em publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e promoção <strong>de</strong> cigarros, 3 uma média <strong>de</strong>US$ 37 milhões por dia. A indústria <strong>do</strong> tabaco continua superan<strong>do</strong> com sucesso restrições parciaissobre a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, e a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros continua difundi<strong>da</strong> eeficaz <strong>na</strong> promoção <strong>do</strong> tabagismo. Os esforços para frear o uso <strong>de</strong> cigarros no cinema aumentaramnos últimos anos, e as evidências a<strong>na</strong>lisa<strong>da</strong>s aqui indicam que o progresso nessa área po<strong>de</strong>ria setraduzir em menores taxas <strong>de</strong> iniciação <strong>de</strong> tabagismo entre jovens no futuro.Evidências sóli<strong>da</strong>s indicam que campanhas <strong>de</strong> mídia po<strong>de</strong>m reduzir o consumo <strong>de</strong> tabaco. Issoressalta a importância <strong>do</strong> fi<strong>na</strong>nciamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> massa <strong>na</strong> mídia e <strong>de</strong> protegê-lascontra os esforços <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco para impedi-las. Esta monografia oferece orientação sobreos tipos <strong>de</strong> mensagens <strong>de</strong> campanha <strong>de</strong> mídia que têm maior e menor probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terem sucesso.Este trabalho <strong>de</strong>staca as complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> se avaliar a influência <strong>da</strong> mídia sobre atitu<strong>de</strong>s ecomportamentos relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabagismo. A onipresença <strong>da</strong> mídia significa que <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong>ensaios ran<strong>do</strong>miza<strong>do</strong>s controla<strong>do</strong>s não costumam ser viáveis, portanto outras abor<strong>da</strong>gens <strong>de</strong> estu<strong>do</strong><strong>de</strong>vem ser usa<strong>da</strong>s para avaliar a causali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> associações entre exposições e resulta<strong>do</strong>s. Para isso,a<strong>na</strong>lisa-se uma ampla gama <strong>de</strong> pesquisas — <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s experimentais <strong>de</strong> exposição força<strong>da</strong> emlaboratório a estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> coorte <strong>de</strong> populações.Os editores <strong>da</strong> monografia esperam que as evidências coleta<strong>da</strong>s e sintetiza<strong>da</strong>s neste volumepropiciem o progresso no controle <strong>do</strong> tabagismo nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.Esta revisão <strong>de</strong>ve ser um recurso valioso para aqueles que buscam enten<strong>de</strong>r os efeitos <strong>da</strong>s campanhas<strong>de</strong> mídia sobre a promoção e o controle <strong>do</strong> tabagismo em suas próprias jurisdições, além <strong>da</strong>quelesencarrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> implementar aspectos <strong>da</strong> Convenção-Quadro para Controle <strong>do</strong> Tabagismo.Por fim, esta monografia contribui para um entendimento mais amplo <strong>do</strong>s papéis passa<strong>do</strong>s epotenciais <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong> exacerbar ou mitigar outros importantes problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública <strong>do</strong>snossos tempos.Os Editores Científicos <strong>da</strong> Monografia 19R.D., E.G., B.L., K.V. e M.W.Referências1. Substance Abuse and Mental Health Services Administration. 2005. Results from the 2005 Natio<strong>na</strong>lSurvey on Drug Use and Health. Office of Applied Studies, NSDUH Series H-27, DHHS Publication no.SMA 05–4061. Rockville, MD. http://oas.samhsa.gov/nsduh/2k5nsduh/2k5results.pdf2. Centers for Disease Control and Prevention. 2006. Smoking and tobacco use fact sheet: Tobaccorelatedmortality (up<strong>da</strong>ted September 2006). http//www.cdc.gov/tobacco/<strong>da</strong>ta_statistics/Factsheets/tobacco_related_mortality.htm.3. Fe<strong>de</strong>ral Tra<strong>de</strong> Commission. 2007. Fe<strong>de</strong>ral Tra<strong>de</strong> Commission cigarette report for 2004 and 2005.http://www.ftc.gov/reports/tobacco/2007cigarette2004-2005.pdf.viii


Agra<strong>de</strong>cimentosEsta monografia foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pelo Instituto Nacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> Câncer sob a direção geral <strong>de</strong> StephenE. Marcus, Editor <strong>da</strong> Série <strong>de</strong> Monografias. Os Editores Científicos Ro<strong>na</strong>ld M. Davis, Elizabeth A.Gilpin, Barbara Loken, K. Viswa<strong>na</strong>th e Melanie A. Wakefield foram responsáveis pelo conteú<strong>do</strong>editorial <strong>da</strong> monografia. Os editores também prepararam capítulos origi<strong>na</strong>is ou seções <strong>de</strong> capítulospara esta monografia. Autores colabora<strong>do</strong>res prepararam capítulos ou seções <strong>de</strong> capítulos. Revisorescom experiência relevante fizeram importantes revisões <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> por seção, capítulo e/ou volume.Editor <strong>da</strong> Série <strong>de</strong> MonografiasStephen E. Marcus, Ph.D.Epi<strong>de</strong>miologistaAgência <strong>de</strong> Pesquisas <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong>TabagismoPrograma <strong>de</strong> Pesquisas ComportamentaisDivisão <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Câncer e CiênciasPopulacio<strong>na</strong>isInstituto Nacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> CâncerBethes<strong>da</strong>, MDEditores CientíficosRo<strong>na</strong>ld M. Davis, M.D.Editor Científico SêniorDiretorCentro <strong>de</strong> <strong>Promoção</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Prevenção <strong>de</strong>DoençasHenry Ford Health SystemDetroit, MIElizabeth A. Gilpin, M.S.Professora Clínica <strong>de</strong> BioestatísticaPrograma <strong>de</strong> Prevenção e Controle <strong>do</strong> CâncerUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Califórnia, San DiegoMoores Cancer CenterLa Jolla, CABarbara Loken, Ph.D.ProfessoraDepartamento <strong>de</strong> MarketingCarlson School of Ma<strong>na</strong>gementUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> MinnesotaMinneapolis, MNK. Viswa<strong>na</strong>th, Ph.D.Professor Associa<strong>do</strong>Departamento <strong>de</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, DesenvolvimentoHumano e Saú<strong>de</strong>Harvard School of Public HealthDepartamento <strong>de</strong> Oncologia MédicaDa<strong>na</strong> Farber Cancer InstituteBoston, MAMelanie A. Wakefield, Ph.D.Editora Científica SêniorDiretora e Colega Pesquisa<strong>do</strong>ra Principal <strong>do</strong>NHMRCCentro <strong>de</strong> Pesquisas Comportamentais <strong>do</strong>Instituto <strong>de</strong> Pesquisa para Controle <strong>do</strong> CâncerThe Cancer Council VictoriaVictoria, AustráliaOs Autores Colabora<strong>do</strong>res, Revisores e OutrosColabora<strong>do</strong>res estão relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s <strong>na</strong>monografia.ix


Resumo ExecutivoO presente Resumo Executivo não <strong>de</strong>ve serconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um substituto para a monografiacompleta. Embora o Resumo Executivoofereça uma sinopse útil para o objetivo, aorganização e as conclusões <strong>da</strong> monografia,ele <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>-se ape<strong>na</strong>s a ser um ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong>para pesquisa<strong>do</strong>res, clínicos gerais elegisla<strong>do</strong>res no controle <strong>do</strong> tabagismo e outrasáreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Incentivamos osleitores a consultarem a monografia completapara uma síntese aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>, revisa<strong>da</strong> porcolegas, <strong>da</strong>s evidências científicas, além <strong>de</strong>referências <strong>de</strong> apoio e outros <strong>do</strong>cumentos.O tabagismo é a maior causa isola<strong>da</strong> <strong>de</strong>mortes evitáveis nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Deacor<strong>do</strong> com os Centros <strong>de</strong> Controle ePrevenção <strong>de</strong> Doenças, o tabagismo éresponsável por mais <strong>de</strong> 400.000 mortesprematuras por ano, e reduz a expectativa <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s fumantes em média 14 anos. Essetotal ultrapassa as taxas <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> porHIV/AIDS, consumo <strong>de</strong> drogas, aci<strong>de</strong>ntesautomotivos, suicídio e homicídio soma<strong>do</strong>s. 1Em 1964, o primeiro relatório <strong>do</strong> SurgeonGeneral sobre tabagismo e saú<strong>de</strong> trouxe à to<strong>na</strong>os riscos associa<strong>do</strong>s ao consumo <strong>de</strong> cigarros. 2Quatro déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong>pois, apesar <strong>da</strong>s evidênciasrapi<strong>da</strong>mente crescentes sobre o impacto <strong>do</strong>consumo <strong>de</strong> tabaco, 1 em 5 americanosadultos continua fuman<strong>do</strong> 3 e, a ca<strong>da</strong> dia, mais<strong>de</strong> 4.000 jovens fumam seu primeiro cigarro. 4As <strong>do</strong>enças causa<strong>da</strong>s pelo tabagismo custamao governo mais <strong>de</strong> US$ 160 bilhões por anoem gastos com saú<strong>de</strong> e per<strong>da</strong> <strong>de</strong>produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Enquanto o consumo <strong>de</strong> tabacocontinua, as evidências sobre o número <strong>de</strong><strong>do</strong>enças causa<strong>da</strong>s pelo tabaco continua aaumentar. O tabagismo tem um <strong>papel</strong>fun<strong>da</strong>mental no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong>pulmão, oral, laríngeo e faríngeo. Tambémestá envolvi<strong>do</strong> em outros tipos <strong>de</strong> câncer,como câncer <strong>de</strong> colo <strong>de</strong> útero, pâncreas e rim,e tem um impacto significativo <strong>na</strong> prevalência<strong>de</strong> <strong>do</strong>enças cardíacas, enfisema e pneumonia,entre outros problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. 5,6Contu<strong>do</strong>, a proporção <strong>de</strong> adultos que fumamatualmente caiu <strong>de</strong> 42% em 1965 para 21%em 2006, 3 e a porcentagem <strong>de</strong> fumantes (entre18–35 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>) que pararam <strong>de</strong> fumarfoi <strong>de</strong> 34% em 2006. 7 Mais importante para ofuturo, o tabagismo entre os jovens caiusubstancialmente; entre 1976 e 2006, aprevalência <strong>de</strong> 30 dias <strong>de</strong> tabagismo atual(fumar em uma ou mais ocasiões nos últimos30 dias) entre estu<strong>da</strong>ntes secundários caiu <strong>de</strong>39% para 22%. 8 Diante <strong>da</strong>s tendênciaspromissoras, como po<strong>de</strong>mos explicar opara<strong>do</strong>xo <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> pessoas que tiveramsucesso no aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> tabagismo enquantooutros milhões começam e continuam afumar?O histórico <strong>de</strong> esforços para controle <strong>do</strong>tabagismo até hoje vai <strong>de</strong> projetoseducacio<strong>na</strong>is e comunitários volta<strong>do</strong>s àprevenção e aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> tabagismo aintervenções legislatórias, como aumento <strong>de</strong>impostos sobre o tabaco, leis sobre ar limpoem ambientes fecha<strong>do</strong>s, e uma fiscalizaçãomais rigorosa <strong>de</strong> leis que restringem o acesso<strong>do</strong>s jovens a produtos <strong>de</strong> tabaco. 9 Diante<strong>de</strong>sse cenário, a monografia se concentra<strong>na</strong>quilo que continua sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s fenômenosmais importantes tanto <strong>na</strong> promoção quanto nocontrole <strong>do</strong> tabagismo: as comunicações emmassa. Um progresso único <strong>do</strong> século vinte, acomunicação em massa é o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>empresas abertamente organiza<strong>da</strong>s paraproduzir e distribuir produtos <strong>de</strong> informação,como noticiários, entretenimento epublici<strong>da</strong><strong>de</strong> para informar, divertir e/ou ven<strong>de</strong>rbens <strong>de</strong> consumo para o público. Semelhanteao mo<strong>de</strong>lo agente-vetor-hospe<strong>de</strong>iro-ambientepara a transmissão <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças infecciosas, amídia <strong>de</strong> massa se tornou um potente vetorpara a dissemi<strong>na</strong>ção <strong>do</strong> tabagismo—oagente—a um número crescente <strong>de</strong>hospe<strong>de</strong>iros suscetíveis ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> país. Amídia <strong>de</strong> massa também mu<strong>do</strong>u a estrutura1


