12.07.2015 Views

liderança do triple play com 55% de penetração - Zon

liderança do triple play com 55% de penetração - Zon

liderança do triple play com 55% de penetração - Zon

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAPREFÁCIOA marca ZON foi criada há três anos. A nossa empresa,há muitos mais.Decidimos escrever um <strong>do</strong>cumento <strong>com</strong> <strong>do</strong>is objectivosprincipais.Focar sobre o impacto que exercemos na economia <strong>do</strong>País e também partilhar um pouco da nossa história, ospassos que foram da<strong>do</strong>s no passa<strong>do</strong> e que nos trouxeramaté aos dias <strong>de</strong> hoje, relembrar a nossa fundação, as nossastransformações e as da nossa indústria ao longo <strong>de</strong>quase década e meia.A ZON é um conjunto <strong>de</strong> várias culturas. Ao longo <strong>do</strong>tempo foram várias as empresas que se foram unin<strong>do</strong>à volta <strong>de</strong> um mesmo projecto. De todas absorvemosimportantes contributos e hoje, to<strong>do</strong>s juntos, partilhamosos mesmos objectivos.Estas páginas são escritas a pensar nos nossos colabora<strong>do</strong>res,actuais e antigos, nos nossos investi<strong>do</strong>res, mastambém nos nossos Clientes, para os quais trabalhamosto<strong>do</strong>s os dias e que também po<strong>de</strong>rão gostar <strong>de</strong> nosconhecer melhor.Para além <strong>do</strong> entretenimento e das <strong>com</strong>unicações queproporcionamos, acreditamos que o nosso contributopara o sistema económico nacional é importante – investimosmuito no País, promovemos concorrência, criamosmuito emprego directo e indirecto e o nosso impactoultrapassa largamente o nosso sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>.A nossa história é <strong>de</strong> inovação e <strong>de</strong> reinvenção permanente.Muitos foram os que ao longo <strong>do</strong> tempocontribuíram para aquilo que somos hoje. Este <strong>do</strong>cumentoapresenta a nossa história através <strong>do</strong>s factos maisrelevantes que ocorreram em Portugal no sector dastele<strong>com</strong>unicações e <strong>do</strong> audiovisual.Procurámos elaborar um <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> estruturasimples e informativo.Espero que seja <strong>de</strong> interessante leitura ou útil parasimples consulta – é bem possível que no final o leitorchegue à mesma conclusão que nós.Po<strong>de</strong>ria Portugal viver sem a ZON?... Talvez... Mas nãoseria a mesma coisa.Rodrigo Costa, PCEDaniel Proença <strong>de</strong> Carvalho, PCA4


INTRODUÇÃOEste estu<strong>do</strong> procura avaliar o impacto da ZON Multimédiana economia portuguesa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação daempresa até hoje. Optou-se nesta abordagem por umaavaliação empírica por sectores, baseada no conhecimentoda activida<strong>de</strong> da ZON e <strong>do</strong>s seus resulta<strong>do</strong>s.A aferição <strong>do</strong> impacto da ZON na activida<strong>de</strong> económicaem vários sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> subjaz à visão global<strong>do</strong> que é hoje a marca ZON: entretenimento audiovisual,re<strong>de</strong>s e serviços <strong>de</strong> banda larga fixos e móveis, vozfixa e móvel, distribuição e exibição cinematográfica.O primeiro capítulo é um sumário que procura ofereceruma visão global. Aborda a activida<strong>de</strong> da ZON <strong>com</strong>oopera<strong>do</strong>r integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> entretenimento e <strong>com</strong>unicações<strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong> casa. De distribui<strong>do</strong>r primariamente<strong>de</strong> televisão, a ZON transformou-se num opera<strong>do</strong>r<strong>com</strong>pleto, <strong>com</strong> uma das melhores re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nova geração,pioneira a nível mundial. A ZON é um gera<strong>do</strong>re facilita<strong>do</strong>r da activida<strong>de</strong> económica nos mais diversossectores, contribuin<strong>do</strong> significativamente para o PIB.A activida<strong>de</strong> da ZON projecta-se em emprego directoe emprego induzi<strong>do</strong> na economia em geral.O segun<strong>do</strong> capítulo dá conta <strong>de</strong> vários estu<strong>do</strong>s internacionaissobre banda larga que sugerem, por analogia, osrespectivos benefícios daquela tecnologia na economiaportuguesa. A estimativa <strong>do</strong> Banco Mundial apontapara, nos países ricos, um aumento <strong>do</strong> PIB em 1.21por cento por cada cem habitantes, por cada <strong>de</strong>z novossubscritores <strong>de</strong> banda larga.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAO emprego é o tema <strong>do</strong> terceiro capítulo. A formaçãoprofissional ocupa um lugar central. As áreas <strong>de</strong> actuaçãoda ZON requerem recursos humanos especializa<strong>do</strong>spara o fornecimento <strong>de</strong> produtos e serviços <strong>de</strong> consumoem entretenimento audiovisual, banda larga, voz fixa,voz móvel, distribuição e exibição cinematográfica.O quarto capítulo é <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> aos audiovisuais.Os conteú<strong>do</strong>s são o elemento que aglutina e dá suporteà oferta <strong>de</strong> serviços integra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> entretenimento e <strong>com</strong>unicaçõese constituem uma plataforma para publicida<strong>de</strong>flexível e segmentada.O quinto capítulo centra-se na autonomização da ZONe no seu contributo para a criação das bases <strong>de</strong>um merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações muito <strong>com</strong>petitivo.As vantagens <strong>do</strong> <strong>triple</strong> <strong>play</strong>, uma área em a ZON apresentao maior crescimento a nível europeu, reverteu embenefícios significativos no orçamento <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res.O sexto capítulo foca na a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong>gestão consistente e exaustiva centrada no cliente.Resultou na melhoria da satisfação <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r aosmais diversos níveis. Registam-se progressos notáveis naatenção ao cliente e também na própria experiência <strong>de</strong>consumo <strong>de</strong> televisão <strong>com</strong> a interface Íris.Para além <strong>do</strong> dia-a-dia <strong>do</strong>s negócios… é o tema <strong>do</strong>sétimo capítulo. A ZON <strong>de</strong>dica parte <strong>do</strong> seu esforçoà promoção da criativida<strong>de</strong>, à sustentabilida<strong>de</strong>e à solidarieda<strong>de</strong> social.As origens da ZON confun<strong>de</strong>m-se <strong>com</strong> a introdução <strong>do</strong>telefone, <strong>do</strong> cinema, da televisão temática e das tecnologiasdigitais em Portugal. O oitavo capítulo é umaperspectiva histórica da ZON em todas as vertentes dasua activida<strong>de</strong> no contexto da evolução tecnológica <strong>de</strong>cada uma <strong>de</strong>las.Agra<strong>de</strong>cimentosEste trabalho conta <strong>com</strong> o <strong>com</strong>petente contributo <strong>de</strong>profissionais da ZON a quem aqui se agra<strong>de</strong>ce: MarieClaire Abreu, Patrícia Brecha, Duarte Bruschy,Duarte Calheiros, Paulo Camacho, Serafim Carvão,Sónia Campos, Pedro Mota Carmo, Maria JoãoCarrapato, Isabel Correia, José Pedro Pereira da Costa,Rodrigo Costa, Miguel Garcia, Nuno Gonçalves, TomásPinto Gonçalves, Ricar<strong>do</strong> Jales, José Antunes João, LuísLopes, Irene Luís, Miguel Raposo Magalhães, Luís <strong>de</strong>Matos, Pedro Miranda, Luís Moura, José Navarro,Diogo Serras Pereira, Rui Pereira, Adriano Prates, SaúlRafael, Marta Raposo, Nuno Sanches, Manuel Sequeira,Francisco Fermoselle Silva, Lígia Silva, Maribel Silvestree Fernan<strong>do</strong> Ventura. Agra<strong>de</strong>cemos ainda a José ManuelCastello Lopes ter partilha<strong>do</strong> connosco a sua experiência<strong>de</strong> distribuição cinematográfica em Portugal.Também um agra<strong>de</strong>cimento pelo grafismo a PedroMorga<strong>do</strong>, Ricar<strong>do</strong> Teixeira, Sandra Rodrigues e RitaLoureiro, da Santa Fé Associates.Nuno Cintra TorresLisboa, 24 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 20115


SRUIMOÁ


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESABENEFÍCIO EMOCIONALA presença da ZON nos diversosmerca<strong>do</strong>s on<strong>de</strong> actua faz-se através<strong>de</strong> uma arquitectura <strong>de</strong> brand queengloba as marcas ZON TVCabo,ZON Fibra, ZON Phone, ZON Lusomun<strong>do</strong>Cinemas, ZON Lusomun<strong>do</strong>Audiovisuais, ZON Conteú<strong>do</strong>se ZON Lusomun<strong>do</strong> TV.A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> ZON está alicerçadanum brand <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em apenastrês anos e que hoje vale cerca <strong>de</strong>500 milhões <strong>de</strong> euros. O brand ZONafirmou-se <strong>com</strong>o uma proposta <strong>de</strong>valor e uma promessa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>que diferencia a oferta e que percorretoda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor e to<strong>do</strong>sos pontos <strong>de</strong> contacto <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r<strong>com</strong> o produto ou o serviço.O brand ZON representa uma i<strong>de</strong>ia,uma emoção, uma experiência <strong>de</strong>consumi<strong>do</strong>r, uma posição única nomerca<strong>do</strong>. A estratégia <strong>de</strong> brand daZON emana <strong>de</strong> um sistema criativoholístico, coeso, ancora<strong>do</strong> emconhecimento profun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res,suporta<strong>do</strong> por uma visãoe por uma promessa <strong>de</strong> valor quese traduz num benefício emocionalpara o consumi<strong>do</strong>r. Com ZONa vida não é a mesma coisa. É maisvida.8


O esforço <strong>de</strong> valorização <strong>do</strong> brandZON foi confirma<strong>do</strong> pela consultoraBrand Finance ao atribuir-lhea classificação AAA. É a únicamarca, <strong>de</strong> um lote <strong>de</strong> 40 empresasportuguesas, <strong>com</strong> esta classificação,o que reflecte a sua <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>e soli<strong>de</strong>z no merca<strong>do</strong>.A ZON recebeu também o prémio<strong>de</strong> marca portuguesa <strong>de</strong> valor emPortugal, um galardão basea<strong>do</strong> noestu<strong>do</strong> “Top Portuguese LeagueTable”. No sector das tele<strong>com</strong>unicações,a ZON surge <strong>com</strong>o a segundamarca nesta listagem <strong>com</strong> o brandavalia<strong>do</strong> em 472 milhões <strong>de</strong> euros.DIVERSIDADE E QUALIDADEEm Portugal, o sector culturale criativo é um <strong>do</strong>s mais dinâmicos.Tem cresci<strong>do</strong> sustentadamente<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. Representa 2.8 porcento <strong>do</strong> Valor Acrescenta<strong>do</strong> Bruto(3,391 milhões <strong>de</strong> Euros) e 2.6 porcento <strong>do</strong> emprego (127,079 pessoas) 4 .O valor <strong>de</strong>ste sector na economiatem si<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong> a par <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sector dasTIC 5 . Parte significativa da activida<strong>de</strong>da ZON insere-se neste sector,que inclui o consumo <strong>de</strong> entretenimento,informação e cultura. Árearelevante é o pay TV e respectivoconsumo <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> televisão.Hoje, cerca <strong>de</strong> 70 por cento <strong>do</strong>slares subscrevem os serviços <strong>de</strong> umopera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> pay TV. Des<strong>de</strong> há umadécada que a ZON é o mais importantedistribui<strong>do</strong>r <strong>de</strong> entretenimentoe informação audiovisual aos consumi<strong>do</strong>resportugueses. Com cerca<strong>de</strong> 1,6 milhões <strong>de</strong> clientes,a ZON tem 64 por cento da quota <strong>do</strong>merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> TV por subscrição, ouseja, aproximadamente 4,5 milhões<strong>de</strong> pessoas.A digitalização da base <strong>de</strong> clientes<strong>de</strong> TV por subscrição tem si<strong>do</strong> umaárea <strong>de</strong> particular enfoque. Permiteà ZON ampliar a capacida<strong>de</strong> dare<strong>de</strong>, oferecer mais quantida<strong>de</strong>e qualida<strong>de</strong> e uma experiência <strong>de</strong>TV mais interessante e interactiva,traduzin<strong>do</strong>-se em maiores níveis <strong>de</strong>satisfação <strong>do</strong> cliente. No final <strong>de</strong>2010, a proporção da base <strong>de</strong> clientesque dispunha <strong>de</strong> serviços digitaisera superior a 81 por cento.Cada vez mais, os consumi<strong>do</strong>resquerem diversida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>na sua televisão. A oferta da ZONtem si<strong>do</strong> regularmente ampliada.Inclui 141 canais generalistas e umagran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais temáticos– informativos, <strong>de</strong>sportivos, culturais,musicais, infantis, <strong>de</strong> cinema,etc. A televisão em alta <strong>de</strong>finição(HD) continua a ser central na estratégia<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s da ZON, queli<strong>de</strong>ra o merca<strong>do</strong> <strong>com</strong> 20 canais.A ZON é o opera<strong>do</strong>r mais bemcoloca<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> para respon<strong>de</strong>rà crescente procura <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s,<strong>de</strong>signadamente <strong>com</strong>o resulta<strong>do</strong> dasrelações históricas <strong>com</strong> os principaisfornece<strong>do</strong>res, tão antigas quantoa activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong>cinema em Portugal, e da capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> distribuição para sofistica<strong>do</strong>sdispositivos <strong>de</strong> consumo para o lar.Essa procura é satisfeita pelo trio <strong>de</strong>equipamentos e serviços da ZONconstituí<strong>do</strong> pelo High Definition Television(HD ou HDTV) Digital Vi<strong>de</strong>oRecor<strong>de</strong>r (ZON Box HDTV DVR)e Vi<strong>de</strong>oclube (Vi<strong>de</strong>o on Demand ou VoD),conteú<strong>do</strong>s a pedi<strong>do</strong>, que disponibilizamexcelente qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imageme som e conveniências várias, <strong>com</strong>ofacilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gravação e escolha <strong>de</strong>títulos <strong>de</strong> cinema. O total <strong>de</strong> ZONBoxes ascen<strong>de</strong> a mais <strong>de</strong> 815 mil,4 Ministério da Cultura, Augusto Mateus & Associa<strong>do</strong>s, “O Sector Cultural e Criativo em Portugal”, 1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 20105 Emília, T., Vergil, .V. Mónica, T., “The Impact of Cultural-Creative Industries on the Economic Growth – AQuantitative Approach”, Aca<strong>de</strong>my of Economic Studies, Bucarest


59%NO FINAL DE 2010,MAIS DE 690 MIL CLIENTESSUBSCREVIAM SERVIÇOSDE BANDA LARGA DA ZON,ELEVANDO A PENETRAÇÃONA BASE DE CABO PARA MAISDE 59 POR CENTOE REPRESENTANDO CERCADE METADE DO TRÁFEGO DEBANDA LARGA FIXADA INTERNET.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESANo final <strong>de</strong> 2010, mais <strong>de</strong> 690 milclientes subscreveram serviços <strong>de</strong>banda larga da ZON, elevan<strong>do</strong>a penetração na base <strong>de</strong> cabo paramais <strong>de</strong> 59 por cento e representan<strong>do</strong>cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> tráfego <strong>de</strong>banda larga da Internet.Com mais <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> casaspassadas, a ZON tem hoje a dimensão<strong>de</strong> um opera<strong>do</strong>r global <strong>de</strong>tele<strong>com</strong>unicações. A infra-estruturajá oferece velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>do</strong>wnload<strong>de</strong> 360 Mbps a mais <strong>de</strong> 2,4 milhões<strong>de</strong> casas e 1 Gbps em alguns locais.Entretanto, está a <strong>de</strong>correra migração da totalida<strong>de</strong> da oferta<strong>de</strong> televisão para a alta <strong>de</strong>finiçãoe para a oferta <strong>de</strong> televisão 3D,a que se soma, na próxima década,a introdução da televisão SuperHD 11 . Esta tendência, aliada ao<strong>de</strong>sejo <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res em fruir<strong>do</strong>s seus conteú<strong>do</strong>s on<strong>de</strong> querem,<strong>com</strong>o e quan<strong>do</strong> querem, só po<strong>de</strong>ráser respondida <strong>com</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>com</strong>capacida<strong>de</strong> Gigabit.Respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a esta projecção daprocura, a ZON afirmou-se <strong>com</strong>oo cataliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> crescimento dabanda larga em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nova geração,disponibilizan<strong>do</strong> a melhore maior re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alto débito emPortugal 12 .Este movimento respon<strong>de</strong> à previsão<strong>de</strong> que a maior parte da<strong>com</strong>unicação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, na or<strong>de</strong>m<strong>do</strong>s 70 por cento, se fará pelas re<strong>de</strong>sfixas, <strong>com</strong> o contributo <strong>de</strong> hotspotsWi-fi, tecnologia em que a ZONestá na vanguarda <strong>com</strong> a rápida expansão<strong>do</strong> serviço gratuito ZON@FON que já alcançou 300 mil pontos<strong>de</strong> acesso activos 13 .A oferta da ZON foi <strong>com</strong>plementadaem 2007 <strong>com</strong> serviço telefónico.Tem si<strong>do</strong> o único opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> vozfixa a registar crescimento relevanteno merca<strong>do</strong>, o que revela ter toca<strong>do</strong>no ponto crítico <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong>que não estava a ser servi<strong>do</strong>a<strong>de</strong>quadamente, quer em serviço,quer em preço. A ZON é o segun<strong>do</strong>maior opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> voz fixa <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2009.A base <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> serviço fixotelefónico continua a aumentar, <strong>com</strong>mais <strong>de</strong> 775 mil subscritores, o querepresenta uma penetração da base<strong>de</strong> subscritores <strong>de</strong> cabo na or<strong>de</strong>m<strong>do</strong>s 65 por cento no final <strong>de</strong> 2010.Em 2010, a ZON elevou-se aogrupo <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> caboeuropeus lí<strong>de</strong>res em <strong>triple</strong> <strong>play</strong>.É o opera<strong>do</strong>r que regista o ritmo<strong>de</strong> crescimento mais forte na venda<strong>de</strong> pacotes <strong>de</strong> serviços. Este pacote<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser para asfamílias portuguesas apenas umbem aspiracional para passar a serum serviço universalmente acessívele indispensável à vida.Completan<strong>do</strong> a sua qualida<strong>de</strong> <strong>com</strong>ofornece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicaçõese entretenimento, em 2008, o <strong>triple</strong><strong>play</strong> da ZON passou a quadruple<strong>play</strong> <strong>com</strong> o lançamento <strong>de</strong> umMVNO (opera<strong>do</strong>r móvel virtual).10 Lee Suk-Chae, Korea Tele<strong>com</strong>, BBC, Outubro 201011 Super HD tem 16 vezes mais pixels que a HD e aversão <strong>com</strong>primida requer 24 Gigabits por segun<strong>do</strong>12 ANACOM Outubro 201013 Outubro 201010


INTRODUÇÃOPROCESSO SECULAR,OS MELHORES CONTEÚDOSA ZON Lusomun<strong>do</strong> Cinemase a ZON Lusomun<strong>do</strong> Audiovisuaisremetem a sua origem aos primórdios<strong>do</strong> cinema em Portugal. A longahistória <strong>de</strong> algumas das mais antigasempresas <strong>de</strong> distribuição e exibição<strong>de</strong> filmes em Portugal faz hoje parte<strong>do</strong> património da ZON, resulta<strong>do</strong><strong>de</strong> um progressivo processo <strong>de</strong>consolidação secular, conferin<strong>do</strong>à ZON uma relação privilegiada<strong>com</strong> os principais fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s audiovisuais.Num contexto económico difícil,o cinema continua a ser uma dasformas <strong>de</strong> entretenimento maisacessível. Os quase 400 mil lugaresdas 217 salas ZON Lusomun<strong>do</strong>, dasquais cerca <strong>de</strong> um terço equipadas<strong>com</strong> sistema <strong>de</strong> exibição 3D, em 30unida<strong>de</strong>s por to<strong>do</strong> o país, ocupan<strong>do</strong>mais <strong>de</strong> 100 mil m2, levaram aocinema mais <strong>de</strong> nove milhões <strong>de</strong>pessoas em 380 mil sessões em2010.Lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, a ZON Lusomun<strong>do</strong>é a empresa pioneira naintrodução <strong>de</strong> plataformas digitaisnas salas <strong>de</strong> cinema, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>o primeiro opera<strong>do</strong>r europeua introduzir o sistema 3D Digital.A digitalização da projecção <strong>de</strong>filmes trouxe uma sucessão <strong>de</strong> benefícios:ecológicos, por ser menospoluente; promoveu a empregabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> pessoas <strong>com</strong> maiores qualificações;e facilitou, pelos custos <strong>de</strong>“A DIGITALIZAÇÃODA PROJECÇÃO DEFILMES TROUXEUMA SUCESSÃODE BENEFÍCIOS:ECOLÓGICOS, POR SERMENOS POLUENTE;PROMOVEUA EMPREGABILIDADEDE PESSOASCOM MAIORESQUALIFICAÇÕES;E FACILITOU,PELOS CUSTOSDE PRODUÇÃOINFERIORES,A EXIBIÇÃO DEMAIS PRODUTOAUDIOVISUALNACIONAL.”produção inferiores, a exibição <strong>de</strong>mais produto audiovisual nacional.Por outro la<strong>do</strong>, a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>exibição <strong>de</strong> cinema tem um notávelefeito na envolvente <strong>com</strong>ercial dassalas. Situan<strong>do</strong>-se a maioria <strong>do</strong>scinemas ZON Lusomun<strong>do</strong> nos maisimportantes centros <strong>com</strong>erciais <strong>de</strong>Portugal, as salas são umdinamiza<strong>do</strong>r e polariza<strong>do</strong>r <strong>de</strong>tráfego indispensável a alguns sectores<strong>de</strong> activida<strong>de</strong> <strong>com</strong>ercial.No que respeita ao fornecimento <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s, a ZON Lusomun<strong>do</strong> Audiovisuaisocupa o primeiro lugar.O seu crescimento é sustenta<strong>do</strong> emparcerias <strong>com</strong> as mais prestigiadasmarcas <strong>de</strong> distribuição cinematográficae vi<strong>de</strong>ográfica, asseguran<strong>do</strong>a activida<strong>de</strong> grossista <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s(negociação, aquisição, agregaçãoe revenda).O grupo ZON <strong>de</strong>tém tambémparticipações em empresas proprietárias<strong>de</strong> canais <strong>de</strong> TV por subscrição,<strong>com</strong>o a Sport TV (50 porcento) e Dreamia (50 por cento).Adicionalmente, a ZON Conteú<strong>do</strong>sassegura a gestão <strong>de</strong> programaçãoe publicida<strong>de</strong> no serviço <strong>de</strong> TV porsubscrição.Os canais pay TV oferecem umaplataforma flexível e segmentada,<strong>com</strong> enorme potencial para publicida<strong>de</strong>dirigida a segmentos específicos,optimizan<strong>do</strong> o investimentopublicitário. Em Portugal aguarda--se a instalação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAmedição <strong>de</strong> audiências inova<strong>do</strong>re a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à medição <strong>do</strong> <strong>com</strong>plexouniverso multicanal.EMPREGO, SUSTENTABILIDADE,CRIATIVIDADEA ZON é um importante emprega<strong>do</strong>r.Gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s seus 1622colabora<strong>do</strong>res directos actua emtecnologias <strong>de</strong> ponta. Além disso,contribui para o emprego indirecto<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> sete mil pessoas emresulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> contratos em áreasdiversas, <strong>com</strong>o a engenharia <strong>de</strong>instalação, vendas ou serviço aocliente em call centres. No total, porano, são introduzi<strong>do</strong>s na economiacerca <strong>de</strong> 180 milhões <strong>de</strong> euros pagosem <strong>com</strong>pensação pelo trabalho.A sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> negócioa longo prazo é um elemento crucialem toda a activida<strong>de</strong> da ZON e daqual advêm numerosos e crescentescontributos para a socieda<strong>de</strong> – novasprofissões, mais emprego, maisimpostos pagos ao Esta<strong>do</strong>, maistaxas pagas às autarquias.Para além da digitalização da exibiçãocinematográfica, que resultaem menor poluição, a ZON actuasobre a <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> ambiente atravésda a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> <strong>com</strong>portamentosambientais por parte <strong>do</strong>s seus colabora<strong>do</strong>rese fornece<strong>do</strong>res, pelo quea aplicação <strong>de</strong> normas ambientaisse esten<strong>de</strong> da ZON às empresasque contrata – redução <strong>de</strong> consumoenergético, gestão <strong>de</strong> resíduose <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios.Também a minimização <strong>do</strong>s tempos<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação tem um importanteimpacto ambiental. Em resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>uma boa localização das instalações,perto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s eixos intermodais,cerca <strong>de</strong> 75 por cento <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>resda ZON utilizam os transportespúblicos para ace<strong>de</strong>r ao local<strong>de</strong> trabalho.A contribuição da ZON em impostose taxas entregues ao Esta<strong>do</strong>é relevante. O IVA entregue ascen<strong>de</strong>ua 28,9 milhões em 2009. Alémdisso, a ZON pagou em taxas diversas(regulação, autarquias) cerca <strong>de</strong><strong>do</strong>is milhões <strong>de</strong> euros.A abertura <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>sprofissionais a novas <strong>com</strong>petênciasreflecte-se no <strong>de</strong>senvolvimentoactivo <strong>de</strong> parcerias <strong>com</strong> instituições<strong>de</strong> ensino nacionais e estrangeiras.Além disso, a empresa <strong>de</strong>senvolveum programa <strong>de</strong> procurae encorajamento <strong>de</strong> novos talentospremian<strong>do</strong> a criativida<strong>de</strong> multimédia.Após três edições, o PrémioZON Criativida<strong>de</strong> em Multimédiaafirmou-se <strong>com</strong>o o mais prestigia<strong>do</strong>na sua área.INTERNACIONALIZAÇÃOEm 2009, a ZON <strong>de</strong>u início a umaampla estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> operações no continenteafricano. Em Angola, a ZONparticipa na joint venture 14 que operao serviço ZAP <strong>de</strong> TV por subscriçãoatravés <strong>do</strong> satélite W7 da Eutelsat.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio é semelhanteao que a ZON <strong>de</strong>senvolve em Portugal.A principal equipa <strong>de</strong> gestãoopera a partir <strong>de</strong> Luanda.Esta activida<strong>de</strong> amplia para além--fronteiras o alcance da ZONatravés da exportação <strong>de</strong> know how,estimula a produção <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>sem língua portuguesa e potenciaa linha industrial <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s em canais pay TV.E, PARA ALÉM DO DIA-A-DIADOS NEGÓCIOSA ZON procura <strong>com</strong> atençãoajudar <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e instituiçõesnão lucrativas <strong>de</strong> apoio social.14 30 por cento <strong>de</strong>ti<strong>do</strong>s pela ZON Multimédia e 70 por cento pela SOCIP – Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Investimentos e Participações S.A.11


INTRODUÇÃOImpactos puramente económicos em 2010872M EUROs impactos puramenteeconómicos da ZON incluema rubrica Receitas, queincorpora as operações <strong>de</strong> payTV, a participação na Sport TV,a distribuição <strong>de</strong> audiovisuaise <strong>de</strong> cinemas.CAPEX248MEURValor <strong>de</strong> introduçãona economia <strong>de</strong><strong>com</strong>pensação pelotrabalho, incorporan<strong>do</strong>emprego directoe indirecto.180MEURDa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 200911,2M EURSegurança Social14,5M EUREntregas a título <strong>de</strong> IRS28,9M EURIVA entregue ao Esta<strong>do</strong>4,4M EURDireitos <strong>de</strong> autor2M EURTaxas diversas (regulação, autarquias)


B E N E F ÍC I O S D AST I C EDAB A ND ALA R GE C O N OAPARAAM I AP ORET U G US A


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAPortugal dispõe hoje <strong>de</strong> umainfra-estrutura <strong>de</strong> bandalarga das mais avançadas<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O contributo daZON para colocar o País navanguarda da tecnologiae da inovação empresarialé notável. Os benefícios dasTIC e da banda larga parao crescimento da produtivida<strong>de</strong>e da economia estãoamplamente <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s.Todavia, há <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s sistémicasque precisam <strong>de</strong> serresolvidas para alavancaro crescimento da economiano potencial instala<strong>do</strong>.Também aí a ZON procuradar o seu contributo. Comuma quota <strong>de</strong> <strong>de</strong>z por cento<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações(das receitas totaisdas empresas <strong>do</strong> sector <strong>de</strong>tele<strong>com</strong>unicações incluin<strong>do</strong>fixo e móvel, 2009)a activida<strong>de</strong> ZON coloca-ana primeira linha das megatendênciassociais, <strong>de</strong>mográficase culturais que estãoa formatar a economiamundial.MUNDO ZONÉ significativo o contributo da ZON, directo e indirecto,para a economia digital portuguesa. O spill over daactivida<strong>de</strong> da ZON exerce-se em particular no sector<strong>do</strong>s serviços, o sector mais promissor para o <strong>de</strong>senvolvimentodas economias avançadas.Basean<strong>do</strong>-se em tecnologias avançadas <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação– re<strong>de</strong>s e <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res – a activida<strong>de</strong> da ZONrepercute-se por toda a economia, em particular emalguns <strong>do</strong>s sectores que po<strong>de</strong>m oferecer maiores ganhos<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> na Europa – o retalho e a venda porgrosso 15 .A ZON encerrou 2010 <strong>com</strong> 690 mil clientes <strong>de</strong> bandalarga, um crescimento <strong>de</strong> 13 por cento quan<strong>do</strong> <strong>com</strong>para<strong>do</strong><strong>com</strong> o ano <strong>de</strong> 2009, que correspon<strong>de</strong> a umaquota <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> superior a 30 por cento. No primeirosemestre <strong>de</strong> 2009, a ZON lançou uma nova marca paraos seus serviços <strong>de</strong> nova geração. ZON Fibra foi<strong>de</strong>senhada para transmitir a qualida<strong>de</strong> superior e asfuncionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviço fornecidas pela re<strong>de</strong> ZON.A re<strong>de</strong> híbrida fibra-coaxial (HFC) da ZON cobre mais<strong>de</strong> 3 milhões <strong>de</strong> lares em Portugal sobre a qual disponibilizapacotes <strong>triple</strong> <strong>play</strong>, que incluem velocida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> navegação <strong>de</strong> 50 Mbps e 100 Mbps. No terceirotrimestre <strong>de</strong> 2009, a ZON foi o primeiro opera<strong>do</strong>r europeu,e o terceiro opera<strong>do</strong>r a nível mundial, a lançar ofertasresi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong> 360 Mbps e 1 Gbps, dadas as característicassuperiores da re<strong>de</strong> ZON e o avança<strong>do</strong> esta<strong>do</strong>da instalação <strong>do</strong> protocolo EURODOCSIS 3.0 16 .15 “The Economist” 19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 201016 EURODOCSIS: Variante Europeia <strong>de</strong> Data Over Cable System InterfaceSpecificantion13


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESA“BASEANDO-SEEM TECNOLOGIASMUNDO INTERNETA União Internacional <strong>de</strong> Tele<strong>com</strong>unicações(UIT) consi<strong>de</strong>ra quea banda larga po<strong>de</strong> funcionar <strong>com</strong>ocatalisa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>sacessos à Internet, o que parece serconfirma<strong>do</strong> pelo forte crescimento<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> acesso no último ano.Por outro la<strong>do</strong>, a UIT assinala queo preço <strong>do</strong>s serviços associa<strong>do</strong>s àstecnologias <strong>de</strong> informaçãoe <strong>com</strong>unicação tem vin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>scernos últimos anos.No final <strong>de</strong> 2010, a taxa <strong>de</strong> penetraçãoda banda larga alcançará ovalor <strong>de</strong> 8 por cento a nível mundial.Contu<strong>do</strong>, os países em<strong>de</strong>senvolvimento, <strong>com</strong> 4.4 porcento, ainda estão distantes <strong>do</strong>s 24.6por cento <strong>do</strong>s países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s17 .O número <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>res da Internetduplicou nos últimos cinco anose vai ultrapassar a marca <strong>do</strong>s <strong>do</strong>ismil milhões no final <strong>de</strong> 2010, <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o estu<strong>do</strong> da UIT, querevela que o total <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res<strong>com</strong> acesso à Internet em casa cresceu14.3 por cento face ao ano passa<strong>do</strong>,subin<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1,4 mil milhões,em 2009, para 1,6 mil milhões, em2010.Até ao final <strong>de</strong> 2010, 71 por centoda população nos países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>sterão acesso à Internet enquantonos países em <strong>de</strong>senvolvimento essevalor será <strong>de</strong> 21 por cento. Nospaíses <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, 65 por centodas pessoas têm acesso à Internetem casa, valor que cai para apenas13.5 por cento <strong>do</strong>s cidadãos <strong>do</strong>spaíses em <strong>de</strong>senvolvimento, on<strong>de</strong>o acesso à Internet nas escolas, notrabalho e locais públicos é fundamental.Em termos regionais, asdiferenças são significativas: 65 porcento <strong>do</strong>s europeus estão na Internet,contra apenas 9.6 por cento <strong>do</strong>safricanos.AVANÇADAS DECOMUNICAÇÃO– REDES ECOMPUTADORES –A ACTIVIDADE DA ZONREPERCUTE-SE PORTODA A ECONOMIA,EM PARTICULAREM ALGUNS DOSSECTORES QUEPODEM OFERECERMAIORES GANHOS DEPRODUTIVIDADE NAEUROPA – O RETALHOE A VENDA PORGROSSO.”17 União Internacional <strong>de</strong> Tele<strong>com</strong>unicações (UIT), ‘’The World in 2010: ICT facts and figures’’.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAPenetração <strong>de</strong> Internet na Europa, Junho 2010Fonte: União Internacional <strong>de</strong> Tele<strong>com</strong>unicaçõesUTILIZADORESPaís4,5MFinlândia51,4MReinoUni<strong>do</strong>4,8MDinamarca14,9MHolanda8,4MSuécia65,1MAlemanha8,1MBélgica6,1MÁustria5,2MPortugal44,6MFrança24,9MEspanha48,1% 54% 68,9% 74,8% 77,8% 79,1%PortugalEspanha França Áustria Bélgica Alemanha82,5% 85,3% 86,1% 88,6% 92,5%Reino Uni<strong>do</strong> Finlândia Dinamarca Holanda Suécia14


