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Relatório de Sustentabilidade 2009 - Vale.com

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Relatório <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>2009</strong>


Relatório <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong><strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>SumárioPerfil 2Mensagem do Conselho <strong>de</strong> Administração 4Mensagem do Presi<strong>de</strong>nte 6Diretoria Executiva da <strong>Vale</strong> 8Introdução e processo <strong>de</strong> relato 9Estratégia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> 11Operador Sustentável 14Desempenho dos negócios 16Governança corporativa 20Recursos humanos 32Saú<strong>de</strong> e segurança 46Meio ambiente 52Catalisador do Desenvolvimento Local 70Desenvolvimento local 72Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor 88Agente Global <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> 94Mudanças climáticas 96Biodiversida<strong>de</strong> 104Direitos humanos 114Escopo do relatório (limite) 119Verificação externa 121Nível <strong>de</strong> aplicação GRI 124Correlação <strong>de</strong> práticas da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong>Pacto Global e ICMM 125Índice remissivo GRI e correlação<strong>com</strong> Pacto Global e ICMM 1261


Perfil Mensagem do Conselho Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>PerfilPrezamos a ética nos negócios,o respeito ao meio ambiente e aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida nos territórioson<strong>de</strong> atuamos. Buscamoscontribuir para a construção<strong>de</strong> um legado positivo para asgerações futurasAméricas1. Brasil – Se<strong>de</strong> Mundial da <strong>Vale</strong>2. Colômbia3. Chile4. Argentina5. Peru6. Paraguai7. Canadá8. Estados Unidos9. Barbados711Somos uma empresa global <strong>com</strong> atuação direcionada aosetor <strong>de</strong> mineração. Promovemos a pesquisa, a produção e a<strong>com</strong>ercialização <strong>de</strong> um amplo portfólio <strong>de</strong> produtos quehoje inclui minério <strong>de</strong> ferro e pelotas, níquel, cobre, carvão,bauxita, alumina, alumínio, potássio, caulim, manganês,ferroligas, cobalto, metais do grupo da platina e metaispreciosos. Nossos negócios incluem, ainda, os segmentos<strong>de</strong> logística, energia, si<strong>de</strong>rurgia e fertilizantes, queconsi<strong>de</strong>ramos estratégicos e integrados à mineração.Nossos produtos e serviços estão presentes em todasas áreas da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna, <strong>com</strong>o <strong>com</strong>ponentesfundamentais para a garantia da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida daspessoas. Três <strong>de</strong> nossos principais produtos – minério <strong>de</strong>ferro, carvão e manganês – são insumos essenciais paraa fabricação do aço, presente na indústria <strong>de</strong> base, nostransportes, nas construções e em milhares <strong>de</strong> itens donosso dia a dia. O níquel é utilizado na produção <strong>de</strong> açoinoxidável e também integra equipamentos eletrônicose médico-hospitalares. O cobre está presente nas re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicação e também nos aparelhos <strong>de</strong> TV ecelulares. A bauxita é insumo para a produção <strong>de</strong> alumínio,material que <strong>com</strong>põe tanto embalagens <strong>com</strong>o peças <strong>de</strong>aviões. Já o uso do potássio e da rocha fosfática aumentaa produtivida<strong>de</strong> da agricultura, enquanto o caulim éutilizado nas indústrias <strong>de</strong> papel, cerâmica e farmacêutica.Europa10. França11. Noruega12. Suíça13. Reino UnidoÁfrica14. Angola15. Zâmbia16. Moçambique17. Guiné18. África do Sul19. República Democráticado Congo20. GabãoÁsia21. Índia22. China23. Mongólia24. Omã25. Cazaquistão26. Japão27. Coreia do Sul28. Taiwan29. Filipinas30. Tailândia31. Cingapura32. IndonésiaOperaçõesEscritório82534961171310122014191815162425213031232232282927332634Oceania33. Austrália34. Nova CaledôniaJoint venturesExploração mineral2Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>2 3


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Nossa missãoTransformar recursos minerais emriqueza e <strong>de</strong>senvolvimento sustentávelInformações corporativasNomeRazão socialNatureza jurídicaPapéis negociados nas bolsas <strong>de</strong> valoresSe<strong>de</strong> mundialInvestimentos socioambientais em <strong>2009</strong>Número <strong>de</strong> empregados (<strong>de</strong>z. <strong>2009</strong>)Classificação <strong>de</strong> investment gra<strong>de</strong>Reconhecimentos e premiações<strong>Vale</strong><strong>Vale</strong> S.A.Socieda<strong>de</strong> por ações <strong>de</strong> capital abertoBM&FBovespa: VALE3, VALE5Nyse: VALE, VALE.PEuronext Paris: VALE3, VALE5Latibex: XVALO, XVALPRio <strong>de</strong> Janeiro, BrasilUS$ 781 milhões140,6 mil (empregados próprios: 60,0 mil e terceiros: 80,6 mil)Rating Baa2 pela Moody’s Investors ServiceBBB+ pela Standard & Poor’s Ratings ServicesBBB pela Fitch RatingsBBB (high) pela Dominion Bond Rating ServicePrêmio GRI Rea<strong>de</strong>rs Choice Award na categoria Socieda<strong>de</strong> Civil pelo Relatório<strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> 2008. A <strong>Vale</strong> foi indicada também entre as cinco melhoresempresas do mundo nas categorias Investidores e Vencedor GeralEmpresa latino-americana mais bem posicionada no índice que avalia ograu <strong>de</strong> transparência das informações sobre mudanças climáticas.Mineradora <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte <strong>com</strong> menor intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> gases<strong>de</strong> efeito estufa por receita, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o levantamento feito pelo CarbonDisclosure Project (CDP)Prêmio Época, <strong>com</strong>o uma das empresas que mais se <strong>de</strong>stacaram em políticasclimáticas em <strong>2009</strong>Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> 2008 reconhecido <strong>com</strong>o Comunicação <strong>de</strong>Progresso Notável (COP) pelo Pacto GlobalLí<strong>de</strong>r mundial entre as mineradoras no ranking <strong>de</strong> mudanças climáticas doGoldman Sachs e uma das cinco empresas mais sustentáveis do setor <strong>de</strong>materiais básicos pelo Relatório GS-SustainVencedora <strong>de</strong> cinco prêmios na edição <strong>2009</strong> do IR Magazine Awards, entreeles o Gran Prix <strong>de</strong> melhor programa <strong>de</strong> relações <strong>com</strong> investidores do Brasil4Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


PerfilMensagem do ConselhoMensagemdo Conselho <strong>de</strong>AdministraçãoEm <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> à suaestratégia <strong>de</strong> crescimento, mesmo diantedos diversos <strong>de</strong>safios gerados pela criseque atingiu a economia globalA empresa fez os ajustes necessários,mantendo o ritmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> novos projetos, <strong>com</strong> investimentototal <strong>de</strong> US$ 9 bilhões. Ao mesmotempo, realizou a distribuição <strong>de</strong>US$ 2,75 bilhões em divi<strong>de</strong>ndos e jurossobre o capital próprio. Além disso,entre 2000 e <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> foi a empresa<strong>de</strong> mineração diversificada que maisgerou valor para o acionista.É importante ressaltar que a crise globalnão implicou recuo na estratégia <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável da <strong>Vale</strong>. Pelocontrário, foi uma oportunida<strong>de</strong> para aempresa reiterar seu <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong>as diversas partes interessadas, buscandoadotar ações que minimizassem o impactoda redução da <strong>de</strong>manda mineral não sónos aspectos econômico-financeiros, mastambém no <strong>de</strong>sempenho socioambiental.Os resultados colhidos ao final do ano, eexplicitados ao longo <strong>de</strong>ste relatório, nospermitem vislumbrar o fortalecimento<strong>de</strong>ssa estratégia e a ampliação do nível <strong>de</strong>investimentos ainda em 2010.Reafirmamos, ainda, nosso <strong>com</strong>promisso<strong>com</strong> o aprimoramento contínuo dagovernança corporativa, embasadaem transparência, equida<strong>de</strong> e ética. Aelaboração e publicação <strong>de</strong> documentoscorporativos globais vem permitindo à <strong>Vale</strong>fortalecer e disseminar seus valores emtodos os países nos quais atua, mantendoa estratégia <strong>de</strong> crescimento associado àpromoção do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.Em <strong>2009</strong>, conforme planejado, a empresapublicou três novas políticas globais –Desenvolvimento Sustentável, DireitosHumanos e Segurança Empresarial –, queorientam as unida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> a agir <strong>de</strong>ntrodo mesmo padrão <strong>de</strong> <strong>com</strong>promisso.Além disso, foi instituída a Norma <strong>de</strong>Responsabilida<strong>de</strong> em Saú<strong>de</strong>, Segurançae Meio Ambiente, que estabelece osprocessos e os responsáveis pelo registro <strong>de</strong>ocorrências e fatos relevantes, bem <strong>com</strong>opelo cumprimento <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> melhorianessas áreas cruciais.4Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>4


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Sérgio RosaPresi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> AdministraçãoComplementando os instrumentos queorientam o padrão <strong>de</strong> <strong>com</strong>portamento éticoe transparente da <strong>Vale</strong>, a empresa lançou, em<strong>2009</strong>, o Código <strong>de</strong> Conduta do Fornecedor,que aten<strong>de</strong> também ao <strong>com</strong>promisso <strong>de</strong>incentivar as empresas fornecedoras <strong>de</strong>serviços e produtos a adotar os mesmosprincípios <strong>de</strong> conduta ética seguidos pelaempresa. Esse documento soma-se a outrosinstrumentos, <strong>com</strong>o o Código <strong>de</strong> CondutaÉtica e o Canal <strong>de</strong> Denúncias, direcionado aoConselho <strong>de</strong> Administração.A empresa manteve, pelo quarto anoconsecutivo, a certificação <strong>de</strong> controlesinternos previstos pela Lei Sarbanes-Oxley,<strong>de</strong>monstrando a consolidação <strong>de</strong> suaspráticas <strong>de</strong> transparência e governança<strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as exigências às empresas<strong>de</strong> capital aberto <strong>com</strong> ADRs (AmericanDepositary Receipts) listadas na Bolsa <strong>de</strong>Nova York.A publicação <strong>de</strong>ste terceiro relatório <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong>, elaborado <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong>as diretrizes da Global Reporting Initiative(GRI), padrão adotado internacionalmente,é outro fato que se soma ao processo<strong>de</strong> aprimoramento <strong>de</strong> nossa gestão <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável, dandotransparência à nossa forma <strong>de</strong> atuação,aos <strong>de</strong>safios e aos resultados obtidospela gestão da <strong>Vale</strong> e evi<strong>de</strong>nciando nossoalinhamento <strong>com</strong> os Princípios para oInvestimento Responsável (PRI).Em nome do Conselho <strong>de</strong> Administraçãoda <strong>Vale</strong> e <strong>de</strong> todos os acionistas, reiteroa satisfação <strong>com</strong> a evolução <strong>de</strong>sseprocesso e agra<strong>de</strong>ço à Diretoria Executiva,aos empregados e aos parceiros pelosresultados obtidos em <strong>2009</strong> <strong>com</strong> acerteza <strong>de</strong> que a <strong>Vale</strong> manterá o rumo<strong>de</strong> sua administração, orientada ao<strong>de</strong>senvolvimento sustentável.5


PerfilMensagem do ConselhoMensagemdo Presi<strong>de</strong>nteEm <strong>2009</strong>, um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios,mantivemos o nosso <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável, conformeexplicitado em nossa Missão e na nossaPolítica <strong>de</strong> Desenvolvimento SustentávelReforçamos a nossa estratégia <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> por meio da publicação<strong>de</strong> importantes diretrizes globais queorientam as nossas ações, em particularnossa Política <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável, que visa à construção <strong>de</strong> umlegado social, econômico e ambiental nasregiões on<strong>de</strong> operamos, <strong>com</strong>posta pelospilares Operador Sustentável, Catalisadordo Desenvolvimento Local e AgenteGlobal <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>.Avançamos em <strong>2009</strong>, norteados por nossaPolítica <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável,em diferentes aspectos relacionados aopilar Agente Global <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>.Publicamos nossa Política <strong>de</strong> DireitosHumanos, documento global que orienta asações <strong>de</strong> toda a empresa. Criamos o Fundo<strong>Vale</strong> para o Desenvolvimento Sustentável,iniciativa voltada para apoiar ações <strong>de</strong>ONGs (organizações não governamentais)que conciliem a conservação do meioambiente <strong>com</strong> a melhoria das condiçõessocioeconômicas das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s, focando,inicialmente, no Bioma Amazônico.Em paralelo, a <strong>Vale</strong> li<strong>de</strong>rou, em conjunto <strong>com</strong>organizações da socieda<strong>de</strong> civil, a elaboraçãoe o lançamento da Carta Aberta ao Brasilsobre Mudanças Climáticas, que apresenta<strong>com</strong>promissos voluntários <strong>de</strong> 30 gran<strong>de</strong>sempresas brasileiras em relação aos esforçosmundiais para redução dos impactos dasmudanças climáticas. Participamos, portanto,<strong>de</strong> forma propositiva no <strong>de</strong>bate para aformação da posição do governo brasileirona 15ª Conferência das Partes da Convenção--Quadro das Nações Unidas sobre Mudançado Clima (COP 15), realizada em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><strong>2009</strong>. Assinamos também o The CopenhagenCommuniqué, um posicionamento <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>resempresariais globais em prol <strong>de</strong> um acordosobre a questão das mudanças climáticas.No pilar Operador Sustentável, em especialna área econômica, colhemos um importanteindicador <strong>de</strong> nossa sustentabilida<strong>de</strong>. Diante<strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> crise financeira expressiva,marcado pela forte recessão e pela contraçãoda economia global, a <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>monstrou,na prática, as vantagens <strong>com</strong>petitivasque acumulou por meio <strong>de</strong> uma gestãoconsistente ao longo dos anos: carteira <strong>de</strong>ativos <strong>de</strong> classe mundial, custos <strong>de</strong> produção<strong>com</strong>petitivos, saú<strong>de</strong> e soli<strong>de</strong>z financeira e, maisimportante, pessoas qualificadas e motivadas.Frente à retração da <strong>de</strong>manda por mineraise metais, em função da redução semprece<strong>de</strong>nte na produção da indústriasi<strong>de</strong>rúrgica, tivemos <strong>de</strong> realizar iniciativasvoltadas à redução <strong>de</strong> custos e ao aumentoda eficiência. No entanto, tomamos medidaspara manter os talentos internos, entre asquais a recolocação e a requalificação dosnossos funcionários. Fizemos os ajustesnecessários para enfrentar a situaçãoimediata, mas realizamos, em <strong>2009</strong>,investimentos <strong>de</strong> US$ 9 bilhões, fundamentaispara o nosso crescimento orgânico e para asustentabilida<strong>de</strong> econômica no médio e nolongo prazos.Já em <strong>2009</strong> <strong>com</strong>eçamos a colher os frutosdas <strong>de</strong>cisões tomadas ainda no início dacrise global. No segundo semestre do ano,a produção <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro apresentoucrescimento <strong>de</strong> 21% frente ao primeirosemestre, e registramos novos recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong>6Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Roger AgnelliDiretor-presi<strong>de</strong>nteprodução anual em carvão, bauxita e alumina.Como consequência, a <strong>Vale</strong> contabilizou,em <strong>2009</strong>, um lucro líquido <strong>de</strong> US$ 5,3bilhões, realizando uma remuneração totalao acionista <strong>de</strong> US$ 2,75 bilhões. Em meioa toda a incerteza nos mercados globais,realizamos, em <strong>2009</strong>, extensos investimentossocioambientais, totalizando US$ 781milhões, <strong>de</strong>stinando US$ 580 milhões paraações ambientais e US$ 201 milhões aprojetos sociais.Também continuamos nossos esforços parao incremento em nossa empresa da cultura<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança. Apesar da reduçãonas taxas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes em <strong>2009</strong>, infelizmenteainda registramos a perda <strong>de</strong> nove vidas emocorrências <strong>com</strong> empregados e contratadosda empresa e três aci<strong>de</strong>ntes fatais <strong>com</strong>prestadores <strong>de</strong> serviço no setor <strong>de</strong> transportenas estradas. Além <strong>de</strong> realizar uma acuradainvestigação <strong>de</strong> cada aci<strong>de</strong>nte, buscamosadotar ferramentas mais eficazes na prevenção<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, além <strong>de</strong> promover essa culturatambém em nossa ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor.Para o pilar Catalisador do DesenvolvimentoLocal <strong>de</strong> nossa Política <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável, <strong>de</strong>mos continuida<strong>de</strong> ainiciativas que reforçam a estratégia<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e qualificação <strong>de</strong>fornecedores locais por meio do ProgramaInove, já em seu segundo ano <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s,e do Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong>Fornecedores (PDF).A Fundação <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> àimplantação das Estações Conhecimento,cujo objetivo é contribuir para a melhoria daqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e para o <strong>de</strong>senvolvimentointegrado e sustentável das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e cujopúblico prioritário são crianças e adolescentes,<strong>de</strong>vendo beneficiar cerca <strong>de</strong> 30 mil jovens emnúcleos que serão construídos nos estadosdo Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo,Pará, Sergipe e Rio <strong>de</strong> Janeiro, no Brasil.Lançamos, também, por meio da Fundação<strong>Vale</strong>, o programa Brasil <strong>Vale</strong> Ouro, quefunciona <strong>de</strong>ntro das Estações Conhecimento.O programa visa selecionar e prepararatletas nas cida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> atuamos no Brasil erepresenta o apoio da <strong>Vale</strong> ao segmento <strong>de</strong>esportes <strong>de</strong> alto rendimento.Buscamos contribuir para reduzir o déficitem saneamento e habitação nas áreasem que atuamos. Em apoio às prefeituras,<strong>de</strong>senvolvemos projetos executivos <strong>de</strong>engenharia para apoiar a captação <strong>de</strong>recursos disponíveis para esses fins nasesferas fe<strong>de</strong>ral e estadual dos governos. Oinvestimento acumulado da Fundação <strong>Vale</strong>,em <strong>2009</strong>, em projetos <strong>de</strong> infraestrutura ehabitação foi <strong>de</strong> US$ 11 milhões, resultandona captação <strong>de</strong> US$ 395 milhões pelosmunicípios junto ao Governo Fe<strong>de</strong>ral.Com a publicação <strong>de</strong>ste terceiro relatório<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong>, elaborado <strong>de</strong>acordo <strong>com</strong> as diretrizes da Global ReportingInitiative (GRI), estamos consolidandonossa estratégia <strong>de</strong> atuação responsável etransparente. Além da melhoria contínuaem processos internos, também avançamosna elaboração <strong>de</strong>sta publicação, agregandoinformações e transparência em relação anossa forma <strong>de</strong> atuar.Essas e outras iniciativas que conjugamgeração <strong>de</strong> valor <strong>com</strong> a construção <strong>de</strong> umlegado positivo para as futuras geraçõesestão alinhadas <strong>com</strong> os princípios do ICMM(Conselho Internacional <strong>de</strong> Mineraçãoe Metais) e do Pacto Global das NaçõesUnidas, que reconheceu nosso relatório <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> anterior, pelo segundoano consecutivo, <strong>com</strong>o Publicação <strong>de</strong>Comunicação <strong>de</strong> Progresso Notável.Agra<strong>de</strong>ço a todos que contribuíram paraa gestão dos processos e as melhorias<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho nos indicadores <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> elencados neste relato,contribuindo para a busca da excelênciana gestão <strong>de</strong> nossos negócios, dandotransparência às nossas ações perante asocieda<strong>de</strong> e ajudando a difundir nossaspráticas <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> nos diversospaíses em que atuamos.7


PerfilMensagem do ConselhoDiretoriaExecutiva da <strong>Vale</strong>Roger AgnelliDiretor-presi<strong>de</strong>nteFabio <strong>de</strong> Oliveira BarbosaDiretor Executivo <strong>de</strong> Finanças eRelações <strong>com</strong> InvestidoresCarla GrassoDiretora Executiva <strong>de</strong> Recursos Humanos eServiços CorporativosJosé Carlos MartinsDiretor Executivo <strong>de</strong> FerrososEduardo <strong>de</strong> Salles BartolomeoDiretor Executivo <strong>de</strong> Logística,Gestão <strong>de</strong> Projetos e Sustentabilida<strong>de</strong>Tito Botelho MartinsDiretor Executivo <strong>de</strong> Não Ferrosos8Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Introdução e processo <strong>de</strong> relatoPara ler nossorelatórioEsta publicação tem <strong>com</strong>oobjetivo apresentar a evoluçãoda <strong>Vale</strong> nas questões <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formaobjetiva, transparente e <strong>de</strong> fácilentendimentoDiretrizes GRI – Pelo terceiro anoconsecutivo, publicamos nosso relatório <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as diretrizesda Global Reporting Initiative (GRI), versãoG3, incluindo o suplemento setorial <strong>de</strong>Mineração e Metais.Pacto Global e ICMM – Nossa atuação,reportada neste relatório, está alinhada aosprincípios do Pacto Global e do ConselhoInternacional <strong>de</strong> Mineração e Metais (ICMM,na sigla em inglês), iniciativas internacionaisdas quais somos signatários. Os índicesapresentados nas páginas 126-128 orientam alocalização das informações que respon<strong>de</strong>maos princípios <strong>de</strong>sses <strong>com</strong>promissos. ORelatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>2009</strong> tambémserve <strong>com</strong>o instrumento <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação<strong>de</strong> progresso (COP) do Pacto Global.Período – Esta edição cobre o período <strong>de</strong>2007 a <strong>2009</strong>.Estrutura – A forma <strong>de</strong> elaboração doscapítulos permite o a<strong>com</strong>panhamento dosresultados alcançados pela <strong>Vale</strong> nas nossastrês principais linhas <strong>de</strong> atuação, explicitadasem nossa Política <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável: Operador Sustentável,Catalisador <strong>de</strong> Desenvolvimento Local eAgente Global <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>. Essaestrutura reafirma nosso <strong>com</strong>promisso<strong>de</strong> atuar <strong>de</strong> maneira a conciliar aspectoseconômicos, sociais e ambientais.Indicadores – Reportamos 86 indicadores,sendo 49 essenciais, 23 adicionais e 14 doSuplemento Setorial <strong>de</strong> Mineração e Metais.Forma <strong>de</strong> gestão – Estamos globalizandoprocessos e documentos corporativos,consi<strong>de</strong>rando a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> culturas<strong>de</strong> cada local, assim <strong>com</strong>o as dinâmicas<strong>de</strong> cada negócio. Enten<strong>de</strong>mos que éum processo <strong>com</strong>plexo <strong>de</strong> integração,que <strong>de</strong>manda tempo e capacitação dasequipes envolvidas. Sua evolução já geroudocumentos corporativos globais (leia maisno capítulo <strong>de</strong> Governança Corporativa).Nível <strong>de</strong> aplicação GRI – O presente relatórioatinge o nível <strong>de</strong> aplicação A + da GRI, queestabelece o relato <strong>de</strong> todos os itens <strong>de</strong>perfil, <strong>de</strong> informações sobre a forma <strong>de</strong>gestão e <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoessenciais e do Suplemento Setorial <strong>de</strong>Mineração e Metais, seguindo o princípio<strong>de</strong> materialida<strong>de</strong> conforme estabelecidopela Global Reporting Initiative. O acréscimo<strong>de</strong> indicadores em nosso relatório (51reportados em 2007 e 73, em 2008)<strong>de</strong>monstra a nossa evolução no processo<strong>de</strong> melhoria contínua <strong>de</strong> gestão emsustentabilida<strong>de</strong>. Para mais <strong>de</strong>talhes, confiraquadro na página 124.Limite – Esta publicação apresentainformações <strong>de</strong> empresas já incluídas norelatório anterior. Os dados da <strong>Vale</strong> Inco,adquirida em 2006, foram consi<strong>de</strong>radosnos resultados a partir <strong>de</strong> 2007, e os da <strong>Vale</strong>Australia, adquirida em 2007, a partir <strong>de</strong>2008. Para mais <strong>de</strong>talhes, veja o quadro <strong>de</strong>limite na página 119.Verificação externa – As informaçõesdo Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>2009</strong>foram verificadas pela empresa <strong>de</strong>auditoria in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte Ernst & Young,conforme <strong>de</strong>claração na página 121. Oescopo da verificação incluiu a a<strong>de</strong>rênciaà metodologia GRI, a asseguração dasinformações sobre forma <strong>de</strong> gestão e<strong>de</strong>sempenho e a <strong>de</strong>claração do nível <strong>de</strong>aplicação. Além disso, houve verificaçãoem relação às diretrizes do ICMM,conforme <strong>de</strong>claração na página 122.Formulário <strong>de</strong> avaliação – Como nosanos anteriores, disponibilizamos oformulário <strong>de</strong> avaliação do Relatório <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>2009</strong> em nosso en<strong>de</strong>reçoeletrônico: www.vale.<strong>com</strong>. O objetivoda iniciativa é coletar informações quenos permitam aprimorar a gestão dasustentabilida<strong>de</strong> e o processo <strong>de</strong> relato <strong>de</strong>nosso <strong>de</strong>sempenho, por meio da análisedas opiniões <strong>de</strong> nossas partes interessadas.Contato – Para mais informações <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong>, acesse o en<strong>de</strong>reçoeletrônico www.vale.<strong>com</strong> e entre emcontato por meio do canal Fale Conosco,na categoria sustentabilida<strong>de</strong>.9


PerfilMensagem do ConselhoMaterialida<strong>de</strong>O Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>2009</strong>procura abordar os temas materiaisao longo dos capítulos, <strong>de</strong> forma arelacionar nosso <strong>de</strong>sempenho àsquestões apontadas <strong>com</strong>o relevantesOs temas foram selecionados seguindo critériosque abrangem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> impactos e oportunida<strong>de</strong>srelacionados à <strong>Vale</strong> e ao setor <strong>de</strong> mineração atéa relação <strong>com</strong> os <strong>com</strong>promissos estratégicosda empresa. Os assuntos foram classificadosna matriz <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a visão das partesinteressadas e a relevância para a gestão.O Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>2009</strong> da <strong>Vale</strong>segue os princípios da Global ReportingInitiative (GRI), sendo que a materialida<strong>de</strong>orienta as empresas a direcionar sua<strong>com</strong>unicação pelos temas mais relevantespara o setor <strong>de</strong> atuação. Para guiar o relato<strong>de</strong> forma objetiva e transparente, a matriz <strong>de</strong>materialida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> consolida análises sobreos impactos econômicos, sociais e ambientaisdas ativida<strong>de</strong>s sobre os públicos <strong>com</strong> os quaisa empresa se relaciona.As percepções da socieda<strong>de</strong> foram trazidaspelas principais referências setoriais, <strong>com</strong>oo Conselho Internacional <strong>de</strong> Mineraçãoe Metais (ICMM), análise <strong>de</strong> reportagenspublicadas na imprensa sobre a <strong>Vale</strong> e <strong>de</strong>feedbacks recebidos, via online, do relatório<strong>de</strong> 2008. Um <strong>de</strong>staque do processo foi acontratação <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>com</strong> partesinteressadas selecionadas sobre as nossaspráticas <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. Realizada <strong>de</strong>forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, os entrevistados foramconvidados a opinar sobre a <strong>Vale</strong> e apontaros temas relevantes para a empresa. Tambémfoi realizada uma avaliação das informaçõese indicadores dos principais relatórios <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> do setor, <strong>com</strong> o intuito <strong>de</strong>contextualizar a empresa no mercado eno cenário externo.Para a segunda fase do processo, foramestabelecidos critérios <strong>de</strong> relevância dos temas<strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a estratégia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.Para isso, foram analisados documentos <strong>com</strong>oPolítica <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável,Diretrizes Corporativas sobre MudançasClimáticas e Carbono, Política <strong>de</strong> DireitosHumanos, Código <strong>de</strong> Conduta Ética, Código <strong>de</strong>Conduta dos Fornecedores, além <strong>de</strong> dados dodocumento Form 20-F.As percepções <strong>de</strong> partes interessadas internase externas receberam o mesmo peso naconsolidação, sendo utilizados quatro critérios naclassificação dos assuntos quanto à sua relevância:muito alto, alto, médio e baixo. A atribuição<strong>de</strong> pontuação a esses critérios levou em contaa representativida<strong>de</strong> das partes interessadasparticipantes e a estratégia da empresa.10Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>O texto integral da Política <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável da <strong>Vale</strong> está disponível em nosso site:www.vale.<strong>com</strong>, na seção Sustentabilida<strong>de</strong>Política <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentávelComo uma das empresas lí<strong>de</strong>res globais nosetor <strong>de</strong> mineração, buscamos contribuir para apromoção <strong>de</strong> boas práticas <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>A estratégia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> da<strong>Vale</strong> preconiza a gestão responsáveldas questões econômicas, ambientais esociais, <strong>de</strong> maneira integrada. O objetivoé propiciar que nossos negócios, emparticular as operações <strong>de</strong> mineração,produzam riquezas locais, regionaise globais, mas também suportem aconstrução <strong>de</strong> um legado positivoao longo do ciclo <strong>de</strong> vida dos nossosempreendimentos. Para apoiar essagestão, realizamos ações empresariaisvoluntárias e em parceria <strong>com</strong> os diversosníveis <strong>de</strong> governo, instituições públicas,outras empresas e a socieda<strong>de</strong> civil.Em <strong>2009</strong>, aprovamos a nossa Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável,<strong>de</strong> caráter global, que nos orienta a agir a partir <strong>de</strong> três eixos.Operador SustentávelOperar <strong>com</strong> sustentabilida<strong>de</strong> é atuar<strong>com</strong> consciência e responsabilida<strong>de</strong>socioeconômica e ambiental em todo ociclo <strong>de</strong> vida das nossas ativida<strong>de</strong>s – <strong>de</strong>s<strong>de</strong>a concepção até a implantação <strong>de</strong> todos osprojetos e em todos os atos posteriores <strong>de</strong>operação e <strong>com</strong>ercialização, até o eventualencerramento das operações. É criar Valor.Catalisador doDesenvolvimento LocalComo catalisador do <strong>de</strong>senvolvimentolocal, queremos ir além da gestão dosimpactos <strong>de</strong> nossas operações e projetos,contribuindo voluntariamente e por meio<strong>de</strong> parcerias <strong>com</strong> governo e socieda<strong>de</strong>para a construção <strong>de</strong> um legado regional<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.Agente Global <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>A atuação global parte do reconhecimento<strong>de</strong> que <strong>de</strong>terminados temas globais <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m afetar nossosnegócios e <strong>de</strong> que a <strong>Vale</strong> – <strong>com</strong>o umadas empresas lí<strong>de</strong>res globais no setor<strong>de</strong> mineração – po<strong>de</strong> contribuir para apromoção internacional <strong>de</strong> boas práticas<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.Valor para Stakehol<strong>de</strong>rs (partes interessadas)Antecipação e Prevenção <strong>de</strong> FalhasLegislação <strong>com</strong>o base: Melhoria ContínuaOrganização e DisciplinaRespeito e Ética nos NegóciosLicença SocialOr<strong>de</strong>nação para o DesenvolvimentoComunicação e EngajamentoAlianças EstratégicasLegado RegionalGarantia <strong>de</strong> TransparênciaLi<strong>de</strong>rançaObservação <strong>de</strong> TendênciasBoas PráticasAtuação Local, Visão GlobalLegado para Gerações FuturasRelatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong> 11


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Dezmaissocieda<strong>de</strong>Como se po<strong>de</strong> observar ao lado, o resultado <strong>de</strong>ssaclassificação está distribuído em quadrantes,conforme o grau <strong>de</strong> relevância obtido.Emprego e relações<strong>de</strong> trabalhoMinimização <strong>de</strong>impactos ambientaisDesempenho dos negóciosÉtica nos negóciosConservação ambientalSegurança eaci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalhoLegado regionalCa<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorDesenvolvimento equalificação pessoalComunicação e engajamentoAo longo do relatório, <strong>de</strong>talharemos três itens maissignificativos associados a emprego e relações <strong>de</strong> trabalho,minimização <strong>de</strong> impactos ambientais e <strong>de</strong>sempenho dosnegócios, em seus respectivos capítulos.+ importante >+ importante >11


empresa11


PerfilMensagem do ConselhoDestaques em <strong>2009</strong>Internamente, continuamos avançando no aperfeiçoamento da gestão dasustentabilida<strong>de</strong> e na implementação da Política. Elaboramos um treinamentoespecífico em sustentabilida<strong>de</strong> que será disponibilizado online para equipes <strong>de</strong>todas as áreas da empresa ao longo <strong>de</strong> 2010. Ao mesmo tempo, evoluímos na criação<strong>de</strong> documentos normativos globais relacionados a temas críticos para a nossasustentabilida<strong>de</strong>. Dentre esses documentos, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar a Política <strong>de</strong> DireitosHumanos (leia o texto na íntegra em www.vale.<strong>com</strong>, na seção Sustentabilida<strong>de</strong>) ea Norma <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurança e Meio Ambiente, que, em termospráticos, aloca a responsabilida<strong>de</strong> pela gestão <strong>de</strong>sses aspectos a cargos específicos.A <strong>Vale</strong> tratou <strong>com</strong>o priorida<strong>de</strong>, em <strong>2009</strong>, as açõesvoltadas a enfrentar o <strong>de</strong>safio das mudançasclimáticas. Com o lançamento da Carta Abertaao Brasil sobre Mudanças Climáticas e a ativaparticipação na COP 15, promovemos a discussãopública sobre o assunto, em parceria <strong>com</strong> ONGse outras empresas, para ampliar o engajamento<strong>de</strong> todos, buscando contribuir para as ações dopo<strong>de</strong>r público (mais informações sobre essasiniciativas nas páginas 96 e 97).Paralelamente, criamos o Fundo <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>Desenvolvimento Sustentável direcionadoa captar recursos financeiros para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> iniciativas ambientaisque tenham reflexos em questões globais <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong>. Neste primeiro momento,o foco principal é disponibilizar recursos paraorganizações e projetos voltados a promovera conservação das áreas ver<strong>de</strong>s na região daAmazônia (leia texto sobre o Fundo ao lado).Por fim, cabe ressaltar que, em um período<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios, <strong>com</strong>o foi o ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>,a <strong>Vale</strong> reafirmou seu <strong>com</strong>promisso <strong>de</strong> atuarcontinuamente pela sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suasoperações. Continuamos investindo em nossosprojetos prioritários nas áreas <strong>de</strong> promoçãosocial e conservação ambiental. Ao mesmotempo, mantivemos nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerarvalor econômico para nossos acionistase <strong>de</strong>mais partes interessadas.CASEAtuação além<strong>de</strong> nossas operaçõesO Fundo <strong>Vale</strong> para o Desenvolvimento Sustentável, instituição sem fins lucrativoscriada pela empresa em <strong>2009</strong>, tem o objetivo <strong>de</strong> promover o <strong>de</strong>senvolvimentosustentável conciliando a preservação e a conservação do meio ambiente <strong>com</strong> amelhoria das condições socioeconômicas em países em <strong>de</strong>senvolvimento.Concentrando inicialmente recursos já aprovados <strong>de</strong> US$ 26 milhões para investimentosaté 2012, o Fundo <strong>Vale</strong> atua <strong>de</strong> forma estratégica em questões centrais<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. Sua ação se dá pelo apoio a programas transformadoresque busquem soluções para <strong>com</strong>bater o <strong>de</strong>smatamento e a <strong>de</strong>gradação florestal,além <strong>de</strong> garantir o <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico das populações proporcionandomelhorias na infraestrutura física e institucional.Por meio <strong>de</strong> parcerias estabelecidas <strong>com</strong> ONGs, o Fundo <strong>Vale</strong> vem trabalhandoem projetos direcionados a três principais temas: Monitoramento Estratégico daAmazônia Legal; Consolidação e Criação <strong>de</strong> Áreas Protegidas; e Promoção <strong>de</strong> MunicípiosVer<strong>de</strong>s.No âmbito do primeiro tema, o Fundo estabeleceu uma parceria <strong>com</strong> o Imazonpara aprimorar o sistema <strong>de</strong> monitoramento do <strong>de</strong>smatamento na Amazônia Legal.O investimento realizado durante <strong>2009</strong> permitiu incorporar avanços no sistema<strong>de</strong> geoprocessamento das informações, dando maior precisão e agilida<strong>de</strong> naelaboração dos relatórios que servem <strong>de</strong> base para a ação fiscalizadora do po<strong>de</strong>rpúblico e <strong>de</strong> outros setores da socieda<strong>de</strong>.Brasil12Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Mensagem do Presi<strong>de</strong>nteDiretoria Executivaprocesso <strong>de</strong> relatoEstratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>Reafirmamos o nosso <strong>com</strong>promisso <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver projetos <strong>de</strong> conservação ambiental.No tema <strong>de</strong> Áreas Protegidas e Biodiversida<strong>de</strong>, foram iniciados três projetos,no estado do Pará: consolidação das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação da Calha Norte,consolidação das Reservas Extrativistas da Terra do Meio e implementaçãoe sustentabilida<strong>de</strong> da Reserva da Biosfera da Marajó (título a ser reconhecidopela Unesco).Para Municípios Ver<strong>de</strong>s, o foco é promover um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão ambientalem cida<strong>de</strong>s da Amazônia. A inspiração do tema veio a partir da lista divulgadaanualmente, pelo Ministério do Meio Ambiente, <strong>com</strong> os municípios que mais<strong>de</strong>smatam. Dessa lista, foram selecionados alguns casos extremos, <strong>com</strong>o Paragominas,que estava no topo do ranking, assim <strong>com</strong>o situações intermediárias,<strong>com</strong>o São Félix do Xingu e Novo Progresso, que ainda tinham mais da meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>seu território preservado. Além dos municípios listados, o Fundo <strong>Vale</strong> selecionouAlmeirim, localizado na Calha Norte, que apresentava um índice muito baixo <strong>de</strong><strong>de</strong>smatamento e potencial para se transformar em um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão antesque o <strong>de</strong>smatamento viesse a se tornar um tema crítico.Inicialmente, as ativida<strong>de</strong>s das ONGs parceiras do Fundo <strong>Vale</strong> concentraramseem estimular os donos das terras a se inscrever no Cadastro Ambiental Rural(CAR), uma importante ferramenta para mobilizar os produtores rurais locais noengajamento <strong>de</strong> <strong>com</strong>bate ao <strong>de</strong>smatamento.Os gestores esperam atrair e mobilizar recursos <strong>de</strong> outras instituições nacionaise internacionais alinhadas <strong>com</strong> as questões <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. O Fundo <strong>Vale</strong> éuma ação pioneira da <strong>Vale</strong>, que permite esten<strong>de</strong>r as boas práticas e o <strong>de</strong>senvolvimentosustentável para muito além dos limites <strong>de</strong> suas operações.13 Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>13


OperadorsustentávelCriar valor em todo o ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> nossas ativida<strong>de</strong>sé o nosso principal objetivo. Além <strong>de</strong> contribuir <strong>com</strong>o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s,regiões e países on<strong>de</strong> operamos, buscamos manterum relacionamento e um diálogo permanente eaberto <strong>com</strong> os nossos stakehol<strong>de</strong>rs.CARAJÁS, BRASILA Floresta Nacional <strong>de</strong> Carajás é umadas principais áreas <strong>de</strong> conservaçãoambiental no Brasil. Nossa operaçãono estado do Pará está inseridanessa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação. Alémdas ações <strong>de</strong> proteção da floresta,apoiamos o Projeto <strong>de</strong> Conservaçãodo Gavião-real, espécie quaseameaçada <strong>de</strong> extinção.14Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Operador SustentávelDesempenho dos negóciosDesafiossuperadosSólida gestão financeirapermitiu atravessar aretração da indústriasi<strong>de</strong>rúrgica e preparar a<strong>Vale</strong> para um novo ciclo<strong>de</strong> crescimentoEm <strong>2009</strong>, mesmo diante <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> recessão e contração da economiaglobal, a <strong>Vale</strong> apresentou um sólido <strong>de</strong>sempenho operacional e financeiro.Perante uma redução sem prece<strong>de</strong>nte na produção da indústria si<strong>de</strong>rúrgica,que levou à queda da <strong>de</strong>manda por nossos principais produtos, <strong>de</strong>monstramosmais uma vez nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar <strong>de</strong>safios, embasados em nossasvantagens <strong>com</strong>petitivas: ampla carteira <strong>de</strong> ativos <strong>de</strong> classe mundial, baixocusto <strong>de</strong> produção, saú<strong>de</strong> financeira, disciplina na alocação <strong>de</strong> capital, força <strong>de</strong>trabalho <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e espírito empreen<strong>de</strong>dor.Produção (USGAAP)Volume <strong>de</strong> produção emmil toneladas métricas(a menos que informado)2008 <strong>2009</strong>Minério <strong>de</strong> ferro 293.374 229.338Pelotas 34.252 15.253Minério <strong>de</strong> manganês 2.383 1.657Ferroligas 475 223Níquel 275 187Cobre 312 198Bauxita 4.403 6.203Alumina 5.028 5.910Alumínio 543 459Carvão metalúrgico 2.808 2.527Carvão térmico 1.286 2.892Potássio 607 717Caulim 1.129 781Cobalto(toneladas métricas)2.828 1.575Platina(milhares <strong>de</strong> onças troy)166 103Paládio(milhares <strong>de</strong> onças troy)231 152Ouro(milhares <strong>de</strong> onças troy)85 49Prata(milhares <strong>de</strong> onças troy)2.308 1.245Com agilida<strong>de</strong> e integração, implantamosiniciativas <strong>de</strong> resposta à crise <strong>com</strong> foco naredução <strong>de</strong> custos e aumento da eficiência.Não cancelamos nenhum investimentoe ainda conseguimos i<strong>de</strong>ntificar novasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento. Por isso,apesar da redução nos indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho em relação ao ano anterior, já<strong>com</strong>eçamos a colher resultados positivos quefortalecerão nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar valorpara os acionistas e para a socieda<strong>de</strong> nospróximos anos. A produção <strong>de</strong> minério <strong>de</strong>ferro, no segundo semestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, totalizou130,2 Mt 1 , contra 107,7 Mt nos primeirosseis meses. Esse aumento <strong>de</strong> 21% no nossoprincipal produto é um forte indicadordo acerto <strong>de</strong> nossa estratégia. Além disso,alcançamos três novos recor<strong>de</strong>s anuais <strong>de</strong>produção: carvão (5,4 Mt), bauxita (12,5 Mt) ealumina (5,9 Mt).A recuperação dos mercados mundiais nosúltimos meses do ano, no entanto, não foi1 Milhões <strong>de</strong> toneladas métricas.suficiente para elevar os indicadores anuais<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho econômico-financeiro aospatamares <strong>de</strong> 2008. A receita operacionalbruta, em <strong>2009</strong>, foi <strong>de</strong> US$ 23,9 bilhões 2 ,menor, portanto, que o recor<strong>de</strong> registradono ano anterior, <strong>de</strong> US$ 38,5 bilhões. Ageração <strong>de</strong> caixa, medida pelo Ebitdaajustado (lucro antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesasfinanceiras, impostos, <strong>de</strong>preciação eamortização, adicionado aos divi<strong>de</strong>ndosrecebidos <strong>de</strong> empresas coligadas nãoconsolidadas), saiu do recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> US$19 bilhões, registrado em 2008, paraUS$ 9,2 bilhões. O lucro líquido foi <strong>de</strong>US$ 5,3 bilhões, contra US$ 13,2 bilhõesem 2008, o que permitiu totalizar umaremuneração aos acionistas <strong>de</strong> US$ 2,75bilhões. Mantivemos nossa sólida posiçãofinanceira, apoiada em um expressivocaixa, que alcançou US$ 11 bilhões em 31<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>linhas <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> médio e longo prazose endividamento <strong>de</strong> baixo risco.2 O padrão contábil utilizado é o USGAAP.Para mais <strong>de</strong>talhes sobre nosso <strong>de</strong>sempenho eoutras informações contábeis, leia o relatórioForm 20-F, disponível em www.vale.<strong>com</strong>.16Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteApesar da crise econômica,<strong>de</strong>monstramos, mais uma vez, nossacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar <strong>de</strong>safios.Receita por produto(US$ 24 bilhões)9%2% 4%5%5%2%14%59%Minério <strong>de</strong> Ferro e PelotasNíquelManganês e FerroligasCobreAlumínioLogísticaCarvãoOutrosReceita por <strong>de</strong>stino(US$ 24 bilhões)19%17%38%BrasilResto do MundoAMÉRICAS sem BrasilChinaÁsia sem ChinaEuropa15%2%9%Valor econômico gerado e distribuído (em US$ milhões) –receita <strong>com</strong> base na origem do produtoBrasilAméricado Sul,excetoBrasilCanadáAméricadoNorte,excetoCanadáAustralásia Europa África TotalValor econômico direto geradoa) Receitas* 19.726 0 2.997 38 1.415 184 0 24.360Valor econômico distribuídob) Custosoperacionais10.186 15 2.699 46 1.317 219 15 14.497c) Salários ebenefícios <strong>de</strong>1.534 0 709 11 314 70 0 2.638empregadosd) Pagamentos paraprovedores <strong>de</strong> capital2.745 0 0 1.537 0 0 0 4.282e) Pagamentos aogoverno1.664 0 74 69 152 0 1.959f) Investimentos na<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>154 0 37 0 9 0 1 201Total 16.283 15 3.519 1.594 1.709 441 16 23.577Valor econômico acumuladoValor econômicogerado menosvalor econômicodistribuído3.443 -15 -522 -1.556 -294 -257 -16 783* O padrão contábil utilizado é o USGAAP, consi<strong>de</strong>rando alguns ajustes, conforme estabelecido pela metodologiaGRI: além da receita operacional bruta, o item a) Receitas, apresentado acima, inclui os resultados financeiros e osprovenientes <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> ativos.17


Operador SustentávelIncentivo FiscalA <strong>Vale</strong> e algumas <strong>com</strong>panhias relacionadasno Brasil possuem incentivo fiscal <strong>de</strong> reduçãoparcial do imposto <strong>de</strong> renda <strong>de</strong>vido, pelo valorequivalente à parcela atribuída pela legislaçãofiscal às operações nas regiões Norte eNor<strong>de</strong>ste <strong>com</strong> minério <strong>de</strong> ferro, ferrovia,manganês, cobre, bauxita, alumina, alumínio,caulim e potássio. O incentivo é calculado<strong>com</strong> base no lucro fiscal da ativida<strong>de</strong>(chamado lucro da exploração), leva em contaa alocação do lucro operacional pelos níveisda produção incentivada durante os períodos<strong>de</strong>finidos <strong>com</strong>o beneficiados para cadaproduto e, no geral, expiram até 2018. Partedas operações <strong>com</strong> ferrovia e ferro na regiãoNorte foi reconhecida <strong>com</strong>o incentivadapor 10 anos a partir <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Um montanteigual ao obtido <strong>com</strong> a economia fiscal <strong>de</strong>veser apropriado em uma conta <strong>de</strong> reserva <strong>de</strong>lucros, no patrimônio líquido, e não po<strong>de</strong> serdistribuído <strong>com</strong>o divi<strong>de</strong>ndos aos acionistas.As empresas no Brasil <strong>de</strong>senvolvemprogramas incentivados em áreas <strong>com</strong>ocultural, esportiva, amparo à infância,entre outras, que permitem abater partedo imposto <strong>de</strong> renda <strong>de</strong>vido a título <strong>de</strong>incentivo, observados os limites fiscais <strong>de</strong>cada programa. O total <strong>de</strong> incentivos fiscaisem <strong>2009</strong> foi <strong>de</strong> US$ 148 milhões.Investimentos por tipo(US$ bilhões)10,226%10%64%924%11%65%12,923%10%67%InvestimentosEm <strong>2009</strong>, nosso volume <strong>de</strong> investimento,excluindo aquisições, alcançou US$ 9 bilhões,o que significa que mantivemos todas asações aprovadas em nosso orçamento. Dessetotal, US$ 5,8 bilhões foram alocados em<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos, US$ 1,01 bilhão,em pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento eUS$ 2,15 bilhões, na manutenção dasoperações existentes.Dentre as implementações voltadasao crescimento orgânico da <strong>Vale</strong>(<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos; pesquisa e<strong>de</strong>senvolvimento), <strong>de</strong>stacamos o projetoCorredor Su<strong>de</strong>ste, concluído em <strong>2009</strong>, <strong>com</strong> aexpansão da Ferrovia Vitória a Minas (EFVM)e do Porto <strong>de</strong> Tubarão. Cabe ressaltar, ainda,a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossos <strong>com</strong>promissoscorporativos, por meio <strong>de</strong> investimentosem responsabilida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> US$ 781milhões, sendo US$ 580 milhões <strong>de</strong>stinadosà proteção ambiental e US$ 201 milhõesa projetos sociais (leia mais sobre nossosinvestimentos ambientais na página 54 esobre investimentos sociais na página 79).Nos últimos cinco anos, atuando <strong>com</strong>base numa visão <strong>de</strong> longo prazo, a <strong>Vale</strong>investiu US$ 59,5 bilhões, criando novasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> valore ampliação <strong>de</strong> nossa li<strong>de</strong>rança nosmercados mundiais <strong>de</strong> minérios e metais.Em 2010, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o orçamento jáaprovado pelo Conselho <strong>de</strong> Administração,planejamos investir US$ 12,9 bilhões, dandocontinuida<strong>de</strong> às melhorias nas operaçõesexistentes e ao crescimento por meio daexecução <strong>de</strong> projetos e ações <strong>de</strong> pesquisa e<strong>de</strong>senvolvimento.2008 <strong>2009</strong> 2010Manutenção das operações existentesPesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento (P&D)Execução <strong>de</strong> projetos18Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteSoli<strong>de</strong>z financeiraA <strong>Vale</strong> mantém uma posição financeirasaudável, apoiada em nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>geração <strong>de</strong> caixa, liqui<strong>de</strong>z e disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> médio e longo prazos,além <strong>de</strong> um portfólio <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong> baixo risco– <strong>com</strong> baixo custo, alta cobertura <strong>de</strong> juros elongo prazo <strong>de</strong> vencimento.Em 2010, daremos continuida<strong>de</strong> àsações <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento.Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, nossa dívidatotal era <strong>de</strong> US$ 22,9 bilhões, <strong>com</strong> prazomédio <strong>de</strong> 9,17 anos e custo médio <strong>de</strong> 5,3%ao ano. A amortização da dívida previstapara 2010 é <strong>de</strong> US$ 2,7 bilhões. Nossa dívidalíquida, ao final <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, era <strong>de</strong> US$ 11,8bilhões. Nossa posição <strong>de</strong> caixa totalizouUS$ 11 bilhões, incluindo US$ 3,7 bilhõesem investimentos em ativos <strong>de</strong> renda fixa <strong>de</strong>baixo risco, <strong>com</strong> vencimento variando entre91 e 360 dias.A <strong>de</strong>speito da crise internacional,mantivemos nosso investment gra<strong>de</strong> nasprincipais agências <strong>de</strong> risco em <strong>2009</strong>,conforme explicitado no quadro Informaçõescorporativas. Da mesma forma, o Brasil, on<strong>de</strong>a <strong>Vale</strong> possui gran<strong>de</strong> parte da sua operação,manteve-se avaliado <strong>com</strong>o nível<strong>de</strong> investment gra<strong>de</strong>.Mercado <strong>de</strong> capitaisNos últimos <strong>de</strong>z anos, entre 2000 e <strong>2009</strong>, a<strong>Vale</strong> foi a empresa <strong>de</strong> mineração diversificadaque mais gerou valor para o acionista, <strong>com</strong>retorno total (TSR, na sigla em inglês <strong>de</strong> TotalSharehol<strong>de</strong>r Return) <strong>de</strong> 33,2%, em média, porano, <strong>de</strong>sempenho que se repetiu tambémnos últimos cinco anos, entre 2005 e <strong>2009</strong>,<strong>com</strong> TSR médio <strong>de</strong> 35,3%.Após a queda <strong>de</strong> preços generalizadadas ações no segundo semestre <strong>de</strong> 2008,a<strong>com</strong>panhando o <strong>com</strong>portamento dosmercados internacionais <strong>de</strong>vido à crisefinanceira, houve forte valorização em <strong>2009</strong>.O preço <strong>de</strong> nossos ADRs representativosdas ações ordinárias se elevou em 139,1%durante o ano. Como consequência, o valor<strong>de</strong> mercado da <strong>Vale</strong> passou <strong>de</strong> US$ 61,9bilhões, em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, paraUS$ 146,9 bilhões, ao final <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.Com isso, retomamos uma tendência <strong>de</strong>longo prazo <strong>de</strong> alta <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> nossasações, que <strong>com</strong>eçou no início dos anos90 e se acelerou significativamente nosúltimos <strong>de</strong>z anos. Essa trajetória positiva éconsequência da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> governança corporativa transparente,<strong>de</strong> uma estratégia <strong>de</strong> longo prazo, darealização <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ráveis investimentoslastreados na disciplina na alocação docapital e dos efeitos do ciclo <strong>de</strong> minériose metais. A recessão global interrompeutemporariamente essa tendência, járetomada em <strong>2009</strong>.Nos últimos cinco anos, a <strong>Vale</strong> distribuiu aosseus acionistas, sob a forma <strong>de</strong> divi<strong>de</strong>ndose juros sobre o capital próprio, o valor <strong>de</strong>US$ 10,075 bilhões, sendo US$ 2,75 bilhõesapenas em <strong>2009</strong>.Pesquisa mineralAtualmente, estamos <strong>de</strong>senvolvendoum extenso programa <strong>de</strong> pesquisamineral, que inclui empreendimentosem 21 países. Nossas prospecçõesabrangem principalmente cobre,minério <strong>de</strong> manganês, minério <strong>de</strong>ferro, níquel, bauxita, fosfato, potássio,carvão, urânio, diamante e metaisdo grupo da platina. Atuamos <strong>com</strong>equipe própria e também por meio <strong>de</strong>participações em outras empresas.19


Operador SustentávelGovernança CorporativaÉtica e responsabilida<strong>de</strong>para crescerA partir <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> governançaconstruída <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as melhorespráticas, avançamos na globalização <strong>de</strong>normas e documentos, mantendo o respeitoàs diferenças jurídicas e culturaisEm continuida<strong>de</strong> ao processo <strong>de</strong>globalização <strong>de</strong> nossos documentosnormativos, em <strong>2009</strong> aprovamos quatropolíticas, quatro normas e sete instruções,totalizando 15 novos instrumentosnormativos <strong>de</strong> escopo global. Elaboradospelas áreas diretamente relacionadas aostemas neles tratados, esses documentosforam analisados pelo Comitê <strong>de</strong> AvaliaçãoGlobal, criado no ano anterior e formadopor representantes <strong>de</strong> diversas áreas da<strong>Vale</strong> e <strong>de</strong> diferentes países, incluindo Brasil,Austrália, Canadá, China e Suíça. A missão<strong>de</strong>sse Comitê é avaliar os instrumentosnormativos no que tange à suaconformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> os costumes dos paíseson<strong>de</strong> a <strong>Vale</strong> atua, consi<strong>de</strong>rando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> osaspectos jurídicos até a diversida<strong>de</strong> cultural.Após a análise do Comitê <strong>de</strong> Avaliação Global,os documentos passam pelo processo <strong>de</strong>aprovação pela diretoria da área relacionadaao documento. Depen<strong>de</strong>ndo do seu escopo<strong>de</strong> abrangência, a aprovação po<strong>de</strong> aindaser feita pela Diretoria Executiva ou peloConselho <strong>de</strong> Administração, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong>as atribuições gerais <strong>de</strong>sses dois organismosinternos <strong>de</strong> governança.Entre os documentos aprovados no início <strong>de</strong><strong>2009</strong> estão itens que havíamos estabelecidoentre as nossas metas <strong>de</strong> evolução da nossaestratégia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, <strong>com</strong>o:• Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável,elaborada em 2008 e aprovada em <strong>2009</strong>,<strong>com</strong> orientações para a nossa forma <strong>de</strong>atuação local, regional e global;• Política <strong>de</strong> Direitos Humanos, que reafirmaos <strong>com</strong>promissos da <strong>Vale</strong> em relação a essetema, <strong>de</strong> interesse mundial;Criamos 15 novos instrumentosnormativos <strong>de</strong> escopo global.• Política <strong>de</strong> Segurança Empresarial,importante instrumento <strong>de</strong> padronizaçãodo posicionamento da empresa em todosos países nos quais atuamos;20Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteEstrutura <strong>de</strong> governançaAssembleiaGeralConselho <strong>de</strong>AdministraçãoConselhoFiscalComitês <strong>de</strong>Assessoramento• Controladoria• DesenvolvimentoExecutivo• Estratégico• Governança eSustentabilida<strong>de</strong>• FinanceiroDiretorpresi<strong>de</strong>nteAuditoriaInternaDiretoria Executiva<strong>de</strong> RecursosHumanos e ServiçosCorporativosDiretoria Executiva<strong>de</strong> Não FerrososDiretoria Executiva<strong>de</strong> Finanças eRelações <strong>com</strong>InvestidoresDiretoria Executiva<strong>de</strong> FerrososDiretoria Executiva<strong>de</strong> Logística,Gestão <strong>de</strong> Projetose Sustentabilida<strong>de</strong>• Norma <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong>s Saú<strong>de</strong>,Segurança e Meio Ambiente, que estabeleceos processos para registro <strong>de</strong> ocorrências, osresponsáveis pelo cumprimento <strong>de</strong> metas e aocorrência <strong>de</strong> fatos relevantes nessas áreas.EstruturaA estrutura <strong>de</strong> governança corporativa da <strong>Vale</strong>aten<strong>de</strong> às nossas <strong>de</strong>mandas globais, promovenossos valores e nos mantém alinhados <strong>com</strong>as melhores práticas internacionais <strong>de</strong> gestão.Conselho <strong>de</strong> Administração – Responsávelpela <strong>de</strong>finição das políticas e das diretrizesgerais da empresa, analisa planos e projetospropostos pela Diretoria Executiva e avaliaos resultados. Conta <strong>com</strong> 11 membros erespectivos suplentes, eleitos em AssembleiaGeral <strong>de</strong> Acionistas, <strong>com</strong> mandato <strong>de</strong> doisanos. Em <strong>2009</strong>, o Conselho era <strong>com</strong>posto pornove conselheiros indicados pelo acionistamajoritário, um membro in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte semvínculo <strong>com</strong> o grupo <strong>de</strong> controle e um eleitopelos empregados. Por meio da AssembleiaGeral Ordinária, realizada anualmente, osacionistas minoritários po<strong>de</strong>m se manifestarsobre as matérias em pauta.Os acionistas não controladores titulares <strong>de</strong>ações ordinárias que representem, pelo menos,15% do total das ações <strong>com</strong> direito a voto e<strong>de</strong> ações preferenciais que representem, pelomenos, 10% do capital social têm direito <strong>de</strong>eleger um membro e seu suplente do Conselho<strong>de</strong> Administração. Caso se verifique que nemos titulares <strong>de</strong> ações ordinárias, nem os titulares<strong>de</strong> preferenciais perfizeram os limites indicadosacima, os titulares <strong>de</strong> ações ordinárias e ostitulares <strong>de</strong> ações preferenciais que representempelo menos 10% do capital total po<strong>de</strong>rãoagregar suas ações para eleger um membro eseu suplente para o Conselho <strong>de</strong> Administração.A remuneração dos membros do Conselhotem um valor fixo. A remuneração global eanual dos administradores é estabelecida pelaAssembleia Geral Ordinária <strong>de</strong> acionistas, <strong>com</strong>base em responsabilida<strong>de</strong>s, no tempo <strong>de</strong>dicadoàs funções, na <strong>com</strong>petência, na reputaçãoprofissional e no mercado. O Conselho<strong>de</strong> Administração <strong>de</strong>fine a distribuição daremuneração fixada pela Assembleia entreos seus membros e os membros da DiretoriaExecutiva e dos Comitês <strong>de</strong> Assessoramento.O Conselho não é submetido a um processoformal <strong>de</strong> autoavaliação.Os membros do Conselho <strong>de</strong> Administraçãopossuem reconhecida <strong>com</strong>petêncianas áreas <strong>de</strong> finanças e mercado <strong>de</strong>capitais, governança corporativa,mineração, <strong>com</strong>ercialização <strong>de</strong> minérios esustentabilida<strong>de</strong>. O Presi<strong>de</strong>nte do Conselho<strong>de</strong> Administração em <strong>2009</strong>, Sérgio RicardoSilva Rosa, não exerce função <strong>de</strong> diretorexecutivo da empresa.Conselho Fiscal Permanente – constituídopor três a cinco membros in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes(e igual número <strong>de</strong> suplentes), seguindoos termos da lei brasileira, fiscaliza asativida<strong>de</strong>s da administração e revisa as<strong>de</strong>monstrações contábeis, reportando-sediretamente aos acionistas.Também <strong>de</strong>sempenha as funções<strong>de</strong> Comitê <strong>de</strong> Auditoria, conformere<strong>com</strong>endação da Lei Sarbanes-Oxley, queintegra a legislação aplicável do mercado<strong>de</strong> capitais norte-americano.Um membro do Conselho Fiscal e seurespectivo suplente foram indicadospelos acionistas preferencialistas naAssembleia Geral Ordinária <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.21