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia<strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a facilitar a movimentação<strong>do</strong> agente (por exemplo, influencian<strong>do</strong> normassociais relativas ao tabagismo). Ao mesmotempo, a mídia <strong>de</strong>sempenha um <strong>papel</strong>fun<strong>da</strong>mental no controle <strong>do</strong> tabagismo, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong>a contrabalançar as influências pró-tabagismono ambiente. 10A influência <strong>da</strong> mídia e seu <strong>papel</strong> no marketing<strong>de</strong> produtos representam um <strong>do</strong>s principaisprogressos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>. Apublici<strong>da</strong><strong>de</strong> e promoção eficazes através <strong>do</strong>sca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> mídia criaram categorias inteiras <strong>de</strong>necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s huma<strong>na</strong>s por produtos e serviçosque vão além <strong>da</strong> sobrevivência básica, o que,por sua vez, estimulou o crescimento econômico<strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação, que incluem jor<strong>na</strong>is,revistas, rádio e televisão. Esses meios <strong>de</strong>comunicação evoluíram, e agora fazem parte <strong>de</strong>uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> global virtual interliga<strong>da</strong> porca<strong>na</strong>is como a Internet, as mensagens <strong>de</strong> texto, eos jogos interativos. À medi<strong>da</strong> que acomunicação <strong>de</strong> massa encurtou as distânciasentre as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, elatambém ampliou o impacto <strong>da</strong> mídia sobre asaú<strong>de</strong> pública global. Mais <strong>de</strong> 80% <strong>do</strong>s mais <strong>de</strong>1 bilhão <strong>de</strong> fumantes em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> vivemem países em <strong>de</strong>senvolvimento, e o impacto <strong>da</strong>globalização levou a um aumento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>250% <strong>na</strong>s exportações <strong>de</strong> cigarros ape<strong>na</strong>s nosEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>na</strong> déca<strong>da</strong> anterior a 2002. 1,11Além <strong>do</strong> mais, a prevalência <strong>de</strong> tabagismo nospaíses em <strong>de</strong>senvolvimento está aumentan<strong>do</strong>, aopasso que a prevalência em países<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s continua a cair, com as NaçõesUni<strong>da</strong>s projetan<strong>do</strong> um aumento global anuallíqui<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1,7% entre 1998 e 2010. Se astendências atuais continuarem, prevê-se quemais <strong>de</strong> meio bilhão <strong>da</strong> população atual <strong>do</strong>mun<strong>do</strong> per<strong>de</strong>rá a vi<strong>da</strong> em função <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong>tabaco, 12,13 ressaltan<strong>do</strong> a urgência <strong>de</strong> seexami<strong>na</strong>r o <strong>papel</strong> <strong>da</strong> mídia no marketing global<strong>do</strong> tabagismo.Ao mesmo tempo, a mídia tem um <strong>papel</strong>igualmente po<strong>de</strong>roso para influenciar indivíduose legisla<strong>do</strong>res, e teve contribuiçõesimportantíssimas em prol <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>tabagismo. Os ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> mídia têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>mol<strong>da</strong>r mo<strong>de</strong>los conceituais, influenciar aevolução <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los <strong>na</strong> percepção <strong>do</strong>público e, por fim, guiar essas percepções emdireção à implementação <strong>de</strong> políticas. 14Intervenções para controle <strong>do</strong> tabagismo sempreestiveram inerentemente liga<strong>da</strong>s à mídia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>anúncios <strong>de</strong> serviços públicos anti-tabagismotransmiti<strong>do</strong>s pela televisão por força <strong>da</strong> FairnessDoctrine <strong>da</strong> Comissão Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Comunicações(FCC) no fim <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1960s 15,16 até asrestrições publicitárias <strong>do</strong> Master SettlementAgreement <strong>de</strong> 1998 e as restrições publicitárias<strong>da</strong> Convenção-Quadro sobre Controle <strong>do</strong>Tabagismo <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>(OMS).17 O consumo anual <strong>de</strong> cigarros percapita por adulto nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s caiu <strong>de</strong> umpico <strong>de</strong> 4.345 cigarros em 1963 para umaestimativa prelimi<strong>na</strong>r <strong>de</strong> 1.654 em 2006, 18,19 umprocesso que começou com a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong>mídia em torno <strong>do</strong> relatório <strong>do</strong> Surgeon General<strong>de</strong> 1964 e continua através <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa <strong>na</strong> mídia em nome <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>tabagismo.Apesar <strong>de</strong>sses sucessos, o tabagismo ain<strong>da</strong>respon<strong>de</strong> por mais ou menos um terço <strong>da</strong>smortes por câncer em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Comoresulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> crescimento no consumo <strong>de</strong> tabaco,a OMS prevê que as mortes causa<strong>da</strong>s pelotabagismo aumentarão para 6,4 milhões por anoaté 2015, representan<strong>do</strong> 10% <strong>da</strong>s mortes nomun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>. 10,20 Essas tendências, combi<strong>na</strong><strong>da</strong>scom as inter-relações entre tabagismo e mídia,significam que é fun<strong>da</strong>mental enten<strong>de</strong>r como aexposição à mídia influencia o consumo <strong>de</strong>tabaco e explorar formas <strong>de</strong> alavancar a mídia<strong>de</strong> forma eficaz para melhorar o esta<strong>do</strong> geral <strong>da</strong>saú<strong>de</strong> pública.O Presente Resumo Executivo fornece uma basepara se enten<strong>de</strong>r a relação entre tabaco e amídia, questões meto<strong>do</strong>lógicas <strong>na</strong> pesquisa <strong>de</strong>questões relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s à mídia no tabagismo, euma visão geral e resumo <strong>da</strong>s áreas específicasabor<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>na</strong> monografia. As seções seguintesapresentam as conclusões <strong>de</strong> capítulosindividuais, segui<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s principais conclusões<strong>do</strong> volume.2


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> MidiaTabagismo e a <strong>Mídia</strong>: UmaPerspectiva Multi-NívelUm entendimento completo e abrangente <strong>do</strong><strong>papel</strong> <strong>da</strong> comunicação <strong>de</strong> massa no controle e <strong>na</strong>promoção <strong>do</strong> tabagismo exige uma abor<strong>da</strong>gemmulti-nível. No nível individual, <strong>de</strong>vemosexami<strong>na</strong>r como fatores individuais, comoconhecimento, crenças e atitu<strong>de</strong>s, influenciam esão influencia<strong>do</strong>s por mensagens <strong>da</strong> mídiarelacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabagismo e os ca<strong>na</strong>is nos quaisessas mensagens ocorrem. No nívelorganizacio<strong>na</strong>l, precisamos concentrar nossaatenção em (1) como a estrutura <strong>da</strong>sorganizações <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> massa e as práticas<strong>do</strong>s profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> mídia levam à produção <strong>de</strong>mensagens <strong>de</strong> mídia <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>,notícias e entretenimento; (2) como os<strong>de</strong>fensores, tanto <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco quanto<strong>do</strong> controle <strong>do</strong> tabagismo, tentam influenciar osnoticiários e a mídia <strong>de</strong> entretenimento; e (3) o<strong>papel</strong> <strong>da</strong> regulamentação e <strong>da</strong>s políticas públicas<strong>na</strong> influência <strong>da</strong>s comunicações relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s aotabagismo. Por fim, no nível populacio<strong>na</strong>l, éimportante consi<strong>de</strong>rar o maior ambiente culturalque é mol<strong>da</strong><strong>do</strong> pela inter-relação entre aindústria <strong>do</strong> tabaco, a mídia <strong>de</strong> massa,pesquisa<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>fensores <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>tabagismo, e legisla<strong>do</strong>res.A mídia também funcio<strong>na</strong> em vários níveis, e osníveis nos quais as partes interessa<strong>da</strong>s em ambosos la<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s questões relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabagismointeragem com a mídia po<strong>de</strong>m ser vistos comouma relação aninha<strong>da</strong>, como po<strong>de</strong>mos ver <strong>na</strong>figura <strong>na</strong> pági<strong>na</strong> seguinte. Ca<strong>da</strong> nível <strong>de</strong> 1 a 4representa um nível mais amplo e mais indireto<strong>de</strong> esforço <strong>de</strong> marketing e, ao mesmo tempo, umnível mais po<strong>de</strong>roso. Por exemplo, embora oimpacto fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong> mídia possa sersenti<strong>do</strong> muito claramente pela resposta <strong>do</strong>consumi<strong>do</strong>r direto à publici<strong>da</strong><strong>de</strong> ou àscomunicações <strong>de</strong> marketing, as intervenções nonível <strong>da</strong>s partes interessa<strong>da</strong>s costumam terefeitos <strong>de</strong> amplo alcance sobre esforçospromocio<strong>na</strong>is, atitu<strong>de</strong>s sociais em relação a umaquestão ou produto, e até mesmo políticas eregulamentações.Esta monografia procura exami<strong>na</strong>r a dinâmica<strong>de</strong> intervenções <strong>de</strong> mídia relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s aotabagismo em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>sses níveis, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>uma estrutura sistêmica. As relações entre essesníveis e as partes interessa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong><strong>de</strong>bate sobre o tabagismo, e suas relações comos capítulos <strong>da</strong> monografia, po<strong>de</strong>m ser vistas aseguir:Publici<strong>da</strong><strong>de</strong>. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e a promoção <strong>de</strong>cigarros nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s totalizou mais <strong>de</strong>US$ 13,5 bilhões em 2005 (em valores <strong>de</strong>2006), 21 com efeitos que incluíram orecrutamento <strong>de</strong> novos fumantes, principalmentejovens fumantes, além <strong>da</strong> expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>para produtos <strong>de</strong> tabaco, reforçan<strong>do</strong> otabagismo, <strong>de</strong>sestimulan<strong>do</strong> o aban<strong>do</strong>no ediscutin<strong>do</strong> questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O capítulo 4oferece uma visão geral <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>do</strong>sesforços promocio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> tabagismo no <strong>de</strong>correr<strong>da</strong> história mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>, ao passo que os capítulos 3e 8 exami<strong>na</strong>m os fun<strong>da</strong>mentos e os aspectoslegais enfrenta<strong>do</strong>s <strong>na</strong> regulamentação <strong>de</strong> taisesforços. O capítulo 11 fornece uma visão<strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>da</strong>s estratégias e temas <strong>de</strong> esforços <strong>de</strong>mídia usa<strong>do</strong>s pelos <strong>de</strong>fensores <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>tabagismo. Por fim, o capítulo 14 explora comoa indústria <strong>do</strong> tabaco usa a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e apromoção <strong>na</strong> mídia para <strong>de</strong>rrotar referen<strong>do</strong>sestaduais e iniciativas <strong>de</strong> votação sobre ocontrole <strong>do</strong> tabagismo.Comunicações <strong>de</strong> marketing. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>tabaco é parte <strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> comunicação<strong>de</strong> marketing integra<strong>da</strong> que combi<strong>na</strong> patrocínio,merchandising <strong>de</strong> marca, brand stretching,embalagem, promoções <strong>de</strong> ponto-<strong>de</strong>-ven<strong>da</strong> eposicio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> produto, através <strong>de</strong> umaampla gama <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>is, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>eventos até a Internet. 22,23 O capítulo 3 exploraaspectos-chave <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> marca e (juntamente com o capítulo 4) <strong>de</strong>fineesses termos e estratégias em sua relação com otabagismo. O capítulo 6 exami<strong>na</strong> os esforços <strong>de</strong>patrocínio <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> cigarros— isto é, aqueles realiza<strong>do</strong>s em nome <strong>da</strong>empresa, mas não relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s a uma marca <strong>de</strong>produto <strong>de</strong> tabaco específica.3


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> MidiaO capítulo 15, que encerra a monografia,exami<strong>na</strong> futuras questões <strong>na</strong> promoção <strong>do</strong>tabagismo, incluin<strong>do</strong> displays <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong>ven<strong>da</strong>, <strong>de</strong>scontos e brand marketing, nocontexto <strong>do</strong> ambiente regulatório e socialatual.Marketing foca<strong>do</strong> no consumi<strong>do</strong>r. Osesforços <strong>de</strong> marketing foca<strong>do</strong>s em produtos <strong>de</strong>consumo, incluin<strong>do</strong> estabelecimento <strong>de</strong>preços, distribuição, embalagem e <strong>de</strong>sign <strong>de</strong>produto, visam ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> marca <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> tabacoque costumam ter como ‘target’ merca<strong>do</strong>s<strong>de</strong>mográficos, psicográficos ou étnicosespecíficos. 24,25 O capítulo 3 exami<strong>na</strong>princípios-chave <strong>de</strong> targeted marketing ecomunicação <strong>de</strong> imagem <strong>de</strong> marca, ao passoque o capítulo 5 a<strong>na</strong>lisa em <strong>de</strong>talhes os temas<strong>de</strong> marketing comuns usa<strong>do</strong>s pelas empresas<strong>de</strong> tabaco para atingir seus públicos-alvo. Umaquestão ain<strong>da</strong> mais importante é a eficácia<strong>de</strong>sses esforços <strong>de</strong> mídia sobre osconsumi<strong>do</strong>res-alvo. Os capítulos 7 e 12a<strong>na</strong>lisam o impacto <strong>de</strong> intervenções <strong>de</strong> mídiapela indústria <strong>do</strong> tabaco e <strong>de</strong>fensores <strong>do</strong>tabagismo, respectivamente, sobre ocomportamento tabagista, ao passo que oscapítulos 9 e 10 exploram o <strong>papel</strong> <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong>notícias e <strong>de</strong> entretenimento <strong>na</strong> influência <strong>do</strong>consumo <strong>de</strong> tabaco entre os consumi<strong>do</strong>res.Marketing foca<strong>do</strong> <strong>na</strong>s partes interessa<strong>da</strong>s.Iniciativas <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> imagem erelacio<strong>na</strong>mento volta<strong>da</strong>s às partesinteressa<strong>da</strong>s, como varejistas, o setor <strong>de</strong>hospitali<strong>da</strong><strong>de</strong> e legisla<strong>do</strong>res, variam <strong>de</strong> alcancepessoal a organizações <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> massa4