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESAECONOMIA DIGITALA Agenda Digital Europeia inci<strong>de</strong>sobre as seguintes áreas: infra--estruturas; uso avança<strong>do</strong> da Internetaberta; segurança e confiança;direitos <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res digitais;merca<strong>do</strong> único digital; serviços públicosdigitais; reforço da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong><strong>do</strong> sector das tecnologias <strong>de</strong>informação e <strong>com</strong>unicação (TIC)na Europa; dimensão internacionalda agenda digital; avaliação <strong>do</strong>sprogressos.No que se refere às infra-estruturas,preconiza-se a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> medidasque visam o objectivo <strong>de</strong> 100 porcento <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> banda largaaté 2013 e a implementação generalizada<strong>de</strong> banda larga <strong>de</strong> altavelocida<strong>de</strong> até 2020. Outras acçõessão a promoção <strong>de</strong> serviços digitaisinova<strong>do</strong>res, basea<strong>do</strong>s em tecnologiassem fios, bem <strong>com</strong>o a a<strong>do</strong>pção <strong>do</strong>programa europeu <strong>de</strong> política <strong>do</strong> espectro,<strong>com</strong> o objectivo <strong>de</strong> garantiro seu uso eficiente.A Economia Digital Europeiapreten<strong>de</strong>-se inteligente, forte,sustentável e inclusiva através dapromoção <strong>do</strong> uso extenso das TICna educação e formação, <strong>de</strong>signadamenteatravés <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s interactivose na promoção da literaciadigital, em particular nas pequenase médias empresas (PME).Outras áreas prioritárias paraa UE são serviços abertos <strong>com</strong>oo eSaú<strong>de</strong> e o eGoverno. Defen<strong>de</strong>-sea utilização sistemática das TIC naabordagem <strong>de</strong> mudanças societais,climáticas e no envelhecimento.Defen<strong>de</strong>-se a cloud <strong>com</strong>puting (“<strong>com</strong>putaçãona nuvem”) para obterganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, eficiênciae ambientais, em particular pororganismos públicos, por negóciose <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s.ESTUDOS SOBRE OS EFEITOS DASTIC E BANDA LARGAO impacto económico das TIC foiamplamente estuda<strong>do</strong> nos EUA.Todavia, ainda há pouca investigaçãosobre o efeito da banda larga.Os efeitos <strong>de</strong>stas tecnologias sãoo tema da investigação da BrookingsInstitution “The Effects of BroadbandDeployment on Output andEmployment: A Cross-SectionalAnalysis of U.S. Data” 18 que aquiresumimos a título <strong>de</strong> referência.Este clássico confirma anterior investigaçãosobre o impacto das TICe da banda larga na economia e nasempresas.Também aqui se refere a projecção“The Economic and Social Impactof Next Generation High SpeedBroadband – Key challenges an<strong>do</strong>pportunities” 19 <strong>do</strong> Boston ConsultingGroup para a APDC queconfirma as sugestões <strong>de</strong> Crandallet al. sobre os sectores da economia,neste caso a portuguesa, que maispo<strong>de</strong>m beneficiar <strong>do</strong> investimentona infra-estrutura <strong>de</strong> banda larga.Finalmente, faz-se referência aorecente estu<strong>do</strong> “Connectivity ScorecardBroadband Impact Study” 20da LECG para a Nokia Siemensque avalia o que consi<strong>de</strong>ra sero “verda<strong>de</strong>iro” impacto económico<strong>do</strong> investimento em banda larga emvez <strong>do</strong> critério clássico da penetração,velocida<strong>de</strong> ou preço, em 15países, entre os quais Portugal.18 Crandall, R., Lehr, W., Litan, R. em “Issues in Economic Policy”, Brookings Institution, Julho 200719 BCG, ibi<strong>de</strong>m20 LECG para Nokia Siemens Networks


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA“A ECONOMIA DIGITALEUROPEIA PRETENDE--SE INTELIGENTE,FORTE, SUSTENTÁVELE INCLUSIVA ATRAVÉSDA PROMOÇÃO DOUSO EXTENSO DAS TICNA EDUCAÇÃOE FORMAÇÃO,DESIGNADAMENTEATRAVÉS DECONTEÚDOSINTERACTIVOSE NA PROMOÇÃO DALITERACIA DIGITAL,EM PARTICULAR NASPEQUENAS E MÉDIASEMPRESAS (PME).”CRESCIMENTO DO PIBEm “The Effects of BroadbandDeployment on Output and Employment”Crandall et al. afirmamque, nos anos 90, os economistasBrynjolfsson e Hitt, (1996) e Lehre Lichtenberg (1999) observarambenefícios significativos das TIC.Jorgenson (2001) estimou que asTIC adicionavam 1.18 pontospercentuais ao crescimento <strong>do</strong> PIBe que eram responsáveis por <strong>do</strong>isterços <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> factor <strong>de</strong>produtivida<strong>de</strong> total, durantea segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s anos 90,e isto num momento que as TIC representavammenos <strong>de</strong> 5 por cento<strong>do</strong> stock <strong>de</strong> capital.Oliner e Sichel (2000) estimaramque 56 por cento <strong>do</strong> aumento daprodutivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> 1996a 1999 podia ser atribuí<strong>do</strong> às TIC.Em resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas observações,as TIC receberam o crédito <strong>de</strong> terrevigora<strong>do</strong> o crescimento da produtivida<strong>de</strong>após 1995.Em 2000, a recessão que se seguiuà expansão Dot.<strong>com</strong> teve impactonas TIC e questionou se os ganhosanteriores na eficiência produtivanão seriam afinal um fenómeno isola<strong>do</strong>.Estu<strong>do</strong>s recentes <strong>de</strong> Jorgenson,Ho e Stiroh (2007) revelaram que,embora o contributo das TIC sejamenor, continuam a contribuir pararetorno exce<strong>de</strong>ntário sobre o capitalinvesti<strong>do</strong>.A literatura mo<strong>de</strong>rna sobre osimpactos das TIC reconhece que,embora possa ter benefícios importantes,a realização <strong>do</strong>s benefícios<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>o as TIC são usadase <strong>de</strong> quais os inputs <strong>com</strong>plementares,tais <strong>com</strong>o a presença <strong>de</strong>mão-<strong>de</strong>-obra especializada e capitalorganizacional.Por exemplo, Autor, Levy e Murnane(2003) <strong>de</strong>monstraram que os <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>respo<strong>de</strong>m ter efeitos diferentesem diferentes tipos <strong>de</strong> trabalhoe trabalha<strong>do</strong>res. Byrnjolffson e Yang(1997) apresentaram provas <strong>de</strong> quea realização <strong>do</strong>s benefícios das TIC<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong> capital organizacional(“activos intangíveis”). Também háexemplos (Canadá) <strong>de</strong> que uma utilizaçãomais intensa das TIC resultaem maiores benefícios.15


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESAMAIS INOVAÇÃO,MAIS BENEFÍCIOSNo que respeita às empresas,Koellinger (2006) <strong>de</strong>monstra que asorganizações que utilizam as TIC<strong>com</strong> maior intensida<strong>de</strong> são tambémas que mais inovam, resultan<strong>do</strong> emmaiores benefícios spill over e ganhos<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.Por exemplo, Roller and Waverman(2001) analisaram o crescimento <strong>de</strong>21 países da OCDE e constataramque cerca <strong>de</strong> um terço <strong>do</strong> crescimento<strong>do</strong> PIB per capita (0.59 <strong>de</strong>1.96 por cento da taxa <strong>de</strong> crescimentoanual) podia ser atribuí<strong>do</strong> aoinvestimento na infra-estrutura <strong>de</strong>tele<strong>com</strong>unicações.Segun<strong>do</strong> Roller e Waverman,o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>stes investimentos emtele<strong>com</strong>unicações produzem um retornoque exce<strong>de</strong> o <strong>de</strong> investimentosnoutras formas <strong>de</strong> infra-estrutura.Outros analistas referem da<strong>do</strong>ssemelhantes. Yildmaz e Dinc (2002)afirmam que a infra-estrutura emtele<strong>com</strong>unicações nos EUA promoveo crescimento da produtivida<strong>de</strong>em sectores <strong>de</strong> serviços.Porque os benefícios da banda larga– tal <strong>com</strong>o os das TIC nos seusmomentos iniciais – <strong>de</strong>morarãoa revelar-se, ainda há poucosestu<strong>do</strong>s que estimem o impactoeconómico da banda larga. Algumainvestigação tem procura<strong>do</strong> projectaros benefícios da banda larga nofuturo. Por exemplo, Crandalle Jackson (2001) estimaram que, nosEUA, a instalação ubíqua <strong>de</strong> bandalarga po<strong>de</strong> resultar num crescimentoeconómico <strong>de</strong> 500 mil milhões <strong>de</strong>dólares.Lehr, Gillett, Sirbu e Osorio (2005)estimaram que as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s<strong>com</strong> banda larga verificaram maiorcrescimento <strong>do</strong> emprego, <strong>de</strong>signadamenteestu<strong>do</strong>s sobre empresasem vários países da OCDE, <strong>com</strong>oos <strong>de</strong> Zeed e Hagen (2005) feitos naSuécia e os que foram feitos parao ministério da Ciência, Tecnologiae Inovação (2005) da Dinamarca.A investigação empírica <strong>de</strong> Crandallet al. sobre a penetração <strong>de</strong> bandalarga a nível estadual nos EUA sugereque o emprego está fortemente relaciona<strong>do</strong><strong>com</strong> a presença <strong>de</strong> bandalarga, particularmente em algunssectores <strong>de</strong> serviços <strong>com</strong>o a finança,a educação e a saú<strong>de</strong>. Surpreen<strong>de</strong>ntemente,até o emprego na manufacturaparece estar relaciona<strong>do</strong> <strong>com</strong>a penetração <strong>de</strong> banda larga.Aquela estimativa revela que ocrescimento <strong>de</strong> um ponto percentual– equivalente a cerca <strong>de</strong> trêsmilhões <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> banda larga– está associa<strong>do</strong> a quase mais 300mil postos <strong>de</strong> trabalho, assumin<strong>do</strong>--se que a economia não está já empleno emprego.O efeito no crescimento da produçãoé menos preciso, mas <strong>de</strong> novo, osefeitos estatisticamente significativosda penetração <strong>de</strong> banda largaaparecem concentra<strong>do</strong>s nos serviços.Este resulta<strong>do</strong> é consistente<strong>com</strong> a investigação que <strong>de</strong>monstrouo efeito <strong>do</strong> investimento em TIC,na produção e na produtivida<strong>de</strong> <strong>do</strong>sector <strong>do</strong>s serviços.Segun<strong>do</strong> Crandall, os benefíciosindirectos da banda larga na criação<strong>de</strong> emprego serão talvez os maissignificativos. Novas aplicações(apps) para smartphones, instituiçõesacadémicas que utilizam bandalarga cada vez mais rápida paramelhorarem a experiência educacional,serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> classemundial proporciona<strong>do</strong>s a zonas<strong>de</strong>sprovidas, empresas adquirin<strong>do</strong>a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar negócios,en<strong>com</strong>endar, fabricar e distribuirprodutos em qualquer lugar, paraqualquer lugar.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAPenetração <strong>de</strong> banda larga e PIB per capitaFonte: OCDE051015202530ISLÂNDIACOREIA DO SULHOLANDAPIB por capital(USD PPP, 2004)DINAMARCASUÍÇAFINLÂNDIANORUEGACANADÁPenetração<strong>de</strong> banda larga(subscritorespor 100 habitantes)SUÉCIABÉLGICAJAPÃOE.U.A.REINO UNIDOCorrelação simples= 0.598FRANÇALUXEMBURGOÁUSTRIAAUSTRÁLIAALEMANHAITÁLIAESPANHAPORTUGALNOVA ZELÂNDIAIRLANDAREPÚBLICA CHECAHUNGRIAESLOVÁQUIAPOLÓNIAMÉXICOTURQUIAGRÉCIA010 00020 00030 00040 00050 00060 00016


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESAPenetração <strong>de</strong> banda larga e PC em 15 países da OCDEFonte: OCDE0204060 80 100GRÉCIALinha BL (por 110 pop.)PORTUGALESPANHAITÁLIABÉLGICATIC baixaTIC médiaTIC altaScorecard <strong>de</strong>conectivida<strong>de</strong>FINLÂNDIAIRLANDAFRANÇAALEMANHAÁUSTRIAREINO UNIDOE.U.A.DINAMARCASUÉCIAHOLANDA


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESAVários países, <strong>com</strong>o a Coreia <strong>do</strong> Sul,relacionam directamente a sua <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>na economia global dainformação <strong>com</strong> o acesso às re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> nova geração (RNG). O relatórioIT839 coloca o crescimento dasindústrias exporta<strong>do</strong>ras coreanas nainfra-estrutura informacional, nosdispositivos e nos serviços.O relatório Digital Britain (Jun.2009) estabelece a meta <strong>de</strong> “assegurara posição <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong> <strong>com</strong>oum <strong>do</strong>s lí<strong>de</strong>res mundiais na economia<strong>do</strong> conhecimento” e o planoestratégico alemão abre <strong>com</strong> a frase:“As re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> banda larga <strong>de</strong> altavelocida<strong>de</strong>, que permitem a rápidatroca <strong>de</strong> informação e conhecimento,são cruciais para o crescimentoeconómico.”O entendimento da importância dabanda larga já permeou a socieda<strong>de</strong>.Se tivessem <strong>de</strong> cortar nas<strong>de</strong>spesas <strong>com</strong> tele<strong>com</strong>unicaçõese TV, mais <strong>de</strong> 40 por cento <strong>do</strong>sbritânicos cortaria em primeirolugar na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chamadas<strong>de</strong> telemóvel e apenas 18 por centocortaria a banda larga 22 .CRESCIMENTODA PRODUTIVIDADEO estu<strong>do</strong> “Connectivity ScorecardBroadband Impact Study” 23 avaliao que consi<strong>de</strong>ra ser o “verda<strong>de</strong>iro”impacto económico <strong>do</strong> investimentoem banda larga, em vez da clássicaavaliação <strong>de</strong> penetração, velocida<strong>de</strong>ou preço. O estu<strong>do</strong> sobre 15 países,entre os quais Portugal, confirmaque uma elevada penetração <strong>de</strong>banda larga aumenta significativamenteo crescimento da produtivida<strong>de</strong>nos países <strong>com</strong> intensida<strong>de</strong>média ou elevada <strong>de</strong> TIC.O estu<strong>do</strong> confirma o eleva<strong>do</strong> potencialda banda larga na criação <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s para crescimento daprodutivida<strong>de</strong> que estima po<strong>de</strong>r iraté aos 15 por cento. Mas, os maioresbenefícios <strong>de</strong> um ecossistemaavança<strong>do</strong> nas TIC resultam quan<strong>do</strong>ocorre vulgarização das tecnologiasTIC e a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> <strong>com</strong>petênciasno seu uso.“CADA DEZ NOVOSSUBSCRITORESDE BANDA LARGAEM CADA CEMHABITANTESCORRELACIONA NOSPAÍSES RICOS COM UMAUMENTO DE 1.21 PORCENTO DO PIB.”(FONTE: BANCOMUNDIAL)


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAContribuição da banda larga e das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nova geraçãopara a criação <strong>de</strong> riqueza 24Fonte: Comissão EuropeiaHISTORICAMENTE, A BANDA LARGA TEM UM EFEITO POSITIVO NO PIB (COMO % DO PIB, 2006)SITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE BANDA LARGA0,5%MENOS DESENVOLVIMENTO0,6%0,7%0,9%DESENVOLVIMENTO RÁPIDOGRANDES INDÚSTRIASCONHECIMENTO AVANÇADOESTUDOS SOBRE A INSTALAÇÃO DE RNG NO REINO UNIDO PREVÊEM BENEFÍCIOS DIRECTOS SUBSTANCIAIS40,000+2%2,000+1,2%30,00031,29660031,8961,5001,443 18 1,44320,00010,000TOTAL DE EMPREGO31/12/08EMPREGO CRIADODIRECTAMENTE PELASRNGEMPREGO DEPOIS1,000500PIB 31/12/08IMPACTO RNGPIB DEPOIS0 022 Of<strong>com</strong>, Reino Uni<strong>do</strong> LECG, ibi<strong>de</strong>m23 LECG, ibi<strong>de</strong>m24 BCG, ibi<strong>de</strong>m18


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESAeECONOMIAUm relatório elabora<strong>do</strong> peloMassachusetts Institute of Technology(MIT) para o Departamento <strong>do</strong>Comércio <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong>s EUA(2006) 25 realça que as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>son<strong>de</strong> a banda larga entrou nomerca<strong>do</strong> massifica<strong>do</strong>, em Dezembro<strong>de</strong> 1999, conheceram um crescimentomais rápi<strong>do</strong> no emprego, naquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequenas empresase nos sectores <strong>de</strong> TIC intensivos.O relatório chama a atenção paraa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um diálogo entreos políticos e a indústria, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong>a <strong>de</strong>senvolver métricas razoáveissobre a banda larga, em particular,a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> focar a mediçãono uso (procura) e não apenas nadisponibilida<strong>de</strong> (oferta).Os países convergem na apreciaçãoque fazem <strong>do</strong>s benefícios dasRNG, afirma-se em “Next GenerationConnectivity” um relatórioda Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Harvard parao regula<strong>do</strong>r americano Fe<strong>de</strong>ralCommunications Commission(FCC) 26 . Exemplos: telemedicina;re<strong>de</strong>s eléctricas inteligentes; controlo<strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> transportes; apoioa <strong>com</strong>ércio electrónico e sistemas<strong>de</strong> pagamento; menores custospara as empresas (“<strong>com</strong>putação nanuvem”); melhor acesso a materiaise experiências educacionais; práticassociais, culturais e solidárias (apoioa pessoas mais velhas ou <strong>do</strong>entes).Alguns <strong>de</strong>stes sectores estão referencia<strong>do</strong>sno estu<strong>do</strong> aqui menciona<strong>do</strong>para a APDC <strong>com</strong>o <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> constituiro foco da activida<strong>de</strong> económicadigital em Portugal: saú<strong>de</strong>, serviçossociais, segurança e justiça, educação,administração pública, mobilida<strong>de</strong>e logística, <strong>com</strong>ércio e retalho,turismo, media, entretenimentoe cultura.PENETRAÇÃO DA INTERNETEM PORTUGALHaverá em Portugal cerca <strong>de</strong> 12por cento <strong>de</strong> pessoas que <strong>com</strong>pramtu<strong>do</strong> o que é novo 27 . Outros estu<strong>do</strong>srevelam que portugueses earlya<strong>do</strong>pters serão cerca <strong>de</strong> 24 por cento.Acrescem 25 por cento <strong>de</strong> earlyfollowers e 51 por cento <strong>de</strong> latefollowers. Estas estimativas estão emlinha <strong>com</strong> as <strong>de</strong> países mais avança<strong>do</strong>s,<strong>com</strong> o Reino Uni<strong>do</strong> à frente<strong>com</strong> 30 por cento <strong>de</strong> early a<strong>do</strong>pters 28 .O relatório anual <strong>de</strong> 2010 <strong>do</strong>Bareme Internet contabiliza 2 204mil lares em Portugal Continental<strong>com</strong> acesso à Internet a partir <strong>de</strong><strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r(es), um número querepresenta 62.9 por cento <strong>do</strong> universo<strong>de</strong> lares em estu<strong>do</strong>.A análise evolutiva mostra quea penetração <strong>de</strong> Internet no continenteportuguês aumentou mais<strong>de</strong> 26 vezes nos últimos 14 anos,passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2.4 por cento em 2002para os 62.9 por cento agora observa<strong>do</strong>s29 . Apesar <strong>de</strong>ste crescimento,a banda larga em Portugal aindatem espaço para expandir.De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>Centro <strong>de</strong> Investigação e Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Sociologia, <strong>do</strong> Instituto Superior <strong>de</strong>Ciências <strong>do</strong> Trabalho e da Empresa(ISCTE), 44 por cento <strong>do</strong>s portuguesescostuma navegar na Internet,um número que espelha um aumento<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008 <strong>do</strong> número <strong>de</strong> pessoasque ace<strong>de</strong>m à web, mas que revelaigualmente que ainda não chegaa meta<strong>de</strong> da população.EGOVERNO RÁPIDOVários estu<strong>do</strong>s referem que o consumo<strong>de</strong> eGoverno na União Europeiaé em geral mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> e queos cidadãos usam a Internet paraobter informação sobre serviços daadministração pública, mas é menosusada para realizar interacções.Verifica-se, <strong>de</strong>signadamente, inabilida<strong>de</strong>no fornecimento <strong>de</strong> serviçossubstantivos e úteis para os fins <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>se há barreiras à usabilida<strong>de</strong>,em particular por parte <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>resmenos sofistica<strong>do</strong>s 30 .Nos países on<strong>de</strong> a penetração <strong>de</strong>Internet é mais elevada, estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>merca<strong>do</strong> revelam que tanto as pessoas<strong>com</strong>o as empresas interagemonline regularmente <strong>com</strong> o governo.A maioria indica que gostaria quehouvesse mais eGoverno, tal <strong>com</strong>oserviços pan-europeus nas áreas dajustiça, segurança social, <strong>com</strong>ércio,e consi<strong>de</strong>ram que esses serviços sãovaliosos.As principais barreiras à a<strong>do</strong>pção<strong>de</strong> aplicações <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>baseadas na Internet são, segun<strong>do</strong>um estu<strong>do</strong> europeu 31 , a ausência <strong>de</strong>uma ligação à banda larga e a falta<strong>de</strong> <strong>com</strong>petências.25 US Department of Commerce: “Measuring Broadband’s Economic Impact”, 200626 Berkman Center for Internet & Society at Harvard (Fev. 2010)27 Marktest28 Consumer Lab Ericsson29 Netpanel Marktest Outubro 201030 “Future technology needs for future eGovernment Services Deliverable D.7, Final Management Report Milan”,19 Janeiro 2008, DG Information Society and Media in support of <strong>de</strong>veloping the EU eGovernment 2015 Action Plan31 “Europe’s Digital Competitiveness Report”, Maio 2010


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESARitmo <strong>de</strong> a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> banda larga, Janeiro 2010Fonte: Communication Committee5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%BGROPLSKELPTHULTCZLVITESCYIEATSIEU27EEMTBEFIUKFRDESELU13,0%13,0%13,5%14,8%17,0%18,6%18,7%18,9%19,1%19,3%20,6%21,5%22,2%22,2%22,7%22,9%24,8%26,0%26,8%29,1%29,4%29,8%30,3%30,4%31,6%32,1%NLDK37,7%37,8%19


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESA“UMA ELEVADAPENETRAÇÃOA interoperabilida<strong>de</strong> entre administraçõespúblicas é re<strong>com</strong>endadapelo PEGS (projecto Pan-EuropeaneGovernment Services). Mas, <strong>de</strong>todas as melhorias, aquelas queas empresas europeias mais <strong>de</strong>sejam,são rapi<strong>de</strong>z e simplificação<strong>de</strong> processos. Além disso, a a<strong>de</strong>sãodas empresas aos serviços públicosonline é claramente <strong>de</strong>monstradapela disponibilida<strong>de</strong> para, no futuro,pagar por serviços específicos 32 .Estes estu<strong>do</strong>s confirmam a importânciacrítica das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> altodébito, <strong>de</strong>signadamente a da ZON,para a mo<strong>de</strong>rna administraçãopública. E também revelam queexiste espaço para melhorar, emparticular, quanto à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>acesso aos serviços, uma área on<strong>de</strong>as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nova geração po<strong>de</strong>mjogar <strong>com</strong> to<strong>do</strong> o seu potencial.Em Portugal há uma notável expansãoda disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviçoseGoverno. Em 2007, entre os 30países da UE27 + Islândia, Noruegae Suíça, Portugal passou a ocuparo quarto lugar no indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong>sofisticação da disponibilização <strong>do</strong>sserviços públicos básicos onlinee o terceiro lugar no <strong>de</strong> disponibilização<strong>com</strong>pleta online <strong>de</strong>ssesserviços 33 .To<strong>do</strong>s os organismos da AdministraçãoPública Central e Regionale as Câmaras Municipais dispõem<strong>de</strong> ligações à Internet, sen<strong>do</strong> asligações em banda larga, respectivamente,96 por cento, 88 por centoe 99 por cento 34 .DE BANDALARGA AUMENTASIGNIFICATIVAMENTEO CRESCIMENTO DAPRODUTIVIDADENOS PAÍSES COMINTENSIDADE MÉDIAOU ELEVADA DE TIC.”32 “Study on eGovernment scenarios for 2020 and the preparation of the 2015 Action Plan” Final report Helen Rebecca Schindler, Maarten Botterman, Robbert Fisher, June 2010Prepared for the European Commission DG Information Society and Media in support of <strong>de</strong>veloping the EU eGovernment 2015 Action Plan33 UMIC34 Inquéritos sobre a utilização <strong>de</strong> TIC na Administração Pública Central, na Administração Pública Regional, e nas Câmaras Municipais, realiza<strong>do</strong>s pela UMIC - Agência paraa Socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> Conhecimento, <strong>de</strong> Julho a Outubro <strong>de</strong> 2009.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAEvolução <strong>do</strong> lugar <strong>de</strong> Portugal nos rankings <strong>de</strong> disponibilização<strong>de</strong> serviços públicos online na UE15Fonte: Relatórios para a DG Socieda<strong>de</strong> da Informação e Media da Comissão EuropeiaOut. 2001121110987654321Out. 2002Sofisticação dadisponibilizaçãoonlineDisponibilização<strong>com</strong>pleta onlineOut. 2003Out. 2004Abr. 2006Mai. 2007200920


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAFinlândia5,82 PolóniaAlemanha 2,495,37Suécia7,47Hungria2,72Grécia2,62Coreia4,17Japão5,87Hong Kong5,33Singapura5,99Austrália6,14Nova Zelândia4,8521


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESA“Consumo” <strong>de</strong> eGoverno por utiliza<strong>do</strong>res online: 2005-2008 (UE 27)Fonte: Projecção <strong>do</strong>s autores <strong>de</strong> “Study on eGovernment scenarios for 2020 and the preparation of the 2015 Action Plan”<strong>com</strong> base em estatísticas <strong>do</strong> Eurostat2005200640,7% 20,5% 12,3%40,7% 25,4% 16,7%2007200846,9% 30,9% 21,9%41,8% 26,2%19,2%% <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>res online queutilizam a internet para obterinformação <strong>de</strong> websitespúblicos das autorida<strong>de</strong>s% <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>res que utilizama Internet para enviar formuláriospreenchi<strong>do</strong>s% <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>res que utilizama Internet para receber formuláriosoficiais


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAPOTENCIAL EMPRESARIALEm Portugal, as PME representam99.6 por cento <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> empresarial,geram 75.2 por cento <strong>do</strong>emprego (mais <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> pessoas)e realizam 56.4 por cento <strong>do</strong>volume <strong>de</strong> negócios nacional, o queequivale a mais <strong>de</strong> 170 mil milhões<strong>de</strong> euros 35 .Todavia, uma análise da IDC 36 ,uma consultora, revela uma menorsofisticação e propensão das pequenase médias empresas (PME)portuguesas para o investimento emtecnologias <strong>de</strong> informação face àssuas congéneres europeias.Os critérios para aferir inovaçãosegun<strong>do</strong> o “European InnovationScoreboard 2008” são: Enablers(recursos humanos, recursos financeiros,apoio <strong>do</strong> Governo aactivida<strong>de</strong>s inova<strong>do</strong>ras e meios<strong>com</strong>o a banda larga); Activida<strong>de</strong>sdas Empresas (investimentos, parcerias,empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo, geração<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual); Outputs(Inova<strong>do</strong>res ou firmas inova<strong>do</strong>ras,efeitos económicos <strong>com</strong> sucesso).Portugal li<strong>de</strong>ra <strong>com</strong> Chipre umgrupo <strong>de</strong> países <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> porinova<strong>do</strong>res mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s. Verifica-seque Portugal melhorou em quaseto<strong>do</strong>s os critérios nos últimos cincoanos. O crescimento foi <strong>de</strong> 3.6 porcento, o <strong>do</strong>bro da média UE27.A qualificação <strong>de</strong> recursos humanos,investimentos, parcerias,empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo e proprieda<strong>de</strong>intelectual melhorou, emboramantenha fraquezas. Mas, o vectorinova<strong>do</strong>res, que engloba as PME,não revelou qualquer progresso nosúltimos <strong>de</strong>z anos.O estu<strong>do</strong> da IDC revela uma análise<strong>de</strong> clusters on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>squatro grupos distintos numa escala<strong>de</strong> sofisticação <strong>do</strong>s investimentos emTIC, <strong>de</strong>finida a nível europeu:- Os retardatários, que caracterizam as PMEque possuem apenas uma infra-estrutura básicae muita relutância no investimento em TIC,representan<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> 27 por cento das PMEeuropeias. Em Portugal este grupo representaquase 30 por cento das PME;- Os que esperam para ver, e que representam asPME que possuem uma base tecnológica consistentepara o suporte <strong>do</strong>s seus processos empresariais,mas que têm uma atitu<strong>de</strong> conserva<strong>do</strong>rano que toca ao investimento em novas soluçõestecnológicas. Este grupo representa a maior fatia<strong>do</strong> universo <strong>de</strong> PME europeias (36 por cento).No caso concreto <strong>de</strong> Portugal este “cluster”representa quase 40 por cento das PME;- Os segui<strong>do</strong>res, empresas que são caracterizadaspor uma sólida infra-estrutura tecnológica e umaforte propensão para o investimento em TIC.Representam cerca <strong>de</strong> 16 por cento das PMEeuropeias. Em Portugal representam cerca <strong>de</strong> 17por cento;- Os orienta<strong>do</strong>s à tecnologia, que representam asPME mais sofisticadas no que diz respeito aosinvestimentos em tecnologia. Integram este grupo21 por cento das PME europeias mas apenas13 por cento das PME nacionais.OCDE 2008 PortugalPercentagem <strong>de</strong> lares <strong>com</strong>acesso a PC:OCDE 2008 PortugalPercentagem <strong>de</strong> lares <strong>com</strong>acesso à Internet:46.0449.8435 INE36 APDC22


BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESAZON EMPRESASO merca<strong>do</strong> empresarial, em particularo das PME e Small Office/Home Office (SoHo), é <strong>do</strong>s maisdifíceis em resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>sestruturais e <strong>de</strong> iliteracia digitalque se reflecte na fraca presença <strong>de</strong><strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res nas empresas e nosnegócios.Além disso, trata-se <strong>de</strong> um merca<strong>do</strong>pouco exigente em termos <strong>de</strong>recursos <strong>com</strong>unicacionais e em queo incumbente ocupa uma posiçãohistórica até agora sem <strong>com</strong>petição.Apesar <strong>do</strong> intrínseco fraco <strong>de</strong>sempenho,a oferta baseada em ADSL<strong>do</strong> incumbente tem si<strong>do</strong> suficientepara satisfazer esse merca<strong>do</strong> aindapouco exigente.É uma activida<strong>de</strong> <strong>com</strong>ercial queobriga a uma profunda e intensaeducação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> por parte daZON. Todavia, nos segmentos maisavança<strong>do</strong>s há boa procura pelassoluções avançadas da ZON. Nahotelaria, a quota <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> daZON está acima <strong>do</strong>s 80 por cento.“ZON EMPRESASÉ UMA UNIDADEDE NEGÓCIODESENVOLVIDAPARA RESPONDER,ESPECIFICAMENTE, ÀSNECESSIDADES DASPME NO QUE TOCAAO INCREMENTODA EFICIÊNCIANO PROCESSOOPERATIVO,À DIMINUIÇÃODE CUSTOS E, VIADIGITALIZAÇÃO,ÀS PRESSÕES DOSCONSUMIDORES EMADOPTAR PRÁTICASAMBIENTAIS (POREXEMPLO, REDUZIRA PEGADA DECARBONO).”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAZON Empresas é uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>negócio <strong>de</strong>senvolvida para respon<strong>de</strong>r,especificamente, às necessida<strong>de</strong>sdas PME no que toca ao incrementoda eficiência no processooperativo, à diminuição <strong>de</strong> custose, via digitalização, às pressões <strong>do</strong>sconsumi<strong>do</strong>res em a<strong>do</strong>ptar práticasambientais (por exemplo, reduzira pegada <strong>de</strong> carbono).As ofertas empresariais <strong>de</strong> Internete voz propostas pela ZON beneficiam<strong>do</strong>s preços mais <strong>com</strong>petitivos<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Sob o claim “ligamospequenas empresas a gran<strong>de</strong>snegócios”, a ZON actua sobre trêssectores principais: empresas emgeral, hotelaria e SoHo.Na escolha <strong>de</strong> soluções empresariais,o cliente usufrui da <strong>com</strong>odida<strong>de</strong><strong>de</strong> ter um só presta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> serviçose personalizar a solução maisa<strong>de</strong>quada às suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>negócio. Por exemplo, por via <strong>de</strong>vi<strong>de</strong>oconferências, reduzir o tempo<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ou cortar nas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>viagem, toda a oferta da ZON Empresasé concebida <strong>de</strong> forma flexívelpermitin<strong>do</strong> uma fácil adaptação,quer à dimensão da empresa, <strong>com</strong>oao seu nível <strong>de</strong> facturação através <strong>do</strong>serviço ZON Office.Este serviço veio quebrar o paradigmadas soluções corporativas: umacentral telefónica que não necessita<strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> investimento(aumenta o cash flow, reduz o risco<strong>de</strong> investimento), é tarifa<strong>do</strong> porposto <strong>de</strong> trabalho (TV, Internet, vozfixa <strong>com</strong> funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> central).Permite escalonar ou reduziro número <strong>de</strong> posições consoantea dimensão <strong>do</strong> negócio a qualquermomento. Não há qualquer <strong>de</strong>sperdício,quer em termos <strong>de</strong> investimento<strong>com</strong>o <strong>de</strong> custos operacionais.ZON Empresas permite, assim,o acesso a soluções <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicaçõesrobustas que melhorama eficiência <strong>do</strong>s processos, permitempoupança <strong>de</strong> custos que até há bempouco tempo apenas eram acessíveisa empresas <strong>com</strong> maior volume <strong>de</strong>negócios.Recentemente, a ZON criou umanova unida<strong>de</strong> para servir o merca<strong>do</strong><strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas em <strong>com</strong>petição,não só <strong>com</strong> o incumbente, mas também<strong>com</strong> outros opera<strong>do</strong>res implanta<strong>do</strong>snesse merca<strong>do</strong>.23


ZON@FONO serviço baseia-se na i<strong>de</strong>ia revolucionária<strong>de</strong> uma enorme <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>Wi-fi, construída pelos seuspróprios utiliza<strong>do</strong>res, permitin<strong>do</strong>acesso à Internet em qualquer lugar.Em Portugal esta re<strong>de</strong> é exclusivada ZON e está disponível para osclientes <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> Internet quepossuam um equipamento <strong>com</strong>patível(por exemplo, o router ZONHub) associa<strong>do</strong> a um portátil, tabletou smartphone. Com a expansãoda sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Wi-fi grátis, a ZONreforça a proposta <strong>de</strong> valor <strong>do</strong> seuserviço <strong>de</strong> Internet.São mais <strong>de</strong> 300 mil hotspots <strong>de</strong>Internet grátis colocan<strong>do</strong> Portugalentre os países <strong>com</strong> melhor coberturaao nível das re<strong>de</strong>s Wi-fi grátise dan<strong>do</strong> acesso aos clientes ZONà maior <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> Wi-fi <strong>do</strong>mun<strong>do</strong> (acesso gratuito a mais <strong>de</strong><strong>do</strong>is milhões <strong>de</strong> hotspots em to<strong>do</strong>Mun<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s parceiros dare<strong>de</strong> FON).BENEFÍCIOS DAS TIC E DA BANDA LARGA PARA A ECONOMIA PORTUGUESA


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAA localização <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os hotspotsnacionais e internacionais po<strong>de</strong> serobtida em http://maps.fon.<strong>com</strong>/A actual dimensão da re<strong>de</strong>representa uma meta que antecipae duplica o objectivo anuncia<strong>do</strong>em 2008, aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> lançamento<strong>do</strong> serviço. ZON@FON pretendiaatingir cem mil hotspots no prazo<strong>de</strong> três anos, <strong>de</strong> forma a proporcionaraos clientes ZON NET umserviço <strong>com</strong>pleto, <strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong>casa ou <strong>do</strong> escritório, sem qualquerlimite <strong>de</strong> tempo ou tráfego e <strong>de</strong>forma totalmente gratuita.24