Operador SustentávelNenhum dos membros do Conselho Fiscalintegra o Conselho <strong>de</strong> Administração e aDiretoria Executiva, conforme critérios <strong>de</strong>in<strong>de</strong>pendência previstos na lei brasileira.Diretoria Executiva – é o órgão quecoloca em prática a estratégia <strong>de</strong>negócios estabelecida pelo Conselho <strong>de</strong>Administração, elabora os planos e osprojetos e é responsável pelo <strong>de</strong>sempenhooperacional e financeiro da empresa.Seus integrantes são indicados pelo diretor--presi<strong>de</strong>nte e eleitos pelo Conselho <strong>de</strong>Administração. Além da remuneração fixa,os diretores executivos da <strong>Vale</strong> e os <strong>de</strong>maisexecutivos da empresa recebem bônuse pagamento <strong>de</strong> incentivos, <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> o cumprimento <strong>de</strong> metas individuaise coletivas relacionadas ao <strong>de</strong>sempenhoeconômico-financeiro, técnico-operacionale <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. Entre essas metasestão indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança e<strong>de</strong> meio ambiente.Composição acionária (março <strong>de</strong> 2010)Capital ordinário (ON) Capital preferencial (PN) Capital total4,2%6,9%5,3%22,6%13,0%10,2%39,2%17,5% 17,9%95,6%22,8% 53,9%61,2% 9,5%1,0% 0%37,6% 3,4%28,5%33,3%0%6,9%5,5%VALEPAR 53,9%GOVERNO FEDERAL 6,9%BNDESPar 6,9%FREE-FLOAT * 39,2%Investidores não brasileiros 27,0%NYSE ADR 22,8%BM&FBovespa 4,2%Investidores brasileiros 12,2%Institucionais 6,9%Varejo 5,3%VALEPAR 1,0%GOVERNO FEDERAL 3,4%Tesouro Nacional 0,0%BNDESPar 3,4%FREE-FLOAT * 95,6%Investidores não brasileiros 55,1%NYSE ADR 37,6%BM&FBovespa 17,5%Investidores brasileiros 40,5%Institucionais 22,6%Varejo 17,9%VALEPAR 33,3%GOVERNO FEDERAL 5,5%Tesouro Nacional 0,0%BNDESPar 5,5%FREE-FLOAT * 61,2%Investidores não brasileiros 38,0%NYSE ADR 28,5%BM&FBovespa 9,5%Investidores brasileiros 23,2%Institucionais 13,0%Varejo 10,2%* Free-float: ações disponíveis para negociação nas bolsas Bovespa, Nyse, Euronext e Latibex, sobre o total <strong>de</strong> ações em circulação (total <strong>de</strong> ações menos as açõesem tesouraria da <strong>Vale</strong>). Para mais informações sobre a <strong>com</strong>posição acionária da <strong>Vale</strong>, consulte o relatório Form 20-f, em www.vale.<strong>com</strong>22Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Operador SustentávelPolíticas PúblicasTransparência,confiança e clareza sãovalores que pautamnossa relação <strong>com</strong> osnossos stakehol<strong>de</strong>rsA <strong>Vale</strong> mantém um diálogo contínuo<strong>com</strong> as autorida<strong>de</strong>s nos diversos níveis <strong>de</strong>governo nos países em que está presente.Consi<strong>de</strong>rando que a mineração é um setorfortemente regulado, nossa atuação évoltada a assegurar que nossos pontos <strong>de</strong>vista sejam <strong>com</strong>preendidos e consi<strong>de</strong>radosnos processos <strong>de</strong> formulação <strong>de</strong> políticaspúblicas. Participamos, ainda, <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>se associações nacionais e internacionais,visando contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> normas e padrões nos segmentos em queatuamos e, ainda, disseminar as melhorespráticas industriais.Integramos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, o ConselhoInternacional <strong>de</strong> Mineração e Metais (ICMM,na sigla em inglês), que tem <strong>com</strong>o priorida<strong>de</strong>promover o <strong>de</strong>senvolvimento sustentáveldo setor e o respeito aos direitos humanos.A <strong>Vale</strong> contribui para o Extractive IndustryTransparency Initiative (Eiti) por meio do ICMM.Em 2007, tornamo-nos signatários do PactoGlobal da Organização das Nações Unidas(ONU), a<strong>de</strong>rindo <strong>de</strong>ssa forma aos <strong>de</strong>z princípiosbásicos propostos pela iniciativa. Alémdisso, por meio do Pacto Global, firmamosnosso <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a Declaração daProcuramos estabelecer diálogos construtivos<strong>com</strong> nossos vários stakehol<strong>de</strong>rs.Organização Internacional do Trabalho sobrePrincípios e Direitos Fundamentais no Trabalho,a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento e a Convenção das NaçõesUnidas Contra a Corrupção.A <strong>Vale</strong> também participa do Global BusinessCoalition on HIV/Aids, Tuberculosis andMalaria (Coalizão Global Empresarial contraHIV/Aids, Tuberculose e Malária), organizaçãovoltada a viabilizar recursos para o <strong>com</strong>bate ea prevenção <strong>de</strong>ssas doenças.Nossas relações <strong>com</strong> autorida<strong>de</strong>sgovernamentais, organizações e entida<strong>de</strong>srepresentativas da socieda<strong>de</strong> civil sãonorteadas pelo Código <strong>de</strong> Conduta Éticae pela Visão, Missão e Valores da <strong>Vale</strong>.Nosso objetivo é <strong>de</strong>senvolver um diálogoconstrutivo que permita alcançar o consensoentre os envolvidos na formulação <strong>de</strong>políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável eos vários stakehol<strong>de</strong>rs do setor <strong>de</strong> mineração.Nosso relacionamento <strong>com</strong> todas as partes épautado na transparência, na confiança e naclareza dos objetivos propostos.Demos continuida<strong>de</strong>, em <strong>2009</strong>, ao processo<strong>de</strong> difusão das diretrizes <strong>de</strong> nossa forma <strong>de</strong>atuação em relação às políticas públicas,por meio <strong>de</strong> treinamentos internos. Alémdisso, aperfeiçoamos nossa proposta<strong>de</strong> capacitação focada na forma <strong>de</strong>relacionamento <strong>com</strong> o governo, a ser postaem prática em 2010.Em relação às ativida<strong>de</strong>s político-partidárias,a <strong>Vale</strong> procura manter a imparcialida<strong>de</strong>,atuando sempre <strong>com</strong> respeito integral às leis<strong>de</strong> cada país on<strong>de</strong> atua. Os empregados, <strong>com</strong>oindivíduos e cidadãos, têm liberda<strong>de</strong> paraparticipar <strong>de</strong> tais ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vendo manterem suas eventuais manifestações públicas a<strong>de</strong>vida separação entre suas opiniões pessoaise o posicionamento da empresa.Além das entida<strong>de</strong>s listadas abaixo, a maiorparte focada no <strong>de</strong>senvolvimento sustentávele das quais participamos voluntariamente,integramos mais <strong>de</strong> 200 associações setoriais,industriais e <strong>com</strong>erciais.24Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteParticipação em entida<strong>de</strong>s e associaçõesNorteamos nossasrelações pelo nossoCódigo <strong>de</strong> CondutaÉtica, Visão, Missãoe Valores• Associação Brasileira <strong>de</strong> Produtores <strong>de</strong>Florestas Plantadas (Abraf )• Associação Brasileira dos Produtores <strong>de</strong>Ferroligas e Silício Metálico (Abrafe)• Associação Brasileira dos TerminaisPortuários (ABTP)• Associação Nacional dos TransportesFerroviários (ANTF)• Business for Social Responsibility (BSR)• Centre National <strong>de</strong> RechercheTechnologique Nickel et Son Environnement• Chambre <strong>de</strong> Commerce et d’Industrie (CCI)• Cobalt Development Institute• Conselho Empresarial Brasileiro para oDesenvolvimento Sustentável (CEBDS)• Conselho Internacional <strong>de</strong> Mineração eMetais (ICMM)• European Ferro-Alloys Association(Euroalliages)• European Association of Metals(Eurometaux)• Fórum Econômico Mundial• Fundação Brasileira para o DesenvolvimentoSustentável (FBDS)• Global Business Coalition on HIV/Aids,Tuberculosis and Malaria (GBC)• Global Corporate Volunteer Council (Iave)• Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Mineração (Ibram)• Instituto Ethos <strong>de</strong> Empresas eResponsabilida<strong>de</strong> Social• International Aluminium Institute (IAI)• International Emission TradingAssociation (Ieta)• New South Wales Minerals Council• Ontario Mining Association (OMA)• Pacto Global da Organização das NaçõesUnidas (ONU)• Queensland Resources Council• Reputation Institute• The Mining Association of Canada (MAC)• The Manganese Institute• The Nickel InstitutePúblico-alvoPúblico em geralAcionistas, <strong>de</strong>benturistase investidoresClientesEmpregadosFornecedoresComunida<strong>de</strong>sGovernos e socieda<strong>de</strong> civilFerramentas <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicaçãoRelatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong>Canal <strong>de</strong> Denúncias (disponível em nosso site)Fale ConoscoSite da <strong>Vale</strong>Pesquisa <strong>de</strong> reputação, imagem e opinião *Relatórios Form 20-F, press releases, fatos relevantes, convocação e atas da AssembleiaGeral <strong>de</strong> Acionistas, Relatórios Financeiros Trimestrais (ITR), formulário <strong>de</strong> referência eencontros <strong>com</strong> investidores.Também disponibilizamos o correio eletrônico rio@vale.<strong>com</strong> e o telefone <strong>de</strong> contato doDepartamento <strong>de</strong> Relações <strong>com</strong> Investidores: 55-21-3814-4540.Campanhas, visitas e encontros na <strong>Vale</strong>, pesquisas <strong>de</strong> satisfação.Publicações internas, portal <strong>Vale</strong> (intranet), pesquisa <strong>de</strong> clima organizacionale pesquisa <strong>de</strong> reputação, imagem e opinião *.Visitas e encontros na <strong>Vale</strong>, programas <strong>de</strong> intercâmbio e reuniões estruturadas.Diagnósticos socioeconômicos, encontros para consulta prévia, entrevistas, grupos focaise visitas às unida<strong>de</strong>s e Programa Encontro <strong>com</strong> Li<strong>de</strong>ranças.Participação em associações e entida<strong>de</strong>s.*A pesquisa <strong>de</strong> imagem Vox Populi é bianual, foi realizada em 2008 e será feita novamente em junho <strong>de</strong> 2010. A pesquisa <strong>de</strong> reputação foi realizada em 2008 e a referente a<strong>2009</strong> acontecerá em setembro <strong>de</strong> 2010.25


Operador Sustentável<strong>com</strong>itês para a discussão <strong>de</strong>ssa temática,que propõe a realização <strong>de</strong> reuniõesmultidisciplinares para estimular uma posturacoesa e proativa. O objetivo é proporcionara antecipação <strong>de</strong> tendências, <strong>de</strong> modo aevitar crises e fortalecer o relacionamentoinstitucional da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> os seus principaisstakehol<strong>de</strong>rs.Além <strong>de</strong> treinamentos internos,participamos <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s eassociações nacionais e internacionais.Ferramentas <strong>de</strong> RelacionamentoInstitucionalEm <strong>2009</strong>, consolidamos nossas diretrizes<strong>de</strong> relacionamento corporativo, embasadasno Guia <strong>de</strong> Relacionamento Institucional,lançado em 2007 e divulgado em 2008,por meio da realização <strong>de</strong> treinamentos noBrasil, no Chile, em Moçambique e no Peru.Ao longo do ano, também <strong>de</strong>senvolvemosações focadas no aprimoramento dorelacionamento institucional da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong>entida<strong>de</strong>s nacionais e internacionais, <strong>de</strong>ntreas quais se <strong>de</strong>stacam o Instituto Brasileiro<strong>de</strong> Mineração, o Conselho Internacional <strong>de</strong>Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês)e o Conselho Empresarial Brasileiro para oDesenvolvimento Sustentável (CEBDS). Essasações incluem a participação <strong>de</strong> executivosda empresa em reuniões e encontrosoficiais das entida<strong>de</strong>s, grupos <strong>de</strong> trabalho efóruns <strong>de</strong> discussão, propiciando um maioralinhamento e intercâmbio <strong>de</strong> informaçõesrelevantes para o setor mineral.Demos continuida<strong>de</strong> ao processo <strong>de</strong>capacitação do público interno, <strong>com</strong>a realização <strong>de</strong> treinamentos sobre ametodologia <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> assuntos críticos.Também foi <strong>de</strong>senvolvida uma estrutura <strong>de</strong>Buscando promover estudos, em váriossetores acadêmicos, sobre o tema <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável e a aplicação<strong>de</strong>sse tema a investimentos internacionais,foi estabelecida uma parceria entre a <strong>Vale</strong>e a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Columbia, em NovaYork. O <strong>Vale</strong> Columbia Center (VCC) é uma“incubadora” <strong>de</strong> melhores políticas e práticas,po<strong>de</strong>ndo ser adotadas por governos,investidores privados e o setor civil, <strong>com</strong> afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserir cada vez mais questões<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável na pauta <strong>de</strong>investimentos.Em relação à gestão <strong>de</strong> crises, em <strong>2009</strong>,estruturamos o Comitê <strong>de</strong> Gerenciamento<strong>de</strong> Crises Corporativo e realizamos a revisãodo Plano da Área. Para 2010, está previstoo início da capacitação dos membros doComitê e a execução <strong>de</strong> simulações paratestar os procedimentos do Plano. Em<strong>2009</strong>, i<strong>de</strong>ntificamos também operações<strong>com</strong> riscos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> política ouambiente <strong>de</strong> segurança hostil, para osquais estabelecemos planos e equipes <strong>de</strong>evacuação. Ainda em 2010, será elaborada aPolítica <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Continuida<strong>de</strong><strong>de</strong> Negócios, que <strong>de</strong>fine a estrutura, funções,responsabilida<strong>de</strong>s e linhas <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicaçãona gestão <strong>de</strong> crises.Gestão da ÉticaA gestão da ética é realizada por meio dosseguintes instrumentos <strong>de</strong> governançacorporativa:• Código <strong>de</strong> Conduta Ética – orienta ocumprimento <strong>de</strong> nosso <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong>uma atuação ética, responsável e coerente<strong>com</strong> todos os públicos. Deve ser observadopelo Conselho <strong>de</strong> Administração, Comitês,Conselho Fiscal, Diretoria Executiva,empregados, estagiários e também pornossas controladas, conforme as legislaçõeslocais aplicáveis. É, ainda, a diretriz que26Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambientenorteia a elaboração <strong>de</strong> nossas normase políticas. O conteúdo <strong>com</strong>pleto doCódigo está disponível no nosso en<strong>de</strong>reçoeletrônico (www.vale.<strong>com</strong>).• Código <strong>de</strong> Ética para profissionais <strong>de</strong>Diretoria Executiva <strong>de</strong> Finanças e Relações<strong>com</strong> Investidores – traz procedimentosespecíficos para profissionais dos<strong>de</strong>partamentos Financeiro, <strong>de</strong> Relações<strong>com</strong> Investidores e <strong>de</strong> Controladoria, quelidam <strong>com</strong> informações e dados sigilosos.Disponível no nosso en<strong>de</strong>reço eletrônico(www.vale.<strong>com</strong>).• Certificação SOX – obtida a cada ano,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, atesta a implementaçãodas práticas <strong>de</strong> transparência e <strong>de</strong> boagovernança estabelecidas pela leinorte-americana Sarbanes-Oxley.• Canal <strong>de</strong> Denúncias – criado em 2005,associado à SOX, direciona ao presi<strong>de</strong>ntedo Conselho <strong>de</strong> Administração, porcarta anônima, eventuais <strong>de</strong>núnciassobre possíveis irregularida<strong>de</strong>s nas áreas<strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e Auditoria, assim<strong>com</strong>o em outras questões, que violemo nosso Código <strong>de</strong> Conduta Ética. Sãoobservados procedimentos que objetivemresguardar os direitos dos <strong>de</strong>nunciantese do <strong>de</strong>nunciado, respeitando semprea legislação local. O conteúdo <strong>de</strong> cada<strong>de</strong>núncia recebida por esse canal formalé averiguado pela equipe da AuditoriaInterna da <strong>Vale</strong> e, caso seja consi<strong>de</strong>radopertinente, o resultado é direcionado aos<strong>de</strong>partamentos <strong>com</strong>petentes para adoçãodas providências necessárias, po<strong>de</strong>ndo,inclusive, utilizar medidas disciplinares,conforme previsto em nosso Código<strong>de</strong> Conduta Ética. Na aplicação daspenas disciplinares, serão consi<strong>de</strong>radasa natureza e a gravida<strong>de</strong> da infração,observado-se sempre as normas <strong>de</strong>recursos humanos da <strong>Vale</strong> e a legislaçãolocal aplicável.• Código <strong>de</strong> Conduta dos Fornecedores– lançado em <strong>2009</strong>, tem <strong>com</strong>o objetivodivulgar os princípios <strong>de</strong> conduta éticaseguidos pela <strong>Vale</strong> nas relações <strong>com</strong>erciais<strong>com</strong> as empresas fornecedoras <strong>de</strong>serviços e produtos. Está disponível nosite www.vale.<strong>com</strong>.Gestão <strong>de</strong> RiscosA estratégia <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> riscos da <strong>Vale</strong>foi <strong>de</strong>senvolvida a partir <strong>de</strong> uma visãointegrada dos riscos aos quais estamosexpostos, englobando a avaliação nãoapenas do impacto das variáveis negociadasno mercado financeiro sobre os resultadosdo negócio (risco <strong>de</strong> mercado), <strong>com</strong>otambém o risco proveniente <strong>de</strong> obrigaçõesassumidas por terceiros (risco <strong>de</strong> crédito) eaqueles inerentes aos processos produtivos(risco operacional), principalmente aquelesassociados a saú<strong>de</strong> e segurança e meioambiente. Outras informações po<strong>de</strong>m serencontradas no relatório Form 20-F.Por consi<strong>de</strong>rar o gerenciamento <strong>de</strong> riscofundamental para apoiar nossa estratégia<strong>de</strong> crescimento e flexibilida<strong>de</strong> financeira,o Conselho <strong>de</strong> Administração estabeleceu,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, uma Política <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> RiscoCorporativo e um Comitê Executivo <strong>de</strong>Gestão <strong>de</strong> Risco.Esse Comitê apoia a Diretoria Executiva emsuas responsabilida<strong>de</strong>s no que se refereà gestão <strong>de</strong> riscos na <strong>Vale</strong>, tendo <strong>com</strong>oprincipais funções:• A<strong>com</strong>panhar o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação,avaliação, monitoramento e gerenciamento<strong>de</strong> riscos;• Avaliar e re<strong>com</strong>endar implementação <strong>de</strong>estratégias <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> risco;• Comunicar os principais riscos aos quaisa empresa está exposta e o impacto dosmesmos no perfil <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> aclassificação <strong>de</strong> riscos da <strong>Vale</strong>.Aplicamos o princípio da precaução aorealizar estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> na nossagestão <strong>de</strong> riscos, buscando aten<strong>de</strong>r àsquestões relevantes para as nossas partesinteressadas, assim <strong>com</strong>o aos aspectosempresariais, pela i<strong>de</strong>ntificação prévia, análisee minimização dos riscos financeiros, àsaú<strong>de</strong>, à segurança <strong>de</strong> todos os empregados,contratados e <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s circunvizinhas eao meio ambiente.Consi<strong>de</strong>ramos fundamental que essa gestãoseja realizada a partir <strong>de</strong> informações queretratem, periódica e sistematicamente, osriscos e permita, por meio <strong>de</strong> ações efetivas,a minimização dos riscos. Para atingir esseobjetivo, os processos são executados <strong>de</strong>forma integrada, <strong>com</strong> uma <strong>de</strong>finição clara<strong>de</strong> papéis e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s. Nossosprocedimentos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco sãoorientados pelos padrões da norma ISO 31000.A abordagem <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> riscos é divididaem quatro dimensões:• Mercado: busca avaliar o impacto davolatilida<strong>de</strong> dos fatores <strong>de</strong> risco – <strong>com</strong>otaxas <strong>de</strong> juros, moedas e preços <strong>de</strong><strong>com</strong>modities – no fluxo <strong>de</strong> caixa.• Crédito: analisa a probabilida<strong>de</strong> do nãocumprimento das obrigações <strong>de</strong> clientes einstituições financeiras que fazem negócios<strong>com</strong> a <strong>Vale</strong>.• Operacional: engloba a avaliação do risco<strong>de</strong> perdas potenciais resultantes <strong>de</strong> falhasou ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> processos internos,pessoas, sistemas e/ou eventos externos.Os eventos po<strong>de</strong>m ocorrer nas operações,nos projetos e nos processos corporativose resultar em danos à proprieda<strong>de</strong>, aomeio ambiente, às pessoas, à socieda<strong>de</strong> e àreputação da empresa.• Estratégico: consi<strong>de</strong>ra o risco do nãocumprimento dos objetivos estratégicosda empresa e inclui a avaliação do impacto<strong>de</strong> fusões, aquisições e tendências <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong>.A partir <strong>de</strong>ssas análises, implantamosmedidas <strong>de</strong> prevenção ou mitigação dorisco. Junto da elaboração do planejamentoestratégico anual, i<strong>de</strong>ntificamos os riscose as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>negócios, o que fornece as bases parao <strong>de</strong>senvolvimento e a atualização dasestratégias da empresa em relação aosriscos corporativos.Gestão <strong>de</strong> Risco <strong>de</strong> MercadoO processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> mercado,implantado <strong>de</strong> forma sistemática a partir<strong>de</strong> 2005, tem seu foco na avaliação do riscoassociado ao fluxo <strong>de</strong> caixa. Os principaisobjetivos <strong>de</strong>sse processo são suportar o plano27


Operador SustentávelA sustentabilida<strong>de</strong>permeia todas asetapas dos nossosprojetos <strong>de</strong> capital<strong>de</strong> crescimento da <strong>Vale</strong> e permitir a<strong>de</strong>quadograu <strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong> financeira requerido paraempresas classificadas <strong>com</strong>o investment gra<strong>de</strong>.A <strong>Vale</strong> me<strong>de</strong> e monitora riscos <strong>de</strong> mercadoregularmente, por meio do cálculo do fluxo <strong>de</strong>caixa em risco, que consi<strong>de</strong>ra cada empresarelevante do grupo e também todo o portfólio.As estratégias <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>mercado, incluindo operações <strong>com</strong> <strong>de</strong>rivativos<strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> hedge, são avaliadas eimplementadas <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> reduzir o risco <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> caixa.Atualmente, a exposição a risco <strong>de</strong> mercadoda <strong>Vale</strong>, avaliada a partir <strong>de</strong> uma visãointegrada <strong>de</strong> nossa atuação e consi<strong>de</strong>rando oshedges naturais existentes, é reduzida, <strong>com</strong>oconsequência dos benefícios da diversificação<strong>de</strong> produtos e moedas na empresa.No último ano, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar <strong>com</strong>oativida<strong>de</strong>s relevantes nessa área:• Re<strong>de</strong>finição do apetite a risco, a partir <strong>de</strong><strong>de</strong>terminado nível <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quebrada principal obrigação contratual da <strong>Vale</strong>;• Elaboração do novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fluxo<strong>de</strong> caixa em risco, tomando por base asinformações <strong>de</strong> longo prazo provenientesdo plano estratégico da empresa,<strong>com</strong>binadas <strong>com</strong> o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong>caixa elaborado pela área financeira;• Estruturação e a<strong>de</strong>quação da nova nota<strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos requerida pela Comissão <strong>de</strong>Valores Mobiliários (CVM).Gestão <strong>de</strong> Risco <strong>de</strong> CréditoA <strong>Vale</strong> está exposta ao risco <strong>de</strong> créditoproveniente dos recebíveis gerados na<strong>com</strong>ercialização <strong>de</strong> nossos produtos, emoperações <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos <strong>com</strong> fins <strong>de</strong> hedgee aplicações financeiras, bem <strong>com</strong>o quandoé beneficiária em instrumentos <strong>de</strong> garantia.A gestão <strong>de</strong>sses riscos é realizada por meioda estrutura <strong>de</strong> governança, formada peloComitê Executivo <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Risco e pelaDiretoria Executiva, que estabelece diretrizespara a atribuição <strong>de</strong> limites <strong>de</strong> crédito e<strong>de</strong>termina os procedimentos <strong>de</strong> controle eavaliação da exposição a crédito.Dentre as ações <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar:• Implantação do processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>risco <strong>de</strong> crédito na América do Norte e nonegócio <strong>de</strong> níquel;• Consolidação das exposições a risco <strong>de</strong> crédito<strong>com</strong> uma visão <strong>de</strong> portfólio para a <strong>Vale</strong>;• Gestão ativa da exposição a risco <strong>de</strong> créditonas operações <strong>com</strong> instituições financeirasdurante a crise por meio da utilizaçãoda nova metodologia, que faz uso daprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fault das contrapartes,bem <strong>com</strong>o do controle da probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>fault máxima aceitável para o portfólio <strong>Vale</strong>.Gestão <strong>de</strong> Risco OperacionalProjetosA gestão <strong>de</strong> riscos dos projetos <strong>de</strong> capital érealizada por meio da metodologia Análise eGestão Integrada <strong>de</strong> Riscos (Agir), que prevêa i<strong>de</strong>ntificação e a análise dos riscos por meio<strong>de</strong> workshops multidisciplinares. Esse trabalhoenvolve profissionais das áreas <strong>de</strong> Engenharia,Planejamento, Suprimentos, Orçamento,Operação, Manutenção, Construção, MeioAmbiente, Comunida<strong>de</strong>s, Recursos Humanos,Gestão Fundiária e Saú<strong>de</strong> e Segurança, além<strong>de</strong> facilitadores externos.A análise tem foco nos investimentos <strong>de</strong>capital e no prazo dos projetos. A etapa <strong>de</strong>controle e monitoramento é conduzidapor intermédio <strong>de</strong> workshops nos quais sãoa<strong>com</strong>panhados os indicadores <strong>de</strong> eficiênciae eficácia. A reavaliação dos riscos é feita àmedida que o projeto se torna mais maduro.Os projetos <strong>de</strong>senvolvidos pela <strong>Vale</strong> seguema metodologia Front-End-Loading (FEL),utilizada por várias empresas em todo omundo. Essa metodologia permite realizar umprocesso estruturado <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> risco emconjunto <strong>com</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento estruturadodas <strong>de</strong>mais disciplinas <strong>de</strong> um projeto.As questões <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> tambémsão analisadas, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> permitiro aprimoramento contínuo dos projetos,ainda durante o processo <strong>de</strong> concepção eplanejamento, impactando todas as etapasdos projetos <strong>de</strong> capital.28Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteOperaçõesA gestão <strong>de</strong> risco nas operações busca avaliare tratar as causas e os efeitos <strong>de</strong> possíveiscenários <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes em nossas ativida<strong>de</strong>s,permitindo que a <strong>Vale</strong> possa atingir suas metase objetivos <strong>de</strong> maneira sustentável e efetiva.Para a realização do levantamento <strong>de</strong> riscosnas operações, foi formada uma equipemultidisciplinar, <strong>com</strong> profissionais <strong>de</strong> diferentes<strong>de</strong>partamentos corporativos, que tem amissão <strong>de</strong> implementar a cultura da gestão<strong>de</strong>sses riscos <strong>com</strong>o um processo integrado. Oobjetivo é agregar as práticas existentes emtodos os níveis, respeitando as especificida<strong>de</strong>slocais, <strong>de</strong> forma a criar uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> única.Em <strong>2009</strong>, aconteceram diversas iniciativasnesse sentido, tais <strong>com</strong>o:• Disseminação <strong>de</strong> cultura e avanço naestrutura normativa, ampliando os requisitose os critérios <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong>, fazendo <strong>com</strong>que os riscos à vida e ao meio ambientesejam mantidos ou reduzidos, quandopossível, a níveis inferiores;• Desenvolvimento e implantação <strong>de</strong>sistemas integrados <strong>de</strong> monitoramento econtrole online <strong>de</strong> processos críticos, <strong>com</strong>obarragens e pilhas, segurança pessoal epatrimonial, gestão ambiental, entre outros;• Desenvolvimento e implantação <strong>de</strong>métodos qualitativos e quantitativos<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e análise dos riscos emoperações e em projetos das Américasdo Sul e Central 1 , visando à priorizaçãopara tratamento e redução dos riscos e asua eliminação, quando possível. Isso nospermitirá elaborar <strong>com</strong> maior objetivida<strong>de</strong>as análises <strong>de</strong> custo/benefício em planos <strong>de</strong>mitigação, o plano <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> emergência,o dimensionamento das apólices <strong>de</strong>seguros e a constituição <strong>de</strong> provisõesfinanceiras <strong>de</strong> autosseguro;• Estruturação <strong>de</strong> relatórios consolidados paraos diversos níveis <strong>de</strong> gestão da empresa.Essas e outras iniciativas contribuirão paraque a empresa conheça melhor o seuperfil <strong>de</strong> risco e possa garantir a eficáciados controles existentes. Além disso, serápossível priorizar e monitorar as ações <strong>de</strong>mitigação <strong>de</strong> riscos, bem <strong>com</strong>o aten<strong>de</strong>r àsexigências das agências <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong>riscos (rating) relacionadas à avaliação doprocesso <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco da empresa.Gestão <strong>de</strong> Risco EstratégicoO processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco no âmbitoestratégico busca i<strong>de</strong>ntificar eventosque possam impedir a concretização dosobjetivos estratégicos <strong>de</strong> longo prazo daempresa. Além da i<strong>de</strong>ntificação dos eventos,<strong>com</strong> a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> possíveis causas epotenciais consequências, também sãoanalisados os controles existentes e osplanos <strong>de</strong> ação futuros que po<strong>de</strong>rão serimplementados para reduzir a probabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>sses eventos.Matriz <strong>de</strong> Materialida<strong>de</strong>De acordo <strong>com</strong> a nossa matriz <strong>de</strong>materialida<strong>de</strong> (leia mais na página 10),<strong>de</strong>finimos <strong>com</strong>o priorida<strong>de</strong>s três aspectos– emprego e relações <strong>de</strong> trabalho;minimização <strong>de</strong> impactos ambientais;e <strong>de</strong>sempenho dos negócios. A gestão<strong>de</strong> risco <strong>de</strong>ssas questões está <strong>de</strong>talhadaao longo <strong>de</strong>ste relatório nos capítulosreferentes a cada tema.Combate à corrupçãoAtuamos <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as melhores práticas<strong>de</strong> mercado, prevenindo perdas e apurandocasos que indiquem o <strong>com</strong>etimento <strong>de</strong>frau<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>svios e atos ilícitos.Os casos i<strong>de</strong>ntificados e <strong>de</strong>vidamentefundamentados <strong>com</strong> fatos e dados sãotratados <strong>com</strong> rigor e proporcionalida<strong>de</strong> aosdanos incorridos ou evitados. As pessoas<strong>com</strong>provadamente envolvidas nessassituações são responsabilizadas e punidas,por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento e interpelaçãojudicial. As empresas <strong>com</strong> envolvimento eparticipação <strong>com</strong>provada em atos ilícitos têmseus contratos rescindidos, são excluídas docadastro <strong>Vale</strong> e multadas na proporcionalida<strong>de</strong>do dano ou prejuízo causado.Os casos registrados referem-se às medidastomadas especificamente <strong>com</strong> relaçãoa frau<strong>de</strong> contra a empresa. Outros casos<strong>de</strong> <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> conduta ética não foramconsi<strong>de</strong>rados. Nenhum dos casos se refere apossíveis irregularida<strong>de</strong>s ou improprieda<strong>de</strong>snos registros contábeis da empresa ou <strong>de</strong>seus controles internos. Além disso, nenhumasituação <strong>de</strong> corrupção (ativa ou passiva) <strong>de</strong>funcionários públicos ou <strong>de</strong> representantes<strong>de</strong> governo pelos empregados foi registradano período.<strong>Vale</strong> Manganês, Urucum Mineração, CPBS,Onça Puma, Salobo, FCA, Hispanobras,Itabrasco, Nibrasco e Kobrasco, <strong>Vale</strong> Omã,Projeto Bayovar e <strong>Vale</strong> Moçambique jápossuem rotinas e medidas anticorrupçãopadronizadas em relação às adotadas nasunida<strong>de</strong>s próprias da <strong>Vale</strong>.Casos <strong>de</strong> corrupção44914211408618361052007 2008 <strong>2009</strong>582423CASOS RELACIONADOS A OUTRAS MEDIDAS *CASOS DE CONTRATOS NÃO RENOVADOSCASOS COM DEMISSÃO OU PUNIÇÃO *** Como outras medidas adotadas, foram realizadasapresentações dos casos aos administradores daempresa e aos responsáveis pelas áreas atingidas,<strong>de</strong>sdobrando-se em 168 ações <strong>de</strong> mitigação dos riscos<strong>de</strong> frau<strong>de</strong>, notificações, glosas e multas aplicadas <strong>com</strong>o apoio do Departamento Jurídico.** Número <strong>de</strong> empregados <strong>de</strong>mitidos/punidosrelacionados a casos <strong>de</strong> corrupção: em 2007 – 113;em 2008 – 70; e em <strong>2009</strong> – 83. Em <strong>2009</strong>, as principaiscausas <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão em casos <strong>de</strong> corrupção foramfalsificação <strong>de</strong> documentos/estelionato – 65%,seguida <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> em contratos – 13% e conflito <strong>de</strong>interesses/tráfico <strong>de</strong> influência – 13%.1 Esse processo será implantado gradativamente para os riscosmais relevantes em todas as regiões do mundo.29


Operador SustentávelPossuímos Canal <strong>de</strong> Denúncias (conformepág. 27) e o Código <strong>de</strong> Conduta Ética, quese aplica também às nossas controladas,na medida permitida pela a legislaçãolocal aplicável, e estabelece medidasadministrativas que po<strong>de</strong>m ser aplicadasem caso do seu <strong>de</strong>scumprimento (leia maissobre o Código <strong>de</strong> Conduta Ética na pág.26). Em julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, publicamos o Código<strong>de</strong> Conduta dos Fornecedores, <strong>de</strong>finindoos princípios e as diretrizes que regem obom relacionamento da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> seusparceiros. O Código foi distribuído a todos osfornecedores <strong>com</strong> atuação no Brasil. Foramrealizados eventos <strong>com</strong> a presença <strong>de</strong> mais<strong>de</strong> mil fornecedores, <strong>com</strong> a participaçãodas áreas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurança Ocupacionale Empresarial, Meio Ambiente, RecursosHumanos, Suprimentos, Projetos e Centro<strong>de</strong> Serviços Compartilhados (CSC) a fim<strong>de</strong> divulgar o código e reafirmar os valoreséticos que norteiam a relação da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong>seus parceiros. Os eventos foram realizadosnas cida<strong>de</strong>s do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Belo Horizonte,Governador Valadares, Vitória, São Luis,Parauapebas e Ourilândia do Norte.Em 2010, preten<strong>de</strong>mos realizar umacampanha internacional <strong>de</strong> reforço dosvalores constantes do código, reafirmandoo seu conteúdo <strong>com</strong> foco na valorização daética em nossas relações <strong>com</strong>erciais.Em <strong>2009</strong>, aproximadamente 18%dos gestores receberam treinamentoanticorrupção.No mundo, mais <strong>de</strong> 1.400 empregadosreceberam o treinamento anticorrupção,<strong>com</strong> <strong>de</strong>staque para o Brasil, on<strong>de</strong> o focose <strong>de</strong>u na prevenção e <strong>com</strong>bate à frau<strong>de</strong>,nos processos <strong>de</strong> segurança e nas análises<strong>de</strong> riscos, ressaltando que a <strong>Vale</strong> consi<strong>de</strong>raintolerável e não admite <strong>de</strong>svios e atos ilícitos.As principais áreas operacionais que foraminstruídas se encontram nos negócios <strong>de</strong>Ferrosos, Logística (Porto e Ferrovia), além <strong>de</strong>Projetos <strong>de</strong> Capital e áreas corporativas (RH,CSC e Suprimentos estratégicos).Em relação à avaliação <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong>corrupção, empregamos uma metodologiabaseada na análise <strong>de</strong> registros históricos<strong>de</strong> situações recorrentes, relacionadas afrau<strong>de</strong>s e atos ilícitos, <strong>com</strong> <strong>de</strong>staque paraa ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos e a execução <strong>de</strong>contratos. A partir <strong>de</strong>ssa análise, planejamostrabalhos <strong>de</strong> prevenção a esse tipo <strong>de</strong> perdacontemplando nossas operações e projetosem unida<strong>de</strong>s próprias, no Brasil e no exterior,<strong>com</strong> representação significativa no custeioe volume <strong>de</strong> investimentos da empresa.Como previsto em nosso relatório <strong>de</strong>2008, em <strong>2009</strong> avançamos no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>análises <strong>de</strong> riscos e implantação das rotinas<strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> perdas, <strong>com</strong> avaliação <strong>de</strong>contratos dos projetos Onça Puma, Saloboe Moatize e das obras na usina e ampliaçãoda pera ferroviária <strong>de</strong> Carajás.Ainda em <strong>2009</strong>, as áreas <strong>de</strong> SegurançaEmpresarial e Projetos <strong>de</strong> Capital elaboraramum Guia <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong> Perdas em Projetos,<strong>de</strong> modo a orientar os lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> projetosna adoção <strong>de</strong> medidas preventivas,visando à i<strong>de</strong>ntificação e à redução <strong>de</strong>possíveis perdas provenientes <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>s naimplantação dos projetos.Esse guia <strong>de</strong>fine os processos e osprocedimentos para implementar,monitorar e avaliar as práticas <strong>de</strong>prevenção, <strong>com</strong> abrangência inicial em:Contratação, Gestão <strong>de</strong> Contratos eGestão <strong>de</strong> Materiais – sob as dimensões <strong>de</strong>Processos, Pessoas e Sistemas.Nosso objetivo em 2010 é implantar esseguia nos projetos internacionais.ProcessosAlmoxarifado / Gestão <strong>de</strong> MateriaisGestão <strong>de</strong> Contratos / Medição <strong>de</strong> ServiçosPessoasSistemasSuprimentos / Contratações30Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteConformida<strong>de</strong> LegalEm <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> registrou a existência <strong>de</strong>262 processos, sendo 111 judiciais e 151administrativos relevantes 1 . Nesse período,não foi realizado nenhum pagamento <strong>de</strong>multa, nem aplicada nenhuma sanção <strong>de</strong>caráter não monetário 2 .CivilTramitam na justiça 69 processos envolvendoa <strong>Vale</strong>, sem valor econômico <strong>de</strong>finido, quecontestam a legalida<strong>de</strong> da sua privatização,ocorrida em 1997, todos ainda pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão judicial final. Não acreditamos queessas ações afetem o resultado do processo<strong>de</strong> privatização ou produzam algum efeitonegativo para a empresa.RegulatórioEm <strong>2009</strong>, foi dada continuida<strong>de</strong> ao processosem valor econômico <strong>de</strong>finido que discutea anulação da autorização pela qual a <strong>Vale</strong> eoutras empresas operam o terminal portuário<strong>de</strong> Praia Mole, no estado do Espírito Santo,Brasil. Obtivemos <strong>de</strong>cisão judicial julgando ocaso em favor da <strong>Vale</strong>. A <strong>de</strong>cisão final ainda<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> confirmação pelas instânciasjudiciais superiores.TributárioA <strong>Vale</strong> discute, por meio <strong>de</strong> uma ação judiciale três processos administrativos, a incidênciasobre lucros auferidos por coligadas econtroladas no exterior do Imposto <strong>de</strong> Rendada Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobreo Lucro Líquido. A empresa também contestaexigências in<strong>de</strong>vidas <strong>de</strong> CFEM (CompensaçãoFinanceira pela Exploração Mineral) em 144processos administrativos e 38 ações judiciais.1 Os processos são consi<strong>de</strong>rados relevantes <strong>com</strong> base nosseguintes critérios: a) em razão do valor, incluindo pedidos <strong>de</strong>in<strong>de</strong>nizações e aplicação <strong>de</strong> multas; b) em razão <strong>de</strong> tema <strong>de</strong>interesse da empresa ou <strong>de</strong> repercussão no público em geral,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> valor; c) os <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> sançõesnão monetárias.2 Neste relatório, a <strong>Vale</strong> continua expressando os casos existentese que se encaixam no critério <strong>de</strong> relevância. Entretanto,passamos a divulgar apenas os valores que apresentam umaquantia certa reconhecida <strong>com</strong>o <strong>de</strong>vida pela empresa ou jápaga, para melhor aten<strong>de</strong>r ao escopo do indicador SO8 da GRIe para evitar eventuais distorções <strong>com</strong> relação à realida<strong>de</strong> dosprocessos administrativos e judiciais que, por estarem aindapen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão final, normalmente não apresentam<strong>de</strong>finição ou precisão quanto aos valores monetários emdiscussão. De qualquer forma, encontra-se disponível noRelatório Form 20-F da <strong>Vale</strong> uma estimativa <strong>de</strong> provisão <strong>de</strong>valores, conforme critérios contábeis.TrabalhistaEm <strong>2009</strong>, foi dada continuida<strong>de</strong> à discussãosobre a cobrança do <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> Fundo <strong>de</strong>Garantia do Tempo <strong>de</strong> Serviço (FGTS), por meio<strong>de</strong> uma nota <strong>de</strong> débito. Essa cobrança motivoua imposição <strong>de</strong> duas autuações administrativasà <strong>Vale</strong>. A empresa também enfrenta umprocesso judicial, sem valor econômico<strong>de</strong>finido, envolvendo a mina <strong>de</strong> subsolo <strong>de</strong>exploração <strong>de</strong> potássio em Sergipe.Na Austrália, a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong>carvão Broadlea está envolvida em umaação judicial, impetrada pelo Departamento<strong>de</strong> Minas e Energia <strong>de</strong> Queensland(atualmente Departamento <strong>de</strong> Emprego,Desenvolvimento Econômico e Inovação),em relação a aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho <strong>com</strong>empregado. Nesse caso, a <strong>de</strong>cisão sobrepossível sanção monetária ainda estápen<strong>de</strong>nte. A ação judicial do caso daunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> carvão Integra Coalrelatada no relatório <strong>de</strong> 2008, iniciada peloDepartamento <strong>de</strong> Indústrias Primárias <strong>de</strong>New South Wales, foi encerrada.Concorrência <strong>de</strong>slealEm dois processos administrativos, pen<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, alega-se a existência <strong>de</strong> condutaanti<strong>com</strong>petitiva em relação aos negócios<strong>de</strong> logística. Um <strong>de</strong>sses processos envolvea Companhia Portuária da Baía <strong>de</strong> Sepetiba(CPBS), subsidiária da <strong>Vale</strong>, contra a qual sealega negativa <strong>de</strong> embarque <strong>de</strong> minério<strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> terceiros. O outro processoenvolve as concessões ferroviárias <strong>de</strong>tidasdiretamente pela <strong>Vale</strong> (Estrada <strong>de</strong> Ferro Vitóriaa Minas e Estrada <strong>de</strong> Ferro Carajás) e pelasua controlada FCA, contra as quais se alegaaumento abusivo <strong>de</strong> preços cobrados <strong>de</strong>usuários. Enten<strong>de</strong>mos não haver procedêncianas alegações em ambos os casos.Publicamos, em julho<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, nosso Código<strong>de</strong> Conduta dosFornecedores31


Operador SustentávelRecursos HumanosMudar semper<strong>de</strong>r a essênciaPreservar nossa força <strong>de</strong> trabalho emmeio à crise financeira internacionalfoi o maior <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.Implementamos várias ações paramanter nosso maior capital: as pessoasO início <strong>de</strong> <strong>2009</strong> apresentou um cenário<strong>de</strong>safiador. Para lidar <strong>com</strong> a criseeconômica global, <strong>de</strong>mos continuida<strong>de</strong> àestratégia <strong>de</strong> rever projetos e processos<strong>de</strong> produção. Ao longo do ano, adotamosuma série <strong>de</strong> ações para assegurar a saú<strong>de</strong>financeira <strong>de</strong> nossos negócios no curtoe no longo prazos. Em <strong>de</strong>terminadosperíodos, isso envolveu a reestruturaçãoda nossa empresa e da força <strong>de</strong> trabalho.Cientes do papel que o capital humanorepresenta para a <strong>Vale</strong>, apostamos navalorização das pessoas. Investimos naqualificação dos nossos funcionários, que,em alguns casos, recebem treinamentospor mais <strong>de</strong> três anos para <strong>de</strong>sempenharsuas funções em áreas operacionais.Palavras <strong>com</strong>o recolocação e requalificaçãopassaram a fazer parte do nosso cotidiano.Manter nosso quadro <strong>de</strong> profissionais,principalmente das áreas técnica eoperacional, foi o maior <strong>de</strong>safio da empresaem <strong>2009</strong>. Tínhamos a consciência <strong>de</strong> que,quando retomássemos a produção, essecapital humano seria fundamental.Na virada <strong>de</strong> <strong>2009</strong> para 2010, voltamosa registrar um volume <strong>de</strong> produção nopatamar pré-crise. Para 2010, portanto, jáestamos nos preparando para aumentarnossos recursos humanos, mantendo a visão<strong>de</strong> longo prazo e buscando alcançar índices<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> almejados pela <strong>Vale</strong>.Empregabilida<strong>de</strong>Após passarmos por uma forte redução<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, empreen<strong>de</strong>mos esforços nosentido <strong>de</strong> manter nosso maior patrimônio<strong>de</strong> conhecimento e capacida<strong>de</strong> produtiva,que são os nossos empregados. A fim <strong>de</strong>nos posicionarmos <strong>com</strong> êxito no momentoda crise econômica, implementamosmaneiras criativas para reduzir os custosque permitiram reter a nossa mão <strong>de</strong> obra.Buscamos garantir o nosso sucesso <strong>de</strong> longoprazo, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma força <strong>de</strong> trabalhoaltamente qualificada. Reexaminamose suspen<strong>de</strong>mos alguns contratos <strong>com</strong>prestadores <strong>de</strong> serviços, reduzindo o número<strong>de</strong> contratados e <strong>de</strong>signando as respectivastarefas aos nossos empregados próprios,e provemos incentivos financeiros paraincentivar a aposentadoria.No Brasil, também conseguimos negociaralgumas ações para respon<strong>de</strong>r à criseeconômica <strong>com</strong> os sindicatos locais. Essasmedidas incluíram a licença remunerada,a suspensão <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> trabalhopara requalificação profissional e a<strong>com</strong>plementação do seguro-<strong>de</strong>semprego.32Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteTemos funcionários que recebemtreinamentos por mais <strong>de</strong> três anos paraatuar em áreas operacionais.Essa experiência mostrou a importância <strong>de</strong>a <strong>Vale</strong> ter iniciado a revisão das ativida<strong>de</strong>soperacionais em 2008. Essa revisão nospermitiu i<strong>de</strong>ntificar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>otimização nas nossas operações, que nospossibilitaram respon<strong>de</strong>r à crise econômicasem per<strong>de</strong>r o nosso ativo mais importante.Em <strong>2009</strong>, o total <strong>de</strong> empregados próprios(<strong>com</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho por prazoin<strong>de</strong>terminado) e <strong>de</strong> terceiros (prestadores<strong>de</strong> serviço em ativida<strong>de</strong>s permanentes eem projetos) foi <strong>de</strong> 140,6 mil, dos quais 78%<strong>com</strong> atuação no Brasil. Contamos, ainda,<strong>com</strong> aproximadamente 1.565 empregadospróprios <strong>com</strong> contrato por prazo<strong>de</strong>terminado (número estável em relaçãoa 2008), dos quais 31% são aprendizesoperacionais no Brasil.Nossos terceiros, em geral, trabalham nasobras <strong>de</strong> reforma, <strong>de</strong> expansão, <strong>de</strong> novosempreendimentos, nos contratos <strong>de</strong>manutenção, limpeza e segurança patrimonial,entre outros tipos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços.Quadro <strong>de</strong> profissionais(em milhares)146,8 145,790,4 83,2140,680,656,4 62,5 60,0Reduzimos 3,5% da nossa força <strong>de</strong> trabalho<strong>de</strong> 2008 para <strong>2009</strong>, que correspon<strong>de</strong>m, emnúmeros absolutos, a 5,1 mil empregados,<strong>com</strong>o mostra o gráfico ao lado. A reduçãofoi praticamente a mesma na distribuiçãoentre os empregados próprios e oscontratados (terceiros).2007 2008 <strong>2009</strong>TerceirosEmpregados própriosGráfico não consi<strong>de</strong>ra coligadas. <strong>Vale</strong> Australiaincluída a partir <strong>de</strong> 2008. Em 2007, se consi<strong>de</strong>radosos dados da <strong>Vale</strong> Australia, o número <strong>de</strong> empregadoschega a 147,9 mil, e o <strong>de</strong> próprios, a 57 mil.33


Operador SustentávelEmpregados próprios eterceiros por país (<strong>2009</strong>)Empregados próprios e terceirospor estado brasileiro (<strong>2009</strong>)1% 5%3%3%4%6%78%4%4%10%11%34%37%BrasilCanadáIndonésiaNova CaledôniaMoçambiqueAustráliaOutrosParáMinas GeraisEspírito SantomaranhÃORio <strong>de</strong> janeiroOutros EstadosPerfil dos nossos empregados própriosEmpregados por gênero Empregados por faixa etária Empregados por categoria funcional10% 10%90% 60%30%79,1%13,1% 0,2%2,1%0,6%5,0%homensmulheresAbaixo <strong>de</strong> 30 anosEntre 30 e 50 anosacima <strong>de</strong> 50 anosEspecialistasDiretoresGerentes <strong>de</strong> Área e coor<strong>de</strong>nadoresgerentes geraissupervisoresTécnicos operacionais34Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteDIVERSIDADEPara a <strong>Vale</strong>, o respeito à diversida<strong>de</strong> é um valorfundamental, expresso em nosso Código <strong>de</strong>Conduta Ética. Consi<strong>de</strong>ramos intolerável adiscriminação em função <strong>de</strong> etnia, origem,sexo, orientação sexual, crença religiosa, além<strong>de</strong> condição <strong>de</strong> sindicalização, convicçãopolítica e i<strong>de</strong>ológica, classe social, pessoas<strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência, estado civil ou ida<strong>de</strong>.Promovemos um ambiente <strong>de</strong> trabalhopropício ao diálogo, em que todos osempregados são incentivados a <strong>com</strong>partilhar<strong>com</strong> seus colegas e superiores preocupações<strong>de</strong> quaisquer naturezas, inclusive sobrequestões <strong>de</strong> discriminação e assédio. Além donosso Código <strong>de</strong> Conduta Ética e da Política<strong>de</strong> Direitos Humanos, divulgada em <strong>2009</strong>,a <strong>Vale</strong> possui também um canal formal <strong>de</strong><strong>de</strong>núncia por meio do qual eventuais casos <strong>de</strong>discriminação po<strong>de</strong>m ser relatados. Em <strong>2009</strong>,tivemos três casos <strong>de</strong> assédio moral, cujas<strong>de</strong>núncias foram recebidas diretamente pelaárea <strong>de</strong> Recursos Humanos, sendo tomadasas providências cabíveis. Em um dos casos,após a confirmação, o executivo envolvido foi<strong>de</strong>sligado da empresa. Temos, ainda, um casosendo investigado na <strong>Vale</strong> Australia, reportadopelo empregado ao seu supervisor, e estamosa<strong>com</strong>panhando sua resolução.Em <strong>2009</strong>, as mulheres continuamrepresentando 10% <strong>de</strong> nossa força <strong>de</strong>trabalho, característica <strong>com</strong>um <strong>de</strong> nossosetor <strong>de</strong> atuação. Desse contingente, a maiorproporção <strong>de</strong>las (53%) ocupava cargostécnicos (operacionais e administrativos).Nessa categoria, o percentual <strong>de</strong> mulheresmanteve-se estável <strong>de</strong> 2008 para <strong>2009</strong>. Nogrupo <strong>de</strong> especialistas (analistas, engenheiras,geólogas etc.), que representam 39% da força<strong>de</strong> trabalho feminina, houve um aumento <strong>de</strong>29% para 31%, conforme <strong>de</strong>monstrado nográfico ao lado. Nos cargos <strong>de</strong> supervisão egerenciais (gerentes e coor<strong>de</strong>nadores, querepresentavam, respectivamente, 4% cadaum), a participação das mulheres apresentouuma pequena queda. Para mais <strong>de</strong>talhes,confira a seção <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>.Os altos órgãos <strong>de</strong> governança daempresa – Diretoria Executiva, Conselho<strong>de</strong> Administração e Conselho Fiscal 1 –são <strong>com</strong>postos por 33 pessoas, sendo31 homens e duas mulheres. De seusmembros, 13 estão na faixa entre 30 e 50anos, e 20 têm ida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 50 anos.De acordo <strong>com</strong> a nossa Política <strong>de</strong>Remuneração e <strong>com</strong> o nosso Código <strong>de</strong>Conduta Ética, não há diferenciação dosalário-base entre mulheres e homens queocupam as mesmas funções. O gráfico aseguir evi<strong>de</strong>ncia essa prática, verificada aolongo dos anos.Cerca <strong>de</strong> 60% dos empregados da <strong>Vale</strong> têmida<strong>de</strong> entre 30 e 50 anos. Em cargos <strong>de</strong>li<strong>de</strong>rança (supervisores, gerentes <strong>de</strong> área,coor<strong>de</strong>nadores, gerentes gerais e diretores),esse número sobe para 76%.Proporção <strong>de</strong> mulheres por categoria funcional%20072008<strong>2009</strong>5%12%10%DiretoresFaixa etária por categoria funcional (<strong>2009</strong>)Abaixo <strong>de</strong>30 anosEntre 30 e50 anosProporção <strong>de</strong> salário-base <strong>de</strong> mulheres em relação a homens porcategoria funcionalEmpregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (LA14) correspon<strong>de</strong>m a 75% (2007), 98% (2008) e 97% (<strong>2009</strong>) do total<strong>de</strong> empregados reportados (LA1).Acima <strong>de</strong>50 anosDiretores 0% 60% 40%Gerentes gerais 0% 74% 26%Gerentes<strong>de</strong> área ecoor<strong>de</strong>nadores3% 77% 20%Supervisores 9% 77% 14%Especialistas 21% 65% 13%Técnicosoperacionais34% 58% 8%Inclui os dados da <strong>Vale</strong> Inco e da <strong>Vale</strong> Australia a partir <strong>de</strong> 2008. Empregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (LA13)correspon<strong>de</strong>m a 95% (<strong>2009</strong>) do total <strong>de</strong> empregados reportados (LA1). Projetos não incluídos.20072008<strong>2009</strong>1,081,01 1,02Diretores15% 14%11%Gerentesgerais1,01 0,980,94Gerentesgerais18% 18% 17%Gerentes<strong>de</strong> área ecoor<strong>de</strong>nadores0,95 0,99 0,99Gerentes<strong>de</strong> área ecoor<strong>de</strong>nadores9% 8%4%Supervisores0,990,95 0,94Supervisores33%29% 31%Especialistas0,95 0,96 0,96Especialistas7%7% 7%Técnicosoperacionais0,980,96 0,96Técnicosoperacionais1 Posição em <strong>2009</strong>.35


Operador SustentávelO Programa <strong>de</strong> Inclusão <strong>de</strong> Pessoas <strong>com</strong>Deficiência reforça o <strong>com</strong>promisso da <strong>Vale</strong><strong>com</strong> o respeito à diversida<strong>de</strong>. Coor<strong>de</strong>nadopela <strong>Vale</strong>r – Educação <strong>Vale</strong> e pelas áreasregionais <strong>de</strong> Recursos Humanos, o programaexiste <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004. Enfrentando o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>incluir pessoas <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência em nossasáreas, a <strong>Vale</strong> contratou 282 pessoas <strong>com</strong><strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> diversos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>,no período <strong>de</strong> 2008/<strong>2009</strong>, nos estados do Rio<strong>de</strong> Janeiro, Pará, Minas Gerais, Espírito Santo,Maranhão e Sergipe, no Brasil. Com essenúmero <strong>de</strong> contratações cumprimos o Termo<strong>de</strong> Ajustamento <strong>de</strong> Conduta (TAC) <strong>com</strong> oMinistério Público. Além da oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> acesso ao mercado <strong>de</strong> trabalho, osprofissionais tiveram <strong>com</strong>o atrativo umaformação profissional teórica e práticainteiramente financiada pela <strong>Vale</strong>.Nosso Programa <strong>de</strong> Inclusão tambémcontempla a realização <strong>de</strong> várias medidas<strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> para garantir o exercíciopleno <strong>de</strong> direitos por parte dos nossosempregados <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência. Desse modo,fizemos várias alterações arquitetônicasnas nossas unida<strong>de</strong>s operacionais, <strong>com</strong>obanheiros adaptados, construção <strong>de</strong> rampas,alargamento <strong>de</strong> portas, entre outras medidas.Realizamos ainda treinamentos para ossetores <strong>de</strong> recrutamento e seleção e fizemosa sensibilização dos gestores. A partir <strong>de</strong> 2010,a fim <strong>de</strong> cumprir a Lei nº 8.213 (25/07/1991),que prevê a reserva <strong>de</strong> vagas para pessoas<strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência, temos a meta <strong>de</strong> contrataranualmente 140 profissionais <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiênciae dar continuida<strong>de</strong> ao plano <strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong>nossas instalações.Práticas globalizadasCom a globalização das práticas <strong>de</strong>remuneração, <strong>de</strong>sempenho, carreirae sucessão em 2008, no ano seguintepriorizamos a melhoria dos processos, ainformatização das operações existentes ea implementação <strong>de</strong>sses avanços nas novasoperações da empresa, incluindo novosprojetos <strong>de</strong> capital.No ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, <strong>de</strong>mos continuida<strong>de</strong> aoplanejamento estratégico para a área <strong>de</strong>Recursos Humanos, o que viabilizará aantecipação das <strong>de</strong>mandas por profissionaisqualificados para os próximos cinco anosnas diferentes regiões em que atuamos.Esse plano engloba os cargos-chave, tais<strong>com</strong>o engenheiros, geólogos, técnicos eoperacionais, projetos <strong>de</strong> capital e localida<strong>de</strong>.Além <strong>de</strong> capacitarmos nossos empregadospara as operações atuais, também ostreinamos para os projetos futuros e para oencerramento das operações, preparando suarecolocação e transferência.Remuneração e <strong>de</strong>sempenhoAlém <strong>de</strong> seguir a prática – já adotadanos últimos anos – <strong>de</strong> realizar pesquisas<strong>com</strong>parativas <strong>de</strong> remuneração, elaboramose implementamos em <strong>2009</strong> um plano <strong>de</strong>carreira para as áreas <strong>de</strong>dicadas aos projetos<strong>de</strong> capital, <strong>com</strong> pacotes <strong>de</strong> remuneraçãodiferenciados e alinhados à estratégia daempresa para esse segmento.Oferecemos a todos os nossos empregadospróprios salário igual ou superior aomínimo legal praticado em cada localida<strong>de</strong>.Fortalecendo a cultura <strong>de</strong> busca constantepor resultados, o pacote <strong>de</strong> remuneração<strong>de</strong> cada empregado, em <strong>2009</strong>, contemplavao pagamento <strong>de</strong> remuneração variável 2 ,calculada <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> os resultadosatingidos pelo <strong>de</strong>sempenho da empresa, do<strong>de</strong>partamento, individual ou da equipe.Nas unida<strong>de</strong>s próprias da <strong>Vale</strong>, a avaliação <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho é baseada nas metas anuaisalinhadas à estratégia da empresa. Essasavaliações são realizadas por meio <strong>de</strong> umprocesso interativo entre os empregados eseus gestores, além <strong>de</strong> contar <strong>com</strong> sistemasinformatizados, nos quais os resultados sãoregistrados. As metas também servem <strong>de</strong>base para o Programa <strong>de</strong> RemuneraçãoVariável, que premia o empregado por seucumprimento ou superação.Para o ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> curto prazo(anual), as metas são <strong>de</strong>finidas <strong>com</strong> basenos principais objetivos estratégicos e noorçamento anual estabelecidos, medindoos <strong>de</strong>sempenhos econômico-financeiro,técnico-operacional e <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>(gestão, saú<strong>de</strong> e segurança e meio ambiente).36Refeição no trabalho e/ou auxílio- alimentação são algunsdos benefícios oferecidos aos nossos funcionários.Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>2 Para o negócio <strong>de</strong> níquel, inclui apenas empregados nãosindicalizados e aqueles representados por um dos sindicatosem Sudbury. Outros empregados sindicalizados recebemoutras formas <strong>de</strong> remuneração variável.