Resumo Executivoe esforços <strong>de</strong> relações públicas em torno <strong>de</strong>temas mais amplos, como responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>social corporativa, prevenção <strong>do</strong> tabagismoentre os jovens e fornecimento <strong>de</strong> informaçõessobre riscos à saú<strong>de</strong>. 26-28 Os capítulos 6 e 9,discuti<strong>do</strong>s anteriormente, exploram apublici<strong>da</strong><strong>de</strong> corporativa e a <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong>notícias como ferramentas para criar umaimagem entre as partes interessa<strong>da</strong>s, ao passoque o capítulo 13 discute como a indústria <strong>do</strong>tabaco usa os esforços <strong>de</strong> marketing foca<strong>do</strong>s <strong>na</strong>spartes interessa<strong>da</strong>s <strong>na</strong> tentativa <strong>de</strong> mitigar oimpacto <strong>da</strong>s intervenções <strong>de</strong> mídia para controle<strong>do</strong> tabagismo sobre as ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>tabaco.Esses níveis integra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> marketing epromoção representam um <strong>de</strong>safio às metas <strong>de</strong>controle <strong>do</strong> tabagismo e saú<strong>de</strong> pública eressaltam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um exame maisprofun<strong>do</strong> <strong>de</strong> intervenções políticas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>spara abor<strong>da</strong>r o <strong>papel</strong> <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong> mídia pelaindústria <strong>do</strong> tabaco. Além <strong>do</strong> mais, à medi<strong>da</strong> queca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> direta sofrem ca<strong>da</strong> vezmais restrições <strong>de</strong> políticas públicas tanto emâmbito <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l como mundial, os gastospromocio<strong>na</strong>is com o tabaco continuam aaumentar em áreas como displays <strong>de</strong> pontos-<strong>de</strong>compra,<strong>de</strong>scontos promocio<strong>na</strong>is e marketingviral, ou “sublimi<strong>na</strong>r”. 21,24,25,29,30 Diante <strong>de</strong>ssastendências e <strong>da</strong>s reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma eradigitalmente interconecta<strong>da</strong>, os interessa<strong>do</strong>s emsaú<strong>de</strong> pública <strong>de</strong>vem continuar a monitorar arelação entre a mídia e o consumo <strong>de</strong> tabaco àmedi<strong>da</strong> que ambos evoluem no século.Estu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a <strong>Mídia</strong> e oTabagismoComo é o caso <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s pesquisas emciências sociais, avaliar a causali<strong>da</strong><strong>de</strong> é um<strong>de</strong>safio significativo — neste caso específico,<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r a relação entre a comunicação <strong>de</strong>massa e conseqüências relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s aotabagismo. Estabelecer causali<strong>da</strong><strong>de</strong> é ain<strong>da</strong> mais<strong>de</strong>safia<strong>do</strong>r no caso <strong>da</strong> comunicação <strong>de</strong> massa,<strong>da</strong><strong>da</strong> sua onipresença, a <strong>na</strong>tureza complexa <strong>do</strong>sefeitos <strong>de</strong> comunicação, e as limitações <strong>de</strong>Monografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia<strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> pesquisas. 31,32 Entre os maiores<strong>de</strong>safios <strong>na</strong> avaliação <strong>da</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong> em estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> mídia, estão:• Os efeitos <strong>de</strong> mídia são complexos emultidimensio<strong>na</strong>is: 31 (1) a mídia po<strong>de</strong> ter efeitos<strong>de</strong> curto prazo, como o impacto <strong>de</strong> uma brevemanifestação publicitária sobre atitu<strong>de</strong>s ecomportamentos <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res—por exemplo,<strong>na</strong>s ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> cigarros—e efeitos <strong>de</strong> longo prazoque são estáveis e sustenta<strong>do</strong>s, como em normas evalores sociais; (2) a influência <strong>da</strong> mídia po<strong>de</strong> serem nível micro, como em cognições, sentimentose comportamentos pessoais, ou em nível macro,influencian<strong>do</strong> políticas sociais, movimentossociais e atores sociais; (3) alguns efeitos po<strong>de</strong>malterar normas ou opiniões, como a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong>normas referentes ao consumo <strong>de</strong> tabaco, enquantooutros po<strong>de</strong>m estabilizar e reforçar normasexistentes sobre o fumo; (4) os efeitos <strong>da</strong> mídiapo<strong>de</strong>m se acumular após uma exposiçãosustenta<strong>da</strong> a mensagens ou ser não-cumulativos;(5) a influência <strong>da</strong> mídia po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> efeitossobre cognições ou atitu<strong>de</strong>s individuais oucomportamentos diretos; (6) alguns efeitos <strong>de</strong>mídia são diretos e outros, condicio<strong>na</strong>is; e (7) osefeitos <strong>de</strong> mídia po<strong>de</strong>m ser tão difusos quanto aexposição geral à mídia ou po<strong>de</strong>m ter um conteú<strong>do</strong>específico.• É difícil estabelecer grupos <strong>de</strong> controle. Emepi<strong>de</strong>miologia, alguns consi<strong>de</strong>ram o ensaio clínicoran<strong>do</strong>miza<strong>do</strong> como um padrão <strong>de</strong> ouro que po<strong>de</strong>claramente estabelecer a diferença em“exposições” entre grupos <strong>de</strong> tratamento econtrole. A assunção fun<strong>da</strong>mental por trás <strong>da</strong> idéia<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> controle é que os membros <strong>de</strong>ssegrupo não são expostos ao “tratamento,” emcontraste com um grupo <strong>de</strong> intervenção que éexposto ao tratamento.5 No caso <strong>da</strong> mídia,normalmente é difícil restringir a dissemi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong>mensagens a áreas geográficas específicas,controlar a exposição prévia ou “<strong>de</strong> fun<strong>do</strong>” àsmensagens, ofuscar o impacto <strong>de</strong> mensagensconcorrentes e conseguir exposição suficiente amensagens no grupo <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> forma quese possa distingui-lo <strong>da</strong> exposição <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong>controle.• Conforme nota<strong>do</strong> acima, os efeitos <strong>de</strong> mídia,particularmente no complexo <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,5


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiapo<strong>de</strong>m levar mais tempo para serem estabeleci<strong>do</strong>s,ao passo que a maioria <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> pesquisapo<strong>de</strong> não ter observações por uma duraçãosuficientemente longa para <strong>do</strong>cumentar osefeitos. 31 Um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> pesquisa comobservações <strong>de</strong> curta duração po<strong>de</strong> não ser capaz<strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentar os efeitos <strong>da</strong> mídia a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente.• Os efeitos <strong>de</strong> mídia po<strong>de</strong>m ser seletivos paracertos subgrupos populacio<strong>na</strong>is; isto é, nem to<strong>do</strong>sos grupos são igualmente influencia<strong>do</strong>s pelamídia. Por exemplo, as evidências mostram quecampanhas informativas ou difusão <strong>de</strong> informaçãopo<strong>de</strong>m potencialmente beneficiar alguns gruposmais <strong>do</strong> que outros. 10,33• Os efeitos <strong>de</strong> mídia nem sempre são diretos; aocontrário, po<strong>de</strong>m ser difundi<strong>do</strong>s através <strong>de</strong>outros. 31 Por exemplo, uma campanha parapromover um linha direta para aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong>cigarro po<strong>de</strong> atingir um fumante ape<strong>na</strong>s através <strong>de</strong>um parente ou amigo que seja exposto à campanhae compartilhe mensagens com o fumante. Se asobservações se limitarem àqueles que recebem osserviços <strong>da</strong> linha direta, po<strong>de</strong>-se subestimar aeficácia <strong>da</strong> campanha.• Por fim, a <strong>na</strong>tureza altamente penetrante <strong>do</strong>ambiente <strong>de</strong> mídia inclui tanto mensagens <strong>de</strong>interesse quan<strong>do</strong> “ruí<strong>do</strong>s” <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>.Em vista <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>safios, nenhum méto<strong>do</strong>isola<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong>rá fornecer opeso <strong>de</strong> evidências necessário para inferênciascausais em relação à influência <strong>da</strong>scomunicações <strong>de</strong> massa sobre o controle ou apromoção <strong>do</strong> tabagismo. O que precisamos é <strong>de</strong>uma combi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>senhos, técnicasinterpretativas e julgamentos que forneçam umvolume <strong>de</strong> evidências para permitir umaavaliação geral <strong>da</strong> relação entre mídia econseqüências relativas ao consumo <strong>de</strong>tabaco.34 Ao avaliar o impacto <strong>da</strong> mídia, osestu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem exami<strong>na</strong>r como as mensagens <strong>de</strong>mídia são gera<strong>da</strong>s (por ex., inter-relação entrepráticas jor<strong>na</strong>lísticas e esforços <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong>tabaco para influenciar a cobertura jor<strong>na</strong>lística),a <strong>na</strong>tureza <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> mídia (como notíciassobre o consumo <strong>de</strong> tabaco e seus efeitos sãocobertas ou como o consumo <strong>de</strong> tabaco érepresenta<strong>do</strong> <strong>na</strong> mídia <strong>de</strong> entretenimento), e oimpacto <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> mídia em váriasconseqüências relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabaco. Vale<strong>de</strong>stacar a frase “série <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>sao tabaco”. Diferentemente <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>sepi<strong>de</strong>miológicos em muitas outras áreas <strong>de</strong>pesquisa – <strong>na</strong>s quais relações entre exposiçãoresulta<strong>do</strong>são mais diretas – nem sempre é fácilestabelecer uma ligação causal direta entrecomportamento e mensagens <strong>da</strong> mídia.Normalmente, como discuti<strong>do</strong> acima, os efeitos<strong>da</strong> mídia po<strong>de</strong>riam ser sobre antece<strong>de</strong>ntes aocomportamento, como crenças, normas eintenções. Enfocar ape<strong>na</strong>s o comportamentopo<strong>de</strong>ria levar a conclusão equivoca<strong>da</strong> <strong>de</strong> que osefeitos <strong>da</strong> mídia são fracos.A monografia revisa estu<strong>do</strong>s basea<strong>do</strong>s emméto<strong>do</strong>s e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> pesquisas múltiplasinclusive pesquisas, experimentos <strong>de</strong> laboratórioe em campo e análises <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> mídia e<strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco. Estu<strong>do</strong>sbasea<strong>do</strong>s em pesquisas sobre grupos ousubgrupos <strong>de</strong> população têm a vantagem <strong>de</strong>observar as pessoas em seu ambiente <strong>na</strong>tural,não interromper ou <strong>de</strong>sestabilizar suas roti<strong>na</strong>s esão generalizáveis. Entretanto, o que é ganho emvali<strong>da</strong><strong>de</strong> exter<strong>na</strong> compensa a vali<strong>da</strong><strong>de</strong> inter<strong>na</strong> <strong>na</strong>forma <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> fatores externos. A escolha<strong>de</strong>ssas variáveis <strong>de</strong> controle normalmente éimportante. As pesquisas po<strong>de</strong>m ser únicas ousessões repeti<strong>da</strong>s, ou po<strong>de</strong>m ser mo<strong>de</strong>loslongitudi<strong>na</strong>is (ou painéis) on<strong>de</strong> as mesmaspessoas são entrevista<strong>da</strong>s em diferentesmomentos. O último méto<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser muitoeficiente em avaliar mu<strong>da</strong>nças ao longo <strong>do</strong>tempo e po<strong>de</strong> ser um colabora<strong>do</strong>r importantepara fornecer evidências <strong>de</strong> causali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Experimentos, particularmente experimentosbasea<strong>do</strong>s em laboratório, oferecem a vantagem<strong>da</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> inter<strong>na</strong> e são úteis <strong>na</strong> confirmação<strong>de</strong> relações causais. Entretanto, essesexperimentos normalmente são limita<strong>do</strong>s emtermos <strong>da</strong> <strong>na</strong>tureza força<strong>da</strong> <strong>da</strong> exposição, <strong>da</strong>ssituações <strong>de</strong> visualização artificiais e <strong>da</strong>slimitações <strong>de</strong> populações experimentais,6


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiafreqüentemente alunos <strong>de</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong>.Experimentos em campo têm o potencial <strong>de</strong>aumentar a vali<strong>da</strong><strong>de</strong> exter<strong>na</strong> e, ao mesmo tempo,manter um grau <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> inter<strong>na</strong>, mas estãosujeitos a várias fontes <strong>de</strong> erro, como discuti<strong>do</strong>por Cook e Campbell em seu clássico trabalhosobre mo<strong>de</strong>los quase experimentais. 35As análises <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> mídia po<strong>de</strong>m sertanto quantitativos como qualitativos. A análise<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong>s notícias sobre tabaco, porexemplo, conforme revisto no capítulo 9,<strong>de</strong>monstra como a análise sistemática <strong>da</strong>cobertura jor<strong>na</strong>lística po<strong>de</strong> oferecer umacompreensão <strong>da</strong>s notícias às quais osconsumi<strong>do</strong>res possivelmente são expostos. Issofacilita a interpretação <strong>do</strong> impacto <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><strong>da</strong>s notícias sobre o público exposto às notícias.Análises sistemáticas <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> requerem queos critérios para classificar o conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> mídiasejam explícitos e formais e que a classificaçãoou codificação seja feita por mais <strong>de</strong> umcodifica<strong>do</strong>r. A análise <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentários (porexemplo, análises <strong>do</strong>s esforços <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong>tabaco para influenciar a mídia) po<strong>de</strong> não ser“sistemática”, mas conta mais com julgamentoespecializa<strong>do</strong>. Esta análise po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>váli<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os critérios <strong>de</strong> interpretaçãosejam transparentes e as interferências sejamplausíveis consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as evidências <strong>de</strong> outrosméto<strong>do</strong>s.Em resumo, a monografia conta com atotali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> evidências <strong>de</strong> múltiplos estu<strong>do</strong>s,utilizan<strong>do</strong> vários mo<strong>de</strong>los e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisapara enten<strong>de</strong>r os efeitos <strong>da</strong> mídia no controle epromoção <strong>do</strong> tabaco. A evidência baseia-se mconsistência, força <strong>de</strong> associações eplausibili<strong>da</strong><strong>de</strong> teórica. 5,34Preparação <strong>da</strong> MonografiaA Agência <strong>de</strong> Pesquisas <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> InstitutoNacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> Câncer convi<strong>do</strong>u cincoespecialistas que representam os campos <strong>da</strong>medici<strong>na</strong>, saú<strong>de</strong> pública, comunicações,marketing, epi<strong>de</strong>miologia e estatísticas paraservir como editores <strong>da</strong> monografia. Oambicioso esforço para sintetizar a ciênciaincluiu contribuições <strong>de</strong> 23 autores selecio<strong>na</strong><strong>do</strong>spor suas experiências individuais. A monografiafoi sujeita a um rigoroso processo <strong>de</strong> revisão,que começou com a revisão <strong>do</strong> esboço <strong>da</strong>monografia.Conforme ca<strong>da</strong> capítulo ia sen<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong>, erarevisa<strong>do</strong> por vários revisores semelhantes comconhecimentos sobre o tópico individual.Quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o volume ficou completo, o esboçointeiro foi envia<strong>do</strong> para revisores especialistasque avaliaram a monografia como um to<strong>do</strong>,relacio<strong>na</strong>ram um capítulo a outro e asseguraramque as conclusões <strong>do</strong> volume foram apoia<strong>da</strong>spelo conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> monografia. O InstitutoNacio<strong>na</strong>l <strong>do</strong> Câncer conduziu a revisão fi<strong>na</strong>lantes <strong>da</strong> monografia ser impressa. Comentários<strong>de</strong> 62 revisores especializa<strong>do</strong>s formaram a base<strong>da</strong>s revisões que os autores e editores <strong>do</strong> volumefizeram <strong>da</strong> monografia. To<strong>do</strong>s esses esforçosculmi<strong>na</strong>ram em uma monografia que incluiaproxima<strong>da</strong>mente 2.000 referências, 44 tabelas,15 figuras e vários exemplos ilustrativosutiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> mídia para promover e<strong>de</strong>sestimular o tabagismo.The monografia é apoia<strong>da</strong> por sua pági<strong>na</strong> <strong>na</strong>Internet, http://www.cancercontrol.cancer.gov/tcrb/monographs/19/in<strong>de</strong>x.htm, on<strong>de</strong> hámateriais complementares para a monografia(fichas técnicas e sli<strong>de</strong>s para apresentação) elinks <strong>de</strong> recursos adicio<strong>na</strong>is sobre a mídia e otabaco.Organização <strong>da</strong> MonografiaA monografia reflete o exame completo <strong>de</strong>como os meios <strong>de</strong> comunicação em massa sãousa<strong>do</strong>s tanto para a promoção como para ocontrole <strong>do</strong> tabaco por vários acionistas e asconseqüências <strong>de</strong> tal uso. Este exame incluiurevisar• diferentes tipos <strong>de</strong> mídia, como notícias,televisão, publici<strong>da</strong><strong>de</strong>, cinema e Internet;7