IMPACTOSNOEMPREGO


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESADizem que “não há negócio <strong>com</strong>o o <strong>do</strong> espectáculo” (“there’sno business like show business”), mas todas as áreas <strong>de</strong> actuação da ZON, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as maispúblicas às mais recatadas, requerem recursos humanos especializa<strong>do</strong>s em operações muitodiversas, <strong>com</strong>plexas e interligadas para o fornecimento aos portugueses <strong>de</strong> produtos e serviços<strong>de</strong> consumo em entretenimento audiovisual, banda larga, voz fixa, voz móvel, distribuiçãoe exibição cinematográfica.Quase todas as funções técnicas, <strong>com</strong>o por exemplo o <strong>play</strong> out, que coloca a imagem <strong>de</strong>televisão em casa <strong>do</strong>s clientes, funcionam 24x365 e têm um impacto <strong>de</strong>cisivo sobre todaa activida<strong>de</strong>. Estão fortemente ancoradas no entendimento <strong>de</strong> que nelas resi<strong>de</strong> enormeresponsabilida<strong>de</strong> perante os clientes e, para além da empresa, perante o público em geral.COMUNICAR VALORESOs valores da ZON constituem a fundação da cultura<strong>de</strong> empresa, o mo<strong>do</strong> <strong>com</strong>o esta se relaciona <strong>com</strong> os seusprodutos e serviços, entre to<strong>do</strong>s e cada um <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res,e entre estes e os clientes.O impacto da transmissão <strong>de</strong> valores <strong>com</strong>o inovação,espírito <strong>de</strong> equipa, entusiasmo, planeamento e proximida<strong>de</strong><strong>com</strong> o cliente resulta num ambiente <strong>de</strong> trabalhomais responsável e mais produtivo nas diversas áreas <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>.Trabalhar na ZON requer estar sintoniza<strong>do</strong> <strong>com</strong>o cliente e um <strong>com</strong>portamento irrepreensível. A ZONpromove o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> espírito <strong>de</strong> equipa numambiente informal e diverti<strong>do</strong>. A Intranet fomentao crescimento intelectual e é o principal instrumento<strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna.O número <strong>de</strong> páginas vistas por dia na Intranet ZONé superior a 34 mil, o que perfaz um total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>12 milhões <strong>de</strong> páginas vistas por ano. Um inquéritorevelou que a quase totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res(98.4 por cento) consi<strong>de</strong>ra a Intranet um importanteveículo <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação interna.25


IMPACTOS NO EMPREGOINTERNALIZAÇÃOO total <strong>de</strong> colabora<strong>do</strong>res incluia internalização <strong>de</strong> funções que antes<strong>do</strong> spin off estavam centralizadas naPT e, logo, eram inexistentes em resulta<strong>do</strong>da posição subsidiária da empresa,nomeadamente relações <strong>com</strong>investi<strong>do</strong>res, <strong>com</strong>pras, regulação.A separação das empresas tambémobrigou à ampliação <strong>de</strong> funçõestécnicas nos sistemas <strong>de</strong> informaçãoe re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuição. Alémdisso, houve ainda a racionalizaçãoemergente da aquisição em Novembro<strong>de</strong> 2008 pela ZON <strong>de</strong> pequenosopera<strong>do</strong>res por cabo.Actualmente, o emprego directona ZON é <strong>de</strong> 1622 pessoas, o querepresenta um aumento <strong>de</strong> 16 porcento <strong>de</strong> 2007 para 2010. Destetotal, cerca <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços sãoempregos nas áreas exigin<strong>do</strong> maiorqualificação profissional (TV, bandalarga, voz) e o restante terço nasoperações em salas <strong>de</strong> cinema.Para além <strong>do</strong> emprego directo,a ZON contribui indirectamentepara o emprego <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> sete milpessoas através <strong>de</strong> sub-contrataçãonas operações <strong>de</strong> vendas e atençãoao cliente (porta-a-porta, engenharia<strong>de</strong> instalação, call centres,assistência técnica).Os call centres ZON em Lisboa, noPorto e nas Caldas das Rainha estãoequipa<strong>do</strong>s <strong>com</strong> a mais actual tecnologiae empregam cerca <strong>de</strong> três milpessoas. Os call centres em Lisboa eno Porto representam 13 mil m 2 <strong>com</strong>2055 posições <strong>de</strong> atendimento, postosadministrativos, zonas <strong>de</strong> trabalho,formação e lazer.“OS VALORESDA ZON COLOCAMO CLIENTE NOCENTRO. EM TODOS OSNÍVEIS DE OPERAÇÃO,O FOCO DA ATENÇÃOESTÁ SEMPRE NOCLIENTE,NAS SUASNECESSIDADES ESATISFAÇÃO. VÁRIASDESTAS ACTIVIDADESEXERCEM-SE SOBRETECNOLOGIASDE PONTA EMPERMANENTEINOVAÇÃOE REQUEREM NÍVEISDE FORMAÇÃOCONTÍNUA SEMPREMAIS EXIGENTES.”O atendimento, incluin<strong>do</strong> backoffice, totaliza 2369 pessoas no Porto,Lisboa e Caldas da Rainha,a que se somam 554 em telemarkting,332 em programas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong>cliente e 477 em lojas. Os cinemascontam <strong>com</strong> 350 pessoas, das quaiscerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> a tempo parcial.ÁREASO emprego na ZON proporcionaum amplo leque <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissionale satisfação pessoal. As principaisáreas profissionais da ZON <strong>de</strong>senvolvem-senas seguintes activida<strong>de</strong>s:- Entretenimento audiovisual:aquisição <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s e gestão <strong>de</strong> direitosnacionais e internacionais; agregação,“scheduling” e distribuição <strong>de</strong> canais <strong>de</strong>TV e rádio; produção <strong>de</strong> auto-promoções,apresentação <strong>de</strong> serviços e EPG; operações<strong>de</strong> <strong>play</strong> out; distribuição e exibição <strong>de</strong>cinema em salas;- Sistemas corporativos e <strong>de</strong>suporte aos negócios: financeira;<strong>com</strong>unicação corporativa; recursos humanos;estratégia; jurídica e legal; regulação;<strong>com</strong>pras e recursos; tecnologias <strong>de</strong> informaçãoe <strong>com</strong>unicação;- Vendas e marketing: brandinge marketing; gestão <strong>de</strong> marcas; publicida<strong>de</strong>em media clássicos e online; eventos especiais;vendas <strong>de</strong> retalho em lojas, porta-a--porta e online; vendas empresariais, SoHo,e turismo; venda <strong>de</strong> tempo <strong>com</strong>ercial parapublicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> TV; venda <strong>de</strong> bilhetes <strong>de</strong>cinema;


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA- Atenção ao cliente e instalação:engenharia da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong>serviços ao cliente; assistência técnica, callcentres, outros serviços <strong>de</strong> apoio técnicoespecializa<strong>do</strong> em TV, banda larga e voz;gestão <strong>de</strong> frotas e materiais;- Tecnologia: sistemas <strong>de</strong> integraçãotecnológica, sistemas <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong>distribuição, sistemas <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> negócio(integração <strong>de</strong> negócios, re<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos <strong>de</strong>trabalho, sistemas <strong>de</strong> informação sobre osclientes e vendas, negócios online, infra--estrutura tecnológica, sistemas corporativos,CRM, “billing”, investigação e <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> soluções e produtos <strong>de</strong> cliente).CLIENTE-CENTRISMOOs valores da ZON colocamo cliente no centro. Em to<strong>do</strong>s osníveis <strong>de</strong> operação, o foco da atençãoestá sempre no cliente, nas suasnecessida<strong>de</strong>s e satisfação. Várias<strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s exercem-se sobretecnologias <strong>de</strong> ponta em permanenteinovação e requerem níveis<strong>de</strong> formação contínua sempre maisexigentes.São numerosos os contributos <strong>de</strong>académicos <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao customercare. O aparecimento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>sempresas servin<strong>do</strong> milhões <strong>de</strong>clientes simultaneamente, <strong>com</strong>oé o caso da ZON, <strong>com</strong> centros <strong>de</strong>atendimento telefónico opera<strong>do</strong>spor milhares <strong>de</strong> emprega<strong>do</strong>s, multiplicarampor milhões as questõesrelacionadas <strong>com</strong> a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>sprodutos e serviços.Além disso, a generalização da Internete a sua a<strong>do</strong>pção <strong>com</strong>o meio<strong>de</strong> informação, consulta e troca <strong>de</strong>experiências por parte <strong>de</strong> milhões<strong>de</strong> clientes, expuseram as empresas,os seus produtos e serviços,à concorrência <strong>com</strong>o nunca antes.Os clientes hoje sabem muito – e <strong>de</strong>tu<strong>do</strong>.Jay R. Galbraith refere que “actualmenteas empresas interagem <strong>com</strong>os clientes através <strong>de</strong> múltiplos pontos<strong>de</strong> contacto e integram os resulta<strong>do</strong>s<strong>de</strong>sses contactos numa posiçãoempresarial que surge consistente<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> cliente.”E acrescenta que “temos <strong>de</strong> reapren<strong>de</strong>ro facto <strong>de</strong> que as organizaçõessão sistemas humanos <strong>com</strong>plexosnas quais novas tecnologias têm <strong>de</strong>ser penosamente introduzidas.” 37Estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s ao nível <strong>de</strong>empresas revelam que a utilizaçãodas TIC é apenas uma parte <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> mudanças que ajudamas empresas a melhorar o <strong>de</strong>sempenho.Este processo inclui investimentos<strong>com</strong>plementares em <strong>com</strong>petênciasapropriadas, mudançasorganizacionais, novas estratégiase novas estruturas e processos <strong>de</strong>negócio. A utilização das TIC tambémse relaciona <strong>com</strong> a capacida<strong>de</strong>das empresas para inovar 38 .37 R. Galbraith. J.R, “Designing the Customer-Centric Organisation”, Joey Bass, 200538 OECD, “The Economic Impact of ICT – Measurement, Evi<strong>de</strong>nce and Implication”, 200426


IMPACTOS NO EMPREGOGESTÃO ESTRATÉGICAA política <strong>de</strong> recursos humanoscentra-se na gestão activa <strong>do</strong> talento,re<strong>com</strong>pensan<strong>do</strong> e incentivan<strong>do</strong>o mérito, a criativida<strong>de</strong>,a excelência e apostan<strong>do</strong> no progressivorejuvenescimento da suaforça <strong>de</strong> trabalho.A ZON assume-se <strong>com</strong>o umalearning organisation, <strong>com</strong>o umaorganização em permanente actualização,em que os colabora<strong>do</strong>resconhecem os negócios e as tecnologias,os seus objectivos individuaise <strong>de</strong> empresa, o seu planoindividual <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoe as suas perspectivas <strong>de</strong> carreira.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão estratégicae avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>srecursos humanos contemplaa preocupação <strong>com</strong> políticas<strong>com</strong>uns a to<strong>do</strong>s os colabora<strong>do</strong>rese, simultaneamente, políticas paragrupos bem <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, em função damaior ou menor especificida<strong>de</strong> dassuas funções.As políticas retributivas globais <strong>do</strong>grupo ZON são bastante <strong>com</strong>petitivase periodicamente analisadas emtermos <strong>com</strong>parativos <strong>com</strong>a indústria. As políticas <strong>de</strong> retribuiçãovariável e o Plano <strong>de</strong> Acções,abrangen<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os colabora<strong>do</strong>res,estão alinha<strong>do</strong>s <strong>com</strong> as melhorespráticas internacionais.“A ZON ASSUME-SECOMO UMA LEARNINGORGANISATION, COMOUMA ORGANIZAÇÃOEM PERMANENTEACTUALIZAÇÃO,EM QUE OSCOLABORADORESCONHECEM OSNEGÓCIOS E ASTECNOLOGIAS, OSSEUS OBJECTIVOSINDIVIDUAIS E DEEMPRESA, O SEUPLANO INDIVIDUAL DEDESENVOLVIMENTOE AS SUASPERSPECTIVAS DECARREIRA.”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAMODELO DEFORMAÇÃOZONAssenta em três gran<strong>de</strong>svertentesFORMAÇÃOGERALDesenvolvimento <strong>de</strong><strong>com</strong>petências <strong>com</strong>uns e outras,que não ten<strong>do</strong> directamente quever <strong>com</strong> o negócio, contribuempara a valorização pessoal <strong>do</strong>scolabora<strong>do</strong>resFORMAÇÃOESPECÍFICAAcrescer <strong>com</strong>petênciasassociadas à especificida<strong>de</strong><strong>de</strong> cada negócio das diversasempresas da ZONFORMAÇÃOESTRATÉGICAAssociada a mudançassubstantivas estratégicas <strong>com</strong>oa a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> novas políticase estratégias corporativas, novastecnologias e novos processos.55


IMPACTOS NO EMPREGOQUALIFICAÇÕESE PRODUTIVIDADEAs activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação têm<strong>com</strong>o objectivo central criare <strong>de</strong>senvolver o espírito <strong>de</strong> missão<strong>de</strong> bem servir o cliente. Na ZONsabe-se que “seremos tão bonsquanto são os nossos colabora<strong>do</strong>res”.A ZON tem presente que a maneiramais eficaz, em termos <strong>de</strong> custos,para adaptar serviços a necessida<strong>de</strong>sindividuais é através da informaçãoe conhecimento obti<strong>do</strong>, em particular,pelos colabora<strong>do</strong>res que encaramos clientes na linha da frente <strong>do</strong>atendimento pessoal ou electrónico.Por essa razão, a ZON investe seriamentena qualificação e requalificação<strong>do</strong>s seus colabora<strong>do</strong>res promoven<strong>do</strong>a sua formação contínua. Emrelação aos colabora<strong>do</strong>res directos,em 2010, a ZON ministrou cerca <strong>de</strong>32 mil horas <strong>de</strong> formação interna,o que representa mais <strong>do</strong> <strong>do</strong>bro <strong>do</strong>tempo dispendi<strong>do</strong> em 2008, <strong>com</strong>um custo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 350 mil euros.Um exemplo é o protocolo entrea ZON e empresas especializadasem formação profissional que formalizouo investimento da empresana qualificação <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res.Ser uma das melhores empresaspara se trabalhar é um <strong>do</strong>s objectivosda ZON. Esta é mais umainiciativa na Área da Formaçãoe <strong>do</strong> Desenvolvimento Pessoale Profissional <strong>com</strong> esse objectivo.Neste âmbito assume <strong>de</strong>staqueo programa ZON Advance, quevisa envolver toda a organização,permitin<strong>do</strong> estimular, dar visibilida<strong>de</strong>e potenciar a participação <strong>de</strong>to<strong>do</strong>s os colabora<strong>do</strong>res, crian<strong>do</strong> umesta<strong>do</strong> <strong>de</strong> espírito orienta<strong>do</strong> paraa inovação e para a melhoria contínua.O programa ZON Advance culminano Encontro Anual <strong>de</strong> Colabora<strong>do</strong>res<strong>com</strong> a apresentação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>iasinova<strong>do</strong>ras, que tanto po<strong>de</strong>m ser incrementais,distintivas ou <strong>de</strong> ruptura,<strong>com</strong>o orientadas para o produtoe serviços, para o processo, parao marketing, para a organização,ou para outro vector <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.Muitas são a<strong>do</strong>ptadase entram em produção.O programa Aca<strong>de</strong>mia ZON foiconcebi<strong>do</strong> para prestar formaçãopermanente aos técnicos dasempresas presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> serviçosem instalaçõs próprias da ZON em24 salas <strong>de</strong> formação. Em 2010,foram ministra<strong>do</strong>s no âmbito <strong>de</strong>staformação cerca <strong>de</strong> 200 mil horas <strong>de</strong>formação nas áreas <strong>de</strong> atenção aocliente, call centres, vendas, instalaçãoe manutenção.Recentemente, para aceleraro processo <strong>de</strong> formação, foi lançadauma plataforma <strong>de</strong> eEnsino<strong>de</strong>signada por “b zon” que permiteaprendizagem personalizada emqualquer lugar e a<strong>de</strong>quada ao ritmo<strong>de</strong> cada um. Além disso, são cadavez mais elevadas as qualificações<strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res da ZON. Hoje,44 por cento tem um diploma <strong>de</strong>ensino superior.O programa «Novas Oportunida<strong>de</strong>s»integra um conjunto alarga<strong>do</strong><strong>de</strong> instrumentos que visamacelerar o ritmo <strong>de</strong> progressão <strong>do</strong>sníveis <strong>de</strong> escolarização e <strong>de</strong> qualificaçãoprofissional. Destina-sea colabora<strong>do</strong>res que pretendamaumentar as suas qualificações escolares(Ensino Básico e Secundário)ou profissionais (CertificaçãoProfissional). A duração médiaé <strong>de</strong> 6 meses.Outro exemplo tem origem noscinemas da ZON Lusomun<strong>do</strong>, queemprega <strong>com</strong>o arruma<strong>do</strong>res jovensestudantes em perío<strong>do</strong>s não escolaresque conseguem assim auto--sustentar a sua educação.Além disso, a digitalização <strong>do</strong>processo <strong>de</strong> projecção <strong>de</strong> filmes emsala obrigou ao emprego <strong>de</strong> pessoas<strong>com</strong> maiores qualificações, que são<strong>com</strong>plementadas por formação ministradapela ZON. Maiores qualificaçõespermitem maior polivalência<strong>de</strong> funções, contribuin<strong>do</strong> para maiorsatisfação no trabalho.O esforço em tecnologia e emformação reflecte-se na produtivida<strong>de</strong>.Apesar <strong>do</strong> notável aumento<strong>de</strong> serviços <strong>com</strong>ercializa<strong>do</strong>s pelaZON (TV, voz fixa e móvel, Internetfixa e móvel), requeren<strong>do</strong> maisrecursos humanos e tecnológicos,a produtivida<strong>de</strong> por colabora<strong>do</strong>rtem vin<strong>do</strong> a melhorar. Alguns rácios<strong>de</strong>monstram a melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho.Por exemplo, o rácio custoCustomer Care/RGU 39 revela umaredução <strong>de</strong> 1.2 por cento no custoda activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008.39 “Revenue Genetating Unit” refere-se a cada <strong>do</strong>s serviços <strong>com</strong>ercializa<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> receitas


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAINOVAÇÃOO processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>iasque conduzem a novos produtose a práticas <strong>de</strong> negócio mais eficientesé conheci<strong>do</strong> por inovação. Esteprocesso é um key driver na difusão<strong>de</strong> melhores processos e méto<strong>do</strong>s<strong>de</strong> gestão. Em geral, este tipo <strong>de</strong>inovação é o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pressão<strong>com</strong>petitiva.Ten<strong>do</strong> em conta que a produtivida<strong>de</strong><strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, não só das <strong>com</strong>petências<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e <strong>do</strong> capitalinvesti<strong>do</strong> para os ajudar no seutrabalho, <strong>com</strong>o também <strong>do</strong> ritmoda inovação, o objectivo <strong>do</strong> investimentoem formação é continuara aumentar a produtivida<strong>de</strong>, facilitan<strong>do</strong>e promoven<strong>do</strong> a aprendizagemao longo da vida <strong>com</strong>o instrumentogera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> 40 .A melhoria contínua e a inovaçãosão factores centrais no <strong>de</strong>senvolvimentoda qualida<strong>de</strong>, eficiênciae eficácia da ZON. A procura <strong>de</strong>talentos e i<strong>de</strong>ias novas é apoiada.Permanentemente os colabora<strong>do</strong>ressão estimula<strong>do</strong>s a contribuir <strong>com</strong>pequenas e gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias a to<strong>do</strong>s osníveis <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>.Em resumo, a activida<strong>de</strong> da ZONcontribui directamente para o aumentoda produtivida<strong>de</strong> em Portugala vários níveis:- Melhores processos <strong>de</strong> gestão, <strong>de</strong>signadamente“Service Level Agreements” (SLAs)na relação <strong>com</strong> as empresas subcontratadas,mais eficazes e melhor monitoriza<strong>do</strong>s;- Melhores qualificações <strong>do</strong>s seus colabora<strong>do</strong>resdirectos e indirectos.COMPENSAÇÃOA activida<strong>de</strong> da ZON tem umimpacto importante na economiaem geral, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, em resulta<strong>do</strong>da <strong>com</strong>pensação paga aos colabora<strong>do</strong>res.Em 2010, a <strong>com</strong>pensaçãoaos colabora<strong>do</strong>res directos foi <strong>de</strong>35 milhões <strong>de</strong> euros.Estima-se que tenha si<strong>do</strong> <strong>de</strong>140 milhões a <strong>com</strong>pensação pagaaos colabora<strong>do</strong>res indirectos pelasempresas subcontratadas pela ZON.Soman<strong>do</strong> os colabora<strong>do</strong>res directos,no total são cerca <strong>de</strong> 180 milhões <strong>de</strong>euros introduzi<strong>do</strong>s na economia.Em 2009, a este valor <strong>de</strong>verãosomar-se 14,5 milhões <strong>de</strong> eurosentregues ao Esta<strong>do</strong> em IRC e IRS,e 11,2 milhões <strong>de</strong> euros emSegurança Social.Em 2010, A ZON foi classificadapela Exame e Heidrick & Strugles<strong>com</strong>o a melhor empresa <strong>do</strong> sectorpara se trabalhar.“O ESFORÇO EMTECNOLOGIAE EM FORMAÇÃOREFLECTE-SE NAPRODUTIVIDADE.(...) O RÁCIOCUSTOMERCARE/RGU REVELAUMA REDUÇÃO DE1.2 POR CENTO NOCUSTO DA ACTIVIDADEDESDE 2008.”40 Heskett, Sasser, Schlesinger, “The Service Profit Chain - How Leading Companies Link Profit and Geowth to Loyalty,Satisfaction and Value”, Free Press, 199728


I M P A CT O SNOA U D I OV I S U A L


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAOs conteú<strong>do</strong>s audiovisuais – cinema, televisão, web – são centraisna ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor da ZON que engloba quatro fileiras principais: pay TV, voz fixae móvel, Internet fixa e móvel, e direitos, distribuição e exibição <strong>de</strong> audiovisuais. Os conteú<strong>do</strong>s<strong>de</strong>sempenham um papel da maior importância <strong>com</strong>o elemento que aglutina e dásuporte à oferta <strong>de</strong> serviços integra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> entretenimento e <strong>com</strong>unicações, <strong>de</strong>signadamentepropon<strong>do</strong> aos anunciantes uma plataforma flexível e segmentada, que oferece eleva<strong>do</strong>retorno <strong>do</strong> investimento.Despesas <strong>do</strong>s lares em recreação e cultura - Percentagem no PIBFonte: OCDE0 1 2 3 4 5 6 7 8 9LuxemburgoIrlandaTurquiaCoreia <strong>do</strong> SulItáliaHungriaPolóniaPortugal1997 ou primeiro ano disponível2006 ou último ano disponívelBélgicaSuíçaHolandaEslováquiaNoruegaFrançaAlemanhaEspanhaCanadáDinamarcaRepública ChecaFinlândiaIslândiaJapãoE.U.A.ÁustriaAustráliaGrécia29


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAAudiência multicanalFonte: Marktest Audimetria0 5 10 15 20 25 30 35 4020002001200220032004200520062007200820092010Audiência canais cabo noslares multicanalinfinitas e muitas <strong>de</strong>las ainda<strong>de</strong>sconhecidas. Há muito que fazerpara melhorar a experiência <strong>de</strong>consumi<strong>do</strong>r, não só através <strong>de</strong> novosdispositivos <strong>de</strong> interface, <strong>com</strong>o dadisponibilização <strong>de</strong> novos processos<strong>de</strong> consumo que estarão nabase <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio.O conceito-chave é o respeito peloconsumi<strong>do</strong>r, e este traduz-se pelaoferta <strong>de</strong> maior conveniência.A conveniência reflecte-se em <strong>do</strong>isaspectos principais: a pesquisa <strong>de</strong>programas, em que há muito queapren<strong>de</strong>r <strong>com</strong> a Internet, <strong>de</strong>signadamenteatravés da pesquisacontextual e personalizada, e a suadistribuição e acesso pelos váriosdispositivos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>ntroe fora <strong>do</strong> lar - o chama<strong>do</strong> connectedhome - em que o centro <strong>de</strong>ve ser ocupa<strong>do</strong>pelo consumi<strong>do</strong>r e não pelosdispositivos.Há vários tipos <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>r,<strong>com</strong> gostos e padrões <strong>de</strong> consumodiferentes. As tecnologias permitema abordagem específica <strong>de</strong> cada um<strong>de</strong>sses grupos <strong>de</strong>mográficos e atémesmo a satisfação individualizada<strong>de</strong> gostos pessoais. Por outro la<strong>do</strong>,processam-se transformações noshábitos <strong>de</strong> consumo ao longo davida. “Quan<strong>do</strong> as pessoas ficammais maduras passam a olhar parao sofá <strong>com</strong> uma simpatia que nãotinham quan<strong>do</strong> novos, concluiRodrigo Costa ”41 .A ZON respon<strong>de</strong> ao novo paradigma<strong>com</strong> o trio <strong>de</strong> equipamentose serviços constituí<strong>do</strong> pela TV <strong>de</strong>alta <strong>de</strong>finição (HDTV), Digital Vi<strong>de</strong>oRecor<strong>de</strong>r (ZON HDTV DVR)e Vi<strong>de</strong>oclube (VoD), que disponibilizamexcelente qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imageme som, facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gravaçãoe quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha <strong>de</strong> títulos<strong>de</strong> cinema.Em breve, será da<strong>do</strong> um novo passo,<strong>com</strong> a introdução da possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar e gerir o consumo<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s, qualquer que sejao dispositivo <strong>de</strong> consumo, tu<strong>do</strong> nomesmo ambiente gráfico. O objectivoé proporcionar usabilida<strong>de</strong> nãosó ao nível <strong>do</strong> acesso multiplataforma,<strong>com</strong>o <strong>do</strong> manuseamento dainterface <strong>com</strong>um a todas as plataformas.41 Entrevista a “Comunicações” nº 197, Novembro 201030


IMPACTOS NO AUDIOVISUALSÉRIES DE QUALIDADEO know how da ZON nas áreas <strong>do</strong>sconteú<strong>do</strong>s e das tele<strong>com</strong>unicaçõesconfun<strong>de</strong>-se <strong>com</strong> a história das respectivasactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> distribuiçãoe exibição em Portugal. É o opera<strong>do</strong>rmais bem coloca<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong>para respon<strong>de</strong>r à crescente procura<strong>de</strong> entretenimento e <strong>com</strong>unicaçõespessoais.Quan<strong>do</strong> iniciou a sua activida<strong>de</strong>,em 1994, a oferta <strong>de</strong> televisão daTVCabo incluía 30 canais: quatronacionais e 26 internacionais, entreos quais vários generalistas europeuse americanos, e ainda canais exclusivospara pay TV, <strong>com</strong>o Discovery,MTV, TNT/Cartoon, BBC Prime,Eurosport e os canais <strong>de</strong> notíciasCNN, BBC World, Euronews e SkyNews.Procuran<strong>do</strong> respon<strong>de</strong>r à solicitaçãopor parte <strong>de</strong> um público cada vezmais vasto, sofistica<strong>do</strong> e diversifica<strong>do</strong>,a TV Cabo ampliou progressivamentea oferta. A ZON disponibilizahoje mais <strong>de</strong> 140 canais,<strong>do</strong>s quais 20 em alta <strong>de</strong>finição, e umserviço VoD.No momento em que as sériesamericanas renasciam no merca<strong>do</strong>europeu, era lança<strong>do</strong> pela TV Caboo canal AXN, em 2004, o primeiro<strong>de</strong> uma fileira <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> sériesproduzi<strong>do</strong>s por megabrands (Foxe Sony). Estes canais iriam consolidaro pay TV e transformara <strong>com</strong>posição da audiência <strong>de</strong> TV.O franchise CSI, <strong>com</strong> as suas três<strong>de</strong>clinações, representa a categoriasérie <strong>de</strong> entretenimento americano<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> - um nicho que nãoestava a ser supri<strong>do</strong> pelos quatro canaisnacionais. A quota <strong>de</strong> audiência<strong>do</strong>s canais temáticos nunca maisparou <strong>de</strong> crescer nos lares multicanal– um movimento sustenta<strong>do</strong>na quantida<strong>de</strong> e na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>sbrands.No multicanal pre<strong>do</strong>mina o consumo<strong>de</strong> informação, séries, cinemae <strong>de</strong>sporto. O grupo 25-44 anos jánão dispensa os canais temáticos,cujo consumo varia entre os 75e os 60 por cento, enquanto o <strong>do</strong>scanais nacionais oscila entre os 30por cento e os 40 por cento, emparticular os <strong>de</strong> informação, <strong>de</strong>batese concursos.Os especta<strong>do</strong>res gostam <strong>do</strong>s imbróglios<strong>de</strong> House, das Donas <strong>de</strong> CasaDesesperadas, <strong>do</strong>s Wired ou <strong>do</strong>s Tu<strong>do</strong>r,séries que, nestes lares sofistica<strong>do</strong>s,atraem hoje tantos especta<strong>do</strong>res (22


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA“QUASE METADEpor cento) <strong>com</strong>o as notícias (22 porcento). Seguem-se o cinema (10 porcento), a programação “generalista”e os programas <strong>de</strong> música jovem(8 por cento), e o <strong>de</strong>sporto (7 porcento).O grupo 4-10 anos também já nãopassa sem os temáticos. ConsomemDisney e Panda <strong>com</strong> gosto (13 porcento). Os produtos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong><strong>do</strong>s temáticos congregam hojemaior audiência <strong>do</strong> que qualquerum <strong>do</strong>s canais nacionais, e estãosempre a subir.Lança<strong>do</strong> em 2007 <strong>com</strong>o canal <strong>de</strong>filmes e séries, o MOV reposicionoua sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong>ficção científica, horror e acção,assumin<strong>do</strong>-se assim <strong>com</strong>o um canal<strong>de</strong> género, sob o claim “só paraalguns”. O brand mu<strong>do</strong>u paraatrair quer um público mais jovem,quer uma audiência mais específica,segmentos que não estavam a serservi<strong>do</strong>s.O MOV faz parte <strong>de</strong> um conjunto<strong>de</strong> canais – Hollywood, Pandae Panda Biggs – produzi<strong>do</strong>s pelaDreamia, uma joint venture da ZON<strong>com</strong> a Multicanal (umaempresa Chello Liberty Global).A constituição <strong>de</strong>sta parceria representoua formação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petênciasna aquisição, agregação, scheduling,branding e merchandising <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s que anteriormente eramfeitos em Madrid, permitin<strong>do</strong> maiorflexibilida<strong>de</strong> na a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong>sprodutos ao nosso merca<strong>do</strong>.DA AUDIÊNCIA DOSCANAIS NACIONAISOCORRE EM AMBIENTEMULTICANAL. SÃOA PARTE MAIS ACTIVA,JOVEM, COSMOPOLITAE EDUCADA DANOSSA SOCIEDADE,O QUE É BOM PARA APUBLICIDADEA PRODUTOSPREMIUM.NOVAS EXPECTATIVAS,MESMOS COMPORTAMENTOSAs <strong>de</strong>spesas <strong>do</strong>s portugueses ementretenimento e cultura têm vin<strong>do</strong>a aumentar ininterruptamente<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995. De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong>a OCDE, o último valor regista<strong>do</strong>refere-se a 2006 e representa 4.5por cento <strong>do</strong> PIB, apenas ligeiramenteinferior ao da Bélgica ouSuíça, embora em termos absolutosseja razoavelmente menos 42 .Este aumento <strong>do</strong>s gastos das famíliasrevela uma tendência positivana socieda<strong>de</strong> portuguesa queé benéfica para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong>s negócios da ZON. De facto,a ZON está bem colocada pararespon<strong>de</strong>r à crescente procura <strong>de</strong>entretenimento e <strong>com</strong>unicaçõespessoais.Os consumi<strong>do</strong>res querem flexibilida<strong>de</strong>e facilida<strong>de</strong> no uso, diversida<strong>de</strong><strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> TV,alta velocida<strong>de</strong> na banda largae po<strong>de</strong>r telefonar sem constrangimentos.Além disso, os consumi<strong>do</strong>resquerem a soli<strong>de</strong>z <strong>de</strong> umopera<strong>do</strong>r estabeleci<strong>do</strong>,a conveniência <strong>de</strong> um fornece<strong>do</strong>rúnico, a garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> emtoda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> serviço e <strong>com</strong>provadacapacida<strong>de</strong> para inovar.Nos últimos anos os especta<strong>do</strong>resobtiveram muito maior controlosobre a televisão. Os VCR foramsubstituí<strong>do</strong>s pelos DVD e pelosDVR. A disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>sfoi ainda mais ampliada <strong>com</strong>o VoD. Além disso, a TV tambémestá online e tornou-se móvel.42 OCDE: “Recreation and culture Services for the general public inclu<strong>de</strong> such things as museums, radio and television broadcasting, sports, and recreational or cultural programmes”31


IMPACTOS NO AUDIOVISUALEstes <strong>de</strong>senvolvimentos alteraram<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> dramático as expectativas<strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>res.Mas, <strong>com</strong>o alerta o The Economist,uma alteração nas expectativas nãoé o mesmo que uma mudança no<strong>com</strong>portamento. O consumo <strong>de</strong> TVé essencialmente uma activida<strong>de</strong> social.A maioria das pessoas quer vero que outros - seus familiares, amigos,colegas - estão a ver naquelemesmo momento 43 .De facto, vários estu<strong>do</strong>s revelamque a quase totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> consumo<strong>de</strong> TV é feita no momento em queos programas estão a ser transmiti<strong>do</strong>s44 . Além disso, a maioria <strong>do</strong>sprogramas grava<strong>do</strong>s no DVR é vistano dia em foram emiti<strong>do</strong>s, e mesmoo consumo <strong>de</strong> programas onlinea<strong>com</strong>panha o dia em que foramemiti<strong>do</strong>s na TV.A proliferação das alternativastorna mais difícil manter a a<strong>de</strong>são<strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>res, em particular <strong>do</strong>smeios <strong>de</strong> TV clássicos, aprofundan<strong>do</strong>a segmentação. Não concorremapenas contra outros canais <strong>de</strong> TV,mas <strong>com</strong> a miría<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofertas emmúltiplas plataformas.Hoje, cerca <strong>de</strong> 6,5 milhões <strong>de</strong> especta<strong>do</strong>resrecebem toda a sua TV (osquatro canais nacionais e mais <strong>de</strong>cem outros) em ambiente multicanalatravés <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> TV porsubscrição, a maioria através daZON.Quase meta<strong>de</strong> da audiência <strong>do</strong>s canaisnacionais ocorre em ambientemulticanal. São a parte mais activa,jovem, cosmopolita e educada danossa socieda<strong>de</strong>, o que é bom paraa publicida<strong>de</strong> a produtos premium.Os canais nacionais disputam <strong>com</strong><strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> outros a atenção <strong>do</strong>especta<strong>do</strong>r. Radicou uma mudançafundamental nos hábitos <strong>de</strong> entretenimentotelevisivo <strong>de</strong> muitosportugueses: aos programas nacionais<strong>de</strong> ficção que conseguem obteras maiores audiências massificadas(o que é bom para a publicida<strong>de</strong>a produtos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> consumo)juntam-se agora <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> micro-audiênciasque, todas juntas,representam uma fatia crescente daaudiência e <strong>do</strong> bolo publicitário.MOEDA ÚNICAO indica<strong>do</strong>r “primário” <strong>de</strong> estimativadas audiências, o Audipanel daMarktest, revela que a audiência<strong>do</strong>s canais temáticos é agora 18 porcento <strong>do</strong> total da audiência <strong>de</strong> TV.Todavia, este indica<strong>do</strong>r esbate a dimensãoda oferta <strong>do</strong>s canais temáticosnos lares multicanal. Comoé natural, nestes lares a audiência<strong>do</strong>s canais nacionais é inferiorà que obtêm nos lares apenas <strong>com</strong>os quatro canais nacionais.Em traços gerais, segun<strong>do</strong> o indica<strong>do</strong>r“secundário” Audicabo,nos lares multicanal, que são cerca<strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s lares <strong>com</strong> TV,a quota <strong>de</strong> audiência <strong>do</strong>s canaistemáticos no total da audiência <strong>de</strong>TV é muito elevada: cerca <strong>de</strong> 35por cento, quota que se obtém pelasoma das audiências <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s oscanais cabo. É um padrão que seafirmou há vários anos.Ao contrário <strong>do</strong> cinema, em que osbilhetes revelam directamentea audiência, a medição <strong>de</strong> audiências<strong>de</strong> TV resulta da aplicação <strong>de</strong>processos não científicos. Os resulta<strong>do</strong>ssão estatísticas que incorporamuma margem <strong>de</strong> erro que nuncapo<strong>de</strong>rá ser totalmente eliminada.Os números relativos a audiênciasconheci<strong>do</strong>s por ratings, o share, osGross Rating Points (GRP) são, pois,estimativas (ou uma “opinião”). Nãose po<strong>de</strong> esquecer que uma estimativaé uma imperfeição que, tal <strong>com</strong>ouma moeda única, é aceite consensualmente<strong>com</strong>o boa por to<strong>do</strong>s osinteressa<strong>do</strong>s para o estabelecimento<strong>do</strong> preço da publicida<strong>de</strong>. Sem consenso,o sistema per<strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>e entra em ruptura.Na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediro consumo <strong>de</strong> cada especta<strong>do</strong>r,a generalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s sistemas recorrea um painel <strong>de</strong> lares, uma amostrarepresentativa <strong>do</strong> total da audiência<strong>de</strong> TV (em Portugal são cerca <strong>de</strong>