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambientePara 2010, visando à intensificação doprocesso <strong>de</strong> melhoria contínua <strong>de</strong> nossagestão em sustentabilida<strong>de</strong>, aumentaremoso número <strong>de</strong> indicadores relacionadosà avaliação do nosso <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> <strong>com</strong> a inclusão <strong>de</strong>metas associadas ao Plano <strong>de</strong> Ação <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> (PAS) em unida<strong>de</strong>soperacionais e corporativas selecionadas.Ao longo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, padronizamos o processo<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong>mos início àimplementação do sistema global <strong>de</strong> registroe a<strong>com</strong>panhamento, que estará disponívelem 2010. Nosso objetivo é aprofundar aaplicação <strong>de</strong> uma avaliação justa, focada emresultado e <strong>com</strong>petência.Em <strong>2009</strong>, aproximadamente 84,5% dosempregados da <strong>Vale</strong> tiveram o <strong>de</strong>sempenhoavaliado. A redução em relação a 2008, quefoi <strong>de</strong> 88%, foi <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> um menorpercentual <strong>de</strong> avaliação em algumascontroladas. Na <strong>Vale</strong>sul, por exemplo, esseprocesso não foi realizado, porque a <strong>Vale</strong>entrou em acordo para a venda dos ativosda empresa no início <strong>de</strong> 2010, quando oprocesso <strong>de</strong> avaliação ocorre. Já na Albrase na Alunorte, o registro <strong>de</strong> avaliações <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho realizadas baseia-se no processo<strong>de</strong> carreira e sucessão, cujo público-alvo seconcentra em cargos gerenciais.Percentual <strong>de</strong> empregados<strong>com</strong> <strong>de</strong>sempenho avaliado90% 88% 85%2007 2008 <strong>2009</strong>Empregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (LA12)correspon<strong>de</strong>m a 95% (<strong>2009</strong>) do total <strong>de</strong> empregadosreportados (LA1). Projetos não incluídos.Por causa <strong>de</strong> limitações do sistema <strong>de</strong>registro na <strong>Vale</strong> Australia, embora a avaliação<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho também seja uma práticaadotada, foram consi<strong>de</strong>radas apenas 26%das avaliações. O plano para 2010 é que,<strong>com</strong> a implantação <strong>de</strong> um sistema global, opercentual seja ampliado.Em <strong>2009</strong>, o percentual <strong>de</strong> empregadosavaliados nas unida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> Inco, noCanadá, on<strong>de</strong> a maior parte dos profissionaisfiliados a sindicatos não recebe avaliação <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho, foi <strong>de</strong> 37%, mesmo patamar <strong>de</strong>resultado apresentado em anos anteriores.Benefícios concedidosCom o crescimento da <strong>Vale</strong>, o mapeamento<strong>de</strong> benefícios tornou-se uma necessida<strong>de</strong>imediata para o alinhamento das práticasadotadas globalmente pela empresa.Realizamos algumas ações para avaliaros benefícios oferecidos em nossasoperações no mundo, incluindo a aquisição<strong>de</strong> software <strong>de</strong> gestão para atualizaçãoonline das práticas globais. A partir <strong>de</strong>sselevantamento, <strong>de</strong>senvolveremos medidas parao aprimoramento das práticas adotadas pela<strong>Vale</strong>, levando em consi<strong>de</strong>ração as iniciativasatuais e a disponibilida<strong>de</strong> dos mercados locais.Entre os benefícios oferecidos para a maioriados nossos empregados, estão previdênciaprivada, plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e seguro <strong>de</strong> vidae <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.Como resultado do processo <strong>de</strong> globalizaçãodos benefícios oferecidos pela <strong>Vale</strong>,implementamos um fundo <strong>de</strong> pensãooffshore. Esse fundo tem <strong>com</strong>o público-alvoempregados estrangeiros admitidos em paíseson<strong>de</strong> não seja viável sua participação em plano<strong>de</strong> pensão local e seja possível sua inclusãono plano global. Para ser efetivo, um planoglobal <strong>de</strong> pensão precisa oferecer um número<strong>de</strong> benefícios suficiente que permita umbom a<strong>com</strong>panhamento do <strong>de</strong>sempenho dosinvestimentos e uma ampla escolha <strong>de</strong> fundos,além <strong>de</strong> uma administração simples e eficiente.Já os benefícios relacionados a auxílio--transporte, formação educacional, Plano <strong>de</strong>Assistência ao Empregado (PAE), refeição noAmpliamos a açãodo Programa <strong>de</strong>Assistência aoEmpregado entrenossas empresastrabalho e/ou auxílio-alimentação e seguro<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes pessoais são oferecidos paraparte significativa dos nossos empregados(em média, 89% <strong>de</strong> nossos empregadospróprios). Em <strong>2009</strong>, consolidamos o PAE,ampliando sua ação entre nossas empresas.O Programa oferece apoio psicossocial aosempregados e a seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.Na <strong>Vale</strong>, em geral, não há diferenças entreos benefícios concedidos aos empregados<strong>de</strong> período integral e <strong>de</strong> meio períodoou temporários. As principais exceçõesencontram-se em algumas unida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong>Inco e se referem a cobertura <strong>de</strong> seguro<strong>de</strong> vida, cobertura para incapacida<strong>de</strong>,previdência privada e plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Para ajudar os empregados a lidar <strong>com</strong>seus recursos financeiros, bem <strong>com</strong>o apoiá--los na vida pessoal, foi <strong>de</strong>senvolvido noBrasil o curso online Orçamento Familiar ePlanejamento Financeiro. O objetivo é simularo <strong>com</strong>portamento financeiro do participantee estimular o autoconhecimento. A partir<strong>de</strong>ssa análise, o empregado é orientado arefletir sobre seus sonhos e traçar metasespecíficas <strong>de</strong> curto, médio e longo prazos.Da leitura do contracheque ao pagamentodo cartão <strong>de</strong> crédito ou financiamento <strong>de</strong> umautomóvel, várias etapas do planejamentofinanceiro são abordadas, <strong>com</strong> exemplospráticos e linguagem didática.Além <strong>de</strong>ssa iniciativa, <strong>de</strong>mos continuida<strong>de</strong>ao Programa <strong>de</strong> Suporte a Inci<strong>de</strong>nte Crítico,entendido <strong>com</strong>o situação que leve a fortesreações emocionais e/ou psicológicas,para as unida<strong>de</strong>s próprias da <strong>Vale</strong> noBrasil. Mantivemos também o Programa<strong>de</strong> Planejamento <strong>de</strong> Aposentarias (PPA),realizado pela <strong>Vale</strong>r – Educação <strong>Vale</strong> emparceria <strong>com</strong> o Serviço Brasileiro <strong>de</strong> Apoio àsMicro e Pequena Empresas (Sebrae).37


Operador SustentávelPrevidência <strong>com</strong>plementarA <strong>Vale</strong> tem <strong>com</strong>o uma <strong>de</strong> suas diretrizesglobais <strong>de</strong> benefícios o acesso <strong>de</strong> seusempregados a um plano <strong>de</strong> previdência quegaranta sua subsistência ao se aposentar. AFundação <strong>Vale</strong> do Rio Doce <strong>de</strong> Segurida<strong>de</strong>Social (Valia) é a responsável pela gestão dosplanos <strong>de</strong> previdência <strong>com</strong>plementar da <strong>Vale</strong>no Brasil. Entida<strong>de</strong> fechada sem fins lucrativos,<strong>com</strong> autonomia administrativa e financeira,a Valia aten<strong>de</strong> as seguintes empresas, quefazem parte do escopo <strong>de</strong>ste relatório:<strong>Vale</strong>, Urucum Mineração, <strong>Vale</strong> Manganês,FCA, CPBS, PPSA, Cadam e <strong>Vale</strong>sul 3 . Paramais informações, visite www.valia.<strong>com</strong>.br(disponíveis em português).A maioria dos participantes da Valia estáassociada a planos mistos <strong>de</strong> contribuição<strong>de</strong>finida 4 <strong>com</strong> um <strong>com</strong>ponente <strong>de</strong> benefício<strong>de</strong>finido específico para cobertura <strong>de</strong> pensãopor morte e aposentadoria por invali<strong>de</strong>z.No caso <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido, o valor épreviamente estabelecido, <strong>com</strong> atualizaçãoatuarial, <strong>de</strong> forma a assegurar sua concessão.Já no caso <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>finida, o valoré permanentemente ajustado, <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> os recursos mantidos em favor doparticipante 5 .Fundos <strong>de</strong>tidos e mantidos separadamente dos recursos da empresaPlanos oferecidos pela Valia no Brasil (<strong>2009</strong>) PlanoTipo <strong>de</strong> planoParticipantes(mil) (1)Grau <strong>de</strong> coberturaPlano <strong>Vale</strong> Mais, ValiaPrev e FCA (2) Misto 53,6 Superior a 100% (6)Benefício Definido (3) Benefício <strong>de</strong>finido 17,1Abono Complementação (4) Benefício <strong>de</strong>finido 2,062% <strong>com</strong> aportesmensaisTotal 70,7 (5)(1) Inclui ativos e assistidos (aposentados e pensionistas).(2) Os empregados contribuem, em média, <strong>com</strong> 4% do salário-base (31% do custeio dos planos), para o custeio da aposentadoria programada.Para os participantes que migraram do plano <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido para o Plano <strong>Vale</strong> Mais, o benefício foi aumentado, em 2008, em 35%, nãosendo necessário o aumento <strong>de</strong> contribuições por parte do participante.(3) O plano <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido está fechado para novas a<strong>de</strong>sões <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2000, quando foi implantado o Plano <strong>Vale</strong> Mais.(4) Participam <strong>de</strong>sse plano aposentados do Plano <strong>de</strong> Benefício Definido que se <strong>de</strong>sligaram da empresa em função <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> incentivo àaposentadoria. Esse plano está fechado para novas a<strong>de</strong>sões. Sobre o grau <strong>de</strong> cobertura, a patrocinadora (<strong>Vale</strong>) faz aportes mensais no fundo<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> atingir a cobertura do passivo <strong>de</strong> 100% em novembro <strong>de</strong> 2014. O valor das parcelas mensais éreajustado quando necessário, e seu valor era <strong>de</strong> US$ 5,9 milhões, em janeiro <strong>de</strong> 2010.(5) Não estão incluídos os participantes do Abono Complementação porque já constam no Plano <strong>de</strong> Benefício Definido.(6) Esse grau <strong>de</strong> cobertura se refere à parcela <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido dos planos mistos e do plano <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido.Fundos <strong>de</strong>tidos e mantidos separadamente dos recursos da empresaPlanos oferecidos fora do Brasil (<strong>2009</strong>) (1)País Operação Tipo <strong>de</strong> PlanoParticipantes(mil) (2)Percentual dopassivo cobertopelo ativoCanadáNewfoundland& LabradorContribuição <strong>de</strong>finida 0,3 N/ACanadá (3) Ontário e Manitoba Benefício <strong>de</strong>finido 21,5 Entre 86% e 90%Canadá (3) Ontário e Manitoba Contribuição <strong>de</strong>finida 1,5 N/AIndonésia PT Inco Benefício <strong>de</strong>finido 2,7 Superior a 100%Reino UnidoRefinarias <strong>de</strong>Clydach e ActonBenefício <strong>de</strong>finido 1,6 83%EUA (4) Inmetco e Novamet Benefício <strong>de</strong>finido 0,5 68%Noruega<strong>Vale</strong> ManganeseNorwayContribuição <strong>de</strong>finida 0,08 N/AAustráliaBroadlea, CarboroughDowns e Integra CoalContribuição <strong>de</strong>finida 0,7 N/ATotal 28,9O <strong>com</strong>ponente <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>finida dosplanos mistos visa garantir que o plano tenhasustentabilida<strong>de</strong> financeira no longo prazo.Já o <strong>com</strong>ponente <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido tem<strong>com</strong>o objetivo evitar queda significativa naremuneração, em caso <strong>de</strong> aposentadoria porinvali<strong>de</strong>z e pensão por morte.As empresas Albras e Alunorte estão emprocesso <strong>de</strong> transição <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>aberta <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>finida para planosadministrados pela Valia.A <strong>Vale</strong> Manganèse France não ofereceplano <strong>de</strong> aposentaria <strong>com</strong>plementar nosmol<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> no Brasil. Na França, existeuma <strong>com</strong>plementação <strong>de</strong> aposentadoriaobrigatória, baseada num regime porrepartição no qual os empregados ativosfinanciam a aposentadoria <strong>com</strong>plementardos aposentados.No Canadá, a <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>u início ao processo <strong>de</strong>migração do plano <strong>de</strong> pensão <strong>de</strong> benefício<strong>de</strong>finido para contribuição <strong>de</strong>finida 6 . A<strong>Vale</strong> Inco manterá o plano <strong>de</strong> benefício<strong>de</strong>finido para os atuais assistidos e paraos empregados ativos que optarem porpermanecer nesse plano. Em janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>,3 Outras empresas que não fazem parte do escopo <strong>de</strong>sterelatório também são cobertas pela Valia.4 Essa nomenclatura segue a legislação brasileira.5 Resultado líquido da aplicação, valores aportados peloparticipante e os benefícios pagos pelo plano.6 A <strong>Vale</strong> Inco Newfoundland & Labrador Limited, subsidiáriada <strong>Vale</strong> Inco, já oferecia plano <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>finida.(1) Para esses planos, <strong>de</strong> forma geral, os empregados não participam do custeio dos planos.(2) Inclui ativos e assistidos (aposentados e pensionistas).(3) O grau <strong>de</strong> cobertura refere-se aos dados da avaliação contábil <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.(4) A operação da Inmetco foi vendida em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. As informações <strong>de</strong> pensão para essa operação foram incluídas na tabela, umavez que a <strong>Vale</strong> Inco Limited possui a responsabilida<strong>de</strong> pelos benefícios <strong>de</strong> pensão dos empregados e pensionistas da Inmetco em 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.38Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteo plano <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finido dos empregadosnão sindicalizados do Canadá foi fechado paranovos integrantes. No entanto, a opção <strong>de</strong>benefício <strong>de</strong>finido extinguiu-se em julho <strong>de</strong><strong>2009</strong> para os novos empregados, que passarama adotar o plano <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong>finida,visando à sustentabilida<strong>de</strong> do plano para asnovas gerações.A <strong>Vale</strong> Inco oferece diferentes planos <strong>de</strong>pensão aos empregados. A maioria dosbenefícios <strong>de</strong> pensão é fornecida por meio<strong>de</strong> planos <strong>de</strong> pensão registrados conforme alegislação, e também há alguns benefícios <strong>de</strong>pensão adicionais fornecidos por planos nãoregistrados. Para esta última modalida<strong>de</strong>, asobrigações são atendidas diretamente pelosrecursos gerais da empresa 7 . Em <strong>2009</strong>, o valor<strong>de</strong>ssas obrigações foi <strong>de</strong> aproximadamenteUS$ 92 milhões.Acordos coletivosEm <strong>2009</strong>, o percentual <strong>de</strong> empregadosabrangidos por acordos coletivos <strong>de</strong> trabalhofoi <strong>de</strong> 95% (mais <strong>de</strong>talhes no gráfico abaixo),o que respeita e, em alguns casos, supera asexigências legais.No Brasil, adotamos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007, acordocoletivo <strong>de</strong> dois anos, que abrange osempregados próprios e <strong>de</strong> algumas empresasda <strong>Vale</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> serem ounão filiados a entida<strong>de</strong>s sindicais profissionais.Nas operações internacionais, <strong>com</strong>o Canadá,Austrália, Peru e Noruega, o sindicatorepresenta apenas aqueles empregados queoptam por se sindicalizar.Na <strong>Vale</strong> Australia, 72% dos empregadosestão cobertos por acordos coletivos. Porcausa <strong>de</strong> mudanças na legislação local, osacordos individuais existentes estão sendosubstituídos por coletivos.Em <strong>2009</strong>, na <strong>Vale</strong> Inco, 81% dos empregadosforam abrangidos por negociações coletivas(em 2008, o percentual foi <strong>de</strong> 78% e, em2007, <strong>de</strong> 73%).Esses funcionários <strong>com</strong>põem <strong>de</strong>z unida<strong>de</strong>soperacionais representadas por sindicatos.Em julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, três <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s,Sudbury, Port Colborne e Newfoundland& Labrador, entraram em greve <strong>com</strong> baseem três questões-chave propostas pela <strong>Vale</strong>Inco: conversão do plano <strong>de</strong> pensão da <strong>Vale</strong>Inco da modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>finidopara contribuição <strong>de</strong>finida para os novosempregados; alinhamento da estrutura <strong>de</strong>bônus <strong>com</strong> o sistema usado na <strong>Vale</strong> no Brasil;e mudanças para melhorar a produtivida<strong>de</strong>.Esforços substanciais foram feitos parachegarmos a um consenso, mas até omomento da publicação <strong>de</strong>ste relatório osimpasses permaneciam. Estamos buscandouma solução alinhada às práticas <strong>de</strong> mercado,às necessida<strong>de</strong>s dos empregados e àsustentabilida<strong>de</strong> do negócio.Conforme previsto em nosso Código<strong>de</strong> Conduta Ética, a discriminação emfunção <strong>de</strong> sindicalização é consi<strong>de</strong>radaintolerável. O diálogo <strong>com</strong> representanteslegítimos dos nossos empregados, sejamsindicatos ou outros tipos <strong>de</strong> associações, éa base norteadora das nossas negociaçõestrabalhistas. Em função <strong>de</strong>ssa postura,não temos registro <strong>de</strong> nenhuma autuaçãoou advertência lavrada pelos órgãos <strong>de</strong>fiscalização por alguma ocorrência relativaà liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação e <strong>de</strong> negociaçãocoletiva. Embora tenhamos uma postura <strong>de</strong>diálogo, a notificação prévia <strong>de</strong> mudançassignificativas 8 não é uma prática padronizadae não está prevista em acordos coletivos.8 Segundo a Global Reporting Initiative, mudançassignificativas correspon<strong>de</strong>m a alterações no padrão <strong>de</strong>produção, <strong>com</strong>o, por exemplo, reestruturação, encerramento<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, aquisições ou fusões.7 Nesses casos, o empregado não participado custeio dos fundos.Investimos na qualificação contínua <strong>de</strong>nossos funcionários e também na mão <strong>de</strong>obra da ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> mineração.Empregados abrangidospor acordos coletivos%94%94%95%20072008<strong>2009</strong>Empregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (LA4)correspon<strong>de</strong>m a 97% (<strong>2009</strong>) do total <strong>de</strong>empregados reportados (LA1).39


Operador SustentávelRotativida<strong>de</strong> por gênero2008 <strong>2009</strong>Turnover geral 8,0% 10,6%Turnover homens 7,6% 10,3%Turnover mulheres 11,7% 13,0%Rotativida<strong>de</strong> por faixa etária2008 <strong>2009</strong>Abaixo <strong>de</strong> 30 anos 7,0% 8,0%Entre 30 e 50 anos 6,7% 7,8%Acima <strong>de</strong> 50 anos 19,0% 37,0%Rotativida<strong>de</strong> por regiãoPaís 2008 <strong>2009</strong>Brasil 8,0% 9,2%Canadá 5,0% 19,7%Indonésia 7,0% 9,1%Austrália 18,0% 13,4%China 32,0% 16,7%Outras 7,0% 16,5%Empregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (LA2) correspon<strong>de</strong>m a 95% (<strong>2009</strong>)do total <strong>de</strong> empregados reportados (LA1). Projetos não incluídos.Turnover por gênero12%homensmulheres88%Rotativida<strong>de</strong>Em <strong>2009</strong>, a taxa <strong>de</strong> turnover 1 global da <strong>Vale</strong>(incluindo aposentadorias e <strong>de</strong>sligamentos)foi <strong>de</strong> 10,6%. Esse resultado está <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> as taxas encontradas em outrasempresas do ramo <strong>de</strong> mineração. Realizamoso monitoramento trimestral, que consi<strong>de</strong>raindicadores <strong>com</strong>o rotativida<strong>de</strong>, retenção eaproveitamento <strong>de</strong> recursos internos.O maior índice <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong> foi observadona faixa etária acima <strong>de</strong> 50 anos, que atingiu37%, em razão da implantação do Programa<strong>de</strong> Incentivo à Aposentadoria. A taxa entreas mulheres (13%) foi superior à dos homens(10%), e elas representaram 12% do total <strong>de</strong>empregados <strong>de</strong>sligados e 10% do efetivo total.Já na China, o índice <strong>de</strong> 16,7% reflete ascaracterísticas do mercado local e mudançasoperacionais.A taxa observada no Canadá (19,7%) foiatribuída a alguns fatores, incluindo o gran<strong>de</strong>número <strong>de</strong> aposentadorias (representandoaproximadamente 58% dos <strong>de</strong>sligamentos),<strong>de</strong>sligamentos voluntários (12% do total) eredução do número <strong>de</strong> empregados (25% dos<strong>de</strong>sligamentos). Aos empregados impactadosforam oferecidos benefícios e suporte paratransição <strong>de</strong> carreira.Nossa maior riqueza: as pessoasDes<strong>de</strong> 2003, a área <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>pessoas, a <strong>Vale</strong>r – Educação <strong>Vale</strong>, em conjunto<strong>com</strong> as áreas regionais <strong>de</strong> Recursos Humanos,é responsável pela qualificação contínua dosnossos empregados e pelo fomento <strong>de</strong> mão<strong>de</strong> obra para a ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> mineração.São oferecidas ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentopessoal e profissional <strong>de</strong>ntro e fora da <strong>Vale</strong>,nos segmentos <strong>de</strong> educação básica, formaçãotécnica, <strong>de</strong>senvolvimento gerencial, cidadaniacorporativa e cultura e arte.Em <strong>2009</strong>, lançamos internamente odocumento Diretrizes Educacionais <strong>Vale</strong>r,que consolida as atuais práticas <strong>de</strong> educaçãoda área e explicita o posicionamentosobre educação para a sustentabilida<strong>de</strong>.Além disso, somente no Brasil investimosaproximadamente US$ 34,5 milhões emtreinamento e <strong>de</strong>senvolvimento.Além <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s existentes noBrasil, a <strong>Vale</strong>r atua internacionalmentevisando apoiar a empresa em suas operaçõese na implantação <strong>de</strong> novos projetos. Aexpansão da <strong>Vale</strong>r tem se dado por meio dacriação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s físicas no exterior e daimplementação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> fomento <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> obra, <strong>com</strong>o o Programa <strong>de</strong> FormaçãoProfissional, já iniciado em Moçambique eOmã. Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar ainda a realização <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> educação continuada para opúblico gerencial, <strong>com</strong>o os Ritos <strong>de</strong> Passagemrealizados na China, na Argentina, em Omã eem Moçambique.Para o público externo, <strong>com</strong>o terceiros,fornecedores e <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>moscontinuida<strong>de</strong> à estratégia <strong>de</strong> fomentar o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra qualificadapara a ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> mineração, pormeio da oferta <strong>de</strong> sete programas <strong>de</strong> atraçãoe <strong>de</strong>senvolvimento, que alcançaram mais <strong>de</strong>3.200 pessoas no Brasil e no exterior.Educação internaO ambiente global <strong>de</strong> negócios, <strong>de</strong> elevada<strong>com</strong>petição, exige que as empresas eseus profissionais aprendam mais rápido,a<strong>com</strong>panhando a velocida<strong>de</strong> da geração <strong>de</strong>conhecimentos. Diante disso, a educaçãocorporativa ganha caráter estratégico, umavez que se apresenta <strong>com</strong>o uma alavancapara o aprendizado e o <strong>de</strong>senvolvimento dosrecursos humanos qualificados.Com esse objetivo, nossas ações <strong>de</strong> educaçãointerna oferecem contínuas oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> aprendizado aos empregados da <strong>Vale</strong>,segmentados em três públicos: técnicosoperacionais, técnicos especialistas e lí<strong>de</strong>res.Cada um possui um currículo <strong>de</strong> formação<strong>Vale</strong>, <strong>com</strong> ações educacionais estruturadas,<strong>de</strong>nominadas Trilhas Técnicas, Mapas <strong>de</strong>Desenvolvimento e Trilha <strong>de</strong> Gestão eLi<strong>de</strong>rança, respectivamente, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong>as <strong>de</strong>mandas das áreas <strong>de</strong> negócio.A melhoria contínua dos processos eevolução da empresa está estritamenterelacionada à formação técnica dos nossosempregados, reconhecidos no mercado porseu alto grau <strong>de</strong> qualificação. Em parceria<strong>com</strong> as áreas <strong>de</strong> negócio, são mapeadas1 Taxa <strong>de</strong> turnover correspon<strong>de</strong> à soma <strong>de</strong> empregados que <strong>de</strong>ixarama organização voluntariamente, que se <strong>de</strong>sligaram e que seaposentaram, dividida pelo número <strong>de</strong> empregados próprios.40Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteCASEBrasilas ações <strong>de</strong> capacitação técnica prioritáriaspara o alcance das metas empresariais. A <strong>Vale</strong>restrutura ações customizadas e firma parcerias<strong>com</strong> instituições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>todo o mundo.O Programa Global <strong>de</strong> Exploração Mineral eo Programa <strong>de</strong> Logística Integrada, amboslançados em <strong>2009</strong>, são exemplos <strong>de</strong> nossaatuação. O primeiro foi <strong>de</strong>senvolvido emparceria <strong>com</strong> a Diretoria <strong>de</strong> ExploraçãoMineral da <strong>Vale</strong> para reforçar o conhecimento<strong>de</strong> 107 empregados, dos cinco continentes,sobre processos mineralizantes e técnicasexploratórias. As aulas foram realizadas no Brasile na África do Sul e <strong>com</strong>plementadas <strong>com</strong>visitas técnicas a minas na Zâmbia, no Peru enos Estados Unidos. Já o Programa <strong>de</strong> LogísticaIntegrada, concebido em conjunto <strong>com</strong> aDiretoria <strong>de</strong> Planejamento e DesenvolvimentoLogístico da <strong>Vale</strong>, capacitou 120 empregadosnos principais conceitos e ferramentas <strong>de</strong>logística, gestão e finanças.Mão <strong>de</strong> obra qualificadaUm dos gran<strong>de</strong>s marcos em <strong>2009</strong> foi o lançamento do Centro <strong>de</strong> Excelênciaem Logística <strong>Vale</strong> (CEL), na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória, Espírito Santo, Brasil. O CEL reúneem um só local a estrutura necessária para aplicar treinamentos técnicosda ferrovia, do porto e da navegação, <strong>com</strong> uma abordagem teórico-prática,embasados pelos processos educacionais estruturados pela <strong>Vale</strong>r.Inaugurado em novembro, o prédio <strong>de</strong> cinco andares, no Terminal <strong>de</strong> PraiaMole, conta <strong>com</strong> simuladores <strong>de</strong> operação ferroviária, biblioteca técnica,salas para treinamentos, simulador <strong>de</strong> carregamento <strong>de</strong> vagões, maquetepara aplicação do regulamento <strong>de</strong> operação e sinalização ferroviárias, salapara treinamento <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> pátios, linha sinalizada e operaçõesportuárias, além <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> conteúdo para construção<strong>de</strong> materiais didáticos.A média <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> treinamento apresentouuma queda no final <strong>de</strong> 2008 e reduziu-se maisem <strong>2009</strong>, em função da recessão econômicaglobal, que paralisou diversas operações na <strong>Vale</strong>e impactou o investimento em treinamento dasnossas equipes. Em função disso, priorizamos aoferta <strong>de</strong> treinamentos focados na aquisição <strong>de</strong><strong>com</strong>petências para o exercício das funções.A <strong>Vale</strong> mantém <strong>com</strong>o prática a oferta <strong>de</strong> cursosinternos e, em casos mais específicos, o apoiofinanceiro para capacitação externa, <strong>com</strong> focono <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências técnicascríticas para os negócios da <strong>Vale</strong>.Horas <strong>de</strong> treinamento(média anual * )Além da formação técnica, outra iniciativa é oPrograma <strong>de</strong> Preparação para a Aposentadoria,que tem <strong>com</strong>o objetivos preparar osempregados para a transição <strong>de</strong> carreira e<strong>de</strong>spertar o interesse para novos <strong>de</strong>safios,sensibilizando-os para a importância doplanejamento no êxito <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong>vida. Sua a<strong>de</strong>são é voluntária, e é conduzidoregionalmente. No caso dos <strong>de</strong>sligados, a <strong>Vale</strong>oferece o Programa <strong>de</strong> Transição Profissional,que procura minimizar os impactos doprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão, enquanto proporcionaao profissional melhores condições para fazer<strong>com</strong> segurança e em curto prazo sua transição<strong>de</strong> carreira.12586Total416289Li<strong>de</strong>rança44EspecialistaEmpregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (LA10) correspon<strong>de</strong>m a 95% (<strong>2009</strong>)do total <strong>de</strong> empregados reportados (LA1). Projetos não incluídos.*A média <strong>de</strong> horas anuais é calculada pela divisão do total das horas <strong>de</strong>treinamento pelo número <strong>de</strong> empregados.4383391468537Técnicooperacional20072008<strong>2009</strong>41


Operador SustentávelGestão e li<strong>de</strong>rançaEm <strong>2009</strong>, cerca <strong>de</strong> 300 lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> todo oBrasil participaram dos Ritos <strong>de</strong> Passagem,o primeiro passo do currículo <strong>de</strong> formaçãogerencial <strong>Vale</strong>. Fora do país, mais <strong>de</strong> 90profissionais, entre diretores, gerentes gerais egerentes <strong>de</strong> área, que atuam em Omã, China,Canadá, Suíça, França, Peru, Chile, Paraguai eArgentina, também participaram da ação. ACurva <strong>de</strong> Aprendizagem – fase posterior naformação dos lí<strong>de</strong>res <strong>Vale</strong> e conduzida emparceria <strong>com</strong> instituições <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoexecutivo <strong>de</strong> renome, tais <strong>com</strong>o o Institutefor Management Development, escola <strong>de</strong>negócios <strong>de</strong> referência na Suíça – contou <strong>com</strong>a participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 90 lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> todosos níveis hierárquicos.Numa empresa em que o primeiro nível dali<strong>de</strong>rança é constituído em sua maioria porprofissionais oriundos da carreira técnica,foi <strong>de</strong>senvolvido e implementado em <strong>2009</strong>,<strong>com</strong>o piloto, o Programa <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong>Supervisores, <strong>com</strong> a oferta <strong>de</strong> 90 vagas. Essainiciativa teve o objetivo <strong>de</strong> capacitar ossupervisores em processos e ferramentas<strong>de</strong> gestão necessárias para o exercício dali<strong>de</strong>rança. Em 2010, a ação terá a meta <strong>de</strong>alcançar 50% dos supervisores da <strong>Vale</strong> noBrasil, capacitando cerca <strong>de</strong> 800 lí<strong>de</strong>res.O segmento <strong>de</strong> gestão e li<strong>de</strong>rança priorizou,também em <strong>2009</strong>, a oferta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> integração e alinhamento das li<strong>de</strong>ranças<strong>Vale</strong>, num ano em que a empresa esteve<strong>de</strong>dicada a encontrar estratégias paratransformar a crise em oportunida<strong>de</strong>.Foram realizados dois gran<strong>de</strong>s encontros<strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças, reunindo executivos <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>todo o mundo. No workshop BreakthroughProcess Innovation at Operations, conduzidoem parceria <strong>com</strong> o MIT Sloan School ofManagement, diretores da empresa discutiramsobre ferramentas <strong>de</strong> gestão capazes <strong>de</strong>alavancar a inovação nos negócios. Além disso,foi lançado em <strong>2009</strong> o (i)nova <strong>Vale</strong>!, iniciativaque visou à promoção <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong>inovação na <strong>Vale</strong> (leia mais na pág. 47).Já na terceira edição do Fórum <strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>resda <strong>Vale</strong>, os 130 principais executivos daempresa no mundo refletiram sobre as liçõesaprendidas <strong>com</strong> a crise financeira mundial e<strong>de</strong>bateram estratégia, gestão, li<strong>de</strong>rança e asperspectivas para 2010.Educação globalComo parte da globalização dos negócios <strong>Vale</strong>, as ações <strong>de</strong>educação <strong>Vale</strong>r estão sendo, ano a ano, expandidas para asoperações no exterior. Além <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cada área e negócio, os programas também contemplam<strong>de</strong>mandas referentes à diversida<strong>de</strong> social e cultural das<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s em que atuamos. Dessa forma, os programasimplementados globalmente são customizados <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> o contexto local. Um exemplo disso é o Programa<strong>de</strong> Formação Profissional, implantado em <strong>2009</strong> em Omã,no Oriente Médio, para formar 120 técnicos operacionaisque atuarão em nossa planta <strong>de</strong> pelotização no país. Aformação visa contribuir para o alcance do <strong>com</strong>promissofirmado pela <strong>Vale</strong> <strong>de</strong> preencher 80% das vagas geradaspelo novo negócio <strong>com</strong> mão <strong>de</strong> obra local. O curso, <strong>com</strong>duração <strong>de</strong> 18 meses, <strong>com</strong>posto por três fases (teórica,prática e on the job), foi implementado em parceria <strong>com</strong>o Instituto Russayl, escola <strong>de</strong> referência da região, queinaugurou novo centro <strong>de</strong> treinamento na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Sohar para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda da <strong>Vale</strong>.Para implantar a fase <strong>de</strong> treinamento on the job em2010, a <strong>Vale</strong> receberá em suas operações no Brasilparticipantes do programa, para que estejamplenamente capacitados para o início da operaçãoem Omã. Aten<strong>de</strong>ndo ao anseio da <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> pelainclusão feminina no mercado <strong>de</strong> trabalho, a formaçãotem entre seus participantes 13 jovens mulheres,que serão preparadas para atuar num setor on<strong>de</strong> hápredominância <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra masculina.Essa iniciativa da <strong>Vale</strong> apoia a política do Governo <strong>de</strong>Omã <strong>de</strong> valorizar a inserção da mulher no mercado<strong>de</strong> trabalho. Essa é uma das ações da Agenda <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> do governo, que possui quatro eixosestratégicos: Omanização (contratação da mão <strong>de</strong> obralocal), Desenvolvimento da Ca<strong>de</strong>ia Local e Fornecedores,Responsabilida<strong>de</strong> Ambiental e Respeito à Cultura Local.Promovemos também um encontro entre a DiretoriaExecutiva e as nossas empregadas omanis para discutiros <strong>de</strong>safios e as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhorias internas.Apesar do estímulo governamental para a inserçãoda mulher no mercado profissional, essas ações aindarepresentam uma quebra <strong>de</strong> paradigma da cultura local.42Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteEducação para a vidaA missão <strong>Vale</strong> <strong>de</strong> transformar recursosminerais em <strong>de</strong>senvolvimento sustentávelexige que os nossos empregados tenham<strong>com</strong>petências transversais que vão muitoalém do conhecimento técnico. Por isso, pormeio da <strong>Vale</strong>r, oferecemos uma formaçãoampla, para o trabalho e para a vida,<strong>com</strong>plementada por ações educativas <strong>de</strong>cidadania corporativa e <strong>de</strong> cultura e arte,que incluem capacitações em temas <strong>com</strong>osustentabilida<strong>de</strong>, meio ambiente, melhoriacontínua, multiculturalida<strong>de</strong> e ética etransparência.Um dos carros-chefe <strong>de</strong>sse eixo educacionalé o Programa <strong>de</strong> Formação Educacional, queoferta os ensinos fundamental e médio aempregados e terceiros da <strong>Vale</strong>, no intuito<strong>de</strong> reduzir a zero a taxa <strong>de</strong> analfabetismona empresa. Em <strong>2009</strong>, 205 empregadosparticiparam da ação, nos estados <strong>de</strong> MinasGerais e Espírito Santo, Brasil. Também<strong>de</strong>mos continuida<strong>de</strong> ao Programa Atitu<strong>de</strong>Ambiental, que promove diálogos sobresustentabilida<strong>de</strong>, reunindo empregados,terceiros e as populações das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>sem que estamos presentes. Em paralelo aosencontros do programa, em <strong>2009</strong> o currículoda ação foi reformulado <strong>com</strong> base no atualposicionamento da empresa e em nossaPolítica <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável.Educação externaA necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoal qualificado é um<strong>de</strong>safio para as empresas <strong>de</strong> mineração, porisso, a <strong>Vale</strong> investe <strong>de</strong> maneira consistentena capacitação <strong>de</strong> profissionais para atuarno setor. Esse é o principal objetivo dosegmento <strong>de</strong> educação externa da <strong>Vale</strong>r,<strong>com</strong>posto por sete programas <strong>de</strong> atraçãoe <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> profissionais domercado, conforme <strong>de</strong>stacado no quadro<strong>de</strong>sta página.Em <strong>2009</strong>, a <strong>de</strong>speito da conjuntura econômicaglobal, tivemos <strong>com</strong>o <strong>de</strong>staque 100% <strong>de</strong>efetivação dos participantes do Programa <strong>de</strong>Especialização Profissional, que ofertou pósgraduaçãoem Engenheira Ferroviária a 60profissionais do mercado em São Luís e BeloHorizonte, em parceria <strong>com</strong> a Universida<strong>de</strong>Dom Bosco (UNDB) e a Pontifícia Universida<strong>de</strong>Católica (PUC Minas), respectivamente.Programa Objetivo AbrangênciaPrograma <strong>de</strong> FormaçãoProfissionalPrograma <strong>de</strong> EstágioPrograma <strong>de</strong>Especialização ProfissionalPrograma <strong>de</strong> Inclusão <strong>de</strong>Pessoas <strong>com</strong> DeficiênciaGraduate ProgramGlobal TraineeSummer JobJá no Programa <strong>de</strong> Formação Profissionalmais <strong>de</strong> 1.800 jovens estiveram em sala <strong>de</strong>aula para apren<strong>de</strong>r uma profissão. Apenasno fim do ano, <strong>com</strong> o reaquecimentoeconômico, mais <strong>de</strong> mil vagas foramabertas em vários estados do Brasil. EmMinas Gerais, foi <strong>de</strong>staque a reconvocaçãodos 500 finalistas do processo seletivo2008, interrompido no auge da criseeconômica global. Em <strong>2009</strong>, o programatambém foi ofertado em Moçambique,na África, formando 25 aprendizes nocurso <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong> Mina. Com focointernacional, o Graduate Program ofereceuformação avançada em mineração a 20jovens da Austrália, <strong>de</strong> Moçambique, doCanadá e do Brasil.O Programa <strong>de</strong> Estágio novamente seconfirmou <strong>com</strong>o a principal porta <strong>de</strong> jovenstalentos na <strong>Vale</strong>, oferecendo 1.068 vagasao longo do ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, 900 apenas noprocesso seletivo do segundo semestre,que alcançou número <strong>de</strong> inscrições recor<strong>de</strong>:mais <strong>de</strong> 93 mil jovens se candidataram auma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ingressar na empresa.Formar jovens para o primeiroemprego em ativida<strong>de</strong>s operacionaise administrativas da <strong>Vale</strong>.Desenvolver estudantes <strong>de</strong> ensinotécnico e superior por meio <strong>de</strong>experiência prática na <strong>Vale</strong>.Formar especialistas em cursos<strong>de</strong> pós-graduação em Mineração,Ferrovia e Portos.Recrutar e capacitar pessoas <strong>com</strong><strong>de</strong>ficiência para as áreas corporativase operacionais da empresa.Formar jovens para posições técnicasda <strong>Vale</strong>, por meio <strong>de</strong> formaçãoavançada em mineração.Desenvolver recém-graduados paraposições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na <strong>Vale</strong>.Oferece a alunos <strong>de</strong> MBA das maisrenomadas universida<strong>de</strong>s do mundoformação sobre os negócios <strong>Vale</strong> einteração <strong>com</strong> nossos executivos.Cenários futurosParticipaçõesem <strong>2009</strong>Brasil 1.857Brasil 1.068Brasil 60Brasil 282Internacional 20Internacional ----Internacional ----Total 3.287Como maximizar o uso dos minérios? Comoutilizar outros recursos naturais, <strong>com</strong>o, porexemplo, a água, <strong>de</strong> forma cada vez maissustentável? Já vislumbrando cenáriosfuturos, ampliamos o escopo <strong>de</strong> atuaçãodo Departamento do Instituto Tecnológico<strong>Vale</strong>, criado para estimular e fortalecer osrelacionamentos da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> instituiçõesacadêmicas, governo e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ciência,tecnologia e inovação (CT&I). Em <strong>2009</strong>,passamos a trabalhar <strong>com</strong> três eixos: gestão<strong>de</strong> tecnologia e proprieda<strong>de</strong> intelectual,coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> cooperação e fomento e oInstituto Tecnológico <strong>Vale</strong> (ITV).A Gestão <strong>de</strong> Tecnologia e Proprieda<strong>de</strong>Intelectual é a área responsável pelaobservação das tendências tecnológicas. Apartir das inovações que chegam ao mercado,monitoramos as melhores práticas e buscamos,por meio da inteligência <strong>com</strong>petitiva,<strong>de</strong>senvolver pesquisas. Para 2010, está previstauma nova ação, que avaliará o portfólio <strong>de</strong>pesquisa <strong>de</strong> interesse da <strong>Vale</strong>, consi<strong>de</strong>rando<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gestão da escolha dos temas até osresultados obtidos <strong>com</strong> os estudos apoiados.43


Operador SustentávelPor meio <strong>de</strong> parceriasduradouras, queremoscontribuir para o<strong>de</strong>senvolvimentocientífico do paísA Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Cooperação e Fomentofaz a interface da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong><strong>de</strong> ciência e tecnologia. Mais do quebuscar no meio acadêmico uma prestação<strong>de</strong> serviço pontual, queremos instituirparcerias duradouras que contribuam parao <strong>de</strong>senvolvimento científico do país. Em2008, o convênio assinado entre a <strong>Vale</strong>, aFundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa do Estadodo Pará (Fapespa) e a Secretaria <strong>de</strong> Estado<strong>de</strong> Desenvolvimento, Ciência e Tecnologiado Pará (Se<strong>de</strong>ct) apoiou o edital queofereceu 22 bolsas <strong>de</strong> doutorado e 63 <strong>de</strong>mestrado em macroáreas <strong>de</strong> interesse da<strong>Vale</strong>. Com essa iniciativa, permitiu-se quetodos os proponentes conseguissem bolsas<strong>de</strong> estudos. Outra ação inédita no país foia parceria da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> três reconhecidasagências <strong>de</strong> fomento à pesquisa do Brasil(saiba mais informações na página 45).No final <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, realizamos outra importanteparceria, <strong>com</strong> o Conselho Nacional <strong>de</strong>Desenvolvimento Científico (CNPq). Lançamosum edital voltado a selecionar e apoiarpropostas <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>ntro das linhas<strong>de</strong>finidas pelo estudo intitulado ProjetoSetor Mineral – Tendências Tecnológicas Brasil2015. O documento elaborou uma agenda<strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s para investimento no setormineral. A iniciativa ofereceu um total <strong>de</strong>US$ 3,9 milhões, dos quais US$ 2,7 milhõesforam aportados pela <strong>Vale</strong>, e o restante,financiado pelo Fundo Setorial Mineral(CT-Mineral). Foram apresentadas113 propostas, <strong>de</strong> diferentes áreas <strong>de</strong>conhecimento. Os projetos escolhidos serãoanunciados no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010.Maquete do ITV Pará (Belém) que priorizará aspesquisas em <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.44Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteInstituto Tecnológico <strong>Vale</strong>CASEBrasilPara fomentar a produção <strong>de</strong> pesquisascientíficas e o <strong>de</strong>senvolvimento econômico<strong>de</strong> base tecnológica no país, além <strong>de</strong> gerare difundir novos conhecimentos para oprogresso socioeconômico, ambiental epara a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> mineração sustentável,iniciou-se em <strong>2009</strong> o planejamento doInstituto Tecnológico <strong>Vale</strong> (ITV). O objetivoé construir uma unida<strong>de</strong> do ITV em trêsestados brasileiros, cada uma <strong>com</strong> umavocação específica. A <strong>de</strong> Minas Gerais seráerguida em Ouro Preto e será especializadaem mineração. A unida<strong>de</strong> do Pará ficaráem Belém e priorizará as pesquisas em<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. A <strong>de</strong> São Pauloserá voltada para as inovações em energia,tendo <strong>com</strong>o um dos principais parceiroso centro tecnológico da <strong>Vale</strong> Soluções emEnergia (VSE), em São José dos Campos.O ITV será constituído <strong>com</strong>o uma pessoajurídica <strong>de</strong> direito privado, sem fins lucrativose <strong>com</strong> duração <strong>de</strong> tempo in<strong>de</strong>terminado. Asunida<strong>de</strong>s terão o mesmo mo<strong>de</strong>lo corporativoem sua gestão, <strong>com</strong> normas semelhantes<strong>de</strong> funcionamento, mas ao mesmo tempopossuirão autonomia. A criação jurídica<strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ve ser concluída até oprimeiro semestre <strong>de</strong> 2010. A i<strong>de</strong>ia é reuniruma equipe multidisciplinar <strong>de</strong> pesquisadores,que possam trocar experiências entre si evislumbrar questões problemáticas que aindanão foram levantadas.Incentivo à pesquisaUma parceria inédita uniu a <strong>Vale</strong>, por meio do Instituto Tecnológico <strong>Vale</strong>(ITV), e três reconhecidas agências <strong>de</strong> fomento à pesquisa do Brasil <strong>com</strong>o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e apoiar projetos <strong>de</strong> pesquisa científica etecnológica. Serão investidos cerca <strong>de</strong> US$ 68,9 milhões no programa,que reúne as Fundações <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa dos Estados <strong>de</strong> MinasGerais (Fapemig), Pará (Fapespa) e São Paulo (Fapesp).As pesquisas <strong>de</strong>vem contribuir para o avanço do conhecimento científicoe da tecnologia nas áreas <strong>de</strong> mineração, processos ferrosos para si<strong>de</strong>rurgia,energia, ecoeficiência e biodiversida<strong>de</strong> e, simultaneamente, colaborarpara a aplicação do conhecimento gerado na promoção do <strong>de</strong>senvolvimentoda tecnologia nacional. Cerca <strong>de</strong> US$ 41,4 milhões serão investidospela <strong>Vale</strong>, e o valor restante, dividido entre os <strong>de</strong>mais parceiros.O convênio prevê o financiamento a itens <strong>de</strong> custeio, <strong>de</strong> capital e todasas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bolsas pagas pelas fundações envolvidas – iniciaçãocientífica, mestrado, doutorado, pós-doutorado. Terá mais chances <strong>de</strong> sercontemplado o projeto que proponha o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisasem re<strong>de</strong>s interestaduais, ou seja, uma universida<strong>de</strong> do Pará em parceria<strong>com</strong> uma <strong>de</strong> Minas Gerais ou <strong>de</strong> São Paulo e vice-versa. Com essa articulaçãoentre empresa privada, meio acadêmico e governo, a <strong>Vale</strong> abre portaspara que outras empresas estabeleçam parcerias. Além disso, a iniciativafomenta a formação <strong>de</strong> recursos humanos mais especializados e estimulaa produção científica das instituições acadêmicas.Entre as linhas propostas para pesquisa estão temas <strong>com</strong>o métodos indiretos<strong>de</strong> prospecção mineral, melhoria no sistema <strong>de</strong> monitoramento<strong>de</strong> barragens, reutilização <strong>de</strong> resíduos, novos processos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>bio<strong>com</strong>bustíveis, melhorias <strong>de</strong> eficiência na geração hidrelétrica, conservação<strong>de</strong> ecossistemas e <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> novos produtos.45


Operador SustentávelSaú<strong>de</strong> e SegurançaImportantes conquistas,novos <strong>de</strong>safiosUm importante passo nesse sentido foi apublicação da Política Global <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> eSegurança e também da Norma Global <strong>de</strong>Responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurançae Meio Ambiente. As diretrizes foramelaboradas consi<strong>de</strong>rando a legislação e acultura dos diversos países on<strong>de</strong> operamos.A saú<strong>de</strong> e a segurançaestão cada vez maisglobais na <strong>Vale</strong>. Nosso<strong>com</strong>promisso <strong>com</strong>o respeito à vida sereflete nos esforços <strong>de</strong>internacionalizar as açõesA estratégia adotada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>de</strong> investirem gestão, educação, infraestrutura einovação tecnológica vem apresentandoresultados positivos. O principal <strong>de</strong>les é aconstatação da transformação da cultura <strong>de</strong>nossa empresa em saú<strong>de</strong> e segurança.O resultado do Prêmio (i)nova <strong>Vale</strong>! <strong>2009</strong> éuma mostra <strong>de</strong> quanto o tema está presentena empresa. Das 7.162 i<strong>de</strong>ias apresentadaspara melhoria <strong>de</strong> processos, 2.250 referiamseà segurança (leia mais na página 47). Em<strong>2009</strong>, investimos mais <strong>de</strong> US$ 110 milhõesem projetos <strong>de</strong> capital para estabelecermelhorias em saú<strong>de</strong> e segurança. Sabemosque, apesar dos avanços, esse é um processoque exige um trabalho contínuo <strong>de</strong>aperfeiçoamento.Além <strong>de</strong> nossos investimentos e daintrodução do Programa (i)nova, lançamosum piloto do Sistema <strong>de</strong> Gerenciamento<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança em cinco áreas noBrasil: Itabira, Logística Norte, Serra Sul,Taquari Vassouras e Carajás. O sistemaintegra o Programa <strong>de</strong> Excelência, iniciadoem <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006, base da nossaestratégia <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança. A <strong>Vale</strong> usouo aprendizado da experiência piloto pararevisar o sistema <strong>de</strong> gestão, as instruçõesnormativas, os requisitos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>scríticas (RACs) e a sua matriz <strong>de</strong> treinamentos<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança. Em 2010, nossoobjetivo é iniciar a implantação do Sistema<strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurançanas <strong>de</strong>mais unida<strong>de</strong>s brasileiras.A cultura da saú<strong>de</strong> e segurança está cada vezmais presente no dia a dia <strong>de</strong> nossas ativida<strong>de</strong>s.46Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteNovo RAC para serviços <strong>de</strong>eletricida<strong>de</strong>Conseguimos, em <strong>2009</strong>, superar a meta <strong>de</strong>ter 70% dos requisitos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s críticas(RACs) implantados nas operações brasileiras,alcançando o percentual <strong>de</strong> 72,4%. OsRACs são ferramentas fundamentais paraa redução <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. Esses requisitosincluem adoção <strong>de</strong> normas, treinamentose investimentos em infraestrutura, visandogarantir a segurança na execução das <strong>de</strong>zativida<strong>de</strong>s operacionais que, historicamente,representam 91,7% das fatalida<strong>de</strong>s 1 .A <strong>Vale</strong> revisou todos os seus requisitos, afim <strong>de</strong> aprimorá-los e a<strong>de</strong>quá-los às nossasoperações internacionais, além do Brasil.Também foi criado um requisito específicopara os serviços <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>. Em 2010,nosso objetivo é implantar os requisitos<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s críticas (RACs) em todas asunida<strong>de</strong>s internacionais.Unindo forçasOutra iniciativa que veio reforçar apreocupação da <strong>Vale</strong> <strong>de</strong> agir <strong>de</strong> formapreventiva foi a junção dos nossos<strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e SegurançaOcupacional e <strong>de</strong> Segurança Empresarial.Isso permitiu a ampliação <strong>de</strong> nossa rotina <strong>de</strong>inspeções nas nossas unida<strong>de</strong>s operacionaise nos projetos nacionais e internacionais,assim <strong>com</strong>o no <strong>com</strong>partilhamento dasmelhores práticas. Os resultados dasinspeções são consolidados e distribuídosaos setores inspecionados para solução. Casoseja constatada alguma situação <strong>de</strong> riscograve e iminente, a ativida<strong>de</strong> é interrompidaimediatamente.CASEIncentivo à inovaçãoPara estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias criativas e <strong>de</strong> fácil implementaçãoque contribuíssem para a melhoria dos processos, o Departamento <strong>de</strong>Inovação e Desenvolvimento da <strong>Vale</strong> lançou, em <strong>2009</strong>, o Prêmio (i)nova <strong>Vale</strong>!.Em 30 dias foram apresentadas mais <strong>de</strong> sete mil propostas, nas áreas <strong>de</strong>segurança, economia <strong>de</strong> energia, reciclagem e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos.Foram escolhidas sete i<strong>de</strong>ias vencedoras: a melhor em cada uma das quatrocategorias apresentadas acima, a mais criativa, a <strong>com</strong> maior potencial <strong>de</strong>melhoria nos resultados e a que apresentou melhor possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> replicação.Os vencedores ganharam cursos <strong>de</strong> extensão, pós-graduação, aperfeiçoamentoe certificação, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a formação do empregado, <strong>com</strong> oapoio da <strong>Vale</strong>r. Além disso, todas as propostas inscritas passaram a integraro banco <strong>de</strong> inteligência <strong>de</strong> inovação da <strong>Vale</strong> e po<strong>de</strong>rão ser implementadasposteriormente. A iniciativa contribuiu para a disseminação <strong>de</strong> uma cultura<strong>de</strong> inovação na empresa. Os objetivos, futuramente, são expandir a premiaçãoe aumentar o envolvimento <strong>de</strong> fornecedores, institutos <strong>de</strong> pesquisas euniversida<strong>de</strong>s, entre outros parceiros.A i<strong>de</strong>ia premiada na categoria Saú<strong>de</strong> e Segurança foi a criação <strong>de</strong> um dispositivoque elimina o manuseio direto <strong>de</strong> uma peça existente no <strong>com</strong>pressor <strong>de</strong>rolos. Com esse artefato simples e <strong>de</strong> fácil implantação, as mãos do operadorficam afastadas do ponto crítico, evitando assim o risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes. Outrosbenefícios da instalação <strong>de</strong>sse dispositivo são o aumento da produtivida<strong>de</strong> ea redução do esforço físico para a realização da ativida<strong>de</strong>.Entre as i<strong>de</strong>ias mais votadas na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança está a utilização <strong>de</strong>empilha<strong>de</strong>ira elétrica tracionada na execução dos trabalhos <strong>de</strong> movimentação<strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> minério. O uso da empilha<strong>de</strong>ira contribui para o aumento <strong>de</strong>produtivida<strong>de</strong> ao reduzir <strong>de</strong> seis para um o número <strong>de</strong> empregados que realizamessa ativida<strong>de</strong>. Além disso, minimiza a exposição ao risco e diminui aprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> lesões <strong>com</strong>o lombalgia, distúrbios osteomuscularesrelacionados ao trabalho (Dort) e prensamento <strong>de</strong> membros. Outraproposta bastante votada na categoria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança foi a exposição<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança informativos nos ônibus <strong>de</strong> transporte dosempregados. Os objetivos são aumentar a percepção <strong>de</strong> riscos, mostrar temasatuais e englobar aspectos <strong>de</strong> segurança fora do ambiente do trabalho.BrasilEm <strong>2009</strong>, também foram criados os alertas<strong>de</strong> segurança corporativos. São mensagensenviadas para as operações e os projetosda <strong>Vale</strong> no mundo, chamando a atençãopara alguma ativida<strong>de</strong> crítica, seus riscos,consequências e <strong>com</strong>o evitá-las. Alémdisso, instituímos uma agenda <strong>de</strong> reuniões1 São consi<strong>de</strong>radas ativida<strong>de</strong>s críticas as que envolvem: trabalhoem altura, eletricida<strong>de</strong>, veículos automotores, equipamentosmóveis, bloqueio e sinalização, movimentação <strong>de</strong> carga,espaço confinado, proteção <strong>de</strong> máquinas, estabilização <strong>de</strong>talu<strong>de</strong>s, explosivos e <strong>de</strong>tonação e produtos químicos.47


Operador Sustentávelglobais <strong>com</strong> todas as gerências <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> eSegurança. Os encontros via call acontecemsemanalmente, <strong>com</strong> os países <strong>de</strong> línguaportuguesa e espanhola, quinzenalmente,<strong>com</strong> o Canadá, e mensalmente, <strong>com</strong> aAustrália. A i<strong>de</strong>ia é <strong>com</strong>partilhar boaspráticas e alinhar os procedimentos <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e segurança em toda a empresa.Desafios e parceriasEstimulamos os nossos empregados a adotar umaatitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenção nos locais on<strong>de</strong> atuamos.Apesar dos nossos esforços nogerenciamento dos riscos e <strong>de</strong> uma forteredução nas nossas taxas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes,tivemos em <strong>2009</strong> a ocorrência <strong>de</strong> noveaci<strong>de</strong>ntes fatais nas operações e nosprojetos envolvendo empregados econtratados da <strong>Vale</strong> e <strong>de</strong> três fatalida<strong>de</strong>s<strong>com</strong> prestadores <strong>de</strong> serviço do setor <strong>de</strong>transporte nas estradas.A perda <strong>de</strong>ssas vidas, que nos causa tantopesar, reforça o nosso <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> buscarferramentas que sejam mais eficazes naprevenção dos aci<strong>de</strong>ntes. Paralelamentea isso, procuramos influenciar nossaca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, incentivando a adoção<strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> segurança, campanhas <strong>de</strong>conscientização, inspeções e auditorias.Cores, aliadas da segurançaEm <strong>2009</strong>, para facilitar a i<strong>de</strong>ntificaçãodos novos empregados, a nossaoperação em Thompson, no Canadá,adotou um sistema <strong>de</strong> código paracapacetes baseado nas cores. Todos osempregados <strong>com</strong> menos <strong>de</strong> um ano queatuam nas minas utilizam capacetesalaranjados. Isso permite a fácili<strong>de</strong>ntificação dos trabalhadores menosexperientes, além <strong>de</strong> possibilitar queeles se beneficiem dos conhecimentosdos mais antigos em relação àsmelhores práticas <strong>de</strong> segurança. Amedida se aplica aos empregados quetrabalham no subterrâneo, incluindoas áreas <strong>de</strong> manutenção, engenharia egeologia. Depois <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> serviço,o empregado passa a usar o capaceteamarelo <strong>com</strong>um. Com essa iniciativa,esperamos reforçar uma cultura <strong>de</strong>segurança nos empregados que estãoiniciando sua carreira e incentivá-losa <strong>com</strong>partilhar o conhecimento e aexperiência, à medida que se tornemmais experientes.Taxa <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes<strong>com</strong> afastamento(Nº <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>com</strong>afastamento/HHT x 1 MM)1,920071,520081,0<strong>2009</strong>Os dados do gráfico consi<strong>de</strong>ram empregadospróprios e terceiros.Taxa <strong>de</strong> lesões(Nº <strong>de</strong> lesões/HHT x 1 MM)11,620078,020085,7<strong>2009</strong>Os dados do gráfico englobam empregados própriose terceiros e não incluem atendimento <strong>de</strong> primeirossocorros. Dados da <strong>Vale</strong> Inco incorporados a partir <strong>de</strong>2007, período para o qual não foram consi<strong>de</strong>radosterceiros. Se utilizado o mesmo critério <strong>de</strong> 2008 e <strong>2009</strong>,o valor <strong>de</strong> 2007 seria 10,7.- HHT = homens-horas trabalhadas- 1 MM = 1 milhão- Inclui lesões <strong>com</strong> e sem afastamento. O cálculo dastaxas não inclui doenças ocupacionais.Para <strong>Vale</strong> Brasil, as taxas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança sãocalculadas <strong>com</strong> base na HHT mensal estimada pelonúmero <strong>de</strong> efetivos. Incluem dados das empresas <strong>de</strong>pesquisa mineral, inclusive as internacionais. Para <strong>Vale</strong>Inco, <strong>Vale</strong> Australia e Projeto Moatize, utiliza-se HHT real.48Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteDiálogo <strong>com</strong> os lí<strong>de</strong>resO Diálogo Comportamental vem ganhandocada vez mais a<strong>de</strong>são das unida<strong>de</strong>soperacionais e dos projetos da <strong>Vale</strong>. Criadoem 2007, tem <strong>com</strong>o objetivo promover atroca <strong>de</strong> experiências e a reflexão conjuntadas situações enfrentadas no dia a dia,em prol da saú<strong>de</strong> e segurança. Em <strong>2009</strong>,realizamos treinamento específico paraos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> projetos mostrando <strong>com</strong>o odiálogo <strong>com</strong>portamental po<strong>de</strong> ser utilizadopara falar <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança nas obras.O resultado apontado por eles é que, <strong>de</strong>fato, essa é uma maneira simples e eficaz <strong>de</strong>promover a conscientização das pessoas.Mais incentivo parasaú<strong>de</strong> e segurançaEm <strong>2009</strong>, o percentual da remuneraçãovariável vinculado à meta <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoem saú<strong>de</strong> e segurança do trabalho passou<strong>de</strong> 6% para 10%. Para 2010, o item saú<strong>de</strong> esegurança continuará representando 10%da remuneração variável, exceto para osprojetos consi<strong>de</strong>rados estratégicos, paraos quais aumentamos esse percentualpara 25% da remuneração variáveltotal. A ampliação do percentual é umreconhecimento dos esforços da li<strong>de</strong>rança e<strong>de</strong> todos os empregados em direção a umaatitu<strong>de</strong> preventiva e <strong>de</strong> respeito à vida.Atendimento a situações<strong>de</strong> emergênciaImplementamos, em <strong>2009</strong>, a Instrução paraAnálise e Gerenciamento <strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,Segurança e Meio Ambiente (INS-0037),<strong>com</strong> base no Sistema <strong>de</strong> Gerenciamento<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança. Com isso, iniciamosa revisão dos planos <strong>de</strong> emergência eauxílio mútuo das unida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>finindomelhor os cenários <strong>de</strong> emergência e,consequentemente, a alocação <strong>de</strong> recursose o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> procedimentosespecíficos para cada localida<strong>de</strong>. Além disso,a instrução permitiu a padronização dasanálises <strong>de</strong> risco. O objetivo é que todas asunida<strong>de</strong>s operacionais e projetos da <strong>Vale</strong>visualizem e tratem o risco da mesma forma.Em <strong>2009</strong>, realizamos também a análisepreliminar <strong>de</strong> riscos, conduzida pelas áreas<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança e Meio Ambiente,nas seguintes unida<strong>de</strong>s operacionais noBrasil: Itabira, Taquari, Logística Norte (SãoLuís), Estrada <strong>de</strong> Ferro Carajás (EFC), Mina<strong>de</strong> Bauxita Paragominas, Departamento <strong>de</strong>Pesquisa Mineral (Sondagem), Estrada <strong>de</strong>Ferro Vitória a Minas (EFVM) e Projeto S11D(expansão <strong>de</strong> Carajás).Por meio da parceria <strong>com</strong> as empresas DetNorske Veritas (DNV), Bureau Veritas (BV) eABS Consulting, realizamos treinamentos paracapacitar os empregados na análise <strong>de</strong> riscos.Para 2010, daremos continuida<strong>de</strong> ao processo<strong>de</strong> implantação da INS-0037 nas <strong>de</strong>maisunida<strong>de</strong>s operacionais e projetos, a fim <strong>de</strong>tornar essa ação global.Adotamos em nossas unida<strong>de</strong>s uma série<strong>de</strong> procedimentos para propiciar respostasrápidas e eficientes em situações <strong>de</strong>emergência, incluindo: Planos <strong>de</strong> Emergência;Planos <strong>de</strong> Ação Emergencial (PAE); Planos<strong>de</strong> Auxílio Mútuo (PAM), no caso <strong>de</strong> aPrincipais açõesPúblicoEmpregadosFamiliaresComunida<strong>de</strong>sEducação/treinamentoCampanhas <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> gripeH1N1; oficinas sobreálcool e tabagismo;campanhas <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> câncere diabetes; grupo <strong>de</strong>apoio a diabéticos,hipertensos epessoas <strong>com</strong> riscoscardiovascularesCampanhas <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> gripeH1N1; oficinas sobreálcool e tabagismo;campanhas <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> câncere diabetes; grupo <strong>de</strong>apoio a diabéticos,hipertensos epessoas <strong>com</strong> riscoscardiovascularesCampanhas <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> gripeH1N1; campanha<strong>de</strong> prevenção àsdoenças sexualmentetransmissíveis –DST/AidsAconselhamentoPAE (Programa<strong>de</strong> Assistência aoEmpregado), <strong>com</strong>orientação sobrediversos assuntos,<strong>com</strong>o problemasemocionais,financeiros, dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong> relacionamento,alcoolismo,<strong>de</strong>pendência químicae estressePAE (Programa<strong>de</strong> Assistência aoEmpregado), <strong>com</strong>orientação sobrediversos assuntos,<strong>com</strong>o problemasemocionais,financeiros, dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong> relacionamento,alcoolismo,<strong>de</strong>pendência químicae estresse-emergência envolver empresas vizinhas;Regulamento <strong>de</strong> Atendimento a OcorrênciaFerroviária (Raof ); e nosso Manual <strong>de</strong> Gestão<strong>de</strong> Crise e Diretrizes Básicas <strong>de</strong> Risco (DBR). Afim <strong>de</strong> garantir o atendimento a<strong>de</strong>quadoàs situações <strong>de</strong> emergência, realizamos,regularmente, treinamento das equipesresponsáveis, na maioria dos casos, <strong>com</strong>exercícios <strong>de</strong> simulação.Prevenção e controle<strong>de</strong> riscos à saú<strong>de</strong>Mantemos um sistema <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação emensuração dos riscos a saú<strong>de</strong>, segurança emeio ambiente em todas as nossas unida<strong>de</strong>se estabelecemos parcerias <strong>com</strong> esse mesmoobjetivo. Procuramos, <strong>de</strong>ssa forma, protegera saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossos empregados e favorecera criação <strong>de</strong> programas que atendam ascircunstâncias locais, mas que possam serreplicados na empresa. As diretrizes principaissão promover a saú<strong>de</strong> e estimular a atitu<strong>de</strong>preventiva por parte <strong>de</strong> empregados,familiares e pessoas das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s nasquais atuamos.Prevenção/controle <strong>de</strong> riscoCampanha <strong>de</strong>prevenção àsdoenças sexualmentetransmissíveis – DST/Aids; campanhas <strong>de</strong>prevenção <strong>de</strong> câncere diabetes; vacinaçãocontra influenza;inspeções <strong>de</strong> prevençãoe tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>nguee febre amarelaVacinação contrainfluenza; inspeções <strong>de</strong>prevenção e tratamento<strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue e febreamarelaPrograma <strong>de</strong> educaçãoafetivo-sexual(<strong>Vale</strong> Juventu<strong>de</strong> –<strong>de</strong>senvolvido pelaFundação <strong>Vale</strong>), <strong>com</strong>orientação sobrevida sexual e ações<strong>de</strong> prevenção adoenças sexualmentetransmissíveisTratamentomédicoPlano <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> epostos <strong>de</strong>atendimentoPlano <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>-49


Operador SustentávelNossas ações <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e segurança sãoorientadas pela nossaPolítica GlobalA diversida<strong>de</strong> das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>dos locais on<strong>de</strong> operamos faz <strong>com</strong> quebusquemos ações diferenciadas, querespondam a essas peculiarida<strong>de</strong>s. Porisso, possuímos diferentes programas <strong>de</strong>treinamento, aconselhamento, prevençãoe controle <strong>de</strong> risco e tratamento médicopara nossos empregados e seus familiares.Continuamos empreen<strong>de</strong>ndo esforços paraampliar a inserção das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s nosnossos programas. A seguir, listamos açõesrealizadas em algumas <strong>de</strong> nossas unida<strong>de</strong>s.Em <strong>2009</strong>, foi criado um programa <strong>de</strong>prevenção da pan<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> gripe H1N1,que incluiu a divulgação <strong>de</strong> informaçõessobre o assunto (por meio <strong>de</strong> campanhaseducativas e criação <strong>de</strong> página específicana intranet) e o a<strong>com</strong>panhamento emonitoramento <strong>de</strong> casos suspeitosabrangendo empregados, contratados eseus familiares. Outra ação foi a suspensãotemporária <strong>de</strong> projetos que estavamprevistos para serem realizados nos países<strong>de</strong> alta incidência do H1N1 – sendo que asativida<strong>de</strong>s já foram retomadas.Firmamos também parceria <strong>com</strong> o ServiçoSocial da Indústria (Sesi) para apoio aoPrograma <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Trabalhador nasoperações <strong>Vale</strong> do Brasil. Esse programaabrange não só os empregados, <strong>com</strong>o oscontratados.A <strong>Vale</strong> está trabalhando no aprimoramentodos processos e programas <strong>de</strong> prevençãodas doenças ocupacionais parapossibilitar uma melhor i<strong>de</strong>ntificação emonitoramento da ocorrência <strong>de</strong> novoscasos <strong>de</strong> doenças ocupacionais. Para2010, nosso planejamento contemplao aprofundamento da discussão <strong>de</strong>ssetema <strong>com</strong> o Grupo <strong>de</strong> Trabalho do ICMM,consi<strong>de</strong>rando os indicadores <strong>de</strong> doenças ea uniformização <strong>de</strong> conceitos e <strong>de</strong> reporte.Acordos <strong>com</strong> sindicatosO tema saú<strong>de</strong> e segurança está presente nodiálogo entre a <strong>Vale</strong> e os seus empregados,inclusive nas negociações coletivas.Nas nossas operações <strong>Vale</strong> (Brasil einternacionais), os aspectos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>e segurança são pautados na nossaPolítica Global. Além disso, respeitamos asregulamentações e as legislações locais e as<strong>de</strong>mandas específicas dos representantes dosempregados, que <strong>de</strong>finem os mecanismos eos requisitos para a prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntese doenças ocupacionais, <strong>com</strong>o manutenção<strong>de</strong> <strong>com</strong>itês conjuntos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança,fornecimento <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteçãoindividual e treinamentos em instrumentos<strong>com</strong>o o direito <strong>de</strong> recusa ao trabalho inseguro.Participação em <strong>com</strong>itês<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurançaEm <strong>2009</strong>, mais <strong>de</strong> 99% dos empregados da<strong>Vale</strong> eram representados em <strong>com</strong>itês <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e segurança (no Brasil, <strong>de</strong>nominadosComissões Internas <strong>de</strong> Prevenção <strong>de</strong>Aci<strong>de</strong>ntes – Cipa). O objetivo dos <strong>com</strong>itês écontribuir para a prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes edoenças <strong>de</strong>correntes do trabalho.Representação em <strong>com</strong>itêsformais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurançaPercentual <strong>de</strong> empregados própriosrepresentados em <strong>com</strong>itês <strong>de</strong> S&S por ano99,798,999,32007 2008 <strong>2009</strong>Em algumas unida<strong>de</strong>s, o número <strong>de</strong> representados nãoatingiu 100% por causa <strong>de</strong> fatores <strong>com</strong>o: número <strong>de</strong>funcionários da unida<strong>de</strong> menor que a exigência legalpara constituição <strong>de</strong> <strong>com</strong>issão, novos projetos queainda não constituíram <strong>com</strong>itês <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurançae novas contratações realizadas ao longo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.50Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteSistema <strong>de</strong> informação únicoA <strong>Vale</strong> concluiu em <strong>2009</strong>, por meio da revisão<strong>de</strong> todos os processos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança,a implantação do Sistema <strong>de</strong> Informação<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança (Siss) em todas asoperações no Brasil. Com essa ferramenta, osregistros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança são feitos emum único sistema, facilitando o arquivamentodas informações, o a<strong>com</strong>panhamento<strong>de</strong> ações e a análise dos processos <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e segurança. Em 2010, a meta éimplementar um Sistema <strong>de</strong> Informação<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança em nossas unida<strong>de</strong>sinternacionais.Por meio da parceria <strong>com</strong> a empresa IUSNatura, iniciamos, no Brasil, a implantação <strong>de</strong>sistema para i<strong>de</strong>ntificação, a<strong>com</strong>panhamentoe monitoramento <strong>de</strong> requisitos legais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e segurança nas operações e nosprojetos. Realizamos treinamentos paracapacitar os empregados no que tange aosrequisitos. Com esse processo, conseguimosações mais uniformes, atendimento maisamplo e <strong>com</strong>partilhamos experiências esoluções em nossas operações. Em 2010,finalizaremos o processo <strong>de</strong> implantação nasnossas unida<strong>de</strong>s operacionais e iniciaremosauditoria do sistema.Melhores práticasPara <strong>com</strong>partilhar as melhores práticasem segurança, saú<strong>de</strong>, meio ambiente e<strong>com</strong>unida<strong>de</strong> do setor <strong>de</strong> mineração, o ICMMgerencia um banco <strong>de</strong> dados que reúnemineradoras <strong>de</strong> todo o mundo. Trata-se doSafety, Health, Environment and CommunityBenchmarking (SHECBenchmarking), quepromove essa troca <strong>de</strong> experiências pormeio <strong>de</strong> um portal na internet. A <strong>Vale</strong> integrao grupo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007 e procura ter umaparticipação ativa.Cumprimento das ações previstas para <strong>2009</strong>• Publicação da Política <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança Global (janeiro <strong>de</strong> 2010)• Implantação <strong>de</strong> 70% dos Requisitos para Ativida<strong>de</strong>s Críticas (RACs) nas operações brasileiras• Expansão do Diálogo Comportamental para todas as unida<strong>de</strong>s próprias da <strong>Vale</strong> no Brasil• Implantação do Sistema <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança nas unida<strong>de</strong>s brasileiras• Implantação do Sistema <strong>de</strong> Informação para Requisitos Legais Aplicáveis para Saú<strong>de</strong> eSegurança nas unida<strong>de</strong>s brasileiras• Início da implantação da Instrução para Análise e Gerenciamento <strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,Segurança e Meio Ambiente (INS-0037)• Implantação da Norma <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurança e Meio AmbienteAÇÕES NA CADEIA DE VALOREMESRTDes<strong>de</strong> 2008, a <strong>Vale</strong> participa <strong>de</strong> reuniões doThe Earth Moving Equipment Safety RoundTable (EMESRT, na sigla em inglês), grupocriado em 2006, por gran<strong>de</strong>s mineradorasmundiais, e apoiado pelo ICMM.A proposta do EMESRT é, por meio daparceria entre gran<strong>de</strong>s fornecedores <strong>de</strong>equipamentos e as mineradoras, apoiara adoção <strong>de</strong> medidas que influenciem o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> equipamentos pelosfabricantes e minimizem os riscos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>e segurança dos seus usuários. O grupo éformado não só por profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>e segurança, mas também por pessoas dasáreas <strong>de</strong> manutenção e produção.Incentivamos a fabricação <strong>de</strong>equipamentos que minimizem osriscos dos seus usuários.51