Resumo Executivo• estratégias para influenciar o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>sprodutos <strong>da</strong> mídia como relações públicas ecomunicações estratégicas; e• os efeitos <strong>da</strong> comunicação <strong>da</strong> mídia sobre oinício <strong>do</strong> consumo e o consumo <strong>do</strong> tabaco.Parte 1—Introdução, estrutura a discussão <strong>da</strong>mídia e <strong>do</strong> tabagismo. O primeiro capítulooferece um panorama geral <strong>do</strong> tópico <strong>da</strong>monografia. Ele também inclui conclusões <strong>do</strong>volume e sinopses capítulo por capítulo econclusões. O segun<strong>do</strong> capítulo resume osfun<strong>da</strong>mentos teóricos <strong>de</strong> pesquisas <strong>da</strong> mídia queapóiam a lógica e meto<strong>do</strong>logia para osubseqüente exame <strong>de</strong> áreas específicas <strong>de</strong>interesse relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabaco e à mídia.Parte 2—Marketing <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>, exploraquestões relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s às intervenções <strong>da</strong> mídiautiliza<strong>da</strong>s pela indústria <strong>do</strong> tabaco parapromover seus produtos. Seus capítulos enfocamáreas que incluem vários aspectos <strong>da</strong> promoçãoe publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco, o uso <strong>da</strong> mídia pelaindústria <strong>do</strong> tabaco para publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e patrocíniocorporativo, a influência <strong>do</strong> marketing <strong>do</strong> tabacono comportamento <strong>de</strong> fumantes e as questõesconstitucio<strong>na</strong>is e normativas referentes aintervenções <strong>de</strong> políticas dirigi<strong>da</strong>s ao marketing<strong>do</strong> tabaco.Parte 3—<strong>Tabaco</strong> <strong>na</strong> <strong>Mídia</strong> <strong>de</strong>Entretenimento e Notícias, trata <strong>de</strong> <strong>do</strong>is ca<strong>na</strong>is<strong>da</strong> mídia que vão além <strong>da</strong> promoção epublici<strong>da</strong><strong>de</strong> paga para <strong>de</strong>sempenhar um <strong>papel</strong>importante <strong>na</strong> formação <strong>da</strong> opinião públicasobre o fumo. Seus capítulos exploram como acobertura <strong>da</strong> mídia jor<strong>na</strong>lística influencia otabagismo e o <strong>papel</strong> que a mídia <strong>do</strong>entretenimento <strong>de</strong>sempenha em atitu<strong>de</strong>sreferentes ao tabagismo.Parte 4—Intervenções <strong>da</strong> <strong>Mídia</strong> no Controle<strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>, enfoca como os esforços <strong>da</strong> mídiasão utiliza<strong>do</strong>s no apoio à suspensão e prevenção<strong>do</strong> tabaco, incluin<strong>do</strong> um panorama geral <strong>da</strong>sestratégias e temas em intervenções e esforços<strong>da</strong> mídia no controle <strong>do</strong> tabaco, para avaliar aMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiaeficácia <strong>de</strong> campanhas <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong>comunicação em massa para reduzir o fumo.Parte 5—<strong>Mídia</strong>, Intervenções no Controle <strong>do</strong><strong>Tabaco</strong>, e Esforços <strong>de</strong> Mitigação <strong>da</strong> Indústria<strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>, discute <strong>do</strong>is aspectos à parte <strong>do</strong>sesforços contrários <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco e <strong>da</strong>mídia: os esforços <strong>da</strong> indústria para enfraqueceras intervenções <strong>da</strong> mídia no controle <strong>do</strong> tabaco eo uso <strong>da</strong> mídia <strong>na</strong> área política para tentar<strong>de</strong>rrotar iniciativas <strong>de</strong> votação e plebiscitosestaduais <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco.Parte 6—Futuras Direções, exami<strong>na</strong> possíveistendências futuras no uso <strong>da</strong> mídia tanto para ocontrole como para a promoção <strong>do</strong> tabaco, comoum resumo <strong>da</strong>s questões discuti<strong>da</strong>s ao longo <strong>da</strong>sseções anteriores.Principais ConclusõesEstas conclusões são basea<strong>da</strong>s em evidênciascientíficas e avaliações forneci<strong>da</strong>s <strong>na</strong>monografia.1.As comunicações <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong>sempenham um<strong>papel</strong> importante <strong>na</strong> formação <strong>de</strong>conhecimentos, opiniões, atitu<strong>de</strong>s ecomportamentos relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabaco entreindivíduos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Ascomunicações <strong>da</strong> mídia sobre tabaco incluempromoção e publici<strong>da</strong><strong>de</strong> específica <strong>de</strong> marcas,cobertura jor<strong>na</strong>lística, <strong>de</strong>scrições <strong>do</strong> tabagismoe <strong>de</strong> produtos <strong>do</strong> tabaco <strong>na</strong> mídia <strong>de</strong>entretenimento, relações públicas, patrocíniocorporativo, publici<strong>da</strong><strong>de</strong> política parainiciativas <strong>de</strong> votação e plebiscitos ecampanhas <strong>da</strong> mídia para controle <strong>do</strong> tabaco.2.Os cigarros estão entre os produtos maiscomercializa<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Entre1940 e 2005, fabricantes <strong>de</strong> cigarro nos EUAgastaram aproxima<strong>da</strong>mente 250 bilhões <strong>de</strong>dólares (com base em 2006) em promoção epublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros. Em 2005, a indústriagastou $13,5 bilhões (com base em 2006) compublici<strong>da</strong><strong>de</strong> e promoção <strong>de</strong> cigarros8


Resumo Executivo($37 milhões por dia em média). Atualmente,a maior parte <strong>do</strong> orçamento <strong>de</strong> marketing <strong>da</strong>indústria <strong>do</strong> cigarro é <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong> à ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>spromocio<strong>na</strong>is, especialmente <strong>de</strong>scontos nospreços. Os <strong>de</strong>scontos nos preçosrepresentaram 75% <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas totais <strong>de</strong>marketing em 2005 ($10,1 bilhões com baseem 2006). Menos <strong>de</strong> 1% <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas commarketing <strong>de</strong> cigarro são utiliza<strong>da</strong>s para fazerpropagan<strong>da</strong> em mídia tradicio<strong>na</strong>l impressa.3. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco é <strong>do</strong>mi<strong>na</strong><strong>da</strong> por trêstemas: proporcio<strong>na</strong>r satisfação (gosto, frescor,suavi<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc.), amenizar ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>s quantoaos perigos <strong>do</strong> fumo e gerar uma associaçãoentre fumar e os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sejáveis(in<strong>de</strong>pendência, sucesso social, atração sexual,magreza). Visar a vários grupos <strong>da</strong>população—inclusive homens, mulheres,jovens e jovens adultos, populações raciais eétnicas específicas, grupos religiosos, a classetrabalha<strong>do</strong>ra e as populações <strong>de</strong> gays elésbicas – que são estrategicamenteimportantes para a indústria <strong>do</strong> tabaco.4. O peso total <strong>da</strong>s evidências – a partir <strong>de</strong>múltiplos tipos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s, conduzi<strong>do</strong>s porinvestiga<strong>do</strong>res <strong>de</strong> diferentes discipli<strong>na</strong>s eutilizan<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> muitos países – <strong>de</strong>monstrauma relação causal entre a promoção e apublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco e o maior consumo <strong>do</strong>tabaco.5. A <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> fumo <strong>de</strong> cigarros é difundi<strong>da</strong>em filmes, com alta exposição, ou mais emsucessos <strong>de</strong> bilheterias contemporâneos.Marcas i<strong>de</strong>ntificáveis <strong>de</strong> cigarros aparecemem cerca <strong>de</strong> um terço <strong>do</strong>s filmes. O peso total<strong>da</strong>s evidências a partir <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s transversais,longitudi<strong>na</strong>is e experimentais indica umarelação causal entre a exposição <strong>de</strong> imagens<strong>de</strong> fumo no cinema e a iniciação <strong>do</strong> fumoentre os jovens.6. Evidências <strong>de</strong> experimentos <strong>de</strong> campocontrola<strong>do</strong>s e estu<strong>do</strong>s sobre a populaçãomostram que campanhas <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong>comunicação em massa elabora<strong>da</strong>s paraMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia<strong>de</strong>sestimular o tabagismo po<strong>de</strong>m mu<strong>da</strong>r asatitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s jovens com relação ao consumo<strong>do</strong> tabaco, restringir a iniciação ao fumoestimular o aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> vício pelos adultos.O efeito <strong>da</strong> iniciação parece maior emexperimentos <strong>de</strong> campo controla<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong>campanhas <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação emmassa são alia<strong>da</strong>s à programação basea<strong>da</strong> emcomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e/ou escolas. Muitos estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong>população <strong>do</strong>cumentam reduções <strong>na</strong>prevalência <strong>do</strong> fumo quan<strong>do</strong> campanhas <strong>do</strong>smeios <strong>de</strong> comunicação em massa são alia<strong>da</strong>s aoutras estratégias em programas <strong>de</strong> controle<strong>do</strong> tabaco <strong>de</strong> vários componentes.Resumos <strong>do</strong>s Capítulos eConclusõesParte 1—IntroduçãoCapítulo 1. Panorama Geral e ConclusõesO Capítulo 1 oferece uma introdução e estruturapara a monografia, <strong>de</strong>screve como ela estáorganiza<strong>da</strong> e inclui importantes conclusõessobre o volume e conclusões individuais sobre ocapítulo.Capítulo 2. Fun<strong>da</strong>mentos Teóricos <strong>de</strong>Pesquisas <strong>da</strong> <strong>Mídia</strong> sobre o Controle e aPrevenção <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Este capítulo exami<strong>na</strong> a história e a teoria <strong>do</strong>smo<strong>de</strong>los conceituais utiliza<strong>do</strong>s atualmente empesquisas <strong>da</strong> mídia. Ele abor<strong>da</strong> três níveisamplos <strong>de</strong> teorias e análise <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mídiasobre o tabaco – os níveis individuais,organizacio<strong>na</strong>is e societários – e como essesníveis afetam a organização <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong>pesquisas e suas <strong>de</strong>scobertas. Este capítuloestabelece a base para a compreensão <strong>de</strong>importantes diferenças meto<strong>do</strong>lógicas e teóricasinerentes aos estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> mídia discuti<strong>do</strong>s <strong>na</strong>monografia e seu impacto sobre os esforços <strong>de</strong>controle <strong>do</strong> tabaco.9


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> MidiaParte 2—Marketing <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Capítulo 3. Principais Princípios <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong><strong>Promoção</strong> e Lógicas <strong>de</strong> RegulamentaçãoEste capítulo explora o uso <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong>promoção pela indústria <strong>do</strong> tabaco para gerar<strong>de</strong>man<strong>da</strong> para seus produtos, incluin<strong>do</strong> asegmentação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> para clientes alvosegun<strong>do</strong> fatores <strong>de</strong>mográficos, geográficos,comportamentais e psicográficos, bem comoestratégias <strong>de</strong> branding para criar umamensagem e uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtosconsistentes.Conclusões1. A promoção <strong>de</strong> produtos <strong>do</strong> tabaco envolve asegmentação sofistica<strong>da</strong> <strong>de</strong> alvos e <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><strong>de</strong> potenciais clientes. As dimensões comuns <strong>da</strong>segmentação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> incluem <strong>de</strong>mografia(por exemplo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, gênero, raça/etnias),geografia (por exemplo, <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>,diferenças regio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lou inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l), característicascomportamentais (por exemplo, ocasiões <strong>de</strong>consumo <strong>de</strong> cigarro, dimensão <strong>do</strong> uso, esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>usuário como fumante) e estu<strong>do</strong>s psicográficos(análise <strong>do</strong> estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>).2. Documentos internos <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabacorevelam que <strong>do</strong>is importantes tipos <strong>de</strong>consumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cigarro usa<strong>do</strong>s por empresassão "iniciantes" (que normalmente começam afumar durante a a<strong>do</strong>lescência) e “pré<strong>de</strong>sistentes”(por exemplo, fumantes existentesque precisam <strong>de</strong> segurança restabeleci<strong>da</strong>).3. A imagem <strong>da</strong> marca <strong>da</strong> maioria <strong>do</strong>s produtos <strong>de</strong>tabaco representa o resulta<strong>do</strong> fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> umesforço <strong>de</strong> marketing multifaceta<strong>do</strong> que envolvea i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> marca, logotipos, slogans eexpressões, elementos pictóricos e uso <strong>de</strong> cores.O <strong>de</strong>senvolvimento, a melhoria e o reforço<strong>de</strong>ssas imagens <strong>da</strong> marca são objetivosfun<strong>da</strong>mentais <strong>na</strong> promoção <strong>do</strong> tabaco.4. As empresas <strong>de</strong> tabaco elaboraram suascomunicações <strong>da</strong> imagem <strong>da</strong> marca para aplicarprincípios relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s à repetição <strong>de</strong>mensagens, consistência e relevância para umpúblico contemporâneo. A imagem <strong>da</strong> marca éconstruí<strong>da</strong> vagarosamente e coletivamente porto<strong>da</strong>s as associações acumula<strong>da</strong>s e imagens <strong>da</strong>estratégia <strong>de</strong> comunicação, como condiçãosocial, sofisticação e aceitação social, prática <strong>de</strong>esportes e saú<strong>de</strong>, glamour e mo<strong>da</strong>, aventura etoma<strong>da</strong> <strong>de</strong> riscos recompensa<strong>da</strong> e masculini<strong>da</strong><strong>de</strong>ou feminili<strong>da</strong><strong>de</strong>.5. As lógicas essenciais mencio<strong>na</strong><strong>da</strong>s para proibircompletamente a promoção e a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>tabaco incluem (1) as conseqüências <strong>do</strong>tabagismo à saú<strong>de</strong> (incluin<strong>do</strong> o vício); (2) a<strong>na</strong>tureza enganosa ou falsa <strong>de</strong> várias campanhas<strong>de</strong> tabaco promocio<strong>na</strong>is; (3) a inevitávelexposição a essas campanhas; (4) o <strong>papel</strong> <strong>da</strong>promoção e <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco noaumento <strong>do</strong> tabagismo entre a população,especialmente entre os jovens; (5) o intuito <strong>de</strong>visar a populações “em risco”, como jovens,mulheres e minorias étnicas e raciais, através <strong>da</strong>promoção e <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>; (6) a incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> a indústria <strong>do</strong> tabaco auto-regulamentar, <strong>de</strong>forma eficaz, suas práticas <strong>de</strong> marketing; e (7) aineficácia <strong>de</strong> proibições publicitárias parciais.6. Existem provas substanciais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>se vários outros países <strong>de</strong> que a indústria <strong>do</strong>tabaco não auto-regulamenta, <strong>de</strong> forma eficaz,suas práticas <strong>de</strong> marketing.7. Há provas substanciais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>vários outros países <strong>de</strong> que as empresas <strong>de</strong>tabaco normalmente reagem às proibiçõespublicitárias parciais <strong>de</strong> formas que prejudicama eficácia <strong>da</strong> proibição. Essas respostas incluemmu<strong>da</strong>r as <strong>de</strong>spesas promocio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> meios“proibi<strong>do</strong>s” para meios “permiti<strong>do</strong>s” (quepo<strong>de</strong>m incluir tecnologias emergentes e “novos”meios), mu<strong>da</strong>r os tipos e alvos <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>em meios permiti<strong>do</strong>s, utilizar nomes <strong>de</strong> marca<strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> tabaco em produtos e serviçosnão relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabaco e aproveitar10