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAmil lares). Um medi<strong>do</strong>r em cadacasa regista quais os canais escolhi<strong>do</strong>se cada membro <strong>do</strong> lar regista-seno sistema quan<strong>do</strong> <strong>com</strong>eça e <strong>de</strong>ixa<strong>de</strong> ver.O actual sistema <strong>de</strong> medição <strong>de</strong>audiências favorece mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>negócio petrifica<strong>do</strong>s, estabeleci<strong>do</strong>spelas agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>em época remota. O processo erarazoável para medir poucos canais.Mais canais <strong>de</strong> TV, mais dispersasas audiências, maior terá <strong>de</strong> sera amostra <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que mesmo aspequenas audiências sejam medidas.A malha tem <strong>de</strong> ser mais apertada.Com as microaudiências é necessáriauma amostra <strong>com</strong> pelomenos três mil lares e a<strong>do</strong>ptar umprocesso <strong>de</strong> medição mais eficaz.O mo<strong>de</strong>lo prevalecente introduzerros na medição <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> própriolar e não me<strong>de</strong> as audiências fora <strong>do</strong>lar, ignoran<strong>do</strong> o consumo <strong>de</strong> canais<strong>com</strong>o a Sport TV.CONTRIBUTO ZON PARACANAIS DE TVCanal <strong>de</strong> Notícias <strong>de</strong> Lisboa (CNL)que <strong>de</strong>u origem à SIC Notíciason<strong>de</strong> a ZON teve uma participaçãoaccionista <strong>de</strong> 50 por cento até 2009.ZON Lusomun<strong>do</strong> TV: agregação<strong>de</strong> quatro canais TVCine (to<strong>do</strong>sem Standard Definition e um emHDTV), e ainda <strong>de</strong> ZAP Novelas(para Angola e Moçambique)Dreamia, joint venture <strong>com</strong> Chello,agrega quatro canais SD: Panda,Panda Biggs, Hollywood e MOV(este também em HDTV).Através <strong>de</strong> uma participação <strong>de</strong> 50por cento na Sport TV, que produzoito canais, três canais SportTVem SD 16:9 mais três em HDTV.Sport TV África é <strong>com</strong>ercializa<strong>do</strong>na África sub-sahariana e Sport TVAméricas nos EUA e Canadá.GRANDE POTENCIAL ESCONDIDOO potencial <strong>com</strong>ercial <strong>do</strong>s canaispay TV é enorme. Mas <strong>com</strong>oo actual processo <strong>de</strong> medição dasaudiências subestima violentamenteos especta<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sses canais,o seu valor <strong>com</strong>ercial é, consequentemente,artificialmente diminuí<strong>do</strong>em benefício <strong>do</strong>s canais tradicionaisgeneralistas conheci<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o free--to-air 45 cujas audiências resultamempoladas.Nos merca<strong>do</strong>s inova<strong>do</strong>res, os anunciantesprocuraram optimizara capacida<strong>de</strong> segmenta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>scanais pay TV que permite fazerdirigir a publicida<strong>de</strong> <strong>com</strong> muitomaior rigor e eficácia. A possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> saber <strong>com</strong> maior aproximaçãoà realida<strong>de</strong>, quem está a vero quê e quan<strong>do</strong>, é uma vantagemsuprema para direccionar a publicida<strong>de</strong>apenas para os públicos--alvo minimizan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong>recursos.Em resumo, a gran<strong>de</strong> vantagem <strong>do</strong>scanais pay TV para os anunciantesé a possibilida<strong>de</strong> que oferecem <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação <strong>com</strong> a quasetotalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> público <strong>de</strong> televisãoe, simultaneamente, a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> concentrar <strong>com</strong> maior rigor asmensagens publicitárias em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>spúblicos-alvo. Saben<strong>do</strong>-sequais são os canais mais vistos porcada grupo sócio-<strong>de</strong>mográfico,permite-se maior eficácia no targetinge melhor Retorno <strong>do</strong> Investimento(ROI) em publicida<strong>de</strong>.43 The Economist 29 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 201044 BSkyB lares <strong>com</strong> Sky+ Box45 Free-to-air (FTA): canais <strong>de</strong> TV livres, suporta<strong>do</strong>s pela publicida<strong>de</strong> e/ou licença/taxa <strong>de</strong> TV32


IMPACTOS NO AUDIOVISUALA <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> actual está a aumentar.Os opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>são obriga<strong>do</strong>s a medir <strong>com</strong> fiabilida<strong>de</strong>crescente a activida<strong>de</strong> <strong>do</strong>sconsumi<strong>do</strong>res, a <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r osseus <strong>com</strong>portamentos, qual o efeito<strong>do</strong>s anúncios online nas <strong>com</strong>prasoffline. O objectivo é o mesmo <strong>de</strong>sempre - melhorar o ROI.A publicida<strong>de</strong> será sempre cada vezmais transversal a to<strong>do</strong>s os media.Haverá mais campanhas quepercorrem to<strong>do</strong>s os media e publicida<strong>de</strong>inova<strong>do</strong>ra nos vários ecrãs.Os anúncios interactivos po<strong>de</strong>rãoinaugurar uma nova época. Haverámais publicida<strong>de</strong> criativa na Web,o uso <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o e novos processos <strong>de</strong>captação da atenção.PORTA DE ENTRADA NOSCONTEÚDOSA relação conteú<strong>do</strong>-tecnologiaé tão antiga quanto a existência <strong>de</strong>ambos. A tecnologia que a indústriaconsi<strong>de</strong>ra ser a porta <strong>de</strong> entrada nosconteú<strong>do</strong>s é a interface conhecida<strong>com</strong>o Electronic Programme Gui<strong>de</strong> (EPG,também conheci<strong>do</strong> por InteractiveProgramme Gui<strong>de</strong> ou IPG).O EPG <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser um simplesguia para a programação. O EPGé um portal <strong>de</strong> acesso aos conteú<strong>do</strong>s,a serviços interactivos e on-<strong>de</strong>mand.O objectivo <strong>de</strong> um bom EPGé orientar, encorajar o especta<strong>do</strong>ra <strong>com</strong>prar e a ver mais conteú<strong>do</strong>s,ao mesmo tempo que reforçaa marca <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r, ajudan<strong>do</strong>a reduzir a <strong>de</strong>sistência 46 e a aumentaro ARPU (Average Revenue PerUser).A nova interface da ZON é maisavançada que o tradicional EPG.Íris é uma interface que proporcionauma experiência <strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>rsimplificada porque unifica to<strong>do</strong>s ostipos <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> - canais FTA, on<strong>de</strong>man<strong>de</strong> Over The Top TV (OTT) 47- e permite o seu consumo emqualquer dispositivo prepara<strong>do</strong> paraos receber.A interface simplifica a integração<strong>do</strong>s brands, <strong>do</strong>s widgets <strong>do</strong>s canaise re<strong>de</strong>s sociais. Requer apenas novebotões para navegação em três camadas<strong>de</strong> informação 3D e efectuarfunções <strong>de</strong> <strong>com</strong>an<strong>do</strong> TV avançadas,quer se trate <strong>de</strong> um televisor, <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r,tablet ou telemóvel.O funcionamento e a experiênciatáctil/visual 48 são sempre os mesmosqualquer que seja o dispositivo<strong>de</strong> consumo.46 Churn47 Over the Top TV, conteú<strong>do</strong>s extra acessíveis a partir <strong>do</strong> canal que se está a ver48 Look and feel


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA“O EPG DEIXOU DESER UM SIMPLESGUIA PARAA PROGRAMAÇÃO.O EPG É UM PORTALDE ACESSO AOSCONTEÚDOS,A SERVIÇOSINTERACTIVOSE ON-DEMAND.O OBJECTIVO DE UMBOM EPG É ORIENTAR,ENCORAJARO ESPECTADORA COMPRAR E A VERMAIS CONTEÚDOS,AO MESMO TEMPO QUEREFORÇA A MARCADO OPERADOR,AJUDANDO A REDUZIRA DESISTÊNCIA E AAUMENTAR O ARPU.”VoDO processo <strong>de</strong> <strong>com</strong>ercialização <strong>de</strong>filmes e outros conteú<strong>do</strong>s à peça,conheci<strong>do</strong> por VoD, respon<strong>de</strong>à cada vez maior procura pelosconsumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> conveniência noacesso a conteú<strong>do</strong>s. O VoD daZON tem a <strong>de</strong>signação Vi<strong>de</strong>oclubee po<strong>de</strong> ser facilmente utiliza<strong>do</strong> apartir <strong>do</strong> menu disponível no ecrã<strong>do</strong> televisor.O catálogo <strong>do</strong> ZON Vi<strong>de</strong>oclubereúne mais <strong>de</strong> quatro mil títulos,entre os maiores sucessos <strong>de</strong> bilheteiranos diferentes géneros (acção,<strong>com</strong>édia, drama, terror, suspense),as melhores séries, concertos,<strong>do</strong>cumentários, conteú<strong>do</strong>s infantise em HD. As características <strong>do</strong>VoD permitem ampliar o acessoa conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> nicho. No VoD osfilmes ocupam valioso espaço nummenu <strong>de</strong> géneros, mas muito poucoespaço num servi<strong>do</strong>r. Esta vantagem<strong>do</strong> VoD sobre a programação ditalinear, ou seja, a programação organizadanum fluxo horário <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>por um programa<strong>do</strong>r, permitedisponibilizar a qualquer momento,a pedi<strong>do</strong>, filmes <strong>de</strong> qualquer tipo.Através <strong>do</strong> VoD, as curtas-metragensfinalistas ao Prémio ZONCriativida<strong>de</strong> em Multimédia, quesão gratuitamente disponibilizadasno Vi<strong>de</strong>oclube ZON, conseguiramobter rapidamente exposição a muitos<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> especta<strong>do</strong>res.33


IMPACTOS NO AUDIOVISUALZON WIDGETSA capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitar os<strong>de</strong>senvolvimentos tecnológicos paraa produção e disseminação <strong>de</strong> novostipos <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> é imparável.Widgets são uma nova categoria <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s. São aplicações interactivasque correm directamente naZON BOX e que disponibilizamacesso a conteú<strong>do</strong>s actuais e dinâmicostípicos, mas não exclusivos, daInternet.Exemplos conheci<strong>do</strong>s incluemo Picasa e Flickr (sites globais <strong>de</strong>fotos online), AccuWeather (tempo),Quiosque (jornaiserevistas.<strong>com</strong>).Outros widgets são o Quiz e 8 Puzzle(jogos), Sondagem (inquéritos), DestaquesTV e Guia TV Cine (TV).Os conteú<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser acedi<strong>do</strong>sdirectamente na TV numa utilizaçãomais relaxada (laid-back) e facilitadaporque estão num ambientejá conheci<strong>do</strong> (TV) e porque os ZONWidgets são <strong>de</strong>senha<strong>do</strong>s para sero mais inclusivos possível.Este facto permite que os conteú<strong>do</strong>sportugueses cheguem a um maiornúmero <strong>de</strong> pessoas e a pessoas <strong>com</strong>perfis diferentes, numa óptica maisgeneralista. Por exemplo, é possívela um cliente ace<strong>de</strong>r aos ZONWidgets sem ter acesso à Internetnem ter PC, porque tu<strong>do</strong> é feitoatravés da ZON BOX e <strong>do</strong> televisor.Um <strong>do</strong>s factores diferencia<strong>do</strong>res <strong>do</strong>sZON Widgets é a disponibilização<strong>do</strong>s serviços mais usa<strong>do</strong>s e úteis daInternet, mas também os conteú<strong>do</strong>smais próximos <strong>do</strong> cliente, vistoconhecer-se a localização da casa <strong>do</strong>cliente. Nesse senti<strong>do</strong>, a ZON temvin<strong>do</strong> a <strong>de</strong>senvolver widgets <strong>com</strong>fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s nacionaispara en<strong>de</strong>reçar melhor gostose necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s clientes.Exemplos são a parceria <strong>com</strong>o jornal Record para o widgetsMundial 2010 e o lançamento daprimeira revista sobre TV, a MagazineHD. Começaram igualmente noúltimo trimestre <strong>de</strong> 2010, parcerias<strong>com</strong> empresas nacionais para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novoswidgetse em 2011 estão previstas parcerias<strong>com</strong> universida<strong>de</strong>s para a criação<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s adapta<strong>do</strong>s à realida<strong>de</strong>nacional.Com a utilização <strong>do</strong>s ZON Widgetse <strong>com</strong> o eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> personalizaçãoque é possível, hoje em dia,po<strong>de</strong>-se direccionar melhor a informaçãopara cada cliente segun<strong>do</strong> osseus gostos.“A PUBLICIDADESERÁ SEMPRECADA VEZ MAISTRANSVERSAL A TODOSOS MEDIA. HAVERÁMAIS CAMPANHASQUE PERCORREMTODOS OS MEDIAE PUBLICIDADEINOVADORA NOSVÁRIOS ECRÃS.OS ANÚNCIOSINTERACTIVOSPODERÃO INAUGURARUMA NOVA ÉPOCA.”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAA ZON está a <strong>de</strong>senvolver umprojecto <strong>de</strong> re<strong>com</strong>endações <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>sVoD e TV baseadas não apenasno que o cliente vê na TV, masno que utiliza <strong>do</strong>s ZON widgets.Será possível também disponibilizarinformação contextualizada sobreos programas da TV a <strong>de</strong>correre ainda da<strong>do</strong>s relativos ao GuiaTV e ao Vi<strong>de</strong>oclube, por exemplo:pesquisas, fotos, elenco, etc.Em geral, os ZON widgets vãomelhorar a experiência TV <strong>com</strong>conteú<strong>do</strong>s interactivos, contextualiza<strong>do</strong>se <strong>de</strong> fácil utilização, permitin<strong>do</strong>esse acesso <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>a to<strong>do</strong>s os clientes.CINEMA DIGITALA ZON tem apoia<strong>do</strong> o cinemaportuguês <strong>de</strong> diversas formas,<strong>de</strong>signadamente através da distribuiçãoem sala <strong>de</strong> cinema e da suaprogramação nos canais TV Cine.De 23 filmes programa<strong>do</strong>s em 2008,passou para 26 em 2010.Entre 2004 e 2010, <strong>do</strong>s 40 filmes<strong>com</strong> mais <strong>de</strong> sete mil especta<strong>do</strong>res,a ZON Lusomun<strong>do</strong> investiu na distribuição<strong>de</strong> 21. Outros exemplos <strong>de</strong>mecenato da ZON são a edição dacaixa DVD <strong>com</strong>emorativa <strong>do</strong>s cemanos <strong>de</strong> Manoel Oliveira e a edição<strong>do</strong> seu último filme Singularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>uma Rapariga Loura.Em Novembro <strong>de</strong> 2010, a ZONvoltou a trazer aos cinemas o filmeAniki Bóbó, que Manuel <strong>de</strong> Oliveirarealizou em 1942, assim <strong>com</strong>oo <strong>do</strong>cumentário Douro Faina Fluvial<strong>com</strong> sonorização <strong>de</strong> Luiz <strong>de</strong> FreitasBranco em cópias restauradas34


IMPACTOS NO AUDIOVISUALe remasterizadas em alta <strong>de</strong>finiçãono formato 2K. Pela primeira vez,foi também feita a sua distribuiçãoem DVD. Outro exemplo é a publicaçãoem DVD <strong>de</strong> Conversa Acabada,filme <strong>de</strong> “arte e ensaio” <strong>de</strong> JoãoBotelho para assinalar os 120 anos<strong>do</strong> nascimento <strong>de</strong> Fernan<strong>do</strong> Pessoa.A ZON é lí<strong>de</strong>r nacional na utilização<strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> ponta naexploração e exibição digital emsala <strong>de</strong> cinema. De facto, é uma dasempresas mais avançadas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>em tecnologia 3D. A digitalização<strong>do</strong>s cinemas da ZON Lusomun<strong>do</strong>veio criar as condições <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s nacionais por méto<strong>do</strong>smais rápi<strong>do</strong>s e <strong>com</strong> exibiçãocinematográfica a custos inferioresaos da era analógica. O standardJPEG2000 oferece qualida<strong>de</strong> HDimpressionante, eventualmentesuperior ao da televisão.A publicida<strong>de</strong> em sala <strong>de</strong> cinemaé uma das principais beneficiáriasda produção digital. Para além dasvantagens nos custos <strong>de</strong> produção,que po<strong>de</strong>m ser reduzi<strong>do</strong>s entre 20e 30 por cento, há as vantagensintrínsecas à exibição em sala <strong>de</strong>cinema: público disponível paraabsorver publicida<strong>de</strong>, cem por cento<strong>de</strong> eficiência.A redução nos custos <strong>de</strong> produçãoé também um incentivo à produção<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s portugueses alternativosem 2D ou 3D, <strong>com</strong>o por exemplo,concertos <strong>de</strong> música clássica e popularque, quan<strong>do</strong> exibi<strong>do</strong>s em sala, proporcionamuma experiência muitopróxima da <strong>de</strong> um concerto ao vivo.Estas tecnologias permitem aumentaro valor acrescenta<strong>do</strong> nacional na áreada produção audiovisual.A digitalização contribui tambémpara minimizar a pirataria <strong>de</strong>filmes. As estreias são mais rápidase ocorrem simultaneamente internacionalmentee em to<strong>do</strong> o País– o que é também um benefíciosócio-cultural. O progressivo movimento<strong>de</strong> estreia no mesmo dia emque estreia nos EUA só é possívelgraças ao cinema digital porqueelimina a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> cópias em película, um processomoroso, poluente e menos seguro.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESALOCALIZAÇÃO, EXPORTAÇÃO DECONTEÚDOS E DE KNOW HOWDes<strong>de</strong> 1998, a ZON tem vin<strong>do</strong>a afirmar-se <strong>com</strong>o dinamiza<strong>do</strong>rada indústria nacional <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s.Nesse ano foi lança<strong>do</strong> Sport TV,o primeiro canal português específicopara pay TV, logo segui<strong>do</strong><strong>de</strong> CNL (hoje SIC Notícias), queintroduziram numerosas inovaçõesnas respectivas áreas <strong>de</strong> produção.O processo <strong>de</strong> localização <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>stinha si<strong>do</strong> inicia<strong>do</strong> <strong>com</strong>a <strong>do</strong>bragem e legendagem em português.Esta activida<strong>de</strong> promoveuo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong>empresas na indústria <strong>de</strong> legendageme <strong>do</strong>bragem <strong>de</strong> filmes, emparticular filmes <strong>de</strong> animaçãoe <strong>do</strong>cumentários. Dos 141 canais <strong>de</strong>televisão que a ZON actualmentedistribui, sessenta por cento sãofala<strong>do</strong>s, legenda<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>sem português, a que se somam 16estações <strong>de</strong> rádio em português.A internacionalização da ZON<strong>com</strong> a constituição da joint ventureZAP em Angola representou umaoportunida<strong>de</strong> para maximizar <strong>com</strong>petênciasna aquisição, agregação,scheduling 49 e branding <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>spara novos merca<strong>do</strong>s e para o merca<strong>do</strong>africano em particular.A ZON está a potenciar a indústria<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s em Portugal, <strong>com</strong>a venda <strong>de</strong> canais para o merca<strong>do</strong>angolano – TVCine, Hollywood,Panda, Panda Biggs, MOV e SportTV. Foram também negocia<strong>do</strong>sacor<strong>do</strong>s-chave para assegurar umaampla oferta <strong>de</strong> canais em que têmgran<strong>de</strong> peso os conteú<strong>do</strong>s em línguaportuguesa, muitos <strong>do</strong>s quais prepara<strong>do</strong>sespecificamente paraa audiência angolana.A exploração <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> cinemaZON Lusomun<strong>do</strong> em Angolae Moçambique é outra área <strong>de</strong>internacionalização da ZON.Canais <strong>de</strong> televisão distribuí<strong>do</strong>s pela ZON e respectiva língua <strong>de</strong> emissão(Dezembro 2010)PERCENTAGEMPORTUGAL OUTROS FALADOS LEGENDADOSFALADOS ELEGENDADOSDOBRADOS OUTRAS TOTALPORTUGUÊS PORTUGUÊSPORTUGUÊSPORTUGUÊS LÍNGUAS37 10435 33 2 12 5914125% 23% 1% 9% 42%49 Scheduling: organização horária <strong>do</strong>s programas35


I M P A CT O SNAC O M P ET I T IV I D A EDAST E L EC O M S


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESASegun<strong>do</strong> a OCDE, os opera<strong>do</strong>respor cabo, entre osquais a ZON, passaram <strong>de</strong>opera<strong>do</strong>res basicamente<strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>oanalógico a opera<strong>do</strong>res fornecen<strong>do</strong>uma gama ampla<strong>de</strong> serviços avança<strong>do</strong>s <strong>de</strong>tele<strong>com</strong>unicações digitais.As re<strong>de</strong>s foram mo<strong>de</strong>rnizadaspara suportar serviçosrequeren<strong>do</strong> elevadas larguras<strong>de</strong> banda, <strong>com</strong>o a TV<strong>de</strong> alta <strong>de</strong>finição e o acessorápi<strong>do</strong> ou ultra-rápi<strong>do</strong>à Internet.Os três principais motores<strong>de</strong>sta transformação forama procura pelos consumi<strong>do</strong>res<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>oavança<strong>do</strong>s, estratégias <strong>de</strong>preço <strong>com</strong>petitivas e maioresvelocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bandalarga. O cenário das tele<strong>com</strong>unicaçõesiniciou umamudança tectónica no senti<strong>do</strong>convergente em consequênciada introdução daarquitectura IP – na voz,ví<strong>de</strong>o, da<strong>do</strong>s.OBSTÁCULOSA separação da PT Multimédia introduziu verda<strong>de</strong>iraconcorrência no merca<strong>do</strong> das tele<strong>com</strong>unicações emPortugal. De subsidiária <strong>do</strong> incumbente, oferecen<strong>do</strong>apenas pay TV, banda larga e uma tímida oferta <strong>de</strong> voz,a ZON afirmou-se três anos <strong>de</strong>pois <strong>com</strong>o um opera<strong>do</strong>r<strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações <strong>com</strong>pleto, oferecen<strong>do</strong> uma gama<strong>de</strong> produtos e serviços <strong>de</strong> entretenimento e tele<strong>com</strong>unicaçõesfixas e móveis para vários merca<strong>do</strong>s – <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o resi<strong>de</strong>ncial à gran<strong>de</strong> empresa. A marca ZON Fibraconsubstancia o posicionamento na vanguarda da inovaçãoe <strong>de</strong> serviço total da ZON.A introdução <strong>de</strong> concorrência não tem si<strong>do</strong> um processofácil. A ZON veio imprimir uma nova e impactantedinâmica concorrencial. A ZON afirmou-se no merca<strong>do</strong>ten<strong>do</strong> <strong>de</strong> enfrentar obstáculos <strong>com</strong> recurso exclusivoaos instrumentos legais aplicáveis a cada situação e pelaprossecução <strong>de</strong> uma prática concorrencial leal, correctae legal.36


IMPACTOS NA COMPETITIVIDADE DA TELECOMS“A PALAVRA ‘FIBRA’PODE DESIGNARFIBRAHoje, a palavra “fibra” é utilizada,em particular, para significar a fibra<strong>de</strong> plástico ou vidro flexível conhecidapor “fibra óptica”. Também<strong>de</strong>signa o serviço <strong>de</strong> alto débitoproporciona<strong>do</strong> pela fibra óptica oupela sua conjugação <strong>com</strong> outros tipos<strong>de</strong> fibras, <strong>de</strong>signadamente a fibracoaxial.No processo <strong>de</strong> transmissão, a informaçãoé transformada em feixes <strong>de</strong>luz, pelo que a associação da fibraóptica à velocida<strong>de</strong> da luz influencioua semântica. “Fibra óptica” foireduzi<strong>do</strong> para “fibra” e passoua significar “transmissão à velocida<strong>de</strong>da luz” e, logo, “fibra” passoua significar “velocida<strong>de</strong>”.A palavra “fibra” po<strong>de</strong> <strong>de</strong>signarquaisquer serviços <strong>de</strong> alto débito,não só pelas tecnologias utilizadas,mas também porque esseé o significa<strong>do</strong> semântico, sociale <strong>com</strong>ercial que a palavra adquiriupara exprimir esses serviços. Os finssão os mesmos: prestar um serviço<strong>de</strong> TV, pelo menos 30 Mbps e vozao consumi<strong>do</strong>r.Na verda<strong>de</strong>, nenhum opera<strong>do</strong>r utilizauma re<strong>de</strong> pura em fibra ópticaou pura em fibra coaxial. To<strong>do</strong>sutilizam uma mistura <strong>de</strong> ambas astecnologias nas suas re<strong>de</strong>s, uns maisa montante, outros mais a jusante.Para o consumi<strong>do</strong>r, a tecnologia <strong>de</strong>distribuição é indiferente.Os fins são os mesmos: prestar umserviço ao consumi<strong>do</strong>r. A diferençaresi<strong>de</strong> hoje na expansão: o serviçoda ZON chega a 2,4 milhões <strong>de</strong>lares, mais <strong>do</strong> <strong>do</strong>bro <strong>do</strong> seu principalconcorrente, e a sua instalaçãoem casa <strong>do</strong> cliente é muito maissimples e fácil. Além disso, oferecemaiores débitos: a oferta da ZONinclui velocida<strong>de</strong>s até 1 Gbps.O opera<strong>do</strong>r incumbente tem umapesada herança tecnológica que sópo<strong>de</strong> ser vencida <strong>com</strong> a instalação<strong>de</strong> fibra até à casa <strong>do</strong> cliente: o cabo<strong>de</strong> cobre bifilar <strong>do</strong> telefone clássicoé muito limita<strong>do</strong>, nomeadamente naprestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> TV em HDe Internet <strong>de</strong> alto débito.A fibra óptica tem enormes vantagens– gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, manutençãoreduzida, menor consumo<strong>de</strong> energia.QUAISQUER SERVIÇOSDE ALTO DÉBITO,NÃO SÓ PELASTECNOLOGIASUTILIZADAS, MASTAMBÉM PORQUEESSE É O SIGNIFICADOSEMÂNTICO, SOCIALE COMERCIAL QUEA PALAVRA ADQUIRIUPARA EXPRIMIR ESSESSERVIÇOS. OS FINSSÃO OS MESMOS:PRESTAR UM SERVIÇODE TV, PELO MENOS30 MBPS E VOZ AOCONSUMIDOR.”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESADes<strong>de</strong> há anos que os troncosprincipais das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicaçõese os ramos secundários, tanto<strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res clássicos <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações<strong>com</strong>o <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res<strong>de</strong> TV por cabo, são em fibra.Mas, a fibra até casa <strong>do</strong> cliente temface às re<strong>de</strong>s Híbridas Fibra Coaxial(HFC) uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>svantagemfinanceira e uma condicionantetecnológica: é preciso muito tempoe investimento e, afinal, nem sequerdispensa o cabo coaxial queé obrigatoriamente utiliza<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o ponto <strong>de</strong> chegada <strong>do</strong> sinal ópticoà porta da casa <strong>do</strong> cliente até aoequipamento <strong>de</strong> consumo quefunciona em sinal eléctrico.REDES DE NOVA GERAÇÃOO termo “re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nova geração”(RNG), tal <strong>com</strong>o <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por organismos<strong>com</strong>o a União Internacional<strong>de</strong> Tele<strong>com</strong>unicações (ITU) oupela Comissão Europeia, não po<strong>de</strong>ser aplica<strong>do</strong> apenas ao meio físicoutiliza<strong>do</strong>, nem a quem o opera.O que conta, em particular,é a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema <strong>com</strong>oé o caso das RNG que fazem recursoà fibra e também ao cabo coaxial.São um híbri<strong>do</strong> fibra-coaxial.Este mix também é vantajoso.O cabo coaxial oferece capacida<strong>de</strong>muito superior ao cabo em cobrebifilar, <strong>com</strong> a vantagem <strong>de</strong> que jáestá instala<strong>do</strong> até à casa <strong>do</strong> cliente,pelo que as re<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>respor cabo evoluíram naturalmente<strong>do</strong> coaxial para o híbri<strong>do</strong>, e a prazocontinuarão a evoluir para re<strong>de</strong>spre<strong>do</strong>minantemente em fibra.O HFC oferece prestações <strong>de</strong> fibraóptica graças à conjugação <strong>de</strong>quatro tecnologias – a fibra óptica<strong>de</strong> troncos e ramais e respectivamodulação (GPON 50 está a tornar--se um standard), o cabo coaxiale respectiva modulação(EURODOCSIS 3.0).É o caso da ZON que, entre 2008e 2010, investiu 620 milhões <strong>de</strong>euros na construção da sua RNG,permitin<strong>do</strong> disponibilizar serviçosHD em vários televisores nas casas<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os seus subscritores e, no50 PON é uma re<strong>de</strong> óptica passiva, <strong>com</strong> configuração ponto multi-ponto, em fibra até ao utiliza<strong>do</strong>r, <strong>com</strong> recursos reduzi<strong>do</strong>s em fibra e equipamento; G-PON é um standard que permite maioresfluxos, maior segurança e escolha <strong>de</strong> protocolo Layer 2 (ATM, GEM, Ethernet)37


IMPACTOS NA COMPETITIVIDADE DA TELECOMS“OS PASSOS FUTUROSDESTA ESTRATÉGIAfinal <strong>de</strong> 2010, débitos <strong>de</strong> 360 Mbps,antecipan<strong>do</strong> em muitos anos idênticaoferta por parte <strong>do</strong> incumbente.A migração da distribuição <strong>de</strong> televisãoanalógica para digital permiteuma utilização muito mais eficiente<strong>do</strong> espectro, libertan<strong>do</strong> significativalargura <strong>de</strong> banda para outras aplicações,<strong>com</strong>o, por exemplo,a progressiva conversão da totalida<strong>de</strong><strong>do</strong>s canais ainda em standarddigital (SD) para alta <strong>de</strong>finição (HD)e maiores velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Internet.Para adquirir escala e concorrer<strong>com</strong> o incumbente, era necessáriomaximizar e expandir a largura<strong>de</strong> banda para as aplicações digitais.Das alternativas tecnológicasdisponíveis, a ZON optou por fazero upgra<strong>de</strong> para EURODOCSIS 3.0e por utilizar uma infra-estruturaem fibra óptica própria, sempremais perto <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res, numachamada <strong>de</strong>ep fibre strategy.Os passos futuros <strong>de</strong>sta estratégiaconsistem na introdução <strong>de</strong> umaarquitectura <strong>de</strong> re<strong>de</strong> totalmentebaseada em IP e a aproximação dafibra ainda mais perto <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res,na chamada last mile, o quepermite fornecer ainda mais largura<strong>de</strong> banda a cada lar.CONSISTEM NAINTRODUÇÃO DE UMAARQUITECTURA DEREDE TOTALMENTEBASEADA EM IP EA APROXIMAÇÃODA FIBRA AINDAMAIS PERTO DOSUTILIZADORES, NACHAMADA LASTMILE, O QUE PERMITEFORNECER AINDAMAIS LARGURA DEBANDA A CADA LAR.”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAEvolução da distribuição digital <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> TVFonte: ZON200886410 204060 80 100 120200910138120 100 80 60 40 20 0108360 204060 80 100 1202010Número <strong>de</strong> Canais AnalógicosNúmero <strong>de</strong> Canais Digitais38


IMPACTOS NA COMPETITIVIDADE DA TELECOMSFILEIRASA partir <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2007, outraestratégia concorrencial da ZON,<strong>com</strong> muito sucesso, foi a oferta<strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> voz fixo, que entãorepresentava apenas 83 milhares <strong>de</strong>clientes da ZON, aumentan<strong>do</strong> para732 milhares em Setembro <strong>de</strong> 2010.Na voz fixa residia o núcleo duroda activida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s incumbentes, masa introdução da tecnologia VoIPpermitiu <strong>com</strong>plementar a receita daZON <strong>com</strong> a oferta <strong>de</strong> um serviçobarato e integrante <strong>do</strong> pacote <strong>de</strong>três serviços – TV, Internet e vozfixa.Outras fileiras <strong>de</strong> negócio suportadase <strong>de</strong>senvolvidas pelas novas re<strong>de</strong>sdigitais são a televisão HD e o VoD,que vieram <strong>com</strong>plementar a oferta <strong>de</strong>canais <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>conheci<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o premium.Suportada na arquitectura HD,embora ainda em fase embrionária,a televisão 3D po<strong>de</strong>rá vir a ocuparum nicho para programas específicose apropria<strong>do</strong>s àquela tecnologia.Finalmente, a introdução <strong>de</strong>uma oferta <strong>de</strong> voz e Internet móvel<strong>com</strong>pletaram o pacote <strong>com</strong>petitivoem todas as frentes.VANTAGEM AO CONSUMIDORA oferta <strong>de</strong> pacotes multi-serviçostraduziu-se em economia real paraos consumi<strong>do</strong>res. Em apenas <strong>do</strong>isanos, <strong>com</strong>o revela o quadro ao la<strong>do</strong>,a oferta <strong>de</strong> pacotes para um conjunto<strong>de</strong> quatro serviços (TV, Internet,voz fixa e voz móvel), resultou num<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> aproximadamente 35por cento aos consumi<strong>do</strong>res, paraalém da sinergia positiva resultanteda conveniência da factura única.Estima-se que o valor transferi<strong>do</strong>para um consumi<strong>do</strong>r que, em2007, adquirisse quatro serviçosindividualmente <strong>de</strong> opera<strong>do</strong>resdiferentes, em 2010, para o mesmoconsumi<strong>do</strong>r, adquirin<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s osquatro serviços à ZON, correspon<strong>de</strong>a cerca <strong>de</strong> 34 euros mensais, um<strong>de</strong>sconto muito significativo. Melhorexperiência <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>r a umcusto inferior.Estes benefícios resultaram nocrescimento rápi<strong>do</strong> da quota <strong>de</strong>subscritores <strong>com</strong> <strong>triple</strong> <strong>play</strong> que, em2007, era apenas 68 700 crescen<strong>do</strong>para 603 500, em 2010, representan<strong>do</strong>52 por cento <strong>do</strong>s clientes<strong>com</strong> ligação por cabo. Esta evoluçãocoloca a ZON na vanguarda <strong>do</strong>sopera<strong>do</strong>res por cabo a nível internacionalquanto a penetração <strong>de</strong>serviços <strong>triple</strong> <strong>play</strong>.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESATransferência <strong>de</strong> valor para os consumi<strong>do</strong>res é gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> dinamismo económicoFonte: ZONA produtivida<strong>de</strong> é gera<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> emprego e não <strong>de</strong>strui<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> emprego,segun<strong>do</strong> vários estu<strong>do</strong>s económicos. A produtivida<strong>de</strong> não só contribui paraaumentar a eficiência, <strong>com</strong>o também expan<strong>de</strong> a produção através <strong>de</strong>inovações que melhoram o <strong>de</strong>sempenho, qualida<strong>de</strong> e valor <strong>de</strong> bens e serviços.Mesmo a produtivida<strong>de</strong> que tem origem apenas em ganhos <strong>de</strong> eficiência, po<strong>de</strong>contribuir para o aumento <strong>do</strong> emprego se as empresas passarem as poupançasnos custos para os seus clientes sob a forma <strong>de</strong> preços mais baixos – <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>aos lares e às empresas mais dinheiro para gastar <strong>de</strong> outros mo<strong>do</strong>s – ou seutilizarem as poupanças para a criação <strong>de</strong> novos empregos. 512007 2010Serviçosadquiri<strong>do</strong>sindividualmentePacote <strong>de</strong> serviços ZON-35%TVTV96,09€62,22€51 McKinsey Global Institute, “Growth and renewal in the United States: Retooling America’s economic engine”, Fevereiro 2011.39