Operador SustentávelMeio AmbienteDesenvolvere conservarCom investimentos contínuos na gestãodos aspectos e riscos ambientais, a<strong>Vale</strong> cumpre o <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong>a conservação do meio ambiente efortalece a atuação em direção ao<strong>de</strong>senvolvimento sustentávelNossa estratégia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>tem <strong>com</strong>o um dos fundamentos o<strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> a conservação domeio ambiente. Nossa atuação buscao equilíbrio entre o <strong>de</strong>senvolvimentosocioeconômico dos territórios e amanutenção da qualida<strong>de</strong> dos recursosnaturais, da biodiversida<strong>de</strong> e davida. Para alcançar esses objetivos,investimos continuamente na gestãodos aspectos e dos riscos ambientais <strong>de</strong>nossas ativida<strong>de</strong>s, produtos e serviçose, também, na recuperação <strong>de</strong> áreas<strong>de</strong>gradadas e em pesquisa <strong>de</strong> novastecnologias que permitam aprimorar ossistemas <strong>de</strong> controle ambiental.A Política <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentávelda <strong>Vale</strong> contém as diretrizes que orientamnossa atuação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão para realizar um investimentoaté os procedimentos <strong>de</strong> encerramento<strong>de</strong> operações. Essa política, aprovadaem <strong>2009</strong>, substituiu a Política Ambiental,dando maior abrangência aos nossos<strong>com</strong>promissos e integrando os objetivos <strong>de</strong>nossa gestão ambiental a outros aspectos dasustentabilida<strong>de</strong>, <strong>com</strong>o saú<strong>de</strong> e segurança e<strong>de</strong>senvolvimento social.Com o objetivo <strong>de</strong> fortalecer princípios<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> em todas asunida<strong>de</strong>s, revisamos, em <strong>2009</strong>, a Norma<strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> em Meio Ambiente,incluindo as atribuições <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> eSegurança, reforçando o papel dos gestorese dos empregados da empresa. Esse novodocumento corporativo estabelece papéise responsabilida<strong>de</strong>s, em todos os níveishierárquicos da empresa, em relação àsustentabilida<strong>de</strong>, <strong>com</strong> ênfase na conformida<strong>de</strong>e na prevenção dos riscos associados às nossasoperações. Com isso, reforçamos a adoção <strong>de</strong>um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão global, consi<strong>de</strong>randouma centralização corporativa <strong>de</strong> diretrizes emonitoramento do <strong>de</strong>sempenho e, ao mesmotempo, uma <strong>de</strong>scentralização das ações <strong>de</strong>melhoria contínua nas áreas operacionais.52Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteBuscamos reduzir o consumo <strong>de</strong> água,minimizar a geração <strong>de</strong> efluentes eaumentar o percentual <strong>de</strong> reúso.Em <strong>2009</strong>, instituímos uma nova dinâmicana realização <strong>de</strong> auditorias ambientais nasunida<strong>de</strong>s brasileiras, estabelecendo duasfases. No primeiro semestre, cada áreaoperacional executa uma auditoria interna<strong>com</strong> foco em evi<strong>de</strong>nciar a efetivida<strong>de</strong> dasua própria gestão, <strong>de</strong>tectando pontos <strong>de</strong>correção e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria. Nosegundo semestre, é realizada a auditoriaexterna corporativa que, além <strong>de</strong> validaras conclusões da primeira auditoria, buscai<strong>de</strong>ntificar práticas <strong>de</strong> melhoria contínua nagestão ambiental. Com essa nova sistemática,promovemos a <strong>de</strong>scentralização dasativida<strong>de</strong>s e ratificamos a responsabilida<strong>de</strong>das operações pela gestão ambiental.Ainda em <strong>2009</strong>, iniciamos a implantação <strong>de</strong>um sistema online para a<strong>com</strong>panhamentoda conformida<strong>de</strong> legal <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong>. Essaferramenta tecnológica permite a i<strong>de</strong>ntificação,a avaliação e o monitoramento dos requisitoslegais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurança e Meio Ambienteaplicáveis às ativida<strong>de</strong>s, aos produtos e aosserviços realizados em cada unida<strong>de</strong> daempresa. Com atualização automática mensalda legislação e até <strong>de</strong> tendências, a iniciativabusca manter a conformida<strong>de</strong> e, também, aantecipação <strong>de</strong> novos requisitos. Em 2010,o sistema estará funcionando em todas asunida<strong>de</strong>s brasileiras da <strong>Vale</strong>.Conforme previsto, concluímos o<strong>de</strong>senvolvimento e a implementação, noBrasil, do Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Barragens ePilhas (SGBP). Isso nos permitiu consolidaruma base <strong>de</strong> conhecimento para, a partir<strong>de</strong>la, gerenciar as estruturas geotécnicasda <strong>Vale</strong>. Com esse sistema, passamos a ter,em uma única plataforma tecnológica,informações, dados e indicadores <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho sobre as barragens <strong>de</strong> rejeito eas pilhas <strong>de</strong> estéril, possibilitando o controledos riscos geotécnicos e ambientais e suamanutenção em níveis a<strong>de</strong>quados.Unida<strong>de</strong>s <strong>com</strong> certificação ISO 14001Área <strong>de</strong> negócioMineração <strong>de</strong> ferroe pelotizaçãoUsinas <strong>de</strong> ferroligas emineração <strong>de</strong> manganêsNíquelCobreMetais preciososAlumínioCaulimUnida<strong>de</strong>sAlegria, Timbopeba, Água Limpa, Fábrica Nova, Fazendão, Cauê,Conceição, Córrego do Feijão, Brucutu, Gongo Soco, Fábrica, Mutuca,Capitão do Mato, Pico, Capão Xavier, Abóboras, Mar Azul e Usinas <strong>de</strong>Pelotização e Terminais Portuários em Tubarão e FábricaMinas do Azul e Morro da Mina; e <strong>Vale</strong> Manganèse FranceRefinaria <strong>de</strong> Clydach, no Reino Unido, <strong>Vale</strong> Inco Japão – MatsuzakaPlant, Refinaria <strong>de</strong> Níquel em Taiwan e INMM (Dalian)Mina do SossegoRefinaria Acton – Reino UnidoAlunorte, Albras e <strong>Vale</strong>sulPPSA e CadamObs.: As empresas Samarco e MRN são também certificadas pela ISO 14001.53


Operador SustentávelAumentar o percentual<strong>de</strong> reúso da água é umdos nossos objetivosInvestimentos ambientaisO volume <strong>de</strong> recursos aplicados na áreaambiental pela <strong>Vale</strong>, em <strong>2009</strong>, foi <strong>de</strong> US$580 milhões, valor 14,5% menor em relaçãoao ano <strong>de</strong> 2008. Essa redução <strong>de</strong>corre daparalisação realizada em algumas unida<strong>de</strong>sda <strong>Vale</strong>, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as medidas <strong>de</strong>enfrentamento da crise. Mesmo <strong>com</strong>o registro <strong>de</strong>ssa queda, o volume <strong>de</strong>investimentos ambientais no ano superou ovalor <strong>de</strong> 2007, conforme <strong>de</strong>monstra o gráfico.Como no ano anterior, a maior partedos recursos <strong>de</strong>stinou-se a três linhas <strong>de</strong>dispêndio:• Aquisição e implantação <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong> controle ambiental, voltados a assegurara conformida<strong>de</strong> e o aprimoramento do<strong>de</strong>sempenho em operações já existentes;• Manutenção geotécnica ambiental e<strong>de</strong> segurança das barragens e das pilhas<strong>de</strong> estéril;• Reflorestamento e reabilitação <strong>de</strong> áreas<strong>de</strong>gradadas que integram o Programa<strong>Vale</strong> Florestar e convênios <strong>com</strong> algunsestados do Brasil.Gestão <strong>de</strong> recursos hídricosO Plano <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Recursos Hídricosorienta as ações da <strong>Vale</strong>, dando suporte àelaboração <strong>de</strong> programas implantados nasunida<strong>de</strong>s operacionais. Os objetivos principais<strong>de</strong>sses programas são reduzir o consumo<strong>de</strong> água, minimizar a geração <strong>de</strong> efluentes eaumentar o percentual <strong>de</strong> reúso.A água é um insumo <strong>de</strong> absoluta relevânciapara os processos da empresa, e a maioria dasnossas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>manda intervenções nosrecursos hídricos superficiais e subterrâneos.O uso mais intenso <strong>de</strong>sse recurso ocorre nasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> rebaixamento <strong>de</strong> nível d’águapara lavra em zonas saturadas; nas usinas, on<strong>de</strong>a água é utilizada para tratamento <strong>de</strong> minériose resfriamento; na limpeza <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> acessose pátios <strong>de</strong> matérias-primas e produtos.Também consumimos água nos processos<strong>de</strong> pelotização, no transporte <strong>de</strong> minério e nalavagem <strong>de</strong> equipamentos e peças.Em <strong>2009</strong>, iniciamos o <strong>de</strong>bate sobre novastecnologias para tratamento <strong>de</strong> efluentes eoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reúso <strong>de</strong> água, duranteo Workshop <strong>de</strong> Tecnologia Ambiental,que contou <strong>com</strong> a participação <strong>de</strong> todasas áreas operacionais da empresa. Esseevento representou uma oportunida<strong>de</strong> paraDispêndios ambientais(US$ milhões)Dispêndios ambientais – Brasil(US$ milhões)Dispêndios ambientais –Outras localida<strong>de</strong>s(US$ milhões)678504580319455296261159 1742007 2008 <strong>2009</strong>458309353268218168149 1351002007 2008 <strong>2009</strong>220 277187195 10112812659252007 2008 <strong>2009</strong>InvestimentocusteioInvestimentocusteioInvestimentocusteio54Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambientehomogeneização e difusão dos conhecimentostécnicos da equipe e, ainda, para ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s na melhoria dagestão do recurso natural.Total <strong>de</strong> água captada por tipo <strong>de</strong> captação(milhões <strong>de</strong> m 3 /ano)Em <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> registrou um volume <strong>de</strong>292 milhões <strong>de</strong> m 3 <strong>de</strong> água captada.333,3 335,4292,4A redução no volume total <strong>de</strong> água retiradaem relação aos anos anteriores (2008 e 2007)foi <strong>de</strong> aproximadamente 13%. Essa queda estárelacionada, principalmente, ao fato <strong>de</strong> <strong>2009</strong> tersido um ano atípico, no qual a maioria das áreas <strong>de</strong>negócio teve redução da produção e, em outras,houve paralisação das ativida<strong>de</strong>s. Outro fato quecontribuiu para essa queda foi a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>metodologia para a coleta <strong>de</strong> dados realizada emalgumas unida<strong>de</strong>s da área <strong>de</strong> ferrosos.139,2157,8 159,7124,4 115,2 128,736,3 51,3 48,52007 2008 <strong>2009</strong>Captação subterrâneaCaptação superficialoutrosCaptação subterrânea: água proveniente <strong>de</strong> poços, incluindo rebaixamento do lençol freático para fins <strong>de</strong> mineração.Captação superficial: água proveniente <strong>de</strong> rios e lagos.Outros: captação pluvial, água fornecida por empresas <strong>de</strong> abastecimento e concessionárias. Inclui captação para terceiros.A <strong>Vale</strong> investiu na melhoria da gestão dosrecursos hídricos. Na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong>ferro, em Carajás, por exemplo, a implantação<strong>de</strong> uma nova tecnologia <strong>de</strong> processamentoà base <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> natural propiciou aeliminação da utilização <strong>de</strong> água em oito linhas<strong>de</strong> beneficiamento. Isso gerou redução <strong>de</strong>63% no total <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> água nova dasbarragens e aumentou a taxa <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong>água da planta.Avançamos também nos projetos <strong>de</strong>substituição do uso <strong>de</strong> água nova por águareutilizada ou recirculada. Em <strong>2009</strong>, a taxa<strong>de</strong> recirculação/reutilização <strong>de</strong> água foi <strong>de</strong>76%. Isso significa que, <strong>de</strong> 1,2 bilhão <strong>de</strong> m³necessários para as operações da <strong>Vale</strong> nesseano, 288 milhões <strong>de</strong> m³ foram retirados danatureza, e o restante foi abastecido porágua reaproveitada. Esse resultado se <strong>de</strong>ve,principalmente, ao reaproveitamento para ouso industrial, e o nosso objetivo é otimizaressa prática, retirando cada vez menos água <strong>de</strong>fontes naturais.A iniciativa <strong>de</strong> recirculação <strong>de</strong> água <strong>com</strong> maiorrepresentativida<strong>de</strong>, em termos <strong>de</strong> volume,acontece no processo produtivo. A maiorparte da água utilizada na produção é <strong>de</strong>reúso proveniente do rebaixamento do níveldo lençol freático para extração <strong>de</strong> minério.A água advinda <strong>de</strong>sse processo, que não éreutilizada ou recirculada, é <strong>de</strong>volvida paracursos <strong>de</strong> água natural, porém, contabilizada<strong>com</strong>o água captada.Consumo total <strong>de</strong> água:reaproveitada (reciclada e/oureutilizada) + captada(em milhões <strong>de</strong> m 3 )9616283331.3681.0331.201913335 288Para cálculo do percentual <strong>de</strong> águareaproveitada nesse indicador, a captação <strong>de</strong>água <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra captação para terceiros.A redução do volume <strong>de</strong> água captadae a manutenção do percentual <strong>de</strong>reaproveitamento <strong>de</strong> água são ações queindicam a melhoria do <strong>de</strong>sempenho ambientalno uso do recurso hídrico pela <strong>Vale</strong>. Os números<strong>de</strong> <strong>2009</strong> confirmam a nossa expectativa <strong>de</strong>melhoria nesse indicador. Dois terços dasPercentual <strong>de</strong> águareaproveitada *(recirculada e/ou reutilizada)%65%76%76%2007 2008 <strong>2009</strong> 20072008<strong>2009</strong>Volume <strong>de</strong> água recirculadae/ou reutilizadaVolume <strong>de</strong> água captada*Calculado dividindo-se o total <strong>de</strong> águareaproveitada (recirculada e/ou reutilizada)pelo consumo total <strong>de</strong> água. Casoutilizássemos na <strong>Vale</strong> Inco essa mesmametodologia <strong>de</strong> cálculo, o percentualestimado <strong>de</strong> reaproveitamento <strong>de</strong> água da<strong>Vale</strong> teria sido <strong>de</strong> 70% em 2007.unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios apresentarampercentuais <strong>de</strong> reúso <strong>de</strong> água mais elevadosdo que no ano anterior, <strong>com</strong> <strong>de</strong>staque paraalumínio, minério <strong>de</strong> ferro e carvão (<strong>Vale</strong>Australia), áreas que têm, atualmente, cerca<strong>de</strong> 90% da <strong>de</strong>manda abastecida <strong>com</strong> água<strong>de</strong> reúso.55


Operador SustentávelDescarteDentro da gestão <strong>de</strong> recursos hídricos da<strong>Vale</strong> estão inseridas ações voltadas a reduzira geração <strong>de</strong> efluentes e aprimorar o sistema<strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte. Cada unida<strong>de</strong> possui sistemas <strong>de</strong>tratamento <strong>de</strong> efluentes líquidos projetados<strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> os processos produtivos querealiza e suas <strong>de</strong>mandas específicas.Investimos na melhoria da gestão dosrecursos hídricos nas nossas operações.O objetivo principal dos sistemas <strong>de</strong>tratamento <strong>de</strong> efluentes é preservar o corpohídrico receptor e, adicionalmente, propiciar aprática do reúso, gerando redução do uso <strong>de</strong>água nova.CASEConviver <strong>com</strong> LagosA <strong>Vale</strong> Inco está investindo na implantação do Centro Conviver <strong>com</strong> Lagos,na Universida<strong>de</strong> Laurentian, em Sudbury, Ontário, no Canadá, que terá<strong>com</strong>o priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver pesquisas científicas voltadas à proteção <strong>de</strong>fontes <strong>de</strong> água para as gerações futuras. A meta é que o centro se tornereferência em tecnologia ambiental e funcione <strong>com</strong>o um catalisador paraa crescente ecoindústria do nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Ontário.O centro, financiado pela <strong>Vale</strong> Inco em parceria <strong>com</strong> outras organizações,será também a nova se<strong>de</strong> da Unida<strong>de</strong> Corporativa Ecológica <strong>de</strong> Água Doce(CFEU, na sigla em inglês <strong>de</strong> Cooperative Freshwater Ecology Unit), instituiçãoreconhecida internacionalmente pelo trabalho <strong>de</strong> pesquisa que<strong>de</strong>senvolve sobre tecnologias <strong>de</strong> restauração <strong>de</strong> mananciais <strong>de</strong> água doce.As informações e os dados disponibilizados pelo CFEU têm ajudado a <strong>Vale</strong>Inco a analisar os benefícios ambientais tangíveis <strong>de</strong> nossas ações <strong>de</strong> redução<strong>de</strong> impactos.A construção, iniciada em junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, segue os preceitos da sustentabilida<strong>de</strong>.Prova disso é que o projeto arquitetônico do Centro Conviver<strong>com</strong> Lagos já recebeu prêmio concedido pela Fundação Holcim pela ConstruçãoSustentável. A previsão é <strong>de</strong> que as ativida<strong>de</strong>s <strong>com</strong>ecem no primeirosemestre <strong>de</strong> 2011.CanadáAs formas <strong>de</strong> tratamento variam em grau etecnologia, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das característicasqualitativas do efluente, da natureza docorpo receptor, da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reúso edas especificações da legislação local. Porém,antes <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>finição quanto aosistema <strong>de</strong> tratamento para um <strong>de</strong>terminadoefluente, é fundamental avaliar as fontes<strong>de</strong> geração e a caracterização qualitativa<strong>de</strong>sses efluentes para verificar o potencial <strong>de</strong>redução das concentrações e dos volumesgerados, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> os princípios daprodução mais limpa.Entre os sistemas <strong>de</strong> tratamento presentesem nossas unida<strong>de</strong>s estão, principalmente,os sistemas <strong>de</strong> nível primário <strong>de</strong> <strong>de</strong>cantação/sedimentação, usados no tratamento<strong>de</strong> efluentes provenientes do processo<strong>de</strong> beneficiamento, ricos em sólidos, eos sistemas físicos ou físico-químicos(coagulação/floculação), mais a<strong>de</strong>quados aotratamento <strong>de</strong> efluentes oleosos oriundos <strong>de</strong>oficinas <strong>de</strong> manutenção.56Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteConscientização e economia <strong>de</strong> águaEm <strong>2009</strong>, foram gerados 114 milhões <strong>de</strong> m 3<strong>de</strong> efluentes 1 , volume inferior ao contabilizadoem 2008. As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Água Limpa eGongo Soco implementaram medidas <strong>de</strong>reaproveitamento <strong>de</strong> efluentes oleosos,gerados em oficinas e tratados e utilizados nospróprios processos através da recirculação,<strong>com</strong>o na lavagem <strong>de</strong> equipamentos e peças.Ações <strong>com</strong>o controle <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios,a<strong>de</strong>quações <strong>de</strong> procedimentos eequipamentos também vêm sendopraticadas pela empresa e são essenciaispara a redução da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> água epara a redução do volume e da carga <strong>de</strong>efluentes gerados.Sendo este apenas o segundo ano <strong>de</strong>reporte das informações relativas à geraçãoe à <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> efluentes líquidos, e oprimeiro em relação à qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssesefluentes, alguns ajustes foram necessários nametodologia <strong>de</strong> coleta e reporte, o que justificaalgumas diferenças em relação às informaçõesrelatadas no ano anterior. Soma-se a isso ofato <strong>de</strong> várias unida<strong>de</strong>s terem implementadomelhorias, <strong>com</strong>o o aumento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pontos <strong>de</strong> monitoramento em sua re<strong>de</strong> hídricae a implantação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> medição.Des<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ferroliga<strong>de</strong> manganês da <strong>Vale</strong>, na Bahia, reduziu em cerca <strong>de</strong> 86% oconsumo <strong>de</strong> água usada no resfriamento dos <strong>com</strong>pressores.Esse foi o principal resultado da implantação <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong>melhoria ambiental criado por um grupo <strong>de</strong> empregados da áreaoperacional, <strong>de</strong>nominado Máquina do Tempo. O projeto participouda Convenção do Círculo <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> do ComplexoBahia, e foi premiado.A meta inicial era reduzir o consumo diário <strong>de</strong> 203 m³ para 81 m³, oque significaria uma economia <strong>de</strong> 60%. Mas a eficiência do sistemamontado superou a expectativa e a meta. Atualmente, a unida<strong>de</strong>consome, em média, 30 m³ <strong>de</strong> água, ou seja, aproximadamente86% a menos. A redução anual estimada é <strong>de</strong> 62 mil m³.O sistema é bastante simples e se baseia nos princípios básicos dos3Rs – Reduzir, Reciclar e Reutilizar. A i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong> ser multiplicadaem outras unida<strong>de</strong>s que tenham processos similares. Outracaracterística positiva é o baixo custo, pois utilizou materialque estava na Central <strong>de</strong> Armazenamento <strong>de</strong> Resíduos, <strong>com</strong>otubulações, válvulas e radiador.Antes, a água era captada numa lagoa local, tratada internamente,passava pelos equipamentos para refrigerar os <strong>com</strong>pressores eera <strong>de</strong>scartada. Agora, após ser utilizada, a água segue para umsistema <strong>de</strong> resfriamento interno e retorna para os <strong>com</strong>pressores.Além <strong>de</strong> reduzir o impacto ambiental, a iniciativa vai proporcionaruma economia anual <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> US$ 32,7 mil, referente aos custos<strong>de</strong> produtos químicos que antes eram adquiridos pela unida<strong>de</strong>para tratamento da água retirada da lagoa.Volume total <strong>de</strong> efluentes líquidos gerados por tipo(milhões <strong>de</strong> m 3 )1 Uma das premissas utilizadas pela <strong>com</strong>panhia para a coleta<strong>de</strong> dados para este indicador é que não são reportados <strong>com</strong>oefluentes os volumes <strong>de</strong> água que vertem das barragens,<strong>de</strong> forma a evitar a interferência pela contribuição <strong>de</strong> águaspluviais, <strong>de</strong> drenagens naturais no entorno das barragense vazão fluvial. Os volumes <strong>de</strong> efluentes são medidos nospontos geradores. Além disso, as correntes <strong>de</strong> rejeitos, quecontêm água, são reportadas no indicador específico MM6.Por esse motivo, não é possível utilizar os indicadores EN8,EN10 e EN21 <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> balanço hídrico.115,2 114,0102,2 102,512,3 10,10,7 1,52008 <strong>2009</strong>Efluentes líquidos industriaisEfluentes líquidos oleososEfluentes líquidos sem necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> tratamento**Referem-se a águas utilizadas em processos <strong>de</strong> resfriamento e outros processos que possuem ascaracterísticas qualitativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte conforme os padrões legais <strong>de</strong> lançamento.As unida<strong>de</strong>s PT Inco e Thompson, da área <strong>de</strong> negócio do níquel, não tiveram os dados <strong>de</strong> efluentegerados reportados neste ano, em função da i<strong>de</strong>ntificação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>quação nametodologia <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados utilizada por essa área.57


Operador SustentávelDescarte total <strong>de</strong> efluentes líquidos geradospor tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação74%85%Um fator que tem influência diretanos valores reportados em <strong>2009</strong> é aprecipitação pluviométrica em regiões emque algumas <strong>de</strong> nossas unida<strong>de</strong>s possuemsistemas <strong>de</strong> controle que, por sua própriaconcepção, estão expostos às chuvas.A queda, em relação ao ano anterior, nageração <strong>de</strong> efluentes em menor escalado que na captação <strong>de</strong> água se <strong>de</strong>ve aoaumento da precipitação que entra nosistema <strong>de</strong> tratamento, aumentando ovolume total <strong>de</strong> efluente tratado.Dos 114 milhões <strong>de</strong> m 3 <strong>de</strong> efluentes geradosem <strong>2009</strong>, aproximadamente 86% tiveram<strong>com</strong>o <strong>de</strong>stino final rios, barragens oureservatórios; 10%, o oceano; e 4%, lagoas.Em relação à caracterização qualitativa<strong>de</strong>sses efluentes, os dados foramconsolidados consi<strong>de</strong>rando, para cadatipo <strong>de</strong> negócio, os parâmetros afins àscaracterísticas do processo. Objetivamosalinhar a metodologia <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong>ssesparâmetros, para o próximo ano, em todas asoperações da <strong>Vale</strong>. Dessa forma, po<strong>de</strong>remoster um refinamento e uma rastreabilida<strong>de</strong>maior do dado. O perfil estimado <strong>de</strong><strong>de</strong>stinação das cargas é representado nográfico <strong>de</strong>sta página.Gestão e disposição <strong>de</strong> resíduosA gestão <strong>de</strong> resíduos das unida<strong>de</strong>soperacionais da <strong>Vale</strong> tem <strong>com</strong>o objetivoprincipal reduzir a geração interna e adisposição final em solo, <strong>com</strong> ações que vão<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a separação dos diferentes materiaisaté a implantação <strong>de</strong> novas tecnologias<strong>de</strong> reprocessamento que permitam autilização dos resíduos em outras ca<strong>de</strong>iasprodutivas. A <strong>Vale</strong> tem investido, inclusive,no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> empreendimentoslocais para incentivar a reutilização <strong>de</strong>resíduos em novas aplicações.16%4%Lagoas e lagosRios, reservatóriose barragens10%10%Oceano2008<strong>2009</strong>O Workshop <strong>de</strong> Tecnologia Ambientaltambém abriu espaço para a discussão <strong>de</strong>novas tecnologias para aproveitamentoenergético <strong>de</strong> resíduos e i<strong>de</strong>ntificou outrasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria na gestão dosresíduos.Distribuição <strong>de</strong> cargas geradas por tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação – <strong>2009</strong>%1387693010037637846491003267292Os principais fundamentos da gestão<strong>de</strong> resíduos da <strong>Vale</strong> são o corretoarmazenamento, a a<strong>de</strong>quada disposiçãofinal dos materiais e sua rastreabilida<strong>de</strong>.Todos os <strong>de</strong>stinatários <strong>de</strong> resíduos daempresa são homologados a partir<strong>de</strong> critérios rígidos <strong>de</strong> avaliação do<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seus controles ambientais.01OG SST AL CI- Cu Fe F- Mn NiLagoas e LagosRios, Reservatórios e BarragensOceano0Os metais foram analisados em sua forma dissolvida, <strong>com</strong> exceção do Níquel, que é reportado,pelas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>sse mesmo produto, em sua forma total.OG - Óleos e graxasSST - Sólidos em suspensão total517407Nos casos <strong>de</strong> resíduos que não serãoreprocessados, o material é disposto ematerros industriais ou sanitários que contam<strong>com</strong> controles ambientais a<strong>de</strong>quados.Essa <strong>de</strong>stinação final também leva emconsi<strong>de</strong>ração a natureza do resíduo,<strong>com</strong> a separação <strong>de</strong> itens em perigosose não perigosos.58Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativa Recursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteGeração <strong>de</strong> ResíduosNo ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> gerou um total <strong>de</strong>436 mil toneladas <strong>de</strong> resíduos, sendo 10% <strong>de</strong>resíduos perigosos.Nosso principal objetivo na gestão<strong>de</strong> resíduos é reduzir a geraçãointerna e a disposição final em solo.Houve queda na geração <strong>de</strong> resíduos empraticamente todas as áreas <strong>de</strong> negócios, oque resultou em redução média da or<strong>de</strong>m<strong>de</strong> 10% em relação a 2008. Essa queda estárelacionada, principalmente, ao menor ritmodas ativida<strong>de</strong>s nas operações, em função docenário <strong>de</strong> contração da <strong>de</strong>manda mundial,em <strong>de</strong>corrência da crise econômica.Algumas unida<strong>de</strong>s, no entanto, aproveitaramo período <strong>de</strong> menor produção para realizarmanutenções <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, o que po<strong>de</strong>ter contribuído para a geração <strong>de</strong> resíduosem áreas pontuais.As áreas <strong>com</strong> maior geração <strong>de</strong> resíduossão: níquel (30%), minério <strong>de</strong> ferro (23%)e alumínio (20%). Nas áreas <strong>de</strong> níquel ealumínio, a justificativa é o próprio perfilindustrial <strong>de</strong> produção. Já a área <strong>de</strong> minério<strong>de</strong> ferro se <strong>de</strong>staca nesse indicador porcausa do gran<strong>de</strong> porte <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.Quantida<strong>de</strong> consolidada<strong>de</strong> resíduos gerados(mil toneladas)Geração total <strong>de</strong> <strong>2009</strong> por tipo <strong>de</strong> resíduo(total = 436 mil toneladas)Metálicos471 487436395 397 3926%5%3%4%3% 1%24%Areia, brita, entulho <strong>de</strong> obraResíduos domésticosResíduos mistos (ex: resíduoseletroeletrônicos, fios, EPls etc.)Ma<strong>de</strong>iraNão perigososBorrachas e pneus76 914413%16%26%Outros resíduos não perigosos 1Lodos e borras2007 2008<strong>2009</strong>Óleos e graxa e resíduoscontaminados <strong>com</strong> óleos e graxasPerigososOutros resíduos perigosos 2Perigososnão perigosos¹ Plásticos, papel, papelão, vidros, tecidos, lonas e polímeros.² Resíduos <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pilhas e baterias, resíduos <strong>de</strong> amianto, resíduoscontendo mercúrio (ex: lâmpadas fluorescentes), tintas e vernizes.59


Operador SustentávelDisposição total <strong>de</strong> resíduos(mil toneladas)46720072062134762008OutrosCoprocessamentoReRrefinoincineraçãoCompostagemDisposição em SoloReciclagem187241422<strong>2009</strong>244137Houve uma redução significativa na geração<strong>de</strong> resíduos perigosos na área <strong>de</strong> alumínio,que passou <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 42 mil t em 2008 paramenos <strong>de</strong> 4,4 mil t em <strong>2009</strong>, em <strong>de</strong>corrênciada correção dos critérios <strong>de</strong> contabilização.Até 2008, eram incorporados, no volume total,os resíduos <strong>de</strong> subprocessos da produção <strong>de</strong>alumínio automaticamente reutilizados naprópria planta. A partir <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, esses materiaisnão foram mais consi<strong>de</strong>rados <strong>com</strong>o resíduos.Em <strong>2009</strong>, houve uma mudança no perfil<strong>de</strong> disposição final <strong>de</strong> resíduos, em relaçãoa 2008. No ano anterior, a maior parte dosresíduos foi <strong>de</strong>stinada à reciclagem, já em<strong>2009</strong> a maior parte dos resíduos foi dispostaem solo. Essa mudança não reflete umatendência, é apenas resultado <strong>de</strong> uma açãoespecífica realizada no ano em função <strong>de</strong> a<strong>Vale</strong> Inco ter feito a manutenção <strong>de</strong> fornos <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> porte, o que gerou um volume extra<strong>de</strong> resíduos inertes, encaminhadospara aterros internos.As unida<strong>de</strong>s operacionais mantiveramações, ao longo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, para maximizar oaproveitamento <strong>de</strong> resíduos em seus própriosprocessos ou em outras ca<strong>de</strong>ias produtivas,quando viável técnica e economicamente.Um dos focos da empresa vem sendo o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação<strong>de</strong> materiais <strong>com</strong> a atuação <strong>de</strong> uma áreaespecializada. Um resultado importante foiverificado na <strong>com</strong>ercialização <strong>de</strong> sucatasmetálicas. Apesar da redução da geração, porconta da queda na produção, conseguimosmanter em um patamar elevado nossaparticipação nesse mercado. As unida<strong>de</strong>sbrasileiras <strong>com</strong>ercializaram um total <strong>de</strong> 76 mil tem <strong>2009</strong>. No mercado <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> borracha,obtivemos um expressivo crescimento novolume <strong>com</strong>ercializado, que saltou <strong>de</strong> 3 mil tem 2007 para 8,5 mil t em <strong>2009</strong>.A <strong>Vale</strong> não realizou transporte transfronteiriço<strong>de</strong> resíduos perigosos, conforme Convençãoda Basileia sobre o Controle <strong>de</strong> MovimentosTransfronteiriços <strong>de</strong> Resíduos Perigosos e seuDepósito, durante o ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.Resíduos da mineração emetalurgiaEm <strong>2009</strong>, para aprimorar o manejo <strong>de</strong>resíduos nas barragens (<strong>de</strong> rejeitos, águae sedimentos) e nas pilhas (<strong>de</strong> estéril eminério), implementamos o Sistema <strong>de</strong>Gestão <strong>de</strong> Barragens e Pilhas (SGBP), nasunida<strong>de</strong>s brasileiras. Com essa melhoria, a<strong>Vale</strong> passou a contar <strong>com</strong> uma ferramenta<strong>de</strong> gestão online para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoem relação a investimentos em novasestruturas, estratégias <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong>Disposição final <strong>de</strong> resíduos 2007467 mil toneladasDisposição final <strong>de</strong> resíduos 2008476 mil toneladasDisposição final <strong>de</strong> resíduos <strong>2009</strong>422 mil toneladas2%1% 1% 1%1% 2%3% 2% 2% 3%4% 5% 4%46% 50%44% 39% 58%33%As diferenças entre a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduo geradoe a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação final <strong>de</strong>vem-se àestocagem temporária.60Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteprodução e a<strong>com</strong>panhamento <strong>de</strong> planos<strong>de</strong> ação <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> auditorias locais ecorporativas, condicionantes <strong>de</strong> licenças ou<strong>de</strong>mandas operacionais para barragens epilhas. Além disso, o SGBP permite consolidare tornar disponíveis em tempo real asinformações sobre as estruturas geotécnicas,criando indicadores e planilhas <strong>de</strong> riscoao negócio para as áreas operacionais ecorporativas.A gestão <strong>de</strong>sses resíduos inclui a realização<strong>de</strong> uma auditoria técnica <strong>de</strong> segurançacorporativa, a cada três anos, nas 270barragens e nas 230 pilhas da <strong>Vale</strong> no Brasil.O resultado do último ciclo <strong>de</strong> auditorias,realizado em 2008, refletiu a situação atual<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> das estruturas e gerou umconjunto <strong>de</strong> re<strong>com</strong>endações e instruções <strong>de</strong>melhorias que foram <strong>de</strong>sdobradas em planos<strong>de</strong> ação, <strong>com</strong> prazos, responsabilida<strong>de</strong>s eorçamento claramente <strong>de</strong>finidos. A próximaauditoria ocorrerá em 2011.Em <strong>de</strong>corrência da severida<strong>de</strong> dos riscosenvolvidos nas estruturas <strong>de</strong> barragens epilhas, toda a gestão <strong>de</strong>ssa área está emconformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> os requisitos <strong>de</strong> controleprevistos na Lei Sarbanes-Oxley (Sarbox) e ésubmetida a auditorias periódicas.Nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Sudbury da <strong>Vale</strong> Inco,os riscos são inicialmente avaliados porum conselho <strong>de</strong> especialistas externos(Geotechnical Review Boards), que forneceuma visão geral, <strong>com</strong> re<strong>com</strong>endações einstruções para melhorias. Esse conselhose reúne anualmente para revisar todos osaspectos referentes a estrutura, construção eoperação das áreas <strong>de</strong> disposição <strong>de</strong> resíduos.A <strong>Vale</strong> Inco integra a International Networkfor Acid Prevention (Inap), iniciativa globalque <strong>de</strong>senvolve formas <strong>de</strong> evitar os riscos <strong>de</strong>contaminação do meio ambiente por materiaisprovenientes dos resíduos da mineração.No ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar-seao momento <strong>de</strong> queda da <strong>de</strong>manda nomercado mundial, a <strong>Vale</strong> reduziu a produção<strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro, o que levou a uma queda<strong>de</strong> 33,3% na geração <strong>de</strong> rejeitos e <strong>de</strong> 8,5%,<strong>de</strong> estéreis, em relação a 2008. A redução nageração <strong>de</strong> rejeitos ocorreu em função doinício da implantação <strong>de</strong> beneficiamento dominério a seco.Já os resíduos minerometalúrgicos tiveram umaumento <strong>de</strong> 0,5% quando <strong>com</strong>parados <strong>com</strong>o volume registrado em 2008, basicamentepela elevação da geração na <strong>Vale</strong> Australia, queteve um aumento <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong> toneladasem <strong>2009</strong>. Esses resíduos consistem em estérile rejeito não perigosos provenientes damineração <strong>de</strong> carvão a céu aberto.A produção total dos rejeitos, estéreis eresíduos minerometalúrgicos teve umaredução geral <strong>de</strong> 9%, quando <strong>com</strong>parada <strong>com</strong>a geração dos mesmos materiais em 2008.Total <strong>de</strong> resíduosminerometalúrgicos(milhões <strong>de</strong> toneladas)Já nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Newfoundland eLabrador, o potencial <strong>de</strong> lixiviação <strong>de</strong> metaispresentes nos resíduos é avaliado durante o<strong>de</strong>senvolvimento dos projetos. Os resultados<strong>de</strong>sses estudos são utilizados para a criação<strong>de</strong> estratégias efetivas <strong>de</strong> segregaçãoe disposição <strong>de</strong> todo o estéril geradopelas minas em operação. No Plano <strong>de</strong>Fechamento <strong>de</strong> Mina, também consi<strong>de</strong>ramosesse potencial <strong>de</strong> lixiviação para quepossamos <strong>de</strong>senvolver uma gestão a<strong>de</strong>quadano término da operação.655 65759862 8043053394360163 184 1852007 2008 <strong>2009</strong>*Incluem estéril e rejeito da mineração <strong>de</strong> níquel,potássio, manganês, carvão e cobre, escória (liga <strong>de</strong>manganês), lama vermelha (alumina) e RGC (alumínio).Minério <strong>de</strong> Ferro – RejeitoMinério <strong>de</strong> Ferro – EstérilOutras áreas <strong>de</strong> negócio *61


Operador SustentávelReciclagemNas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração, logísticae geração <strong>de</strong> energia, não há muitasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reciclagem associadasaos nossos processos produtivos. Noentanto, algumas áreas <strong>de</strong> negócio realizamreciclagem <strong>de</strong> produtos pós-consumo, <strong>com</strong>oo alumínio e o níquel.A <strong>Vale</strong>sul, no Brasil, por meio da planta <strong>de</strong>transformação da alumina em alumínio,monitora o percentual <strong>de</strong> reciclagem <strong>de</strong>sucata interna e <strong>de</strong> refusão <strong>de</strong> produtosrecuperados, a fim <strong>de</strong> aumentar o uso <strong>de</strong>sucata externa. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sucatainterna gerada é influenciada por distintosfatores, <strong>com</strong>o mix <strong>de</strong> produção, eficiênciados processos e melhoria nas rotinasoperacionais. O objetivo é sempre reduzira geração para minimizar a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> refusão e, <strong>com</strong> isso, possibilitar umincremento da sucata externa, ou seja, autilização <strong>de</strong> produtos pós-consumo. Em abril<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a redução da produção <strong>de</strong> alumíniolíquido propiciou o aumento da utilização<strong>de</strong> sucata externa, elevando o percentual <strong>de</strong>produto recuperado, mesmo <strong>com</strong> a queda<strong>de</strong> produção.As operações <strong>de</strong> níquel também <strong>de</strong>senvolvemativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reaproveitamento <strong>de</strong> produtosvendidos, mas que foram fortementeimpactadas pela redução da produção nasoperações do níquel, caso da <strong>Vale</strong> Inco Europe(Refinaria Acton), além da venda da unida<strong>de</strong>Inmetco, nos Estados Unidos.A reutilização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong>material secundário (pós-consumo erefugo industrial) tem <strong>de</strong>staque na <strong>Vale</strong>sule nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Sudbury e <strong>Vale</strong> IncoEurope (Refinaria <strong>de</strong> Acton). O <strong>de</strong>créscimoobservado em <strong>2009</strong> <strong>de</strong>veu-se à paralisaçãodas operações em Sudbury e à redução daprodução do alumínio.Percentual <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> materialpós-consumo <strong>com</strong> relação às vendas(mil toneladas)Percentual <strong>de</strong> materiaissecundários <strong>com</strong> relação às vendas(mil toneladas)1658136951065757412%1320071613% 2120081324% 18<strong>2009</strong>911%4%21892007 20085%36<strong>2009</strong>Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto vendidoQuantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material reciclado pós-consumoQuantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos eembalagens reciclados internamenteQuantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produto vendidoQuantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refugo <strong>de</strong> fonte industriale material reciclado pós-consumo% Material reciclado pós-consumo/produto vendido:Os percentuais apresentados não incluem reciclageminterna, conforme metodologia GRI.Dados incluem operações <strong>de</strong> alumínio (<strong>Vale</strong>sul) e <strong>de</strong> níquel(refinaria Clydach e Inmetco), sendo que esta última apenasem 2008).% (Material reciclado pós-consumo + refugo industrial)/produto:Os percentuais apresentados não incluem reciclagem interna,conforme metodologia GRI.Dados incluem operações <strong>de</strong> alumínio (Albras e <strong>Vale</strong>sul) e <strong>de</strong>níquel (Sudbury, Thompson, Refinaria Acton e Inmetco, sendoque esta última apenas em 2008).62Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteMaterial Volume <strong>com</strong>prado em 2008 Volume <strong>com</strong>prado em <strong>2009</strong>Nitrato <strong>de</strong> amônio 146,1 mil toneladas 122,9 mil toneladasCorreias transportadoras 330,8 mil metros 303,0 mil metrosDormente 1,4 milhão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s 1,1 milhão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>sExplosivos 25,3 mil toneladas* 25,8 mil toneladasÓleo lubrificante 23,7 milhões <strong>de</strong> litros 23,1 milhões <strong>de</strong> litrosPneu fora <strong>de</strong> estrada 6,9 mil unida<strong>de</strong>s 4,3 mil unida<strong>de</strong>s***Dado da <strong>Vale</strong> Inco revisado e estimado conforme volume <strong>de</strong> produção.**Não inclui dados da <strong>Vale</strong> Inco.e atendimento à emergência. A avaliaçãoapontou um nível a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> gestão, <strong>com</strong> are<strong>com</strong>endação <strong>de</strong> que sejam aprimorados osprocedimentos para a realização <strong>de</strong> simulados.Além disso, foi dada continuida<strong>de</strong> àimplantação do Processo <strong>de</strong> Análisee Gerenciamento <strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,Segurança e Meio Ambiente, que se baseiaem uma visão integrada dos riscos, tanto osambientais <strong>com</strong>o os <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança.Materiais usadosA gestão dos materiais empregados pela<strong>Vale</strong> busca a otimização do uso, <strong>com</strong> metas<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos e nível <strong>de</strong> estoque.Em <strong>2009</strong>, realizamos workshops <strong>com</strong> as áreasoperacionais visando criar e implementarmelhorias no uso e no <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> materiais.Abaixo estão listados os seis itens maissignificativos <strong>de</strong> insumos adquiridos,utilizados em nossos processos produtivos eque não <strong>com</strong>põem nossos produtos finais.Com exceção dos dormentes provenientes<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira certificada, os <strong>de</strong>mais materiaissão classificados <strong>com</strong>o não renováveis.Para o levantamento da parcela reciclada(não virgem) dos insumos adquiridos pela<strong>Vale</strong>, foi realizada pesquisa <strong>com</strong> os principaisfornecedores 1 consi<strong>de</strong>rando as <strong>com</strong>prasrealizadas corporativamente no Brasil. Ataxa <strong>de</strong> utilização dos produtos recicladospesquisados varia entre 0% e 5%.O consumo <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis, outro insumosignificativo da <strong>Vale</strong>, está especificado junto<strong>com</strong> itens relacionados à energia (págs. 66 e 67).Gestão <strong>de</strong> riscos ambientaisO uso <strong>de</strong> produtos classificados <strong>com</strong>o perigososé uma característica inerente aos negóciosda mineração. Isso <strong>de</strong>manda da <strong>Vale</strong> e dasempresas do setor, <strong>de</strong> modo geral, uma gestãoeficiente que garanta a segurança das pessoase do meio ambiente no armazenamento, nomanuseio, na utilização, na transferência eno <strong>de</strong>scarte dos diversos produtos químicosenvolvidos nos processos operacionais.A gestão <strong>de</strong>sses materiais é realizada embusca da redução dos riscos <strong>de</strong> ocorrênciasambientais em nossas operações, pormeio <strong>de</strong> procedimentos técnicos, equipescapacitadas, consultorias especializadase auditorias periódicas. Dessa forma,asseguramos a conformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> osrequisitos legais aplicáveis e <strong>com</strong> as boaspráticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco.Realizamos, em <strong>2009</strong>, um trabalho <strong>de</strong> avaliaçãodas situações <strong>de</strong> risco mais representativas nasnossas operações em termos <strong>de</strong> severida<strong>de</strong>por meio <strong>de</strong> auditoria externa, a fim <strong>de</strong> verificaro grau <strong>de</strong> implantação do gerenciamento<strong>de</strong> risco das unida<strong>de</strong>s operacionais no Brasil.Essa ação consi<strong>de</strong>rou o reconhecimento dosriscos, as ações <strong>de</strong> bloqueio implantadase os seus respectivos planos <strong>de</strong> mitigaçãoFoi publicada, em <strong>2009</strong>, a InstruçãoCorporativa para Comunicação <strong>de</strong>Ocorrências Ambientais, que tem <strong>com</strong>oobjetivo estabelecer a metodologia para aclassificação das ocorrências e assegurar aprontidão <strong>de</strong> sua <strong>com</strong>unicação aos gestoresda área <strong>de</strong> Meio Ambiente. A implementação<strong>de</strong>ssa instrução possibilitou homogeneizar,em todos os nossos negócios, o critério <strong>de</strong>classificação das ocorrências e o procedimento<strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação, propiciando a otimização danossa resposta a emergências.No ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foram registradas cincoocorrências envolvendo vazamento <strong>de</strong>produtos perigosos, que foram classificadas<strong>com</strong>o aci<strong>de</strong>ntes críticos*, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> anossa matriz <strong>de</strong> relevância.Contando <strong>com</strong> seus planos <strong>de</strong> atendimento aemergência, todas as unida<strong>de</strong>s atuaram paraa remediação dos impactos ocorridos e nainvestigação das ocorrências, <strong>com</strong> o objetivo<strong>de</strong> evitar novos <strong>de</strong>rramamentos.Derramamentos-produtos Volume** Localização da ocorrênciaÁcido sulfúrico 3 m³ Goro Nova Caledônia – <strong>Vale</strong> IncoUreia em escamas 200 t Bom Sucesso/MG – FCAHidrocarbonetos 1,5 m³ Divinópolis/MG – FCAHidrocarbonetos 0,3 m³ Barão <strong>de</strong> Camargos/MG – FCAHidrocarbonetos 0,1 m³ Mangaratiba/RJ – Terminal Ilha Guaíba (TIG)1 A pesquisa foi realizada <strong>com</strong> os principais fornecedores <strong>de</strong>nitrato <strong>de</strong> amônio, correias transportadoras, explosivos,óleo lubrificante e pneu fora <strong>de</strong> estrada, que representamaproximadamente <strong>de</strong> 45% a 85% do volume total <strong>de</strong> <strong>com</strong>prasda <strong>Vale</strong> para esses insumos.*“Derramamento significativo” da GRI correspon<strong>de</strong> à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> “aci<strong>de</strong>nte crítico” usada pela <strong>Vale</strong>, ou seja,aquele que ultrapassa os limites <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da unida<strong>de</strong> operacional e apresenta impacto residual sobreo meio ambiente e/ou saú<strong>de</strong> e segurança, <strong>de</strong>ntro ou fora da unida<strong>de</strong> operacional, após a conclusão dosprocedimentos <strong>de</strong> mitigação.**Esses volumes representam valores estimados.63


Operador SustentávelControle <strong>de</strong> emissõesEm <strong>2009</strong>, passamos a reportar as medições<strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> óxidos <strong>de</strong> enxofre (SOx),óxidos <strong>de</strong> nitrogênio (NOx) e materialparticulado (MP). Trata-se <strong>de</strong> substâncias que,se presentes acima <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados níveisna atmosfera, po<strong>de</strong>m causar danos à saú<strong>de</strong>humana, à fauna ou à flora. Diferentementedas emissões <strong>de</strong> GEEs, esses poluentesnão têm efeito global e seus impactos naqualida<strong>de</strong> do ar ocorrem em função dasconcentrações locais. Estas, por sua vez,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da localização das fontes e <strong>de</strong>outros fatores, <strong>com</strong>o topografia e condiçõesmeteorológicas da região.Emissões <strong>de</strong> material particuladoOs volumes <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> materialparticulado foram obtidos a partir <strong>de</strong> dados domonitoramento realizado nas chaminés dasunida<strong>de</strong>s operacionais e, em alguns casos, poraplicação <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> emissão, não sendo<strong>com</strong>putadas as fontes móveis e as fontes difusasou fugitivas em <strong>de</strong>corrência da inexistência<strong>de</strong> metodologia específica para cálculo oumensuração.As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração tipicamente nãoapresentam níveis significativos <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong>material particulado por fontes fixas pontuais.Os níveis <strong>de</strong> emissão mais relevantes emnossas operações estão presentes nas plantasindustriais <strong>de</strong> níquel, alumínio e pelotização.Juntas, essas áreas respon<strong>de</strong>m por cerca <strong>de</strong>96% do total <strong>de</strong> emissões da <strong>Vale</strong>.Todas as fontes fixas pontuais <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong>material particulado da <strong>Vale</strong> são controladaspor equipamentos, tais <strong>com</strong>o precipitadoreseletrostáticos, filtros <strong>de</strong> mangas e lavadores<strong>de</strong> gases, capazes <strong>de</strong> atingir eficiências <strong>de</strong>remoção superiores a 98%. Por isso, o total<strong>de</strong> emissões representa apenas o que não foiretido por esses equipamentos.A emissão total <strong>de</strong> material particuladoapurada em <strong>2009</strong> foi <strong>de</strong> 5,1 mil toneladas.Emissões <strong>de</strong> óxidos <strong>de</strong> nitrogênio (NOx)A emissão <strong>de</strong> NOx está diretamenterelacionada à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveisutilizados nos processos <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustão.O cálculo das emissões foi realizado pormeio <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> emissão específicos, quepermitem calcular a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> NOxproduzida a partir da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cadatipo <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustível utilizado e das diversasformas <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustão on<strong>de</strong> são consumidos.Para os processos industriais da <strong>Vale</strong> Inco,as emissões foram <strong>de</strong>terminadas pormonitoramento direto dos gases gerados por<strong>com</strong>bustão lançados na atmosfera.As operações <strong>de</strong> logística, mineração <strong>de</strong> ferro,alumínio e níquel são as áreas <strong>de</strong> negócioda <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> níveis mais significativos <strong>de</strong>geração <strong>de</strong> NOx. No caso <strong>de</strong> logística emineração <strong>de</strong> ferro e níquel, as emissõessão intensificadas pela predominância<strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustão interna(lo<strong>com</strong>otivas e equipamentos <strong>de</strong> mineraçãoa diesel), que são processos tipicamente <strong>de</strong>alta taxa <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> NOx. As plantasindustriais <strong>de</strong> pelotização e <strong>de</strong> níquel,embora representem processos intensivos<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis, apresentaramuma menor contribuição relativa porutilizarem equipamentos <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustãoexterna (cal<strong>de</strong>iras, fornos e calcinadores),caracterizados por uma baixa taxa <strong>de</strong> formação<strong>de</strong> NOx e, ainda, por terem apresentado umreduzido nível <strong>de</strong> produção no ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.As operações <strong>de</strong> alumínio emitiram mais NOxem <strong>de</strong>corrência da forte <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> energiaprimária no processo <strong>de</strong> refino.A emissão total <strong>de</strong> NOx, em <strong>2009</strong>, foi <strong>de</strong>84 mil toneladas.As emissões geradas em operações <strong>de</strong>lo<strong>com</strong>otivas e equipamentos <strong>de</strong> mineraçãocorrespon<strong>de</strong>m a cerca <strong>de</strong> 70% das emissõesglobais da <strong>Vale</strong>, estando presentes,predominantemente, em áreas não habitadasou <strong>com</strong> baixo índice <strong>de</strong> ocupação, o quereduz significativamente os impactos naqualida<strong>de</strong> do ar.Emissões <strong>de</strong> óxidos <strong>de</strong> enxofre (SOx)As emissões <strong>de</strong> SOx na <strong>Vale</strong> são geradas,principalmente, em duas ativida<strong>de</strong>s: queima<strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis e processos produtivos.Para as emissões provenientes da queima <strong>de</strong><strong>com</strong>bustíveis, o cálculo foi realizado <strong>com</strong> basenos consumos e seus respectivos teores <strong>de</strong>enxofre, consi<strong>de</strong>rando-se que todo o enxofrepresente nos <strong>com</strong>bustíveis é convertidoa SO 2ou a SO 3. As emissões originárias <strong>de</strong>processo foram calculadas por balanço <strong>de</strong>massa, consi<strong>de</strong>rando-se que todo o enxofreadicionado ao processo e não presente nosprodutos ou resíduos é emitido na forma <strong>de</strong>SOx. As emissões e o processo da <strong>Vale</strong> Incoforam obtidos por meio <strong>de</strong> monitoramentodireto dos gases <strong>de</strong> exaustão.A emissão total <strong>de</strong> SOx, em <strong>2009</strong>, foi <strong>de</strong>323 mil toneladas.As emissões mais significativas estãopresentes nos processos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>níquel, especialmente nas plantas <strong>de</strong> smelter(redução) e nas refinarias que processamminérios sulfetados. Nos <strong>de</strong>mais processos,<strong>de</strong>stacam-se as operações do setor doalumínio e, em menor proporção, a logística ea pelotização. As emissões da área <strong>de</strong> logísticasão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos teores <strong>de</strong> enxofrepresentes no <strong>com</strong>bustível utilizado. As plantas<strong>de</strong> alumínio têm 78% <strong>de</strong> suas emissõesoriginadas pela queima <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis e 22%por processo. Nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pelotização,as emissões originadas pela queima <strong>de</strong><strong>com</strong>bustível representam apenas 1% <strong>de</strong> suasemissões totais, já que atualmente utilizam gásnatural em quase todos os seus fornos.64Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Operador Sustentávelpoluição atmosférica. Em todas, espera-se ojulgamento pela improcedência dos pedidos.No Canadá, permanece uma ação civil,na qual se alega o <strong>de</strong>clínio no valor <strong>de</strong>residências <strong>com</strong>o resultado <strong>de</strong> supostacontaminação histórica no solo relacionada àrefinaria <strong>de</strong> Port Colborne, na qual a empresavem se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo.Os dois novos casos registrados em <strong>2009</strong>referem-se à Alunorte e à <strong>Vale</strong>. O InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis (Ibama) autuou aAlunorte, empresa controlada pela <strong>Vale</strong>,por supostamente causar poluição no rioMurucupi por meio do lançamento <strong>de</strong>efluentes no curso d’água no processo <strong>de</strong>beneficiamento <strong>de</strong> bauxita. No outro caso,o órgão ambiental solicitou esclarecimentosobre dormentes da Estrada <strong>de</strong> Ferro<strong>de</strong> Carajás. Em ambos os casos, foramapresentadas as <strong>de</strong>fesas administrativas,e acreditamos que <strong>de</strong>veremos obterresultado favorável.EnergiaEnergia é um dos insumos fundamentais paraa sustentabilida<strong>de</strong> das ativida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong>. Porisso, mais do que garantir a disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong>sse insumo, na quantida<strong>de</strong> e no custoa<strong>de</strong>quados para as diversas unida<strong>de</strong>s, nossagestão tem <strong>com</strong>o priorida<strong>de</strong> aprimorarcontinuamente a matriz energética, <strong>com</strong>ações <strong>de</strong> curto, médio e longo prazos. O focoprincipal é contribuir para as questões globaisrelacionadas às mudanças climáticas e àconservação ambiental, <strong>de</strong> forma a garantir adisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse recurso hoje e no futuro.Atuamos em três frentes <strong>de</strong> ação principais:<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas fontes renováveis<strong>de</strong> energia, criação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong>redução do consumo total e manutenção<strong>de</strong> uma matriz energética que assegure a<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossas operações.O objetivo da gestão <strong>de</strong> energia é mantere aprimorar ações alinhadas às nossasDiretrizes Corporativas sobre MudançasClimáticas e Carbono (leia mais emwww.vale.<strong>com</strong>). A cada ano, realizamosnovas iniciativas focadas no uso <strong>de</strong> fontesrenováveis <strong>de</strong> energia e na sistematização<strong>de</strong> informações que nos ajudarão a tomar<strong>de</strong>cisões estratégicas e reduzir riscos.Entre essas iniciativas integradas <strong>de</strong>eficiência energética estão os estudos <strong>de</strong>engenharia conceitual e básica voltadosà i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> eficiênciaenergética (elétrica e <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis).Além do estudo relatado no Relatório <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> 2008, realizado na UsinaPelotizadora <strong>de</strong> Fábrica, Minas Gerais,Brasil, e finalizado em junho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foramconcluídos, no segundo semestre domesmo ano, os estudos em outras unida<strong>de</strong>sbrasileiras – Pelotização em Vitória (ES), <strong>Vale</strong>Manganês e minas <strong>de</strong> Conceição, Alegria,Fábrica Nova, Fazendão e Timbopeba,em Ouro Preto (MG) – e em unida<strong>de</strong>s da<strong>Vale</strong> Inco – Sudbury, Thompson, Clydach,Voisey’s Bay e PT Inco. Esses estudosserviram <strong>com</strong>o subsídios para a meta <strong>de</strong>redução do consumo <strong>de</strong> energia em 5% emreferência a 2008, adotada pelas unida<strong>de</strong>sda <strong>Vale</strong> Inco. O Edifício Barão <strong>de</strong> Mauá,se<strong>de</strong> administrativa da empresa, tambémfoi alvo <strong>de</strong> mapeamento <strong>de</strong> projetos.A implementação <strong>de</strong>sses projetos seráiniciada em 2010.O portfólio <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> eficiênciaenergética será renovado anualmente pormeio da realização contínua <strong>de</strong> mapeamentosem outras unida<strong>de</strong>s.Em suporte à execução <strong>de</strong> projetos, foramconstituídos Grupos Técnicos <strong>de</strong> EficiênciaEnergética (GTEE), a<strong>com</strong>panhados <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação e treinamentostécnicos específicos.Leia mais sobre projetos <strong>de</strong> eficiênciaenergética nas págs. 102 e 103.Consumo <strong>de</strong> energia diretaEm <strong>2009</strong>, o consumo <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis da<strong>Vale</strong> foi <strong>de</strong> 127 terajoules (TJ), cerca <strong>de</strong> 12%inferior a 2008. Essa queda está relacionadaà crise econômica, que <strong>de</strong>mandou aparalisação <strong>de</strong> algumas unida<strong>de</strong>s e a reduçãodo ritmo <strong>de</strong> outras.66Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteComo as paralisações ocorreramprincipalmente nas usinas <strong>de</strong> pelotização,houve ainda uma queda no consumo <strong>de</strong>gás natural, <strong>de</strong> aproximadamente 44%. Aredução da produção nas minas impactouo consumo <strong>de</strong> óleo diesel, que foi 17%menor que o registrado em 2008. Comoestamos substituindo gradativamentediesel puro por biodiesel, registramos umpercentual maior <strong>de</strong> redução do primeiro.Enquanto o consumo <strong>de</strong> diesel puro caiu42%, a redução do consumo <strong>de</strong> biodiesel(B3 e B4) foi <strong>de</strong> apenas 8%. O consumo <strong>de</strong>gasolina também foi reduzido, em 33%.O propano, utilizado nas unida<strong>de</strong>sinternacionais, sofreu uma queda <strong>de</strong>17%. No caso do GLP, usado unicamentenas áreas <strong>de</strong> preparo <strong>de</strong> alimento, houvealta <strong>de</strong> 556% no volume consumido, em<strong>de</strong>corrência da inserção <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>vários <strong>de</strong>sses setores em nossas unida<strong>de</strong>s,que antes não reportavam esse indicador.Esse gás não é utilizado no processo <strong>de</strong>produção e tem uma participação namatriz energética <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 0,01%,consi<strong>de</strong>rada insignificante.Consumo consolidado <strong>de</strong> insumos <strong>com</strong>bustíveis(mil TJ/ano)151 145200721184362200813254251127<strong>2009</strong>19143543EtanolBiodiesel (B100)Carvão vegetalHidrelétrica (PCHs) *Outros **Combustíveis<strong>de</strong> navegação ***Carvão mineralGás naturalDieselÓleo <strong>com</strong>bustívelRenováveisNão renováveis*PCH – Pequena Central Hidrelétrica.**Propano, GLP/Propano, Querosene, Gasolina, Coque e CO Rich gas.***Combustíveis utilizados pelos navios próprios da <strong>Vale</strong> – Intermediate Fuel Oil (IFO) e Marine Gas Oil (MGO).A redução no consumo <strong>de</strong> óleo<strong>com</strong>bustível foi influenciada pela quedaacentuada na pelotização, que registrouredução <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 95%, <strong>de</strong> 116 miltoneladas, em 2008, para apenas 964toneladas, em <strong>2009</strong>. Essa redução ocorreuem função <strong>de</strong> dois fatores principais: aparalisação da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Luís e asubstituição <strong>de</strong> óleo por gás natural nasoutras unida<strong>de</strong>s. As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> caulimtambém reduziram o consumo <strong>de</strong> óleo<strong>com</strong>bustível, ficando <strong>com</strong> 21 mil toneladas,ante 57 mil toneladas do ano anterior.O consumo <strong>de</strong> carvão mineral foi 40%maior em <strong>2009</strong>. Esse acréscimo se <strong>de</strong>veao pleno funcionamento da cogeração daAlunorte, que utiliza o carvão mineral <strong>com</strong>o<strong>com</strong>bustível.Consumo total <strong>de</strong> energia direta em unida<strong>de</strong>s usuaisCombustíveis 2008 <strong>2009</strong> Unida<strong>de</strong>sCarvão vegetal 155 75 milhares <strong>de</strong> toneladas métricasCarvão 906 600 milhares <strong>de</strong> toneladas métricasGás natural 703 381 milhões <strong>de</strong> m³GLP 2.338 3.502 toneladasÓleo <strong>com</strong>bustível 847 721 milhares <strong>de</strong> toneladas métricasGasolina 4 2 milhões <strong>de</strong> litrosDiesel 239 139 milhões <strong>de</strong> litrosDiesel B2, B3 e B4 959 684 milhões <strong>de</strong> litrosQuerosene 6 3 milhões <strong>de</strong> litrosPropano 428 280 milhares <strong>de</strong> m³Coque 23 14 milhares <strong>de</strong> toneladas métricasCO rich gas 8 15 milhões <strong>de</strong> m³PCHs 2,2 2,1 TWhOs dados divulgados no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> 2008 da <strong>Vale</strong> para gás natural, GLP, óleo <strong>com</strong>bustível,gasolina, diesel e propano foram atualizados.67