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiacláusulas imprecisas <strong>do</strong> texto legal sobre asproibições que permitem continuar apromover os produtos. Este capítulo exami<strong>na</strong>o escopo <strong>da</strong> promoção e publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaconos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, bem como sua evoluçãoao longo <strong>do</strong> tempo. As áreas discuti<strong>da</strong>sincluem a sistemática <strong>do</strong>s ca<strong>na</strong>is passa<strong>do</strong>s epresentes usa<strong>do</strong>s para divulgar e promoverprodutos <strong>do</strong> tabaco; ca<strong>na</strong>is promocio<strong>na</strong>isemergentes como embalagens, marketingviral, Internet e tendências recentes <strong>da</strong>publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco e <strong>de</strong>spesaspromocio<strong>na</strong>is, incluin<strong>do</strong> a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong>publici<strong>da</strong><strong>de</strong> impressa para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>spromocio<strong>na</strong>is.Conclusões1. Os cigarros estão entre os produtos maiscomercializa<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.Entre 1940 e 2005, fabricantes <strong>de</strong> cigarro nosEUA gastaram aproxima<strong>da</strong>mente 250 bilhões<strong>de</strong> dólares (com base em 2006) em promoçãoe publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros. Em 2005, aindústria gastou $13,5 bilhões (com base em2006) com publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e promoção <strong>de</strong>cigarros ($37 milhões por dia em média).2. A maior parte <strong>do</strong> orçamento <strong>de</strong> marketing <strong>da</strong>indústria <strong>do</strong> cigarro é <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong> às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>spromocio<strong>na</strong>is, especialmente <strong>de</strong>scontos nospreços, que representaram 75% ($10,1 bilhõescom base em 2006) <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas totais commarketing em 2005. De 1970 a 2005, omo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas com marketing mu<strong>do</strong>udrasticamente; a proporção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesasaloca<strong>da</strong>s para fazer publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong> “mídiaavalia<strong>da</strong>” diminui <strong>de</strong> 82% em 1970 paraquase <strong>na</strong><strong>da</strong> em 2005. A mídia avalia<strong>da</strong> incluia televisão, o rádio, os jor<strong>na</strong>is, as revistas e osout<strong>do</strong>ors. Da mesma forma, a proporção <strong>de</strong><strong>de</strong>spesas com marketing <strong>de</strong>dica<strong>da</strong>s aativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s promocio<strong>na</strong>is aumentou <strong>de</strong> 18%para quase 100%.3. Durante as três últimas déca<strong>da</strong>s, a PhilipMorris aplicou <strong>de</strong> forma consistente mais <strong>de</strong>$100 milhões por ano (com base em 2006) empublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Marlboro, marca <strong>do</strong>mi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong>indústria, que atualmente tem 40% <strong>de</strong>participação no merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.Em 2006, a marca Marlboro foi a 12ª marcamais valoriza<strong>da</strong> no mun<strong>do</strong>, com umaestimativa <strong>de</strong> $21,4 bilhões no valor <strong>da</strong>marca.4. Despesas com promoção e publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>tabaco mastigável chegaram a $259 milhões(com base em 2006) em 2005.As cinco maiores categorias <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesasforam <strong>de</strong>scontos nos preços (40%), cupons(11%), amostragem (11%), ponto <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>(8%), e revistas (8%).5. A promoção e a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros sãointensas em volume e altas em visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> empontos <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, especialmente em lojas <strong>de</strong>conveniência. O marketing <strong>de</strong> cigarros empontos <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> aumentou significativamenteapós o Master Settlement Agreement <strong>de</strong> 1998,que incluiu a proibição <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>s <strong>de</strong>cigarros em out<strong>do</strong>ors. Aproxima<strong>da</strong>mente 60%<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os cigarros vendi<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s são adquiri<strong>do</strong>s em lojas <strong>de</strong>conveniência, on<strong>de</strong> os cigarros fazem parte <strong>da</strong>categoria mais eleva<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtos em lojas,em termos <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s ao consumi<strong>do</strong>r.6. Como a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s cigarros tem si<strong>do</strong>restringi<strong>da</strong> em alguns meios tradicio<strong>na</strong>is, asempresas <strong>de</strong> cigarro estão exploran<strong>do</strong> o uso<strong>de</strong> novos meios ou <strong>de</strong> meios não tradicio<strong>na</strong>ispara distribuir mensagens e imagens a favor<strong>do</strong> tabaco, inclusive a Internet e asembalagens <strong>de</strong> cigarro. Além disso, asempresas <strong>de</strong> cigarro (como outras empresas)estão empregan<strong>do</strong> o marketing viral (secreto)para gerar “reboliço” com relação ao produto.Capítulo 5. Temas e Metas <strong>da</strong> <strong>Promoção</strong> ePublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Este capítulo oferece um panorama geral <strong>de</strong>temas específicos e alvos <strong>da</strong> populaçãoutiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> promoção e publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabacocom base em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> marketing11


Resumo Executivoe <strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco. Exami<strong>na</strong>temas importantes para os esforços <strong>de</strong> marketing<strong>do</strong> tabaco, como gosto e satisfação, redução <strong>do</strong>mal envolvi<strong>do</strong>, afini<strong>da</strong><strong>de</strong> social, fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> àmarca e “direitos <strong>do</strong>s fumantes”. Tambémdiscute esforços para comercializar produtos <strong>do</strong>tabaco a populações específicas – a maioria <strong>da</strong>squais é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> por gênero, raça ou etnia eorientação sexual – e as implicações <strong>de</strong>ssasmetas para temas <strong>de</strong> marketing e i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>marca.Conclusões1. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco é <strong>do</strong>mi<strong>na</strong><strong>da</strong> por trêstemas amplos: proporcio<strong>na</strong>r satisfação (gosto,frescor, suavi<strong>da</strong><strong>de</strong>, etc.), amenizar ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>squanto aos perigos <strong>do</strong> fumo e gerar umaassociação entre fumar e os resulta<strong>do</strong>s<strong>de</strong>sejáveis (in<strong>de</strong>pendência, sucesso social,atração sexual, magreza).2. Visar a vários grupos <strong>da</strong> população—inclusive homens, mulheres, jovens e jovensadultos, populações raciais e étnicasespecíficas, grupos religiosos, a classetrabalha<strong>do</strong>ra e as populações <strong>de</strong> gays elésbicas – que são estrategicamenteimportantes para a indústria <strong>do</strong> tabaco.3. A indústria <strong>do</strong> tabaco tem fica<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> vezmais sofistica<strong>da</strong> em aplicar pesquisas <strong>de</strong>merca<strong>do</strong> aos segmentos <strong>da</strong> população paraelaborar produtos, mensagens, ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong>comunicação e promoções mais alinha<strong>da</strong>s àsnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e suscetibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> segmentos<strong>de</strong> merca<strong>do</strong> específicos. Essa pesquisa resultaem mais eficiência, maior alcance e maioreficácia <strong>na</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> marketing<strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s às populações visa<strong>da</strong>s.4. Pouca atenção tem si<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> à compreensão<strong>do</strong> marketing <strong>do</strong> tabaco <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>do</strong> aos NativosAmericanos e aos Nativos <strong>do</strong> Alaska, apesar aalta prevalência <strong>do</strong> tabagismo.5. O marketing <strong>de</strong> produtos <strong>do</strong> tabacodirecio<strong>na</strong><strong>do</strong> a grupos específicos comojovens, mulheres e minorias se transformouem foco <strong>de</strong> monitoramento e em protesto porMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia<strong>de</strong>fensores anti-tabaco e grupos <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Capítulo 6. Esforços <strong>de</strong> Relações Públicas<strong>da</strong>s Empresas <strong>de</strong> <strong>Tabaco</strong>: Publici<strong>da</strong><strong>de</strong> ePatrocínio CorporativoEste capítulo exami<strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> relaçõespúblicas corporativas que po<strong>de</strong>m ter impactoimportante sobre as percepções <strong>do</strong> público esuas atitu<strong>de</strong>s com relação a empresas <strong>de</strong> tabacoindividuais. Tais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s incluem ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> patrocínio corporativo <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s a grupos <strong>de</strong>clientes centrais, publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesacorporativa em áreas como fumo entre jovens epublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> imagens corporativas elabora<strong>da</strong>spara <strong>de</strong>stacar trabalhos <strong>de</strong> cari<strong>da</strong><strong>de</strong> ou criar umanova i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> marca corporativa.Conclusões1. O patrocínio corporativo <strong>de</strong> eventos e causassociais representa uma estratégia <strong>de</strong> relaçõespúblicas fun<strong>da</strong>mental para importantesempresas <strong>de</strong> tabaco, que gastaram mais <strong>de</strong>$360 milhões com esses esforços em 2003.Alvos importantes incluíram eventosesportivos, organizações <strong>de</strong> combate à fome,organizações <strong>de</strong> minorias e artes. Essesesforços foram usa<strong>do</strong>s em certos casos parainfluenciar forma<strong>do</strong>res <strong>de</strong> opinião que sebeneficiaram <strong>de</strong> tal patrocínio.2. Campanhas corporativas <strong>de</strong> imagensrealiza<strong>da</strong>s por empresas <strong>de</strong> tabaco <strong>de</strong>stacaramseus trabalhos <strong>de</strong> cari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> epromoveram seus programas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong>fumo entre os jovens; algumas vezes, as<strong>de</strong>spesas <strong>da</strong>s empresas com essas campanhasultrapassaram bastante o valor realmenteforneci<strong>do</strong> às instituições <strong>de</strong> cari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essascampanhas diminuíram as percepções entrea<strong>do</strong>lescentes e adultos <strong>de</strong> que as empresas <strong>de</strong>tabaco são <strong>de</strong>sonestas e culpa<strong>da</strong>s pelo fumoentre jovens e adultos, aumentaram aspercepções <strong>da</strong>s práticas <strong>de</strong> marketingresponsáveis e <strong>de</strong> classificações favoráveispara empresas individuais.12