IMPACTOS NA COMPETITIVIDADE DA TELECOMSZON na vanguarda <strong>do</strong> crescimento Triple Play <strong>com</strong>parativamente à concorrênciaFonte: ZONZONVIRGIN MEDIATELENETCRESCIMENTO DO TRIPLE PLAY (2007 - 2010)48,9 pp13,2 pp12,7 ppPENETRAÇÃO DO TRIPLE PLAY (2007)ZON 6%VIRGIN MEDIA 49,5%TELENET 17,7%LIBERTY GLOBALUPCCOMHEM4,9 pp6,4 pp11,6 ppLIBERTY GLOBAL 15,4%UPC 11,6%COMHEM 31,7%PENETRAÇÃO DO TRIPLE PLAY (2010)ZON 55,2%VIRGIN MEDIA 62,7%TELENET 30,5%LIBERTY GLOBAL 20,3%UPC 18%COMHEM 43,3%Investimentos mais significativosFonte: ZONDATACENTRE BACKBONE HUBS E INFRA-ESTRUTURASNovo datacentre<strong>de</strong> alta capacida<strong>de</strong><strong>com</strong> tecnologiavirtual40 Gbps permitin<strong>do</strong>actualização para100 Gbps totalmenteredundanteTotalmente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesem quaisquer limitaçõesREDE DE FIBRA NÓS ÓPTICOS SET-TOP BOXESNovas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>fibra <strong>de</strong> topo <strong>de</strong>gama <strong>com</strong> 5 fibrasaté ao nóMenos <strong>de</strong> 100 clientes<strong>de</strong> Docsis 3.0 por nóem células em zonas<strong>com</strong> maior intensida<strong>de</strong><strong>de</strong> tráfegoAprox. 70% <strong>do</strong>s clientesda ZON <strong>com</strong> novas BoxesHDVIRGIN MEDIA - Reino Uni<strong>do</strong> / TELENET - Bélgica / LIBERTY GLOBAL - vários países europeusUPC - vários países europeus / COMHEM - Suécia


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESALIDERANÇA DO TRIPLE PLAY COM<strong>55%</strong> DE PENETRAÇÃOCrescimento em 3P clientes /penetraçãoFonte: ZON2010642,355,2%2009484,441%2008193,417,6%Perfil <strong>do</strong> cliente ZON 2010Fonte: ZONSINGLE PLAY30,6%DOUBLE PLAY14,2%TRIPLE PLAY55,2%81


I M P A CT O SNAE X P E RI Ê N C I ADE C O N SU M I D O R


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESANuma economia <strong>do</strong>minada pelos serviços, a relação entreo presta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> serviço e o seu cliente ou utiliza<strong>do</strong>r é mais próxima <strong>do</strong> que no sectorsecundário, em que um produto, por vezes objecto final da relação, consubstancia e interme<strong>de</strong>iaessa relação. Todavia, também no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos se a<strong>do</strong>ptam práticastecnológicas e <strong>de</strong> marketing no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> assegurar que os produtos proporcionem aosclientes excelentes experiências.“Uma <strong>de</strong>finição cliente-‘cêntrica’, robusta e bem executada, não só i<strong>de</strong>ntifica a voz óbvia <strong>do</strong>cliente, mas também, e mais importante, ajuda a i<strong>de</strong>ntificar as necessida<strong>de</strong>s não expressase latentes <strong>do</strong>s clientes”, escreve Mello 51 . Muitos produtos não são o fim da linha mas são elespróprios o veículo, o meio, para a fruição <strong>de</strong> serviços. A activida<strong>de</strong> da ZON resulta numaexperiência <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>r intermediada, tanto por intangíveis <strong>com</strong>o por produtos <strong>de</strong> quea interface gráfica <strong>com</strong> o televisor e o tele<strong>com</strong>an<strong>do</strong> das set-top boxes são exemplares.UMA BOA EXPERIÊNCIAPara a ZON, o cliente está no centro <strong>de</strong> toda a activida<strong>de</strong>.Proporcionar uma boa experiência ao consumi<strong>do</strong>rem to<strong>do</strong>s os pontos <strong>de</strong> contacto <strong>com</strong> a ZON e em to<strong>do</strong>sos serviços e produtos <strong>de</strong> consumo ao longo <strong>de</strong> todaa ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor é um objectivo estratégico paraa empresa.Des<strong>de</strong> o primeiro contacto <strong>com</strong> a ZON através da publicida<strong>de</strong>ou através <strong>de</strong> um amigo ou familiar, passan<strong>do</strong>pela interface para consumo <strong>do</strong>s produtos <strong>de</strong> televisãoou pelo acesso à Internet, até ao recebimento da facturaou à resolução <strong>de</strong> um eventual problema técnico, to<strong>do</strong>ssão momentos importantes para o cliente e que a ZONleva muito a sério.Em 2007, a imagem da ZON sofria <strong>do</strong> impacto negativo<strong>de</strong> anos <strong>de</strong> pouco cuida<strong>do</strong> na relação <strong>com</strong> o consumi<strong>do</strong>r,resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> virtual monopólio daTVCabo que não incentivava a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> processose métricas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.Em 2008, a mudança <strong>de</strong> nome para ZON foi a<strong>com</strong>panhadapelo rebranding, ou seja, pela a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> umanova promessa <strong>de</strong> valor e benefício emocional parao consumi<strong>do</strong>r. Foi <strong>de</strong>finida uma nova visão, missãoe valores que concentraram a empresa na oferta <strong>de</strong> umserviço <strong>de</strong> excelência ao consumi<strong>do</strong>r, <strong>com</strong> as mais inova<strong>do</strong>rase diferencia<strong>do</strong>ras soluções tecnológicas,e caracteriza<strong>do</strong> por uma actuação <strong>de</strong> continuada atençãopara <strong>com</strong> o cliente, escutan<strong>do</strong>-o para o enten<strong>de</strong>re respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>com</strong> rigor e profissionalismo.51 Mello, S., “Customer-Centric Product Definition”, PDC, 200241


IMPACTOS NA EXPERIÊNCIA DE CONSUMIDOR“A PRIORIDADE DAGESTÃO DA ZONCONCENTROU-SE NODESENVOLVIMENTORELAÇÃO COM O CONSUMIDORO primeiro claim da ZON (“Quemé ZON está on”) procurou <strong>com</strong>unicara i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ruptura, aproximaçãoe inovação. A priorida<strong>de</strong> da gestãoda ZON concentrou-se no <strong>de</strong>senvolvimentoda relação <strong>com</strong> o consumi<strong>do</strong>ratravés <strong>de</strong> um programa<strong>de</strong> melhoria contínua <strong>do</strong>s processos,ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> criada uma unida<strong>de</strong>exclusivamente <strong>de</strong>dicada à implementação<strong>de</strong> diagnóstico, métricas,soluções e observância da respectivaexecução.Exemplo paradigmático foia mudança no mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> receberos clientes quan<strong>do</strong> telefonam paraa ZON. Quebran<strong>do</strong> uma práticaantiga que muito penalizavae irritava os seus clientes, a ZONcriou um número gratuito paraqualquer re<strong>de</strong> fixa (16990),melhoran<strong>do</strong> muito a experiência <strong>de</strong>contacto <strong>com</strong> os serviços daempresa, que também beneficiou <strong>de</strong>uma nova plataforma telefónica quesimplifica a interacção.Com o fim da prestação <strong>de</strong> serviçosda PT Contact, foi introduzida umasolução telefónica integrada, em2008, cem por cento IP, redundanteem <strong>do</strong>is centros <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, que servemúltiplos sites apenas <strong>com</strong> umaligação IP ou Internet VPN 52 . Estasolução também já é utilizada emteletrabalho.Este processo resultou na reestruturação,mo<strong>de</strong>rnização e na ampliação<strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> contacto da linhada frente no contacto <strong>com</strong> o cliente,em particular call centres.A introdução <strong>de</strong> software <strong>com</strong>flexibilida<strong>de</strong> multiplataforma e <strong>com</strong>capacida<strong>de</strong> analítica da experiência<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r, produziu uma simplificaçãopositiva na interacção<strong>com</strong> o consumi<strong>do</strong>r, geran<strong>do</strong> maiorprodutivida<strong>de</strong> e reforço <strong>do</strong> brand.Processos <strong>de</strong> gestão mais exigentese rigorosos foram traduzi<strong>do</strong>s emnovos Service Level Agreements (SLA),contribuin<strong>do</strong> para a substancialmelhoria da qualida<strong>de</strong> das activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> suporteà instalação e assistência técnica.Os call centres ZON em Lisboa,no Porto e nas Caldas das Rainha,foram certifica<strong>do</strong>s e receberamo “Selo <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> APCC” queé atribuí<strong>do</strong> face a um conjunto <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> 150 controlos relaciona<strong>do</strong>s<strong>com</strong> as activida<strong>de</strong>s operacionaise garante que a ZON exerce, emtodas as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inbound 53 ,outbound 54 e serviço pós-venda, boaspráticas <strong>de</strong> gestão nos seus callcentres.DA RELAÇÃO COMO CONSUMIDORATRAVÉS DE UMPROGRAMA DEMELHORIA CONTÍNUADOS PROCESSOS,TENDO SIDO CRIADAUMA UNIDADEEXCLUSIVAMENTEDEDICADAÀ IMPLEMENTAÇÃODE DIAGNÓSTICO,MÉTRICAS,SOLUÇÕESE OBSERVÂNCIADA RESPECTIVAEXECUÇÃO.”52 Internet Virtual Private network: Uma forma <strong>de</strong> Wi<strong>de</strong> Area Network (WAN), re<strong>de</strong> que permite conectivida<strong>de</strong> para activida<strong>de</strong>s <strong>com</strong>o “file sharing” ou ví<strong>de</strong>o conferência, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> eficaz eseguro, tanto sobre re<strong>de</strong>s privadas <strong>com</strong>o sobre a re<strong>de</strong> pública Internet, manten<strong>do</strong> a privacida<strong>de</strong> e a integrida<strong>de</strong> da conexão através <strong>de</strong> diversos mecanismos.53 Inbound: Chamadas recebidas54 Outbound: Chamadas para os consumi<strong>do</strong>res


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAA APCC - Associação Portuguesa<strong>de</strong> Contact Centres é uma entida<strong>de</strong>que certifica que os centros <strong>de</strong> atendimentoque seguem boas práticas<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução e controlo<strong>de</strong> operações.A auditoria da APCC avaliou osserviços <strong>do</strong>s call centres <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><strong>com</strong> seis vectores: qualida<strong>de</strong> dasinstalações, organização, processos<strong>de</strong> melhoria contínua (monitorias,coachings, formação); nível <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho (indica<strong>do</strong>res internose monitorias realizadas pelo auditor);recursos humanos (fi<strong>de</strong>lização,incentivos, supervisão, índice <strong>de</strong>satisfação) e tecnologia.CONVENIÊNCIA FÍSICA E ONLINEO incremento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> lojasda ZON nas zonas servidas peladistribuição por cabo, quase todasem centros <strong>com</strong>erciais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>dimensão e em Lojas <strong>do</strong> Cidadão,permitem maior proximida<strong>de</strong> <strong>com</strong>os clientes.As lojas tornaram-se um canal privilegia<strong>do</strong><strong>de</strong> contacto, não só paravenda <strong>de</strong> produtos e serviços e pagamento<strong>de</strong> facturas, <strong>com</strong>o permitema prestação <strong>de</strong> apoio personaliza<strong>do</strong>.Outra função das lojas é <strong>de</strong>monstrarnovas experiências <strong>de</strong> consumo.O <strong>de</strong>senvolvimento da presença onlineda ZON tem impactos a nívelda conveniência <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e<strong>do</strong> eComércio em geral. Algumas<strong>de</strong>stas aplicações são tecnologia <strong>de</strong>origem portuguesa.Destacam-se aqui <strong>do</strong>is serviços: MyZON, uma área online, exclusivapara subscritores ZON para gestão<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os seus produtos e serviços;e bilheteira online e outros serviçoselectrónicos da ZON Lusomun<strong>do</strong>Cinemas.Os serviços disponíveis em MyZON através da Internet são:- A<strong>de</strong>rir à factura electrónica e ao débitodirecto- Consultar o seu sal<strong>do</strong>- Efectuar carregamentos VoD- Enviar pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> assistência- Configurar contas <strong>de</strong> e-mail- Configurar serviços <strong>com</strong>o o ZON@FON- Visualizar o <strong>de</strong>talhe das suas chamadas- Definir alertas <strong>de</strong> consumo- Activar canais premiumAlgumas opções estão também disponíveisatravés na ZON BOXe no telemóvel e agora tambématravés da interface Íris.A bilheteira electrónica <strong>de</strong> ZONLusomun<strong>do</strong> Cinemas po<strong>de</strong> ser acedidano site respectivo, no Facebooke por mTicketing – o código <strong>de</strong>barras visível no ecrã <strong>do</strong> telemóvelé o bilhete <strong>de</strong> entrada na sala <strong>de</strong>cinema.Outros meios electrónicos sãoo pagamento <strong>de</strong> bilhetes através<strong>de</strong> máquina multibanco Point ofSale (POS) e a venda self-service <strong>de</strong>bilhetes e produtos <strong>de</strong> consumo emquiosques nos foyers das salas <strong>de</strong>cinema, <strong>com</strong> tecnologia concebidae <strong>de</strong>senvolvida em Portugale certificada pela SIBS. O registo <strong>do</strong>sutiliza<strong>do</strong>res online permite recebersemanalmente uma newsletter poremail personalizada e georeferenciada<strong>com</strong> informação <strong>de</strong> estreias <strong>de</strong>filmes.42


IMPACTOS NA EXPERIÊNCIA DE CONSUMIDORMELHORES PRÁTICASA aplicação das melhores práticasna área <strong>de</strong> atenção ao cliente estáreflectida nos números publica<strong>do</strong>spor entida<strong>de</strong>s externas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.Em 2009, a ANACOMdivulgou o número <strong>de</strong> reclamaçõesrelativas ao serviço <strong>de</strong> televisão.O relatório analisa as reclamaçõesrecebidas naquele regula<strong>do</strong>r <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>. A ZON <strong>de</strong>staca-se pelapositiva <strong>com</strong> menos <strong>de</strong> 0,7 queixaspor mil clientes na Ma<strong>de</strong>irae Açores, melhor que qualquer outraempresa concorrente, e no Continente<strong>com</strong> menos <strong>de</strong> 1,8 queixaspor mil clientes, muito melhor queos seus concorrentes directos.Também a DECO confirma quea ZON é o opera<strong>do</strong>r <strong>com</strong> menosreclamações em 2009, quan<strong>do</strong> <strong>com</strong>para<strong>do</strong><strong>com</strong> os seus concorrentesmais directos.Em 2010, o estu<strong>do</strong> da ANACOMrelativo ao primeiro semestre confirmaa continuada evolução paramelhor: “O Grupo ZON registauma evolução positiva entre 2008e 2009, <strong>com</strong> variações estatisticamentesignificativas nos sete índices.”Destacam-se as duas variações maisexpressivas: 0.44 pontos na imageme 0.40 pontos no tratamentodas reclamações.” Noutro ponto,o Relatório afirma que “o GrupoZON regista variações significativamentepositivas em <strong>do</strong>is indica<strong>do</strong>resdas Expectativas, sen<strong>do</strong> estes ligeiramentesuperiores às <strong>do</strong> subsector <strong>do</strong>serviço <strong>de</strong> televisão por subscrição”.Também quanto ao Valor Apercebi<strong>do</strong>,a ZON “melhora a sua posiçãoem relação ao subsector” e quantoà Satisfação regista “valores estatisticamentepositivos, geralmentesuperiores aos <strong>do</strong> subsector”.A ZON conheceu em 2009 “umavariação significativamente positivano indica<strong>do</strong>r Resolução dareclamação, ligeiramente superiorà <strong>do</strong> conjunto <strong>do</strong> subsector”. Finalmentequanto à Lealda<strong>de</strong>, a ZON“aproxima-se da média <strong>do</strong> subsector,diminuin<strong>do</strong> uma vez maisa diferença negativa”.Em conclusão, a ANACOM afirmaque “o Grupo ZON regista as maioresvariações positivas, <strong>com</strong> ênfasepara o índice das reclamações <strong>com</strong>uma variação <strong>de</strong> 1.20 pontos”.MAIS SATISFAÇÃOOutro estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> relevo é o EuropeanCustomer Satisfaction In<strong>de</strong>x,ECSI – Portugal, Índice Nacional<strong>de</strong> Satisfação ao Cliente, realiza<strong>do</strong>to<strong>do</strong>s os anos pela APG, IPQe ISEGI-UNL.Verifica-se que o sector das <strong>com</strong>unicaçõesé o que, em geral, apresentamais reclamações, sen<strong>do</strong> a televisãopor subscrição o serviço <strong>com</strong> maiorcontribuição, segui<strong>do</strong> da Internetfixa e <strong>do</strong> serviço telefónico fixo.Mas é também o sector que apresentamaior satisfação na <strong>com</strong>binaçãoexpectativa/resolução dasreclamações.Segun<strong>do</strong> o ECSI, a ZON foio opera<strong>do</strong>r que mais evoluiu em<strong>do</strong>is anos. Esta posição reflecte umforte crescimento da opinião positivasobre a ZON e um <strong>de</strong>créscimosignificativo relativo à PT, à excepçãoda variável Imagem, enquantoa ZON cresce em todas as outrasvariáveis.Todavia, segun<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> daMilward Brown para Apritel (Julho<strong>de</strong> 2010), embora o nível <strong>de</strong> satis-


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAfação (51 por cento) <strong>com</strong> TV porsubscrição em Portugal se encontrenum nível idêntico ao <strong>de</strong> Espanha(52 por cento) e Inglaterra (52 porcento), e bastante superior ao daAlemanha (39 por cento), está aindalonge <strong>do</strong> da Holanda (72 por cento).Por outro la<strong>do</strong>, também este estu<strong>do</strong>,que não i<strong>de</strong>ntifica opera<strong>do</strong>res,reflecte um reconhecimento da melhoriada qualida<strong>de</strong>, que, à luz <strong>do</strong>srestantes estu<strong>do</strong>s, é legítimo atribuirem boa medida ao <strong>de</strong>sempenhopositivo da ZON: “Em to<strong>do</strong>s osserviços a Qualida<strong>de</strong> continua a sero atributo <strong>com</strong> o qual os utiliza<strong>do</strong>resestão mais satisfeitos”.Em 2009, pelo terceiro ano consecutivo,a ANACOM distinguiua ZON no seu relatório anual “Estu<strong>do</strong><strong>de</strong> Aferição da Qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>Serviço <strong>de</strong> Acesso à Internet BandaLarga” que confirma a ZON <strong>com</strong>oo opera<strong>do</strong>r cuja velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço<strong>de</strong> Internet mais se aproximada velocida<strong>de</strong> máxima.Este estu<strong>do</strong> da ANACOM <strong>com</strong>provaque a ZON é lí<strong>de</strong>r naexperiência <strong>de</strong> Internet, quer aonível <strong>do</strong>s acessos fixos, quer móveis.O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> em parceira<strong>com</strong> a Qmetrics e a Ericsson Portugal,<strong>com</strong> a colaboração da FCCN.Os méto<strong>do</strong>s técnicos e estatísticosforam revistos pelo Instituto dasTele<strong>com</strong>unicações.A ANACOM <strong>com</strong>prova que a ZONgarante, em média, 80.6 por centoda velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> <strong>do</strong>wnloa<strong>de</strong> 84 por cento da velocida<strong>de</strong> máxima<strong>de</strong> upload, o melhor resulta<strong>do</strong>entre to<strong>do</strong>s os opera<strong>do</strong>res. Já nabanda larga móvel, a re<strong>de</strong> utilizadapela ZON evi<strong>de</strong>ncia-se pelo seueleva<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho, li<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> emvelocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>wnload em to<strong>do</strong>sos concelhos testa<strong>do</strong>s (Faro, Lisboae Porto).BRAND ASPIRACIONALA melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s processos,produtos e serviços foi a<strong>com</strong>panhadapor um paciente processo<strong>de</strong> projecção <strong>do</strong> novo brand através<strong>de</strong> acções <strong>de</strong> marketing e publicida<strong>de</strong><strong>com</strong> o objectivo <strong>de</strong> ajustara qualida<strong>de</strong> efectiva à qualida<strong>de</strong>apercebida pelo consumi<strong>do</strong>r.A campanha suportada na pergunta“Se eu podia viver sem ZON?”é um exemplo <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação,apoiada em testemunhos <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s<strong>do</strong>s media e <strong>do</strong> entretenimento,<strong>com</strong>o Nicolau Breyner, quecontribuiu para a progressiva transformaçãoda imagem apercebida.43


IMPACTOS NA EXPERIÊNCIA DE CONSUMIDORA resposta “Podia, mas não eraa mesma coisa” procurou afirmara ZON <strong>com</strong> um brand aspiracional,<strong>com</strong>o um conjunto <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> entretenimento e <strong>com</strong>unicaçõesque contribuem para a melhoria daqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> toda a família.Em muito pouco tempo o brandZON tornou-se familiar. Noprimeiro trimestre <strong>de</strong> 2010, a marcaZON apresentava uma notorieda<strong>de</strong>espontânea <strong>de</strong> 90 por cento nosegmento pay TV e <strong>de</strong> 86 por centono segmento <strong>de</strong> serviços integra<strong>do</strong>s(<strong>triple</strong> <strong>play</strong>) segun<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong><strong>com</strong>unicação e imagem basea<strong>do</strong> ementrevistas pessoais realiza<strong>do</strong> pelaGFK, um especialista em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>.A qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> marketing na afirmaçãoda ZON <strong>com</strong>o um brandaspiracional foi reconheci<strong>do</strong> internacionalmente<strong>com</strong> a atribuição<strong>de</strong> várias medalhas <strong>de</strong> ouro nosprestigia<strong>do</strong>s CAP Awards (2008e 2010). Destaca-se a campanha“ZON Fibra” que marcou o lançamento<strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> fibra óptica daZON, a tecnologia mais evoluída<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, e teve <strong>com</strong>o principalobjectivo divulgar as vantagens e robustez<strong>de</strong> um serviço capaz <strong>de</strong> servirsimultaneamente <strong>com</strong> qualida<strong>de</strong>toda a família.Foi o terceiro ano consecutivo emque a ZON foi finalista nestes Prémios,ten<strong>do</strong> ganho Prata em 2009,<strong>com</strong> as campanhas “Árvore <strong>de</strong> NatalZON 2008”, “Há mais Disney naZON” e “ZON Mobile - La ZONe Mobile”. Em 2008a campanha <strong>de</strong> lançamento da ZONBox HD+DVR recebeu Ouro.O rigor da <strong>com</strong>unicação da ZONquanto ao <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s seusserviços é confirma<strong>do</strong> por auditoriasin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Esta confirmaçãocontribui para que a relação daZON <strong>com</strong> o merca<strong>do</strong> se distingapela i<strong>do</strong>neida<strong>de</strong>, pela correcçãoe conformida<strong>de</strong> das mensagenspublicitárias à oferta.ÍRIS BY ZON FIBRAÍris by ZON Fibra inclui funcionalida<strong>de</strong>savançadas <strong>de</strong> DVR, tais <strong>com</strong>ogravação <strong>de</strong> séries, e a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> fazer sugestões no caso <strong>de</strong> conflitose <strong>com</strong> base nas preferências <strong>do</strong>utiliza<strong>do</strong>r. Permite pesquisa unificadaem to<strong>do</strong>s os conteú<strong>do</strong>son <strong>de</strong>mand ou lineares. Tambéminclui acesso a conteú<strong>do</strong>s basea<strong>do</strong>sna web, <strong>com</strong>o meteorologia, jornaisou ainda a Flickr, Picasa e YouTube.A interface permite a personalização<strong>do</strong>s pacotes <strong>de</strong> subscrição, semcustos adicionais. É <strong>com</strong>andadapor um novo controlo remoto <strong>com</strong>apenas nove teclas, uma das quais“eu gosto”. Íris estará disponível emmultiplataforma e multidispositivomanten<strong>do</strong> as mesmas funcionalida<strong>de</strong>se novas funcionalida<strong>de</strong>s,<strong>com</strong>o o controlo remoto <strong>do</strong> DVRatravés <strong>de</strong> telemóvel, através <strong>do</strong>mesmo look & feel.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAO processo <strong>de</strong> acesso ao programa<strong>de</strong> televisão é um <strong>do</strong>s mais importantespontos <strong>de</strong> contacto <strong>de</strong> todaa ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> serviço da ZON. Nessemomento <strong>de</strong>fine-se <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> práticoe simbólico, não só a qualida<strong>de</strong>geral da experiência <strong>com</strong>o consumi<strong>do</strong>r<strong>de</strong> programas <strong>de</strong> televisão, massobretu<strong>do</strong> <strong>com</strong>o subscritor <strong>de</strong> umserviço <strong>de</strong> televisão multicanal.O meio para ace<strong>de</strong>r ao programaresi<strong>de</strong> numa <strong>com</strong>plexa parceriatecnológica (tele<strong>com</strong>an<strong>do</strong>/dispositivo<strong>de</strong> consumo/EPG/programa<strong>de</strong> TV) que flui entre tangíveis e intangíveisaté se alcançar o objectivofinal: ver o programa <strong>de</strong> televisãoescolhi<strong>do</strong>.Esse processo é intermedia<strong>do</strong>por uma interface física e gráfica.Quanto mais amigo <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r,melhor será a experiência <strong>de</strong> consumo<strong>de</strong> televisão. A nova interface<strong>de</strong> televisão da ZON baseia-se num<strong>de</strong>sign minimalista <strong>com</strong> o objectivo<strong>de</strong> proporcionar uma experiência<strong>de</strong> utiliza<strong>do</strong>r mais fluida, intuitiva,consistente e fácil. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>navegação está foca<strong>do</strong> nos conteú<strong>do</strong>se na utilização multiplataforma.Desenvolvi<strong>do</strong> pela empresabritânica NDS, fornece<strong>do</strong>r lí<strong>de</strong>r<strong>de</strong> soluções tecnológicas para payTV digital, a interface foi optimi-zada em parceria <strong>com</strong> a ZON aolongo <strong>de</strong> 2010. A interface recebeunumerosos prémios, entre os quaiso prestigia<strong>do</strong> Janus Award 2010 <strong>do</strong>Institut Français du Design.Os prémios Janus têm mais <strong>de</strong>meio século e são patrocina<strong>do</strong>spelo Ministério da Economia, dasFinanças e da Indústria <strong>de</strong> França.Com um painel <strong>de</strong> <strong>do</strong>ze jura<strong>do</strong>sespecialistas na indústria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign,entre os quais esteve PhilippeStarck, têm <strong>com</strong>o objectivo a distinção<strong>de</strong> produtos inova<strong>do</strong>res queproporcionem vantagens claras aosutiliza<strong>do</strong>res. A cerimónia <strong>de</strong> entrega<strong>de</strong>corre na Assembleia NacionalFrancesa.QUALIDADE COMPLEXAA emergência <strong>de</strong> adaptive bit-ratestreaming vai acelerar a tendênciapara a convergência. A estratégiamultiecrã será focada no utiliza<strong>do</strong>re não na tecnologia, e <strong>de</strong>verá sersuficientemente flexível para seadaptar à próxima vaga <strong>de</strong> inovaçãona electrónica <strong>de</strong> consumo.Os fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> serviços integra<strong>do</strong>s,<strong>com</strong>o é o caso da ZON, po<strong>de</strong>mpropor aos seus subscritores umaexperiência <strong>com</strong>plexa <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>:- Detêm a proprieda<strong>de</strong> da infra-estrutura,que po<strong>de</strong> a<strong>com</strong>odar expansões incrementais;- São capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver parceriase arquitecturas <strong>de</strong> integração bem pensadase <strong>com</strong>ercializar o seu serviço tanto aos seussubscritores <strong>com</strong>o aos seus fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s;- Estão numa posição muito forte parabeneficiar não só <strong>do</strong>s seus próprios conteú<strong>do</strong>s<strong>com</strong>o da oferta <strong>de</strong> serviços Over the Top(OTT).Esta experiência irá <strong>de</strong>senvolver--se através da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>funções consumíveis em qualquerlugar 56 , da integração <strong>com</strong>o DVR e <strong>com</strong> re<strong>de</strong>s sociais. A ZONprosseguiu esta nova etapa <strong>com</strong>a oferta da nova interface e <strong>com</strong>o serviço ZON Widgets.55 Adaptive bit-rate streaming: Técnica utilizada para fazer o streaming <strong>de</strong> multimedia através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res, que <strong>de</strong>tecta a largura <strong>de</strong> banda disponível ao utiliza<strong>do</strong>r e acapacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> CPU em tempo real, ajusta a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> fluxo (stream) <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, resultan<strong>do</strong> em reduzi<strong>do</strong> buffering e em tempo <strong>de</strong> resposta rápi<strong>do</strong>56 Place-shifting44


I M P A C T O SNAI N O V A Ç Ã O,C R I A T I V ID A D E,S U S T E N T AB I L I D A D E,R E S P O N S AB I L I D A D E


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAA sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> negócioa longo prazo é umelemento crucial em todaa activida<strong>de</strong> da ZON e daqual advêm numerosose crescentes contributos paraa socieda<strong>de</strong> – novas profissões,mais emprego, maisimpostos pagos ao Esta<strong>do</strong>,mais taxas pagas às autarquias.A ZON actua sobrea <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> ambiente atravésda introdução na sua activida<strong>de</strong><strong>de</strong> tecnologias nãopoluentes, <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> resíduos e pelaa<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> <strong>com</strong>portamentosamigos <strong>do</strong> ambiente porparte <strong>do</strong>s seus colabora<strong>do</strong>res.A empresa <strong>de</strong>senvolve umprograma <strong>de</strong> procura e encorajamento<strong>de</strong> novos talentospremian<strong>do</strong> a criativida<strong>de</strong>multimédia. A abertura <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s profissionaisa novas <strong>com</strong>petênciasreflecte-se no <strong>de</strong>senvolvimentoactivo <strong>de</strong> parcerias<strong>com</strong> instituições <strong>de</strong> ensino.E, para além <strong>do</strong> dia-a-dia<strong>do</strong>s negócios, a ZON procura,<strong>com</strong> atenção, ajudar<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s e instituiçõesnão-lucrativas <strong>de</strong> apoiosocial.ZON INOVAÇÃO E CONHECIMENTOTrata-se <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> parcerias <strong>de</strong> diversosâmbitos e níveis <strong>com</strong> a aca<strong>de</strong>mia e <strong>com</strong> instituições <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>.O Prémio ZON Criativida<strong>de</strong> em Multimédia conta <strong>com</strong>a colaboração da Fundação para a Ciência e Tecnologiae <strong>do</strong> Collaboratory Austin-Portugal (CoLab), através <strong>de</strong>bolsas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> na Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Texas em Austinatribuídas aos vence<strong>do</strong>res, e <strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong> Cinema e <strong>do</strong>Audiovisual (ICA).A ZON mantém protocolos <strong>de</strong> colaboração <strong>com</strong> a Universida<strong>de</strong><strong>do</strong> Porto (estúdio <strong>de</strong> televisão ZON e estágios),Instituto Superior Técnico (“Broadband for AdvancedTV Services”), Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa (projecto“The Future of TV”), Universida<strong>de</strong> Católica Portuguesa(“ZON Chair on Innovation and Operations Management”),Universida<strong>de</strong> da Ma<strong>de</strong>ira (“InteractiveTechnologies Development”), University of Texas emAustin (“ZON Intensive Script Development Lab”)e Universida<strong>de</strong> Lusófona (exibição <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s e estágios).Outras parcerias, no âmbito <strong>do</strong> Prémio ZON Criativida<strong>de</strong>em Multimédia, foram estabelecidas <strong>com</strong>o Instituto <strong>de</strong> Apoio às Pequenas e Médias Empresase à Inovação (IAPMEI), ASSOFT – AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> Software, COTEC Portugal e ADDICT– Creative Industries Portugal.45