Operador SustentávelEm <strong>2009</strong>, nossashidrelétricasaumentaram aparticipação em nossamatriz energéticaConsumo <strong>de</strong> energia indiretaEm <strong>2009</strong>, um ano atípico por conta dacrise internacional, o consumo <strong>de</strong> energiaelétrica da <strong>Vale</strong> chegou a 14,9 TWh, oque representa uma redução <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 23% em relação a 2008 (19,3 TWh). Oconsumo <strong>de</strong> energia elétrica foi impactadoprincipalmente pela paralisação <strong>de</strong>algumas unida<strong>de</strong>s, <strong>com</strong>o Pelotização SãoLuís, Pelotização Fábrica, Mina <strong>de</strong> ÁguaLimpa e Urucum Ligas, além da redução <strong>de</strong>ritmo <strong>de</strong> produção em outras.No cenário internacional, po<strong>de</strong>mos<strong>de</strong>stacar a redução <strong>de</strong> 34% no consumoda <strong>Vale</strong> Inco, ocasionada tanto pela criseeconômica global <strong>com</strong>o pela paralisação<strong>de</strong> algumas operações no Canadá. A <strong>Vale</strong>Manganèse France registrou uma redução<strong>de</strong> 20% em relação ao ano anterior,enquanto a <strong>Vale</strong> Manganese Norway teveredução <strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> 3%.Consumo consolidado<strong>de</strong> energia indireta22,7 TWh81,9 mil TJ19,3 TWh69,6 mil TJ14,9 TWh53,9 mil TJ2007 2008 <strong>2009</strong>Consumo total <strong>de</strong> energia elétricaAo investirmos na produção <strong>de</strong> energia paraaten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda das nossas operaçõesglobais, nos protegemos contra a volatilida<strong>de</strong>dos preços, além <strong>de</strong> minimizar riscosregulatórios, climáticos e <strong>de</strong> suprimento.A <strong>Vale</strong> produz 39% da sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>energia elétrica, seja por meio <strong>de</strong> hidrelétricasou do potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis.Desse total consumido, 6,1 TWh foramproduzidos por nossas usinas hidrelétricas, sejano Brasil ou no exterior (sendo 63% produzidospelas usinas das quais participamos por meio<strong>de</strong> consórcios e por nossas PCHs no Brasil e37% pelas usinas hidrelétricas da <strong>Vale</strong> Inco noCanadá e na Indonésia).A queda no consumo, no cenáriobrasileiro, permitiu que as hidrelétricas da<strong>Vale</strong> (consórcios e PCHs) aumentassemo percentual <strong>de</strong> participação na nossamatriz energética <strong>de</strong> 13%, em 2008, para16%, em <strong>2009</strong>. Ocorre que, pela legislaçãobrasileira, apenas as unida<strong>de</strong>s que são 100%controladas pela <strong>Vale</strong> po<strong>de</strong>m receber energiagerada nessas hidrelétricas. Se levarmos emconsi<strong>de</strong>ração o total <strong>de</strong> energia consumidapor essas unida<strong>de</strong>s, a participação das nossashidrelétricas chega a 48%.Também utilizamos 0,8 TWh <strong>de</strong>energia elétrica produzida pelas seguintesfontes térmicas:• a cogeração energética na Alunorteaproveita o vapor do processo para gerar0,23 TWh (23% do consumo);• o processo da Cadam, por meio dosgeradores a óleo <strong>com</strong>bustível, supre toda aunida<strong>de</strong> <strong>com</strong> um total <strong>de</strong> 0,49 TWh;• a unida<strong>de</strong> da PTInco gerou 0,09 TWh<strong>de</strong> energia elétrica (apenas 4% <strong>de</strong>toda a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> energia elétricada unida<strong>de</strong>) por meio da queima <strong>de</strong><strong>com</strong>bustíveis fósseis.68Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Desempenho dos NegóciosGovernança corporativaRecursos humanos saú<strong>de</strong> e segurança meio ambienteO restante da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> energiaelétrica da <strong>Vale</strong> (61%) é proveniente<strong>de</strong> <strong>com</strong>pra das re<strong>de</strong>s nacionais, dosrespectivos países.Investimos na produção <strong>de</strong> energia para aten<strong>de</strong>rà <strong>de</strong>manda das nossas operações globais.MATRIZ ENERGÉTICAO consumo <strong>de</strong> todas as fontes diretase indiretas na <strong>Vale</strong> está apresentadona matriz energética abaixo. Conforme<strong>de</strong>monstrado, 73% <strong>de</strong> nossa energiaindireta (eletricida<strong>de</strong> <strong>com</strong>prada) éproveniente <strong>de</strong> fontes hidrelétricas, oque contribui para os baixos níveis <strong>de</strong>emissões indiretas <strong>de</strong> CO 2. O percentualé menor do que o reportado em 2008,que foi <strong>de</strong> 76%. Essa queda ocorreuporque houve um aumento percentualda participação da energia fornecidapor nossas hidrelétricas (PCHs), oque nos permitiu <strong>com</strong>prar menorquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros.Distribuição do consumo total<strong>de</strong> energia elétrica11,6%11,3%2,9% 0,6%BrasilAmérica do norteÁsiaEuropaOceania73,6%Matriz energética consolidada <strong>2009</strong>(total = 181 mil TJ)0,005%1%1%1%8%2%5%22%8%23%10%19%*Intermediate Fuel Oil (IFO) e Marine Gas Oil (MGO).**Propano, GLP/Propano, Querosene, Gasolina, Coque e CO Rich gas.***Hidrelétricas e biomassa.****Nuclear e térmica.Óleo <strong>com</strong>bustívelDieselCarvão mineralGás naturalHidrelétrica (PCH)Combustíveis <strong>de</strong> navegação *Carvão vegetalOutros **Biodiesel (B100)EtanolEletricida<strong>de</strong><strong>com</strong>prada – renovável ***Eletricida<strong>de</strong><strong>com</strong>prada – outros ****Energia diretaEnergia indireta69


Catalisador do<strong>de</strong>senvolvimento localProcuramos estabelecer alianças <strong>com</strong> atoresestratégicos <strong>de</strong> diferentes setores – público,privado e socieda<strong>de</strong> civil – para a articulação e oplanejamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentolocal integrado. Buscamos atuar <strong>de</strong> formaconjunta para gerar um legado positivo nasregiões on<strong>de</strong> atuamos.70Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


TETEmoçambiqueNosso projeto <strong>de</strong> exploração<strong>de</strong> carvão em Moatize seguenosso princípio <strong>de</strong> fortalecer orelacionamento <strong>com</strong> as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>se realizar ações <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>nas áreas on<strong>de</strong> a <strong>Vale</strong> atua. Aos pésdo baobá, promovemos o diálogo<strong>com</strong> os moradores da região.71


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento local<strong>de</strong>senvolvimento localTecendo re<strong>de</strong>sAtuamos em parceria <strong>com</strong> governose socieda<strong>de</strong> para promover o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável dosterritórios on<strong>de</strong> operamosOs investimentos na mineração trazemoportunida<strong>de</strong>s para os territórios –elevação da arrecadação <strong>de</strong> impostos,geração <strong>de</strong> empregos, aumento damassa salarial e, consequentemente, darenda familiar, entre outros benefícios.O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio da <strong>Vale</strong> é captar essasoportunida<strong>de</strong>s, a fim <strong>de</strong> construir umlegado <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> (social,econômico e ambiental) nas regiõeson<strong>de</strong> operamos.Atuando <strong>de</strong> maneira integrada <strong>com</strong> osgovernos e a socieda<strong>de</strong>, procuramosinternalizar as oportunida<strong>de</strong>s geradas pelapresença da <strong>Vale</strong> nas regiões, estimulando aaplicação <strong>de</strong> impostos em investimentos eminfraestrutura, a qualificação <strong>de</strong> trabalhadores e<strong>de</strong> fornecedores e a diversificação econômica.Assim, contribuímos para o <strong>de</strong>senvolvimentolocal no médio e no longo prazo.GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO LOCALPossuímos diversos programas e ferramentas,nas nossas diferentes áreas e regiões <strong>de</strong> atuação,para gerenciar os impactos socioambientais<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> nossas ativida<strong>de</strong>s.Na análise <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>projetos, adotamos a metodologia Front-End--Loading (FEL), que abrange aspectos sociais,<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, segurança e meio ambiente, além<strong>de</strong> riscos econômicos e operacionais.Além disso, <strong>com</strong> base no estudo ambiental,social e econômico realizado no EIA/Rima(Estudo <strong>de</strong> Impacto Ambiental e Relatório<strong>de</strong> Impacto <strong>de</strong> Meio Ambiente) e em outrosestudos ambientais e socioeconômicos,consi<strong>de</strong>ramos os potenciais impactos <strong>de</strong>nossa presença nas regiões <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as fases<strong>de</strong> licenciamento até a implantação dosnossos projetos.Por meio <strong>de</strong> diferentes programas, procuramosmitigar os riscos e potencializar asoportunida<strong>de</strong>s nos territórios em que atuamos.Essas ferramentas são utilizadas emconjunto <strong>com</strong> os Diagnósticos Integrados<strong>de</strong> Socioeconomia realizados pela Fundação72Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor<strong>Vale</strong>. Os diagnósticos estimam, por meio<strong>de</strong> projeções socioeconômicas, possíveisimpactos da presença da <strong>Vale</strong> nessesterritórios, nos âmbitos local e regional.Até o momento, já foram elaboradosDiagnósticos Integrados <strong>de</strong> Socioeconomianas seguintes regiões: Barcarena, Abaetetubae Paragominas; Estrada <strong>de</strong> Ferro Carajás (EFC);Estrada <strong>de</strong> Ferro Vitória a Minas (EFVM); MinasGerais (minas do sistema Sul e Su<strong>de</strong>ste); Rio<strong>de</strong> Janeiro; su<strong>de</strong>ste do Pará e Vitória, todas noBrasil; e em Moçambique, na África. Em <strong>2009</strong>,foi iniciado o diagnóstico em Sergipe, nosmunicípios da área <strong>de</strong> influência do Projeto<strong>de</strong> Potássio Carnalita. Para 2010, está previstoo início da atualização dos diagnósticos,<strong>com</strong>eçando pelo su<strong>de</strong>ste do Pará. Por meio<strong>de</strong>ssas iniciativas, buscamos mecanismospara evitar ou minimizar os impactosnegativos e maximizar os impactos positivos<strong>de</strong> nossa atuação. Os principais impactosgerados por nossas ativida<strong>de</strong>s estão <strong>de</strong>scritosno quadro ao lado.ImpactoeconômicopositivoImpactoeconômiconegativoDiretos• Geração <strong>de</strong> empregos• Qualificação profissional• Aumento da arrecadação pública• Contratação <strong>de</strong> produtose serviço s locais• Investimentos em serviçose infraestrutura• Impactos ambientais• Interferência <strong>com</strong> o uso da terra• Riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntesIndiretos• Desenvolvimento econômico• Geração <strong>de</strong> empregos indiretos• Aumento da massa salarial• Dinamização <strong>de</strong> outros setoreseconômicos• Atração <strong>de</strong> fornecedores• Desenvolvimento <strong>de</strong> fornecedores locais• Atração <strong>de</strong> investimentos <strong>de</strong> diversasesferas dos setores público e privado• Melhoria da infraestrutura local• Pressão sobre a infraestrutura e os serviçospúblicos em <strong>de</strong>corrência do aumento<strong>de</strong>mográfico• Especulação imobiliária em áreas remotasem função da baixa oferta <strong>de</strong> moradia e daalta <strong>de</strong>manda• Geração do efeito <strong>de</strong> vazamentoeconômico por conta da contratação <strong>de</strong>fornecedores e <strong>de</strong> empregados <strong>de</strong> outrasregiões pela falta <strong>de</strong> especialização localProgramas e práticas<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> impactosCientes das potenciais consequências<strong>de</strong> nossas ativida<strong>de</strong>s, procuramos, pormeio <strong>de</strong> diferentes programas, mitigar osriscos e potencializar as oportunida<strong>de</strong>snos territórios em que estamos presentes.O conhecimento da região on<strong>de</strong>atuaremos e a previsão dos impactosque o empreendimento po<strong>de</strong>rá causarpossibilitam a elaboração <strong>de</strong> planos <strong>de</strong>gestão socioambiental específicos e<strong>de</strong>talhados, aplicáveis à realida<strong>de</strong> local.Programas e práticaspor fases do empreendimentoEstudo <strong>de</strong> impacto ambiental, social e econômicoGestão <strong>de</strong> impacto ambiental, social e econômicoPlano <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> minaDesenvolvimento <strong>de</strong> fornecedoresQualificação profissional(empregados e <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s)Relacionamento <strong>com</strong> <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s(inclusive <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s tradicionais)Valorização do patrimônio culturalProgramas sociaisLicenciamento/ImplantaçãoOperaçãoFechamentoEsses planos são um importanteinstrumento para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões nagestão dos investimentos sociais da <strong>Vale</strong>. Ocorrência Intensa Ocorência Mo<strong>de</strong>radaAs iniciativas que realizamos na gestãodos impactos também contribuem para o<strong>de</strong>senvolvimento local sustentável. Dentreelas, <strong>de</strong>stacamos os seguintes programas:Qualificação profissional, Relacionamento<strong>com</strong> <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s, Relacionamento <strong>com</strong><strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s tradicionais, Valorização dacultura e outros Programas Sociais (leia maissobre os programas em www.vale.<strong>com</strong>).Cabe <strong>de</strong>stacar também a participaçãonos Programas <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong>Fornecedores (PDF) nas regiões on<strong>de</strong> atuamos,por meio <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamento queenvolve entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe, órgãos <strong>de</strong> governose instituições <strong>de</strong> ensino. Essa iniciativa é voltadapara a qualificação e o <strong>de</strong>senvolvimento dosfornecedores locais, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> fomentara geração <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio.Des<strong>de</strong> 2008, realizamos o Programa Inove, queintegra as ações das diferentes áreas da empresa,focado no fortalecimento <strong>de</strong> pequenos e médiosfornecedores. Especialmente nos locais maisremotos, procuramos <strong>de</strong>senvolver fornecedoresda região <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> contribuir parao <strong>de</strong>senvolvimento local e a melhoria dascondições sociais e econômicas da população(leia mais no capítulo Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Valor).73


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localNosso objetivo é contribuirpara redução do déficit dainfraestrutura urbanaFundação valeA Fundação <strong>Vale</strong> tem <strong>com</strong>o missãocontribuir para o <strong>de</strong>senvolvimentointegrado – econômico, ambiental esocial – dos territórios on<strong>de</strong> a <strong>Vale</strong> atuano Brasil, articulando e potencializando osinvestimentos sociais, fortalecendo o capitalhumano nas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e respeitando asi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s culturais locais.Nas unida<strong>de</strong>s internacionais, a atuaçãosocial da <strong>Vale</strong> é realizada por equipes locais.Nossa estratégia consi<strong>de</strong>ra a criação <strong>de</strong>Fundações <strong>Vale</strong> internacionais, alinhadas<strong>com</strong> as diretrizes da Fundação <strong>Vale</strong> no Brasil,respeitando sempre as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cada região. Já possuímos Fundações <strong>Vale</strong>na Colômbia e em Moçambique. Está emandamento a implementação da Fundaçãona Nova Caledônia 1 .Nossa atuação consi<strong>de</strong>ra as especificida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cada território e têm <strong>com</strong>o base a Política<strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável. RealizamosDiagnósticos Integrados em Socioeconomia,amplos estudos que reúnem informações<strong>de</strong> cada território e permitem i<strong>de</strong>ntificar asnecessida<strong>de</strong>s e as potencialida<strong>de</strong>s específicas<strong>de</strong> cada um. Esses estudos servem <strong>de</strong> basepara a elaboração dos Planos <strong>de</strong> Gestão dosInvestimentos Sociais (PGIS), <strong>com</strong> foco nas áreas<strong>de</strong> atuação da Fundação <strong>Vale</strong>: infraestruturaurbana e habitacional, gestão pública e<strong>de</strong>senvolvimento humano e econômico.Acreditamos no diálogo intersetorial evalorizamos a construção coletiva por meioda integração dos interesses <strong>com</strong>uns entregoverno, iniciativa privada e socieda<strong>de</strong>civil organizada. Dessa maneira, buscamos<strong>de</strong>ixar um legado <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> nasregiões on<strong>de</strong> a <strong>Vale</strong> atua, agindo <strong>de</strong> forma amelhorar as condições <strong>de</strong> vida das populações,fortalecendo o relacionamento <strong>com</strong> as<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e realizando ações estruturantes.InfraestruturaNosso objetivo é contribuir para a reduçãodo déficit <strong>de</strong> infraestrutura urbana(saneamento básico, tratamento <strong>de</strong> resíduossólidos, drenagem e pavimentação) ehabitacional. Atuamos em parceria <strong>com</strong>as prefeituras, <strong>de</strong>senvolvendo projetosexecutivos e apoiando a captação <strong>de</strong> recursosdisponíveis nas esferas estadual e fe<strong>de</strong>ralpara a implantação das obras. Tambéma<strong>com</strong>panhamos a implantação dos projetose apoiamos as prefeituras na gestão dosprocessos. Até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, 72 projetosexecutivos foram concluídos ou estavam emelaboração para 40 municípios dos estadosdo Pará, Maranhão, Espírito Santo e MinasGerais, importantes áreas <strong>de</strong> atuação da<strong>Vale</strong> no Brasil. Desses projetos, 30 já foramprotocolados para repasse <strong>de</strong> recursos do PAC– Programa <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento –do Governo Fe<strong>de</strong>ral Brasileiro.1 A Fundação na Nova Caledônia é um dos pilares do Pacto <strong>de</strong>Desenvolvimento Sustentável do Gran<strong>de</strong> Sul, assinado entrea <strong>Vale</strong> Inco Nouvelle-Calédonie e as populações Kanak do sulda ilha em 2008. No Relatório <strong>de</strong> 2008, foi feita referência àcriação da referida Fundação. Sua implementação aguarda oandamento dos trâmites legais para a sua operação. Outrosdois pilares que constituem o Pacto <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável do Gran<strong>de</strong> Sul são o Comitê Consultivo IndígenaAmbiental (criado em <strong>2009</strong>) e a associação <strong>de</strong> reflorestamento(prevista para 2010).74Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorNossas ações nos territórios consi<strong>de</strong>ramas especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada local.Gestão PúblicaPor meio <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> intenção assinados<strong>com</strong> as prefeituras, trabalhamos peranteo po<strong>de</strong>r público para o fortalecimento dagestão pública. Desenvolvemos programasestruturantes em educação, saú<strong>de</strong>, or<strong>de</strong>naçãoe limpeza urbana e apoiamos as prefeiturasna melhoria da gestão administrativo--financeira, para redução <strong>de</strong> gastos ecaptação <strong>de</strong> financiamentos.Também atuamos na melhoria da gestãopública por meio <strong>de</strong> programas <strong>com</strong>o:• Ação Educação: colabora para a melhoriada gestão pública da educação municipal,por meio do planejamento da Política <strong>de</strong>Educação em quatro dimensões: gestãoeducacional, formação continuada, práticaspedagógicas e infraestrutura. Possibilita queas secretarias i<strong>de</strong>ntifiquem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>articulação e mobilização, somando esforçosem favor dos <strong>com</strong>promissos assumidos nosâmbitos municipal e estadual.• Ação Saú<strong>de</strong>: colabora para a melhoria dasaú<strong>de</strong> coletiva e da família, priorizandoa saú<strong>de</strong> materno-infantil. Promove aformação <strong>de</strong> células ativas, <strong>com</strong>postaspor profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educadores,li<strong>de</strong>ranças <strong>com</strong>unitárias e, principalmente,mulheres e jovens, <strong>com</strong> vista à redução damorbida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> infantil.Na tabela abaixo, conheça outros programasque merecem <strong>de</strong>staque (leia mais emwww.vale.<strong>com</strong>):Programa Período <strong>de</strong> realização Nº <strong>de</strong> beneficiadosEscola que <strong>Vale</strong> 2000 a <strong>2009</strong> mais <strong>de</strong> 170 mil<strong>Vale</strong> Alfabetizar 2003 a <strong>2009</strong> 120 milNovas Alianças 2007 a <strong>2009</strong> mais <strong>de</strong> 1.05075


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localDesenvolvimento humanoe econômicoAs Estações Conhecimento são a principaliniciativa nessa frente e consistem emnúcleos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano eeconômico i<strong>de</strong>alizados pela Fundação <strong>Vale</strong>que seguem o mo<strong>de</strong>lo rural ou urbano. Oobjetivo é contribuir para a melhoria daqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e o <strong>de</strong>senvolvimentointegrado e sustentável das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s. Osnúcleos são organizações da socieda<strong>de</strong> civil<strong>de</strong> interesse público (Oscips), viabilizadas pormeio <strong>de</strong> parcerias locais <strong>com</strong> o po<strong>de</strong>r públicoe entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil organizada.O público prioritário das EstaçõesConhecimento são crianças e adolescentes<strong>de</strong> 6 a 18 anos. A intenção é promover açõesintegradas, <strong>de</strong> longo prazo, que contribuampara o <strong>de</strong>senvolvimento integral da pessoa.Nos núcleos, os participantes são estimuladosem práticas esportivas (natação, atletismo,judô e futebol), em ativida<strong>de</strong>s culturais, noconvívio social e no empreen<strong>de</strong>dorismo.Entre os programas sociais <strong>de</strong>senvolvidosestão: Re<strong>de</strong> que <strong>Vale</strong> – Empregabilida<strong>de</strong>, <strong>Vale</strong>Juventu<strong>de</strong> – Participação Juvenil, <strong>Vale</strong> Música– Cultura e Brasil <strong>Vale</strong> Ouro – Esporte. Sobreesse programa, leia mais no case da pág. 77.dos alunos e das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s. É umlegado <strong>de</strong> conhecimento sistematizadoe institucionalizado para as regiões eos municípios on<strong>de</strong> estamos presentes.Serão aproximadamente 30 mil jovensbeneficiados por meio <strong>de</strong> 18 núcleos, queserão construídos até 2012 nos estados doMaranhão, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará,Sergipe e Rio <strong>de</strong> Janeiro. O mapa abaixomostra o planejamento <strong>de</strong> implantação dasEstações Conhecimento no Brasil.Em Moçambique, duas Estações Conhecimentoestão em fase <strong>de</strong> implantação na áreado Projeto Moatize (Carvão), em Tete. NaColômbia, também foi inaugurada uma EstaçãoConhecimento na região <strong>de</strong> La Loma, próximoà Mina <strong>de</strong> Carvão El Hatillo, e está prevista aimplantação <strong>de</strong> mais uma na região <strong>de</strong> Ciénaga.Estação conhecimento316 617Respeitando as vocações produtivas locais,as Estações trabalham o conhecimentoa<strong>de</strong>quado para cada região, elegendo ca<strong>de</strong>iasprodutivas <strong>com</strong> maior valor agregado e quepossam ganhar escala <strong>de</strong> produção. Essasca<strong>de</strong>ias são organizadas junto aos produtores,que recebem apoio técnico e encontramnas Estações a tecnologia e a articulaçãonecessárias para o processamento e a<strong>com</strong>ercialização <strong>de</strong> sua produção.As Estações Conhecimento tambémprocuram disseminar novas tecnologias emetodologias <strong>de</strong> aprendizagem entre seusprofissionais. A maioria <strong>de</strong>les é constituídapor funcionários públicos cedidos pelaprefeitura parceira e/ou o governo estadual,que são capacitados para estimular práticaseducativas relacionadas ao cotidianoEm Operação (02)Em implantação (11)Em Planejamento (05)Total <strong>de</strong> 18 operações até 20124121521371481091115181. Apa do Gelado Parauapebas2. Tucumã3. Barcarena4. Marabá5. Curionópolis6. Arari7. <strong>Vale</strong> do Jequitinhonha8. Brumadinho9. Deodoro10. Mangaratiba11. Governador Valadares12. Canaã dos Carajás13. Ourilândia do Norte14. Nova Lima15. Serra16. Concórdia do Pará17. São Luís18. Capela76Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorCASEBrasilFormando campeõesNa busca por talentos esportivos, a Fundação <strong>Vale</strong> lançou o programa Brasil <strong>Vale</strong> Ouro, que visa selecionare preparar atletas nas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> judô, natação e atletismo, nas cida<strong>de</strong>s brasileiras on<strong>de</strong>a empresa atua. Esse é um dos maiores projetos <strong>de</strong> caça-talentos do país e representa o apoio da<strong>Vale</strong> no segmento <strong>de</strong> esportes <strong>de</strong> alto rendimento. O principal objetivo é ajudar o Brasil a se tornaruma potência olímpica e, além disso, <strong>de</strong>ixar para as gerações futuras um legado <strong>de</strong> conhecimentosistematizado em treinamentos esportivos, em ciência esportiva e na formação <strong>de</strong> profissionaisligados ao esporte.O programa funciona <strong>de</strong>ntro das Estações Conhecimento, Núcleos <strong>de</strong> Desenvolvimento Humanoe Econômico, cuja gestão é <strong>com</strong>partilhada entre a <strong>Vale</strong>, o po<strong>de</strong>r público e a socieda<strong>de</strong> civil. Osnúcleos atuam <strong>com</strong>o agentes articuladores <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais, voltadas para o <strong>de</strong>senvolvimento localdas regiões on<strong>de</strong> a empresa opera.O programa Brasil <strong>Vale</strong> Ouro conta, ainda, <strong>com</strong> o Centro Nacional <strong>de</strong> Excelência, que ficará sediadono Círculo Militar <strong>de</strong> Deodoro, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Em parceria <strong>com</strong> os ministérios da Defesa e doEsporte, a <strong>Vale</strong> irá construir no local uma pista profissional <strong>de</strong> atletismo e dois alojamentos <strong>com</strong>capacida<strong>de</strong> para 100 atletas. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, foi inaugurado o mo<strong>de</strong>rno ginásio <strong>de</strong> judô doCentro, <strong>com</strong> seis áreas <strong>de</strong> treinamento simultâneo e arquibancada para 1.500 pessoas.Todos os jovens das Estações Conhecimento que alcançarem índice olímpico terão a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ser transferidos para o Centro <strong>de</strong> Excelência, on<strong>de</strong> contarão <strong>com</strong> apoio financeiro e a<strong>com</strong>panhamentoprofissional <strong>de</strong> equipe multidisciplinar, <strong>com</strong>posta por médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos,professores <strong>de</strong> educação física e assistentes sociais. Com essa estrutura, procuramos contribuir<strong>com</strong> uma melhor preparação dos atletas do Brasil <strong>Vale</strong> Ouro para os Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2016, queserão sediados pela primeira vez na América do Sul, na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ), Brasil.77


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localQueremosestimular o diálogoe a transparênciaentre os setoresCASEPesca na praia do BoqueirãoA <strong>Vale</strong>, ciente da sua responsabilida<strong>de</strong> social perante os impactoscausados <strong>com</strong> a implantação do Píer IV do Terminal Portuário <strong>de</strong>Ponta da Ma<strong>de</strong>ira, em São Luís, está realizando o Programa <strong>de</strong> DesenvolvimentoSocioeconômico da Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> PescadoresArtesanais da Praia do Boqueirão. O Estudo <strong>de</strong> Impacto Ambiental(EIA) <strong>de</strong>finiu as áreas afetadas pelo empreendimento. Por isso, pormeio da Fundação <strong>Vale</strong>, propusemos a construção participativa <strong>de</strong>um programa <strong>de</strong> apoio à pesca artesanal na praia do Boqueirão.Foram realizadas reuniões <strong>com</strong> pescadores e li<strong>de</strong>ranças <strong>com</strong>unitáriase também articulações <strong>com</strong> o sindicato, o Serviço Brasileiro<strong>de</strong> Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional<strong>de</strong> Aprendizagem Comercial (Senac) e o Estaleiro Escola, assim<strong>com</strong>o visita às instalações da <strong>Vale</strong> no porto.A equipe da Fundação participou das audiências públicas em queforam apresentados os eixos do programa: valorizar e conservara cultura da pesca artesanal, colaborar para a geração <strong>de</strong> renda econtribuir para o exercício da cidadania. A primeira etapa do programa,<strong>de</strong>senvolvida em <strong>2009</strong>, incluiu a realização <strong>de</strong> uma pesquisaque classificou os pescadores em três grupos, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong>a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesca na praia para melhor <strong>de</strong>finir o atendimento.Além disso, uma especialista em biologia marinha a<strong>com</strong>panhou aprodução local e analisou as potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> rendados grupos.Des<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, os 51 pescadores inscritos no programa,junto <strong>com</strong> suas famílias, participam da qualificação, por meio<strong>de</strong> um convênio <strong>com</strong> o Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Rural(Senar), e recebem mensalmente uma bolsa-auxílio vinculada àparticipação nos cursos. O programa inclui ainda a distribuição<strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> pesca artesanal, kit <strong>de</strong> segurança e apoio para obtenção<strong>de</strong> documentos pessoais. Até 2012, tempo previsto paraa duração <strong>de</strong>ssa ação, a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> da praia <strong>de</strong> Boqueirão teráoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer outras experiências <strong>com</strong>unitárias <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento local, por meio <strong>de</strong> visitas técnicas.BrasilParceria Social Público-PrivadaO <strong>de</strong>bate internacional vem pautando aimportância da Parceria Público-Privada (PPP)na dimensão econômica do <strong>de</strong>senvolvimentoterritorial. E a Fundação <strong>Vale</strong>, a partir <strong>de</strong> suaexperiência <strong>de</strong> articulação <strong>com</strong> governos e asocieda<strong>de</strong>, sugere uma nova proposição paraas PPPs, inserindo a dimensão social e criandoa Parceria Social Público-Privada (PSPP).A PSPP <strong>de</strong>manda uma nova postura dasempresas, dos governos e da socieda<strong>de</strong>em geral. O investimento social privadopassa a ser planejado em ações <strong>de</strong> médioe longo prazos, baseadas em diagnósticossocioeconômicos e integradas a políticassociais emancipatórias, <strong>com</strong> metas eindicadores <strong>de</strong> resultados. Desse modo,estimula o diálogo e a transparência para aconstrução <strong>de</strong> uma visão <strong>com</strong>um, capaz <strong>de</strong>integrar esforços em favor da geração <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s locais e da melhor aplicaçãodos recursos, numa convergência <strong>de</strong>interesses entre as partes envolvidas.Com essa nova perspectiva, a PSPPrespon<strong>de</strong> às diversida<strong>de</strong>s das regiõese às suas potencialida<strong>de</strong>s, permitindoa articulação entre o po<strong>de</strong>r públicoe as empresas. Com isso, integramosas ações dos diferentes agentes emtorno <strong>de</strong> uma visão <strong>com</strong>um, <strong>de</strong> modo amaximizar resultados e contribuir para o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável dos territórios.Po<strong>de</strong>mos citar <strong>com</strong>o exemplo <strong>de</strong> PSPP asiniciativas que a <strong>Vale</strong> está <strong>de</strong>senvolvendo,<strong>com</strong>o o acordo para fomentar o turismosolidário no <strong>Vale</strong> do Jequitinhonha, emMinas Gerais, a parceria na elaboração <strong>de</strong>projetos <strong>de</strong> infraestrutura e a criação dasEstações Conhecimento, para fortalecer oempreen<strong>de</strong>dorismo e oferecer ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>arte, cultura e esporte para jovens.78Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorCASEBrasilFortalecendo os municípiosA Fundação <strong>Vale</strong> integra e apoia a união <strong>de</strong> esforços mútuos para a criação<strong>de</strong> mecanismos capazes <strong>de</strong> aperfeiçoar a gestão pública, bem <strong>com</strong>opromover ações que contribuam para o <strong>de</strong>senvolvimento humano eeconômico das regiões em que atuamos. Uma iniciativa nesse sentidofoi a parceria firmada entre a fundação e a Prefeitura <strong>de</strong> Abaetetuba, noPará, área <strong>de</strong> influência da <strong>Vale</strong>.Investimentos SociaisA estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável da <strong>Vale</strong> está ancorada em nossacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar e distribuir valor. Alémdos mecanismos diretos e indiretos <strong>de</strong>distribuição <strong>de</strong> riquezas, <strong>com</strong>o pagamento<strong>de</strong> impostos, salários e benefícios, <strong>com</strong>pra <strong>de</strong>produtos e serviços, realizamos investimentossociais em projetos que trazem benefíciospara a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> local.Esses investimentos incluem ações <strong>de</strong>educação, cultura, geração <strong>de</strong> renda eestímulo ao fortalecimento do capital social,por meio <strong>de</strong> programas da Fundação <strong>Vale</strong>, <strong>de</strong>patrocínios 1 e doações, entre outros. O totalinvestido pela <strong>Vale</strong> em <strong>2009</strong> foi <strong>de</strong> US$ 200,9milhões. A redução <strong>de</strong> 13% em <strong>com</strong>paraçãoa 2008 <strong>de</strong>ve-se à estratégia <strong>de</strong> redução <strong>de</strong>custos adotada pela empresa para enfrentaro cenário econômico global recessivo,<strong>de</strong>stacando-se que essa queda é inferior àqueda <strong>de</strong> faturamento/produção.Conforme observado no gráfico ao lado,cerca <strong>de</strong> 16% do total investido, US$ 31,4milhões, é <strong>de</strong>stinado a obras para melhoria<strong>de</strong> infraestrutura urbana. A queda dosinvestimentos nesse setor <strong>de</strong> 2007 para 2008(<strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o quadro abaixo) <strong>de</strong>ve-se àconclusão <strong>de</strong> projetos. O valor investido nosúltimos três anos é <strong>de</strong> US$ 168 milhões.1 A gestão <strong>de</strong> patrocínios da <strong>Vale</strong> consi<strong>de</strong>ra, no processo <strong>de</strong>aprovação, a a<strong>de</strong>quação e a relevância dos projetos para arealida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada local e seu alinhamento <strong>com</strong> a nossa estratégia<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. As áreas prioritáriassão: cultural, ambiental, social e técnica.Em <strong>2009</strong>, realizamos um seminário que <strong>de</strong>u início ao planejamento estratégicoda prefeitura. Em dois dias <strong>de</strong> trabalho, conduzidos por uma consultoraespecializada em gestão pública, foram levantados os marcos <strong>de</strong>governo e as metas a serem alcançadas até o fim do mandato. A i<strong>de</strong>ia eratraçar metas que fossem concretas, mensuráveis e alcançáveis. Além disso,foram levantados os programas existentes para a concretização <strong>de</strong>ssesobjetivos. A partir daí, criou-se um grupo estratégico para a<strong>com</strong>panhamentodas ações a serem implantadas para cumprimento das metas.Investimento social total(US$ milhões)23120072312008200,9<strong>2009</strong>Investimento social por tipo(<strong>2009</strong> – US$ 200,9 milhões)10%12%12%14%RelacionamentoCulturaInfraestruturaTreinamentoSaú<strong>de</strong>EducaçãoOutros18%16%17%Investimentos em infraestrutura 2007 2008 <strong>2009</strong>Total US$ milhões 99,2 37,7 31,4Apoio a serviços públicos 6% 19% 60%Por tipoRealização <strong>de</strong> obras 94% 81% 40%Total 100% 100% 100%Pro bono 14% 18% 1%Por formaEngajamento <strong>com</strong>ercial 13% 40% 26%Materiais/produtos 73% 42% 73%Total 100% 100% 100%Por tipo – Apoio a serviços públicos: realizado por meio <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> serviços, <strong>com</strong>o arcar <strong>com</strong> oscustos da contratação <strong>de</strong> enfermeiros, professores etc. Realização <strong>de</strong> obras: obras <strong>de</strong> pavimentação <strong>de</strong>estradas, construção <strong>de</strong> escola s e hospitais, entre outras.Por forma – Pro bono: ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida em prol <strong>de</strong> benefício público, <strong>com</strong>o alocação <strong>de</strong> pessoas <strong>com</strong>funções <strong>de</strong>finidas em ativida<strong>de</strong>s durante o tempo previsto <strong>de</strong> trabalho, <strong>com</strong> recursos da empresa.Engajamento <strong>com</strong>ercial: ativida<strong>de</strong> que gera benefício público, mas que primariamente gera benefícioeconômico ou retorno <strong>de</strong> investimento para a empresa. Materiais/produtos: investimento em infraestruturaem espécie, por provisão <strong>de</strong> serviços ou pela entrega <strong>de</strong> um produto.79


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localCASEBrasilDesenvolvimento da Gran<strong>de</strong> VitóriaEm <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> finalizou a elaboração do Diagnóstico Socioeconômico dos municípios da Gran<strong>de</strong> Vitória,no Espírito Santo. Nessa região, a <strong>Vale</strong> opera plantas <strong>de</strong> pelotização <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro e o Porto <strong>de</strong>Tubarão. O estudo, feito a partir da análise <strong>de</strong> dados oficiais e <strong>de</strong> entrevistas <strong>com</strong> li<strong>de</strong>ranças, associações<strong>de</strong> moradores e autorida<strong>de</strong>s, vai orientar as ações e os investimentos sociais da empresa para o <strong>de</strong>senvolvimentoda região, que inclui, além da capital, as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cariacica, Serra e Vila Velha.Ao entregar o diagnóstico para as autorida<strong>de</strong>s do estado, a <strong>Vale</strong> anunciou a realização <strong>de</strong> cinco ações, jános primeiros meses <strong>de</strong> 2010, que representam um investimento da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> US$ 28,7 milhões. Essesprojetos foram criados levando em consi<strong>de</strong>ração as <strong>de</strong>mandas prioritárias apontadas pelo estudo:• <strong>com</strong> a Prefeitura <strong>de</strong> Vila Velha, será feito o projeto executivo <strong>de</strong> engenharia para as obras <strong>de</strong> dragagemdo Canal <strong>de</strong> Marilândia, que minimizará o alagamento da Av. Carlos Lin<strong>de</strong>mberg, evitando a interdição<strong>de</strong> uma das principais ligações entre Vila Velha, Cariacica e Vitória em dias <strong>de</strong> chuva intensa;• parceria <strong>com</strong> as prefeituras da Serra e <strong>de</strong> Vitória no projeto <strong>de</strong> Melhorias do Sistema <strong>de</strong> EsgotamentoSanitário do bairro Hélio Ferraz, que além <strong>de</strong> contribuir para a <strong>de</strong>spoluição está associado a outro projeto<strong>de</strong> regularização fundiária <strong>de</strong> parte da <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>, beneficiando cerca <strong>de</strong> 650 famílias;• <strong>com</strong> a Prefeitura <strong>de</strong> Cariacica será <strong>de</strong>senvolvido o projeto executivo <strong>de</strong> pavimentação e drenagem <strong>de</strong>25 quilômetros <strong>de</strong> vias públicas, já que a falta <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> urbana foi apontada pelo diagnóstico<strong>com</strong>o uma das principais questões estruturais da cida<strong>de</strong>;• para Vitória será feito o projeto executivo <strong>de</strong> restauração e implantação <strong>de</strong> duas construções históricas:a biblioteca municipal no Palácio Domingos Martins e a residência Cerqueira Lima. A iniciativa estáalinhada <strong>com</strong> o projeto <strong>de</strong> revitalização da região central da capital capixaba;• doação ao governo do estado da área conhecida <strong>com</strong>o Morro da Companhia, on<strong>de</strong> já está instaladoo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema). No terreno, localizado em Cariacica, será instalado oCentro <strong>de</strong> Pesquisas, Inovação e Desenvolvimento (CPID), que contará <strong>com</strong> estrutura para dar suportecientífico e tecnológico às indústrias em projetos ambientais.80Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorGeração <strong>de</strong> emprego e rendaInvestimos, cada vez mais, na contratação <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> obra local, gerando oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> trabalho às populações das cida<strong>de</strong>sno entorno <strong>de</strong> nossas operações nointuito <strong>de</strong> alavancar o <strong>de</strong>senvolvimentosocioeconômico <strong>com</strong>unitário.Como gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> nossos negóciosencontra-se em áreas remotas e <strong>de</strong> difícilacesso, atuamos em parceria <strong>com</strong> asiniciativas pública e privada para fomentara formação <strong>de</strong> serviços básicos, <strong>com</strong>ohabitação e saú<strong>de</strong>, e qualificar profissionaispara a nossa ca<strong>de</strong>ia produtiva.No Brasil, além dos programas <strong>de</strong> educaçãoexterna da <strong>Vale</strong>r – Educação <strong>Vale</strong>, os Centros<strong>de</strong> Educação Profissional <strong>Vale</strong> (CEPs), criadosem parceria <strong>com</strong> instituições <strong>de</strong> ensino,exemplificam <strong>com</strong>o se dá a nossa estratégia<strong>de</strong> contratação local. Os CEPs são escolas<strong>de</strong> ensino profissionalizante, construídas eequipadas pela <strong>Vale</strong>, on<strong>de</strong> são ministradoscursos <strong>de</strong> qualificação para as ativida<strong>de</strong>s daca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>de</strong> mineração e <strong>com</strong> foco nasustentabilida<strong>de</strong> e no fomento das vocaçõesregionais, <strong>com</strong>o cursos <strong>de</strong> construção civil ehotelaria. Com atualmente quatro unida<strong>de</strong>s,três no Pará e uma em São Luís, os CEPsformaram 13.623 pessoas em <strong>2009</strong>, emdiversas qualificações técnicas.CASEAções <strong>de</strong> apoioàs <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>sNossas operações internacionais <strong>de</strong> níquel mantêm diversos investimentosem infraestrutura. Na <strong>Vale</strong> Inco Newfoundland & Labrador, porexemplo, está em construção uma central <strong>de</strong> bombeiros que aten<strong>de</strong>ráàs necessida<strong>de</strong>s da <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> fornecer apoio à nossa operação.A estação possuirá escritório, sala <strong>de</strong> treinamento e garagema<strong>de</strong>quada para o caminhão <strong>de</strong> bombeiros, além <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação que servirão <strong>com</strong>o Centro <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Emergência. Aconclusão da estação está prevista para o primeiro semestre <strong>de</strong> 2010.Na nossa operação em Goro, na Nova Caledônia, estamos apoiandoalguns projetos, <strong>com</strong>o a restauração <strong>de</strong> duas igrejas e <strong>de</strong> um supermercado.As ações são coor<strong>de</strong>nadas pela Província do Sul e beneficiarãoa <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> local. Em <strong>2009</strong>, foi acordado um financiamento para aconstrução <strong>de</strong> um Centro <strong>de</strong> Educação em Meio Ambiente, que, além<strong>de</strong> fornecer informações sobre esse tema, oferecerá ativida<strong>de</strong>s educativaspara crianças.Outra ação na área <strong>de</strong> infraestrutura urbana está sendo conduzidaem Thompson, Manitoba. A <strong>Vale</strong> Inco opera a estação <strong>de</strong> tratamento<strong>de</strong> água, que fornece água potável e gratuita para todas as residênciase ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios da cida<strong>de</strong>. Investimentos feitos pelaempresa propiciaram melhorias na estação. Representantes da <strong>Vale</strong>Inco também participam <strong>com</strong>o membros do Comitê <strong>de</strong> Infraestruturada Cida<strong>de</strong>, auxiliando no planejamento <strong>de</strong> ações solicitadas pela<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>.CanadáNovaCaledôniaA <strong>Vale</strong> investiu em <strong>2009</strong> US$ 1,5 milhãoem obras e equipamentos dos CEPs.Em Parauapebas (PA), a implantação dolaboratório <strong>de</strong> soldagem, o mais mo<strong>de</strong>rnoda região, foi fundamental para a ofertada formação <strong>de</strong> soldadores na região, emparceria <strong>com</strong> a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Uberlândia (UFU) e o Senai PA.Em São Luís, foi implementado o programa<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra local para aconstrução do Píer IV do Porto <strong>de</strong> Ponta daMa<strong>de</strong>ira da <strong>Vale</strong>, que formou 300 jovens daárea do Itaqui Bacanca, vizinha às instalaçõesda nossa empresa. Ainda no CEP <strong>de</strong> SãoLuís, por meio do projeto Indústria doProcuramos gerar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho para aspopulações das cida<strong>de</strong>s no entorno <strong>de</strong> nossas operações.81


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localConhecimento, <strong>de</strong> inclusão digital e incentivoà leitura, foram realizados mais <strong>de</strong> 8 milatendimentos em <strong>2009</strong>. O projeto é fruto <strong>de</strong>uma parceria <strong>com</strong> o Sesi e o Senai MA.I<strong>de</strong>alizamos também iniciativas queestimulam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong><strong>de</strong> serviços e fornecedores locais. Além disso,implementamos o Programa <strong>de</strong> FormaçãoProfissional, que irá qualificar técnicos paraas nossas operações (leia mais no capítuloRecursos humanos, pág. 43).As estratégias <strong>de</strong> contratação são traçadas pormeio do mapeamento prévio <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas domercado <strong>de</strong> trabalho local. Além <strong>de</strong> levantara quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais necessários emcada etapa das nossas operações, i<strong>de</strong>ntificamosoutros pontos relevantes para a contrataçãolocal, tal qual exemplificado no quadro ao lado.Em <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> apresentou um percentualgeral <strong>de</strong> 77% 2 <strong>de</strong> contratação local 3 . Paraposições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, o índice é <strong>de</strong> 48%, umavez que as <strong>com</strong>petências requeridas para oscargos gerenciais são mais específicas.A estratégia <strong>de</strong> promover a sustentabilida<strong>de</strong>e a autossuficiência das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s, pormeio da geração <strong>de</strong> empregos e renda,também está sendo levada às nossasoperações no exterior. Em Omã, no OrienteMédio, on<strong>de</strong> estamos implementandouma planta <strong>de</strong> pelotização e um <strong>com</strong>plexoportuário, assumimos <strong>com</strong> o governolocal o <strong>com</strong>promisso <strong>com</strong> o programa <strong>de</strong>“Omanização”. Trata-se <strong>de</strong> um plano paraaumentar <strong>de</strong> 60% para 80% a utilização <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> obra local em nossas operações nopaís, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> maximizar a absorção<strong>de</strong> profissionais omanis no setor privado.Em Moçambique, África, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvemoso projeto Moatize, nos mobilizamos para gerarmão <strong>de</strong> obra qualificada e, assim, contribuirpara o <strong>de</strong>senvolvimento regional. Com esseobjetivo, oferecemos cursos e treinamentos2 Este indicador consi<strong>de</strong>ra resultados globais, mas não incluioperações cana<strong>de</strong>nses, nas quais esse monitoramento nãoé realizado. Empregados próprios <strong>de</strong>ste indicador (EC7) correspon<strong>de</strong>ma 84% (<strong>2009</strong>) do total <strong>de</strong> empregados reportados(LA1). Projetos não incluídos.3 Apesar <strong>de</strong> o cálculo do indicador ter consi<strong>de</strong>rado <strong>com</strong>o local oestado <strong>de</strong> nascimento dos empregados, a prática <strong>de</strong> contrataçãoadotada, quando aplicável, prioriza resi<strong>de</strong>ntes do estado, enão necessariamente os naturais <strong>de</strong>le.nas áreas <strong>de</strong> carpintaria, serralharia, alfaiataria,eletricida<strong>de</strong> geral, além <strong>de</strong> construção civil,moda e confecções. Por intermédio da<strong>Vale</strong>r, foram iniciadas, em <strong>2009</strong>, as açõesdo Programa <strong>de</strong> Formação Profissionalpara capacitar profissionais nos cursos <strong>de</strong>Operação <strong>de</strong> Mina e Soldagem. A formaçãoCASEDiagnósticosAtração e<strong>de</strong>senvolvimentoRetenção<strong>de</strong> pessoas• Mapeamento <strong>de</strong> profissionais por negócio, área e <strong>com</strong>petências• Mapeamento da infraestrutura local• Mapeamento do contexto social• Mapeamento <strong>de</strong> fornecedores/parceiros• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> recrutamento• Definição do pacote <strong>de</strong> remuneração• Formação e especialização <strong>de</strong> profissionais• Desenvolvimento <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> educação profissional• Parcerias e <strong>de</strong>senvolvimento da infraestrutura necessária para arealização das formações• Desenho do Plano <strong>de</strong> Transição <strong>de</strong> Pessoas, para apoiar o processo <strong>de</strong>mudança <strong>de</strong> profissionais• Apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento da infraestrutura local: saú<strong>de</strong>, habitação,educação e lazer• Educação Continuada• Gestão da Performance• Carreira & SucessãoCapacitar para crescerestá sendo implementada em parceria <strong>com</strong> oSenai Brasil, em função da ausência <strong>de</strong> escolastécnicas na região. Para dar continuida<strong>de</strong>à qualificação <strong>de</strong> profissionais, investimosainda no <strong>de</strong>senvolvimento da infraestruturaeducacional local, construindo escolas, salas<strong>de</strong> aula e laboratórios.Em <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> financiou, nas suas operações cana<strong>de</strong>nses, duas iniciativaspara fornecer capacitação às <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s remotas e aborígenes. A primeirafoi a renovação da parceria entre a <strong>Vale</strong> Inco e a Canadian ExecutiveService Organization (Ceso), organização sem fins lucrativos que atua napromoção da autossuficiência das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s aborígenes e na reduçãoda pobreza. A partir <strong>de</strong> 2010 e até o fim <strong>de</strong> 2012, a Ceso receberá recursosanuais para <strong>de</strong>senvolver projetos <strong>de</strong> treinamento e tutoria.Os projetos respon<strong>de</strong>rão às necessida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas pelas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>saborígenes em todo o Canadá. Os voluntários do Ceso serão responsáveispelo treinamento e pela tutoria – no local – tanto nas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s<strong>com</strong>o nos centros urbanos. Entre as ações a serem realizadas estão criação<strong>de</strong> empresas, <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>com</strong>unitário e capacitaçãorelacionada a finanças, recursos humanos e <strong>com</strong>unicação. A finalida<strong>de</strong> é<strong>de</strong>senvolver um grupo governante aborígene mais eficiente e economicamentesaudável.A outra iniciativa é uma parceria <strong>com</strong> o Cambrian College, instituição educativaem Sudbury, para <strong>de</strong>senvolver uma sala <strong>de</strong> aula itinerante que permitiráa realização <strong>de</strong> estudos e trabalhos especializados, beneficiando as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>sremotas do norte <strong>de</strong> Ontário. Por meio <strong>de</strong> em um trailer <strong>de</strong> altatecnologia, equipado <strong>com</strong> ar, gás, aquecimento e uma antena parabólica,que gera sua própria eletricida<strong>de</strong>, a sala <strong>de</strong> aula itinerante oferecerá várioscursos, <strong>com</strong>o eletrônica, soldagem, serralheiro, mecânico, entre outros.Canadá82Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorMineração artesanale <strong>de</strong> pequena escalasignificativa da ocorrência <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s emnossas áreas <strong>de</strong> concessão.A mineração artesanal ou <strong>de</strong> pequena escalaé responsável pela geração <strong>de</strong> trabalho erenda para milhares <strong>de</strong> famílias ao redor domundo, exercendo um importante papelno <strong>de</strong>senvolvimento social e econômico <strong>de</strong>muitos países.Como empresa global, buscamoscontribuir para a transferência <strong>de</strong> boaspráticas tecnológicas e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> esegurança, principalmente em países em<strong>de</strong>senvolvimento. Em <strong>2009</strong>, aprovamosa Política <strong>de</strong> Direitos Humanos da <strong>Vale</strong>,que aborda, entre outros temas, questõesreferentes a mineração artesanal e <strong>de</strong>pequena escala. Esse assunto tambémconstará do Guia <strong>de</strong> Direitos Humanos,que será <strong>de</strong>senvolvido no <strong>de</strong>correr doano <strong>de</strong> 2010.No estado brasileiro <strong>de</strong> Minas Gerais, em2008, a <strong>Vale</strong> fez o pedido <strong>de</strong> cessão gratuitae voluntária dos direitos minerários sobrea Pedreira Santa Efigênia à Cooperativados Trabalhadores. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>,<strong>com</strong> o apoio da empresa e da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ouro Preto (UFOP), a cooperativaprotocolou o Formulário <strong>de</strong> Caracterizaçãodo Empreendimento Integrado naSuperintendência Regional <strong>de</strong> Minas Geraise no Departamento Nacional <strong>de</strong> ProduçãoMineral. O processo para a obtenção dodireto <strong>de</strong> lavra encontra-se em trâmite.Em <strong>2009</strong>, em Minas Gerais, a área <strong>de</strong>Segurança Empresarial da <strong>Vale</strong> realizoufiscalizações nas unida<strong>de</strong>s operacionais daempresa on<strong>de</strong> há risco <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>prática <strong>de</strong> garimpagem clan<strong>de</strong>stina. Há aintenção <strong>de</strong> inserir esse tema na pauta <strong>de</strong>reuniões realizadas <strong>com</strong> as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sseestado localizadas próximas às operações. Aolongo do ano foram i<strong>de</strong>ntificadas 42 ocorrênciase, <strong>com</strong> a intervenção da Polícia Civil, foram<strong>de</strong>tidas 22 pessoas.Em 2008, a PT Inco havia registrado mineraçãoartesanal e <strong>de</strong> pequena escala em algumasáreas <strong>de</strong> concessão na Indonésia, especialmenteno período <strong>de</strong> alta nos preços <strong>de</strong> níquel. Com acrise econômica em <strong>2009</strong>, houve uma reduçãoNo Projeto Trés Valles, <strong>de</strong>senvolvido na<strong>com</strong>unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salamanca (Chile), 70mineradores artesanais que trabalhavamem áreas pertencentes à <strong>Vale</strong> foramrealocados. Des<strong>de</strong> 2007, está em vigênciaum acordo firmado <strong>com</strong> a Asociación Minera<strong>de</strong> Salamanca (Asomi) por meio do qual,além da realocação para áreas autorizadaspara exploração, a <strong>Vale</strong> se <strong>com</strong>promete acontribuir para a melhoria das condições<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, segurança e saú<strong>de</strong>,mediante a instalação e a transferência dosacampamentos e a implementação <strong>de</strong> umsistema <strong>de</strong> assistência técnica ao terreno.Estão previstas também outras ações, <strong>com</strong>o:o apoio aos profissionais no cumprimentodos padrões produtivos e <strong>de</strong> segurançaestabelecidos pela legislação vigente e peloAcordo <strong>de</strong> Produção Limpa; a construção<strong>de</strong> dois acampamentos, que atendam àscondições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança requeridaspela ativida<strong>de</strong>; e a assistência técnica emtemas relacionados a segurança, geologia eexploração mineral. A equipe da <strong>Vale</strong> tambémrealiza mensalmente capacitação sobre temas<strong>de</strong> interesse do grupo.CASECom as mãos na massaOs resi<strong>de</strong>ntes da Província do Sul <strong>de</strong> Nova Caledônia <strong>com</strong>emoraram ainauguração do Prédio Comunitário, realizada em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. Asobras, que duraram sete meses, foram parcialmente financiadas pela <strong>Vale</strong>Inco Nouvelle-Calédonie. O projeto empregou nove jovens, que apren<strong>de</strong>ramvárias ativida<strong>de</strong>s da área <strong>de</strong> construção, <strong>com</strong>o pintura, serviços elétricos,alvenaria e carpintaria. Além do treinamento teórico, os aprendizestiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticar, possibilitando o ganho <strong>de</strong> experiência,essencial nesse campo.Em 2006, a <strong>Vale</strong> Inco Nouvelle-Calédonie criou o programa ProjetosComunitários, em parceria <strong>com</strong> a Província do Sul e o Conselho TradicionalDjubéa Kapone, que é um dos oito conselhos tradicionais na NovaCaledônia. Um dos objetivos do programa é proporcionar treinamentopara a juventu<strong>de</strong> das tribos locais. O projeto já capacitou cerca <strong>de</strong> 60jovens na área da construção civil.NovaCaledônia83


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localI<strong>de</strong>ntificamos e analisamos as situações <strong>de</strong>risco através <strong>de</strong> ferramentas específicas e<strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> os processos produtivos.A <strong>Vale</strong> mantém um sistema <strong>de</strong> registro ea<strong>com</strong>panhamento das ocorrências, quecontribui para a criação <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong>prevenção e a redução das consequências.Ferrovias da <strong>Vale</strong> no BrasilA <strong>Vale</strong> opera, no Brasil, aproximadamente11 mil 1 quilômetros <strong>de</strong> malha ferroviária. Aslinhas percorrem <strong>de</strong>z estados, passando porcerca <strong>de</strong> 400 municípios. Em muitos locais,houve o crescimento das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s nasproximida<strong>de</strong>s das ferrovias, aumentando orisco <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes.Inci<strong>de</strong>ntesEntre os aspectos relevantes da gestãodo relacionamento da <strong>Vale</strong> <strong>com</strong> as<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s estão a ação preventiva,o monitoramento permanente e abusca <strong>de</strong> soluções para inci<strong>de</strong>ntes <strong>com</strong>potencial para afetar as pessoas que vivemnas regiões on<strong>de</strong> atuamos. A partir doenvolvimento da <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>, agimos <strong>de</strong>forma a prevenir os riscos, minimizar asocorrências e dar um atendimento rápidoquando um inci<strong>de</strong>nte ocorre.Ocorrência nas ferrovias operadas pela <strong>Vale</strong> no Brasil por MTKm(milhão <strong>de</strong> trem km)9080706050403020100837824 259,013,0674326,21510 10,56,0 6,0 5,220,522,817,9 18,114,17,44,4 6,6 5,55,8 2,8 3,84,12,72001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 <strong>2009</strong>FcaEFvm*Fonte: Unigofer – Sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> ocorrências ferroviárias da <strong>Vale</strong> no Brasil, que possui equida<strong>de</strong> <strong>com</strong> osregistros da Agência Nacional <strong>de</strong> Transportes Terrestres (ANTT). A Ferrovia Norte Sul passou a ser operada pela<strong>Vale</strong> em 2008. São 580 km construídos, dos quais 452 km estão em operação pela <strong>Vale</strong>, entre Açailândia e Colinas.EFcFnsApesar <strong>de</strong> apresentarmos melhoria constanteno indicador Aci<strong>de</strong>nte por MTKm (milhão <strong>de</strong>trem km), que leva em conta os aci<strong>de</strong>ntes emfunção da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trens e da distânciapercorrida, sabemos que ainda precisamosavançar mais.As principais iniciativas em andamento são:• análise <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> riscos;• melhoria no sistema <strong>de</strong> gestão dasocorrências ferroviárias;• expansão do centro <strong>de</strong> capacitaçãoferroviária;• campanhas educativas e <strong>de</strong> sensibilização;• avaliação <strong>de</strong> novas tecnologias, <strong>com</strong>o osfreios eletropneumáticos;• melhoria <strong>de</strong> sinalização;• programa <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> treinamentos ereciclagem para as áreas operacionais.Análise <strong>de</strong> riscosNossas ativida<strong>de</strong>s, produtos e serviçosenvolvem aquisição, armazenamento,manuseio, uso, transferência e <strong>de</strong>scarte<strong>de</strong> produtos químicos diversos, <strong>com</strong>osolventes, óleos lubrificantes e <strong>com</strong>bustíveis,sendo alguns potencialmente perigosos.A gestão <strong>de</strong>sses produtos visa i<strong>de</strong>ntificar eminimizar os riscos <strong>de</strong> nossas operações, pormeio <strong>de</strong> procedimentos técnicos, equipes1 Incluindo a Ferrovia Norte Sul.84Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorcapacitadas, consultorias especializadas eauditorias periódicas, a fim <strong>de</strong> nos manterem conformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> a legislação e <strong>com</strong> os<strong>de</strong>mais requisitos aplicáveis.As situações <strong>de</strong> risco associadas às nossasoperações são i<strong>de</strong>ntificadas e analisadasatravés <strong>de</strong> ferramentas específicas e<strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> os processos produtivos e,<strong>com</strong> isso, possibilitam a adoção <strong>de</strong> medidaspreventivas apropriadas e alinhadas aossistemas sob análise. Adicionalmente, cadaunida<strong>de</strong> operacional conta, ainda, <strong>com</strong>um Plano <strong>de</strong> Atendimento a Emergênciaespecífico, além <strong>de</strong> pessoal capacitado, a fim<strong>de</strong> minimizar as perdas e os danos às pessoase ao meio ambiente.eventos aci<strong>de</strong>ntais e os critérios <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação,otimizando a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão por parte dasáreas envolvidas.A tabela a seguir apresenta os inci<strong>de</strong>ntessignificativos 2 <strong>com</strong> potencial impacto nas<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s, <strong>com</strong> as causas já i<strong>de</strong>ntificadas e asações <strong>de</strong> bloqueio adotadas nas nossas operações 3 :2 “Inci<strong>de</strong>nte significativo” da GRI correspon<strong>de</strong> à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>“aci<strong>de</strong>nte crítico” usada pela <strong>Vale</strong>, ou seja, aquele que ultrapassaos limites <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da unida<strong>de</strong> operacional e apresentaimpacto residual sobre o meio ambiente e/ou saú<strong>de</strong> e segurança<strong>de</strong>ntro ou fora da unida<strong>de</strong> operacional.3 Os inci<strong>de</strong>ntes ferroviários são reportados separadamente, pormeio do indicador internacionalmente adotado (aci<strong>de</strong>ntes pormilhão <strong>de</strong> trem km). Os dados <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento são reportadosno capítulo Meio Ambiente, por meio do indicador EN23,na página 63.Realizamos, em <strong>2009</strong>, um trabalho <strong>de</strong>avaliação das situações <strong>de</strong> riscos, por meio<strong>de</strong> auditoria externa, a fim <strong>de</strong> verificar ograu <strong>de</strong> implantação do gerenciamento <strong>de</strong>risco das unida<strong>de</strong>s operacionais no Brasil,consi<strong>de</strong>rando a i<strong>de</strong>ntificação dos perigos,as ações <strong>de</strong> bloqueio e os seus respectivosplanos <strong>de</strong> atendimento à emergênciapara mitigar os impactos dos inci<strong>de</strong>ntes. Aavaliação resultou num nível a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>implantação, re<strong>com</strong>endando aprimorar osprocedimentos para realização <strong>de</strong> simulados.O processo <strong>de</strong> Análise e Gerenciamento <strong>de</strong>Riscos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurança e Meio Ambiente,iniciado em 2008, continua em implantaçãoe já possibilitou a homogeneização e aracionalização <strong>de</strong> recursos e materiais paraprevenção e mitigação dos riscos, tantoambientais <strong>com</strong>o os <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança,nas diferentes fases do ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> nossosempreendimentos (mais <strong>de</strong>talhes na página 49).O processo <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação <strong>de</strong> ocorrênciasambientais foi aperfeiçoado <strong>com</strong> a publicação<strong>de</strong> uma instrução específica <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação.Foi publicada uma Instrução Corporativa paraComunicação <strong>de</strong> Ocorrências Ambientais,que tem <strong>com</strong>o objetivo estabelecera metodologia para classificação <strong>de</strong>eventos aci<strong>de</strong>ntais e assegurar/garantir a<strong>com</strong>unicação <strong>de</strong> ocorrências ambientais àárea <strong>de</strong> meio ambiente para fins <strong>de</strong> apoio,gerenciamento e a<strong>com</strong>panhamento.Adicionalmente, esse procedimentopossibilitou a homogeneização, em todosos nossos negócios, da classificação dosLocalida<strong>de</strong> Empresa Inci<strong>de</strong>nte Causa(s) Ações <strong>de</strong> bloqueioParáParáMaranhãoMinas GeraisMinas GeraisManitobaNewfoundlandand LabradorPPSAAlunorte<strong>Vale</strong>FCA<strong>Vale</strong><strong>Vale</strong> Inco<strong>Vale</strong> IncoNewfoundland& Labrador(Planta<strong>de</strong> LongHarbour, emconstrução)Combustão <strong>de</strong>hidrossulfito <strong>de</strong>sódioTransbordamento<strong>de</strong> lama vermelhaTransbordamento<strong>de</strong> efluentecontendo minério<strong>de</strong> ferroÓleo no rioItapecericaQueda <strong>de</strong> minério<strong>de</strong> ferro nocórrego VargemGran<strong>de</strong>Interrupção dofornecimento <strong>de</strong>águaIncêndio florestalatingindo 25hectaresVazamento econtato <strong>com</strong>águaChuvas intensasChuvas intensasRe<strong>de</strong> <strong>de</strong>drenagem oleosasubdimensionadaAusência <strong>de</strong>estruturas <strong>de</strong>contençãoFalha noequipamentoda planta <strong>de</strong>tratamento <strong>de</strong>água que forneceágua potável paraa cida<strong>de</strong>As causasnão forami<strong>de</strong>ntificadaspelas autorida<strong>de</strong>slocais• Armazenamento em contêineres• Dique <strong>de</strong> contenção• Inspeção rotineira na áreado armazém• Redimensionamento dos ponds<strong>de</strong> armazenamento• Redimensionamento do sistema<strong>de</strong> bombeamento• Redimensionamento das bacias<strong>de</strong> contenção• Revisão do programa <strong>de</strong>manutenção periódica da re<strong>de</strong><strong>de</strong> drenagem• Redimensionamento e segregação dasre<strong>de</strong>s <strong>de</strong> drenagem oleosa e pluvial• Revisão do programa <strong>de</strong>manutenção e inspeção• Implantação <strong>de</strong> diques <strong>de</strong>contenção• Revisão do programa <strong>de</strong>manutenção e inspeção• Comunicados imediatos à populaçãopelas autorida<strong>de</strong>s locais• Monitoramento do fornecimento <strong>de</strong>água até sua normalização, <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> os parâmetros do governo• A<strong>de</strong>quação dos equipamentos paraaumento da vazão <strong>de</strong> tratamento<strong>de</strong> água e melhoria dos parâmetros<strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong>, visando aoatendimento da <strong>de</strong>manda da<strong>com</strong>unida<strong>de</strong> e à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>novas medidas <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong>falhas <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> processo• Controle do incêndio <strong>com</strong> oapoio das autorida<strong>de</strong>s locais paraminimização da área impactada• Reforço das medidas <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação perante as<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s sobre os riscos <strong>de</strong>incêndio e a manutenção <strong>de</strong> aceiros 11 Terreno <strong>de</strong>sbastado <strong>de</strong> vegetação, que se abre em torno ou através das matas para evitar a propagação <strong>de</strong> incêndios.85