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia3. As campanhas <strong>de</strong> prevenção <strong>do</strong> fumo entrejovens feitas pela indústria <strong>do</strong> tabacogeralmente têm si<strong>do</strong> ineficazes <strong>na</strong> redução <strong>do</strong>fumo entre eles. Além disso, elas po<strong>de</strong>m até teraumenta<strong>do</strong> o fumo em alguns subgrupos <strong>de</strong>jovens.4. Os esforços <strong>de</strong> relações públicas <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong>tabaco como publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e patrocíniocorporativo po<strong>de</strong>m tor<strong>na</strong>r os públicos maisresistentes à crítica <strong>da</strong> indústria, po<strong>de</strong>m mitigaros pontos negativos <strong>do</strong>s jura<strong>do</strong>s diante <strong>da</strong>indústria e po<strong>de</strong>m enfraquecer o esforçolegislativo ou público para políticas <strong>de</strong> controle<strong>do</strong> tabaco.5. O monitoramento sistemático e as <strong>de</strong>scrições<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s empresa <strong>de</strong> tabaco e <strong>de</strong>spesascom publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e patrocínio corporativo sãonecessárias para enten<strong>de</strong>r melhor o impacto<strong>de</strong>ssas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sobre a imagem pública <strong>da</strong>sempresas <strong>de</strong> tabaco, cobre as intenções <strong>de</strong> fumoe comportamento <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res e sobre aimagem <strong>de</strong> causas e eventos patroci<strong>na</strong><strong>do</strong>s.Capítulo 7. Influência <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Marketing sobre o Comportamento <strong>do</strong>FumoEste capítulo exami<strong>na</strong> a base <strong>de</strong> evidências <strong>de</strong>como os esforços <strong>de</strong> marketing afetam oconsumo <strong>do</strong> tabaco entre a<strong>do</strong>lescentes e entre apopulação geral, usan<strong>do</strong> esforços <strong>de</strong> váriosestu<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong>indústria <strong>do</strong> tabaco. As áreas exami<strong>na</strong><strong>da</strong>sincluem a relação entre a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>cigarros, as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes e aauto-imagem, os efeitos <strong>da</strong> exposição <strong>do</strong>marketing sobre a<strong>do</strong>lescentes fumantes e arelação entre os gastos com o marketing <strong>do</strong>tabaco e o consumo geral <strong>do</strong> tabaco.Conclusões1. Gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco visa àsnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s psicológicas <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescentes comopopulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, aceitação entre os colegas e autoimagempositiva. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> gera apercepção <strong>de</strong> que fumar irá satisfazer essasnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.2. A<strong>do</strong>lescentes que acreditam que fumar po<strong>de</strong>satisfazer suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s psicológicas oucuja imagem <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> <strong>de</strong> si mesmos ésemelhante à imagem <strong>de</strong> fumantes são maispropensos a fumar cigarros.3. Estu<strong>do</strong>s experimentais mostram que mesmo aexposição breve à publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabacoinfluencia as atitu<strong>de</strong>s e percepções <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>lescentes com relação ao fumo e aosfumantes e a intenção <strong>de</strong> fumar entre osa<strong>do</strong>lescentes.4. A gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gruposrepresentativos <strong>de</strong>scobre uma associação entre aexposição à publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> cigarro, avalia<strong>da</strong> <strong>de</strong>várias formas, e o comportamento entrefumantes a<strong>do</strong>lescentes, avalia<strong>do</strong> <strong>de</strong> váriasformas, indican<strong>do</strong> uma associação sóli<strong>da</strong>.5. Evidências sóli<strong>da</strong>s e consistentes <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>slongitudi<strong>na</strong>is indicam que a exposição àpublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> cigarro influencia a<strong>do</strong>lescentesque não fumam a começarem a fumar e aadquirirem o hábito.6. Muitos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> econometria utilizam <strong>da</strong><strong>do</strong>s<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is observa<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> tempo paraexami<strong>na</strong>r a associação entre as <strong>de</strong>spesas compublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco e o tabagismo. Alguns<strong>de</strong>sses estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>scobriram um pequeno efeitopositivo <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre o consumo.Outros estu<strong>do</strong>s não tiveram efeito positivo,provavelmente porque os <strong>da</strong><strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>stiveram pouca variação e foram avalia<strong>do</strong>s sobalto nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas com publici<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre asquais as mu<strong>da</strong>nças no volume <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>tiveram efeito pequeno ou margi<strong>na</strong>l.7. As evidências <strong>de</strong> três estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> econometria <strong>de</strong>grupos representativos utilizan<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<strong>de</strong>sagrega<strong>do</strong>s em nível local indicam um efeitopositivo <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre o consumo <strong>do</strong>tabaco.8. Estu<strong>do</strong>s sobre proibições <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>tabaco em vários países mostram que proibiçõescompletas reduzem o tabagismo. Restriçõesincompletas geralmente induzem ao aumento <strong>de</strong><strong>de</strong>spesas com publici<strong>da</strong><strong>de</strong> em meios <strong>de</strong>13


Resumo Executivocomunicação “não proibi<strong>do</strong>s” e outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> marketing, o que compensa o efeito <strong>da</strong>proibição parcial para que qualquer alteraçãolíqui<strong>da</strong> no consumo seja mínima ou não<strong>de</strong>tectável.9. O peso total <strong>da</strong>s evidências a partir <strong>de</strong> múltiplostipos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s, conduzi<strong>do</strong>s por investiga<strong>do</strong>res<strong>de</strong> diferentes discipli<strong>na</strong>s utilizan<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong>muitos países <strong>de</strong>monstra uma relação causalentre a promoção e a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> tabaco e omaior consumo <strong>do</strong> tabaco, como manifesta<strong>do</strong>pelo maior número <strong>de</strong> pessoas que começam afumar e maior consumo per capita entre apopulação.Capítulo 8. Perspectivas Legais eConstitucio<strong>na</strong>is sobre Restrições <strong>do</strong>Marketing <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Este capítulo explora questões legais econstitucio<strong>na</strong>is sobre a regulamentação <strong>da</strong>promoção <strong>do</strong> tabaco no contexto <strong>de</strong> esforçoslegislativos nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s bem como <strong>na</strong>Convenção-Quadro para o Controle <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong><strong>da</strong> OMS.Conclusões1. A Primeira Emen<strong>da</strong> <strong>na</strong> ConstituiçãoNorte-america<strong>na</strong>, conforme interpreta<strong>da</strong> pelaSuprema Corte recentemente, conce<strong>de</strong> amplaproteção a discursos comerciais, inclusivediscursos sobre produtos <strong>de</strong> tabaco. A Corteexcluiu o regulamento sobre produtos <strong>do</strong> tabaco<strong>da</strong> Food and Drug Adminstration <strong>do</strong>s EUA(FDA) com base <strong>na</strong> análise feita pela Corte <strong>da</strong>sautori<strong>da</strong><strong>de</strong>s constituí<strong>da</strong>s sob o estatuto regente<strong>da</strong> FDA e o complexo equilíbrio que oCongresso estabeleceu entre promover eproteger o comércio <strong>de</strong> produtos <strong>do</strong> tabaco einformar os consumi<strong>do</strong>res sobre o perigo.2. O Comitê Fe<strong>de</strong>ral co Comércio tem autori<strong>da</strong><strong>de</strong>para impedir “práticas ou atos injustos ouenganosos que afetam o comércio”. Entretanto,os esforços <strong>da</strong> agência em impedir propagan<strong>da</strong>s<strong>do</strong> tabaco que são falsas ou enganosas têm si<strong>do</strong>limita<strong>do</strong>s.Monografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiatabaco, mas essas políticas foram enfraqueci<strong>da</strong>scomo resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios legais. Entretanto, asrestrições ca<strong>na</strong><strong>de</strong>nses ou européias sobre omarketing <strong>do</strong> tabaco são mais fortes <strong>do</strong> que asrestrições atualmente aplica<strong>da</strong>s nos EUA.4. A Convenção-Quadro para o Controle <strong>do</strong><strong>Tabaco</strong> FCTC), primeiro trata<strong>do</strong> negocia<strong>do</strong> pelaOrganização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, apela para queca<strong>da</strong> parte <strong>do</strong> trata<strong>do</strong> “proíba completamenteto<strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>, promoção e patrocínio <strong>do</strong>tabaco...<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com sua constituição ouprincípios constitucio<strong>na</strong>is”. Des<strong>de</strong> abril <strong>de</strong>2008, 154 países a<strong>de</strong>riram à FCTC. Os Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s assi<strong>na</strong>ram o trata<strong>do</strong> em maio <strong>de</strong> 2004,mas ain<strong>da</strong> precisam ratificá-lo.Parte 3—<strong>Tabaco</strong> <strong>na</strong> <strong>Mídia</strong> <strong>de</strong>Entretenimento e NotíciasCapítulo 9. Como os NoticiáriosInfluenciam o TabagismoEste capítulo exami<strong>na</strong> a cobertura jor<strong>na</strong>lística <strong>de</strong>questões sobre o tabaco e sua máxima relaçãocom os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tabagismo individual ecom intervenções <strong>de</strong> políticas. Ele abor<strong>da</strong> a<strong>na</strong>tureza e o volume <strong>da</strong> cobertura <strong>de</strong> questõessobre o tabaco e oferece a análise <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><strong>de</strong> artigos jor<strong>na</strong>lísticos relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabaco.Também exami<strong>na</strong> questões comuns <strong>de</strong> artigosjor<strong>na</strong>lísticos relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabaco, bem comorelações com as avaliações <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e osesforços <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco para influenciara cobertura <strong>da</strong> mídia.Conclusões1. O meio jor<strong>na</strong>lístico representa uma fonteimportante <strong>de</strong> informações sobre saú<strong>de</strong> para opúblico em geral. O mais importante é que servecomo mecanismo organiza<strong>do</strong>r para questõesrelacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao controle <strong>do</strong> tabaco. Comoresulta<strong>do</strong>, a cobertura jor<strong>na</strong>lística é alvofreqüente <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> acionistas <strong>de</strong> ambosos la<strong>do</strong>s <strong>de</strong> questões referentes ao tabaco.3. O Ca<strong>na</strong>dá e a União Européia impuseramlimitações sobre a promoção e publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>14


Resumo ExecutivoEntretanto, ape<strong>na</strong>s uma peque<strong>na</strong> proporção <strong>de</strong>pesquisas sobre o controle <strong>do</strong> tabaco tem si<strong>do</strong><strong>de</strong>dica<strong>da</strong> a questões <strong>do</strong> meio jor<strong>na</strong>lísticoatualmente.2. A cobertura jor<strong>na</strong>lística que apóia o controle<strong>do</strong> tabaco tem comprova<strong>do</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r aagen<strong>da</strong> para outras mu<strong>da</strong>nças a serem feitas<strong>na</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, esta<strong>do</strong> e em nível <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.Apesar disso, esforços organiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa<strong>da</strong> mídia em nome <strong>de</strong> questões <strong>do</strong> controle <strong>do</strong>tabaco continuam uma área subutiliza<strong>da</strong> <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong> saú<strong>de</strong> pública.3. Assuntos importantes apresenta<strong>do</strong>s comoartigos jor<strong>na</strong>lísticos incluem fumo passivo,políticas <strong>do</strong> tabaco e efeitos <strong>do</strong> fumo à saú<strong>de</strong>.Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cobertura jor<strong>na</strong>lística relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>sao tabaco normalmente mostram que amaioria <strong>do</strong>s artigos favorece o progresso <strong>do</strong>controle <strong>do</strong> tabaco, inclusive artigos <strong>de</strong>opinião. Outros estu<strong>do</strong>s têm <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> quea indústria <strong>do</strong> tabaco está conseguin<strong>do</strong> obtercobertura consistente para assuntosselecio<strong>na</strong><strong>do</strong>s.4. Análises <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> artigos jor<strong>na</strong>lísticosrelacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabaco revelaram algumastendências que continuam favoráveis ainteresses a favor <strong>do</strong> tabaco. Essas tendênciasincluem a má representação <strong>da</strong> diversificação<strong>do</strong> cultivo <strong>do</strong> tabaco <strong>na</strong> imprensa sobrecultivo, uma tendência <strong>do</strong>s artigos em <strong>de</strong>safiara ciência por trás <strong>de</strong> questões sobre fumopassivo, e a cobertura positiva <strong>do</strong> crescimento<strong>do</strong> fumo <strong>de</strong> charutos.5. Vários fatores po<strong>de</strong>m afetar o volume e a<strong>na</strong>tureza <strong>da</strong> cobertura jor<strong>na</strong>lística sobre otabaco. O Estu<strong>do</strong> Norte-americano StopSmoking Intervention [Intervenção Pare <strong>de</strong>Fumar] <strong>de</strong>scobriu que há maior apoio aocontrole <strong>do</strong> tabaco em cartas a editores, emesta<strong>do</strong>s participantes, e que os editoresapóiam imensamente esforços <strong>de</strong> controle <strong>do</strong>tabaco. Entretanto, coberturas jor<strong>na</strong>lísticasenfocam áreas específicas como políticas <strong>de</strong>controle <strong>do</strong> tabaco, resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> açõesMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiajudiciais relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabaco, ou o<strong>de</strong>sembolso <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Master SettlementAgreement.6. Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> larga escala ain<strong>da</strong> precisam serfeitos para investigar as relações entrecoberturas jor<strong>na</strong>lísticas associa<strong>da</strong>s ao tabaco eatitu<strong>de</strong>s, comportamentos e resulta<strong>do</strong>srelacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao tabagismo. Esses estu<strong>do</strong>senfrentam <strong>de</strong>safios para separar os efeitos <strong>da</strong>cobertura jor<strong>na</strong>lística <strong>do</strong>s efeitos <strong>de</strong>intervenções ou alterações <strong>de</strong> políticas queeles <strong>de</strong>screvem. Pesquisas mostram aspossíveis evidências <strong>de</strong> tal impacto, inclusivea que<strong>da</strong> <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> cigarros por pessoaapós a cobertura jor<strong>na</strong>lística <strong>do</strong> relatório <strong>da</strong>Surgeon General <strong>de</strong> 1964 sobre fumo e saú<strong>de</strong>;a relação entre a cobertura jor<strong>na</strong>lísticarelacio<strong>na</strong><strong>da</strong> ao tabaco e aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> vício e aligação entre a cobertura jor<strong>na</strong>lística <strong>de</strong>esforços específicos <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco econsumo e prevalência menor entrea<strong>do</strong>lescentes.7. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> paga <strong>do</strong> tabaco ten<strong>de</strong> a elimi<strong>na</strong>rou reduzir a cobertura jor<strong>na</strong>lística <strong>de</strong> questõesrelacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabaco, particularmente emrevistas. Entretanto, proibições <strong>da</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>do</strong> tabaco que acompanham a ratificação <strong>da</strong>Convenção-Quadro para o Controle <strong>do</strong><strong>Tabaco</strong> <strong>da</strong> OMS po<strong>de</strong>m prejudicar ahabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco em exercercontrole editorial sobre conteú<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>sCapítulo 10. Papel <strong>da</strong> <strong>Mídia</strong> <strong>de</strong>Entretenimento em Promover ouDesestimular o TabagismoEste capítulo a<strong>na</strong>lisa o impacto <strong>do</strong>s ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong>entretenimento sobre as atitu<strong>de</strong>s e os resulta<strong>do</strong>srelacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao fumo em um ambiente on<strong>de</strong> osjovens norte-americanos estão expostos a mais<strong>de</strong> cinco horas diárias à televisão e a outrasfontes. Ele <strong>de</strong>screve imagens <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>tabaco e <strong>do</strong> tabagismo no cinema junto com adiscussão <strong>de</strong> outros ca<strong>na</strong>is como televisão,programas <strong>de</strong> TV, revistas e a Internet.15