IMPACTOS NA INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE, SUSTENTABILIDADE, RESPONSABILIDADEA ligação da empresa à aca<strong>de</strong>miaencontra expressão em programas<strong>com</strong>o os estágios “Geração ZON”.Procura-se potenciar habilitaçõesacadémicas <strong>com</strong> <strong>com</strong>petênciaspráticas no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umconjunto bem <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>de</strong> projectos.O programa, inicia<strong>do</strong> em Outubro,integra treze jovens finalistas <strong>de</strong>mestra<strong>do</strong> das principais universida<strong>de</strong>sportuguesas. São jovens <strong>com</strong>capacida<strong>de</strong> para trazer valor acrescenta<strong>do</strong>para a organização.PRÉMIO ZON CRIATIVIDADE EMMULTIMÉDIAIncentivos mais imaginativos, tal<strong>com</strong>o prémios para as empresaspela introdução <strong>de</strong> inovações, po<strong>de</strong>mser mais eficazes na promoçãoda inovação <strong>do</strong> que programas clássicos<strong>de</strong> apoio porque introduzemo elemento concorrência 57 .Uma i<strong>de</strong>ia para ser inova<strong>do</strong>ra, ouseja, que represente transformação<strong>de</strong> conhecimento em valor acrescenta<strong>do</strong>nos negócios e na arte, escreveChris Bilton, tem <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sviar dasnormas e convenções estabelecidashistoricamente e não apenas dahistória pessoal <strong>de</strong> quem tevea i<strong>de</strong>ia.A i<strong>de</strong>ia ou inovação tem <strong>de</strong> ser testadacontra o seu contexto externo,actual e futuro, para o que tem <strong>de</strong>ser tornada tangível ou expressa.A inovação não po<strong>de</strong> ser apenasnovida<strong>de</strong>, mas tem <strong>de</strong> ser útil, tem <strong>de</strong>ser testada a sua fitness of purpose,tem <strong>de</strong> cumprir o que propõe. Finalmente,a aferição <strong>de</strong> valor“UMA IDEIA PARA SERINOVADORA, OU SEJA,QUE REPRESENTETRANSFORMAÇÃODE CONHECIMENTOEM VALORACRESCENTADO NOSNEGÓCIOSE NA ARTE, TEM DE SEDESVIAR DAS NORMASE CONVENÇÕESESTABELECIDASHISTORICAMENTEE NÃO APENAS DAHISTÓRIA PESSOAL DEQUEM TEVE A IDEIA.”<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> tanto das circunstânciasque ro<strong>de</strong>iam a receptivida<strong>de</strong> à i<strong>de</strong>ia,<strong>com</strong>o a sua produção 58 .O entendimento da utilida<strong>de</strong> dainovação informa o objectivo <strong>do</strong>Prémio Criativida<strong>de</strong> em Multimédiae está expressa no respectivoRegulamento. As obras concorrentestêm <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a<strong>de</strong>quaçãoao merca<strong>do</strong>.O Prémio tem-se afirma<strong>do</strong> <strong>com</strong>oo mais prestigia<strong>do</strong> no multimédiaem Portugal e cumpriu em 2010a sua terceira edição. O valor totalem prémios é <strong>de</strong> 200 mil eurosdividi<strong>do</strong>s por três categorias, <strong>com</strong>três lugares cada, e por um Gran<strong>de</strong>Prémio <strong>de</strong> 50 mil euros. As três categoriassão Aplicações e Conteú<strong>do</strong>sMultimédia, Curtas-Metragense Animação Digital.Em 2008 o Prémio distinguiu“Laboratórios <strong>de</strong> Instrumentaçãopara Medição”, da Universida<strong>de</strong><strong>do</strong> Porto; a aplicação Astrolab,da CommTogether, utilizada porCâmaras Municipais; aplicaçãopara TV online Future Box TV,da Viatecla, utilizada pela APDC;a aplicação http://www.tv.up.pt“www.tv.up.pt” utilizada pela TV daUniversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Porto e Jarbas, um<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> cozinha.A curta-metragem 3x3, que ganhouo prémio da categoria e o Gran<strong>de</strong>Prémio em 2008, teve aplicaçãoprática nos cinemas Lusomun<strong>do</strong>a antece<strong>de</strong>r a exibição <strong>de</strong> Quem Querser Bilionário? ten<strong>do</strong> ti<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong>150 mil especta<strong>do</strong>res, um recor<strong>de</strong>para uma curta portuguesa em sala57 “The Economist”, i<strong>de</strong>m58 Bilton, C., “Management and Creativity”, Blackwell Publishing, 2007


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA<strong>de</strong> cinema. Muitas das curtas-metragensfinalistas estão disponíveis noVi<strong>de</strong>oclub e ZON em VoD gratuito.Em 2009, o Gran<strong>de</strong> Prémio foiganho pela curta metragem Romeue Julieta, o Musical, apresenta<strong>do</strong> pelaUniversida<strong>de</strong> Lusófona.Na edição <strong>de</strong> 2010, foi recebi<strong>do</strong> umtotal <strong>de</strong> 196 obras, <strong>de</strong> Portugal e <strong>do</strong>estrangeiro, das quais 56 na categoriaAplicações e Conteú<strong>do</strong>s Multimédia,100 curtas-metragense 40 animações.A categoria Aplicações e Conteú<strong>do</strong>sMultimédia foi ganho pelo jogo <strong>de</strong>estratégia Un<strong>de</strong>r Siege para Playstation3 da empresa Seed Studios <strong>do</strong>Porto, que também ganhouo Gran<strong>de</strong> Prémio. O primeiro lugarna categoria curtas-metragens foiganho por Maybe <strong>de</strong> Pedro Resen<strong>de</strong>,estudante português em UT Austin,e na categoria Animação Digital porDaydream Stories, uma série infantilpara TV, da empresa Gameinvest <strong>de</strong>Lisboa.Muitos <strong>do</strong>s premia<strong>do</strong>s aplicaramo dinheiro <strong>do</strong> Prémio para expandircapacida<strong>de</strong>s, <strong>com</strong>petências e negócios,ou aproveitaram a disponibilida<strong>de</strong>da ZON para os a<strong>com</strong>panharno <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> carreiras oulançamento <strong>de</strong> novas iniciativas individuaise empresariais. Os projectos<strong>com</strong> maior potencial <strong>de</strong> negócioserão também avalia<strong>do</strong>s peloIAPMEI, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> vir a ser <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s instrumentos financeiros necessáriospara transformar uma boai<strong>de</strong>ia num projecto empresarial.Duas iniciativas <strong>de</strong> apoio ao Prémio<strong>de</strong>correram ao longo <strong>do</strong> ano emsalas ZON Lusomun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Lisboae Porto. ZON Screenings foi umasérie mensal <strong>de</strong> “conversas <strong>de</strong>cinema”. Com a ajuda <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>r,o público convida<strong>do</strong> conversou<strong>com</strong> realiza<strong>do</strong>res, produtorese actores. ZON Intensive ScriptDevelopment Lab at UT Austinteve <strong>com</strong>o objectivo contribuir parao aperfeiçoamento <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong>guionismo, realização e produção <strong>de</strong>cinema por parte <strong>do</strong>s jovens cineastasportugueses. A ZON promoveue organizou, em cooperação <strong>com</strong>o CoLab, a <strong>de</strong>slocação e estadia <strong>do</strong>sestagiários em Austin, Texas, noVerão <strong>de</strong> 2010. A iniciativa mobilizou41 estudantes e foram selecciona<strong>do</strong>sonze. O projecto incluiuo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma sinopseem guião <strong>de</strong> uma curta-metragemna Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Texas em Austine posterior produção <strong>do</strong> filmeem Portugal <strong>com</strong> o apoio logísticoe operacional das instituições <strong>de</strong>ensino respectivas.46


IMPACTOS NA INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE, SUSTENTABILIDADE, RESPONSABILIDADE“UM PROJECTOAMBIENTAL INTERNOSUSTENTABILIDADE DENTRO…A inovação tecnológica introduzidana exibição cinematográfica tornou--a mais ver<strong>de</strong>. A digitalização daprojecção <strong>de</strong> filmes nas salas <strong>de</strong>cinema da ZON Lusomun<strong>do</strong> veiodiminuir a emissão <strong>de</strong> CO2 paraa atmosfera. O processo antigoobrigava a que após a exibição <strong>do</strong>sfilmes as películas fossem <strong>de</strong>struídascontribuin<strong>do</strong> para a poluiçãoambiental.Um projecto ambiental internoé o EcoZON. Preten<strong>de</strong> criar umacultura sensível às preocupaçõesambientais, fazen<strong>do</strong> da ZON umaempresa ‘amiga’ <strong>do</strong> ambiente. Sãoobjectivos <strong>do</strong> EcoZON:- Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos(SIGRE) para cumprir to<strong>do</strong>s os requisitoslegais aplicáveis às activida<strong>de</strong>s, produtose serviços <strong>de</strong> todas as empresas <strong>do</strong> GrupoZON;- Promover a melhoria contínua atravésda a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> recursos sustentáveis queminimizem os impactos ambientais nosprocessos existentes e na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>produtos e serviços;- Introdução <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> redução dautilização <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> uso quase exclusivo<strong>de</strong> papel recicla<strong>do</strong>;- Controlar eventuais impactos ambientais,resultantes directa ou indirectamente dasactivida<strong>de</strong>s da empresa e <strong>do</strong>s seus fornece<strong>do</strong>res,<strong>de</strong>signadamente sistemas logísticos,privilegian<strong>do</strong> sempre medidas <strong>de</strong> prevenção;- Optimizar a gestão <strong>do</strong>s resíduos gera<strong>do</strong>spela empresa na sua activida<strong>de</strong>, através <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento continua<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma política<strong>de</strong> redução, reutilização e reciclagem <strong>com</strong>o envolvimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os colabora<strong>do</strong>res,parceiros, fornece<strong>do</strong>res e da <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> emgeral;- Avaliar e melhorar regularmenteo <strong>de</strong>sempenho ambiental das empresas<strong>do</strong> Grupo ZON;- Optar por uma localização das instalaçõesbem servida <strong>de</strong> transportes públicos,que são utiliza<strong>do</strong>s por cerca <strong>de</strong> 75 porcento <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res, minimizan<strong>do</strong> tempos<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação e a poluição resultante <strong>de</strong>transporte individual.… SUSTENTABILIDADE FORAA ZON propõe também aos seusclientes a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s ambientaisatravés <strong>de</strong> WATT, um serviçoexclusivo <strong>de</strong> eficiência energética,inova<strong>do</strong>r a nível mundial. Com oserviço WATT é possível pouparaté 25 por cento nos custos <strong>de</strong>electricida<strong>de</strong>.Através da instalação <strong>de</strong> um equipamentoda Home Energy juntoao quadro <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> e da sualigação à Internet, os clientes passama po<strong>de</strong>r a<strong>com</strong>panhar o consumo<strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> da sua casa noseu televisor ou através da Internet.O serviço regista o histórico <strong>do</strong>sconsumos e re<strong>com</strong>enda a melhorpotência contratada e sistematarifário. Adicionalmente, o clienteÉ O ECOZON.PRETENDE CRIAR UMACULTURA SENSÍVELÀS PREOCUPAÇÕESAMBIENTAIS, FAZENDODA ZON UMAEMPRESA ‘AMIGA’ DOAMBIENTE.”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESApassa a conhecer o seu consumoinstantâneo, o que lhe permitereduzir os consumos <strong>de</strong> stand-bye substituir ou <strong>de</strong>sligar os equipamentosmais ineficientes.Os clientes ZON ficam a conhecera pegada <strong>de</strong> carbono da sua casae, no futuro, po<strong>de</strong>rão <strong>com</strong>pensar assuas emissões através <strong>de</strong> um simples<strong>com</strong>an<strong>do</strong> na sua televisão.APOIO À EDUCAÇÃO DE COLA-BORADORES E FILHOSNo âmbito <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong>Social Interna, nomeadamenteo Programa “Cá Dentro”,a ZON tem vin<strong>do</strong> a promoverdiversas acções para promovera qualificação, o <strong>de</strong>senvolvimentoe a formação <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>rese respectivos filhos.As modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio à Educaçãosão o Subsídio <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>e a Bolsa <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>. A primeira<strong>de</strong>stina-se à aquisição <strong>de</strong> materialescolar. A atribuição das Bolsas <strong>de</strong>Estu<strong>do</strong> é feita em função <strong>do</strong> bomaproveitamento escolar relativo aoano lectivo anterior. Têm direito aoapoio os trabalha<strong>do</strong>res ao serviçoda ZON Multimédia vincula<strong>do</strong>spor contrato <strong>de</strong> trabalho por tempoin<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, <strong>com</strong> antiguida<strong>de</strong>igual ou superior a 12 meses (36 mesespara os operacionais <strong>de</strong> cinemas)avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho favorávele ten<strong>do</strong> em conta os rendimentosbrutos anuais.O valor total em bolsas em cadaano exce<strong>de</strong>u os 30 mil euros.Atribuição <strong>de</strong> bolsas internasnos últimos 3 anos:200859 Bolsas200963 Bolsas201088 Bolsas47


IMPACTOS NA INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE, SUSTENTABILIDADE, RESPONSABILIDADEPATROCÍNIOS E MECENATOA ZON é um contribui<strong>do</strong>r activopara projectos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>social e <strong>de</strong> interesse cultural.Destacam-se em particular os contributospara o Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> Investimentopara o Cinema e Audiovisual(FICA) e para o Instituto <strong>do</strong>Cinema e Audiovisual (ICA).O contributo da ZON ascen<strong>de</strong>ua 6 milhões <strong>de</strong> euros anuais emacções nas seguintes áreas:- MecenatoDonativos a instituições <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>social, culturais, científicas, educativas,<strong>de</strong>sportivas ou ambientais;- Patrocínio institucionalApoio institucional a pessoas, instituições/eventos<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social ou <strong>de</strong>carácter cultural, educativo e científico:Associações sectoriais e industriais,Congresso APDC, Projectos <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>social interna e externa (“CáDentro” e “Lá Fora”), Patronos (IPSS),Contribuições legais obrigatórias paraa cultura (FICA, ICA e Cinemateca);- Patrocínio promocionalAcções <strong>de</strong> marketing dirigidas a públicos--alvo específicos ou <strong>de</strong> apoio a pessoas,instituições ou eventos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>social ou associadas a pessoas, instituiçõesou eventos culturais, <strong>de</strong>sportivos, científicos,etc.: Patronos (eventos, etc.), Patrocínios<strong>de</strong>sportivos, patrocínios <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s,festivais, etc.ACÇÕES DE SOLIDARIEDADEE APOIO A INSTITUIÇÕESSão várias as instituições <strong>de</strong> carizsocial ou público que contam <strong>com</strong>o apoio da ZON através da oferta<strong>do</strong> seu serviço ou <strong>de</strong> <strong>do</strong>nativos.De referir os apoios ao Instituto<strong>de</strong> Imaculada Conceição, ao HospitalPediátrico Dona Estefânia, aoHospital Universitário <strong>de</strong> Coimbra,ao Hospital <strong>de</strong> Santa Maria, aoInstituto Português <strong>de</strong> Oncologia,ao Lar Militar da Cruz Vermelha,a Casa da Criança <strong>de</strong> Tires e aosBombeiros Voluntários <strong>de</strong> Loulé,Albufeira, Portimão e St. Tirso.Regularmente são realizadas campanhasinternas <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> bensalimentares e <strong>de</strong> primeira necessida<strong>de</strong>,brinque<strong>do</strong>s, livros ou jogospara oferecer a instituições <strong>de</strong> apoioa crianças carenciadas, a grávidas,mães jovens e respectivos bebés.Dentro da ZON, <strong>de</strong>staca-sea iniciativa “Presentes Solidários”em que os presentes recebi<strong>do</strong>sindividualmente pelos emprega<strong>do</strong>sda ZON são entregues a um fun<strong>do</strong><strong>com</strong>um e vendi<strong>do</strong>s por sorteio aoscolabora<strong>do</strong>res e o seu valor é duplica<strong>do</strong>por igual <strong>do</strong>nativo da ZON.Alguns exemplos <strong>de</strong> acções da ZON:- ZON Ma<strong>de</strong>ira apoia vítimas <strong>do</strong>temporal: A ZON Ma<strong>de</strong>ira e a IHM(Investimentos Habitacionais da Ma<strong>de</strong>ira)assinaram um Protocolo <strong>com</strong> o objectivo <strong>de</strong>disponibilizar, a título gratuito pelo perío<strong>do</strong><strong>de</strong> um ano, serviços <strong>de</strong> televisão e <strong>de</strong> Interneta 250 famílias afectadas pelo temporal<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2009;


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA- Projecto “A Postos para a Escola”: ZONe a Entreajuda, associação que apoiaoutras Instituições <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social,assinaram um Protocolo que vai permitiro rastreio oftálmico, auditivo e <strong>de</strong>ntárioa 1500 crianças <strong>de</strong>sfavorecidas;- Projecto Solidário “Árvore Amiga”, associa<strong>do</strong>à Árvore <strong>de</strong> Natal ZON, angariouum total <strong>de</strong> 61498,50 euros que, este ano,reverte a favor <strong>do</strong> Banco Alimentar contraa Fome;- Passatempo ZON Lusomun<strong>do</strong> e SantaCasa da Misericórdia: 80 Crianças <strong>de</strong>vários lares da Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia<strong>de</strong> Lisboa a<strong>de</strong>riram ao Passatempo“Monstros Vs. Alliens”. Ten<strong>do</strong> <strong>com</strong>o base<strong>de</strong> inspiração o famoso filme da Dream-Works, criaram, através <strong>de</strong> artes plásticas,um “Monstro”;- O cinema na prisão pela primeira vez:ZON Lusomun<strong>do</strong>, em parceria <strong>com</strong>a Direcção Geral <strong>do</strong>s EstabelecimentosPrisionais, apresentou o filme “O Leitor”,naquela que foi a primeira sessão <strong>de</strong>cinema realizada num estabelecimentoprisional português;- Cinema Solidário: ZON, em parceria<strong>com</strong> o Movimento Defesa pela Vida(MDV) voltou a promover a iniciativaCinema Solidário em Portugal nos cinemasZON Lusomun<strong>do</strong> <strong>do</strong> CascaiShopping;- Sessões gratuitas <strong>de</strong> “A Verda<strong>de</strong>iraHistória <strong>do</strong> Gato das Botas” para 2500crianças nos cinemas ZON Lusomun<strong>do</strong>Oeiras Parque, Mar shopping, FórumAveiro, Braga Parque e Palácio <strong>do</strong> Gelo;- IPO <strong>de</strong> Lisboa: ZON Kids distribuiusorrisos e muito carinho às crianças internadasneste hospital. A equipa da ZONe o Panda foram recebi<strong>do</strong>s da melhor formapelos responsáveis <strong>do</strong> IPO que fizeramuma visita à Sala Lion, on<strong>de</strong> se encontramas crianças que aguardam pelas consultase tratamentos, e também à enfermariapediátrica on<strong>de</strong> estão as internadas. ZONKids são todas as crianças <strong>de</strong> Portugal: asque brincam, as que apren<strong>de</strong>m, as que rieme as que sofrem;- ZON associa-se ao Projecto “Escuteo Coração”: ZON é parceira da Liga <strong>de</strong>Amigos <strong>do</strong>s Hospitais no âmbito da iniciativa“Escute O Seu Coração”, que propõeenvolver a <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> na contribuiçãopara Hospitais <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o País;- Apoio ao Instituto Português <strong>de</strong> Reumatologia:ZON atribuiu um <strong>do</strong>nativo aoInstituto Português <strong>de</strong> Reumatologia paraa aquisição <strong>de</strong> novos meios auxiliares <strong>de</strong>diagnóstico;- ZON e Disney Channel levam criançasà Disney on Ice: as crianças da AssociaçãoCultural Moinho da Juventu<strong>de</strong> foramà estreia <strong>do</strong> espectáculo.48


P E R SP E CTI V AHISTÓRI C A


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESANa ZON Multimédia confluem três gran<strong>de</strong>s media da eramo<strong>de</strong>rna – o telefone, o cinema e a televisão – a que se juntou o gran<strong>de</strong> medium da era contemporânea– a Internet. Separa<strong>do</strong>s entre si na era analógica, estes media foram integra<strong>do</strong>spela evolução da estrutura organizacional, da tecnologia digital e <strong>do</strong> enquadramento institucional.Hoje, a activida<strong>de</strong> da ZON coloca-a na primeira linha das mega-tendências sociais,<strong>de</strong>mográficas e culturais que estão a formatar a economia mundial.A ZON partilha <strong>com</strong> a Portugal Tele<strong>com</strong>, que lhe dá origem através da TV Cabo em1993 59 , e <strong>com</strong> a Lusomun<strong>do</strong>, a génese das tecnologias e das indústrias que marcam o inícioda era das tele<strong>com</strong>unicações e <strong>do</strong> entretenimento <strong>de</strong> massas. Em 1999 foi constituída a PTMultimédia, SGPS, S.A. (PTM) pelo Grupo Portugal Tele<strong>com</strong>, que incorpora a TV Cabo.Na oferta pública <strong>de</strong> venda no mesmo ano, a PT fica <strong>de</strong>tentora da maioria <strong>do</strong> capital socialda PTM, o maior opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> pay TV e que era já opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> banda larga.Em 2003 ocorre a incorporação da Lusomun<strong>do</strong> Socieda<strong>de</strong> Gestora <strong>de</strong> Participações Sociais,SGPS, S.A., na CATVP-TV Cabo Portugal, S.A. e posterior transferência global <strong>do</strong>património para PTM. Em Novembro <strong>de</strong> 2007 ocorre a separação da PTM, que em Janeiro<strong>do</strong> ano seguinte a<strong>do</strong>pta a <strong>de</strong>signação ZON Multimédia. Em 2010, a ZON é uma dasmaiores empresas <strong>do</strong> PSI-20, lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> integra<strong>do</strong> multimédia contribuin<strong>do</strong>directamente 0.4 por cento para o VAB nacional.À herança em serviços <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações, distribuição e exibição <strong>de</strong> entretenimentoaudiovisual em Portugal, a ZON juntou dinamismo inova<strong>do</strong>r alicerça<strong>do</strong> numa estratégiacentrada no consumi<strong>do</strong>r. A ZON é hoje um opera<strong>do</strong>r <strong>com</strong>pleto multimédia que propõe àsfamílias e às empresas uma oferta digital integrada, actualizada e tecnologicamente superior,<strong>de</strong> produtos e serviços <strong>de</strong> entretenimento e <strong>com</strong>unicações pessoais <strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong> casa.59 Naquele momento <strong>com</strong> a <strong>de</strong>signação Tele<strong>com</strong> Portugal, S.A.49


Momentos ZONFonte: ZON1989Revisão Constitucional elimina proibição<strong>de</strong> TV privada em Portugal.1992Início <strong>do</strong> projecto-piloto Cabo TVMa<strong>de</strong>irense.1990Lei da Televisão por Cabo: Lein.º 58/90, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Setembro.1993Início <strong>do</strong> projecto-piloto Cabo TVAçoreana.1994Regula<strong>do</strong>r ICP conce<strong>de</strong> à TV Cabo eàs suas participadas as autorizaçõeslegais para o exercício da activida<strong>de</strong>.Tecnologia HFC (Hibrid-Fiber-Coax)<strong>com</strong> largura <strong>de</strong> banda <strong>de</strong> 750 Mhz.TV Cabo inicia activida<strong>de</strong> <strong>com</strong>ercial noContinente.199555 MIL SUBSCRITORESPACOTE BÁSICOPrimeiros canais em português:Discovery (Português <strong>do</strong> Brasil),Hollywood (legenda<strong>do</strong> Português).1996Primeira oferta temática para públicoinfantil: Panda e Odisseia (Português).1997Oferta aumentada para 40 canais.1998Serviço satélite digital (DTH).Primeiros canais premium.1999Alteração da legislação: os opera<strong>do</strong>respo<strong>de</strong>m alargar a sua oferta aos serviços<strong>de</strong> acesso à Internet.NetCabo: primeira empresa a oferecerbanda larga.2002Canal temporário/eventos Big BrotherFamosos (TVI Eventos).2000950 MIL SUBSCRITORESPACOTE BÁSICOTelevisão interactiva.2001Kit NetCabo.SIC Notícias(evolução e rebranding <strong>de</strong> CNL).Comercialização TV Cabo Interactivaem zonas-piloto.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA2003Início da digitalização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> caboe substituição <strong>de</strong> <strong>de</strong>scodifica<strong>do</strong>resanalógicos por digitais.Serviço PPV horário basea<strong>do</strong> emsistema <strong>de</strong> pré-pagamento.Canais Lusomun<strong>do</strong>: premium <strong>de</strong> cinemaproduzi<strong>do</strong>s em Portugal.Incorporação da Lusomun<strong>do</strong>.2004NetCabo ZZT, primeiro serviço bandalarga pré-pago.Harmonização da estrutura <strong>de</strong> pacotesentre cabo e satélite.Sport TV multijogosNovos canais: AXN e Fox.Lusomun<strong>do</strong> aumenta para três canais20051,479,000 SUBSCRITORESDE PACOTES BÁSICOSPowerBox: promoção da digitalizaçãoda base <strong>de</strong> clientes.Serviço multicanais em eleições.Serviço multicâmaras.Novos canais: SportTV2.2006Canal premium Sport TV 2.2007Voz Fixa.Separação da PT Multimédia <strong>do</strong> Grupo PT.Rebranding <strong>do</strong>s canais <strong>de</strong> filmes Lusomun<strong>do</strong>para TVCine 1, 2, 3 e 4.2008Criação da marca ZONVoz móvel.A<strong>do</strong>pção da marca ZON Multimédia.Aquisição da TVTEL e PARFITEL.Call centre <strong>com</strong> número gratuito.Única oferta 100 Mbps.Portabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> número fixo.Triple Play ZON3.ZON Mobile.Hotspots Wi-fi ZON@Fon.Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Geração <strong>com</strong>EURODOCSIS 3.0.MyZONCard.ZON Box DVR.Funtastic.Sport TV1 HD.2009ZON Vi<strong>de</strong>oclube (VoD).Renaming: Funtastic passa a Funtastic HD.Sport TV HD, primeiro canal portuguêsHDTV.20101,571,500 SUBSCRITORESDE PACOTES BÁSICOS3,190,700 casas passadas.Sport TV Golfe e Sport TV Golfe HDSVoD: i-concerts.2011Lançamento <strong>de</strong> Íris by ZON Fibra, novoEPG e upgra<strong>de</strong> da oferta.Canais Sport TV passam a transmitir nasua totalida<strong>de</strong> e pela primeira vez na TVportuguesa em formato 16:9 (<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>o 4:3).ZON Lusomun<strong>do</strong>:Mais <strong>de</strong> nove milhões <strong>de</strong>especta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cinema.50


PERSPECTIVA HISTÓRICA“QUE CONCEBEU DEUS?”(S. MORSE) 60Com a patente <strong>do</strong> telégrafo, em1844, por Samuel Morse inicia-sea era das <strong>com</strong>unicações electrónicas.A partir <strong>de</strong> 1855 são instaladaslinhas <strong>de</strong> telégrafo em Portugal.Em 1876, Alexan<strong>de</strong>r Graham Bellpatenteia o telefone. Logo no anoseguinte <strong>de</strong>correm as primeiras experiênciasem Portugal. Cinco anosmais tar<strong>de</strong>, a Edison Gower BellTelephone Company of EuropeLimited estabelece-se em Lisboae Porto.A concessão a Bell é transferida em1887 para The Anglo PortugueseTelephone Company (APT), quea viria a <strong>de</strong>ter até 1968 quan<strong>do</strong>é criada a Empresa Pública Telefones<strong>de</strong> Lisboa e Porto (TLP). Estaempresa será, em 1993, juntamente<strong>com</strong> a Tele<strong>com</strong> Portugal, S.A.criada pelo Esta<strong>do</strong> em 1992, umadas duas funda<strong>do</strong>ras da CATVP -TV Cabo Portugal, S.A.“PROPORCIONAR A TODO O PÚ-BLICO MANEIRA FÁCIL DE DIVER-TIR-SE, DISPENSANDO PEQUENAIMPORTÂNCIA” (ANÚNCIO AOCINEMA)O cinematógrafo pelos irmãos Lumièreé patentea<strong>do</strong> em 1895e exibi<strong>do</strong> o primeiro filme <strong>de</strong> sempre,Sortie <strong>de</strong>s Usines Lumière à Lyon. Noano seguinte, Marconi apresentaa telegrafia sem fios, a tecnologiapercursora da transmissão <strong>de</strong> imagense sons à distância que viriaa ser conhecida <strong>com</strong>o radiotelevisão.Mais um ano e <strong>de</strong>corre noReal Coliseu <strong>de</strong> Lisboa a apresentação<strong>do</strong> Animatógrapho Rousby que“encanta e maravilha, por sera reprodução da vida”.Naquele ano surgem por to<strong>do</strong> Paíssalas para exibição <strong>de</strong> cinema. NoTeatro <strong>do</strong> Príncipe Real, no Porto,o Kinetographo Portuguez, exibeo filme Saída <strong>do</strong> Pessoal Operário daFábrica Confiança, inspira<strong>do</strong> no filme<strong>do</strong>s Lumière. Em 1907, o SalãoCon<strong>de</strong> Barão, em Lisboa, promete“proporcionar a to<strong>do</strong> o públi<strong>com</strong>aneira fácil <strong>de</strong> divertir-se, dispensan<strong>do</strong>pequena importância”.Entre 1911 e 1916 são inaugura<strong>do</strong>so Olympia e o Animatógrafo <strong>do</strong>Rocio. São instaladas cabines <strong>de</strong>projecção em antigos teatros, <strong>com</strong>oo Chia<strong>do</strong>-Terrasse e o Con<strong>de</strong>s emLisboa, ou o Passos Manuel e o Animatographo<strong>do</strong> Paraíso no Porto,entre outros. Surgem as primeirasdistribui<strong>do</strong>ras, <strong>com</strong>o a CompanhiaCinematográfica <strong>de</strong> Portugal.O cinema Tentativa, em Torres Vedras,é inaugura<strong>do</strong> em 1921. Cincoanos <strong>de</strong>pois, o teatro Pax Júlia,proprieda<strong>de</strong> da Socieda<strong>de</strong>Teatral Bejense que fora fundadaem 1876, é arrenda<strong>do</strong> à CastelloLopes, Lda. Constituída em 1916,esta empresa, que participava nagestão <strong>do</strong> Con<strong>de</strong>s e, a partir <strong>de</strong>1924, <strong>do</strong> estrea<strong>do</strong> Tivoli, viriaa centrar-se na distribuição a partir<strong>do</strong>s anos 20.As socieda<strong>de</strong>s proprietárias das salas<strong>de</strong> Torres Vedras e <strong>de</strong> Beja foram,a partir <strong>de</strong> 1953, adquiridas peladistribui<strong>do</strong>ra e exibi<strong>do</strong>ra FilmesLusomun<strong>do</strong> SARL, criada naqueleano, constituin<strong>do</strong> por essa via,a mais antiga relação histórica daZON <strong>com</strong> o cinema. Entre 1988e 1995 a Lusomun<strong>do</strong> irá adquirir oufundir-se <strong>com</strong> 25 outras socieda<strong>de</strong>sdas áreas da exibição, distribuiçãoe outras activida<strong>de</strong>s cinematográficasabsorven<strong>do</strong>, no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>sseprocesso, ainda mais história dadistribuição e exibição <strong>de</strong> cinemaem Portugal.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA“CADA DIA VÊ A HUMANIDADEMAIS VITORIOSA NA LUTACONTRA O ESPAÇO E O TEM-PO” (G. MARCONI)A década <strong>de</strong> 20 testemunha o <strong>de</strong>senvolvimentodas <strong>com</strong>unicaçõeselectrónicas – telefonia sem fiose <strong>de</strong>pois a televisão. Em Portugal,firma-se, em 1922, um contrato <strong>de</strong>concessão <strong>com</strong> a Marconi WirelessTelegraph Company paraa exploração da rádio-telegrafia etelefonia sem fios. Em 1925,a Companhia Portuguesa RádioMarconi (CPRM) assumea concessão.A primeira emissão <strong>de</strong> um programa<strong>de</strong> telefonia é atribuidaà KDKA <strong>de</strong> Pittsburgh, EUA,em 1920. Em 1925 a estação”P1AA-Rádio Lisboa” <strong>de</strong> AbílioNunes <strong>do</strong>s Santos Júnior <strong>com</strong>eçaa transmitir programas <strong>de</strong> músicaclássica. Em 1926, aparece a RádioPorto, <strong>de</strong> António Rodrigues,que funda uma casa <strong>com</strong>ercial <strong>de</strong>aparelhos eléctricos e que acabariapor montar um posto emissor.O Rádio Clube Português, resultante<strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> RádioClube da Costa <strong>do</strong> Sol, proprieda<strong>de</strong><strong>de</strong> Jorge Botelho Moniz,é inaugura<strong>do</strong> em 1934.Des<strong>de</strong> logo surgem as duasgran<strong>de</strong>s correntes que irão formataro <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>com</strong>unicaçõeselectrónicas <strong>de</strong> massas:o mo<strong>de</strong>lo suporta<strong>do</strong> pela publicida<strong>de</strong>e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> serviço público. NosEUA, David Sarnoff, presi<strong>de</strong>nteda Radio Corporation of América(RCA), fundada em 1919, estabelecea “Lei Sarnoff ”: o valor <strong>do</strong> broadcasteré proporcional ao número <strong>de</strong>ouvintes/especta<strong>do</strong>res. No ReinoUni<strong>do</strong>, John Reith, primeiro directorgeral da BBC, fundada em 1922para transmitir telefonia sem fios,<strong>de</strong>fine em 1927 a missão que foia<strong>do</strong>ptada pela BBC até aos dias <strong>de</strong>hoje e, <strong>de</strong>pois, pelos serviços públicos<strong>de</strong> rádio e televisão <strong>de</strong> to<strong>do</strong>o mun<strong>do</strong>: educar, informar, entreter.“E AGORA JUNTAMOS A VISÃOAO SOM DA RÁDIO (…) É UMAFORÇA CRIATIVA QUE TEMOSDE APRENDER A UTILIZAR EMBENEFÍCIO DE TODA A HUMANI-DADE” (D. SARNOFF) 61Em 1879, o professor Adriano <strong>de</strong>Paiva, da Aca<strong>de</strong>mia Politécnica <strong>do</strong>Porto 62 , <strong>de</strong>screve uma precursorateoria da transmissão <strong>de</strong> imagensà distância. Em 1926, o escocêsJohn Logie Baird faz a primeira<strong>de</strong>monstração pública <strong>de</strong> um aparelhomecânico <strong>de</strong> televisão.As experiências <strong>de</strong> Philo Farnsworthe Vladimir Zworykin, nos EUA,e <strong>de</strong> Kálmán Tihany, na Hungria,conduzem ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>tubo <strong>de</strong> raios catódicos, o elementoelectrónico que transforma as ondaselectromagnéticas em imagens.O primeiro programa regular <strong>de</strong>TV tem lugar em 1928, <strong>com</strong>a estação W3XK nos subúrbios <strong>de</strong>Washington, D.C. <strong>com</strong> um sistemaelectromecânico <strong>de</strong> 48 linhassemelhante ao da União Soviéticaem 1931. Na Alemanha, durante osJogos Olímpicos <strong>de</strong> 1936, é utiliza<strong>do</strong>um sistema <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> filmepara transmissão por TV. Decorremna mesma época emissões experimentaisem França a partir da TorreEiffel. No Reino Uni<strong>do</strong>, em 1936,a BBC transmite cerimónias reais.A história da TV <strong>com</strong>ercial <strong>com</strong>eça<strong>de</strong> facto nos EUA quan<strong>do</strong> a RCAinaugura na Feira Mundial <strong>de</strong> NovaIorque, em 1939, as primeiras transmissõesdirectas. A Segunda GuerraMundial interrompe o <strong>de</strong>senvolvimentoda TV. A história <strong>do</strong> serviçopúblico regular <strong>de</strong> TV <strong>com</strong>eça noReino Uni<strong>do</strong> em 1946 <strong>com</strong> a BBCTelevision. Em 1955 é criada a ITV,uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresas privadasregionalizadas <strong>com</strong> publicida<strong>de</strong> mas<strong>com</strong> obrigações <strong>de</strong> serviço público.A RTP - Radiotelevisão Portuguesa,SARL, da qual o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>téma minoria <strong>do</strong> capital mas o controloda gestão, é constituída em 1955por iniciativa <strong>do</strong> Governo. Doisanos <strong>de</strong>pois <strong>com</strong>eçam as emissõesregulares <strong>com</strong> um canal. Em 1966é lança<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> canal e o Esta<strong>do</strong>assume a maioria <strong>do</strong> capital. Em1975 a empresa é nacionalizada.60 “What hath God wrought?”: S. Morse atribuiu a Deus a criação <strong>do</strong> telégrafo61 David Sarnoff, “The Birth of Television,” presi<strong>de</strong>nte da NBC e RCA no discurso inaugural da televisão <strong>com</strong>ercial regular na Feira Mundial <strong>de</strong> Nova York em FlushingMea<strong>do</strong>ws a 20 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 193962 “O Commercio <strong>do</strong> Porto” <strong>de</strong> 4 e 7 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 187951