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localCASEReassentamento em MoçambiqueEm Moçambique, o Plano <strong>de</strong> Ação do Reassentamento visa ao atendimento total<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 980 famílias até o fim <strong>de</strong> 2010, sendo 300 oriundas <strong>de</strong> Chipanga, Mithethee Bagamoio. Essas famílias serão reassentadas no bairro 25 <strong>de</strong> Setembro,na Vila <strong>de</strong> Moatize, on<strong>de</strong> fixarão residência e utilizarão os equipamentos <strong>de</strong> educaçãoe saú<strong>de</strong> já existentes. Tais equipamentos estão sendo expandidos e melhoradospara respon<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas da população.Desse total, o maior contingente, mais <strong>de</strong> 650 famílias, será reassentado na região<strong>de</strong> Cateme, que fica a 36 km da Vila <strong>de</strong> Moatize. A maior parte <strong>de</strong>ssas famíliastem perfil rural. Para esse reassentamento foi projetado um conjunto <strong>de</strong> infraestruturasbásicas para moradia, atendimento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> educação, cultura,saú<strong>de</strong>, esportes e espaço para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agricultura(machambas), voltadas para consumo e venda.As duas regiões que estão recebendo as famílias <strong>de</strong>slocadas irão sediar uma EstaçãoConhecimento, núcleo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano e econômico que promoveativida<strong>de</strong>s culturais, esportivas, <strong>de</strong> educação profissionalizante e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Em Cateme, as ativida<strong>de</strong>s da Estação serão <strong>com</strong>plementadas <strong>com</strong> a construção<strong>de</strong> uma fazenda-mo<strong>de</strong>lo e <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong>monstrativos agropecuários. A fazenda-mo<strong>de</strong>loterá <strong>com</strong>o finalida<strong>de</strong> a produção <strong>de</strong> alimentos para merenda escolare <strong>de</strong> farinha multimistura para o programa nutricional, além <strong>de</strong> contar <strong>com</strong> áreapara pastagem.Dentre as principais ações realizadas em <strong>2009</strong>, <strong>de</strong>stacam-se:• visitas em campo para a<strong>com</strong>panhamento do impacto das obras, planejamentoe a<strong>com</strong>panhamento da execução <strong>de</strong> <strong>de</strong>tonações e trabalhos <strong>com</strong> maquinário<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte;• visitas domiciliares para entrega dos pacotes <strong>de</strong> subsídio alimentar;• vistorias <strong>de</strong> imóveis i<strong>de</strong>ntificados para atendimento das in<strong>de</strong>nizações assistidas,a<strong>com</strong>panhamento da regularização fundiária dos imóveis e sua efetiva transferênciaao reassentado;• a<strong>com</strong>panhamento <strong>de</strong> cerimônias tradicionais;• i<strong>de</strong>ntificação, negociação e pagamento <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nizações <strong>de</strong> machambas (áreasagrícolas) e imóveis <strong>com</strong>erciais e sazonais impactados pela obra;• atendimento nos gabinetes <strong>de</strong> plantão social nas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> origem e assentamento<strong>de</strong> Cateme;• visitas em campo para o planejamento das frentes <strong>de</strong> remoção e inventário <strong>de</strong>animais a trasladar;• traslado <strong>de</strong> animais (bovinos e caprinos por pastoreio, outros por transporterodoviário);• a<strong>com</strong>panhamento do processo <strong>de</strong> transferência das famílias.O Plano <strong>de</strong> Ação para Reassentamento foi baseado em amplo censo socioeconômicoaplicado às <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s vizinhas ao empreendimento e a áreas anfitriãs doreassentamento. Todo o processo seguiu as diretivas do Banco Mundial, que incluemações <strong>com</strong>o consulta às <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e às pessoas afetadas; disponibilização<strong>de</strong> canal <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação para reclamações e busca <strong>de</strong> soluções <strong>com</strong> relaçãoà <strong>com</strong>pensação e ao <strong>de</strong>slocamento; realização <strong>de</strong> censo socioeconômico parai<strong>de</strong>ntificar as pessoas a serem <strong>de</strong>salojadas pelo projeto; e participação informadadas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s em todas as etapas.MoçambiqueReassentamento involuntárioAs ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração, logística e<strong>de</strong>mais empreendimentos, algumas vezes,exigem o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s.Sempre que possível, procuramos evitar ou,pelo menos, minimizar o reassentamento,buscando projetos alternativos.Ao elaborar planos <strong>de</strong> reassentamento, a<strong>Vale</strong> busca adotar práticas alinhadas <strong>com</strong> asdiretrizes do Banco Mundial sobre o tema.As re<strong>com</strong>endações incluem ações paramitigar os impactos sociais e econômicosdos <strong>de</strong>slocamentos involuntários.A <strong>Vale</strong> está elaborando o Termo<strong>de</strong> Referência para Processos <strong>de</strong>Reassentamento, <strong>com</strong> a<strong>com</strong>panhamentosocial. Nosso objetivo é assegurarum tratamento equitativo às famílias<strong>de</strong>slocadas, bem <strong>com</strong>o oferecer acessoa oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico e social.Os objetivos do documento são:• adotar um princípio único para a atuaçãodos empreendimentos, que consi<strong>de</strong>remas boas práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>social corporativa;• reproduzir e adaptar para a realida<strong>de</strong>dos nossos negócios os padrões <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho ditados pelo Banco Mundial,pelo ICMM e pelo Pacto Global, entreoutros;• orientar os diferentes processos na<strong>Vale</strong> que envolvam o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>pessoas;• contribuir para estudos e programassocioeconômicos;• reduzir os impactos causados pelaremoção;• assegurar às famílias padrões a<strong>de</strong>quados<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e mecanismos <strong>de</strong>inclusão social.86Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorNossa expectativa é <strong>de</strong> que esse termo<strong>de</strong> reassentamento apoie a implantaçãodos nossos projetos, apontando caminhospossíveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável,economicamente viável e socialmente justodas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s afetadas.Em Minas Gerais, em <strong>2009</strong>, 17 domicíliosforam <strong>de</strong>slocados em função da implantação<strong>de</strong> projetos (Mina do Baú e Apolo) ou doimpacto em áreas próximas às ativida<strong>de</strong>soperacionais em Itabira. Os reassentamentosforam realizados por meio <strong>de</strong> processos <strong>de</strong>in<strong>de</strong>nização e in<strong>de</strong>nização assistida, conformeo acordo estabelecido entre as partes. Esseprocesso foi resultado das reuniões <strong>de</strong>Diálogo Social realizadas na <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>.Já no Peru, o Estudo <strong>de</strong> Impacto Ambientaldo Projeto Bayóvar indicou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>remoção <strong>de</strong> três famílias, cuja ativida<strong>de</strong> principalé a criação <strong>de</strong> gado. Foram construídas novasmoradias para as famílias reassentadas.O maior processo <strong>de</strong> reassentamento ocorreuem Moçambique, na área próxima ao projeto<strong>de</strong> carvão Moatize. Até o fim <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, 217famílias haviam sido <strong>de</strong>slocadas, sendo 203por reassentamento sem in<strong>de</strong>nização (<strong>com</strong>o a<strong>com</strong>panhamento <strong>de</strong> todo o processo<strong>de</strong> transição) e 14 famílias optaram pelain<strong>de</strong>nização, conforme acordo estabelecidoentre as partes. Os <strong>com</strong>promissos assumidospela <strong>Vale</strong> na implantação da infraestrutura <strong>de</strong>suporte às famílias reassentadas envolvema concepção do projeto urbanístico ea construção <strong>de</strong> novas moradias, <strong>de</strong>equipamentos sociais e <strong>de</strong> serviços, <strong>com</strong>oescolas, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, posto policial, entreoutros (leia mais no case da pág. 86).Aquisição <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>Nas unida<strong>de</strong>s próprias da <strong>Vale</strong> no Brasil,o processo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>respeita um procedimento formal enormativo, <strong>de</strong>finido pela equipe <strong>de</strong>patrimônio. Também são envolvidas aFundação <strong>Vale</strong> e as áreas <strong>de</strong> ComunicaçãoRegional, Saú<strong>de</strong> e Segurança Ocupacionale Empresarial e Meio Ambiente. Osprocessos visam garantir que todas asinformações necessárias para a i<strong>de</strong>ntificaçãoe os direitos usuais sejam respeitadas. Pormeio <strong>de</strong> levantamento socioeconômico,são i<strong>de</strong>ntificadas famílias em situação <strong>de</strong>vulnerabilida<strong>de</strong> social. Nesses casos, oprocesso <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> patrimônio passaa ser a<strong>com</strong>panhado pela Fundação <strong>Vale</strong>,que orienta equipes <strong>de</strong> campo e apoiana possível necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> flexibilizaçãodas condições <strong>de</strong> negociação. Em casosespecíficos po<strong>de</strong>rão ser necessáriosassistência e a<strong>com</strong>panhamento social, além<strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong> infraestrutura.O foco é evitar situações <strong>de</strong> conflito entreas partes envolvidas, respeitar a legislaçãolocal, os procedimentos propostos pelaInternational Finance Corporation (IFC) egarantir que o processo negocial seja justo eviabilize as mesmas ou melhores condições<strong>de</strong> vida para as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s locais. Quanto às<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s indígenas, no Brasil, a legislaçãonão permite ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração emterras indígenas, o que impossibilita qualquerprocesso <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, bem<strong>com</strong>o a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração, mesmo queem parceria <strong>com</strong> essas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s.Na Austrália e em operações da <strong>Vale</strong> Inco,o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e aquisição <strong>de</strong>proprieda<strong>de</strong>s se assemelha ao brasileirono que tange, por exemplo, a planos <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação, avaliação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>,envolvimento do setor jurídico da <strong>Vale</strong>,análise da vulnerabilida<strong>de</strong> social, estudossocioeconômicos e registros <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>.Apesar da semelhança no processo, cadaregião segue suas diretrizes, alinhandas <strong>com</strong>as especificida<strong>de</strong>s das legislações locais,inclusive nos casos em que envolvempovos indígenas.No Canadá, há diferentes processosespecíficos para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s aborígenes que possamser afetadas pelas ativida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> Inco.A empresa trabalha diretamente <strong>com</strong> osrepresentantes <strong>de</strong>ssas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s paramitigar os possíveis impactos.As operações da <strong>Vale</strong> Manganèse France eda <strong>Vale</strong> Manganese Norway estão localizadas<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> áreas industriais e, por essemotivo, não possuem processo <strong>de</strong> aquisição<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s.Fechamento <strong>de</strong> minaA <strong>Vale</strong> estabelece diretrizes corporativas noseu Guia <strong>de</strong> Fechamento <strong>de</strong> Mina para orientaros profissionais das unida<strong>de</strong>s operacionais noprocesso <strong>de</strong> encerramento das ativida<strong>de</strong>s. Em<strong>2009</strong>, <strong>com</strong>o resultado das discussões iniciadasem 2008 no grupo <strong>de</strong> trabalho que envolveas diferentes áreas da empresa, foi revisadoo protocolo para a elaboração <strong>de</strong> planos <strong>de</strong>fechamento <strong>de</strong> mina. Dando continuida<strong>de</strong>ao processo <strong>de</strong> aprimoramento da gestão dotema, o novo protocolo garante que todos osplanos <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> mina consi<strong>de</strong>remos aspectos sociais e econômicos, além dosaspectos ambientais, relacionados ao términodas operações.Em 2010, esse protocolo será avaliado pormeio <strong>de</strong> sua aplicação em projetos pilotonas áreas <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro e <strong>de</strong> bauxita.O objetivo <strong>de</strong>ssa iniciativa é realizar, nospróximos anos, a atualização dos planos<strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>smineradoras da <strong>Vale</strong>.Adicionalmente, para aten<strong>de</strong>r aos requisitos<strong>de</strong>finidos pela bolsa <strong>de</strong> valores dos EUA (SEC– Securities and Exchange Commission), a<strong>Vale</strong> realiza provisões para <strong>de</strong>smobilização<strong>de</strong> ativos dos empreendimentos mineirosda empresa. Os valores estimados paraprovisão são revisados anualmente eapresentados nas <strong>de</strong>monstrações contábeis.Em <strong>2009</strong>, foi estimado US$ 1,12 bilhão para<strong>de</strong>smobilização <strong>de</strong> ativos na <strong>Vale</strong>.87


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localCa<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ValorIncentivo às<strong>com</strong>pras locaisPara dinamizar a economia nas regiões on<strong>de</strong>atuamos, estimulamos a contratação <strong>de</strong>fornecedores locais, além <strong>de</strong> promovermos o<strong>de</strong>senvolvimento da nossa ca<strong>de</strong>ia produtivaFORNECEDORESPara aten<strong>de</strong>r ao nosso <strong>com</strong>promisso<strong>de</strong> construir um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negóciosustentável e contribuir para uma socieda<strong>de</strong>mais justa, ambientalmente equilibrada eeconomicamente próspera, sabemos que éessencial influenciar positiva e proativamentecada parceiro e <strong>de</strong>mais envolvidos em nossaca<strong>de</strong>ia produtiva. Por isso, lançamos em <strong>2009</strong> oCódigo <strong>de</strong> Conduta do Fornecedor (disponívelem www.vale.<strong>com</strong>), que <strong>de</strong>fine a visão da <strong>Vale</strong>sobre conduta ética nas relações <strong>com</strong>erciais<strong>com</strong> as empresas que nos fornecem serviçose produtos. Da mesma forma, esperamos quenossos fornecedores estendam esses critériosinternamente em suas empresas e para osfornecedores por eles contratados.Estimulamos nossos fornecedores a conhecere atuar <strong>com</strong> base em pactos, acordos, tratadose convenções internacionais, tais <strong>com</strong>o: aDeclaração Universal dos Direitos Humanosda Organização das Nações Unidas (ONU), aAgenda 21, o Pacto do Milênio, o ConselhoInternacional <strong>de</strong> Mineração e Metais (ICMM, nasigla em inglês), bem <strong>com</strong>o documentos daOrganização Internacional do Trabalho (OIT).Dentre as questões abordadas no nossoCódigo <strong>de</strong> Conduta do Fornecedor,<strong>de</strong>stacamos o atendimento à legislação,às normas e aos contratos; transparência;ética nas relações <strong>com</strong>erciais; saú<strong>de</strong> esegurança no trabalho; direitos humanos;meio ambiente, entre outros. Salientamostambém a importância <strong>de</strong> nossos fornecedores<strong>de</strong>nunciarem práticas questionáveis do ponto<strong>de</strong> vista ético, <strong>com</strong>o situações <strong>de</strong> abuso <strong>de</strong>po<strong>de</strong>r, frau<strong>de</strong>, apropriação in<strong>de</strong>vida, suborno,entre outras que estejam em <strong>de</strong>sacordo <strong>com</strong>os valores e as políticas da <strong>Vale</strong>. Para isso,disponibilizamos um Canal <strong>de</strong> Denúncia,<strong>de</strong>scrito no nosso site (www.vale.<strong>com</strong>).Crescendo <strong>com</strong> a ca<strong>de</strong>ia produtivaLançado em 2008, o Programa Inovebusca promover o <strong>de</strong>senvolvimento dosfornecedores regionais, principalmentepequenos e médios, por meio dofortalecimento das relações <strong>com</strong> as entida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> classe e os órgãos <strong>de</strong> governos. Alémdisso, visa à capacitação, ao aumento da<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> e ao incentivo à realização<strong>de</strong> negócios, tornando os fornecedores maispreparados para aten<strong>de</strong>r às exigências domercado. Até o fim <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, disponibilizamoscerca <strong>de</strong> US$ 48,8 milhões em crédito,beneficiando 169 empresas fornecedoras emsete estados do Brasil.88Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorEducação A distânciaCASEBrasilEm <strong>2009</strong>, a plataforma <strong>de</strong> Educação a Distânciado Inove teve mais <strong>de</strong> 1.300 inscritos e contou<strong>com</strong> a participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 400 empresas nos21 cursos <strong>de</strong>senvolvidos pela <strong>Vale</strong>r – Educação<strong>Vale</strong>, chamados Trilha Inove. O objetivo dos cursosé aumentar a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> dos pequenos emédios fornecedores por meio da geração <strong>de</strong>conhecimento. Hoje, além da Trilha Inove para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> fornecedores, <strong>com</strong> conteúdovoltado à gestão empresarial, contamos também<strong>com</strong> mais 37 cursos <strong>de</strong>senvolvidos em parceriainédita <strong>com</strong> a Consist, representante oficial daHarvard Business Publishing no Brasil, e já temosmais <strong>de</strong> 20 estados participantes (leia mais nocase ao lado).INOVE PELO BRASIL E PELO MUNDOEntre as ações <strong>de</strong> promoção do ProgramaInove, incluiu-se a divulgação em veículos<strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação, internos e externos, alémda realização <strong>de</strong> diferentes eventos. Destes,ressaltamos o Dia do Fornecedor, iniciativa quereuniu aproximadamente 800 pessoas, entrefornecedores e empregados, nos estados <strong>de</strong>Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão, Pará e Rio<strong>de</strong> Janeiro. No evento foram discutidos temas<strong>com</strong>o Saú<strong>de</strong> e Segurança, Índice <strong>de</strong> Desempenhodo Fornecedor (IDF) – ferramenta que avaliaserviços e produtos –, novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>negócio, ética e sustentabilida<strong>de</strong>, entre outros. Foinessa ocasião que lançamos o nosso Código <strong>de</strong>Conduta do Fornecedor.Outro evento do Inove que merece <strong>de</strong>staqueé o workshop <strong>de</strong> internacionalização realizadoem <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, em Minas Gerais,<strong>com</strong> gerentes <strong>de</strong> projetos da <strong>Vale</strong> em Omã,Moçambique, Peru e Colômbia. Essa iniciativaapresentou novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios econtribuiu para a possível expansão internacionaldos fornecedores locais.Práticas premiadasPelo segundo ano consecutivo, a <strong>Vale</strong> promoveu o Prêmio Fornecedores,<strong>com</strong>o forma <strong>de</strong> estimular a busca pela excelência na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais ena prestação <strong>de</strong> serviços. A seleção foi feita a partir do Índice <strong>de</strong> Desempenho<strong>de</strong> Fornecedores (IDF) e correspon<strong>de</strong>u ao período <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008 anovembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. O IDF é uma ferramenta que procura qualificar o nível <strong>de</strong>serviços e <strong>de</strong> materiais fornecidos, além <strong>de</strong> incentivar o <strong>de</strong>senvolvimento e ainovação dos parceiros em todo o Brasil.A premiação, dividida em cinco edições (quatro regionais e uma nacional), contou<strong>com</strong> a participação <strong>de</strong> 5.874 empresas. Dezesseis fornecedores foram premiadosnas categorias Melhor Fornecedor Regional – Serviços, Melhor FornecedorNacional – Material e Melhor Fornecedor Nacional – Serviço, todos divididos peloporte do contrato: pequeno, médio e gran<strong>de</strong>. Também foram premiados os fornecedoresnas categorias Destaque Saú<strong>de</strong> e Segurança, Destaque PDF (Programa<strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Fornecedores), Destaque Meio Ambiente e DestaqueEducação. Este último é um reconhecimento às empresas que mais investiramna capacitação <strong>de</strong> seus empregados por meio das iniciativas <strong>de</strong> educação oferecidaspelo Programa Inove <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Fornecedores.Na cerimônia <strong>de</strong> premiação, realizada em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, a<strong>Vale</strong> anunciou duas novida<strong>de</strong>s: um pacote <strong>de</strong> cursos em parceria <strong>com</strong> a Consist,representante da Harvard Business Publishing no Brasil, e o Kit do Fornecedor.A parceria <strong>com</strong> a Consist permite a realização <strong>de</strong> cursos online voltadospara li<strong>de</strong>rança, gestão <strong>de</strong> negócios e <strong>de</strong>senvolvimento pessoal, todos<strong>de</strong>senvolvidos pela Harvard Business Publishing. Com isso, a <strong>Vale</strong> preten<strong>de</strong><strong>com</strong>partilhar ainda mais conhecimento <strong>com</strong> seus fornecedores regionais. Aotérmino da aprendizagem, os participantes receberão um certificado emitidopelo Programa Inove e pela Consist.Já o Kit do Fornecedor é uma iniciativa que facilita a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> fornecedoresàs exigências <strong>de</strong> segurança da <strong>Vale</strong>. Através <strong>de</strong> acordos fechados <strong>com</strong>seguradoras e empresas <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual, o kit possibilitaaos pequenos e médios fornecedores acesso a condições otimizadas <strong>de</strong>fornecimento, <strong>com</strong>o escala, logística e preços, resultando na redução substancial<strong>de</strong> custos para os fornecedores.Em <strong>2009</strong>, o Inove também <strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> aoplano <strong>de</strong> diagnósticos regionais, para aprofundaro nosso conhecimento das condições <strong>de</strong> ofertae <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> produtos e serviços nas nossasáreas <strong>de</strong> atuação. A partir <strong>de</strong>sse levantamento,i<strong>de</strong>ntificamos lacunas, gargalos e, principalmente,as vocações locais a fim <strong>de</strong> aproveitarmos asoportunida<strong>de</strong>s e alavancarmos novos negócios<strong>com</strong> fornecedores locais. Além da atualização dosdados referentes ao Pará, estado on<strong>de</strong> foi realizadoo diagnóstico piloto em 2008, a análise foi feitatambém nos estados <strong>de</strong> Minas Gerais e Maranhão.89


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localPercentual <strong>de</strong> <strong>com</strong>pras locais em termos<strong>de</strong> valores monetários – Resultados globais85%52%75%71%46% 43%2007 2008<strong>2009</strong>Percentual <strong>de</strong> <strong>com</strong>pras locais em termos<strong>de</strong> valores monetários – Brasil93%53%87% 84%49%2007 2008<strong>2009</strong>44%Percentual médio <strong>de</strong><strong>com</strong>pras no paísPercentual médio <strong>de</strong><strong>com</strong>pras no estado/regiãoPercentual médio <strong>de</strong><strong>com</strong>pras realizadasno Brasil *Percentual médio <strong>de</strong><strong>com</strong>pras realizadasnos principais estados ***Em 2007, o percentual das <strong>com</strong>pras realizadas no Brasil consi<strong>de</strong>rava apenas asunida<strong>de</strong>s próprias. A partir <strong>de</strong> 2008, os dados das controladas foram incorporados.**O percentual médio <strong>de</strong> <strong>com</strong>pras realizadas nos estados consi<strong>de</strong>ra as <strong>com</strong>prasrealizadas por nossas principais operações localizadas no Espírito Santo, noMaranhão, em Minas Gerais e no Pará – Brasil.Compras locaisMesmo diante <strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> crise,mantivemos o nosso <strong>com</strong>promisso e asnossas ações voltadas à contratação <strong>de</strong>fornecedores locais por ser esta uma medidaimportante para dinamizar a economia nasregiões remotas on<strong>de</strong> atuamos, conformepo<strong>de</strong>mos observar no gráfico ao lado.A <strong>Vale</strong> reforça sua estratégia <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento e qualificação dasempresas locais por meio <strong>de</strong> programas<strong>com</strong>o o Inove e da participação nosProgramas <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong>Fornecedores Regionais (PDF), visando gerarimpactos positivos no médio e no longoprazo. Atuamos também <strong>com</strong>o empresa--âncora do setor <strong>de</strong> mineração no Brasil noPrograma Tear – Tecendo Re<strong>de</strong>s Sustentáveis,que representa uma iniciativa bem-sucedida<strong>de</strong> articulação entre diversos atores sociais,resultado <strong>de</strong> um convênio entre o InstitutoEthos <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social e o FundoMultilateral <strong>de</strong> Investimentos do BancoInteramericano <strong>de</strong> Desenvolvimento (BID).Melhoria contínuaNo Brasil, realizamos a gestão dorelacionamento <strong>com</strong> os nossos fornecedorespor meio <strong>de</strong> três etapas: qualificação <strong>com</strong>base nos nossos valores, avaliação <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong>senvolvimento. Essasações visam contribuir para a melhoriacontínua da nossa ca<strong>de</strong>ia produtiva.Percentual <strong>de</strong> <strong>com</strong>pras locais em termos<strong>de</strong> valores monetários – outros países <strong>2009</strong>78% 78%Austrália53%48%Canadá46%16%IndonésiaPercentual MÉDIO <strong>de</strong><strong>com</strong>pras no paísPercentual médio <strong>de</strong><strong>com</strong>pras realizadasnas principaisprovíncias/estadosTodos os nossos fornecedores passam porprocessos <strong>de</strong> seleção e cadastro pautadospelo atendimento <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> naturezasjurídica, fiscal, tributária, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, segurançae meio ambiente. Nosso cadastro éfrequentemente atualizado, <strong>com</strong> verificaçãoregular do cumprimento <strong>de</strong>ssas exigências.Além disso, todos os fornecedores sãomonitorados, no Brasil, pela checagemperiódica da lista do Ministério do Trabalho eEmprego que relaciona empresas envolvidas<strong>com</strong> trabalho escravo, entre outras questõeslegais (leia mais no capítulo <strong>de</strong> DireitosHumanos, nas págs. 115 e 116).90Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorNo processo <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> contratos,também verificamos se as empresas <strong>com</strong> asquais mantemos negócios têm pendênciasno Instituto Nacional do Seguro Social(INSS) e no Fundo <strong>de</strong> Garantia do Tempo<strong>de</strong> Serviço (FGTS), entre outras. Caso sejamconstatas irregularida<strong>de</strong>s e as empresas nãose dispuserem a solucioná-las, estas po<strong>de</strong>rãoser <strong>de</strong>sligadas da nossa base.Nova categoria no IDFO Índice <strong>de</strong> Desempenho do Fornecedor(IDF) é a ferramenta que utilizamos paraavaliar todos os fornecedores <strong>de</strong> materiais,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do valor do contrato,e <strong>de</strong> serviços <strong>com</strong> contratos acima <strong>de</strong> US$270 mil. Dentre outros objetivos, o IDFbusca fornecer subsídios para a renovaçãodo nosso cadastro, estabelecer um ranking<strong>de</strong> nossos parceiros e assegurar maistransparência <strong>com</strong> o mercado. Além disso,busca incentivar o <strong>de</strong>senvolvimento e ainovação dos nossos parceiros em todo oBrasil. Em <strong>2009</strong>, criamos uma nova categoriano IDF: o Destaque Educação, <strong>de</strong>stinado àsempresas que mais investiram na capacitação<strong>de</strong> seus funcionários durante o ano por meiodas iniciativas <strong>de</strong> Educação a Distância doPrograma Inove.Ao adotar esses mecanismos <strong>de</strong>monitoramento, contribuímos para elevar ospadrões <strong>de</strong> gestão da nossa ca<strong>de</strong>ia produtiva.Esse é um <strong>com</strong>promisso que já colocamosem prática e que preten<strong>de</strong>mos ampliar <strong>com</strong> acriação do nosso Código <strong>de</strong> Ética.Pelo IDF Serviços, os gestores da <strong>Vale</strong> doscontratos avaliam, trimestralmente, asdimensões: Técnico-operacional (43,5%),Saú<strong>de</strong> e Segurança (20,5%), Meio Ambiente(18%), além <strong>de</strong> Obrigações Trabalhistas,Cíveis e Tributárias (18%). Os resultados sãoinformados por meio <strong>de</strong> um portal para<strong>com</strong>unicação <strong>com</strong> os fornecedores. Jápelo IDF Materiais, geramos informaçõesmensais sobre a base <strong>de</strong> fornecedores apartir <strong>de</strong> avaliações quanto aos seguintescritérios: Pontualida<strong>de</strong> (50%), Conformida<strong>de</strong>(40%) e Competitivida<strong>de</strong> (10%). Pelo portal,informamos os resultados.Após a avaliação e a classificação,elaboramos planos <strong>de</strong> ação para aquelesfornecedores <strong>com</strong> <strong>de</strong>sempenho menor doque 50%, e as empresas mais bem avaliadassão reconhecidas por meio do PrêmioFornecedores (leia mais na pág. 89).CLIENTESComunicação <strong>de</strong> valoresBuscamos soluções que atendam àsnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nossos clientes e <strong>de</strong> seusnegócios, investindo na qualida<strong>de</strong> dos nossosprodutos e também no fortalecimento dorelacionamento <strong>de</strong> longo prazo.Os negócios da <strong>Vale</strong> são realizados,predominantemente, <strong>com</strong> outrasempresas (business to business), e não<strong>com</strong> consumidores finais (business toconsumer). Desse modo, a nossa estratégia<strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação prioriza ações específicasvoltadas às empresas clientes.As ações voltadas aos diferentes elos daca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, <strong>com</strong>o fornecedores e <strong>de</strong>maisparceiros, seguem a mesma linha e acontecempor meio <strong>de</strong> eventos <strong>com</strong>o visitas técnicas,reuniões, feiras <strong>de</strong> negócios, exposições,pesquisas <strong>de</strong> satisfação periódicas e outros.O contato permanente <strong>com</strong> nossosclientes nos permite monitorar e avaliar suapercepção sobre a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossosprodutos e serviços e a assistência técnicafornecida. As diferentes ferramentas tambémnos ajudam a i<strong>de</strong>ntificar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>melhoria <strong>de</strong> nossos produtos e serviçose a monitorar o atendimento à normainternacional <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ISO 9001 paraas unida<strong>de</strong>s certificadas. Para aten<strong>de</strong>r àsespecificida<strong>de</strong>s e às características <strong>de</strong> cadasegmento <strong>de</strong> mercado, a metodologia, aperiodicida<strong>de</strong> e a abrangência <strong>de</strong>ssas práticasvariam entre as nossas áreas <strong>de</strong> negócios.Para o segmento <strong>de</strong> logística <strong>de</strong> carga geral,realizamos avaliação <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong>monitorar a qualida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sempenho dosnossos serviços. Des<strong>de</strong> 2006, essas açõesorientam a nossa busca pela excelênciaoperacional.Para o segmento <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>passageiros no Brasil, realizamos pesquisas<strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> 2006 a <strong>2009</strong> nas Estradas <strong>de</strong>Ferro Vitória a Minas e Carajás. Além disso,disponibilizamos formulários <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>satisfação e centrais <strong>de</strong> relacionamento paraque os nossos clientes possam expressarsuas opiniões.De forma proativa, procuramos antecipare aten<strong>de</strong>r as tendências legislativas ounormativas <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação para dartransparência e segurança jurídica àsoperações e aos negócios, <strong>com</strong> a eficiênciaque um mercado <strong>com</strong>petitivo exige.Além <strong>de</strong> cumprir a legislação e as<strong>de</strong>terminações dos órgãos reguladoreson<strong>de</strong> quer que atuemos, nossa estratégia <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação está alinhada à nossa Missão,Visão e Valores e respeita nosso Código <strong>de</strong>Conduta Ética.Em <strong>2009</strong>, não registramos casos <strong>de</strong> nãoconformida<strong>de</strong> ou multas relacionadosa patrocínio, publicida<strong>de</strong> e promoção,tampouco casos relativos a fornecimento euso <strong>de</strong> produtos e serviços 1 .As ações <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação institucional da<strong>Vale</strong> têm <strong>com</strong>o objetivo central fortalecernossa missão <strong>de</strong> transformar recursosminerais em riqueza e <strong>de</strong>senvolvimentosustentável.Segurança <strong>de</strong> produtos eserviçosGerenciamos os riscos em todas as etapasdo processo <strong>de</strong> extração mineral, dandoespecial atenção às etapas <strong>de</strong> extração/beneficiamento e distribuição. Essesprocedimentos estão claramente <strong>de</strong>finidosna Instrução para Análise e Gerenciamento<strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Segurança e MeioAmbiente (INS-0037).1 Os processos são consi<strong>de</strong>rados relevantes <strong>com</strong> base nosseguintes critérios: a) em razão do valor, incluindo pedidos<strong>de</strong> in<strong>de</strong>nizações e aplicação <strong>de</strong> multas; b) em razão do tema<strong>de</strong> interesse da empresa ou <strong>de</strong> repercussão no público emgeral, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> valor.91


catalisador do <strong>de</strong>senvolvimento localImplementamospráticas, <strong>com</strong>o<strong>de</strong> melhorias naecoeficiência dosprecessosEm <strong>2009</strong>, avançamos no cumprimento daRegulamentação Europeia associada aoRegistro, Avaliação, Autorização e Restrição<strong>de</strong> Produtos Químicos (Reach, na sigla eminglês). Como resultado da nossa participaçãonos consórcios do Reach, obtivemos eatualizamos dados científicos relacionadosaos produtos e aos subprodutos do níquel,bem <strong>com</strong>o a pelota <strong>de</strong> ferro, alumínio, cobaltoe metais preciosos. Essas novas informaçõesnos possibilitaram aprimorar a gestão <strong>de</strong>risco <strong>de</strong>ssas substâncias nas nossas unida<strong>de</strong>soperacionais. Ao mesmo tempo, essa iniciativapropiciará uma <strong>com</strong>unicação mais efetiva dosriscos aos nossos clientes, possibilitando-lhesum gerenciamento mais eficaz.Também passamos a exigir <strong>de</strong> nossosfornecedores <strong>de</strong> produtos químicos o enviodas fichas <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> segurançae emergência, bem <strong>com</strong>o o atendimentoao Reach, quando aplicável. Dessa forma,conseguimos ter um melhor conhecimentoe entendimento dos riscos envolvidos nomanuseio, na transferência, no uso e nadisposição das suas matérias-primas e dosinsumos. Planejamos, em 2010, registrar a maiorparte <strong>de</strong> suas substâncias químicas <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> as normas do Reach, sendo prevista aconclusão do processo em junho <strong>de</strong> 2018.Nas unida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> no Brasil, iniciamoso processo <strong>de</strong> implantação do Sistema<strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança(Requisitos Sistêmicos RS 03 – Análise eGerenciamento <strong>de</strong> Riscos e Mudança e RS08 – Controle Operacional) e da Instrução <strong>de</strong>Análise e Gerenciamento <strong>de</strong> Riscos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,Segurança e Meio Ambiente, reforçandoa gestão <strong>de</strong> risco em todas as etapas dociclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> nossos produtos e serviços.Além disso, procuramos i<strong>de</strong>ntificar os riscospor meio <strong>de</strong> rotulagem <strong>com</strong> diagrama <strong>de</strong>Hommel (simbologia que i<strong>de</strong>ntifica perigos eriscos) para todos os produtos perigosos quecirculam na <strong>Vale</strong>.Os serviços <strong>de</strong> logística associados aotransporte <strong>de</strong> produtos perigosos conduzemanálise dos riscos à saú<strong>de</strong> e à segurança eao meio ambiente durante todo o seu ciclo<strong>de</strong> operação, assegurando o gerenciamentoda manutenção e do uso dos veículos, bem<strong>com</strong>o da qualificação do pessoal envolvido.Princípios da prevençãoAs áreas <strong>de</strong> negócio da <strong>Vale</strong> adotam osprincípios da prevenção da poluiçãonos processos operacionais por meio daimplantação <strong>de</strong> uma estratégia integradaque consi<strong>de</strong>ra as variáveis tecnológicas,produtivas e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental,segurança e saú<strong>de</strong> ocupacional.Por meio da elaboração <strong>de</strong> fluxogramas <strong>de</strong>processo, as operações conduzem balanços<strong>de</strong> massa e energia que possibilitam ai<strong>de</strong>ntificação dos aspectos ambientais maissignificativos envolvidos e a quantificaçãodas perdas através da geração <strong>de</strong> resíduos,efluentes e emissões atmosféricas.Processo Prática implantada Ganhos ambientaisAlumínioManganêsCobreFerroviaMudança noprocesso produtivoOtimização da rota<strong>de</strong> transporte dosprodutos acabadosUtilização <strong>de</strong>caminhõescobertos <strong>com</strong> lonaAplicação <strong>de</strong>polímero nosvagões e otimizaçãodo procedimento<strong>de</strong> carga• Redução das emissões <strong>de</strong> flúor e materialparticulado• Redução do consumo <strong>de</strong> água• Redução das emissões <strong>de</strong> CO 2• Redução das emissões <strong>de</strong> material particulado• Redução das emissões <strong>de</strong> material particuladoCom essa abordagem, já realizamos mudançasnas matérias-primas e nos insumos utilizados,alteramos os processos tecnológicos eimplementamos boas práticas <strong>de</strong> fabricação,além <strong>de</strong> propor ações <strong>de</strong> controle e <strong>de</strong>melhorias na ecoeficiência dos processos.O quadro ao lado resume alguns exemplos<strong>de</strong>ssas práticas.O aumento da recirculação <strong>de</strong> água,<strong>com</strong> a consequente minimização doconsumo, nas usinas <strong>de</strong> pelotização e ouso <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> alta eficiênciaenergética (motores e bombas) nas usinas <strong>de</strong>beneficiamento são exemplos <strong>de</strong> programas<strong>de</strong> ecoeficiência.92Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


<strong>de</strong>senvolvimento localca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorEm relação a controle e redução datoxicida<strong>de</strong> dos insumos produtivos, a <strong>Vale</strong>,em conformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> a legislação, nãoutiliza substâncias classificadas <strong>com</strong>o organopersistentesou que possuam benzenoem sua <strong>com</strong>posição. Ao mesmo tempo,possuímos diretrizes vedando o uso <strong>de</strong> outrascujos testes <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong> aguda e crônicasuperem os valores por ela especificados.A <strong>Vale</strong> trabalha no aprimoramento dagestão <strong>de</strong> produtos. Análises <strong>de</strong> ciclo <strong>de</strong>vida estão sendo realizadas para o níquele o manganês, em cooperação <strong>com</strong> asassociações minerais correspon<strong>de</strong>ntes, asaber, o Instituto do Níquel e o Instituto doManganês. Adicionalmente, planejamospara 2010 a análise do ciclo <strong>de</strong> vidado minério <strong>de</strong> ferro (pelotas). Níquel,manganês, minério <strong>de</strong> ferro (pelotas), cobree alumínio são produtos que precisampassar pelo processo regulatório europeudo Reach (Registro, Avaliação, Autorizaçãoe Restrição a Produtos Químicos). A <strong>Vale</strong>trabalha ainda na frente <strong>de</strong> inovaçãotecnológica buscando alternativas para aredução dos resíduos minerais e industriais,<strong>com</strong> estudos para utilização dos finos <strong>de</strong>minérios das barragens, uso <strong>de</strong> resíduos doprocessamento <strong>de</strong> alumina na construçãocivil, uso <strong>de</strong> energias mais limpas eeficientes em processos <strong>de</strong> pelotização elogística, entre outras iniciativas.RotulagemA Convenção 170 da Conferência Geralda Organização Internacional do Trabalho(OIT) estabelece que os procedimentos<strong>de</strong> rotulagem sejam obrigatórios apenaspara produtos químicos perigosos.Como a maioria dos produtos da <strong>Vale</strong>não é classificada <strong>com</strong>o perigosa,procedimentos <strong>de</strong> rotulagem não são, emgeral, necessários.No entanto, a <strong>Vale</strong> possui a ficha <strong>de</strong>emergência dos seus produtos, nasquais estão <strong>de</strong>finidas as proprieda<strong>de</strong>sfísico-químicas, os cuidados duranteo manuseio e uso, as medidas <strong>de</strong>controle dos riscos envolvidos, além dosprocedimentos em caso <strong>de</strong> emergência.O processo <strong>de</strong> registro do Reachsubsidiará possíveis melhorias noprocesso <strong>de</strong>scrito acima, especialmentenos estudos científicos a seremconduzidos no âmbito do consórcio.Alinhado ao Reach, as fichas <strong>de</strong>emergência dos nossos produtos jáconsi<strong>de</strong>ram os requisitos do GloballyHarmonized System (GHS).Alguns dos <strong>com</strong>postos do níquel jáestão sujeitos ao requerimento <strong>de</strong>classificação e rotulagem, os quais sãoatendidos pela <strong>Vale</strong> Inco. As informaçõessobre origem <strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes,conteúdo, uso seguro e disposição doproduto são passadas aos clientes. A<strong>Vale</strong> Inco conduz estudos específicosdirecionados à avaliação toxicológicae ecotoxicológica dos seus produtosà base <strong>de</strong> níquel, por meio dos quaisi<strong>de</strong>ntifica os principais perigos, as rotas<strong>de</strong> exposição, me<strong>de</strong> e monitora osníveis <strong>de</strong> exposição e propõe açõespreventivas apropriadas, <strong>de</strong> forma amanter os riscos em níveis aceitáveis.Trabalhamos no aprimoramento dagestão dos nossos produtos.93


Agente global<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Cientes da importância <strong>de</strong> equilibrar os aspectossociais, ambientais e econômicos dos nossosnegócios, procuramos manter uma visão global<strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> alinhada <strong>com</strong> padrões <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho internacionais. Queremos gerarvalor <strong>de</strong> longo prazo a todas as nossas partesinteressadas e garantir a adaptação e o respeitoàs culturas e às realida<strong>de</strong>s locais.94Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


NEWFOUNDLAND e labradorCANADÁNossas ações são planejadas emconjunto <strong>com</strong> as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s dasáreas em que atuamos, <strong>com</strong>binando,por exemplo, as passagens donosso navio <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a rotinados aborígenes do Canadá. Comessa iniciativa, agimos <strong>de</strong> modo arespeitar as culturas locais.95


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>mudanças climáticasLi<strong>de</strong>rança afavor do climaCom ações e investimentos, fortalecemos o<strong>com</strong>promisso <strong>de</strong> atuar ativamente diantedos <strong>de</strong>safios das mudanças climáticas, apartir das priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas nos pilaresdo Programa Carbono <strong>Vale</strong>Em <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> intensificou suaatuação em relação ao <strong>com</strong>promisso <strong>de</strong>contribuir globalmente para lidar <strong>com</strong> o<strong>de</strong>safio das mudanças climáticas e suasconsequências. Buscamos uma maioraproximação <strong>com</strong> os diversos públicos enos posicionamos mais fortemente emrelação ao tema, inclusive coor<strong>de</strong>nandoações em conjunto <strong>com</strong> organizaçõessetoriais, outras empresas e governos.No dia a dia <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, a <strong>Vale</strong> atua<strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as Diretrizes Corporativassobre Mudanças Climáticas e Carbono,instituídas em 2008. Em <strong>2009</strong>, continuamos a<strong>de</strong>senvolver ações pautadas nos cinco pilaresdo Programa Carbono <strong>Vale</strong>, parte integrante<strong>de</strong>ssas diretrizes. A meta do programa éalcançar padrões <strong>de</strong> excelência em relação àgestão <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa(GEE) até 2012.Entre as diversas medidas queempreen<strong>de</strong>mos para contribuir nocontexto das mudanças climáticas e <strong>de</strong>suas consequências estão: investimentos naproteção <strong>de</strong> florestas e outros ecossistemas;Pilares do Programa Carbono <strong>Vale</strong>1 – Avaliação estratégica do impacto da mudança do clima nos negócios e na capacitação daempresa para atuar no novo ambiente <strong>com</strong>petitivo2 – Suporte e indução <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissões e sequestro <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono3 – Cooperação e parcerias para a pesquisa e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias e para aimplementação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> mitigação e adaptação nos territórios em que atuamos4 – Engajamento <strong>com</strong> governos e setores produtivos para monitoramento e contribuição naelaboração <strong>de</strong> marcos regulatórios necessários para o enfrentamento das mudanças climáticas5 – Transparência e aprimoramento contínuosações <strong>de</strong> eficiência energética, incluindo usoe <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias baseadasem energias renováveis; e iniciativas pararedução do consumo <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> outrosrecursos naturais estratégicos nos países on<strong>de</strong>estamos presentes. Os esforços <strong>de</strong> nossosempregados, aliados à busca <strong>de</strong> parcerias eaos investimentos contínuos em tecnologiasinovadoras e em ações <strong>de</strong> conscientização,contribuem para as iniciativas existentes <strong>de</strong>redução <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> GEE.Em <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> li<strong>de</strong>rou o lançamento da“Carta Aberta ao Brasil sobre MudançasClimáticas”, em conjunto <strong>com</strong> o InstitutoEthos e o Fórum Amazônia Sustentável.A carta apresentou os <strong>com</strong>promissosvoluntários <strong>de</strong> 30 gran<strong>de</strong>s empresasbrasileiras no que tange a contribuir para osesforços globais <strong>de</strong> redução dos impactosdas mudanças climáticas. Leia mais sobre essainiciativa, que está relacionada ao quarto pilardo Programa Carbono <strong>Vale</strong>, no case ao lado.Em uma ação <strong>de</strong> cooperação para pesquisae <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias limpas eenergias renováveis, em 2007 <strong>Vale</strong> se associouao BNDES 1 e à Sygma Tecnologia para acriação da <strong>Vale</strong> Soluções em Energia (VSE).1 Banco Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social.96Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosA VSE atua essencialmente na pesquisa e no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas integradospara geração distribuída <strong>de</strong> energia, nasáreas <strong>de</strong> gaseificação, turbinas a gás e avapor e motores <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustão, incluindomulti<strong>com</strong>bustíveis. Seu foco é promovera criação <strong>de</strong> tecnologias limpas e energiasrenováveis.Diagnósticos e IniciativasA <strong>Vale</strong> realiza o diagnóstico <strong>de</strong> seu<strong>de</strong>sempenho em mudanças climáticas pormeio do a<strong>com</strong>panhamento dos indicadoresestabelecidos pela Global Reporting Initiative(GRI) e <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>emissões por receita e por produção.Os cinco pilares do Programa Carbono <strong>Vale</strong>orientam nossas ações para contribuirmos nocontexto das mudanças climáticas.Em <strong>2009</strong>, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o Carbon DisclosureProject (CDP), a <strong>Vale</strong> continuou registrandoa menor intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emissão por receitaentre as gran<strong>de</strong>s mineradoras, <strong>com</strong> 522toneladas <strong>de</strong> CO 2equivalente/US$ milhão<strong>de</strong> receita. Leia mais informações no quadroPosição consolidada entre os lí<strong>de</strong>res.Em alinhamento <strong>com</strong> o primeiro pilardo Programa Carbono <strong>Vale</strong>, realizamosanualmente a mensuração das nossasemissões diretas e indiretas <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeitoestufa. A cada ano introduzimos melhoriasno inventário, <strong>de</strong>stacando-se, em <strong>2009</strong>, oinício <strong>de</strong> uma abordagem progressiva para aimplantação da quantificação das emissõesindiretas <strong>de</strong> escopo 3, conforme informadona pág.100.O inventário <strong>de</strong> emissões da <strong>Vale</strong> é submetidoanualmente a uma verificação externa,<strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as diretrizes <strong>de</strong>finidas no“Greenhouse Gas (GHG) Protocol: A CorporateAccounting and Reporting Standard– Revised Edition”, do World ResourcesCASECompromisso conjuntoA <strong>Vale</strong>, <strong>com</strong> o apoio do Instituto Ethos e do Fórum Amazônia Sustentável, li<strong>de</strong>rouo lançamento da “Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas”. Odocumento é um marco na posição do setor produtivo rumo à economia <strong>de</strong>baixo carbono. Pela primeira vez, um grupo <strong>de</strong> empresas <strong>com</strong> gran<strong>de</strong> relevânciana economia nacional se une em torno do assunto e assume <strong>com</strong>promissosconcretos e conjuntos para a redução <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa.Até o fim <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, cerca <strong>de</strong> 30 empresas já haviam assinado o documento.Lançada durante o seminário “Brasil e as Mudanças Climáticas”, que reuniu empresas,governo e socieda<strong>de</strong> civil, em agosto <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a carta especifica cinco<strong>com</strong>promissos voluntários assumidos pelas corporações signatárias, tais <strong>com</strong>oelaboração do inventário <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa e engajamentoperante o governo, a socieda<strong>de</strong> civil e nossos setores <strong>de</strong> atuação para a contribuiçãona discussão sobre os marcos regulatórios no tema. Além disso, propôssugestões <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate para a participação do governo brasileiro na 15ª Conferênciadas Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima(COP 15), realizada em <strong>de</strong>zembro, e i<strong>de</strong>ias para contribuir para a formulação domarco regulatório brasileiro <strong>de</strong> gestão da mudança do clima.A carta foi reconhecida <strong>com</strong>o uma das importantes iniciativas em torno dotema, sendo nominalmente citada pelo Fórum das Nações Unidas <strong>de</strong> MudançasClimáticas (United Nations Lea<strong>de</strong>rship Forum on Climate Change), queaconteceu em 22 <strong>de</strong> setembro, em Nova York, nos EUA.Brasil97


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Posição consolidada entre os lí<strong>de</strong>resEm <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> manteve sua posição <strong>com</strong>o empresa latino-americanamais bem posicionada no índice que avalia o grau <strong>de</strong> transparência dasinformações sobre mudanças climáticas, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o relatório globaldo Carbon Disclosure Project (CDP). A <strong>Vale</strong> obteve 74 pontos, em uma escala<strong>de</strong> 0 a 100, na avaliação <strong>de</strong> transparência do CDP (CDLI – Carbon DisclosureLea<strong>de</strong>rship In<strong>de</strong>x), ficando bem acima da média <strong>de</strong> 59 pontos do Setor<strong>de</strong> Materiais, que consi<strong>de</strong>ra empresas <strong>de</strong> mineração, si<strong>de</strong>rurgia, química,manufatura e papel e celulose.Divulgado em setembro, o ranking mostra a <strong>Vale</strong> em segundo lugar entreas empresas dos países que não fazem parte do Anexo 1 (aqueles que têmobrigações <strong>com</strong> metas <strong>de</strong> redução no Protocolo <strong>de</strong> Quioto), atrás apenas dasul-coreana Samsung Electronics.O chamado relatório Global 500 é produzido anualmente pelo CDP, querepresenta um grupo <strong>de</strong> 475 gran<strong>de</strong>s investidores, cujos ativos somam US$55 trilhões. A ONG envia questionários a mais <strong>de</strong> 3.700 gran<strong>de</strong>s empresassolicitando informações sobre suas emissões <strong>de</strong> gases do efeito estufa (GEE),potenciais riscos e oportunida<strong>de</strong>s relacionadas a mudanças climáticas e suasestratégias para gestão associada. As respostas são totalmente voluntárias.No relatório do Goldman Sachs focado em mudanças climáticas 1 , publicadoem maio <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> foi lí<strong>de</strong>r no ranking que <strong>com</strong>bina a avaliação daperformance na gestão das mudanças climáticas e a previsão <strong>de</strong> retorno sobreinvestimento, <strong>de</strong>ntro da categoria Abatement Lea<strong>de</strong>rs (lí<strong>de</strong>res em redução).O banco <strong>de</strong> investimentos consi<strong>de</strong>rou no documento que a empresa gerenciasuas emissões <strong>de</strong> forma mais efetiva que seus pares. Foram analisadosrelatórios públicos <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 800 <strong>com</strong>panhias globais, divididas em 24setores, <strong>com</strong> valor <strong>de</strong> mercado equivalente a cerca <strong>de</strong> 90% do índice MSCIWorld, <strong>com</strong>posto por ações <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> 48 países.1 GS Sustain – Change is <strong>com</strong>ing: a framework for climate change – a <strong>de</strong>fining issue of the 21st century.além <strong>de</strong> outras oportunida<strong>de</strong>s relativas ao uso<strong>de</strong> energias renováveis apontadas pela equipe<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos negóciosda VSE (<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada dos projetosimplementados e em andamento na pág. 102).Demos continuida<strong>de</strong> à nossa participaçãonas discussões, no Brasil, sobre marcosregulatórios e <strong>de</strong>senvolvimento dosmercados <strong>de</strong> carbono, <strong>com</strong> entida<strong>de</strong>s<strong>com</strong>o o Conselho Empresarial Brasileiropara o Desenvolvimento Sustentável(CEBDS) e o Instituto Ethos <strong>de</strong> Empresas eResponsabilida<strong>de</strong> Social, bem <strong>com</strong>o <strong>com</strong>instituições setoriais, a exemplo da Fe<strong>de</strong>raçãodas Indústrias do Estado <strong>de</strong> São Paulo (Fiesp)e da Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Indústria(CNI). Também integramos fóruns públicos,<strong>com</strong>o o Fórum Amazônia Sustentável e oFórum Econômico Mundial. No Canadá, a<strong>Vale</strong> Inco tem participado das consultas aosetor privado sobre o regime regulatório <strong>de</strong>mudanças climáticas <strong>de</strong>senvolvido pelasprovíncias e pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral.Emissões consolidadas<strong>de</strong> Gases <strong>de</strong> Efeito EstufaComo nos anos anteriores, o inventário <strong>de</strong>Gases <strong>de</strong> Efeito Estufa da <strong>Vale</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong> seguiuas diretrizes <strong>de</strong>finidas no Greenhouse GasProtocol 2 e metodologias <strong>de</strong> cálculo e fatores<strong>de</strong> emissão do IPCC e dos guias <strong>de</strong> orientaçãodos governos nacionais dos locais on<strong>de</strong>operamos 3 .Institute (WRI) e do World Business Council forSustainable Development (WBCSD).A partir das informações <strong>de</strong> nosso inventário <strong>de</strong>emissões, buscamos <strong>de</strong>senvolver ações, tanto<strong>de</strong> longo prazo <strong>com</strong>o <strong>de</strong> aplicação imediata,que fortalecem nossa estratégia <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong>eficiência energética e redução <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>energia e <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> GEE.Em relação ao princípio da transparência,preconizado no quinto pilar do ProgramaCarbono <strong>Vale</strong>, divulgamos anualmenteinformações sobre as emissões <strong>de</strong> GEE, assim<strong>com</strong>o sobre as políticas e as estratégias da<strong>Vale</strong> em relação ao tema. Essa divulgação éfeita neste relatório <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, emrelatórios regionais publicados no Canadá ena Austrália e através da nossa resposta aoquestionário do Carbon Disclosure Project(CDP).Ao longo <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> promoveu umaampla discussão estratégica <strong>com</strong> baseem cenários regulatórios e <strong>de</strong> mercado,visando i<strong>de</strong>ntificar os potenciais <strong>de</strong>safios eoportunida<strong>de</strong>s provenientes das mudançasclimáticas para cada área <strong>de</strong> negócioda empresa. Esse projeto envolveu os<strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> alumínio, carvão, cobre,energia, minério <strong>de</strong> ferro, participações emsi<strong>de</strong>rurgia e níquel, entre outros.Ampliamos também o portfólio <strong>de</strong> projetos<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissões e sequestro<strong>de</strong> carbono. Esse portfólio contémum conjunto <strong>de</strong> potenciais projetos jái<strong>de</strong>ntificados nas unida<strong>de</strong>s operacionais,Para a elaboração do inventário foramconsi<strong>de</strong>rados os gases <strong>de</strong> efeito estufasignificativos em termos <strong>de</strong> emissõesabsolutas (toneladas/ano) para o conjunto2 A Corporate Accounting and Reporting Standard – RevisedEdition do World Resources Institute (WRI) e World BusinessCouncil for Sustainable Development (WBCSD).3 IPCC 2006 Gui<strong>de</strong>lines for National Greenhouse Gas Inventories(GNGGI). Para algumas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio internacionais,a <strong>Vale</strong> buscou utilizar as seguintes metodologias baseadasem legislação nacional: o “Metal Mining – Greenhouse GasQuantification Guidance”, do Canadá; o “National GreenhouseAccounts (NGA) Factors”, da Austrália; o “U.S. Inventory ofGreenhouse Gas Emissions and Sinks 1990-2004 (EPA 2006)”,dos Estados Unidos; o “The Norwegian Emission Inventory2008 – Documentation of methodologies for estimatingemissions of greenhouse gases and long-range transboundaryair pollutants”, da Noruega; e o “National GreenhouseGas Inventory Report of Japan, Ministry of the Environment,Japan Greenhouse Gas Inventory Office of Japan (GIO), CGER,NIES”, do Japão.98Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanos<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s conduzidas pela empresa 4 em100% das unida<strong>de</strong>s incluídas no limite <strong>de</strong>sterelatório. Não foram consi<strong>de</strong>radas nesseinventário as emissões associadas a empresasnas quais a <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>tém participação acionária,mas não <strong>de</strong>tém o controle operacional.Incluímos no inventário, <strong>com</strong>o Escopo1, as emissões <strong>de</strong> fontes diretas <strong>de</strong> GEE,provenientes da queima <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveisnão renováveis, dos processos <strong>de</strong> produção(uso <strong>de</strong> explosivo, pelotização, produção <strong>de</strong>ferroligas, níquel, alumínio, carvão vegetal eferro-gusa) e das emissões fugitivas em minas<strong>de</strong> carvão, em equipamentos e instalaçõesque pertencem à <strong>Vale</strong> ou são controladosoperacionalmente por ela.No Escopo 2 estão contabilizadas as emissõesindiretas, geradas pelo consumo <strong>de</strong> energiaelétrica proveniente da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição 5 .alumínio na <strong>Vale</strong>sul, em abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, quando aunida<strong>de</strong> passou a produzir tarugos por extrusão apartir <strong>de</strong> lingotes <strong>de</strong> alumínio e sucata.Cabe <strong>de</strong>stacar que, em alinhamento <strong>com</strong> oprotocolo <strong>de</strong> cálculo da Austrália, a <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>duz<strong>de</strong> suas emissões a venda do gás natural(essencialmente metano) liberado na mina <strong>de</strong>carvão subterrânea <strong>de</strong> Integra, o qual é vendidopara geração <strong>de</strong> energia elétrica. Essa <strong>de</strong>duçãorepresentou uma redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 70% nasemissões da mina em relação ao ano anterior.Ao mesmo tempo, houve aumento nas emissões<strong>de</strong> algumas unida<strong>de</strong>s, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> fatorespontuais, <strong>com</strong>o a ampliação da frota <strong>de</strong> naviosda Seamar Shipping e a expansão na produção<strong>de</strong> bauxita na mina <strong>de</strong> Paragominas, <strong>de</strong> aluminana refinaria Alunorte, <strong>de</strong> carvão na mina <strong>de</strong>Carborough Downs e <strong>de</strong> potássio na mina <strong>de</strong>Taquari-Vassouras.Evolução das emissões diretas eindiretas (Escopos 1 e 2) <strong>de</strong> GEE(milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> CO 2equivalente)15,21,413,816,81,315,512,90,812,1Além disso, adotando uma postura proativa,a <strong>Vale</strong> também inventaria e divulgaseparadamente as emissões diretas <strong>de</strong>CO 2associadas ao consumo <strong>de</strong> fontesrenováveis, tais <strong>com</strong>o o biodiesel, o etanole o carvão vegetal.No ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong> manteve o esforço<strong>de</strong> aprofundar o <strong>de</strong>talhamento <strong>de</strong> fontesemissoras, buscando reduzir as incertezasassociadas ao inventário. Como resultado<strong>de</strong>sse trabalho, realizamos o levantamentodas emissões diretas referentes aos processos<strong>de</strong> tratamento interno <strong>de</strong> resíduos da <strong>Vale</strong> noBrasil, em aterros sanitários, <strong>com</strong>postagem eincineração. No entanto, <strong>de</strong>monstrou-se queessas fontes <strong>de</strong> emissão não são relevantespara o resultado geral da <strong>Vale</strong>.A redução do volume <strong>de</strong> emissões reflete,principalmente, os efeitos da contração daeconomia global, que levou a <strong>Vale</strong> a reduzira produção em diversas unida<strong>de</strong>s, gerandoqueda no consumo <strong>de</strong> <strong>com</strong>bustíveis. Outrofator que influenciou esse resultado foi oencerramento das operações <strong>de</strong> fundição <strong>de</strong>O total <strong>de</strong> emissões diretas em <strong>2009</strong> foi <strong>de</strong>12,1 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> CO 2equivalente,número 22% inferior ao registrado em 2008.Já as emissões indiretas em <strong>2009</strong> totalizaramcerca <strong>de</strong> 770 mil toneladas <strong>de</strong> CO 2equivalente,representando uma redução <strong>de</strong> 40% nasemissões em relação ao ano anterior.Emissões em <strong>2009</strong> - Escopo 1 (emissões diretas), Escopo 2(emissões indiretas) e Fontes Renováveis.2007 2008 <strong>2009</strong>emissões indiretasemissões diretas<strong>2009</strong> (milhões<strong>de</strong> toneladas CO 2equivalente)Escopo 1 Insumos <strong>com</strong>bustíveis 8,7Escopo 1 Insumos não <strong>com</strong>bustíveis 3,4Escopo 2 0,8Escopo 1 + Escopo 2 12,9Fontes Renováveis 0,34 CO 2(dióxido <strong>de</strong> carbono), CH 4(metano), N 2O (óxido nitroso) ePFCs (perfluorcarbonos CF 4e C 2F 6).5 Em <strong>2009</strong> não houve <strong>com</strong>pra <strong>de</strong> vapor proveniente <strong>de</strong> empresasterceirizadas (Escopo 2).99