Resumo ExecutivoTambém a<strong>na</strong>lisa a influência <strong>de</strong> tais imagenssobre atitu<strong>de</strong>s sociais e comportamentosrelacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s ao fumo, como estratégias atuaispara reduzir a exposição <strong>da</strong> mídia aos produtos<strong>do</strong> tabaco.Conclusões1. Crianças e a<strong>do</strong>lescentes nos Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s são intensamente expostos à mídia <strong>de</strong>entretenimento, com uma média <strong>de</strong> 5,5 horaspor dia, por pessoa. O consumo <strong>do</strong> tabaconormalmente é integra<strong>do</strong> à programação <strong>da</strong>mídia, especialmente no cinema.2. Imagens <strong>do</strong> tabaco em filmes incluem imagens<strong>do</strong> tabagismo e <strong>de</strong> logotipos e nomes <strong>de</strong> marca<strong>de</strong> produtos com tabaco. Descrições <strong>do</strong> fumo <strong>de</strong>cigarros são difundi<strong>da</strong>s em filmes, com altaexposição, ou mais em sucessos <strong>de</strong> bilheteriascontemporâneos. O consumo <strong>de</strong> charutotambém e <strong>de</strong>scrito comumente em filmes, mas ouso <strong>de</strong> tabaco mastigável não é. Fumar é maiscomum em filmes <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>do</strong>s a adultos (porexemplo, classificação R-rated: para menoresacompanha<strong>do</strong>s), mas a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> fumo nãoestá relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> ao sucesso <strong>de</strong> bilheteria.Marcas i<strong>de</strong>ntificáveis <strong>de</strong> cigarros apareceramem cerca <strong>de</strong> um terço <strong>do</strong>s filmes lança<strong>do</strong>s <strong>na</strong>déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90. Ao contrário <strong>de</strong> sua freqüente<strong>de</strong>scrição em filmes, o tabagismo é encontra<strong>do</strong>em cerca <strong>de</strong> 20% <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> TV e em25% <strong>do</strong>s ví<strong>de</strong>os musicais.3. A prevalência <strong>do</strong> fumo entre perso<strong>na</strong>genscontemporâneos no cinema é aproxima<strong>da</strong>mente25%, duas vezes a porcentagem <strong>na</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong>1970 e 1980. Em contraste, o fumo entre apopulação em geral diminuiu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong>1970. Os fumantes em filmes diferem <strong>do</strong>sfumantes entre a população em geral: osprimeiros são mais propensos a serem ricos ebrancos. As conseqüências <strong>do</strong> fumo à saú<strong>de</strong>raramente são <strong>de</strong>scritas em filmes.4. Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> grupos representativos mostram que,entre os a<strong>do</strong>lescentes, a exposição ao fumo nosfilmes está associa<strong>da</strong> ao início <strong>do</strong> vício,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> vários outros fatorescomo fumar entre amigos e familiares. Estu<strong>do</strong>sMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia<strong>de</strong> grupos representativos também indicam queentre a<strong>do</strong>lescentes que nunca fumaram, aexposição ao fumo em filmes está associa<strong>da</strong>com atitu<strong>de</strong>s mais positivas com relação aofumo.5. Dois estu<strong>do</strong>s longitudi<strong>na</strong>is <strong>de</strong>monstram que osa<strong>do</strong>lescentes com maior exposição ao fumo nosfilmes são, em geral, 2 a 2.7 vezes maispropensos a fumarem cigarro no futuro. Sãonecessários mais estu<strong>do</strong>s sobre o <strong>papel</strong> que aexposição ao fumo em filmes <strong>de</strong>sempenha nofumo entre a<strong>do</strong>lescentes além <strong>da</strong> fase <strong>de</strong>iniciação.6. Estu<strong>do</strong>s experimentais mostram que as imagens<strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> cigarros em filmes po<strong>de</strong>minfluenciar crenças <strong>de</strong> telespecta<strong>do</strong>res adultos ea<strong>do</strong>lescentes quanto a normas sociais sobre ofumo, crenças sobre a função e asconseqüências <strong>do</strong> fumo e suas intençõespessoais <strong>de</strong> fumar. Conteú<strong>do</strong>s a favor <strong>do</strong> tabacoem filmes (por exemplo, astros <strong>do</strong> cinema quefumam, ausência <strong>da</strong> exposição <strong>da</strong>sconseqüências à saú<strong>de</strong>) parecem promovercrenças e intenções. Os efeitos observa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>estu<strong>do</strong>s experimentais sobre o fumo em filmessobre crenças relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao fumo ti<strong>da</strong>s portelespecta<strong>do</strong>res têm a mesma dimensão que osefeitos observa<strong>do</strong>s em pesquisas experimentais<strong>da</strong> mídia sobre outros assuntos referentes àsaú<strong>de</strong> (por exemplo, efeitos <strong>da</strong> violência <strong>na</strong>mídia sobre a agressão contra telespecta<strong>do</strong>res).7. Estu<strong>do</strong>s experimentais indicam que aspropagan<strong>da</strong>s anti-tabaco exibi<strong>da</strong>s em filmespo<strong>de</strong>m afetar parcialmente o impacto <strong>da</strong>simagens <strong>do</strong> tabaco em filmes.8. O peso total <strong>de</strong> evidências <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>srepresentativos, longitudi<strong>na</strong>is e experimentais,alia<strong>do</strong>s a alta plausibili<strong>da</strong><strong>de</strong> teórica sob aperspectiva <strong>de</strong> influências sociais, indica umarelação causal entre a exposição a <strong>de</strong>scriçõessobre fumo em filmes e a iniciação <strong>do</strong>s jovensao vício.9. Um estu<strong>do</strong> longitudi<strong>na</strong>l indica que as medi<strong>da</strong>stoma<strong>da</strong>s pelos pais para reduzir a exposição <strong>de</strong>jovens que nunca fumaram (entre 10 e 14 anos)16


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiaa filmes R-rated, que têm mais ce<strong>na</strong>s comcigarro, produziram redução correspon<strong>de</strong>nte <strong>na</strong>iniciação <strong>do</strong> vício entre tais jovens.10. Esforços para reduzir a exposição ao tabaco <strong>na</strong>mídia incluem restrições <strong>na</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>tabaco e colocações <strong>de</strong> produtos, <strong>de</strong>fesadirecio<strong>na</strong><strong>da</strong> a prove<strong>do</strong>res <strong>de</strong> entretenimento,intervenções informativas <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>sao público em geral, diálogo contínuo comacionistas importantes <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong>entretenimento e auto-regulamentação propostapela indústria cinematográfica (por exemplo,classificações relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao tabaco).Parte 4—Intervenções <strong>da</strong> <strong>Mídia</strong> noControle <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Capítulo 11. Panorama Geral <strong>da</strong> <strong>Mídia</strong>Intervenções no Controle <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>:Estratégias e TemasEste capítulo exami<strong>na</strong> tendências atuais efuturas em intervenções <strong>da</strong> mídia para o controle<strong>do</strong> tabaco, inclusive a evolução <strong>do</strong>s esforços <strong>da</strong>mídia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início sob a Doutri<strong>na</strong> <strong>de</strong>Integri<strong>da</strong><strong>de</strong> para publici<strong>da</strong><strong>de</strong> televisiva <strong>da</strong> FCC ainiciativas recentes fi<strong>na</strong>ncia<strong>da</strong>s por autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sestaduais e o Master Settlement Agreement <strong>de</strong>1998. Ele também discute exemplos <strong>de</strong> temaspublicitários utiliza<strong>do</strong>s em programas <strong>de</strong>controle <strong>do</strong> tabaco, pesquisas sobre fatores emeficientes campanhas publicitárias <strong>de</strong> controle<strong>do</strong> tabaco e o potencial <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> “novosmeios”, como comunicações interativas sobresaú<strong>de</strong> <strong>na</strong> Internet.Conclusões1. Des<strong>de</strong> o início com a aplicação bem sucedi<strong>da</strong>em 1967–70 <strong>da</strong> Doutri<strong>na</strong> <strong>de</strong> Integri<strong>da</strong><strong>de</strong> àpublici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros <strong>na</strong> mídia <strong>de</strong>radiodifusão, as intervenções <strong>da</strong> mídia para ocontrole <strong>do</strong> tabaco evoluíram e setransformaram um componente essencial nosesforços <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco. Essasintervenções têm si<strong>do</strong> auxilia<strong>da</strong>s pelos fun<strong>do</strong>s<strong>do</strong> Master Settlement Agreement <strong>de</strong> 1998.2. Os ca<strong>na</strong>is <strong>da</strong> mídia normalmente utiliza<strong>do</strong>s <strong>na</strong>publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco incluemtelevisão, rádio, material impresso e out<strong>do</strong>ors.Muitas pesquisas sobre intervenções <strong>da</strong> mídiano controle <strong>do</strong> tabaco giram em torno <strong>da</strong>televisão, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como meio maisimportante.3. A publici<strong>da</strong><strong>de</strong> anti-tabaco patroci<strong>na</strong><strong>da</strong> pelasaú<strong>de</strong> pública inclui temas como os riscos <strong>do</strong>fumo à saú<strong>de</strong>, exposição ao fumo passivo,questio<strong>na</strong>mento sobre a precisão <strong>da</strong>scomunicações <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco e a<strong>de</strong>crescente aceitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social <strong>do</strong> fumo.Outras formas <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong> relevante ao fumoincluem publici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos comerciaispara elimi<strong>na</strong>r o fumo bem como programas <strong>da</strong>indústria <strong>do</strong> tabaco para o aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> vícioentre adultos e prevenção <strong>do</strong> fumo entre jovens.4. Numerosos estu<strong>do</strong>s têm <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>consistente, que propagan<strong>da</strong>s que contêm fortesmensagens negativas sobre as conseqüências àsaú<strong>de</strong> têm melhor <strong>de</strong>sempenho <strong>na</strong>s avaliações<strong>do</strong> público e nos indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> processamento<strong>de</strong> mensagens (como lembrete <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong>,pensar melhor sobre ela, discuti-la) emcomparação com outras formas <strong>de</strong> publici<strong>da</strong><strong>de</strong>,como propagan<strong>da</strong> humorística ou neutra emtermos emocio<strong>na</strong>is. Algumas <strong>de</strong>ssaspropagan<strong>da</strong>s negativas também retratam ilusão<strong>da</strong> parte <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco. Propagan<strong>da</strong>s <strong>de</strong>produtos para cessar o fumo e propagan<strong>da</strong>s <strong>de</strong>prevenção <strong>do</strong> fumo patroci<strong>na</strong><strong>da</strong>s pela indústria<strong>do</strong> tabaco têm <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> evocar impressõesca<strong>da</strong> vez piores <strong>do</strong> público <strong>do</strong> que aspropagan<strong>da</strong>s com base em conseqüênciasnegativas à saú<strong>de</strong>.5. Os estu<strong>do</strong>s mostram que certas características<strong>da</strong>s propagan<strong>da</strong>s (como as que evocam emoçãonegativa) são mais importantes <strong>do</strong> que fatores<strong>de</strong>mográficos (como raça/etnia, <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> efaixa etária) ao se realizar avaliações imediatasreferentes às propagan<strong>da</strong>s e o processamento <strong>de</strong>indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> mensagem.17


Resumo Executivo6. Como muitos fumantes recorrem à Internet paraobter aju<strong>da</strong> para aban<strong>do</strong><strong>na</strong>r o vício, ascomunicações interativas e online sobre saú<strong>de</strong>po<strong>de</strong>rão aju<strong>da</strong>r no aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> vício.Entretanto, esses serviços precisam serinforma<strong>do</strong>s por pesquisas e teorias sobreerradicação <strong>do</strong> vício estrutura<strong>da</strong>s para expor osusuários a informações apropria<strong>da</strong>s.Capítulo 12. Avalian<strong>do</strong> a Eficácia <strong>do</strong>sMeios <strong>de</strong> Comunicação em Massa emDesestimular o FumoEste capítulo estu<strong>da</strong> o uso <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong>comunicação <strong>de</strong> massa no controle <strong>do</strong> tabagismoe <strong>na</strong> promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e exami<strong>na</strong> resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>pesquisas sobre mu<strong>da</strong>nças no comportamentoentre fumantes à luz <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>safiosmeto<strong>do</strong>lógicos. As áreas específicas abor<strong>da</strong><strong>da</strong>sincluem (1) experimentos em campocontrola<strong>do</strong>s envolven<strong>do</strong> campanhas <strong>de</strong> meios <strong>de</strong>comunicação em massa anti-tabaco <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s ajovens e adultos, normalmente ape<strong>na</strong>s uma parte<strong>da</strong>s intervenções com vários componentes e (2)estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> nível populacio<strong>na</strong>l, incluin<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> avaliações representativos e longitudi<strong>na</strong>is <strong>de</strong>campanhas <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação em massapara controle <strong>do</strong> tabaco, em nível estadual e<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, conduzi<strong>do</strong>s individualmente ou comocomponente <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> controle <strong>do</strong>tabaco com vários componentes.Conclusões1. Várias avaliações <strong>de</strong> anúncios anti-tabaco <strong>de</strong>serviços públicos exigi<strong>da</strong>s sob a Doutri<strong>na</strong> <strong>de</strong>Integri<strong>da</strong><strong>de</strong> entre 1967 e 1970, primeiracampanha <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicaçãoem massa <strong>do</strong>s EUA em larga escala, indicamque houve reduções visíveis no consumo <strong>do</strong>tabaco, <strong>na</strong> permanência <strong>do</strong> fumo e <strong>na</strong> iniciação<strong>do</strong> vício. Esse experimento <strong>na</strong>tural estimuloupesquisas sobre o uso <strong>da</strong> mídia para influenciarcomportamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.2. Evidências <strong>de</strong> experimentos em campocontrola<strong>do</strong>s sugerem que campanhas anti-tabaco<strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação em massaconduzi<strong>da</strong>s junto com programações com baseem comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e escolas po<strong>de</strong>m ser eficientespara restringir a iniciação <strong>do</strong> vício entre jovensMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiae promover a erradicação <strong>do</strong> fumo entre adultos.Essas evidências <strong>de</strong>ram ímpeto às campanhasanti-tabaco <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação emmassa, tor<strong>na</strong>n<strong>do</strong>-se importantes componentes <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco.3. Os poucos estu<strong>do</strong>s, com base <strong>na</strong> população,sobre campanhas anti-tabaco <strong>de</strong> meios <strong>de</strong>comunicação em massa, nos quais a campanha<strong>da</strong> mídia foi o único programa anti-tabaco,<strong>de</strong>monstram que as campanhas <strong>da</strong> mídia forameficientes em reduzir o fumo entre populaçõesalvo<strong>de</strong> jovens e adultos.4. Estu<strong>do</strong>s com base <strong>na</strong> população sobrecampanhas anti-tabaco <strong>de</strong> meios <strong>de</strong>comunicação em massa que foram ape<strong>na</strong>s um<strong>do</strong>s componentes <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>tabaco com vários componentes oferecemevidências consi<strong>de</strong>ráveis <strong>do</strong> consumo reduzi<strong>do</strong><strong>do</strong> tabaco por jovens e adultos. A campanhaanti-tabaco <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação emmassa e outros componentes <strong>do</strong> programa juntospo<strong>de</strong>m ter reduzi<strong>do</strong> o fumo mais <strong>do</strong> quequalquer outro componente sozinho. Asrelativas contribuições <strong>de</strong> vários componentes àeficácia <strong>do</strong> programa são difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r,mas alguns <strong>do</strong>s experimentos em campocontrola<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstraram uma relação <strong>do</strong>sa<strong>da</strong><strong>de</strong> respostas entre um menor índice <strong>de</strong> fumo eum maior número <strong>de</strong> componentes <strong>do</strong> programa.5. Evidências <strong>de</strong> experimentos em campocontrola<strong>do</strong>s e estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> população conduzi<strong>do</strong>spor muitos pesquisa<strong>do</strong>res em vários paísesmostram que as campanhas anti-tabaco <strong>do</strong>smeios <strong>de</strong> comunicação em massa po<strong>de</strong>m reduziro tabagismo.Parte 5—<strong>Mídia</strong>, Intervenções noControle <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong> e Esforços <strong>de</strong>Mitigação <strong>da</strong> Indústria <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Capítulo 13. Esforços <strong>da</strong> Indústria <strong>do</strong><strong>Tabaco</strong> para Influenciar Intervenções <strong>da</strong><strong>Mídia</strong> no Controle <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Este capítulo exami<strong>na</strong> como os interesses <strong>do</strong>tabaco e seus alia<strong>do</strong>s agem para impedir18