PERSPECTIVA HISTÓRICAÀ excepção <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong>, on<strong>de</strong>coexistia o duopólio público-priva<strong>do</strong>BBC-ITV, por toda a Europao mo<strong>de</strong>lo prevalecente era o <strong>de</strong>empresa pública <strong>de</strong> TV. Mas, nosanos 70 <strong>com</strong>eça nos tribunais <strong>de</strong>Itália um movimento político queem breve se alarga a toda a Europaoci<strong>de</strong>ntal e que conduzirá à liberalizaçãoda proprieda<strong>de</strong> das estaçõesemissoras <strong>de</strong> televisão e da distribuição<strong>de</strong> canais <strong>de</strong> televisão porcabo.Em Portugal, em 1989, a RevisãoConstitucional elimina proibição <strong>de</strong>TV privada que tinha si<strong>do</strong> impostana Constituição <strong>de</strong> 1976.O Governo abre, em 1992, concursopara licenciamento <strong>de</strong> <strong>do</strong>iscanais priva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> televisão pordistribuição nacional terrestre queé ganho pela SIC, Socieda<strong>de</strong>In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Comunicação,S.A., que <strong>com</strong>eça a transmitir aindanaquele ano, e pela TVI, TelevisãoIn<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, S.A., que inicia asemissões no ano seguinte.A partir <strong>de</strong>ssa data, Portugal passaa contar <strong>com</strong> <strong>do</strong>is canais <strong>de</strong> serviçopúblico <strong>de</strong> distribuição por viahertziana, que também transmitempublicida<strong>de</strong>, e <strong>do</strong>is canais priva<strong>do</strong>slicencia<strong>do</strong>s por 15 anos e suporta<strong>do</strong>sapenas pela publicida<strong>de</strong>. Estescanais farão parte da oferta inicialda TV Cabo.“NÃO DESLIGAREMOS SENÃODEPOIS DO MUNDO ACABAR (…)FAREMOS A COBERTURA DOFIM DO MUNDO, E ESSE SERÁO NOSSO ÚLTIMO EVENTO.” (T.TURNER) 63Em 1936, a AT&T instala o primeirocabo coaxial, uma nova tecnologiaque permite transportar sinaisradioeléctricos ao longo <strong>de</strong> maioresdistâncias <strong>com</strong> a vantagem <strong>de</strong> maiorimunida<strong>de</strong> às interferênciase oferecen<strong>do</strong> maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>transmissão que os cabos unifilaresentão em uso. Os primeiros emissores<strong>de</strong> TV são instala<strong>do</strong>s nasgran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. O cabo coaxiale pequenos amplifica<strong>do</strong>res irãooferecer o meio para levar o sinala zonas próximas mas ainda semcobertura. Mais tar<strong>de</strong>, os satélitesvencerão todas as distâncias transportan<strong>do</strong>os sinais <strong>de</strong> TV para cabeças<strong>de</strong> re<strong>de</strong> 64 <strong>de</strong> cabo que fazema sua posterior distribuição local.Em 1948, em Mahanoy City, umaal<strong>de</strong>ia escondida na região dasminas <strong>de</strong> carvão da Pennsylvania,John Walson, proprietário <strong>de</strong> umaloja <strong>de</strong> rádios e televisores, instalauma antena <strong>de</strong> televisão no cume<strong>de</strong> uma das colinas e leva o sinal <strong>de</strong>três estações <strong>de</strong> TV <strong>de</strong> Filadélfia atéà sua loja através <strong>de</strong> cabo coaxiale daí até casa <strong>de</strong> clientes. Estainiciativa marca o início simbólico<strong>do</strong> que virá a tornar-se uma dasmaiores indústrias <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>:o pay TV através <strong>de</strong> cabo.Características <strong>de</strong> capacitância<strong>do</strong> cabo coaxial em faradspor metro2 π є 2 π є 0єrln(D/d) ln(D/d)C = =63 Ted Turner em 1980 na inauguração <strong>de</strong> Cable News Network (CNN)64 Head End


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAA história da gravação <strong>de</strong> imageme som numa fita magnética <strong>com</strong>eçaem 1956 <strong>com</strong> o Ampex VRX-1000,o primeiro sistema <strong>com</strong> sucesso<strong>com</strong>ercial. Quase <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>poissurge o Sony CV-2000, que já tinha<strong>com</strong>o objectivo a gravação em casa.Em 1970, a Philips introduzo primeiro formato em vi<strong>de</strong>ocassete,ou seja, em que ambas as bobinesestão contidas numa caixa. Cincoanos <strong>de</strong>pois é <strong>com</strong>ercializa<strong>do</strong> o SonyBetamax e no ano seguinte surgeo VHS, <strong>com</strong> maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>gravação. Este é suporta<strong>do</strong> por umconjunto <strong>de</strong> empresas e torna-se, <strong>de</strong>facto, o standard.Logo surgem as primeiras disputaslegais por parte <strong>do</strong>s estúdios <strong>de</strong>Hollywood. No caso Sony Corp. ofAmerica vs Universal City Studios,Inc. o Supremo Tribunal <strong>do</strong>s EUA<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> que o VCR era permiti<strong>do</strong> parauso priva<strong>do</strong>. Ironicamente, em breveos filmes para vi<strong>de</strong>orecor<strong>de</strong>r (VCR)tornam-se na principal fonte <strong>de</strong> receita<strong>do</strong>s estúdios. Em 1978, a Philips introduz,apenas na Europa, o Vi<strong>de</strong>o2000. Com o lançamento <strong>do</strong> DVD,no início <strong>do</strong>s anos 2000, <strong>com</strong>eçao rápi<strong>do</strong> <strong>de</strong>clínio <strong>do</strong> VCR.A PROCURA DE TV ALTERNATIVANos anos 80 tem início o fim <strong>do</strong>monopólio da RTP sobre o consumo<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> TV quan<strong>do</strong>surgem em Portugal os VCR e <strong>com</strong>eles os vi<strong>de</strong>oclubes e a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> gravar programas e ver mais tar<strong>de</strong>.Surgem também as primeiras re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> distribuição não licenciadas <strong>de</strong>redistribuição <strong>de</strong> televisão espanholaque chega até perto <strong>de</strong> Lisboa.Proliferam os pequenos emissoresinstala<strong>do</strong>s por autarquiase bombeiros voluntários. Manifesta--se também pela primeira vezo interesse no merca<strong>do</strong> da TV porcabo em Portugal por parte <strong>de</strong>investi<strong>do</strong>res canadianos.A a<strong>de</strong>são à - então - CEE tem lugarem 1986 e os portugueses revelamgran<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> em receber maise diversa televisão. Sky Channel,pioneiro da TV via satélite, Eurosport,BBC, Filmnet, RAI, CNN sãoalguns <strong>do</strong>s canais recebi<strong>do</strong>s através<strong>de</strong> TV via satélite <strong>de</strong>monstrada pelaprimeira vez por Cintra & Leal,Lda. na inauguração <strong>do</strong> AmoreirasShopping Center em Lisboa. Dezanos <strong>de</strong>pois, cerca <strong>de</strong> trezentos millares portugueses recebiam emsuas casas canais por re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cabocolectivas e sistemas individuaisinstala<strong>do</strong>s por empresas <strong>com</strong>o Conteraou TV Babo. A amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>staactivida<strong>de</strong> obriga o Governo a aprovarlegislação sobre as condições <strong>de</strong>instalação <strong>de</strong> antenas parabólicascolectivas nos prédios e as primeirasnormas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço.Com a administração <strong>de</strong> RonaldReagan, no início <strong>do</strong>s anos 80,a indústria da TV por cabo, que atéentão tinha pouca expressão, recebeum importante impulso através<strong>de</strong> várias medidas <strong>de</strong>sregulamenta<strong>do</strong>ras<strong>com</strong> impacto positivo nasreceitas <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res. Na Europa,enquanto certos países <strong>com</strong>oa Bélgica, Holanda ou Finlândia hámuito dispunham <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> TVpor cabo, cujo objectivo principalera eliminar as antenas <strong>do</strong>s telha<strong>do</strong>s,a maior parte das quais proprieda<strong>de</strong><strong>de</strong> municípios (<strong>com</strong> a excepçãoda Suíça que tinha entãoa maior re<strong>de</strong> privada da Europa),52


PERSPECTIVA HISTÓRICAnos gran<strong>de</strong>s países a televisão porcabo era inexistente.Os governos <strong>com</strong>o o britânico <strong>de</strong>Margaret Thatcher, o francês <strong>de</strong>François Mitterand e o alemão <strong>de</strong>Helmut Khol, <strong>com</strong>o instrumento<strong>de</strong> dinamização da economia,fazem aprovar nos respectivos paíseslegislação no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoda TV por cabo, nuns casosmais liberal, <strong>com</strong>o no Reino Uni<strong>do</strong>,e noutros ainda <strong>com</strong> importante intervenção<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>com</strong>o na Alemanhaatravés <strong>de</strong> empresas públicas<strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações. Em breve, empresas<strong>de</strong> televisão por cabo americanase canadianas são autorizadasa <strong>com</strong>prar licenças no Reino Uni<strong>do</strong>,on<strong>de</strong> os opera<strong>do</strong>res enfrentavamdificulda<strong>de</strong>s financeiras. Em contrapartidasão autoriza<strong>do</strong>s a fornecerserviço telefónico fixo.IMPULSO LIBERALIZADOREm Portugal, a importante dimensão<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> antenas parabólicascolectivas, o continua<strong>do</strong>interesse <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res canadianosa que se juntavam também portugueses,e o movimento liberaliza<strong>do</strong>rna Europa e EUA serão as influências<strong>de</strong>cisivas para que o GovernoPortuguês aprove a Lei da Televisãopor Cabo n.º 58/90, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong>Setembro (revista pelo Decreto-Lein.º 241/97, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro).Este diploma estabelece um regimemuito liberal <strong>de</strong> licenciamento,por município, sem pagamento <strong>de</strong>licença, mas apenas permitin<strong>do</strong> aosopera<strong>do</strong>res a recepção e retransmissão<strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> TV <strong>de</strong> terceirose interditan<strong>do</strong> o lançamento <strong>de</strong>canais <strong>de</strong> produção própria. Estadisposição iria confirmar-se <strong>com</strong>ouma importante limitação ao <strong>de</strong>senvolvimentoda indústria e acabarápor ser eliminada.A primeira iniciativa concreta <strong>com</strong>objectivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver televisão porcabo em Portugal ocorre em 1992 naMa<strong>de</strong>ira, logo seguida <strong>do</strong>s Açores.Nesse ano é constituída a Cabo TVMa<strong>de</strong>irense pelos Correios e Telégrafos<strong>de</strong> Portugal (CTT). Logo a seguir“A TV CABO, COMOEMPRESA DETIDAPELO OPERADORHISTÓRICO, OFERECIAIDONEIDADE TÉCNICAE PROMETIA RÁPIDAEXPANSÃO.PENSADA COMOOPERAÇÃODEFENSIVA NOMERCADO, A TV CABOADOPTA, AFINAL,UMA ESTRATÉGIAOFENSIVA.”


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAé constituída a Cabo TV Açoreana.Tem início a <strong>com</strong>ercialização <strong>do</strong>serviço que recebe a <strong>de</strong>signação<strong>de</strong> “experiência piloto”, porqueocorre ainda antes da atribuiçãodas licenças <strong>de</strong> opera<strong>do</strong>r que sóvirão a ser concedidas em 1994pelo Instituto das Comunicações<strong>de</strong> Portugal (ICP), o regula<strong>do</strong>r, nomesmo momento que é atribuídaa licença à TV Cabo Portugal, entretantoconstituída.Ainda em 1992, é criada a holdingestatal Comunicações Nacionais,SPGS, SA (CN) que integra trêsopera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações:TLP que explorava o serviço telefóniconas áreas <strong>de</strong> Lisboa e Porto;Tele<strong>com</strong> Portugal, responsável pelasrestantes <strong>com</strong>unicações nacionais,para a Europa e Mediterrâneo;e Marconi que assegurava o tráfegointercontinental. Em Julho <strong>de</strong> 1993é constituída a CATVP – TV CaboPortugal SA (inicialmente <strong>de</strong>signadapor CATVP – Cabo TV Portugal,S.A.).A criação da TV Cabo obe<strong>de</strong>ce aoobjectivo primordial <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r<strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações, então aindaum monopólio, em proteger o seunegócio <strong>de</strong> voz fixa da eventual concorrênciapor parte <strong>de</strong> opera<strong>do</strong>resestrangeiros <strong>de</strong> TV por cabo. É umaépoca em que se <strong>de</strong>scobre que aparte mais rentável <strong>do</strong> negócio daTV por cabo era, afinal, o fornecimento<strong>de</strong> voz fixa. Simultaneamente,assiste-se à progressiva encriptação<strong>de</strong> vários <strong>do</strong>s canais por satélite maispopulares, o que resulta numa clararedução <strong>do</strong> valor das parabólicas colectivase individuais <strong>com</strong>o meio paraobter mais TV.Rapidamente fica evi<strong>de</strong>nte quea TV por cabo respondia a umaforte procura não satisfeita <strong>de</strong> maistelevisão através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>distribuição mais fiável, <strong>com</strong> maiordiversida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> e maioratenção ao cliente que aquele queera proporciona<strong>do</strong> pelas pequenasre<strong>de</strong>s colectivas <strong>de</strong> fraca qualida<strong>de</strong>e manutenção. A TV Cabo,<strong>com</strong>o empresa <strong>de</strong>tida pelo opera<strong>do</strong>rhistórico, oferecia i<strong>do</strong>neida<strong>de</strong>técnica e prometia rápida expansão.Pensada <strong>com</strong>o operação <strong>de</strong>fensivano merca<strong>do</strong>, a TV Cabo a<strong>do</strong>pta,afinal, uma estratégia ofensiva.Em 1994 constitui-se um opera<strong>do</strong>rúnico nacional <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicaçõesque junta, por fusão, as empresas<strong>do</strong> sector <strong>de</strong>tidas pela holding estatalCN, que no ano seguinte, é dissolvidano âmbito <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>privatização da PT que então teminicio. É o ano que marca o lançamentoda televisão por cabo emmol<strong>de</strong>s industriais em Portugal.É criada a Bragatel - Companhia<strong>de</strong> TV por Cabo <strong>de</strong> Braga, S.A. iniciativa<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> investi<strong>do</strong>res<strong>com</strong> o apoio da Câmara Municipal<strong>de</strong> Braga e li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> pela TVTEL,a primeira opera<strong>do</strong>ra a obterlicença <strong>de</strong> operação. A TVTEL cria<strong>com</strong> a Partifel a Pluricanal, <strong>com</strong>se<strong>de</strong> em Leiria.53


PERSPECTIVA HISTÓRICAOS PRIMEIROS ANOS DATELEVISÃO POR CABOA TV Cabo é inicialmente <strong>de</strong>tida,em partes iguais, pela Tele<strong>com</strong>Portugal, S.A. e pelos Telefones<strong>de</strong> Lisboa e Porto, S.A. (TLP). Em1994, por força da fusão entre estasduas empresas, a Portugal Tele<strong>com</strong>,S.A. torna-se accionista única daTV Cabo. São constituídas seteempresas participadas no continente(TV Cabo Douro, TV Cabo Porto,TV Cabo Mon<strong>de</strong>go, TV CaboTejo, TV Cabo Lisboa, TV CaboSa<strong>do</strong> e TV Cabo Guadiana) que sejuntaram às já implementadas naMa<strong>de</strong>ira e nos Açores (Cabo TVMa<strong>de</strong>irense e Cabo TV Açoreana).O licenciamento da TV Cabo peloregula<strong>do</strong>r ICP e das suas participadasocorre ainda em 1994. No ano<strong>de</strong> estreia, a TV Cabo transmite 30canais, incluin<strong>do</strong> os quatro canaisnacionais, a um custo <strong>de</strong> três milescu<strong>do</strong>s mensais, valor idêntico aoda assinatura <strong>do</strong> telefone fixo.Os canais que constituem a primeiraoferta <strong>de</strong> programação da TVCabo são RTP1, TV2, SIC, TVI,Mosaico, Eurosport, DSF - DeutschSportFernsehen, Cinema, TeleUno,TNT-Cartoon Network, Discovery,Travel, MTV, MCM, VIVA,CNN, Euronews, Sky News,TVE-I, Galavision, Rai Uno, RaiDue, SuperChannel, BBC-WorldService, TV 5, CMT (teste), D-Wella,SAT 1, RTL e Show TV (teste).Em 1995 surgem cinco outros projectos<strong>de</strong> televisão por cabo, sen<strong>do</strong>“APÓS UM ANO DEACTIVIDADE, A TVCABO ANUNCIA 55MIL SUBSCRITORES.DOIS ANOS DEPOIS,AUMENTA PARA 170MIL SUBSCRITORES. EM1997, A TV CABO TEM371 MIL SUBSCRITORESDO PACOTE BÁSICOE AMPLIA A OFERTAPARA 40 CANAIS,DOS QUAIS 20 EMPORTUGUÊS.”atribuídas 21 licenças. É lançadaa Intercabo, que junta os norte-americanosda UIH (United InternationalHoldings) e a Philips. Nesse anoé criada a Cabovisão por investi<strong>do</strong>rescanadianos. É <strong>de</strong>ste ano tambéma alteração da forma <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>da Filmes Lusomun<strong>do</strong> para Lusomun<strong>do</strong>SGPS <strong>com</strong> a separação dasáreas <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> distribuiçãoe exibição <strong>de</strong> cinema e <strong>com</strong> a incorporação<strong>de</strong> quinze socieda<strong>de</strong>s queactuavam em diferentes pontos daca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor cinematográfica.No ano seguinte, o opera<strong>do</strong>r Multichoice,basea<strong>do</strong> na Holanda mas <strong>de</strong>capitais sul-africanos, estabelece-seem Lisboa e prepara uma oferta <strong>de</strong>pay TV por satélite digital que nãochega a ser lançada por <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>Canal Plus que, entretanto, assumirao controlo da empresa.Após um ano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, a TVCabo anuncia 55 mil subscritores.Dois anos <strong>de</strong>pois, aumenta para 170mil subscritores. Em 1997,a TV Cabo tem 371 mil subscritores<strong>do</strong> pacote básico e amplia a ofertapara 40 canais, <strong>do</strong>s quais 20 emportuguês. Em 1998 é ultrapassa<strong>do</strong>o meio milhão <strong>de</strong> subscritores (597mil) <strong>do</strong> pacote básico e 112 mil <strong>do</strong>sprimeiros canais premium Telecinee Sport TV.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESACapa da revistaCable & Satellite 1999CRIAÇÃO DA PT MULTIMÉDIAE INCORPORAÇÃO COMLUSOMUNDOEm finais <strong>de</strong> 1998, a TV Caboabre-se a novos accionistas, entre osquais o Banco Espírito Santo (BES),mas a estrutura accionista mantevesemaioritariamente na PortugalTele<strong>com</strong> (cerca <strong>de</strong> 92 por cento).Em Julho <strong>do</strong> mesmo ano é constituídaa PT Multimédia, SGPS, S.A.(PTM) pelo Grupo Portugal Tele<strong>com</strong>que incorpora a TV Caboe em Novembro tem lugara oferta pública <strong>de</strong> venda. A PortugalTele<strong>com</strong> fica <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 66.71por cento <strong>do</strong> capital social da PTM.Em Setembro, a TV Cabo passaa ser uma empresa integralmente<strong>de</strong>tida pela PTM mediante um aumento<strong>de</strong> capital realiza<strong>do</strong> parcialmentepela entrada <strong>de</strong> accionistasminoritários. Posteriormente, em2003, as sete empresas participadasforam incorporadas, por fusão, naTV Cabo Portugal que assumiu, <strong>de</strong>forma centralizada, a operação dare<strong>de</strong> cabo <strong>do</strong> Grupo PT.A TV Cabo <strong>de</strong>staca-se em quota <strong>de</strong>merca<strong>do</strong> a nível nacional, enquantoa Cabovisão ocupa posições na zonaCentro e Sul e a TVTEL e a Bragatelconcorrem no Norte <strong>do</strong> País.Segun<strong>do</strong> a Ana<strong>com</strong>, o merca<strong>do</strong>é então representa<strong>do</strong> por <strong>de</strong>z empresas:Associação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>Litoral <strong>de</strong> Almancil, Bragatel, CaboTV Açoreana, Cabo TV Ma<strong>de</strong>irense,Cabovisão, CATV-TV CaboPortugal, Pluricanal Gon<strong>do</strong>mar,Pluricanal Leiria, Pluricanal Santaréme TVTEL Gran<strong>de</strong> Porto.Em 2000, o BES é a primeiraentida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>ter uma participaçãoqualificada na PTM, logo seguida<strong>do</strong> Banco Totta & Açores e BPI.Em 2003, ocorre a incorporação daLusomun<strong>do</strong> Socieda<strong>de</strong> Gestora <strong>de</strong>Participações Sociais, SGPS, S.A.,na CATVP-TV Cabo Portugal,S.A. e posterior transferência global<strong>do</strong> património para PT Multimédia.Em 2004, no âmbito da reestruturação<strong>do</strong> Grupo PTM, a PT Televisãopor Cabo, SGPS, S.A., passa a <strong>de</strong>tera totalida<strong>de</strong> da participação da TVCabo Portugal, sen<strong>do</strong> a primeira<strong>de</strong>tida a cem por cento pela PTMultimédia.Na Primavera <strong>de</strong> 2007, a PortugalTele<strong>com</strong> lança um serviço <strong>de</strong> televisãopor IPTV 65 que irá a prazotornar-se no principal concorrenteda ZON. No Verão <strong>de</strong>sse ano, a PTMultimédia anuncia a assinatura <strong>de</strong>um acor<strong>do</strong> visan<strong>do</strong> a aquisiçãoà Parfitel, SGPS S.A., <strong>de</strong> uma participação<strong>de</strong> cem por cento na Bragatel– Companhia <strong>de</strong> Televisão porCabo <strong>de</strong> Braga, S.A. (“Bragatel”),<strong>de</strong> 92.06 por cento na PluricanalLeiria – Televisão por Cabo, S.A.e <strong>de</strong> 98.75 por cento na PluricanalSantarém – Televisão por Cabo,S.A. (“Pluricanal Santarém”).65 Internet Protocol television (IPTV) é um sistema através <strong>do</strong> qual serviços <strong>de</strong> televisão são distribuí<strong>do</strong>s<strong>com</strong> recurso à arquitectura e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>do</strong> Internet Protocol Suite.54


PERSPECTIVA HISTÓRICATV DIGITAL VIA SATÉLITENos primeiros anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,a TV Cabo é basicamente um distribui<strong>do</strong>r<strong>de</strong> canais <strong>de</strong> televisão - osquatro canais nacionais e mais duas<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> canais internacionaisacessíveis por satélite. A legislaçãoainda não permitia aos opera<strong>do</strong>res<strong>de</strong> televisão por cabo a produção<strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s próprios. Aos quatrocanais nacionais juntam-se progressivamentemais canais estrangeirosque, aos poucos, vão sen<strong>do</strong>localiza<strong>do</strong>s <strong>com</strong> legendas e locuçãoem português. Prossegue a expansãoda re<strong>de</strong> e o esforço <strong>com</strong>ercial ancora<strong>do</strong>em campanhas publicitáriase vendas porta-a-porta.Em 1995, a TV Cabo lança osprimeiros canais em português naárea <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumentário e <strong>do</strong> cinema,Discovery e Hollywood. A oferta<strong>de</strong> canais fala<strong>do</strong>s ou legenda<strong>do</strong>s emlíngua portuguesa foi <strong>de</strong>senvolvidanos três anos seguintes.Nesse ano ocorre o lançamento <strong>do</strong>serviço Mini-básico (posteriormentepacote Selecção) <strong>com</strong> 16 canaise surge o canal Panda, a primeiraoferta temática para público infantil.São atingi<strong>do</strong>s 170 mil subscritores.No ano seguinte, <strong>do</strong>s 40 canais queconstituíam o seu serviço básico, 20tinham o português <strong>com</strong>o primeiralíngua <strong>de</strong> transmissão e, por vezestambém <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong>signadamenteo canal <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentáriosOdisseia. O canal Eurosport <strong>com</strong>eçaa transmitir três horas em portuguêse o Canal Parlamento entra emprodução. A base <strong>de</strong> clientes é ampliadapara 371 mil subscritores.A televisão digital é introduzida emPortugal, em 1998, através da ofertaem satélite digital (DTH) 72 <strong>com</strong> 16canais. O recurso à distribuição porsatélite resultou <strong>do</strong> normativo legalque estipula que canais <strong>de</strong> televisãoportugueses sejam obrigatoriamentedistribuí<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong> o País,imposição que a re<strong>de</strong> por cabo nãopodia cumprir. Sport TVé o primeiro canal <strong>de</strong> televisão a sercria<strong>do</strong> em Portugal após a liberalização<strong>do</strong> espectro. Este é tambémo primeiro canal temático portuguêse o primeiro canal premium naoferta da TV Cabo. 73 Neste anoé também lança<strong>do</strong> o canal Telecine,também premium. Ao fim <strong>de</strong> quatroanos em operação, a TV Caboreclama 597 mil subscritores nopacote básico.72 Direct to Home73 Premium: canal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> subscrição separada <strong>do</strong> pacote base


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESATECNOLOGIA DA TV CABO – DATELEVISÃO À BANDA LARGAEm Portugal, o cabo <strong>com</strong>eça experimentalmentena Ma<strong>de</strong>ira e nosAçores <strong>com</strong> arquitecturas <strong>de</strong> cabocoaxial <strong>de</strong> tree-branch <strong>com</strong> troncas<strong>de</strong> numerosos amplifica<strong>do</strong>res emcascata, para conseguir vencerdistâncias e <strong>com</strong> amplifica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>baixo espectro limita<strong>do</strong>s a 450MHz,que era o tipo <strong>de</strong> tecnologia a custosefectivos para a época.No Continente esta topologia nãoé a<strong>de</strong>quada em resulta<strong>do</strong> da dispersãogeográfica das zonas a servir.Apesar <strong>do</strong> regula<strong>do</strong>r ter licencia<strong>do</strong>o cabo em zonas geográficas separadas,a imensidão e a localização <strong>do</strong>spólos populacionais <strong>de</strong> empresas <strong>do</strong>grupo TV Cabo – <strong>de</strong>signadamenteas áreas Douro, Tejo, Sa<strong>do</strong>, Guadiana- obriga ao uso <strong>de</strong> arquitecturashíbridas <strong>de</strong> fibra e coaxial (fibrapara a distância, coaxial paraa capilarida<strong>de</strong>).A TV Cabo, <strong>com</strong>o empresa <strong>do</strong>grupo PT, obtém condições <strong>de</strong>investimento excepcionais que lhepermitem construir a re<strong>de</strong> coaxial,suportada quer em centrais da PT,quer em transporte óptico <strong>de</strong> fibra,numa oferta que, embora reguladae disponível aos restantes opera<strong>do</strong>res<strong>de</strong> cabo, permite o crescimentoacelera<strong>do</strong> <strong>de</strong> número <strong>de</strong> casas passadasano após ano.A tecnologia usada nestas re<strong>de</strong>s é <strong>de</strong>750MHz, para as distâncias capilaresda parte coaxial da re<strong>de</strong>. Erauma tecnologia, nesse momento,<strong>com</strong> custos controla<strong>do</strong>s, emboraa parte óptica da re<strong>de</strong> ainda fossebaseada em emissores separa<strong>do</strong>spara frequências altas e frequênciasbaixas.Este espectro disponível permite ofertas<strong>com</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> canaisanalógicos. No entanto, em 1995, ostelevisores tinham ainda sintoniza<strong>do</strong>res<strong>de</strong> frequências hertzianas,sem hiperbanda. Foi assim quesurgiu a primeira set-top box (STB),que mais não é que um sintoniza<strong>do</strong>r<strong>de</strong> canais <strong>com</strong> visor mostran<strong>do</strong> onúmero <strong>de</strong> canal e que disponibilizao canal sintoniza<strong>do</strong> no modula<strong>do</strong>r <strong>de</strong>saída. O televisor sintoniza o modula<strong>do</strong>re os clientes passam a controlara sua oferta através <strong>do</strong> <strong>com</strong>an<strong>do</strong> daSTB. Esta técnica permite oferecerum gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> canaisa qualquer tipo <strong>de</strong> televisor.A evolução <strong>do</strong>s televisores irá permitira sintonia <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o espectro <strong>do</strong>cabo, além <strong>de</strong> disponibilizar entradaSCART para VCRs e consolas <strong>de</strong>jogos.Em 1998, as entradas SCART sãoutilizadas para as STB <strong>do</strong>s serviços<strong>de</strong> satélite e para os <strong>de</strong>scodifica<strong>do</strong>resanalógicos que davam acesso aosprimeiros serviços premium, nomeadamentea Sport TV.O serviço <strong>de</strong> satélite digital contribui,em 2003, para a digitalização <strong>do</strong>cabo. As STB <strong>de</strong> cabo eram em tu<strong>do</strong>idênticas às STB <strong>de</strong> satélite, apenasdiferin<strong>do</strong> o sintoniza<strong>do</strong>r.A digitalização permite garantiro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> canais premium, postoem causa pela facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> piratearmecanismos <strong>de</strong> controlo analógicos.Por outro la<strong>do</strong>, assegura capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> canais em StandardDefinition (SD) digital e em canais HD.O espectro que um canal analógicoantes ocupava no cabo permiteagora distribuir 20 canais SD ou6 canais HD.55


PERSPECTIVA HISTÓRICAEmbora as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cabo tivessemsi<strong>do</strong> primariamente pensadaspara difusão, ou seja, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong>opera<strong>do</strong>r para o cliente, o gran<strong>de</strong>espectro que possuem levou a que asarquitecturas fossem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o iníciopensadas para a interactivida<strong>de</strong>, istoé, também para a <strong>com</strong>unicação nooutro senti<strong>do</strong>, cliente-opera<strong>do</strong>r.Nos EUA, surge em 1999 a estandardização<strong>do</strong> protocolo <strong>de</strong> da<strong>do</strong>spara cabo DOCSIS. Este protocolopermite banda larga nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cabo, a preços <strong>de</strong> equipamento emcurvas <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à a<strong>do</strong>pçãogeneralizada.Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> re<strong>de</strong>, emboraa arquitectura estivesse pensadapara o retorno <strong>de</strong> sinais, não estavapreparada para esse fim, pelo quese seguiram vários anos <strong>de</strong> melhoriada re<strong>de</strong>. É necessário colocaramplifica<strong>do</strong>res e alinhar as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>retorno coaxiais, bem <strong>com</strong>o <strong>do</strong>tara parte <strong>de</strong> fibra <strong>com</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>retorno, até então não existente nare<strong>de</strong> <strong>de</strong> retorno.Ao mesmo tempo que estas melhorias<strong>de</strong> re<strong>de</strong> se faziam, é lançada,em Portugal, por vários opera<strong>do</strong>resa banda larga por ADSL 66 . O regula<strong>do</strong>rimpõe à PT tarifários e capacida<strong>de</strong>ssemelhantes. Deste mo<strong>do</strong>,as ofertas <strong>de</strong> cabo crescem em capacida<strong>de</strong>à medida das inovações <strong>do</strong>ADSL. Mas a tecnologia utilizadano cabo permite já oferecer capacida<strong>de</strong>saté aos 30 Mbps.Com a separação da PT Multimédiaé possível fazer uso <strong>de</strong>ssavantagem <strong>com</strong>petitiva e preparara re<strong>de</strong> para o DOCSIS 3.0. Estatecnologia não tem limitações emtermos lógicos, mas apenas físicosna quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espectro queo opera<strong>do</strong>r disponibiliza parao serviço e na capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s equipamentospara o sintonizar. Estacaracterística explica o constantequebrar <strong>de</strong> barreiras a que se assiste<strong>com</strong> o DOCSIS 3.0. A progressivaintrodução <strong>de</strong> inovações nos sintoniza<strong>do</strong>rese a respectiva a<strong>do</strong>pção emlarga escala é logo a<strong>com</strong>panhadapela introdução <strong>de</strong> novos serviçosa preços controla<strong>do</strong>s, manten<strong>do</strong>-setodavia as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cabo mais eficientesque as novas re<strong>de</strong>s FTTH 67 .Na sequência <strong>de</strong> experiências <strong>com</strong>canal <strong>de</strong> retorno em STB equipada<strong>com</strong> DOCSIS, a TV Cabointroduz <strong>com</strong>ercialmente nas suasSTB, em 2007, o standard europeuEURODOCSIS 3.0 integra<strong>do</strong>,permitin<strong>do</strong> serviços <strong>de</strong> VoD emlarga escala, bem <strong>com</strong>o uma série<strong>de</strong> serviços auxiliares <strong>com</strong>o widgets.A tendência é cada vez maistornar a STB num equipamentopersonaliza<strong>do</strong>, <strong>com</strong> serviços dirigi<strong>do</strong>sindividualmente e não basea<strong>do</strong>sem difusão (broadcast). Esta possibilida<strong>de</strong>resulta <strong>do</strong> facto das STBestarem sempre ligadas <strong>com</strong> os serviçosdisponibiliza<strong>do</strong>s centralmentee nelas não resi<strong>de</strong>ntes.66 Asymmetric Digital Subscriber Line (ADSL): formato <strong>de</strong> DSL, uma tecnologia <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s que permite uma transmissão <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s mais rápida através <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> telefone <strong>do</strong>que um mo<strong>de</strong>m convencional, através <strong>do</strong> recurso a frequências não utilizadas nas chamadas <strong>de</strong> voz67 FTTH: Fibre to the home, fibra até à casa <strong>do</strong> cliente <strong>com</strong> distribuição por cabo coaxial <strong>de</strong>ntro da casa <strong>do</strong> cliente


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESASEPARAÇÃO E CRIAÇÃO DA ZONMULTIMÉDIANo final <strong>de</strong> 2007 o edifício se<strong>de</strong>da PT Multimédia <strong>de</strong>spediu-se <strong>do</strong>logótipo luminoso da PT queo encimava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há anos. Este gestosimbólico <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida <strong>do</strong> símbolo<strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r histórico representoua realida<strong>de</strong> da separação. Embreve, naquele lugar <strong>de</strong> Lisboa,bem exposto à Av. 5 <strong>de</strong> Outubroe à Av. da República, seria hastea<strong>do</strong>um novo logótipo.A separação da PT Multimédia <strong>do</strong>grupo PT ocorre a 7 <strong>de</strong> Novembro<strong>de</strong> 2007 na sequência da não concretizadaoferta pública <strong>de</strong> aquisiçãolançada pela Sonae sobre a PT.ESTRUTURA ACCIONISTAANTES E DEPOISAté à separação, a estrutura accionistada PTM caracterizava-se por umaposição maioritária da PortugalTele<strong>com</strong> <strong>de</strong> 58.43 por cento. Os restantesaccionistas <strong>de</strong> referência eramo Grupo Caixa Geral <strong>de</strong> Depósitos(11.26 por cento), Grupo EspíritoSanto (6.96 por cento), Grupo BPI(5.16 por cento), Cinveste (5.02 porcento), Joaquim Oliveira (3.77 porcento), e Cofina (2.23 por cento).O restante capital encontrava-sedisperso em Bolsa.Com a separação <strong>do</strong> Grupo PT, este<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter qualquer posição nocapital da PTM (<strong>de</strong>nominada ZONa partir <strong>de</strong> 2008). Os restantesaccionistas da ZON mantiverame, nalguns casos, reforçaram as suasposições no capital da empresa.Surgem ainda novos accionistas<strong>de</strong> referência no capital da ZON,alguns por força das suas posiçõesaccionistas na PT: Telefónica,Fundação José Berar<strong>do</strong>, OngoingStrategy Investments SGPS e GrupoVisabeira, to<strong>do</strong>s <strong>com</strong> posições superioresa 2 por cento.Passa<strong>do</strong>s três anos da separação,a base <strong>de</strong> accionistas <strong>de</strong> referênciamantém-se semelhante à que surgiuapós a separação, <strong>com</strong> a excepçãoda entrada no capital <strong>de</strong> <strong>do</strong>is novosaccionistas <strong>de</strong> referência: a KentoHolding Limited (10 por cento)e a SGC (2 por cento).56