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Atuamos <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> nossas DiretrizesCorporativas sobreMudanças ClimáticasA redução das emissões indiretas estárelacionada à diminuição <strong>de</strong> 23% noconsumo <strong>de</strong> energia elétrica pelas unida<strong>de</strong>sda <strong>Vale</strong>, em função da queda da produção.Além disso, a adoção <strong>de</strong> novo fator <strong>de</strong>emissão (tCO 2e por MWh consumido) paraInventários no Brasil, o qual é modificadoano a ano 6 , resultou, em <strong>2009</strong>, em umadiminuição das emissões indiretas para asunida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> no Brasil <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 60%.O fator <strong>de</strong> emissão da re<strong>de</strong> interligada <strong>de</strong>distribuição <strong>de</strong> energia elétrica brasileira foireduzido em quase 50%. Isso se <strong>de</strong>ve à quedana <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> energia elétrica em <strong>2009</strong>no Brasil, o que acarretou uma redução nacarga das centrais termoelétricas nacionaisno período <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> consumo, ampliando aparticipação das energias renováveis.Buscando aten<strong>de</strong>r à crescente <strong>de</strong>manda dosinvestidores e <strong>de</strong> outras partes interessadas,6 O Operador Nacional do Sistema (ONS) passou a divulgarseparadamente fatores <strong>de</strong> emissão da re<strong>de</strong> interligadanacional brasileira utilizados para projetos MDL (Mecanismo<strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo) e fatores para a elaboração <strong>de</strong>Inventários.a empresa <strong>com</strong>eçou um diagnósticopreliminar dos riscos associados à sua ca<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> fornecimento, em uma abordagemprogressiva. O objetivo é iniciar o processo <strong>de</strong>inclusão, no inventário da <strong>Vale</strong>, das emissões<strong>de</strong> fontes indiretas <strong>de</strong> outras origens (Escopo3), tais <strong>com</strong>o: tratamento externo <strong>de</strong> resíduos,viagens aéreas <strong>de</strong> funcionários, transporte<strong>de</strong> produtos, matérias-primas, insumos eresíduos realizados por terceiros, bem <strong>com</strong>otransporte <strong>de</strong> funcionários.Essas emissões foram geradas,principalmente, pelo transporte marítimo<strong>de</strong> produtos para Ásia e Europa e resultarampreliminarmente em 0,6 milhão <strong>de</strong> toneladas<strong>de</strong> CO 2e. A <strong>Vale</strong> preten<strong>de</strong> implantar melhoriasno processo <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong>sses dados e,ainda, ampliar a sua abrangência, incluindoa quantificação <strong>de</strong> emissões associadasà extração e à produção <strong>de</strong> materiais/<strong>com</strong>bustíveis <strong>com</strong>prados, bem <strong>com</strong>o autilização <strong>de</strong> nossos produtos vendidos,consi<strong>de</strong>rando a materialida<strong>de</strong> das emissões eas ativida<strong>de</strong>s críticas para os nossos negócios.Realizamos anualmente a mensuração das nossasemissões diretas e indiretas <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa.100Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosCamada <strong>de</strong> ozônioEm <strong>2009</strong>, as emissões <strong>de</strong> substâncias<strong>de</strong>struidoras da camada <strong>de</strong> ozônio (SDO) da<strong>Vale</strong> totalizaram 1,58 tonelada. O significativoaumento <strong>com</strong> relação às emissões reportadasem 2008, <strong>de</strong> 0,35 tonelada, é <strong>de</strong>corrência daampliação do escopo da coleta <strong>de</strong> dados e <strong>de</strong>variações normais no uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> gás.As unida<strong>de</strong>s no Brasil consumiramaproximadamente 5 toneladas <strong>de</strong> gasesrefrigerantes CFCs e HCFCs. Já as unida<strong>de</strong>sna Austrália, nos EUA, no Canadá, na Europae na Ásia consumiram apenas gases HCFCs.No Brasil, on<strong>de</strong> temos a maior parte <strong>de</strong>nossas operações, a <strong>Vale</strong> está substituindoos equipamentos <strong>de</strong> refrigeração que usamCFCs por outros <strong>com</strong> menor potencial <strong>de</strong><strong>de</strong>gradação da camada <strong>de</strong> ozônio.menor intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> CO 2porunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receita 1 , portanto, temos ummenor risco <strong>de</strong> impacto nos nossos custos,em relação a outras empresas do setor.Como resultado do protocolo <strong>de</strong> intençõesfirmado em 2008 <strong>com</strong> o Instituto Nacional <strong>de</strong>Pesquisas Espaciais (Inpe), a <strong>Vale</strong> elaborou osegundo relatório sobre os impactos físicosdas mudanças climáticas nos estados do Paráe Maranhão (Brasil), durante o ano <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.Esse estudo focalizou os potenciais impactossobre disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água no solo,1 O relatório global do Carbon Disclosure Project (disponívelem www.cdproject.net) <strong>de</strong> <strong>2009</strong> divulgou que o indicador <strong>de</strong>intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emissão por receita da <strong>Vale</strong> foi <strong>de</strong> 522 tCO 2e/US$ milhão, <strong>de</strong>monstrando que a empresa continua <strong>com</strong> amenor intensida<strong>de</strong> entre as gran<strong>de</strong>s mineradoras.recursos hídricos superficiais e níveis dosaquíferos na Bacia do Rio Tocantins, biomasda região, os efeitos secundários, <strong>com</strong>opotencial <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> queimadas,e ainda impactos sobre ativida<strong>de</strong>seconômicas, principalmente a agricultura.A partir <strong>de</strong> 2010, planejamos retomar ostrabalhos <strong>de</strong>senvolvidos sobre impactosfísicos, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaras potenciais consequencias sobre asoperações da <strong>Vale</strong> e, a partir <strong>de</strong>ssasinformações, planejar nossas ações futuras<strong>de</strong> mitigação e adaptação.Riscos e Oportunida<strong>de</strong>sAs Diretrizes Corporativas sobre MudançasClimáticas da <strong>Vale</strong> estabelecem um amploconjunto <strong>de</strong> ações para a gestão <strong>de</strong> riscos eoportunida<strong>de</strong>s relativos a esse tema.A Avaliação Estratégica realizada em <strong>2009</strong>,<strong>com</strong> base em uma análise <strong>de</strong> cenáriosregulatórios e <strong>de</strong> mercado, i<strong>de</strong>ntificouos potenciais <strong>de</strong>safios e oportunida<strong>de</strong>sprovenientes das mudanças climáticas sobrenossas áreas <strong>de</strong> negócio. Essa análise apontouque a <strong>Vale</strong> é a mineradora diversificada <strong>com</strong>Emissões totais <strong>de</strong> SDO(total: 1,58 toneladas)8,7%BrasilÁsiaCanadáAustráliaEuropa0,2%4,9% 0,1%86,1%ReceitaInvestimentoCustoRiscos regulatórios Riscos físicos Oportunida<strong>de</strong>s• Redução na ativida<strong>de</strong>econômica geral;• Impacto indireto<strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>novas tecnologiasque promovam asubstituição <strong>de</strong> produtosno longo prazo;• Impactos indiretossobre as condições <strong>de</strong>mercado, em funçãoda alteração nos custosda ca<strong>de</strong>ia produtiva daindústria <strong>de</strong> si<strong>de</strong>rurgiano médio prazo.• Investimentospara adaptaçõesem processos <strong>de</strong>produção pormudanças <strong>de</strong>regulamentação nomédio prazo.• Introdução <strong>de</strong> metas<strong>de</strong> emissão obrigatóriase custos tributáriospara emissão <strong>de</strong> GEE;• Elevação nos custosdos insumos nametalurgia e mineração(carvão, água, energia,por exemplo).• Potencial imposição<strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> ajustealfan<strong>de</strong>gárias <strong>de</strong> formaa evitar vantagens<strong>com</strong>petitivas a paísessem taxação.• Alterações (positivasou negativas) novolume e na origemda produção, causadaspelos impactos físicosregionais das mudançasclimáticas paraempresas do setor;• Potencial impacto(positivo ou negativo)nos serviços <strong>de</strong>logística, causado pelasalterações na produçãoem áreas <strong>de</strong> influência.• Investimentos adicionaisem adaptação(infraestrutura) nomédio e no longo prazo;• Revisão <strong>de</strong> prazos paraa implementação <strong>de</strong>projetos por causa doaumento <strong>de</strong> ocorrência<strong>de</strong> eventos climáticosextremos.• Potencial <strong>de</strong>mandapor ações sociais eambientais nas áreas <strong>de</strong>influência;• Custos adicionais <strong>de</strong>seguros das instalações<strong>de</strong> produção.• Desenvolvimento <strong>de</strong> projetos<strong>de</strong> créditos <strong>de</strong> carbono noâmbito do Mecanismo <strong>de</strong>Desenvolvimento Limpo, emprocessos industriais e projetosflorestais;• Desenvolvimento <strong>de</strong> projetos<strong>de</strong> créditos <strong>de</strong> carbonono âmbito dos mercadosvoluntários, em processosindustriais e projetos florestais;• Desenvolvimento <strong>de</strong>projetos no âmbito do REDD(Redução <strong>de</strong> Emissões porDesmatamento e Degradação);• Pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimentopara geração <strong>de</strong> energia maislimpa;• Desenvolvimento <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>riscos associados à mudançado clima no <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> capital.• Projetos <strong>de</strong> eficiênciaenergética e redução <strong>de</strong>emissões <strong>de</strong> GEE;• Potenciais incentivosfinanceiros para a geração<strong>de</strong> energia mais limpa.101


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Investimos na eficiênciaenergética e na reduçãoda emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong>efeito estufaIniciativas <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissõesComo parte da estratégia <strong>de</strong> aumento<strong>de</strong> eficiência energética e <strong>de</strong> redução <strong>de</strong>emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa, <strong>de</strong>acordo <strong>com</strong> o segundo pilar do ProgramaCarbono <strong>Vale</strong>, realizamos o diagnóstico <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e avaliamos a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>implantação <strong>de</strong> algumas medidas específicasnas nossas unida<strong>de</strong>s operacionais.A energia, em suas diversas formas, é<strong>com</strong>ponente indispensável às ativida<strong>de</strong>sda <strong>Vale</strong>. Dessa forma, estabelecemos osseguintes princípios norteadores da gestão<strong>de</strong> energia:• Otimização dos custos <strong>de</strong> suprimento –busca pelo custo mínimo <strong>de</strong> produção ou<strong>de</strong> aquisição dos insumos energéticos;• Segurança do abastecimento – busca pelaconfiabilida<strong>de</strong> do suprimento <strong>de</strong> energia ematendimento às <strong>de</strong>mandas das unida<strong>de</strong>s da<strong>Vale</strong>, <strong>com</strong> os níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> requeridos;• Sustentabilida<strong>de</strong> ambiental – busca peloequilíbrio entre as ativida<strong>de</strong>s energéticas e aproteção ao meio ambiente; e• Eficiência energética – conservação e usoracional da energia.Dentre as ações <strong>de</strong> eficiência energética eredução <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufajá implementadas, <strong>de</strong>stacam-se:1. Usinas <strong>de</strong> Pelotização <strong>de</strong> Tubarão – noBrasil: continuamos promovendo asubstituição <strong>de</strong> óleo <strong>com</strong>bustível por gásnatural (menos carbono intensivo) nas Usinas5 e 6 (Nibrasco) e na Usina 7 (Kobrasco), noComplexo <strong>de</strong> Tubarão, situadas no estadodo Espírito Santo. Essas iniciativas voluntárias,operacionalizadas ao final <strong>de</strong> 2007,resultaram em uma redução <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong>GEE efetiva, em <strong>2009</strong>, <strong>de</strong> 31,5 mil tCO 2e nasUsinas 5 e 6 e <strong>de</strong> 16,5 mil tCO 2e na Usina 7.2. Carborough Downs – Austrália: os gases <strong>de</strong>jazidas <strong>de</strong> carvão (essencialmente metano)são pré-drenados das áreas a seremmineradas e posteriormente queimadosno flare 1 , reduzindo assim seu potencial<strong>de</strong> aquecimento global. Foram capturadas23,4 mil toneladas do gás metano, ouseja, no total, as emissões reduzidas foram<strong>de</strong> 426,8 mil tCO 2e 2 , após a <strong>de</strong>dução <strong>de</strong>65,4 mil tCO 2e das emissões geradas pelaqueima do gás no flare.3. Integra Un<strong>de</strong>rground Mine – Austrália:nesta unida<strong>de</strong>, os gases liberados pelamina <strong>de</strong> carvão são capturados e vendidospara a geração <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> na CentralTermoelétrica <strong>de</strong> Glennies Creek (10MW <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>), que é implantadae operada por terceiros. Em <strong>2009</strong>, onúmero <strong>de</strong> conexões da termoelétricaà re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> gás aumentou,incrementando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gásqueimada para a geração <strong>de</strong> energia. Essaação promoveu uma redução <strong>de</strong> emissão<strong>de</strong> 10,1 mil toneladas <strong>de</strong> metano, ou seja,211,6 mil tCO 2e, quando <strong>com</strong>parado aocenário <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> base no qual o gás seriaventilado diretamente para a atmosfera.4. Clydach Nickel Refinery – Reino Unido: emsetembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Clydachtrocou o antigo sistema <strong>de</strong> acionamentopor um inversor <strong>de</strong> frequência, tendo<strong>com</strong>o benefício secundário a reduçãono consumo <strong>de</strong> energia elétrica <strong>de</strong>aproximadamente 700 MWh por ano. Issoacarretou uma diminuição das emissões <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 380 tCO 2e por ano 3 .5. Estrada <strong>de</strong> Ferro Vitória a Minas (EFVM) eMina <strong>de</strong> Corumbá (Urucum Mineração) –Brasil: nessas unida<strong>de</strong>s estamos utilizandoetanol, <strong>com</strong>bustível renovável, na frota<strong>de</strong> veículos leves, preferencialmenteao uso da gasolina. Des<strong>de</strong> o primeirosemestre <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, essas iniciativas já estãosendo aplicadas na frota das empresasterceirizadas que realizam o transporte <strong>de</strong>funcionários da <strong>Vale</strong>, reduzindo as emissõesdas unida<strong>de</strong>s em cerca <strong>de</strong> 80 toneladas <strong>de</strong>CO 2e por ano.1 Dispositivo que realiza a queima <strong>de</strong> gases do processo.2 O potencial <strong>de</strong> aquecimento global do metano é 21 vezeso do gás carbônico. Para o total <strong>de</strong> metano capturado nasjazidas <strong>de</strong> carvão, temos 492.127 toneladas <strong>de</strong> CO 2e.3 Calculado <strong>com</strong> base em fator <strong>de</strong> conversão padrão do ReinoUnido (Defra).102Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanos6. <strong>Vale</strong>sul – Brasil: foram realizadas diversasações <strong>de</strong> eficiência energética, <strong>com</strong>o:a<strong>de</strong>quação do software utilizado paracontrole dos queimadores do forno,reduzindo o consumo <strong>de</strong> gás peloequipamento; implantação <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> controle <strong>de</strong> pressão, <strong>com</strong> consequenteredução da perda <strong>de</strong> calor para a atmosfera;e implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>controle <strong>de</strong> mistura ar/gás, permitindo oajuste fino das chamas do forno e maiorcontrole da <strong>com</strong>bustão. Essas açõespromoveram a redução <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> gásnatural pela unida<strong>de</strong> em 73,8 mil m 3 , <strong>com</strong>consequente redução <strong>de</strong> 150 tCO 2e.Também i<strong>de</strong>ntificamos algumasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> emissão nafase <strong>de</strong> implementação, a exemplo <strong>de</strong>:1. Albras – Brasil: em janeiro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a Albrasobteve seu primeiro projeto aprovadoe registrado na ONU no contexto doMecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo(MDL), para a redução das emissões<strong>de</strong> gases perfluorcarbonos (PFCs). Suaimplantação <strong>com</strong>pleta permitirá umaredução <strong>de</strong> emissão estimada em 80 miltCO 2e por ano. O monitoramento paraemissão inicial dos créditos <strong>de</strong> carbonoreferentes ao projeto está previsto para oprimeiro semestre <strong>de</strong> 2010.2. Projeto Biodiesel e Consórcio Biopalma– Brasil: por meio do Consórcio <strong>com</strong> aBiopalma da Amazônia S.A., a <strong>Vale</strong> vaiproduzir óleo <strong>de</strong> palma, matéria-prima paraobtenção <strong>de</strong> biodiesel, a partir <strong>de</strong> 2014.Além <strong>de</strong> participar do consórcio, a <strong>Vale</strong> éresponsável pela implantação e operaçãoda planta <strong>de</strong> biodiesel que terá parte <strong>de</strong>sua produção <strong>de</strong>stinada a alimentar afrota <strong>de</strong> lo<strong>com</strong>otivas do Sistema Norte,bem <strong>com</strong>o máquinas e equipamentos<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte das minas <strong>de</strong> Carajás, noBrasil. O <strong>com</strong>bustível utilizado será o dieselB20, 80% diesel puro e 20% biodiesel B100.3. Projeto Karebbe – Indonésia: está emimplantação uma terceira usina hidrelétrica,em Karebbe, no rio Larona, em Sorowako,Indonésia. O projeto irá incrementar aprodução <strong>de</strong> energia hidrelétrica em 33%,ou seja, 90 MW, reduzindo custos através dasubstituição da energia térmica em nossasTemos <strong>com</strong>o estratégia intensificar o uso <strong>de</strong> fontesrenováveis para reduzirmos as emissões atmosféricas.operações. O projeto, atualmente em fase<strong>de</strong> construção, representa um investimento<strong>de</strong> US$ 410 milhões e é o principal item doprograma <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> energiada PT Inco.4. Voisey’s Bay, Newfoundland e Labrador– Canadá: existem três iniciativas <strong>de</strong>eficiência energética em <strong>de</strong>senvolvimento:a. A<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> geradores <strong>de</strong> energiaelétrica a diesel para melhoria do fator <strong>de</strong>carregamento, uma vez que a operação<strong>com</strong> a potência abaixo da máxima doequipamento se torna menos eficiente.Essa ação resultará em uma melhoriana eficiência térmica (aproveitamentoda energia do diesel) <strong>de</strong> 27%, que traráredução do consumo específico <strong>de</strong><strong>com</strong>bustível <strong>de</strong> 1,8%.b. Desativação dos aquecedores elétricose utilização do sistema <strong>de</strong> aquecimentopor glicol (aditivo anticongelante etransportador <strong>de</strong> calor) para manter atemperatura dos motores <strong>de</strong> geradoresem 40°C e minimizar o <strong>de</strong>sgaste causadopor partidas a frio, reduzindo o consumo<strong>de</strong> óleo diesel pelos geradores.c. Utilização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> glicolexistente para aquecimento <strong>de</strong> duasáreas da unida<strong>de</strong> que originalmente eramatendidos por cal<strong>de</strong>iras a óleo, <strong>com</strong> reduçãono consumo <strong>de</strong> óleo pelas mesmas.Além dos vários projetos implantados ouem implementação, iniciamos também oestudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> para alguns projetos.Por exemplo, a refinaria <strong>de</strong> níquel <strong>de</strong>Clydach está testando uma tecnologia <strong>de</strong>transferência <strong>de</strong> calor à base <strong>de</strong> fluido noprocesso <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> pelotas <strong>de</strong> níquel,<strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong> substituir o sistema atual,que utiliza os gases quentes provenientes da<strong>com</strong>bustão do gás natural, para aquecimentodo níquel líquido.Também estamos promovendo a avaliaçãotécnica da utilização <strong>de</strong> gás natural e diferentesmisturas <strong>de</strong> biodiesel na frota <strong>de</strong> lo<strong>com</strong>otivasdas ferrovias, visando verificar os impactosna potência, na eficiência energética, namanutenção e na emissão <strong>de</strong> poluentes.A estratégia da <strong>Vale</strong> é prosseguir <strong>com</strong> aintensificação do uso <strong>de</strong> fontes renováveis e <strong>de</strong>uso racional da energia <strong>com</strong>o forma <strong>de</strong> obtermelhores resultados no que diz respeito ao seu<strong>de</strong>sempenho na área <strong>de</strong> eficiência energéticae redução <strong>de</strong> emissões atmosféricas.103


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>biodiversida<strong>de</strong>Riqueza naturalprotegidaCom investimentos contínuosem pesquisa e novastecnologias, buscamos avançarem nosso <strong>com</strong>promisso <strong>de</strong> darpriorida<strong>de</strong> à sustentabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> nossas operações,<strong>de</strong>senvolvendo-as <strong>de</strong> formaintegrada <strong>com</strong> a conservaçãoda biodiversida<strong>de</strong> e respeitandoas diferentes formas <strong>de</strong> vidaInvestimos em ações direcionadas à manutenção dosecossistemas, à conservação das espécies e ao uso sustentáveldos recursos naturais, <strong>de</strong> forma a contribuir para o atendimentodas <strong>de</strong>mandas atuais e resguardar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida paraas futuras gerações. Para isso, além <strong>de</strong> monitorar e avaliarcontinuamente os impactos <strong>de</strong> nossas operações sobre osambientes naturais, <strong>de</strong>senvolvemos tecnologias voltadas àmelhoria da qualida<strong>de</strong> da recuperação <strong>de</strong> áreas mineradas oualteradas por outras ativida<strong>de</strong>s antrópicas.Para gestão da biodiversida<strong>de</strong> emnossas áreas <strong>de</strong> negócio, cumprimos osregulamentos governamentais em vigêncianos países on<strong>de</strong> atuamos, adotando alegislação brasileira <strong>com</strong>o parâmetro mínimo<strong>de</strong> atuação. Internamente, <strong>de</strong>senvolvemose <strong>de</strong>finimos uma série <strong>de</strong> procedimentosque são aplicados obrigatoriamente emtodas as unida<strong>de</strong>s operacionais e que são<strong>de</strong>terminados em documentos que trazem a<strong>de</strong>finição das ações e das responsabilida<strong>de</strong>s.Tomamos, ainda, <strong>com</strong>o base para nossaatuação, as diretrizes <strong>de</strong> Boas Práticas e oManual <strong>de</strong> Ferramentas propostos peloConselho Internacional <strong>de</strong> Mineração eMetais (ICMM), do qual somos signatários.Estamos elaborando nosso Guia <strong>de</strong>Biodiversida<strong>de</strong> e nosso Guia <strong>de</strong> Recuperação<strong>de</strong> Áreas Degradadas. Esses dois documentosreúnem as diretrizes e as ferramentas que<strong>de</strong>vem ser aplicadas em todas as unida<strong>de</strong>soperacionais. Com previsão <strong>de</strong> publicaçãoem 2010, os guias foram i<strong>de</strong>alizados <strong>com</strong>o objetivo <strong>de</strong> promover a excelência empráticas e o aperfeiçoamento <strong>de</strong> resultados,sob a diretriz <strong>de</strong> uma atuação responsável,<strong>com</strong>prometida <strong>com</strong> a conservação dabiodiversida<strong>de</strong> e <strong>com</strong> o uso sustentável dosrecursos naturais.Paralelamente, estão sendo elaboradosindicadores <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> nosso<strong>de</strong>sempenho em biodiversida<strong>de</strong>. Essesindicadores pon<strong>de</strong>ram nossa atuação emterritório brasileiro e em outros países,consi<strong>de</strong>rando que nossas ativida<strong>de</strong>s são<strong>de</strong>senvolvidas em diferentes biomas e emáreas <strong>com</strong> condições ambientais distintasem relação ao histórico <strong>de</strong> ocupação euso do solo. Alguns dos indicadores são<strong>com</strong>plementares aos propostos pela GlobalReporting Initiative (GRI) e estão relacionadosàs normas e aos princípios estabelecidos pelaConvenção sobre Diversida<strong>de</strong> Biológica (CDB).A aplicação <strong>de</strong>sses indicadores contribuirápara a gestão das unida<strong>de</strong>s operacionais epara a transparência no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>nossas ativida<strong>de</strong>s.Principais ações <strong>de</strong>senvolvidas em <strong>2009</strong>• Na Reserva Natural <strong>Vale</strong> (Linhares/ES), foram <strong>de</strong>senvolvidos 127 projetos,englobando pesquisas próprias e projetose estudos <strong>de</strong>senvolvidos em parceria<strong>com</strong> outras instituições. Esses projetosincluíram estudos populacionais eecológicos, investigações sobre dinâmicaflorestal e estrutura <strong>de</strong> vegetação emudanças climáticas. Associadas àsativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> proteção ecossistêmica(também realizadas na Reserva Biológica<strong>de</strong> Sooretama – Sooretama/ES <strong>de</strong>s<strong>de</strong>1998), <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias eprocedimentos para recuperação <strong>de</strong> áreas<strong>de</strong>gradadas, produção <strong>de</strong> mudas e ações<strong>de</strong> educação ambiental, essas iniciativasjustificam o título <strong>de</strong> Posto Avançado daReserva da Biosfera da Mata Atlântica,concedido pela Unesco em 2008.• No Parque Estadual <strong>de</strong> Ilha Gran<strong>de</strong> (Angrados Reis/RJ), renovamos o protocolo <strong>de</strong>intenções assinado <strong>com</strong> o governo do104Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosEstamos elaborando nossos Guias <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong>e <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degradadas.estado, dando continuida<strong>de</strong> ao Plano<strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável <strong>de</strong>ssaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação.• Para efetivar a proteção das áreas mantidas<strong>com</strong>o Reservas Particulares do PatrimônioNatural (RPPNs) no Quadrilátero Ferrífero <strong>de</strong>Minas Gerais, foram continuadas as ações<strong>de</strong> elaboração dos Planos <strong>de</strong> Manejo eimplantação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para construçãoe manutenção <strong>de</strong> aceiros e cercas. Alémdisso, foram implementadas as ações paraProteção Ecossistêmica das unida<strong>de</strong>s, aexemplo das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas naReserva Natural <strong>Vale</strong> (Linhares/ES).• No Centro <strong>de</strong> Pesquisas e Conservação daBiodiversida<strong>de</strong> do Quadrilátero Ferrífero<strong>de</strong> Minas Gerais (CeBio – Sabará/MG),que integra o Plano <strong>de</strong> Fechamento daMina <strong>de</strong> Córrego do Meio, foi realizadoo mapeamento da vegetação local eelaborado o “Plano <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> ÁreasVer<strong>de</strong>s Existentes na Mina Córrego doMeio”. Demos continuida<strong>de</strong> aos programastécnicos, tais <strong>com</strong>o: resgate <strong>de</strong> mudas;coleta e beneficiamento <strong>de</strong> sementes;e produção <strong>de</strong> mudas e insumos, alémda formação <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> germoplasmapertinente às espécies vegetais <strong>de</strong> maiorexpressivida<strong>de</strong> do Quadrilátero Ferríferoe da formação <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados paraa gestão das informações provenientes<strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s.• Assinatura e efetivação do convênio<strong>de</strong> colaboração para recuperação emanutenção do arboreto do JardimBotânico do Rio <strong>de</strong> Janeiro (Rio <strong>de</strong> Janeiro/RJ). A partir <strong>de</strong>sse convênio, foi abertoum canteiro <strong>de</strong>nominado Espaço <strong>Vale</strong> noArboreto, <strong>de</strong>stinado ao cultivo <strong>de</strong> plantasraras do Brasil, contemplando espéciesencontradas naturalmente em locais <strong>de</strong>baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional e/ou que sãoconsi<strong>de</strong>radas ameaçadas <strong>de</strong> extinção.• Desenvolvimento, em parceria <strong>com</strong> ogoverno, a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> local e empresas dosetor do níquel, <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> ação paraconservação da biodiversida<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Sudbury, no Canadá. Essa iniciativa foirealizada em resposta aos resultados colhidospor uma abrangente Avaliação <strong>de</strong> RiscosEcológicos, que i<strong>de</strong>ntificou <strong>com</strong>o prioritáriapara a recuperação uma área <strong>de</strong> 80 milhectares, na bacia <strong>de</strong> Sudbury, impactada porpráticas históricas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> níquel eoutras ativida<strong>de</strong>s industriais.União <strong>de</strong> esforços no Espírito SantoTrês diferentes iniciativas realizadas emparceria <strong>com</strong> o Governo do Espírito Santosão focadas em ações para recuperação<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas e conservação dabiodiversida<strong>de</strong> no estado.O Programa <strong>Vale</strong> Proteger, que realiza arestauração ecológica <strong>de</strong> áreas prioritárias <strong>de</strong>Mata Atlântica localizadas em proprieda<strong>de</strong>srurais e em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação doEspírito Santo, alcançou, em <strong>2009</strong>, a marca<strong>de</strong> 259 hectares trabalhados. A <strong>Vale</strong> contribui<strong>com</strong> a elaboração dos projetos técnicos, além<strong>de</strong> doação <strong>de</strong> mudas, aquisição <strong>de</strong> insumos eassistência técnica.Em outra frente, foi instituído o ProgramaExtensão Ambiental, que promovea restauração ecológica <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>preservação permanente, incluindo mataciliar e entorno <strong>de</strong> nascentes localizadas emproprieda<strong>de</strong>s rurais no estado. Para isso, ogoverno do estado conta <strong>com</strong> a contribuiçãoda <strong>Vale</strong> no fornecimento <strong>de</strong> assistênciatécnica, mudas e insumos. Neste primeiroano, fornecemos 330 mil mudas, <strong>de</strong>stinadasà recuperação <strong>de</strong> aproximadamente 272hectares <strong>de</strong> Mata Atlântica.A terceira ação <strong>com</strong> o Governo do EspíritoSanto foi a criação do Projeto FlorestasPiloto, que vai implantar e manter florestas--mo<strong>de</strong>lo, <strong>com</strong>postas por florestas <strong>de</strong>produção e florestas <strong>de</strong> proteção (unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>monstrativas <strong>de</strong>sses dois tipos <strong>de</strong> uso),em áreas do estado que atualmente estãoalteradas. Em <strong>2009</strong>, foram realizadas visitastécnicas para diagnóstico e caracterização dasáreas a serem contempladas pela iniciativa.Também foi elaborado o projeto técnico paraimplantação <strong>de</strong> duas unida<strong>de</strong>s planejadas,segundo o qual uma <strong>de</strong>las permaneceráintegralmente sob responsabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong>,<strong>de</strong>vendo ser implantada ainda em 2010.105


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Gestão das áreas sensíveisLocalização e tamanhoda área ocupada pela <strong>Vale</strong>As áreas operacionais da <strong>Vale</strong> ocupam cerca<strong>de</strong> 3.517 km 2 , dos quais 3.508 km 2 estão nasuperfície e 9 km 2 são subterrâneas. Essasáreas estão relacionadas à extração <strong>de</strong>minérios e às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processamentoe produção industrial, além <strong>de</strong> transportedos produtos, incluindo ferrovias e portos.O acréscimo <strong>de</strong> área em relação aos 2.713km² reportados em 2008 se <strong>de</strong>ve à expansão<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s operacionais e à inserção <strong>de</strong>empreendimentos fora do Brasil que nãohaviam sido incluídos no ano anterior.Cerrado (Brasil), Floresta da Costa LesteAfricana (Moçambique), Mata Atlântica (Brasil)e Wallacea (Indonésia), somadas àquelassituadas no Japão e na Nova Caledônia,que correspon<strong>de</strong>m a 48% das áreas da <strong>Vale</strong>que estão localizadas em regiões mundiais<strong>de</strong> alta diversida<strong>de</strong> biológica. As operaçõespresentes nos biomas Floresta Amazônica(Brasil), Floresta Boreal (Canadá) e Pantanal(Brasil), por sua vez, estão associadas a regiõesclassificadas <strong>com</strong>o wil<strong>de</strong>rness areas, quetotalizam 52% da área consi<strong>de</strong>rada.Embora algumas das unida<strong>de</strong>s operacionaisda <strong>Vale</strong> estejam situadas em regiõesclassificadas <strong>com</strong>o hotspots e wil<strong>de</strong>rnessareas, em muitos casos as ativida<strong>de</strong>s daempresa foram implantadas em locais quese encontravam ambientalmente alteradose biologicamente <strong>de</strong>scaracterizadospela existência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s antrópicasanteriores (exploração ma<strong>de</strong>ireira e pecuária,por exemplo) ou que se <strong>de</strong>stinavamexclusivamente a ativida<strong>de</strong>s industriais(principalmente no caso <strong>de</strong> DistritosIndustriais Municipais e áreas urbanizadas).Apesar disso, as operações da <strong>Vale</strong> sãorealizadas e planejadas <strong>de</strong> forma a causara menor alteração possível aos ambientesnaturais associados, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente doestado <strong>de</strong> conservação inicial da área, e asações ambientais realizadas paralelamente àsoperações contribuem <strong>de</strong> forma positiva paraa conservação da biodiversida<strong>de</strong> local.Do total <strong>de</strong> terras, 9% estão localizadas <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> áreas legalmente protegidas (unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>conservação) e 28% estão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> áreas<strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> (fora <strong>de</strong>áreas protegidas) <strong>de</strong>finidas pelos governos<strong>de</strong> cada país (Tabela 1). Consi<strong>de</strong>rando oterritório situado no entorno das Unida<strong>de</strong>sOperacionais, registramos um total <strong>de</strong>516 km² associados a áreas legalmenteprotegidas.De forma <strong>com</strong>plementar, ressalta-se que2.644 km 2 <strong>de</strong> áreas operacionais da <strong>Vale</strong>estão inseridas em regiões mundiais <strong>de</strong>alta diversida<strong>de</strong> biológica, <strong>de</strong>nominadashotspots ou wil<strong>de</strong>rness areas 1 (Tabela 2).Houve um acréscimo <strong>de</strong> 337 km² nesse tipo<strong>de</strong> ocupação em relação ao reportado em2008, principalmente em função da expansão<strong>de</strong> operações, bem <strong>com</strong>o da contabilização<strong>de</strong> áreas fora do Brasil que não haviam sidoinseridas no ano anterior.Dentre as áreas consi<strong>de</strong>radas <strong>com</strong>o hotspots,<strong>de</strong>stacam-se as operações nos biomas1 Hotspots e wil<strong>de</strong>rness areas são gran<strong>de</strong>s áreas geográficas consi<strong>de</strong>radasimportantes para a conservação da fauna e da floramundiais, que funcionam <strong>com</strong>o categorias <strong>com</strong>plementares<strong>de</strong> importância para a biodiversida<strong>de</strong>, sendo oficialmente reconhecidaspor diversas organizações internacionais. Os hotspotssão áreas mais ameaçadas e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> riqueza biológicano planeta, possuindo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> plantasvasculares endêmicas e apresentando-se reduzidas a 30% oumenos <strong>de</strong> sua cobertura vegetal original. As wil<strong>de</strong>rness areas,por sua vez, constituem gran<strong>de</strong>s extensões <strong>de</strong> área (mais <strong>de</strong> 1milhão <strong>de</strong> hectares cada) <strong>com</strong> biodiversida<strong>de</strong> representativae atualmente pouco ou não modificadas (áreas selvagens),possuindo mais <strong>de</strong> 70% da área original intacta e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>humana menor ou igual a cinco pessoas por km².Tabela 1: Quantida<strong>de</strong> e posição das áreas operacionais da <strong>Vale</strong> em relaçãoàs áreas sensíveis – áreas protegidas ou <strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong><strong>de</strong>finidas pelos governos locais – <strong>2009</strong>Áreas operacionais em relação às áreas sensíveisÁrea protegidaÁreas <strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>Posiçãorelativakm 2Adjacente 516,1Dentro 309,8Total 825,9Dentro 974,2Total 974,2Os procedimentos para análise da posição das áreas operacionais adotados pela <strong>Vale</strong> em relação às áreasprotegidas e <strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> estão em processo <strong>de</strong> aperfeiçoamento visando aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>forma equitativa às <strong>de</strong>finições estabelecidas pelos governos e às situações observadas em diferentes países.Em <strong>2009</strong>, para cálculo da área adjacente a uma área sensível, foi utilizado um raio <strong>de</strong> interferência a partir doslimites externos das áreas protegidas, excluindo-se das análises as terras indígenas e as áreas <strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong>biodiversida<strong>de</strong>. Quando uma unida<strong>de</strong> operacional está adjacente a mais <strong>de</strong> uma área sensível, optamos porconsi<strong>de</strong>rar o valor <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong> cumulativamente.Tabela 2: Ativida<strong>de</strong>s operacionais da <strong>Vale</strong> e sua localização em relação às áreasmundiais <strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong> – hotspots e wil<strong>de</strong>rness areas – <strong>2009</strong>Tipo <strong>de</strong> operação Área (km 2 ) PorcentagemTotal <strong>de</strong> áreas (hotspots + wil<strong>de</strong>rness areas) 2.644,3Extração 971,0 36,7%Processamento/Produção/Transporte 1.673,3 63,3%Hotspots – Subtotal 1.274,0Extração 405,6 31,8%Processamento/Produção/Transporte 868,4 68,2%Wil<strong>de</strong>rness areas – Subtotal 1.370,3Extração 565,4 41,3%Processamento/Produção/Transporte 804,9 58,7%106Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosImpactos na biodiversida<strong>de</strong>As operações realizadas pela <strong>Vale</strong> po<strong>de</strong>macarretar impactos diretos ou indiretos sobrea biodiversida<strong>de</strong>, sendo adotado um amploconjunto <strong>de</strong> ações para prevenir, controlare minimizar os impactos. Todos os nossosempreendimentos já são construídos <strong>com</strong>sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> impactos, que são<strong>de</strong>finidos <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cada projeto, o tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> a ser realizadae sua localização, po<strong>de</strong>ndo ser aperfeiçoadosou alterados <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as <strong>de</strong>mandasobservadas durante a fase operacional.Impactos diretosOs impactos diretos significativosestão relacionados, especialmente, àsupressão <strong>de</strong> vegetação, realizada emfunção da implantação ou expansão <strong>de</strong>empreendimentos. Esse tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>po<strong>de</strong> acarretar perda <strong>de</strong> indivíduos da flora eda fauna, assim <strong>com</strong>o a fuga dos espécimespara áreas vizinhas, alterando a qualida<strong>de</strong>ambiental, ainda que temporariamente,também nesses locais. Assim, <strong>com</strong>oconsequência da perda e/ou redução dohábitat natural, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adasalterações na estrutura das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>svegetais e animais. A intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssasmudanças vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r das condiçõesambientais locais e do grau <strong>de</strong> conservaçãodos remanescentes presentes na áreadiretamente afetada e na área <strong>de</strong> influênciados empreendimentos.Impactos indiretosDe forma geral, as ativida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> po<strong>de</strong>m gerarimpactos indiretos significativos <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>alterações em <strong>com</strong>ponentes do meio físico, quefuncionam <strong>com</strong>o suporte para os elementos domeio biótico, ocasionando redução da qualida<strong>de</strong>ambiental local. Os principais impactos indiretosestão relacionados a:• alterações diversas da paisagem <strong>de</strong>correntesda movimentação <strong>de</strong> solo (superficial esubterrâneo) e da alteração <strong>de</strong> corpos d’águaou criação <strong>de</strong> represas, por exemplo;• emissões <strong>de</strong> gases atmosféricos e <strong>de</strong> materialparticulado, que po<strong>de</strong>m afetar a qualida<strong>de</strong> do ar;• geração <strong>de</strong> efluentes líquidos <strong>com</strong> possíveisreflexos na qualida<strong>de</strong> da água e do solo;• geração <strong>de</strong> resíduos sólidos <strong>com</strong> potencialpara causar assoreamento <strong>de</strong> corpos d’água ealteração na qualida<strong>de</strong> da água e do solo;• geração <strong>de</strong> ruídos e vibração, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>perfuração <strong>de</strong> rocha, <strong>de</strong>tonação <strong>de</strong> explosivos,entre outras ativida<strong>de</strong>s, que po<strong>de</strong>m afetarespécies da flora e, especialmente, da fauna.Para prevenir, controlar e minimizar ospossíveis impactos na biodiversida<strong>de</strong>,<strong>de</strong>senvolvemos um conjunto <strong>de</strong> ações.107


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Estratégias paragestão <strong>de</strong> ImpactosAs ações adotadas para a gestão dosimpactos na biodiversida<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>m aosregulamentos nacionais e às melhorespráticas re<strong>com</strong>endadas por organizaçõesinternacionais. Adicionalmente,<strong>de</strong>senvolvemos iniciativas próprias quesuperam as exigências legais. Com o objetivo<strong>de</strong> manter a qualida<strong>de</strong> em todos os locaisem que operamos, a gestão dos impactosconta <strong>com</strong> um conjunto padronizado <strong>de</strong>procedimentos, periodicamente revisadoe atualizado, e <strong>com</strong> o a<strong>com</strong>panhamentocontínuo das medidas implantadas nasdiferentes unida<strong>de</strong>s. Isso nos possibilita<strong>de</strong>tectar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria eaperfeiçoamento dos procedimentos, bem<strong>com</strong>o <strong>de</strong>senvolver novas soluções técnicas.Dentre as ações adotadas pela <strong>Vale</strong> paragestão <strong>de</strong> impactos <strong>de</strong> nossas operaçõesna biodiversida<strong>de</strong>, estabelecidas nosProcedimentos Operacionais e, portanto,obrigatórios para todas as Unida<strong>de</strong>sOperacionais, <strong>de</strong>stacam-se:• i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reduçãodas emissões <strong>de</strong> gases do efeito estufa, pormeio <strong>de</strong> investimento em equipamentos <strong>de</strong>medição e sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissõesatmosféricas, e monitoramento do uso <strong>de</strong><strong>com</strong>bustíveis fósseis;• controle <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> materialparticulado por meio <strong>de</strong> ações específicas,<strong>com</strong>o umectação <strong>de</strong> vias e implantação <strong>de</strong>cinturões ver<strong>de</strong>s, que reduzem a dispersão<strong>de</strong> partículas pelo vento, além <strong>de</strong> realizarcontinuamente estudos <strong>de</strong> novas medidaspara minimizar esse tipo <strong>de</strong> emissão;• gestão integrada <strong>de</strong> resíduos, abrangendo<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a segregação dos materiais na origematé o seu encaminhamento para reciclagemou para <strong>de</strong>stinação a<strong>de</strong>quada, no caso <strong>de</strong>resíduos perigosos ou que necessitem <strong>de</strong>cuidado especial;• a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> drenagens superficiais eimplantação <strong>de</strong> dispositivos que diminuama velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento da água paraevitar o carreamento <strong>de</strong> sólidos e a geração<strong>de</strong> focos <strong>de</strong> erosão;• reconformação do solo e contençãoa<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s por meio da instalação<strong>de</strong> dispositivos que funcionam <strong>com</strong>ouma barreira física contra o carreamento<strong>de</strong> sedimentos e insumos pela ação daschuvas e semeadura ou plantio <strong>de</strong> espéciesvegetais, que irão garantir a estabilizaçãodo solo e sustentabilida<strong>de</strong> da recuperaçãoao longo do tempo;• elaboração <strong>de</strong> planos operacionais <strong>de</strong>supressão da vegetação e investigação<strong>de</strong> alternativas locacionais, consi<strong>de</strong>randoaspectos relativos às espécies <strong>de</strong> florae <strong>de</strong> fauna, bem <strong>com</strong>o a presença <strong>de</strong>ecossistemas raros, <strong>de</strong> forma a evitar aperda <strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção;• realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para resgate <strong>de</strong>flora (coleta <strong>de</strong> sementes e <strong>de</strong> epífitas,por exemplo) e resgate ou salvamento <strong>de</strong>fauna, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as característicasambientais <strong>de</strong> cada local e aspectosregionais (contexto <strong>de</strong> inserção dasoperações);• <strong>de</strong>senvolvimento e implantação <strong>de</strong>projetos <strong>de</strong> restauração ecossistêmica paraa recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas.Essas ações consistem em normas <strong>de</strong>operação <strong>de</strong> todos os empreendimentos da<strong>Vale</strong>. São, portanto, medidas implantadasou em processo <strong>de</strong> implantação em nossasunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a aplicabilida<strong>de</strong>em cada fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dosprojetos e <strong>com</strong> o tipo <strong>de</strong> operação realizada.Protegemos por iniciativa própria ou a partir<strong>de</strong> parcerias 10.321km 2 <strong>de</strong> áreas naturais.108Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosPlanos <strong>de</strong> gerenciamento dabiodiversida<strong>de</strong>O conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>finidas <strong>com</strong>o<strong>de</strong> aplicação obrigatória em todas asUnida<strong>de</strong>s Operacionais constituem onosso Plano Básico <strong>de</strong> Gerenciamento daBiodiversida<strong>de</strong>, que abrange <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong>planejamento e implantação dos projetosaté o seu fechamento. Embora siga açõespadronizadas, esse plano é <strong>de</strong>senvolvido<strong>de</strong> forma a respeitar o histórico, o contextoambiental e as particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cadaempreendimento.Para as unida<strong>de</strong>s operacionais localizadasem áreas protegidas e/ou consi<strong>de</strong>radas<strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>, sãoelaborados planos específicos <strong>de</strong>gerenciamento da biodiversida<strong>de</strong>. Exemplos<strong>de</strong>ssa prática são as ações específicas<strong>de</strong>senvolvidas na região amazônica, nortedo Brasil, tais <strong>com</strong>o:• Plano <strong>de</strong> Prevenção e Combate aIncêndios em Ecossistemas no Mosaico<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação da ProvínciaMineral <strong>de</strong> Carajás – abrange as Unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Conservação que abrigam operaçõesda <strong>Vale</strong> e áreas protegidas vizinhas;• Levantamento e Monitoramento <strong>de</strong>Fauna na Floresta Nacional <strong>de</strong> Carajás ena Floresta Nacional <strong>de</strong> Tapirapé-Aquiri– estudos <strong>de</strong> fauna <strong>de</strong> longo prazo paraconservação das espécies, licenciamentoambiental, padronização das metodologiasaplicadas a estudos <strong>de</strong> fauna, geração <strong>de</strong>dados científicos, suprimento <strong>de</strong> lacunas<strong>de</strong> conhecimento, capacitação técnica e<strong>de</strong>senvolvimento regional.Na Região Su<strong>de</strong>ste do Brasil, encontra--se em processo <strong>de</strong> elaboração o Plano<strong>de</strong> Conservação da Biodiversida<strong>de</strong> doQuadrilátero Ferrífero <strong>de</strong> Minas Gerais,voltado a uma região <strong>de</strong> transição entreos biomas Mata Atlântica e Cerrado, queabriga diversas operações da <strong>Vale</strong> em áreasprotegidas <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da empresa.Conservação <strong>de</strong> EspéciesDe acordo <strong>com</strong> os estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>ambiental que <strong>de</strong>senvolvemos para cadauma das Unida<strong>de</strong>s Operacionais, há o registroda ocorrência <strong>de</strong> aproximadamente 2.850espécies vegetais e 3.400 espécies animaisnas áreas influenciadas por nossas ativida<strong>de</strong>s,incluindo invertebrados e vertebrados(peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos).Desse total, 114 são classificadas <strong>com</strong>ointernacionalmente ameaçadas, <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> a Lista Vermelha da International Unionfor Conservation of Nature (IUCN) (Tabela 3),e 165 constam em listas nacionais oficiais <strong>de</strong>espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção (Tabela 4).Tabela 3: Número <strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção* incluídas na lista internacional(IUCN) e presentes na região <strong>de</strong> inserção das Unida<strong>de</strong>s Operacionais da <strong>Vale</strong>ListaInternacionalTabela 4: Número <strong>de</strong> espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção* incluídas em listas nacionais oficiais<strong>de</strong> cada país e presentes na região <strong>de</strong> inserção das Unida<strong>de</strong>s Operacionais da <strong>Vale</strong>ListaNacionalExtinta **Extinta **Criticamenteem PerigoCriticamenteem PerigoEm Perigo/AmeaçadaEm Perigo/AmeaçadaElaboramos planosespecíficos <strong>de</strong>gerenciamento dabiodiversida<strong>de</strong> para cadaunida<strong>de</strong> operacionalVulnerávelVulnerávelQuase emPerigoBaixoRiscoFungos - 1 - - - - 1Plantas - 2 15 29 - 23 69Moluscos - - - - - 2 2Artrópo<strong>de</strong>s - - - 1 - - 1Peixes - - - 1 - - 1Répteis - - - 1 - - 1Aves 1 1 3 8 6 - 19Mamíferos - 1 5 6 8 - 20PreocupaçãoEspecialFungos - - 1 - 1 2Plantas - - 49 2 1 52Moluscos - - 3 - 3Artrópo<strong>de</strong>s - - 8 1 2 11Peixes - - 6 - 3 9Anfíbios - - 1 - 2 3Répteis - - 2 1 1 4Aves 1 2 32 16 6 57Mamíferos - 1 4 14 5 24Total 1 3 106 34 21 165TotalTotal 1 5 23 46 14 25 114 ***Total*A mesma espécie po<strong>de</strong> constar em ambas as listagens (Nacional e IUCN).**Espécie <strong>com</strong> registro histórico para a área <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> uma das Unida<strong>de</strong>s Operacionais da <strong>Vale</strong>.***Houve inserção <strong>de</strong> dados relativos a empreendimentos localizados fora do Brasil que não haviam sido incluídos no ano anterior.109


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Áreas protegidasAtualmente, protegemos 10.321 km 2 <strong>de</strong> áreasnaturais, incluindo sítios <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>da empresa (4%), áreas arrendadas (3%) eUnida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação oficiais protegidasem parceria <strong>com</strong> os governos locais (93%).Essas áreas abrangem territórios nos biomasFloresta Amazônica (82%), Florestas Boreais(1%), Mata Atlântica (6%), Nova Caledônia(


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosItacaiúnas, a Reserva Biológica do Tapirapé ea Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental do Igarapé doGelado, que não abrigam nossas operações.Temos também outras áreas protegidaspróprias e contempladas por parcerias quenão estão relacionadas às nossas ativida<strong>de</strong>s,<strong>com</strong>o a Reserva Natural <strong>Vale</strong> (Linhares/ES), aReserva Biológica <strong>de</strong> Sooretama (Sooretama/ES) e o Parque Estadual da Ilha Gran<strong>de</strong> (Angrados Reis/RJ).Áreas impactadas e emrecuperaçãoA área total impactada pela <strong>Vale</strong> no período<strong>de</strong> 2007 a <strong>2009</strong>, consi<strong>de</strong>rando todos osempreendimentos sob responsabilida<strong>de</strong> daempresa, foi <strong>de</strong> 90 km². Ainda nesse período,foram iniciadas ativida<strong>de</strong>s para recuperação<strong>de</strong> 68 km 2 , entre os quais estão inseridas áreasem recuperação permanente (72%) e áreasem recuperação provisória (28%) (Tabela 6).O total <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>stinadas à recuperação(consi<strong>de</strong>rando recuperação permanentee provisória) foi inferior ao tamanho daárea total impactada em cada ano, <strong>com</strong>oconsequência da realização <strong>de</strong> ampliações,assim <strong>com</strong>o da implantação <strong>de</strong> novasunida<strong>de</strong>s no período. Em contrapartida,observa-se uma tendência <strong>de</strong> aumentodo volume total <strong>de</strong> áreas disponibilizadaspara as ações <strong>de</strong> recuperação ao longo dosanos, especialmente aquelas <strong>de</strong>stinadasà recuperação permanente, o que po<strong>de</strong>ser atribuído à dinâmica natural <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lavra eao encerramento das operações em algumaslocalida<strong>de</strong>s (Tabela 6).A análise das áreas impactadas pelasativida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> em <strong>2009</strong> por tipo <strong>de</strong>bioma permite observar que houve umamaior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas suprimidasna Floresta da Costa Leste Africana e naFloresta Amazônica (Tabela 7), <strong>com</strong>oresultado da implantação e da expansãodos empreendimentos localizados emMoçambique (Projeto Moatize) e no Brasil(especialmente Complexo Sossego, ProjetoParagominas, Projeto Salobo e Complexo<strong>de</strong> Carajás). Já para as áreas em processo <strong>de</strong>recuperação permanente, <strong>de</strong>staca-se o maiorvolume na Floresta Amazônica, <strong>de</strong>correnteda implantação <strong>de</strong> áreas atribuídas aoProjeto <strong>Vale</strong> Florestar, que engloba ações<strong>de</strong> restauração ecológica e proteção davegetação nativa em áreas próprias earrendadas e também plantação <strong>de</strong> florestasindustriais; estas, porém, não consi<strong>de</strong>radas natabela. Nas áreas em recuperação provisória,o <strong>de</strong>staque é a zona <strong>de</strong> transição entre osbiomas Mata Atlântica e Cerrado, on<strong>de</strong> ocorreuma <strong>com</strong>binação <strong>de</strong> empreendimentosantigos e áreas em <strong>de</strong>senvolvimento maisrecente, <strong>com</strong> um volume significativo<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>stinadas à recuperação e quepo<strong>de</strong>m vir a ser novamente empregadas emativida<strong>de</strong>s operacionais.Tabela 6: Área suprimida e área em recuperação (permanente e provisória) pela <strong>Vale</strong>no período <strong>de</strong> 2007 a <strong>2009</strong> (em km 2 )AnoÁreaImpactadaÁrea em RecuperaçãoPermanenteÁrea em RecuperaçãoÁrea em RecuperaçãoProvisóriaÁrea Total emRecuperação2007 17,7 7,5 6,2 13,72008 32,6 12,8 7,2 20,0<strong>2009</strong> 39,4 29,7 5,4 35,1Total 89,7 50,0 18,8 68,8A recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas é um processo gradativo e que <strong>de</strong>manda ações <strong>de</strong> médio e longo prazos, sendoadotado o termo “Em Recuperação” para indicar as áreas nas quais as ativida<strong>de</strong>s foram implantadas e se encontram emandamento (recuperação inicial <strong>de</strong> algumas funções ecossistêmicas e gradativo incremento <strong>de</strong> espécies objetivando oretorno da vegetação a um estado mais próximo possível do original). O termo “Em Recuperação Permanente” correspon<strong>de</strong>a áreas que não serão mais afetadas pelas ativida<strong>de</strong>s da empresa, e “Em Recuperação Provisória” <strong>com</strong>preen<strong>de</strong> aquelas quepo<strong>de</strong>m vir a ser novamente empregadas em ativida<strong>de</strong>s operacionais.Tabela 7: Área impactada e área em recuperação (permanente e provisória) pela <strong>Vale</strong>em <strong>2009</strong> <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o bioma (em km 2 )BiomaÁreaImpactadaÁrea emRecuperaçãoPermanenteÁrea em RecuperaçãoÁrea emRecuperaçãoProvisóriaÁreaTotal emRecuperaçãoFloresta da CostaLeste Africana16,7 0,2 0,0 0,2FlorestaAmazônica8,6 21,7 0,5 22,2Mata Atlântica/Cerrado (transição)5,9 0,6 4,7 5,3Florestas TropicaisAustralianas4,5 4,1 0,02 4,1Floresta BorealCana<strong>de</strong>nse2,1 1,6 0,2 1,7Wallacea 1,3 1,4 0,0 1,4Outros* 0,4 0,2 0,0 0,2Total 39,4 29,7 5,4 35,1*No item Outros estão contabilizadas supressões e recuperações permanentes <strong>de</strong> pequena extensão realizadas em outrosbiomas localizados no Brasil (Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal) e na Nova Caledônia.111


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>CASEBrasilGavião-realA Floresta Nacional <strong>de</strong> Carajás, uma das principais áreas <strong>de</strong> conservação ambientalno Brasil, foi o cenário do estudo realizado por pesquisadores paraconhecer e preservar a harpia (Harpia harpyja), uma das maiores e mais fortesaves <strong>de</strong> rapina do mundo. A partir da <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um ninho <strong>com</strong> umafamília <strong>de</strong>ssa ave, conhecida também <strong>com</strong>o gavião-real, foi estabelecidauma parceria entre a <strong>Vale</strong>, o Instituto Chico Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação da Biodiversida<strong>de</strong>(ICMBio) e o Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisas da Amazônia (Inpa).Essa parceria gerou a criação do Projeto <strong>de</strong> Conservação do Gavião-real, queabrange ativida<strong>de</strong>s voltadas a preservar a espécie, atualmente listada <strong>com</strong>oquase ameaçada <strong>de</strong> extinção no Brasil e em âmbito internacional. A <strong>Vale</strong>garantiu os recursos, o ICMBio conce<strong>de</strong>u permissão para o uso da floresta eo Inpa coor<strong>de</strong>nou as ativida<strong>de</strong>s dos especialistas.Uma das ações do projeto foi o monitoramento <strong>de</strong> dois ninhos da espécie,<strong>de</strong>ntro da Floresta Nacional <strong>de</strong> Carajás, durante oito meses. O resultado<strong>de</strong>sse trabalho está <strong>de</strong>scrito no livro Harpia, lançado pela <strong>Vale</strong> em 2010,um documento que posiciona a relevância <strong>de</strong>ssa ave na biodiversida<strong>de</strong>brasileira. As 144 páginas do livro, ilustradas <strong>com</strong> fotos inéditas <strong>de</strong> JoãoMarcos Rosa e textos <strong>de</strong> Fre<strong>de</strong>rico Drumond Martins e Tânia M. Sanaiotti,trazem <strong>de</strong>talhes do dia a dia da harpia.Balanço do impactoO volume <strong>de</strong> áreas impactadas pelaativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração mineral foi superiorà quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas nas quais foi iniciadoo processo <strong>de</strong> recuperação permanente noperíodo <strong>de</strong> 2007 a <strong>2009</strong>. Isso ocorreu em<strong>de</strong>corrência da realização <strong>de</strong> ampliaçõesem <strong>de</strong>terminadas áreas e da implantação<strong>de</strong> novos projetos. Entretanto, é possívelobservar o crescimento, ano a ano, do volume<strong>de</strong> áreas em recuperação permanente.No período <strong>de</strong> 2007 a <strong>2009</strong>, as ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> exploração mineral da <strong>Vale</strong> impactaram86 km 2 e foram iniciadas ativida<strong>de</strong>s pararecuperação permanente em 49 km 2 . Oresultado é um saldo <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> 534km 2 em <strong>2009</strong> (Tabela 8).As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas<strong>de</strong>gradadas são <strong>de</strong>senvolvidas pela <strong>Vale</strong><strong>com</strong> base no Plano <strong>de</strong> Fechamento <strong>de</strong>Mina <strong>de</strong> cada empreendimento, que éelaborado ainda na etapa <strong>de</strong> planejamentodas operações, levando em consi<strong>de</strong>ração asespecificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada empreendimentoe as condições ambientais da região.Aperfeiçoado ao longo <strong>de</strong> toda a fase<strong>de</strong> operação, o Plano <strong>de</strong> Fechamento <strong>de</strong>Mina tem <strong>com</strong>o objetivo garantir queas características ambientais retornem àsituação mais próxima possível à observadaantes do início das operações. Em algunscasos, entretanto, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stinar a áreapara outra finalida<strong>de</strong>, a exemplo do Centro <strong>de</strong>Pesquisas e Conservação da Biodiversida<strong>de</strong>do Quadrilátero Ferrífero <strong>de</strong> Minas Gerais(CeBio – Sabará/MG), <strong>de</strong>corrente do Plano <strong>de</strong>Fechamento da Mina <strong>de</strong> Córrego do Meio.112Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosDesenvolvemos as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recuperação<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas <strong>com</strong> base no Plano <strong>de</strong>Fechamento <strong>de</strong> Mina <strong>de</strong> cada empreendimento.Em <strong>2009</strong>, ao levarmos em consi<strong>de</strong>raçãoas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recuperação e plantiorealizadas voluntariamente em terras<strong>de</strong> terceiros e em terras arrendadas, nãorelacionadas às nossas operaçõesextrativas, superamos a proporção<strong>de</strong> 1 hectare recuperado/plantado paracada hectare suprimido no mundo,conforme o <strong>com</strong>promisso assumido norelatório anterior.Para isso, mantivemos as ações <strong>de</strong>recuperação e plantio <strong>de</strong> terras arrendadas,por meio do Projeto <strong>Vale</strong> Florestar, no estadodo Pará, Brasil, que alcançou em <strong>2009</strong> umtotal <strong>de</strong> 570 km². Com os projetos <strong>Vale</strong>Proteger e Extensão Ambiental, ambos<strong>de</strong>senvolvidos no estado do Espírito Santo,Brasil, realizamos voluntariamente, até <strong>2009</strong>,a recuperação <strong>de</strong> aproximadamente 5,3 km 2 .Em Sudbury, a partir <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> açãopara a conservação <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>proposto para a cida<strong>de</strong> e executado emparceria <strong>com</strong> empresas do setor, governoe <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> local, foi recuperado1,5 km² <strong>de</strong> áreas localizadas fora <strong>de</strong>nossas proprieda<strong>de</strong>s, em <strong>2009</strong>.Tabela 8: Saldo <strong>de</strong> Abertura e Saldo <strong>de</strong> Fechamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extração <strong>de</strong> minériosrealizadas pela <strong>Vale</strong> no período <strong>de</strong> 2007 a <strong>2009</strong> (em km 2 )AnoÁreas impactadas(Saldo <strong>de</strong>Abertura)Áreas impactadasno ano <strong>de</strong>referênciaÁreas em recuperaçãopermanente no ano<strong>de</strong> referênciaÁreas impactadas(Saldo <strong>de</strong>Fechamento)2007 488,9 16,5 7,4 498,02008 506,3 30,1 11,9 524,6<strong>2009</strong> 524,6 39,1 29,6 534,1Saldo <strong>de</strong> Abertura anual representa a posição no início do ano em relação à quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> terras a serem recuperadas.Saldo <strong>de</strong> Fechamento representa a posição ao término do ano em relação à quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> terras a serem recuperadas.A diferença entre o Saldo <strong>de</strong> Fechamento <strong>de</strong> 2007 e o Saldo <strong>de</strong> Abertura <strong>de</strong> 2008 ocorreu em <strong>de</strong>corrência da aquisição <strong>de</strong> novos ativos operacionais pela <strong>Vale</strong>.Não inclui operações logísticas, sendo consi<strong>de</strong>radas apenas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lavra, beneficiamento e transformação mineral.As áreas em recuperação provisória não são <strong>com</strong>putadas, sendo consi<strong>de</strong>radas apenas aquelas em processo <strong>de</strong> recuperação permanente.113


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Direitos HumanosEsferas <strong>de</strong>influênciaComo empresa global, enten<strong>de</strong>mosque <strong>de</strong>vemos não só nos inserir no<strong>de</strong>bate internacional sobre os direitoshumanos, mas também contribuirpara sua promoção a fim <strong>de</strong> melhoraras condições <strong>de</strong> vida da populaçãoA proteção dos direitos humanos é abordada por diversosprincípios, leis e convenções internacionais. O <strong>de</strong>batesobre o tema requer atenção <strong>de</strong> todos os setores dasocieda<strong>de</strong>. Acreditamos que as empresas tenham umimportante papel sob esse aspecto, sobretudo na forma<strong>com</strong>o gerenciam o assunto e na influência que po<strong>de</strong>mexercer em sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor e nos outros stakehol<strong>de</strong>rs<strong>com</strong> os quais se relacionam.Colaborando<strong>com</strong> a ONUEm <strong>2009</strong>, participamos <strong>de</strong> umaconsulta regional à América Latina eCaribe conduzida pelo representanteespecial do Secretário-Geral dasNações Unidas para os DireitosHumanos e Empresas, professorJohn Ruggie. O objetivo da nossaparticipação foi contribuir para aelaboração do documento Protect,Respect and Remedy: A Frameworkfor Business and Human Rights.Além disso, os Relatórios <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> 2007 e2008 foram reconhecidos pelo PactoGlobal da ONU pela sua qualida<strong>de</strong> etransparência <strong>com</strong>o Comunicação <strong>de</strong>Progresso Notável (COP), segundocritério <strong>de</strong> avaliação adotado pelainstituição.Em <strong>2009</strong>, aprovamos a nossa política <strong>de</strong>direitos humanos, que estabelece diretrizese princípios para atuação da <strong>Vale</strong> no quese refere ao respeito aos direitos humanosem nossos projetos e operações, ao longodo ciclo <strong>de</strong> vida das nossas ativida<strong>de</strong>s eca<strong>de</strong>ia produtiva, nas regiões on<strong>de</strong> estamospresentes. A política reforça os conceitos e osprincípios éticos abordados em nosso Código<strong>de</strong> Conduta Ética.De acordo <strong>com</strong> a nossa Política, promovemosos direitos humanos em nossa esfera <strong>de</strong>influência por meio das seguintes ações:• Para os empregados, proporcionamoscondições dignas <strong>de</strong> trabalho e buscamospromover ações educacionais queviabilizem o crescimento profissionale pessoal, procurando sempre manterum ambiente <strong>de</strong> trabalho saudável. Nãotoleramos discriminação ou assédio <strong>de</strong>qualquer natureza, inclusive moral ou sexual.Respeitamos a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação e anegociação coletiva e a diversida<strong>de</strong>.• Na ca<strong>de</strong>ia produtiva, promovemos ações<strong>de</strong> conscientização dos direitos humanos,<strong>com</strong> especial atenção à erradicação dotrabalho forçado e infantil e à promoçãodos direitos das crianças e dos adolescentes.Procuramos estabelecer relacionamento<strong>com</strong> fornecedores, parceiros e clientesque <strong>com</strong>partilhem dos nossos princípiose valores, realizando a conscientizaçãoe a prática dos direitos humanos eaprimorando, continuamente, a avaliação <strong>de</strong>riscos <strong>de</strong> violação.• Com as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s locais, indígenase quilombolas, nossa atuação é baseadano diálogo e no respeito mútuos. Assim,procuramos manter um relacionamento <strong>de</strong>engajamento contínuo, apoiando iniciativasque contribuam para o <strong>de</strong>senvolvimentosocioeconômico e ambiental das regiõeson<strong>de</strong> atuamos, do início ao término dasnossas ativida<strong>de</strong>s.• Perante os governos, observamos alegislação e a regulamentação daslocalida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> atuamos e cooperamos<strong>com</strong> as autorida<strong>de</strong>s na promoção dosdireitos humanos internacionalmentereconhecidos. Também cooperamos<strong>com</strong> a apuração <strong>de</strong> quaisquer inci<strong>de</strong>ntesenvolvendo <strong>de</strong>srespeito a esses direitos aolongo da nossa ca<strong>de</strong>ia produtiva.114Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosPara conhecer a nossa Política <strong>de</strong> DireitosHumanos na íntegra, acesse www.vale.<strong>com</strong>.• Na socieda<strong>de</strong>, expressamos nossoengajamento por meio <strong>de</strong> várias formas:somos signatários do Pacto Global daOrganização das Nações Unidas (ONU),<strong>com</strong>o <strong>com</strong>promisso voluntário <strong>de</strong> garantia<strong>de</strong> direitos humanos fundamentais emconformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> a Declaração Universaldos Direitos Humanos da ONU. Tambémintegramos o Conselho Internacional<strong>de</strong> Mineração e Metais (ICMM, na siglaem inglês) e estamos alinhados <strong>com</strong> aOrganização Internacional do Trabalho (OIT),cujas diretrizes inspiram as nossas ações.Estamos agora em fase <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> umGuia <strong>de</strong> Direitos Humanos. Nosso objetivoé materializar as diretrizes e os princípios<strong>de</strong>scritos em nossa Política em ações efetivas<strong>de</strong> nosso dia a dia na empresa. Dessa forma,acreditamos contribuir para uma gestão cadavez mais focada e integrada das questões <strong>de</strong>direitos humanos, on<strong>de</strong> quer que atuemos.Esse guia vai orientar nossos empregadose apoiar o aprimoramento e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>processos que assegurem o exercício <strong>de</strong>nossas ativida<strong>de</strong>s pautadas no respeito e napromoção dos direitos humanos.Em <strong>2009</strong>, elaboramos uma cláusulacontratual específica – que menciona aobservância ao Código <strong>de</strong> Conduta doFornecedor, à Política <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável e à Política <strong>de</strong> Direitos Humanosda <strong>Vale</strong>. Essa cláusula foi aplicada, <strong>com</strong>opiloto, no contrato <strong>de</strong> implantação da WindFence (barreira <strong>de</strong> vento) no Complexo <strong>de</strong>Tubarão, no estado do Espírito Santo. Nossaprevisão é <strong>de</strong> que, no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> 2010, essacláusula seja adotada gradativamente nos<strong>de</strong>mais contratos da <strong>Vale</strong>.No Brasil, no que se refere aos fornecedoresdas nossas unida<strong>de</strong>s próprias, possuímos ummecanismo <strong>de</strong> monitoramento baseado nalista publicada pelo Ministério do Trabalhoe Emprego (MTE) que i<strong>de</strong>ntifica casos<strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>nunciadas por possíveisocorrências <strong>de</strong> trabalho forçado. Com basenessa listagem, cruzamos o nosso cadastro<strong>de</strong> fornecedores. Essa verificação é feitanão só pelo CNPJ das empresas, <strong>com</strong>otambém por meio do CPF dos proprietários,garantindo que nenhum fornecedor da <strong>Vale</strong>,seja empresa ou seu proprietário, estejaenvolvido <strong>com</strong> essas questões.Também adotamos outras medidaspreventivas, entre as quais a realização <strong>de</strong>auditorias em contratos e subcontratos, aaplicação <strong>de</strong> questionário <strong>de</strong> avaliação socialpara fornecedores, além <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>treinamento e capacitação profissional (leiamais na pág. 88).Em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>srespeito aos direitoshumanos, <strong>de</strong>vidamente <strong>com</strong>provadopor autorida<strong>de</strong>s governamentais e porinstrumentos previstos na legislação,notificamos o fornecedor/parceiro ou clientepara a adoção <strong>de</strong> medidas corretivas e, casonão sejam adotadas tais medidas, po<strong>de</strong>mosrescindir a relação <strong>com</strong>ercial.Em <strong>2009</strong>, não foram i<strong>de</strong>ntificadas, em nossasoperações ou ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, a ocorrência<strong>de</strong> trabalho infantil. No entanto, nesseperíodo, foi constatado um caso <strong>de</strong> empresafornecedora <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteçãoindividual (EPIs) que possuía condições <strong>de</strong>trabalho <strong>de</strong>gradante em sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor.O contrato <strong>com</strong> essa empresa foi suspensoe seu cadastro, removido da relação <strong>de</strong>fornecedores da <strong>Vale</strong>.Ao mesmo tempo, estamos <strong>de</strong>senvolvendouma ferramenta <strong>de</strong> gestão dos aspectosrelacionados a direitos humanos a serimplantada em nossas operações, assim<strong>com</strong>o nos processos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> aquisiçõessignificativas e <strong>de</strong> integração pós-aquisição.Esferas <strong>de</strong> influência da <strong>Vale</strong>para fins <strong>de</strong> respeito e promoção dos direitos humanosEstamos também elaborando umaferramenta interna para avaliação <strong>de</strong> aspectossociais que contempla o tema direitoshumanos, em especial trabalho infantil etrabalho forçado. O objetivo é melhorarcontinuamente nosso <strong>de</strong>sempenho.Atuamos na nossa ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valorProcuramos estabelecer relações <strong>com</strong> entida<strong>de</strong>sque <strong>com</strong>partilhem dos mesmos princípios evalores que a <strong>Vale</strong>. Nosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> contratospossui cláusulas <strong>de</strong> natureza trabalhista eprevi<strong>de</strong>nciária, tributária, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurançae qualida<strong>de</strong>. Cientes da importância <strong>de</strong>incentivar práticas sustentáveis na nossa ca<strong>de</strong>iaprodutiva, agimos <strong>de</strong> forma proativa.EmpregadosFornecedores(contratados),Parceiros,ClientesComunida<strong>de</strong>s(Local,Tradicional/Indígenas)GovernoSocieda<strong>de</strong>115


