Aprendizagem organizacional e gestão do ... - IEM - Unifei

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XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004empresas e pessoas com mais conhecimento são mais bem sucedidos, produtivos ereconhecidos.Recentemente um número cada vez maior de empresas perceberam o quanto é importante“saber o que elas sabem” e ser capaz de tirar o máximo proveito de seus “ativos” deconhecimento. Estes repousam em diferentes locais, como: bases de conhecimento, bases dedados, arquivos e também nas cabeças das pessoas, estando distribuídos por toda a empresa.Não importa se o denominamos de propriedade intelectual, capital intelectual, ou base deconhecimento, mas certamente é este um dos mais valiosos ativos de uma empresa. Acapacidade de gerenciar, distribuir e criar conhecimento com eficiência/eficácia éfundamental para que uma organização se coloque em posição de vantagem competitiva emrelação a outras.Num mercado cada vez mais competitivo, o sucesso nos negócios, depende basicamente daqualidade do conhecimento que cada organização aplica nos seus processoscoorporativos/empresariais. Nesse contexto, o desafio de utilizar do conhecimento residentena empresa, com o objetivo de criar vantagens competitivas, torna-se mais crucial.Este fato vem tornando-se mais notável à medida em que: (1) as novas possibilidades técnicase o conhecimento de mercados determinam as inovações nos produtos; (2) operaçõesfuncionais advêm do conhecimento combinado entre como as coisas funcionam e comopoderiam funcionar e (3) a participação no mercado cresce com um melhor conhecimento dosclientes atuais e potenciais e de como melhor atendê-los2 - Conceito de aprendizagemA aprendizagem pode ser entendida como um processo de mudança provocado por estímulosdiversos e mediado por emoções que podem ou não produzir mudança no comportamento daspessoas. Para muitos especialistas, existe uma distinção entre o processo de aprendizagem,que ocorre dentro do organismo de quem aprende, e as respostas emitidas pelo indivíduo, asquais podem ser observáveis e mensuráveis. Dentro dessa concepção, há duas vertentesteóricas em que, basicamente, os modelos de aprendizagem se sustentam: nos modelos:• behaviorista: tem como principal foco o comportamento, que pode ser observado emensurado. Nesse caso, planejar o processo de aprendizagem implica concebê-lo comopassível de observação, mensuração e réplica científica;• cognitivo: enfoca tanto aspectos objetivos e comportamentais quanto aspectossubjetivos. Leva em consideração as crenças e as percepções dos indivíduos, queinfluenciam seu próprio processo de compreensão da realidade.As discussões sobre aprendizagem nas organizações enraízam-se mais fortemente naperspectiva cognitivista, enfatizando, porém, as mudanças comportamentais observáveis.3 - Aprendizagem organizacionalEm uma organização, o processo de aprendizagem pode ocorrer em três níveis:• Individual: é o primeiro nível do processo de aprendizagem. Está carregado de emoçõespositivas ou negativas, por meio de caminhos diversos.• Grupal: a aprendizagem pode vir a constituir um processo social partilhado pelaspessoas do grupo.• Organizacional: o processo de aprendizagem individual, de compreensão e interpretaçãopartilhados pelo grupo, torna-se institucionalizado e se expressa em diversos artefatosorganizacionais, como estrutura, regras, procedimentos e elementos simbólicos. Asorganizações desenvolvem memórias que retêm e recuperam suas informações.Peter Senge (1990), em seus textos sobre aprendizagem organizacional, comenta que o serhumano vem ao mundo motivado a aprender, explorar e experimentar. Infelizmente, a maioriadas instituições sociais é orientada mais para controlar o indivíduo do que para propiciar-lhe

XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004condições de aprendizagem; recompensa o desempenho das pessoas pela obediência e padrõesestabelecidos, e não por seu desejo de aprender.Senge foca inicialmente o indivíduo, seu processo de autoconhecimento, de clarificação deobjetivos e projetos sociais. Em seguida, esse foco se desloca para o grupo e, finalmente,através do raciocínio sistêmico, para a organização. Senge procurou construir guias de açãoque visam ao desenvolvimento da aprendizagem organizacional por meio do conhecimento eexplicitação dos modelos mentais individuais, de grupo e da construção de projetos coletivos.Utilizando a idéia de modelos mentais Senge (1990) analisou a passagem da aprendizagemindividual para a coletiva. O autor divide o processo de aprendizagem em dois níveis deaprendizagem:• operacional: consiste na aquisição e no desenvolvimento de habilidades físicas paraproduzir ações (know-how);• conceitual: ocorre com a aquisição e o desenvolvimento da capacidade para articularconhecimentos conceituais sobre uma experiência ( know-why).Embora o conhecimento operacional seja essencial para o funcionamento de qualquerorganização, cada vez mais tem de estar associado ao conhecimento conceitual. Os doisprocessos têm de ocorrer em todos os níveis da organização, ou seja, não deve haverfronteiras rígidas entre os quadros operacionais, que detêm apenas o conhecimentooperacional, e os quadros diretivos, que detêm o conhecimento conceitual, superando-seassim, a concepção taylorista entre aqueles que pensam e aqueles que fazem. Á seguiralgumas das principais definições de aprendizagem organizacional.• Aprendizagem organizacional é um processo de identificação e correção de erros(Argyris, 1992).• Aprendizagem organizacional significa um processo de aperfeiçoar as ações pelomelhor conhecimento e compreensão (Fiol e Lyles, 1985).• Organizações que aprendem são organizações capazes de criar, adquirir e transmitirconhecimentos a modificar seus comportamentos para novos conhecimentos e insights(Garvin, 1993).• Uma organização está continuamente expandindo sua capacidade de criar o futuro(Senge, 1990).Senge apresenta o processo de aprendizagem como um ciclo contínuo, composto de trêsconjuntos de elementos, aptidões e habilidades, conhecimento e sensibilidades, atitudes ecrenças.Aptidões eHabilidadesAtitudes eCrençasConhecimentos eSensibilidadesFigura 1 – Ciclo de aprendizagem proposto por Senge.Fonte: Senge, 1998

XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004empresas e pessoas com mais conhecimento são mais bem sucedi<strong>do</strong>s, produtivos ereconheci<strong>do</strong>s.Recentemente um número cada vez maior de empresas perceberam o quanto é importante“saber o que elas sabem” e ser capaz de tirar o máximo proveito de seus “ativos” deconhecimento. Estes repousam em diferentes locais, como: bases de conhecimento, bases deda<strong>do</strong>s, arquivos e também nas cabeças das pessoas, estan<strong>do</strong> distribuí<strong>do</strong>s por toda a empresa.Não importa se o denominamos de propriedade intelectual, capital intelectual, ou base deconhecimento, mas certamente é este um <strong>do</strong>s mais valiosos ativos de uma empresa. Acapacidade de gerenciar, distribuir e criar conhecimento com eficiência/eficácia éfundamental para que uma organização se coloque em posição de vantagem competitiva emrelação a outras.Num merca<strong>do</strong> cada vez mais competitivo, o sucesso nos negócios, depende basicamente daqualidade <strong>do</strong> conhecimento que cada organização aplica nos seus processoscoorporativos/empresariais. Nesse contexto, o desafio de utilizar <strong>do</strong> conhecimento residentena empresa, com o objetivo de criar vantagens competitivas, torna-se mais crucial.Este fato vem tornan<strong>do</strong>-se mais notável à medida em que: (1) as novas possibilidades técnicase o conhecimento de merca<strong>do</strong>s determinam as inovações nos produtos; (2) operaçõesfuncionais advêm <strong>do</strong> conhecimento combina<strong>do</strong> entre como as coisas funcionam e comopoderiam funcionar e (3) a participação no merca<strong>do</strong> cresce com um melhor conhecimento <strong>do</strong>sclientes atuais e potenciais e de como melhor atendê-los2 - Conceito de aprendizagemA aprendizagem pode ser entendida como um processo de mudança provoca<strong>do</strong> por estímulosdiversos e media<strong>do</strong> por emoções que podem ou não produzir mudança no comportamento daspessoas. Para muitos especialistas, existe uma distinção entre o processo de aprendizagem,que ocorre dentro <strong>do</strong> organismo de quem aprende, e as respostas emitidas pelo indivíduo, asquais podem ser observáveis e mensuráveis. Dentro dessa concepção, há duas vertentesteóricas em que, basicamente, os modelos de aprendizagem se sustentam: nos modelos:• behaviorista: tem como principal foco o comportamento, que pode ser observa<strong>do</strong> emensura<strong>do</strong>. Nesse caso, planejar o processo de aprendizagem implica concebê-lo comopassível de observação, mensuração e réplica científica;• cognitivo: enfoca tanto aspectos objetivos e comportamentais quanto aspectossubjetivos. Leva em consideração as crenças e as percepções <strong>do</strong>s indivíduos, queinfluenciam seu próprio processo de compreensão da realidade.As discussões sobre aprendizagem nas organizações enraízam-se mais fortemente naperspectiva cognitivista, enfatizan<strong>do</strong>, porém, as mudanças comportamentais observáveis.3 - <strong>Aprendizagem</strong> <strong>organizacional</strong>Em uma organização, o processo de aprendizagem pode ocorrer em três níveis:• Individual: é o primeiro nível <strong>do</strong> processo de aprendizagem. Está carrega<strong>do</strong> de emoçõespositivas ou negativas, por meio de caminhos diversos.• Grupal: a aprendizagem pode vir a constituir um processo social partilha<strong>do</strong> pelaspessoas <strong>do</strong> grupo.• Organizacional: o processo de aprendizagem individual, de compreensão e interpretaçãopartilha<strong>do</strong>s pelo grupo, torna-se institucionaliza<strong>do</strong> e se expressa em diversos artefatosorganizacionais, como estrutura, regras, procedimentos e elementos simbólicos. Asorganizações desenvolvem memórias que retêm e recuperam suas informações.Peter Senge (1990), em seus textos sobre aprendizagem <strong>organizacional</strong>, comenta que o serhumano vem ao mun<strong>do</strong> motiva<strong>do</strong> a aprender, explorar e experimentar. Infelizmente, a maioriadas instituições sociais é orientada mais para controlar o indivíduo <strong>do</strong> que para propiciar-lhe

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