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiaesforços anti-tabaco <strong>da</strong> mídia utilizan<strong>do</strong> técnicascomo <strong>de</strong>sviar fun<strong>do</strong>s para outras causas, pedirvotos a oficiais eleitos, restringir conteú<strong>do</strong>s antitabaco<strong>na</strong> mídia através <strong>de</strong> contratos e mover<strong>de</strong>safios legais. Exemplos <strong>de</strong> campanhas <strong>da</strong>mídia em nível estadual são forneci<strong>do</strong>s emMinnesota, <strong>na</strong> Califórnia, no Arizo<strong>na</strong> e <strong>na</strong>Flóri<strong>da</strong>.Conclusões1. Os esforços <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco para impedircampanhas <strong>da</strong> mídia <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabacoincluem tentativas <strong>de</strong> impedir ou reduzir seusfun<strong>do</strong>s. Exemplos incluem oposição ao aumento<strong>do</strong>s impostos sobre o tabaco <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>do</strong>s afi<strong>na</strong>nciar campanhas <strong>da</strong> mídia <strong>na</strong> Califórnia eafirmações <strong>de</strong> que uma “crise orçamentária”impediu gastos com campanhas <strong>de</strong> controle <strong>da</strong>mídia <strong>do</strong> tabaco em Minnesota.2. Esforços para enfraquecer as mensagens oureduzir o tamanho <strong>do</strong> público alvo emcampanhas <strong>da</strong> mídia para o controle <strong>do</strong> tabacoincluem restringir o escopo <strong>da</strong> Proposition 200<strong>do</strong> Arizo<strong>na</strong> <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong> a abor<strong>da</strong>r tópicosespecíficos como vício em nicoti<strong>na</strong> e visar aape<strong>na</strong>s crianças e grávi<strong>da</strong>s e, <strong>na</strong> campanha <strong>da</strong>“ver<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>da</strong> American Legacy Foun<strong>da</strong>tion,proibir a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> políticas públicas e adifamação <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco.3. A indústria <strong>do</strong> tabaco citou suas própriascampanhas <strong>na</strong> mídia – como “Aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> Você aDecidir”, “Pense. Não Fume.” e “Fumar é Friase Você é A<strong>do</strong>lescente”— argumentan<strong>do</strong> quecampanhas fi<strong>na</strong>ncia<strong>da</strong>s pelo governo duplicamesses esforços e <strong>de</strong>sperdiçam dólares <strong>de</strong>contribuintes. Essa estratégia foi vista pelaprimeira vez em Minnesota e levou à assi<strong>na</strong>tura<strong>do</strong> Master Settlement Agreement <strong>de</strong> 1998.4. Aumentar a conscientização sobre ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>indústria <strong>do</strong> tabaco que contrariam campanhaspatroci<strong>na</strong><strong>da</strong>s pela saú<strong>de</strong> pública elabora<strong>da</strong>s parareduzir o tabagismo po<strong>de</strong> ser um importantecomponente <strong>de</strong> eficientes intervenções <strong>da</strong> mídia.Capítulo 14. Esforços <strong>na</strong> <strong>Mídia</strong> <strong>da</strong>Indústria <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong> para DerrotarIniciativas <strong>de</strong> Votação e Plebiscitos para oControle Estadual <strong>do</strong> <strong>Tabaco</strong>Este capítulo exami<strong>na</strong> os esforços <strong>da</strong> indústria<strong>do</strong> tabaco em usar a mídia para se opor aplebiscitos e iniciativas por votação referente auma amostra <strong>de</strong> 42 medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>do</strong>tabaco em nível estadual apresenta<strong>da</strong> a eleitoresentre 1988 e 2006. Este capítulo discutecampanhas <strong>da</strong> mídia em vários esta<strong>do</strong>s juntocom temas básicos usa<strong>do</strong>s pela indústria <strong>do</strong>tabaco nesses esforços, como tributação injusta,<strong>de</strong>svio <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>s, escolha pessoal e <strong>de</strong>sperdício<strong>de</strong> gastos <strong>do</strong> governo.Conclusões1. Dentro <strong>de</strong>sses esta<strong>do</strong>s que permitem essesprocessos, iniciativas por votação e plebiscitostêm servi<strong>do</strong> como uma eficiente ferramenta para<strong>de</strong>cretar leis <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco por votaçãodireta. Os interesses <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco têmusa<strong>do</strong> freqüentemente ca<strong>na</strong>is <strong>da</strong> mídia (comorádio, televisão mídia impressa ecorrespondência) para <strong>de</strong>rrotar essas iniciativaspor votação.2. Apesar <strong>do</strong>s esforços <strong>da</strong> indústria <strong>do</strong> tabaco <strong>na</strong>mídia, em geral ela não foi bem sucedi<strong>da</strong>,per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> em 32 (76%) <strong>da</strong>s 42 iniciativas eplebiscitos estaduais <strong>de</strong> 1988 a 2006. Devi<strong>do</strong> àfalta <strong>de</strong> sucesso <strong>da</strong> indústria <strong>na</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>iniciativas estaduais <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco eplebiscitos em nível estadual, manter plebiscitosou iniciativas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco é umaopção importante, embora cara, se a legislaturaestadual tiver bloquea<strong>do</strong> leis <strong>de</strong> controle <strong>do</strong>tabaco.3. A indústria <strong>do</strong> tabaco utilizou, <strong>de</strong> formaconstante, vários temas básicos para <strong>de</strong>rrotariniciativas estaduais <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> impostossobre o tabaco. Esses temas incluem sugerirque as medi<strong>da</strong>s obrigariam impostos injustos eque os lucros fiscais não seriam gastos comprogramas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> tabaco ou assistênciamédica como planeja<strong>do</strong>. Temas secundários usa<strong>do</strong>s,19


Resumo ExecutivoMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midia<strong>de</strong> forma constante, por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 18 anos,incluem sugerir que as medi<strong>da</strong>s aumentariam as“gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong> governo”, constituin<strong>do</strong><strong>de</strong>sperdício, e aumentariam o crime e a pirataria.Outros temas mais freqüentes foram que asmedi<strong>da</strong>s constituiriam redução <strong>do</strong>s impostospara os ricos, impediriam o crescimentoeconômico, não conseguiriam resolverproblemas orçamentários estaduais,restringiriam escolhas pessoais e violariam leisantitruste.Parte 6—Direções FuturasCapítulo 15. Direções FuturasEste capítulo exami<strong>na</strong> o futuro <strong>da</strong> mídia, quepo<strong>de</strong> estar relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> tanto à promoçãoquanto ao controle <strong>do</strong> tabaco. Os problemasdiscuti<strong>do</strong>s relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s à promoção <strong>do</strong> tabacoincluem marketing <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> compra,embalagens, uso <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> entretenimento erelações públicas. Questões <strong>na</strong> mídia sobre ocontrole <strong>do</strong> tabaco incluem notícias e <strong>de</strong>fesa<strong>da</strong> mídia, avaliação <strong>da</strong> eficiência <strong>da</strong> mídiajor<strong>na</strong>lística, intervenções <strong>da</strong> mídia e potencial<strong>de</strong> ca<strong>na</strong>is alter<strong>na</strong>tivos <strong>da</strong> mídia mais novos.20


Resumo ExecutivoReferências1. Centers for Disease Control and Prevention.2006. Smoking and tobacco use fact sheet:Tobacco-related mortality (up<strong>da</strong>ted September2006).http//www.cdc.gov/tobacco/<strong>da</strong>ta_statistics/Factsheets/tobacco_related_mortality.htm.2. U.S. Department of Health, Education, andWelfare. 1964. Smoking and health: Report of theAdvisory Committee to the Surgeon General of thePublic Health Service (PHS publication no. 1103).Washington, DC: U.S. Department of Health,Education, and Welfare, Public Health Service,Center for Disease Control.3. Centers for Disease Control and Prevention.2007. Cigarette smoking among adults—UnitedStates, 2006. Morbidity and Mortality WeeklyReport 56 (44): 1157–61.4. Substance Abuse and Mental Health ServicesAdministration. 2006. Results from the 2005Natio<strong>na</strong>l Survey on Drug Use and Health:Natio<strong>na</strong>l fi ndings (DHHS publication no. SMA06-4194). NSDUH Series H-30. Rockville, MD:U.S. Department of Health and Human Services,Substance Abuse and Mental Health ServicesAdministration, Office of Applied Studies.http://www.samhsa.gov or http://www.oas.samhsa.gov.5. U.S. Department of Health and Human Services.2004. The health consequences of smoking: Areport of the Surgeon General. Atlanta: U.S.Department ofHealth and Human Services, Centers for DiseaseControl and Prevention, Natio<strong>na</strong>l Center forChronic Disease Prevention and Health Promotion,Office on Smoking and Health.6. Parkin, D. M., F. Bray, J. Ferlay, and P. Pisani.2005. Global cancer statistics, 2002. CA: A CancerJour<strong>na</strong>l for Clinicians 55 (2): 74–108.7. Centers for Disease Control and Prevention.2007. State-specific prevalence of cigarettesmoking among adults and quitting among personsaged 18–35 years—United States, 2006. Morbidityand Mortality Weekly Report 56 (38): 993–96.8. Johnston, L. D., P. M. O’Malley, J. G.Bachman, and J. E. Schulenberg. 2007. MonitoringMonografia 19. O Papel <strong>da</strong> Midiathe Future: Natio<strong>na</strong>l results on a<strong>do</strong>lescent druguse—Overview of key fi ndings, 2006. (NIHpublication no. 07-6202). Bethes<strong>da</strong>, MD: Natio<strong>na</strong>lInstitute on Drug Abuse.http://www.monitoringthefuture.org/pubs/monographs/overview2006.pdf9. Natio<strong>na</strong>l Cancer Institute. 2006. EvaluatingASSIST: A blueprint for un<strong>de</strong>rstanding state-leveltobacco control (Tobacco control monograph no.17, NIH publication no. 06-6058). Bethes<strong>da</strong>, MD:Natio<strong>na</strong>l Cancer Institute.http://cancercontrol.cancer.gov/tcrb/monographs/17/in<strong>de</strong>x.html.10. Viswa<strong>na</strong>th, K. 2005. Science and society: Thecommunications revolution and cancer control.Nature Reviews Cancer 5 (10): 828–35.11. World Health Organization. 2007. Q&A:Tobacco. World Health Organization.http://www.who.int/topics/tobacco/qa/en/in<strong>de</strong>x.html (accessed July 30, 2007).12. Peto, R., A. D. Lopez, J. Boreham, M. Thun,and C. Heath Jr. 1994. Mortality from smoking in<strong>de</strong>veloped countries, 1950–2000: Indirectestimates from <strong>na</strong>tio<strong>na</strong>l vital statistics. Oxford:Oxford Univ. Press.13. United Nations. 2005. Tunis agen<strong>da</strong> for theinformation society. Tunis, Tunisia:http://www.itu.int/wsis/<strong>do</strong>cs2/tunis/off/6rev1.html.14. World Health Organization. 2004. Basicprinciples of media advocacy. World HealthOrganization. http://www.who.int/tobacco/policy/media/en/.15. Fe<strong>de</strong>ral Communications Commission. 1967.Applicability of the Fairness Doctrine to cigaretteadvertising.http://tobacco<strong>do</strong>cuments.org/rjr/501881916-1928.html.16. Natio<strong>na</strong>l Association of Attorneys General.1998. Master Settlement Agreement an<strong>da</strong>mendments. Washington, DC: Natio<strong>na</strong>lAssociation of Attorneys General.http://www.<strong>na</strong>ag.org/backpages/<strong>na</strong>ag/tobacco/msa(accessed June 1, 2007).17. World Health Organization. 2003. FrameworkConvention on Tobacco Control: Resolutions.21


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