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Direitos humanos no arA série Que trabalho é esse? foi novamente exibida em <strong>2009</strong>,no Canal Futura, <strong>de</strong> veiculação no Brasil. O ví<strong>de</strong>o é <strong>de</strong>stinadoà conscientização da socieda<strong>de</strong> sobre os riscos <strong>de</strong> trabalhoanálogo ao escravo. A iniciativa dá continuida<strong>de</strong> às ações da<strong>Vale</strong> <strong>de</strong> disseminação dos direitos humanos.I<strong>de</strong>ntificamos que os fornecedores críticosdas nossas unida<strong>de</strong>s próprias do Brasil emrelação aos direitos humanos são aquelesque <strong>de</strong>sempenham ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> segurançaempresarial, fornecimento <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,carvão vegetal e gusa. Realizamos análisesrelativas aos direitos humanos <strong>de</strong> todos essesfornecedores, seguindo lista do Ministério doTrabalho e Emprego (MTE), conforme <strong>de</strong>scritoanteriormente.Além disso, em função da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>risco <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> carvão vegetal <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira não certificada, eventualmenteenvolvendo trabalho forçado e/ou infantil,na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> nossos clientes produtores <strong>de</strong>ferro-gusa, incluímos cláusulas contratuaisque permitem a rescisão do contrato<strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> minério caso sejaevi<strong>de</strong>nciada alguma irregularida<strong>de</strong>. Ascláusulas referem-se à proteção ambiental,ao <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico, à nãoutilização <strong>de</strong> trabalho infantil e/ou escravo ouanálogo ao escravo e a qualquer outro tipo<strong>de</strong> trabalho irregular.A seguir listamos outras iniciativas em proldos direitos humanos adotadas em nossaca<strong>de</strong>ia produtiva:• Participamos do Programa Tear,<strong>de</strong>senvolvido pelo Instituto Ethos, no Brasil,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, <strong>de</strong>sempenhando o papel <strong>de</strong>empresa-âncora do setor <strong>de</strong> mineração.O objetivo é ajudar nossos fornecedoresa incorporar a responsabilida<strong>de</strong> socialnas suas estratégias <strong>de</strong> negócios. Em2010 realizaremos a segunda rodada doprograma, envolvendo fornecedores doestado <strong>de</strong> Minas Gerais.• As empresas Alunorte 1 , Albras e <strong>Vale</strong>sul,da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> alumínio, são certificadaspela norma <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social SA8000, que segue padrão internacional eestá alinhada ao cumprimento <strong>de</strong> leis econvenções <strong>de</strong> direitos humanos, tantona ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fornecedores quanto noambiente <strong>de</strong> trabalho.• Na operação da PT Inco, na Indonésia,além <strong>de</strong> os contratos possuírem cláusulasreferentes a direitos humanos, monitoramoso <strong>de</strong>sempenho dos itens <strong>de</strong>finidos noscontratos, bem <strong>com</strong>o realizamos auditorias<strong>de</strong> conformida<strong>de</strong>.Mantemos um Canal <strong>de</strong> Denúncias (<strong>de</strong>scritoem www.vale.<strong>com</strong>), que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dalegislação local, po<strong>de</strong> ser utilizado inclusivepara recebimento <strong>de</strong> questões relacionadasa direitos humanos. Além disso, em nossosite oferecemos um canal <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação,o Fale Conosco, que contempla a categoriaSustentabilida<strong>de</strong>, para encaminhamento<strong>de</strong> dúvidas.1 A empresa Alunorte obteve a referida certificação em <strong>2009</strong>.Segurança, Questão EstratégicaConcluímos, em <strong>2009</strong>, o treinamento <strong>de</strong>reciclagem em direitos humanos para quase2 mil profissionais <strong>de</strong> segurança terceirizadose mais <strong>de</strong> 70 empregados próprios. Tambéminiciamos o treinamento no Canadá, naColômbia, em Moçambique, no Peru eno Reino Unido. Na Colômbia, além dosprofissionais <strong>de</strong> segurança empresarial, foramtreinados os militares do exército colombianoque atuam em áreas próximas às operaçõesda <strong>Vale</strong>.Em 2010, expandiremos os treinamentospara outras operações globais. Além disso,elaboraremos um guia <strong>de</strong> implementaçãoque auxilie gestores e empregados na<strong>com</strong>preensão e na aplicação do tema emseu dia a dia.A <strong>Vale</strong> apoia ainda a iniciativa <strong>de</strong>implementação do “disque-<strong>de</strong>núncia” 2 nosu<strong>de</strong>ste do Pará, no Espírito Santo e no Rio<strong>de</strong> Janeiro, firmando nosso <strong>com</strong>promissovoluntário <strong>de</strong> garantia dos direitos humanos.Nos estados brasileiros <strong>de</strong> Minas Gerais edo Espírito Santo, apoiamos o ProgramaEducacional <strong>de</strong> Resistência às Drogas (Proerd) –<strong>de</strong> caráter social preventivo –, conduzido pelaPolícia Militar e que envolve crianças e famílias.2 O disque-<strong>de</strong>núncia é um canal <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação disponibilizadopara o recebimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias que são encaminhadaspara as autorida<strong>de</strong>s governamentais.116Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


mudanças climáticasbiodiversida<strong>de</strong>direitos humanosDireitos IndígenasEm <strong>2009</strong>, promovemos ativida<strong>de</strong>s que beneficiaram mais <strong>de</strong> 5,5 milíndios em diversos estados brasileiros, <strong>com</strong>o o povo Xikrin, no Pará.Construindo aliançasPautamos nossorelacionamento <strong>com</strong> as<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s indígenase quilombolas nodiálogo contínuo e norespeito à cultural localPara fortalecer o diálogo e o respeito pelas<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s indígenas e quilombolasestamos construindo diretrizes para orelacionamento <strong>com</strong> Povos Indígenas eprograma <strong>de</strong> capacitação para orientarempregados e contratados que têm interface<strong>com</strong> essas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s.Os documentos contam <strong>com</strong> a colaboração<strong>de</strong> especialistas e <strong>de</strong> equipes internasresponsáveis pelo relacionamento <strong>com</strong> PovosIndígenas em suas operações. As referênciaspara a construção <strong>de</strong>ssas diretrizes são ohistórico do nosso relacionamento <strong>com</strong> as<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s próximas às nossas ativida<strong>de</strong>s, alegislação dos países nos quais atuamos, além<strong>de</strong> convenções internacionais e normas daOrganização das Nações Unidas (ONU) e <strong>de</strong>boas práticas sobre direitos indígenas.As discussões internas sobre essa diretriztiveram início em 2008 e reforçaram anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alinhamento global e <strong>de</strong>ações <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> nossas equipespara o diálogo contínuo. Enten<strong>de</strong>mos queessas ações também <strong>de</strong>vem envolver oscontratados <strong>de</strong> empresas terceirizadase prestadoras <strong>de</strong> serviços que tenhaminterface <strong>com</strong> Povos Indígenas.Outra frente em permanenteaprimoramento é a avaliação do<strong>com</strong>ponente indígena nas etapaspreliminares dos processos <strong>de</strong>licenciamento, permitindo a i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> possíveis impactos diretos e indiretos,assim <strong>com</strong>o a <strong>de</strong>terminação das ações<strong>de</strong> relacionamento, mitigação ou<strong>com</strong>pensação necessárias.117


agente global <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>Ações intersetoriaisPara dar continuida<strong>de</strong> às ações <strong>de</strong>etno<strong>de</strong>senvolvimento 1 , em <strong>2009</strong>promovemos ativida<strong>de</strong>s que beneficiarammais <strong>de</strong> 5,5 mil índios nos estados brasileirosdo Pará, do Maranhão e <strong>de</strong> Minas Gerais.Para a realização <strong>de</strong>ssas ações, contamos<strong>com</strong> o apoio <strong>de</strong> órgãos governamentais,universida<strong>de</strong>s e ONGs.Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar as seguintes iniciativas:Povo Kayapó• apoio e parceria <strong>com</strong> a ONG FlorestaProtegida para a realização <strong>de</strong> expediçõespelo rio Branco para <strong>de</strong>sobstrução e melhoriada trafegabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> pontosvulneráveis, invasões e outras situações queponham em risco a Terra Indígena;• parceria <strong>com</strong> a Fundação Nacional doÍndio (Funai) para apoio à coleta <strong>de</strong>castanha-do-pará por meio da entrega <strong>de</strong>materiais que possibilitaram a eficiênciada coleta e a qualida<strong>de</strong> do produto. Essainiciativa visa melhor valor <strong>de</strong> mercadoe, consequentemente, à melhoria naqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do Povo Kayapó;Povo Xikrin• parceria <strong>com</strong> a Fundação Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>(Funasa) para a melhoria da qualida<strong>de</strong> daágua por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção dos poçosartesianos usados pelo Povo Xikrin da TerraIndígena Cateté;• visita <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res indígenas às instalaçõesdos empreendimentos Salobo e Sossego,permitindo o intercâmbio cultural;• treinamento <strong>de</strong> funcionários e contratados<strong>Vale</strong> dos novos empreendimentos quetêm interface <strong>com</strong> Povos Indígenas, <strong>com</strong>oSalobo, que convive <strong>com</strong> a presença <strong>de</strong>indígenas durante o período <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong>castanha-do-pará;1 A noção <strong>de</strong> etno<strong>de</strong>senvolvimento refere-se à construção <strong>de</strong>um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que respeite os direitos eincorpore as perspectivas e interesses dos Povos Indígenas.Entre suas principais diretrizes estão: garantia da satisfaçãodas necessida<strong>de</strong>s básicas, incorporação da “visão endógena”indígena sobre o <strong>de</strong>senvolvimento, valorização dos conhecimentos,tecnologia e recursos indígenas, favorecimento darelação equilibrada <strong>com</strong> o meio ambiente e fortalecimento daparticipação indígena nos processos <strong>de</strong>cisórios. Essa noção<strong>de</strong> etno<strong>de</strong>senvolvimento tem sido utilizada por diversasinstituições no Brasil, <strong>com</strong>o Fundação Nacional do Índio(Funai), Ministério do Meio Ambiente (MMA), entre outras, einternacionais, <strong>com</strong>o o Banco Mundial.• participação <strong>de</strong> empregados nas<strong>com</strong>emorações do Dia do Índio e emcerimônias <strong>de</strong> casamentos tradicionais;Povo Krenak• para apoiar o programa <strong>de</strong> pecuária leiteira,em implantação, foi realizada ação <strong>de</strong>capacitação <strong>de</strong> representantes das quatro<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s, que, em parceria <strong>com</strong> aUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa, tiveram aulasexpositivas, simulações e visita a unida<strong>de</strong>s--mo<strong>de</strong>lo e fazendas <strong>de</strong> diversos portes;Comunida<strong>de</strong>s Quilombolas <strong>de</strong> Jambuaçu• visitas às instalações da EstaçãoConhecimento da Área <strong>de</strong> PreservaçãoPermanente do Gelado (APA), on<strong>de</strong>foi possível <strong>de</strong>monstrar alternativa <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento humano e econômicopara populações <strong>de</strong> áreas rurais;Ações dos Voluntários <strong>Vale</strong>• distribuição <strong>de</strong> brinquedos às criançasdos Povos Kayapó e Krenak, no Pará e emMinas Gerais.Em outros países on<strong>de</strong> há forte presença <strong>de</strong>Povos Indígenas, também <strong>de</strong>senvolvemosações <strong>de</strong> resgate cultural. Em <strong>2009</strong>, a <strong>Vale</strong>Nouvelle-Calédonie assinou um convênio<strong>com</strong> instituições <strong>de</strong> educação locaispara o ensino da língua nativa do PovoKanak nas escolas <strong>de</strong> ensino médio. Essaação dá continuida<strong>de</strong> às iniciativas que<strong>de</strong>senvolvemos em 2008, Ano Internacionaldas Línguas pela Unesco, <strong>com</strong>o a produção<strong>de</strong> cartilhas <strong>com</strong> o registro da línguanativa Kanak, marcada pela influência dacolonização francesa.Como resultado do Pacto <strong>de</strong> DesenvolvimentoSustentável do Gran<strong>de</strong> Sul, assinado entre a<strong>Vale</strong> Inco Nouvelle-Calédonie e as populaçõesKanak, implementamos em outubro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>o Comitê Consultivo Indígena Ambiental,que garante a participação <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s nomonitoramento ambiental da operação naregião sul, bem <strong>com</strong>o a preservação da culturado Povo Kanak. Outros dois pilares do Pacto sãoa criação <strong>de</strong> uma fundação e da associação <strong>de</strong>reflorestamento (prevista para 2010).Em Ontário, nosso Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>com</strong>Aborígenes, formado por membros <strong>de</strong>diferentes áreas, <strong>com</strong>o meio ambiente, pesquisamineral, projetos e recursos humanos, continua<strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s regulares nas<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s aborígenes nas nossas áreas <strong>de</strong>operação no Canadá. Essa iniciativa visa manter oslí<strong>de</strong>res aborígenes atualizados sobre as questõesligadas à sustentabilida<strong>de</strong> e aos negóciosrelevantes para <strong>Vale</strong> e para a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>.Atualmente, o grupo <strong>de</strong> trabalho e membros doPovo Sagamok Anishnawbek negociam o Acordo<strong>de</strong> Diminuição dos Impactos (Impact BenefitAgreement). O objetivo é o <strong>de</strong>senvolvimento damina <strong>de</strong> Totten, localizada no limite do TerritórioTradicional <strong>de</strong> Sagamok. A negociação <strong>de</strong>ve serconcluída em junho <strong>de</strong> 2010.Na Austrália, a <strong>Vale</strong> envolve os representantes <strong>de</strong>Povos Indígenas nos processos <strong>de</strong>cisórios. Antes<strong>de</strong> iniciar as operações, buscamos i<strong>de</strong>ntificarsuas necessida<strong>de</strong>s e valores sociais e culturais.Procuramos também encorajar os membros<strong>de</strong> <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s indígenas a trabalharem emnossas operações.Buscamos estabelecer uma relação construtiva,<strong>de</strong> benefícios mútuos, respeito à diversida<strong>de</strong>cultural e aos direitos <strong>de</strong>ssas populações; noentanto, permanecem em discussão açõesjudiciais. Quanto ao processo relativo ao PovoXikrin do Cateté, o mesmo permanece emandamento, assim <strong>com</strong>o a ação movida pelaFundação Nacional do Índio (Funai) contra a ParáPigmentos S.A., controlada pela <strong>Vale</strong>, que discuteo repasse financeiro ao Povo Indígena Tembé.Outra questão envolvendo Povos Indígenastrata da ação movida pelo Conselho IndigenistaMissionário (Cimi) e pela Associação <strong>de</strong>Desenvolvimento e Preservação dos Rios Araguaiae Tocantins contra o Ibama e o Consórcio EstreitoEnergia, alegando a ina<strong>de</strong>quação do <strong>com</strong>ponenteindígena avaliado no processo <strong>de</strong> licenciamento.Para tanto, foi proposto em <strong>2009</strong> um Termo <strong>de</strong>Cooperação entre Consórcio, Funai e Ibama para arealização <strong>de</strong> projetos.Em Minas Gerais o Consórcio Hidrelétrico <strong>de</strong>Aimorés dá continuida<strong>de</strong> ao projeto acordado <strong>com</strong>o Povo Krenak, que prevê ações sociais, ambientaise culturais, enquanto, no Pará, a <strong>Vale</strong> aguarda a<strong>de</strong>finição das Comunida<strong>de</strong>s Quilombolas doTerritório <strong>de</strong> Jambuaçu para dar continuida<strong>de</strong> àsações previstas no acordo firmado.118Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


ESCOPO DO RELATÓRIO (LIMITE)Abrangência dorelatórioA metodologia <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> limites foi a mesma adotada nos relatórios <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> 2007 e 2008. O escopo <strong>de</strong> empresas que <strong>com</strong>põem o relatórioé atualizado anualmente. O <strong>de</strong>staque foi a inclusão da <strong>Vale</strong> Australia, empresaadquirida em 2007, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o relatório 2008. As informações das empresas adquiridasem <strong>2009</strong> serão integradas nos indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho reportados nospróximos relatórios, consoante <strong>com</strong> a abordagem progressiva adotada.O quadro abaixo apresenta a forma <strong>com</strong>o as principais empresas da <strong>Vale</strong>, emtermos <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, foram consi<strong>de</strong>radas neste relatório.Negócio Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho Forma <strong>de</strong> gestão Questões e dilemasMinério<strong>de</strong> ferro epelotasManganês eferroligasLogísticaPotássio,caulim efosfatoCobreAlumínio• <strong>Vale</strong> (1)• Companhia Ítalo-Brasileira <strong>de</strong> Pelotização – Itabrasco (2)• Companhia Coreano-Brasileira <strong>de</strong> Pelotização – Kobrasco (2)• Companhia Nipo-Brasileira <strong>de</strong> Pelotização – Nibrasco (2)• Companhia Hispano-Brasileira <strong>de</strong> Pelotização –Hispanobras (2)(3) (4)• Urucum Mineração S.A.• <strong>Vale</strong> Oma Pelletizing LLC• <strong>Vale</strong> Manganês S.A.• <strong>Vale</strong> Manganèse France• <strong>Vale</strong> Manganese Norway A S(3) (4)• Urucum Mineração S.A.• <strong>Vale</strong> (5)• Ferrovia Centro-Atlântica S.A. – FCA• Ferrovia Norte Sul S.A.• Companhia Portuária Baía <strong>de</strong> Sepetiba – CPBS (3)• Seamar Shipping• <strong>Vale</strong>• Cadam S.A.• Pará Pigmentos S.A. – PPSA• Compañía Minera Miski Mayo S.A.C. (Projeto Bayovar)• <strong>Vale</strong>• Salobo Metais S.A. (3)• <strong>Vale</strong>• Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S.A.• Albras – Alumínio Brasileiro S.A.• <strong>Vale</strong>sul Alumínio S.A. (3)• Companhia <strong>de</strong> Alumina do Pará - CAP• Samarco Mineração S.A.• Zhuhai YPM Pellet Co., Ltd.• Log-in Logística Intermodal S.A.• Consórcio <strong>de</strong> Rebocadores da Barra dos Coqueiros• Consórcio <strong>de</strong> Rebocadores da Baía <strong>de</strong> São Marcos• Mineração Rio do Norte S.A. - MRNSi<strong>de</strong>rurgia • <strong>Vale</strong> • California Steel Industries – CSICarvãoEnergiaNíquel (8)• <strong>Vale</strong> Moçambique Limitada (Projeto Moatize)• <strong>Vale</strong> Australia (Carborough Downs, Broadleae Integra Coal)• <strong>Vale</strong>• <strong>Vale</strong> Inco Limited• <strong>Vale</strong> Inco Newfoundland & Labrador Limited• <strong>Vale</strong> Inco Metals (Shanghai) Co., Ltd.• Novamet (Novamet Specialty Products Corporation)• <strong>Vale</strong> Inco Europe Limited (Clydach Refinery e Acton Refinery)• PT International Nickel Indonesia Tbk (PT Inco)• <strong>Vale</strong> Inco Nouvelle-Calédonie S.A.S.• Inco Advanced Technology Materials (IATM Shenyang) Co., Ltd.• Inco Advanced Technology Materials (IATM Dalian) Co., Ltd.• <strong>Vale</strong> Inco New Nickel Materials (Dalian) Co. Ltd.• <strong>Vale</strong> Inco Japan Limited• Taiwan Nickel Refining Corporation• Exi<strong>de</strong> Group Incorporated• Shandong Yankuang Int. Coking Co. Ltd.• Henan Longyu Energy Resources Co. Ltd.• <strong>Vale</strong> Australia (Isaac Plains)• Consórcios <strong>de</strong> Energia: Igarapava, Porto Estrela,Candonga, Capim Branco, Funil, Aimorés, Estreitoe Gesai – Geração Santa Isabel (7)• <strong>Vale</strong> Soluções em Energia S.A. – VSE• Korea Nickel Corporation• MRS Logística S.A.• ThyssenKrupp-CSA – Si<strong>de</strong>rúrgicado Atlântico Ltda. – CSA• Usinas Si<strong>de</strong>rúrgicas <strong>de</strong> Minas GeraisS.A. – Usiminas (6)(1) Inclui operações das empresas Minerações Brasileiras Reunidas S.A. – MBR, Minas da Serra Geral S.A. – MSG e Baovale Mineração S.A. – Baovale. (2) Os ativos são operados pela <strong>Vale</strong>. (3) Des<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong>2007, essas empresas assumiram a marca <strong>Vale</strong>, ainda que a razão social das empresas não tenha sido alterada. As razões sociais das empresas têm <strong>com</strong>o referência <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. (4) Inclui operações daCPFL (Companhia Paulista <strong>de</strong> Ferroligas – CPFL). (5) Inclui operações da Estrada <strong>de</strong> Ferro Carajás – EFC e da Estrada <strong>de</strong> Ferro Vitória a Minas – EFVM. (6) A <strong>Vale</strong> ven<strong>de</strong>u sua participação na Usiminas em abril <strong>de</strong><strong>2009</strong>. (7) Continuamos nossos esforços para obter as licenças ambientais necessárias à construção da usina hidrelétrica Santa Isabel. (8) A participação da <strong>Vale</strong> na Inmetco (International Metals ReclamationCompany, Inc.) e Jinco Nonferrous Metals Co., Ltd. foi vendida em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.119


A CLASSIFICAÇÃO UTILIZADA NO QUADRO DA PÁGINA ANTERIOR SEGUIUO SEGUINTE CRITÉRIO:Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoInclui as unida<strong>de</strong>s próprias da <strong>Vale</strong>, empresas controladas 1 e empresas que operamos.Os indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho são apresentados ao longo do relatório.Forma <strong>de</strong> gestãoConsi<strong>de</strong>radas nessa classificação empresas sobre as quais a <strong>Vale</strong> exerce influênciasignificativa: inclui coligadas <strong>com</strong> participação da <strong>Vale</strong>, direta ou indireta, <strong>de</strong> 20% a 50% docapital votante ou empresas em que a <strong>Vale</strong> possui controle <strong>com</strong>partilhado. A <strong>Vale</strong> possuiassento nos diferentes órgãos <strong>de</strong> administração <strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>ndo integrar,ainda, <strong>com</strong>itês que tratam <strong>de</strong> questões relacionadas a meio ambiente, saú<strong>de</strong> e segurança,recursos humanos e finanças, entre outros temas. Por meio <strong>de</strong>ssa atuação, a <strong>Vale</strong> participa<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões estratégicas e influencia a elaboração <strong>de</strong> normas e políticas <strong>de</strong>ssas empresas 2 ,incluindo questões <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.1 Por apresentarem baixo impacto em sustentabilida<strong>de</strong>, as informações sobre as empresas <strong>de</strong> pesquisa mineral não foramincluídas no cálculo da maior parte dos indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.2 Observando a legislação vigente do local do estabelecimento da empresa.Questões e dilemasConsi<strong>de</strong>radas nessa classificação empresas sobre as quais a <strong>Vale</strong> exerce influência. Incluicoligadas <strong>com</strong> participação, direta ou indireta, da <strong>Vale</strong> inferior a 20% do capital votante.Empresa Produtos e/ou serviços Participação acionária da <strong>Vale</strong> Questões relevantesUsiminas*TKCSAProdutos <strong>de</strong> açoPlacas <strong>de</strong> aço5,9% das ações ordinárias e2,9% do capital total26,87% do capital social da jointventure após setembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>Faz parte da estratégia<strong>de</strong> longo prazo da <strong>Vale</strong>na si<strong>de</strong>rurgia promover o<strong>de</strong>senvolvimento do setorno Brasil, agregando valor aominério e gerando riqueza e<strong>de</strong>senvolvimento para o paísMRSTransporte ferroviárioParticipação direta e indireta(37,9% do capital votante** e41,5% do capital total)Tráfego em áreas <strong>com</strong><strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s urbanas*A <strong>Vale</strong> ven<strong>de</strong>u sua participação na Usiminas em abril <strong>de</strong> <strong>2009</strong>.**A <strong>Vale</strong>, em razão <strong>de</strong> questões concorrenciais, renunciou ao direito <strong>de</strong> voto inerente às ações ordinárias da MRSLogística S.A. <strong>de</strong>tidas diretamente por ela e vinculadas ao acordo <strong>de</strong> acionistas da <strong>com</strong>panhia.120Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Verificação externaRelatório dos Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes sobre Asseguração Limitada do Relatório <strong>de</strong>Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A., <strong>com</strong> base nas diretrizes da Global Reporting Initiative – GRI G3AosAdministradores e acionistas da<strong>Vale</strong> S.A.1. Aplicamos procedimentos <strong>de</strong> asseguração limitada sobre <strong>de</strong>terminadas informações contidas no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>da <strong>Vale</strong> S.A., relativo ao exercício findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, elaborado sob a responsabilida<strong>de</strong> da administração daCompanhia. Nossa responsabilida<strong>de</strong> é a <strong>de</strong> emitir um relatório <strong>de</strong> asseguração limitada sobre as informações divulgadas nesteRelatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>.2. O trabalho <strong>de</strong> asseguração limitada foi realizado <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a Norma e Procedimentos <strong>de</strong> Asseguração – NPO 01, emitidapelo IBRACON – Instituto dos Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do Brasil, sobre trabalhos <strong>de</strong> asseguração que não sejam <strong>de</strong> auditoriaou <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> informações financeiras históricas, e <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>u: (a) o planejamento dos trabalhos consi<strong>de</strong>rando arelevância e o volume das informações qualitativas e quantitativas, bem <strong>com</strong>o os controles internos correspon<strong>de</strong>ntes; (b) aindagação e discussão junto a profissionais da <strong>Vale</strong> S.A. para entendimento dos principais critérios, premissas e metodologiasutilizados na preparação do Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>, assim <strong>com</strong>o os processos <strong>de</strong> gestão e consolidação <strong>de</strong> indicadorese itens <strong>de</strong> perfil; (c) a validação, por meio <strong>de</strong> testes em bases amostrais, das evidências que suportam os dados qualitativos equantitativos do Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>; (d) o confronto das informações contidas no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>com</strong>os requisitos da Global Reporting Initiative GRI-G3; (e) visitas às unida<strong>de</strong>s brasileiras Minas Cauê e Fábrica, em Minas Gerais; Porto<strong>de</strong> Tubarão, Usinas Um e Dois e Ferrovia Vitória a Minas, no Complexo <strong>de</strong> Tubarão, Espírito Santo, e unida<strong>de</strong> Taquari Vassouras,em Sergipe, além das unida<strong>de</strong>s Open Cut e Un<strong>de</strong>rground, da Integra Coal, na Austrália.3. Nosso trabalho teve <strong>com</strong>o objetivo verificar se os dados incluídos no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A., no que tangeà obtenção <strong>de</strong> informações qualitativas, medições e cálculos <strong>de</strong> informações quantitativas, se apresentam em conformida<strong>de</strong><strong>com</strong> as diretrizes da GRI-G3. As informações históricas, informações <strong>de</strong> mercado, informações <strong>de</strong>scritivas, metas, projeçõese opiniões sujeitas a avaliações subjetivas não estão no escopo dos trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos e, portanto, nosso relatório nãoproporciona asseguração limitada ou razoável sobre tais informações.4. Conforme as diretrizes GRI-G3, a <strong>Vale</strong> <strong>de</strong>clara um Nível <strong>de</strong> Aplicação A+ em seu Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> relativo aoexercício findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, o qual reporta 86 indicadores, entre essenciais, adicionais e do SuplementoSetorial <strong>de</strong> Mineração e Metais (Mining & Metals Sector Supplement). Os procedimentos por nós aplicados foram consi<strong>de</strong>radossuficientes para confirmar que o nível <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>clarado pela <strong>Vale</strong> está <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as diretrizes GRI-G3.5. Com base em nosso trabalho, <strong>de</strong>scrito neste relatório, não temos conhecimento <strong>de</strong> qualquer modificação relevante que <strong>de</strong>vaser feita nas informações contidas no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A., relativo ao exercício findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<strong>de</strong> <strong>2009</strong>, para que as mesmas estejam apresentadas <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as diretrizes GRI-G3.6. As informações contidas no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A., relativas aos exercícios <strong>de</strong> 2007 e 2008 e apresentadaspara fins <strong>de</strong> <strong>com</strong>paração foram revisadas por outros auditores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, que emitiram relatórios <strong>de</strong> asseguração limitadaem 12 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2008 e 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, respectivamente.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 07 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2010.ERNST & YOUNGAuditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes S.S.CRC – 2SP 015.199/O-6-F-RJJosé Carlos Costa PintoSócioCRC 1 RJ 066.960/O-9121


Relatório dos Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes sobre Asseguração Limitada doRelatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A., <strong>com</strong> base nas Diretrizes do ICMM’sSustainable Development Framework Assurance ProcedureAosAdministradores e acionistas da<strong>Vale</strong> S.A.Aplicamos procedimentos <strong>de</strong> asseguração limitada sobre informações contidas no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A. <strong>2009</strong>("Relatório"), especificamente relacionadas às diretrizes do Sustainable Development Framework Assurance Procedure, emitido peloInternational Council on Mining and Metals - ICMM, conforme <strong>de</strong>talhado a seguir.Responsabilida<strong>de</strong>s da <strong>Vale</strong> S.A.O Relatório foi elaborado pela <strong>Vale</strong> S.A. ("Companhia"). A Companhia é responsável pela coleta e apresentação <strong>de</strong> informaçõesreportadas e por manter controles internos <strong>de</strong>finidos para suportar o processo <strong>de</strong> reporte do Relatório. No momento do fechamentodo processo <strong>de</strong> verificação externa do Relatório, inexistiam requisitos obrigatórios <strong>de</strong> preparação, publicação e verificação externa <strong>de</strong>Relatórios <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>.Responsabilida<strong>de</strong>s da Ernst & YoungRevisar <strong>de</strong>terminadas informações divulgadas no Relatório referente ao exercício findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong> e elaborado sobresponsabilida<strong>de</strong> da administração da Companhia, <strong>com</strong> consequente emissão <strong>de</strong> relatório <strong>de</strong> asseguração limitada. Nossos trabalhosforam realizados <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a Norma e Procedimentos <strong>de</strong> Asseguração – NPO 01, emitida pelo IBRACON – Instituto dos AuditoresIn<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do Brasil, sobre trabalhos <strong>de</strong> asseguração que não sejam <strong>de</strong> auditoria ou <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> informações financeiras históricas,e <strong>com</strong> as diretrizes do Sustainable Development Framework Assurance Procedure (‘Framework’), emitido pelo International Council on Miningand Metals- ICMM.Objeto <strong>de</strong> revisão (Subject Matter)<strong>Vale</strong> S.A. é membro do International Council on Mining and Metals- ICMM e, portanto, <strong>com</strong>prometida na obtenção <strong>de</strong> asseguração <strong>de</strong> seuRelatório em consonância <strong>com</strong> o Framework emitido pelo ICMM. Com base no Framework, verificamos os seguintes objetos <strong>de</strong> revisão(Subject Matters):Subject Matter 1: o alinhamento da Companhia aos 10 princípios <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável e aos Position Statements do ICMM.Subject Matter 2: os riscos materiais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong>clarados pela Companhia e oportunida<strong>de</strong>s baseadas em suaprópria revisão do negócio e na visão e expectativas <strong>de</strong> seus stakehol<strong>de</strong>rs.Subject Matter 3: a existência e status <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> sistemas e abordagens utilizados pela Companhia para gerenciar os riscos eoportunida<strong>de</strong>s por ela i<strong>de</strong>ntificados <strong>com</strong>o materiais.Subject Matter 4: o <strong>de</strong>sempenho da Companhia durante o período do Relatório para os riscos e oportunida<strong>de</strong>s por ela i<strong>de</strong>ntificados<strong>com</strong>o materiais.Subject Matter 5: o nível <strong>de</strong> aplicação auto-<strong>de</strong>clarado segundo as diretrizes da GRI G3.Para todos os Subject Matters consi<strong>de</strong>ramos os limites do relatório <strong>de</strong>finidos na página 119 do mesmo.Escopo da verificaçãoNossos trabalhos <strong>de</strong> asseguração limitada <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>ram questionamentos à administração da Companhia sobre os seguintesaspectos:Materialida<strong>de</strong>• Indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong>clarações e <strong>de</strong>mais informações reportadas refletindo os impactos sociais, ambientais e econômicossignificantes da empresa.• Fatores internos e externos consi<strong>de</strong>rados na <strong>de</strong>terminação dos indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong>clarações e <strong>de</strong>mais informaçõesrelevantes reportadas no Relatório.• Informações relacionadas ao <strong>de</strong>sempenho da empresa no período do Relatório.122Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Abrangência• Informações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável relacionadas aos riscos materiais <strong>de</strong>clarados pela Companhia, <strong>de</strong> acordo<strong>com</strong> os limites e período do Relatório.• Apresentação <strong>de</strong> dados das unida<strong>de</strong>s operacionais relacionados aos riscos materiais <strong>de</strong>clarados pela Companhia, se relevante.Exatidão• Confiabilida<strong>de</strong> e exatidão <strong>de</strong> dados coletados nos níveis operacionais para os riscos materiais <strong>de</strong>clarados pela Companhia, quandorelevante.Os riscos <strong>de</strong>clarados pela <strong>Vale</strong> S.A. foram selecionados <strong>com</strong> base na avaliação <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong> realizada pela Companhia e especificada notexto do Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>, em sua seção Estratégia <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong>, que <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>u a análise <strong>de</strong> cobertura da mídiano período do Relatório, entrevista <strong>com</strong> agentes consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>cisivos, posicionamentos públicos da empresa e temas consi<strong>de</strong>radosrelevantes no relacionamento <strong>com</strong> os stakehol<strong>de</strong>rs em anos anteriores. Os três riscos consi<strong>de</strong>rados materiais pela <strong>Vale</strong> S.A. foram:• Emprego e relações <strong>de</strong> trabalho• Minimização <strong>de</strong> impactos ambientais• Desempenho dos negóciosProcedimentos realizadosEm a<strong>de</strong>rência à verificação re<strong>com</strong>endada pelo ICMM, nosso trabalho <strong>de</strong> asseguração limitada incluiu os seguintes procedimentos:• Entrevista <strong>com</strong> uma seleção <strong>de</strong> executivos da Companhia responsável por saú<strong>de</strong>, segurança, meio ambiente, relacionamento <strong>com</strong><strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e governança corporativa, a fim <strong>de</strong> confirmar os assuntos materiais para o negócio;• Análise das políticas e diretrizes da empresa para verificação do seu alinhamento <strong>com</strong> os princípios do ICMM, seus requisitos mandatóriose position statements;• Verificação, em base amostral, <strong>de</strong> documentações e informações públicas relacionadas à gestão <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sempenho;• Verificação, em base amostral, da existência e estágio <strong>de</strong> implementação dos sistemas e abordagens usados para gerenciar os riscosmateriais <strong>de</strong>clarados;• Visitas às unida<strong>de</strong>s brasileiras Minas Cauê e Fábrica, em Minas Gerais, Porto <strong>de</strong> Tubarão, Usinas Um e Dois e Ferrovia Vitória a Minas, noComplexo <strong>de</strong> Tubarão, Espírito Santo, e unida<strong>de</strong> Taquari Vassouras, em Sergipe, além das unida<strong>de</strong>s Open Cut e Un<strong>de</strong>rground, da IntegraCoal, na Austrália; e• Revisão do texto final do Relatório para verificação da a<strong>de</strong>quação do relato em relação aos riscos materiais <strong>de</strong>clarados e dados <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho i<strong>de</strong>ntificados durante o processo <strong>de</strong> verificação.Limitações <strong>de</strong> escopoO escopo <strong>de</strong> nosso trabalho <strong>de</strong> verificação não incluiu:• Verificação da exatidão, fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> e materialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong>clarações, informações, sistemas ou abordagensrelacionados às áreas diversas daquelas relacionadas aos riscos materiais <strong>de</strong>clarados;• Declarações futuras da empresa, assim <strong>com</strong>o metas, intenções e projetos a serem <strong>de</strong>senvolvidos futuramente;• Comparação <strong>com</strong> dados históricos;• Verificação <strong>de</strong> eficácia <strong>de</strong> quaisquer sistemas <strong>de</strong> gestão da empresa;• Avaliação dos riscos da Companhia e da eficiência <strong>de</strong> suas ferramentas <strong>de</strong> gestão.ConclusãoCom base em nosso trabalho, <strong>de</strong>scrito neste relatório, não temos conhecimento <strong>de</strong> qualquer modificação relevante que <strong>de</strong>va ser feita nasinformações contidas no Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> da <strong>Vale</strong> S.A., relativo ao exercício findo em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, em relação àa<strong>de</strong>rência dos Subject Matters reportados <strong>com</strong> o Framework do ICMM e os princípios <strong>de</strong> materialida<strong>de</strong>, abrangência e exatidão enunciadospelo Global Reporting Initiative - GRI G3.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 07 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2010.ERNST & YOUNGAuditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes S.S.CRC – 2SP 015.199/O-6-F-RJJosé Carlos Costa PintoSócioCRC 1 RJ 066.960/O-9123


Nível <strong>de</strong> aplicação GRIAplicação dasdiretrizesO presente relatório atinge o nível <strong>de</strong> aplicação A+ da GRI, que estabelece o relato <strong>de</strong> todos os itens <strong>de</strong>perfil, <strong>de</strong> informações sobre a forma <strong>de</strong> gestão para cada categoria <strong>de</strong> indicador e <strong>de</strong> todos os indicadores<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho essenciais e do Suplemento Setorial <strong>de</strong> Mineração e Metais.C C+ B B + A A+ObrigatórioOpcionalAuto<strong>de</strong>claradoExaminado porterceirosCom verificação externaCom verificação externaCom verificação externaExaminado pela GRIConteúdo do relatórioPerfil da G3Informaçõessobre a Forma <strong>de</strong>Gestão da G3Indicadores <strong>de</strong>Desempenho da G3& Indicadores <strong>de</strong>Desempenho doSuplementoSetorialRespon<strong>de</strong>r aos itens:1.1;2.1 a 2.10;3.1 a 3.8, 3.10 a 3.12;4.1 a 4.4, 4.14 a 4.15Não exigidoC C+ B B+ A A+Respon<strong>de</strong>r a um mínimo <strong>de</strong> 10Indicadores <strong>de</strong> Desempenho,incluindo pelo menos um <strong>de</strong>cada uma das seguintes áreas <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho: social, econômico eambiental.Com Verificação externaRespon<strong>de</strong>r a todos os critérioselencados para o Nível C, mais:1.2;3.9, 3.13;4.5 a 4.13,4.16 a 4.17Informações sobre a Forma <strong>de</strong>Gestão para cada Categoria <strong>de</strong>IndicadorRespon<strong>de</strong>r a um mínimo <strong>de</strong> 20Indicadores <strong>de</strong> Desempenho,incluindo pelo menos um <strong>de</strong>cada uma das seguintes áreas<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho: econômico,ambiental, direitos humanos,práticas trabalhistas, socieda<strong>de</strong>,responsabilida<strong>de</strong> pelo produto.Com Verificação externaO mesmo exigido para o Nível BForma <strong>de</strong> Gestão divulgada paracada Categoria <strong>de</strong> IndicadorRespon<strong>de</strong>r a cada Indicadoressencial da G3 e doSuplemento Setorial <strong>com</strong>a <strong>de</strong>vida consi<strong>de</strong>ração aoPrincípio da Materialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma das seguintes formas: (a)respon<strong>de</strong>ndo ao indicador ou (b)explicando o motivo da omissão.Com Verificação externa124Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Princípios Pacto GlobalDireitos HumanosDireitos do Trabalho1. Respeitar e proteger os direitoshumanos2. Impedir violações <strong>de</strong> direitos humanos3. Apoiar a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação notrabalho e a negociação coletiva4. Eliminar todas as formas <strong>de</strong> trabalhoforçado ou <strong>com</strong>pulsório5. Abolir o trabalho infantil6. Eliminar a discriminação no ambiente<strong>de</strong> trabalhoProteção ao Meio AmbienteContra a Corrupção7. Apoiar uma abordagem preventivaaos <strong>de</strong>safios ambientais8. Desenvolver iniciativas para promovermaior responsabilida<strong>de</strong> ambiental9. Desenvolver e difundir tecnologias quenão agridam o meio ambiente10. Combater a corrupção em todasas suas formas, inclusive extorsãoe propinaPrincípios ICMM1. Implementar e manter práticas <strong>com</strong>erciais éticas esistemas sólidos <strong>de</strong> governança corporativa.2. Integrar as consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável <strong>de</strong>ntro do processo <strong>de</strong>cisório corporativo.3. Defen<strong>de</strong>r direitos humanos fundamentais e respeitarculturas, costumes e valores nas negociações <strong>com</strong>funcionários e outros que sejam afetados por nossasativida<strong>de</strong>s.4. Implementar estratégias <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> risco baseadasem dados válidos e ciência legítima.5. Buscar a melhoria contínua <strong>de</strong> nossa saú<strong>de</strong> e o<strong>de</strong>sempenho em segurança.6. Buscar a melhoria contínua <strong>de</strong> nosso <strong>de</strong>sempenhoambiental.7. Contribuir <strong>com</strong> a preservação da biodiversida<strong>de</strong> epromover abordagens integradas <strong>de</strong> planejamentosobre o uso da terra.8. Facilitar e estimular a criação responsável <strong>de</strong>produtos, o uso, a reutilização, a reciclagem e o<strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> nossos produtos.9. Contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento social, econômicoe institucional das <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> operamos.10. Implementar o engajamento eficaz e transparente,a <strong>com</strong>unicação e as providências <strong>de</strong> contatoin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das verificadas <strong>com</strong> nossosinteressados.Como signatária do Pacto Global e do ICMM, a <strong>Vale</strong> <strong>com</strong>prometeu-se a adotar, em suas práticas <strong>de</strong> negócios,os princípios elencados acima. Ao longo do relatório, foram apresentados cases que retratam nossa atuação ecuja relação <strong>com</strong> esses princípios está indicada no quadro abaixo.correlação <strong>de</strong> práticas da vale <strong>com</strong> pacto global e ICMMPrincípioCasesPacto GlobalPrincípio ICMMPágs.Atuação além <strong>de</strong> nossa operações 1, 7, 8 7, 9 12Mão <strong>de</strong> obra qualificada - - 41Incentivo à pesquisa 7, 8, 9 6, 7, 8 45Incentivo à inovação 1, 7, 8 5, 6, 8 47Conviver <strong>com</strong> lagos 7, 8, 9 6, 7 56Tecnologia inovadora no controle atmosférico 8, 9 6 65Formando campeões - 9 77Pesca na praia do Boqueirão 1, 8 3, 9, 10 78Fortalecendo os municípios 1 9 79Desenvolvimento da Gran<strong>de</strong> Vitória 1, 8, 9 9, 10 80Ações <strong>de</strong> apoio às <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s 7, 8 3, 9 81Capacitar para crescer 1 3, 9 82Com as mãos na massa 1, 8 3, 9 83Reassentamento em Moçambique 1, 7, 8 3, 9, 10 86Práticas premiadas - 9 89Compromisso conjunto 7, 8 2, 6, 10 97Gavião-real 7, 8 7 112125


Índice Remissivo GRI e Correlação <strong>com</strong> Pacto Global e ICMMÍndicePrincípioPacto GlobalPrincípioICMMEstratégia e análise1.1. Mensagem da Presidência e da Presidência do Conselho. 2,10 4-71.2. Descrição dos impactos, riscos e oportunida<strong>de</strong>s. 4 11-13Perfil organizacional2.1. Nome da organização. 10 Informações corporativas2.2. Marcas, produtos e/ou serviços. 10 22.3. Estrutura operacional. 10 22.4. Localização da se<strong>de</strong> da organização. 10 22.5. Atuação geográfica. 10 22.6. Natureza jurídica. 10 Informações corporativas2.7. Mercados atendidos. 10 22.8. Porte da organização. 10 2 , 172.9. Mudanças durante o período coberto pelo relatório. 2, 10 92.10. Prêmios e certificações. 10 Informações corporativasParâmetros para o relatórioPerfil do relatório3.1. Período coberto pelo relatório. 93.2. Data do relatório anterior. 93.3. Periodicida<strong>de</strong>. 93.4. Dados para contato. 9Escopo e limite do relatório3.5. Definição do conteúdo. 10 , 113.6. Limite do relatório. 119, 1203.7. Escopo do relatório. 119, 1203.8. Base para a elaboração do relatório. 119, 1203.9. Técnicas <strong>de</strong> medição e bases <strong>de</strong> cálculos.119, 120 e ao longodo relatório3.10. Consequências <strong>de</strong> reformulações <strong>de</strong> informações.119, 120 e ao longodo relatório3.11. Mudanças significativas. 2119, 120 e ao longodo relatórioSumário <strong>de</strong> conteúdo da GRI3.12. Sumário GRI. 126-128Verificação3.13. Verificação externa. 121, 122Governança, <strong>com</strong>promissos e engajamentoGovernança4.1. Estrutura <strong>de</strong> governança. 1 214.2. Indicação caso o presi<strong>de</strong>nte do mais alto órgão <strong>de</strong> governançatambém seja um diretor executivo.1 214.3. Número <strong>de</strong> membros in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ou não-executivos do mais altoórgão <strong>de</strong> governança.1 214.4. Mecanismos para re<strong>com</strong>endações a órgãos <strong>de</strong> governança. 1 214.5. Relação entre remuneração e o <strong>de</strong>sempenho econômico e socioambiental. 1 224.6. Processos para evitar conflitos <strong>de</strong> interesse. 1 21, 224.7. Qualificações <strong>de</strong> conselheiros. 1 214.8. Valores, códigos <strong>de</strong> conduta e princípios internos. 1 234.9. Atuação do Conselho <strong>de</strong> Administração. 1, 4 214.10. Autoavaliação do Conselho <strong>de</strong> Administração. 1 21Compromissos <strong>com</strong> iniciativas externas4.11. Princípio da precaução. 274.12. Cartas, princípios e iniciativas. 24, 254.13. Participação em associações. 25Engajamento dos stakehol<strong>de</strong>rs4.14. Relação <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs. 10, 114.15. I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs. 10, 114.16. Engajamento dos stakehol<strong>de</strong>rs. 10, 24, 254.17. Principais temas e preocupações <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs. 10Desempenho econômicoAbordagem <strong>de</strong> gestão econômica (objetivos e <strong>de</strong>sempenho, política eoutras informações contextuais).16-19Desempenho econômicoEC1. Valor econômico gerado e distribuído. 9 17EC2. Riscos e oportunida<strong>de</strong>s relacionados a mudanças climáticas. 7 9 101EC3. Plano <strong>de</strong> pensão. 38, 39EC4. Ajuda financeira significativa recebida do governo. 18Presença <strong>de</strong> mercadoEC5. Relação salário mínimo interno/local. 1 9 36EC6. Gastos <strong>com</strong> fornecedores locais. 9 90EC7. Contratação local. 6 9 81,82Págs.Indicadores atendidos integralmenteIndicadores atendidos parcialmente126Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


Índice Remissivo GRI e Correlação <strong>com</strong> Pacto Global e ICMMÍndicePrincípioPacto GlobalPrincípioICMMImpactos econômicos indiretosEC8. Investimentos em infraestrutura. 9 79EC9. Impactos econômicos indiretos. 72, 73Desempenho ambientalAbordagem <strong>de</strong> gestão ambiental (objetivos e <strong>de</strong>sempenho, política, responsabilida<strong>de</strong>organizacional, treinamento e conscientização, monitoramento e a<strong>com</strong>panhamento, outras52-69, 96-113informações contextuais).MateriaisEN1. Materiais usados. 8 6 63EN2. Percentual dos materiais usados provenientes <strong>de</strong> reciclagem. 8, 9 6 63EN3. Consumo <strong>de</strong> energia direta. 8, 9 6 66, 67EN4. Consumo <strong>de</strong> energia indireta. 8 6 68, 69EN5. Energia economizada <strong>de</strong>vido a melhorias em conservação e eficiência. 8, 9 6 66, 102, 103EN6. Produtos e serviços ecoeficientes. 8, 9 6 66EN7. Iniciativas para reduzir o consumo <strong>de</strong> energia indireta e as reduções obtidas. 8, 9 6 66, 102, 103ÁguaEN8. Água retirada por fonte. 8 6 54, 55EN10. Água reciclada e reutilizada. 8, 9 55Biodiversida<strong>de</strong>EN11. Localização <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> áreas protegidas ou <strong>de</strong> alto índice <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong>. 8 7 106EN12. Impactos na biodiversida<strong>de</strong>. 8 7 107EN13. Hábitats protegidos ou restaurados. 8 110, 111EN14. Gestão <strong>de</strong> impactos na biodiversida<strong>de</strong>. 8 108EN15. Lista Vermelha da IUCN. 8 109Emissões, efluentes e resíduosEN16. Emissões diretas e indiretas <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa. 8 6 98, 99EN17. Outras emissões indiretas relevantes <strong>de</strong> gases causadores do efeito estufa, por peso. 8 6 100EN18. Iniciativas para reduzir emissões <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa. 7, 8, 9 102, 103EN19. Emissões <strong>de</strong> substâncias <strong>de</strong>struidoras da camada <strong>de</strong> ozônio. 8 6 101EN20. NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 8 6 64, 65EN21. Descarte <strong>de</strong> água. 8 6 56 - 58EN22. Peso total <strong>de</strong> resíduos. 8 6 59, 60EN23. Derramamentos significativos. 8 6 63EN24. Resíduos perigosos transportados. 8 60EN26. Iniciativas para mitigar os impactos ambientais <strong>de</strong> produtos e serviços ea extensão da redução <strong>de</strong>sses impactos.7, 8, 9 6 91-93Produtos e serviçosEN27. Produtos e embalagens recuperados. 8, 9 62Conformida<strong>de</strong>EN28. Valor monetário <strong>de</strong> multas significativas. 8 6, 8 65GeralEN30. Investimentos em proteção ambiental. 7, 8, 9 54Desempenho social – Práticas trabalhistas e trabalho <strong>de</strong>centeAbordagem <strong>de</strong> gestão dos aspectos trabalhistas (objetivos e <strong>de</strong>sempenho, política,responsabilida<strong>de</strong> organizacional, treinamento e conscientização, monitoramento e32-51a<strong>com</strong>panhamento, outras informações contextuais).EmpregoLA1. Trabalhadores por tipo <strong>de</strong> emprego e região. 3 33, 34LA2. Taxa <strong>de</strong> rotativida<strong>de</strong>. 6 9 40LA3. Benefícios a empregados. 37Relações entre trabalhadores e a administraçãoLA4. Acordos <strong>de</strong> negociação coletiva. 1, 3 3 39LA5. Prazo mínimo para notificação <strong>com</strong> antecedência referente a mudanças operacionais,incluindo se esse procedimento está especificado em acordos <strong>de</strong> negociação coletiva.3 3 39Segurança e saú<strong>de</strong> ocupacionalLA6. Representação em <strong>com</strong>itês <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurança. 1, 3 3, 5 50LA7. Doenças ocupacionais, dias perdidos e óbitos. 1 5 48LA8. Programas <strong>de</strong> educação, aconselhamento e prevenção relacionados a doenças graves. 1 5 49LA9. Saú<strong>de</strong> e segurança em acordos <strong>com</strong> sindicatos. 1 3 50Treinamento e educaçãoLA10. Horas <strong>de</strong> treinamento. 6 2 41LA11. Gestão <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências e aprendizagem contínua. 3 41LA12. Análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> carreira. 37Diversida<strong>de</strong> e igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sLA13. Composição dos grupos responsáveis pela governança. 1, 6 3 35, 36LA14. Proporção <strong>de</strong> salário homens/mulheres. 1, 6 35Desempenho social – Direitos humanosAbordagem <strong>de</strong> gestão dos aspectos <strong>de</strong> direitos humanos (objetivos e <strong>de</strong>sempenho,política, responsabilida<strong>de</strong> organizacional, treinamento e conscientização,monitoramento e a<strong>com</strong>panhamento, outras informações contextuais).114, 118Págs.Indicadores atendidos integralmenteIndicadores atendidos parcialmente127


Índice Remissivo GRI e Correlação <strong>com</strong> Pacto Global e ICMMÍndicePrincípioPacto GlobalPrincípioICMMPráticas <strong>de</strong> gestão e investimentoHR1. Percentual e número total <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> investimentos significativos que incluamcláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações1, 2 2, 3 115referentes a direitos humanos.HR2. Percentual <strong>de</strong> fornecedores avaliados e medidas tomadas. 1, 2, 3, 4, 5, 6 3 115, 116Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação e negociação coletivaHR4. Número total <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> discriminação e as medidas tomadas. 1, 2, 6 3 35HR5. Operações <strong>com</strong> risco à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação e negociação coletiva. 1, 2, 3 3 39Trabalho infantilHR6. Operações <strong>com</strong> risco <strong>de</strong> trabalho infantil. 1, 2, 5 3 115, 116Trabalho forçado e escravoHR7. Operações <strong>com</strong> risco <strong>de</strong> trabalho forçado ou análogo. 1, 2, 4 3 115, 116Práticas <strong>de</strong> segurançaHR8. Treinamento da segurança em direitos humanos. 1, 2 3 116Direitos indígenasHR9. Violações <strong>de</strong> direitos indígenas. 1, 2 118Desempenho social – Socieda<strong>de</strong>Abordagem <strong>de</strong> gestão dos aspectos sociais (objetivos e <strong>de</strong>sempenho, política,responsabilida<strong>de</strong> organizacional, treinamento e conscientização, monitoramento e72-93a<strong>com</strong>panhamento, outras informações contextuais).Comunida<strong>de</strong>SO1. Gestão <strong>de</strong> impactos das operações nas <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s. 4 73CorrupçãoSO2. Avaliações <strong>de</strong> riscos relacionados à corrupção. 10 1 30SO3. Treinamento em políticas anticorrupção. 10 1 30SO4. Medidas tomadas em resposta a casos <strong>de</strong> corrupção. 10 1 29Políticas públicasSO5. Participação na elaboração <strong>de</strong> políticas públicas. 1-10 24SO6. Contribuições a partidos políticos. 10 24Concorrência <strong>de</strong>slealSO7. Ações judiciais por concorrência <strong>de</strong>sleal, práticas <strong>de</strong> truste e monopólio. 31Conformida<strong>de</strong>SO8. Multas e sanções não-monetárias por não-conformida<strong>de</strong>a leis e regulamentos.31Desempenho social – Responsabilida<strong>de</strong> pelo produtoAbordagem <strong>de</strong> gestão dos aspectos referentes à responsabilida<strong>de</strong> sobre o produto(objetivos e <strong>de</strong>sempenho, política, responsabilida<strong>de</strong> organizacional, treinamento e88-93conscientização, monitoramento e a<strong>com</strong>panhamento, outras informações contextuais).Saú<strong>de</strong> e segurança do clientePR1. Avaliação <strong>de</strong> impactos. 1 8 91-93Rotulagem <strong>de</strong> produtos e serviçosPR3. Procedimentos <strong>de</strong> rotulagem <strong>de</strong> produtos e serviços. 8 8 93PR5. Práticas relacionadas à satisfação do cliente. 91Comunicação e marketingPR6. A<strong>de</strong>são às normas. 91PR7. Não-conformida<strong>de</strong>. 91Conformida<strong>de</strong>PR9. Multas relacionadas ao fornecimento e uso dosprodutos e serviços.91Indicadores setoriais <strong>de</strong> mineração e metais*MM1. I<strong>de</strong>ntifica as operações nas quais a contribuição econômica local e o impacto do<strong>de</strong>senvolvimento são <strong>de</strong> especial importância e interesse para as partes interessadas(por exemplo, operações em áreas remotas) e <strong>de</strong>fine políticas referentes à avaliação9 78, 81, 90<strong>de</strong>ssa contribuição.MM2. Valor agregado <strong>de</strong>sagregado para nível nacional. 17MM3. O número/percentual <strong>de</strong> operações i<strong>de</strong>ntificadas que requerem planos <strong>de</strong>gerenciamento da biodiversida<strong>de</strong> e o número/percentual <strong>de</strong> operações on<strong>de</strong> os7, 9 109planos estão implementados.MM4. Percentual <strong>de</strong> produto(s) <strong>de</strong>rivado(s) <strong>de</strong> materiais secundários. 62MM5. Descreve as políticas para a avaliação dos atributos da ecoeficiência e dasustentabilida<strong>de</strong> dos produtos (por exemplo, reciclabilida<strong>de</strong>, uso do material, uso <strong>de</strong> 8, 9 8 91-93energia, toxicida<strong>de</strong>, etc.).MM6. Descreve a abordagem ao gerenciamento do estéril, rochas, rejeitos e lama/resíduos. 6, 8 60, 61MM7. Descreve os inci<strong>de</strong>ntes significativos que afetam as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s durante operíodo <strong>de</strong> relatório e os mecanismos usados para solucionar os inci<strong>de</strong>ntes e9 84, 85suas consequências.MM8. Descreve os programas nos quais a organização relatora tenha estado envolvidaque trataram da mineração artesanal e <strong>de</strong> pequena escala (ASM) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>9 83operação da empresa.MM9. Descreve as políticas e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reassentamento. 3 86, 87MM10. Número ou percentual <strong>de</strong> operações <strong>com</strong> planos <strong>de</strong> fechamento, abrangendo osaspectos sociais – incluindo a transição da mão <strong>de</strong> obra –, ambientais e econômicos.2 87MM11. Descreve o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s e direitos usuais das<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s locais, incluindo aqueles dos povos indígenas e os mecanismos usados 1, 2 3 87para resolver os conflitos.MM12. Descreve a abordagem à i<strong>de</strong>ntificação, preparação e reação a situações <strong>de</strong>emergência que afetem os funcionários, <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s ou o meio ambiente.4 49MM13. Número <strong>de</strong> novos casos <strong>de</strong> doença ocupacional por tipo. Descreve os programaspara prevenir doenças ocupacionais.1 5 50EN23 MM. Quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> terra adquirida, arrendada e gerenciada para as ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> produção ou uso extrativista.7 112, 113Págs.*Versão draft.Indicadores atendidos integralmenteIndicadores atendidos parcialmente128Relatório <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>Vale</strong> <strong>2009</strong>


CréditosCoor<strong>de</strong>nação GeralDepartamento <strong>de</strong> Meio Ambiente eDesenvolvimento SustentávelApoio EditorialDepartamento <strong>de</strong> Comunicação Corporativa e ImprensaProjeto Gráfico e EditorialReport ComunicaçãoRevisãoAssertiva Produções EditoriaisApoio OperacionalCSC Computer Sciences Brasil S.A.Verificação ExternaErnst & YoungInformaçõesCorporativasSEDE MUNDIALBRASILAvenida Graça Aranha, 2620030-900 – Rio <strong>de</strong> Janeiro RJ – BrasilTel: 55 21 3814-4477FotografiaAcervo Previ/Marcos Almeida pág. 5;Arquivo do Consórcio Brasileiro para Produção <strong>de</strong> Óleo <strong>de</strong> Palma pág. 103.Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong> págs. 8, 13, 19 e 117;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong> Australia págs. 48 e 81;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong>/Cassio Vasconcellos págs. 97, 105 e 108;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong>/Edu Simões págs. 20, 36 e 53;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong>/Eugênio Sávio págs. 46, 69, 84 e 93;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong>/Eny Miranda pág. 47;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong> Inco pág. 94;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong> (Moatize) págs. 70, 72 e 75;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong> - Nitro/João Marcos Rosa pág. 14, 107 e112;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong>/Rosane Bekierman pág. 77;Banco <strong>de</strong> Imagens <strong>Vale</strong>/Vitor Schwama pág. 26;Editora Globo/Stefano Martini pág. 7;Eugênio Sávio págs. 24, 33, 39, 51, 56, 59 e 89;José Armenio <strong>de</strong> Brito Cruz pág. 44;Marcelo Shoubia págs. 17, 41, 80, 100 e 113;Sam Santos pág. 8 (foto Tito Botelho Martins).Pré-impressão e impressãoBurtiTiragem1.000 exemplares em português600 exemplares em inglêsEste relatório possui um formulário <strong>de</strong> avaliação disponívelem www.vale.<strong>com</strong>Atuamos para construir um legado social, econômicoe ambiental nas regiões on<strong>de</strong> operamos.Para informações sobre os <strong>de</strong>mais escritórios da <strong>Vale</strong>,acesse www.vale.<strong>com</strong>Capa: Fernando Montarroyos <strong>de</strong> Araújo, aprendizoperacional, Porto <strong>de</strong> Tubarão, Vitória – Espírito Santo, Brasil(Fotógrafo: Marcelo Shoubia)..


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