PERSPECTIVA HISTÓRICAEm Janeiro <strong>de</strong> 2008, tem lugara a<strong>do</strong>pção da marca ZON Multimédia.A empresa anuncia a aquisiçãoà PT <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o equipamento <strong>de</strong>re<strong>de</strong> exclusivamente <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> aoserviço <strong>de</strong> televisão por cabo da TVCabo. Esta aquisição vem reforçara flexibilida<strong>de</strong> operacional da ZONpara seguir a sua estratégia <strong>de</strong> re<strong>de</strong><strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.O Plano Estratégico apresenta<strong>do</strong>pela nova gestão da empresa parao perío<strong>do</strong> 2008/2010 foca a activida<strong>de</strong>em três vectores estratégicos:- Li<strong>de</strong>rar no <strong>triple</strong> <strong>play</strong>;- Atingir a excelência na relação <strong>com</strong>o cliente e nas operações;-Capturar novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESA“NUNCA, MAS NUNCA NAHISTÓRIA DA HUMANIDADETIVEMOS ACESSO A TANTA IN-FORMAÇÃO TÃO DEPRESSA ETÃO FACILMENTE” (V. CERF)Em 1936 o alemão Konrad Zuze<strong>de</strong>senvolve o Z3, o primeiro <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>rprogramável. Dez anos<strong>de</strong>pois, o britânico Alan Turingapresenta a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um<strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r <strong>com</strong> programa emmemória. No mesmo ano é apresenta<strong>do</strong>por John Mauchly e J. PresperEckert o ENIAC, a máquina maisrápida <strong>do</strong> seu tempo. Em 1951,o UNIVAC, fabrica<strong>do</strong> pelaRemington, é o primeiro <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r<strong>com</strong>ercial. Ven<strong>de</strong>m-se46 unida<strong>de</strong>s e é utiliza<strong>do</strong> no censoamericano. Irá inspirar HAL,o <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>r inteligente <strong>do</strong> filme2001: Odisseia no Espaço <strong>de</strong> StanleyKubrick (1968).A invenção <strong>do</strong> transístor mu<strong>do</strong>ua história <strong>do</strong>s <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res.A primeira geração <strong>de</strong> <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>resutiliza válvulas inventadas porFre<strong>de</strong>rick Williams and Tom Kilburnem 1946. A segunda geração, em1956, utiliza transístores patenta<strong>do</strong>spor John Bar<strong>de</strong>en, WilliamShockley e Walter Brattain <strong>do</strong>s BellTelephone Laboratories. A terceirageração utiliza o circuito integra<strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Jack Kilby daTexas Instruments e Robert Noyceda Fairchild Semiconductor Corporationem 1958. Em 1971 a quartageração <strong>de</strong> <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res utilizamicroprocessa<strong>do</strong>res inventa<strong>do</strong>s pelosengenheiros Fe<strong>de</strong>rico Faggin, TedHoff e Stan Mazor da Intel.Fortran, a primeira linguagem <strong>de</strong>alto nível, é <strong>de</strong>senvolvida por JohnBackus da IBM em 1954.A Intel fabrica em 1970 a primeiramemória RAM. Em 1975, TheSphere 1 é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o primeirohome <strong>com</strong>puter (porque inclui umtecla<strong>do</strong> e um monitor). O Commo<strong>do</strong>rePET é o primeiro home <strong>com</strong>puter<strong>com</strong> sucesso <strong>com</strong>ercial, em 1977,logo segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> Apple II. Em 1979,surge o Atari home <strong>com</strong>puter.O primeiro Personal Computer (PC)é lança<strong>do</strong> pela IBM, em 1981, <strong>com</strong>um microprocessa<strong>do</strong>r Intel 8088 <strong>de</strong>4.77 MHz, 16 kilobytes <strong>de</strong> memóriaexpansível a 256kb e sistema operativoMSDOS da Microsoft,a empresa que Bill Gates fun<strong>do</strong>u<strong>com</strong> Paul Allen em 1975.Leonrard Kleinrock <strong>do</strong> MassachussetsInstitute of Technology (MIT)escreve a teoria <strong>de</strong> packet switchingem 1961 e na mesma época J.C.R.Lickli<strong>de</strong>r, também <strong>do</strong> MIT, <strong>de</strong>screveas primeiras interacções sociais quepo<strong>de</strong>riam resultar <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res.Robert Kahn<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra,em 1972, o projecto da primeirare<strong>de</strong> ARPANET, <strong>do</strong> <strong>de</strong>partamento<strong>de</strong> Defesa <strong>do</strong>s EUA, e <strong>de</strong>senvolvejuntamente <strong>com</strong> Vint Cerf, da Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> Stanford, o protocoloTCP/IP que permite re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arquitecturaaberta, abrin<strong>do</strong> caminhoao <strong>de</strong>senvolvimento da Internet. Em1989 Timothy Berners-Lee propõea World Wi<strong>de</strong> Web e, no anoseguinte, implementa a primeira<strong>com</strong>unicação entre um <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>rcliente HTTP e um servi<strong>do</strong>r atravésda Internet.“O STANDARDEURODOCSIS 3.0 IRÁTRANSFORMAR OSOPERADORES PORCABO, CUJAS REDESERAM AINDA PRE-DOMINANTEMENTEEM CABO COAXIAL,EM OPERADORES DENOVA GERAÇÃOOFERECENDOVELOCIDADESSUPERIORESA 1 GBPS.”57


PERSPECTIVA HISTÓRICANo Colora<strong>do</strong>, EUA, é publicadaem 1997 a primeira especificaçãoDOCSIS que permite adicionartransmissão <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong>a um sistema <strong>de</strong> televisãopor cabo híbri<strong>do</strong> (coaxial e fibra) jáexistente. Dez anos <strong>de</strong>pois, a ITUratificará o EURODOCSIS 3.0 queestá prepara<strong>do</strong> para permitir velocida<strong>de</strong>sda or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1,6Gbps.Este standard iria transformar osopera<strong>do</strong>res por cabo, cujas re<strong>de</strong>seram ainda pre<strong>do</strong>minantementeem cabo coaxial, em particular noúltimo troço <strong>de</strong> re<strong>de</strong> que liga à casa<strong>do</strong> cliente, 69 em opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> nova geração oferecen<strong>do</strong> velocida<strong>de</strong>ssuperiores a 1 Gbps. Coma a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> EURODOCSIS 3.0,a TV Cabo será um <strong>do</strong>s primeirosopera<strong>do</strong>res europeus a transformara sua re<strong>de</strong> clássica num instrumento<strong>de</strong> tecnologia avançada ao serviçodas <strong>com</strong>unicações <strong>de</strong> alto débito.“NÓS NÃO QUEREMOS MILCANAIS – QUEREMOS AQUELEQUE NÓS QUEREMOS VER.”(N. NEGROPONTE)Nas décadas <strong>de</strong> 70 a 90 <strong>do</strong> séculoXX, por iniciativa <strong>do</strong> Japão, sãointroduzidas numerosas inovaçõesno formato da imagem <strong>de</strong> televisão.Em 1974, foi a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> o formato16:9 (semelhante ao <strong>do</strong> cinema1,85:1), em vez <strong>do</strong> 4:3 <strong>do</strong>s sistemas<strong>de</strong> TV então em uso <strong>com</strong> 525 ou625 linhas, para a nascente televisãoem alta <strong>de</strong>finição (HDTV), aindaanalógica.A proposta <strong>de</strong> 1125 linhas a 60Hertz <strong>com</strong>o standard mundial sóveio a ser aprovada em 1999.O <strong>de</strong>senvolvimento da televisão digital<strong>de</strong>correrá a partir <strong>de</strong> então emparalelo na Europa, Japão e EUA.Em 1986, a Comissão Europeia publicaa directiva MAC e HD-MACpara as emissões via satélite parao lar (DTH), mas a implementaçãonão teve sucesso. No ano seguinte,nos EUA, os projectos <strong>de</strong> HDTVanalógica da FCC são aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>sa favor <strong>de</strong> tecnologia digital.Em 1990, a General InstrumentCorporation propõe DigiCipher,a primeira HDTV digital, sen<strong>do</strong>logo seguida da divulgação <strong>de</strong>vários outros programas <strong>de</strong> investigaçãoaté então secretos, um <strong>do</strong>squais propon<strong>do</strong> pela primeira vez<strong>com</strong>pressão <strong>do</strong> Moving PicturesExperts group (MPEG), um grupo<strong>de</strong> trabalho sob a égi<strong>de</strong> <strong>do</strong>s institutos<strong>de</strong> standards ISO e da IEC que<strong>de</strong>senvolvia especificações paraa codificação <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>oe áudio, mas to<strong>do</strong>s <strong>com</strong> transmissãonum canal único a 6 MHz. No dia<strong>de</strong> Natal <strong>de</strong> 1996, a FCC a<strong>do</strong>ptao standard ATSC 70 para a TVdigital <strong>do</strong>s EUA.Na Europa, em 1992, sob UlrichHeimers, o Digital Vi<strong>de</strong>o Group(DVB) propõe o Módulo TécnicoDVB. Mas, três anos mais tar<strong>de</strong>,em 1995, é ainda lança<strong>do</strong> o sistemaanalógico PALplus, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>na Alemanha, em formato 16:9.A partir <strong>de</strong> 1993, <strong>com</strong> 270 países--membros, o DVB irá ter gran<strong>de</strong>importância no <strong>de</strong>senvolvimento daTV digital. Para facilitar a a<strong>do</strong>pçãomundial da sua norma, o DVB<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> que a TV digital <strong>de</strong>veria serbaseada no standard MPEG paraa <strong>com</strong>pressão, pelo que propõe aosinstitutos <strong>de</strong> standards ETSIe CENELEC a integração dasrespectivas especificações.Em Dezembro <strong>de</strong> 1993, por <strong>de</strong>cisãoda ETSI, o DVB é a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> <strong>com</strong>oEuropean Tele<strong>com</strong>municationsStandard sen<strong>do</strong> segui<strong>do</strong> pelos standardspara distribuição por caboe por móvel. Em 2000, o DVB entrana era Internet. Aprova o <strong>do</strong>cumento“Uma Nova Visão para um novoDVB” que <strong>de</strong>fine os fundamentosda convergência, “<strong>com</strong>binan<strong>do</strong>a estabilida<strong>de</strong> e a interoperabilida<strong>de</strong><strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> broadcast <strong>com</strong>o vigor, a inovação e multiplicida<strong>de</strong><strong>de</strong> serviços da Internet.” 7169 ATSC (Advanced Television systems Committee): Conjunto <strong>de</strong> standards utiliza<strong>do</strong>s nos EUA para Transmissão <strong>de</strong> televisão digital em alta <strong>de</strong>finição (HDTV) e em <strong>de</strong>finiçãostandard (SD) através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s terrestres, por cabo e por satélite, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no início <strong>do</strong>s anos 90 <strong>do</strong> século XX70 Last mile71 Wu, Y., Hirakawa, S., Reimers, U., Whitaker, J. “Overview of Digital Television Development Worldwi<strong>de</strong>”, Proceedings Of The Ieee, Vol. 94, No. 1, 2006


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESATECNOLOGIA DA TV CABO – DATELEVISÃO AO TELEFONEA evolução da oferta <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>voz pelos opera<strong>do</strong>res por cabo tevetrês etapas principais. Para prestarserviços <strong>de</strong> telefonia fixa tradicional,os opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cabo, que entãofaziam apenas difusão <strong>de</strong> televisãonas suas re<strong>de</strong>s, recorreram a váriassoluções, até estabilizarem no queé hoje padrão.Na primeira etapa, ainda nos anos80 <strong>do</strong> séc. XX, os opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong>cabo instalavam paralelamente <strong>do</strong>istipos <strong>de</strong> cabo: o seu cabo híbri<strong>do</strong>fibra-coaxial (HFC) para televisãoe um par bifilar em cobre, equivalenteaos lacetes locais <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>resincumbentes <strong>de</strong> telefoniafixa. Os equipamentos em casa <strong>do</strong>sclientes e as centrais telefónicaseram também equivalentes às <strong>do</strong>sopera<strong>do</strong>res incumbentes.Este tipo <strong>de</strong> solução, sen<strong>do</strong> em tu<strong>do</strong>idêntica às já existentes, não traziavantagens <strong>de</strong> custos aos opera<strong>do</strong>res<strong>de</strong> cabo, pelo que a sua a<strong>do</strong>pçãonão foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão e osopera<strong>do</strong>res internacionais que asexperimentaram não atingiramgran<strong>de</strong>s números <strong>de</strong> clientes. Porexemplo, na Europa os opera<strong>do</strong>resbritânicos e a Ono, em Espanha,tentaram esta solução sem gran<strong>de</strong>expressão.A segunda etapa ficou marcadapela procura <strong>de</strong> soluções maiseconómicas. Apareceu tecnologia<strong>de</strong> voz modulada sobre frequências<strong>do</strong> cabo coaxial (voice over cable): umconjunto <strong>de</strong> frequências no cabo erareservada para voz e partilhada emTime Division Multiplex (TDM)nos troços <strong>com</strong>uns.Os equipamentos <strong>de</strong> cliente e dacentral que faziam a modulação//<strong>de</strong>smodulação <strong>de</strong> voz eramsoluções proprietárias. As chamadas<strong>de</strong> voz eram <strong>de</strong>pois entreguesa centrais telefónicas <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação<strong>de</strong> voz idênticas às <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>restradicionais.Estas soluções poupavam no custoda passagem <strong>de</strong> cabo bifilar, maseram muito onerosas nos equipamentos<strong>de</strong> modulação/<strong>de</strong>smodulação<strong>de</strong> voz nas frequências <strong>do</strong> cabocoaxial porque não havia concorrênciano fornecimento em resulta<strong>do</strong>da inexistência <strong>de</strong> standards.Por outro la<strong>do</strong>, o custo das centraistelefónicas <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação era <strong>de</strong>masia<strong>do</strong>eleva<strong>do</strong>, já que se tratava<strong>de</strong> tecnologia <strong>com</strong> mais <strong>de</strong> 20 anos.Além disso, reservavam capacida<strong>de</strong>para frequências específicas <strong>de</strong> voz,que não podiam ser usadas paraoutros fins. Embora o recurso a essacapacida<strong>de</strong> fosse raro e esporádico,era preciso que estivesse disponívelquan<strong>do</strong> solicita<strong>do</strong>.A terceira etapa <strong>de</strong>corre actualmente.O telefone fixo sobre cabosó se <strong>de</strong>senvolveu plenamente <strong>com</strong>o Packet Cable, um standard <strong>de</strong>voz que estabelece um conjunto<strong>de</strong> normas para o equipamento,sinalização e para a operação <strong>de</strong>voz <strong>com</strong> pacotes <strong>com</strong> priorida<strong>de</strong><strong>de</strong> tempo real e a sua entrega emIP em cima <strong>do</strong> protocolo DOCSIS.As alterações ao equipamento <strong>de</strong>cliente para suportar voz em cima<strong>do</strong> DOCSIS são mínimas (<strong>de</strong> custobaixo) e consistem na introdução <strong>de</strong>software <strong>de</strong> controle Packet Cablee na adaptação <strong>de</strong> Terminal Adapters(TA) para ligação <strong>de</strong> telefonespadrão ao mo<strong>de</strong>m <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. Centralmente,nas instalações <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r,to<strong>do</strong> o tráfego <strong>de</strong> voz passoua ser <strong>com</strong>uta<strong>do</strong> em IP directamente,o que permitiu aproveitar todas asvantagens das novas tecnologias <strong>de</strong><strong>com</strong>utação <strong>de</strong> voz em IP, face àscentrais <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação telefónicatradicionais, <strong>de</strong>signadamentea padronização <strong>do</strong> hardwaree a <strong>com</strong>utação controlada porsoftware. Além disso, os custos <strong>de</strong>manutenção <strong>de</strong>sceram para osníveis <strong>com</strong>uns das re<strong>de</strong>s IP e não da<strong>com</strong>utação telefónica tradicional.Esta tecnologia ficou conhecida<strong>com</strong>o Voice over IP (VoIP).Ten<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração que PacketCable é, afinal, mais um fluxo <strong>de</strong>da<strong>do</strong>s DOCSIS, não existe partilha<strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s para este fime, portanto, não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reserva <strong>de</strong> frequências <strong>de</strong>dicadaspara voz. Só <strong>com</strong> esta padronizaçãoé que to<strong>do</strong>s os opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cabointernacionais <strong>com</strong>eçaram a crescersignificativamente em número <strong>de</strong>clientes <strong>com</strong> serviço <strong>de</strong> voz.58


PERSPECTIVA HISTÓRICABANDA LARGA, INTERACTIVI-DADE, NOTÍCIAS TVNo início <strong>de</strong> 1999, a TV Cabo lançao primeiro canal exclusivamente<strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à informação em línguaportuguesa, e o segun<strong>do</strong> canal produzi<strong>do</strong>em Portugal exclusivamentepara os subscritores <strong>de</strong> pay TV.CNL, Canal <strong>de</strong> Notícias <strong>de</strong> Lisboa,viria a transformar-se no canal SICNotícias, num processo <strong>de</strong> parceria<strong>com</strong> a SIC, em 2001. Basea<strong>do</strong> emLisboa mas <strong>de</strong> cobertura noticiosanacional, CNL introduz um novoconceito <strong>de</strong> informar, <strong>com</strong> 24 horas<strong>de</strong> informação e numerosas inovaçõesna televisão portuguesa,<strong>de</strong>signadamente: informaçãourbana; câmaras <strong>de</strong> trânsito; meteorologiaautomática e boletinsmeteo locais actualiza<strong>do</strong>s; análiseda imprensa; programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>batesectoriais; o conceito <strong>do</strong> jornalista//opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> câmara; etc.Revela-se pela primeira vezo interesse da indústria da publicida<strong>de</strong>pelas audiências <strong>do</strong>s canaispay TV. Começa a ser medi<strong>do</strong> pelaempresa Marktest o consumo <strong>de</strong>televisão <strong>de</strong> canais pay TV. No final<strong>do</strong> ano, a quota <strong>do</strong>s canais por cabona audiência total <strong>de</strong> televisão é <strong>de</strong>2.82 por cento e <strong>de</strong> 25.40 por centonos lares subscritores.“NO INÍCIO DE 1999,A TV CABO LANÇAO PRIMEIRO CANAL EX-CLUSIVAMENTE DEDI-CADO À INFORMAÇÃOEM LÍNGUA PORTU-GUESA, E O SEGUNDOCANAL PRODUZIDOEM PORTUGAL EXCLU-SIVAMENTE PARA OSSUBSCRITORES DE PAYTV. CNL, CANAL DENOTÍCIAS DE LISBOA,QUE EM 2001 VIRIAA TRANSFORMAR-SE NOCANAL SIC NOTÍCIAS,NUM PROCESSO DEPARCERIA COM A SIC.”CABO DIGITALNo <strong>do</strong>brar <strong>do</strong> século, tem inícioa digitalização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cabo.A distribuição analógica <strong>de</strong> televisãoé substituída pela norma digital queveio melhorar a oferta em qualida<strong>de</strong>e quantida<strong>de</strong> e permitir a interactivida<strong>de</strong>.É neste contexto queocorre o lançamento da televisãointeractiva, projecto pioneiro <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>em parceria <strong>com</strong> a Microsofte algumas empresas nacionais.Tratou-se <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s primeirosserviços a nível mundial sobre umaplataforma <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cabo <strong>de</strong>banda larga e utilizan<strong>do</strong> o softwareMicrosoft TV Advanced.Pretendia-se proporcionar uma <strong>com</strong>unicaçãoadaptada aos hábitose <strong>com</strong>portamentos <strong>do</strong> telespecta<strong>do</strong>r/consumi<strong>do</strong>rnuma oferta divididapor áreas <strong>de</strong> interesse, nomeadamenteguia TV, <strong>com</strong>pras, banca,jornal e programação interactiva,entre outras. O serviço permitiaa interacção <strong>do</strong> telespecta<strong>do</strong>r <strong>com</strong>a programação e a personalizaçãoda sua experiência televisiva.Suporta<strong>do</strong> numa set-top box digital(Smartbox), este serviço pretendiatambém revolucionar a indústria <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s, da publicida<strong>de</strong>e das próprias estações <strong>de</strong>televisão.


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAContu<strong>do</strong>, tratou-se <strong>de</strong> uma“revolução” para a qual até mesmoum merca<strong>do</strong> tecnologicamente pioneiro<strong>com</strong>o o português não estavaainda prepara<strong>do</strong>. Após três anos<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentos tecnológicose <strong>com</strong>erciais, a TV Cabo <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>reorientar a sua oferta digital parauma segunda geração <strong>de</strong> serviçose equipamentos a<strong>de</strong>quan<strong>do</strong> a ofertaà natural evolução <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.O projecto foi substituí<strong>do</strong> por umasolução mais simples <strong>com</strong> reduzidainteractivida<strong>de</strong>.No ano 2000 ocorre a reformulaçãoda oferta base DTH <strong>com</strong> váriospacotes para diferentes segmentos<strong>de</strong> merca<strong>do</strong>: pacotes Iniciação,Parabólica Mágica Iniciação,Família, PM Família. Surge SICGold, o primeiro canal em parceria<strong>com</strong> a SIC no pacote básico. A TVCabo revela ter 950 mil subscritoresno pacote básico <strong>do</strong>s quais 495 milsubscritores premium. O share <strong>do</strong>scanais pay TV na audiência total<strong>de</strong> televisão é <strong>de</strong> 4.84 por centoenquanto que nos lares pay TV é <strong>de</strong>22.90 por cento. A empresa a<strong>de</strong>reao European Cable Labs.Em 2001, o serviço satélite digitalaumenta para 36 canais. Em Janeiro<strong>de</strong>sse ano, CNL é reformula<strong>do</strong>e rebran<strong>de</strong>d <strong>com</strong>o SIC Notíciasque, ao longo da década seguinte,irá colocar-se <strong>com</strong>o o canal maisvisto <strong>de</strong> toda a oferta pay TV. Porseu la<strong>do</strong>, a RTP1, RTP2, SIC, TVIpassam a integrar o serviço satélitedigital.O prestigia<strong>do</strong> canal National Geographicé adiciona<strong>do</strong> à oferta.No último semestre é lança<strong>do</strong>o canal <strong>de</strong> filmes Telecine Premiume Disney Channel (premium, legenda<strong>do</strong>e <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>). Ocorre tambémo lançamento pioneiro <strong>do</strong> canaltemporário Big Brother, que a<strong>com</strong>panhaas emissões <strong>do</strong> programarespectivo na TVI. No Portoé lança<strong>do</strong> NTV, mais um canal português,numa nova parceria, agora<strong>com</strong> a RTP.A TV Cabo encerra o ano <strong>de</strong> 2001<strong>com</strong> 1 160 mil subscritores <strong>de</strong> pacotesbásicos <strong>do</strong>s quais 736 mil subscritorespremium. A audiência <strong>do</strong>scanais pay TV revela uma constantecurva ascen<strong>de</strong>nte para 6.71 porcento na audiência total <strong>de</strong> televisãoe 26.20 por cento nos lares pay TV.Em 2002 é lança<strong>do</strong> um nível <strong>de</strong>serviço mínimo na re<strong>de</strong> cabo <strong>com</strong>os quatro canais nacionais paralares que não preten<strong>de</strong>m subscrevercanais pagos a TV Cabo. No fim<strong>do</strong> ano a TV Cabo tem 1 307 milsubscritores <strong>de</strong> pacotes básicos <strong>do</strong>squais 916 mil subscritores premium.São atingi<strong>do</strong>s os 100 mil clientes <strong>de</strong>banda larga, número que duplicariano ano seguinte. O share <strong>do</strong>s canaispay TV na audiência total <strong>de</strong> televisãosobe para 8.99 por centoe 27.20 por cento nos lares pay TV.59


PERSPECTIVA HISTÓRICAMAIS ENTRETENIMENTODE QUALIDADEEm 2003 afirma-se a expansãoda digitalização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> caboincentivan<strong>do</strong>-se a substituição dasset-top boxes analógicas por digitais.É lançada a Powerbox, uma set-topbox digital, <strong>com</strong> funcionalida<strong>de</strong>s<strong>com</strong>o o pay per view, <strong>com</strong> horáriospré-<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s e em sistema <strong>de</strong> prépagamentoe o serviço multicâmaras(opção entre várias câmaras quea<strong>com</strong>panham um jogo). A ofertaatinge mais <strong>de</strong> 50 canais e é lança<strong>do</strong>um serviço <strong>de</strong> filmes.Consequência da dissolução daLusomun<strong>do</strong> <strong>com</strong> liquidaçãoe transferência global <strong>do</strong> patrimóniopara a sua accionista PTM, nesteano <strong>com</strong>eça também a agregação<strong>do</strong>s canais premium <strong>de</strong> cinema emPortugal, que anteriormente era feitano Brasil.Os canais Telecine são rebran<strong>de</strong>d<strong>com</strong>o Lusomun<strong>do</strong> Premium e Lusomun<strong>do</strong>Gallery, ambos legenda<strong>do</strong>s.Começa também a localização <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s internacionais, <strong>com</strong>o lançamento <strong>de</strong> MTV Portugal.O canal Biography passa a integrara oferta e é lança<strong>do</strong> em exclusivoo canal SIC Mulher.No fim <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2003 a TV Cabotem 1 442 mil subscritores <strong>de</strong> pacotesbásicos <strong>do</strong>s quais 1 099 mil subscritorespremium. Prossegue a construçãoda audiência pay TV.O share <strong>do</strong>s canais pay TV naaudiência total <strong>de</strong> televisão sobe para11.05 por cento e 27.40 por centonos lares pay TV.Em 2004 ocorre a harmonização daestrutura <strong>de</strong> pacotes entre caboe satélite. O EPG é também reformula<strong>do</strong>num Guia temático <strong>com</strong>a reor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong>s canais nas re<strong>de</strong>sanalógica e digital para mais fácilnavegação. É lançada uma nova interface<strong>do</strong>s serviços digitais: Mosaico,PPV, Guia TV, o serviço Sport TVmulticâmaras que permite ver quatrojogos <strong>de</strong> futebol em simultâneo (possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> ver quatros jogos emsimultâneo da Liga <strong>do</strong>s Campeões).Este é também o ano que marcaa reentrada das séries americanas <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> na televisão portuguesaatravés <strong>de</strong> novos canais que lhes sãoquase exclusivamente <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s.O primeiro <strong>de</strong>stes canais a integrara oferta portuguesa é AXN que temgran<strong>de</strong> impacto <strong>com</strong> séries <strong>com</strong>oCSI. Até então, <strong>com</strong> a prevalência <strong>de</strong>telenovelas portuguesas e brasileirasna oferta <strong>de</strong> ficção por parte <strong>do</strong>s canaisnacionais, as séries americanastinham si<strong>do</strong> afastadas da programação<strong>do</strong>s canais nacionais. Por outrola<strong>do</strong>, as próprias séries americanassurgem renovadas, <strong>com</strong> novos conceitoscriativos e <strong>de</strong> produção queatraem novas audiências em to<strong>do</strong>o mun<strong>do</strong>.São lança<strong>do</strong>s os canais Extreme,Eurosport News e os canais premium<strong>de</strong> cinema sobem para três <strong>com</strong>Lusomun<strong>do</strong> Action (legenda<strong>do</strong>e <strong>do</strong>bra<strong>do</strong>). O canal NTVé rebran<strong>de</strong>d <strong>com</strong>o RTPN e é lança<strong>do</strong>RTP Memória. A audio<strong>de</strong>scrição é


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESAintroduzida no Lusomun<strong>do</strong> Gallery.O ano <strong>de</strong> 2004 é remata<strong>do</strong> <strong>com</strong>1 449 mil subscritores <strong>de</strong> pacotes básicose 883 mil subscritores premiuma que somam 305 mil subscritores <strong>de</strong>banda larga. O share <strong>do</strong> pay TV naaudiência total <strong>de</strong> televisão sobe maisuma vez para 11.64 por cento e para27.20 por cento nos lares pay TV.APROFUNDAR A DIGITALIZAÇÃOO instrumento para digitalização foia criação, em 2005, <strong>de</strong> um pacote <strong>de</strong>canais <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuiçãoexclusiva digital, <strong>do</strong>s quaisnovos canais <strong>de</strong> séries americanas,<strong>com</strong> a <strong>de</strong>signação Funtastic Life queno final <strong>do</strong> ano atinge quinze canais:Fox, Fox Life, MTV Base, MTVHits, MTV 2, Discovery Science,Discovery Civilization, DiscoveryTurbo Baby TV, Travel Channel,ESPN Classic Sports, Reality TV,Sailing Channel, MTV EMA.É também lança<strong>do</strong> um pacoteexten<strong>de</strong>d basic digital <strong>com</strong> 65 canais.A oferta total alcança mais <strong>de</strong> 70canais. A oferta <strong>de</strong> <strong>de</strong>sportoé reforçada <strong>com</strong> Sport TV2. Oscanais Lusomun<strong>do</strong> lançam um serviçore<strong>play</strong> que permite ver os canaisPremium e Gallery uma hora maistar<strong>de</strong>. Surgem ainda Nickelo<strong>de</strong>one VH1 Classic. O serviço multicâmarasé utiliza<strong>do</strong> na Volta a Portugale o serviço multicanais nas EleiçõesAutárquicas.É reforçada a promoção da digitalizaçãoda base <strong>de</strong> clientes.Esta transferência representa váriosbenefícios, <strong>de</strong>signadamente, permiteuma protecção <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s maiseficaz e uma gran<strong>de</strong> economia nalargura <strong>de</strong> banda, o que revertea favor da distribuição <strong>de</strong> mais conteú<strong>do</strong>s<strong>de</strong> TV e <strong>de</strong> maior velocida<strong>de</strong>da Internet.No final <strong>de</strong> 2005 a TV Cabo tem1 479 mil subscritores <strong>de</strong> pacotesbásicos, <strong>do</strong>s quais 774 mil subscritorespremium e 348 mil subscritores<strong>de</strong> banda larga. O share <strong>do</strong>scanais pay TV na audiência total <strong>de</strong>televisão já é <strong>de</strong> 13.17 por cento e <strong>de</strong>29.20 por cento nos lares pay TV.Em 2006, o serviço Power Boxpassa a incluir 13 rádios e Sport TV2 passa a ser um canal premium.O serviço Multicanais é <strong>de</strong> novoutiliza<strong>do</strong> nas Eleições Presi<strong>de</strong>nciais.A TV Record e o novo Porto Canaljuntam-se à oferta. O cômputo nofinal <strong>do</strong> ano revela 1 480 mil subscritores<strong>de</strong> pacotes básicos <strong>do</strong>s quais780 mil subscritores premium e 362mil subscritores <strong>de</strong> banda larga.O share <strong>do</strong>s canais pay TV naaudiência total <strong>de</strong> televisão já é <strong>de</strong>13.20 por cento e <strong>de</strong> 29.40 por centonos lares pay TV.FINALMENTE, TRIPLE PLAYOs primeiros passos em direcçãoao <strong>triple</strong> <strong>play</strong> <strong>com</strong>eçaram em 1999.Nesse ano, a Cabovisão é a primeiraopera<strong>do</strong>ra a tirar parti<strong>do</strong> <strong>de</strong> novalegislação que permite alargar a suaoferta à Internet <strong>de</strong> banda larga. Noano seguinte, adiciona telefone fixoà oferta através da tecnologia voiceover cable e torna-se no primeiroopera<strong>do</strong>r <strong>triple</strong> <strong>play</strong> em Portugal.Logo a seguir, a TV Cabo lançao serviço Netcabo <strong>de</strong> Internet porbanda larga, <strong>do</strong> qual se tornará, embreve, o principal fornece<strong>do</strong>r <strong>do</strong> País.O serviço dispõe <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s até640 kbps, always on, <strong>com</strong> controlo <strong>de</strong>custos, telefone livree ainda as ofertas flat rate parao utiliza<strong>do</strong>r regular e oferta paraconsulta esporádica em que o clientepaga apenas o que navega.Em 2001, a TV Cabo <strong>com</strong>eçaa tirar parti<strong>do</strong> das maiores velocida<strong>de</strong>sproporcionadas pela re<strong>de</strong> <strong>de</strong>cabo, quan<strong>do</strong> <strong>com</strong>parada <strong>com</strong>a re<strong>de</strong> em fio <strong>de</strong> cobre bifilar <strong>do</strong>incumbente, que apenas suportavaa <strong>com</strong>unicação mais lenta em ADSL.É proposto o Kit NetCabo <strong>com</strong>a vantagem <strong>de</strong> ser auto-instalável.Só em 2007 a ZON se tornaráum opera<strong>do</strong>r <strong>triple</strong> <strong>play</strong>. Em 23 <strong>de</strong>Janeiro <strong>de</strong>sse ano lança o seu serviçotelefónico fazen<strong>do</strong> recursoà tecnologia VoIP afirman<strong>do</strong>-se<strong>com</strong>o um opera<strong>do</strong>r integra<strong>do</strong> <strong>triple</strong><strong>play</strong>. A disponibilização <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> voz tornou-se ainda maisatractiva em Janeiro <strong>de</strong> 2008 <strong>com</strong>a introdução da portabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>número.O ano <strong>de</strong> 2007 fica ainda marca<strong>do</strong>pela ampliação <strong>do</strong> Guia <strong>de</strong> canaispara 300 posições e da oferta para105 canais. Os canais <strong>de</strong> notícias60


PERSPECTIVA HISTÓRICAFrance 24 e Aljazeera Englishentram na oferta e, <strong>com</strong> estes, novoscanais generalistas e <strong>de</strong> informação<strong>de</strong> vários países: Deutsche Welle, Inter+, RTR-Planeta, Vesti, PhoenixCNE, Phoenix Infonews, CubavisionInternacional, Bloomberg Espanha,TVRi, TV Bulgaria.Os canais <strong>de</strong> séries são enriqueci<strong>do</strong>s<strong>com</strong> Fox Crime e Fx e são introduzidasdiversas modificações no pacotedigital Funtastic Life. Regressaa TV Globo Portugal a<strong>com</strong>panhada<strong>do</strong> canal <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto premium PFC.Dez canais generalistas e <strong>de</strong> notíciassão incluí<strong>do</strong>s no Pacote Base.O ano termina <strong>com</strong> o rebranding<strong>do</strong>s quatro canais Lusomun<strong>do</strong> querecebem novos nomes e são reposiciona<strong>do</strong>s(TVC1, TVC2, TVC3,TVC4) e <strong>com</strong> o lançamento <strong>de</strong>MOV, um novo canal <strong>de</strong> séries exclusivoe agrega<strong>do</strong> pela ZON.No final <strong>do</strong> ano, 26 por cento <strong>do</strong>sclientes subscreviam <strong>do</strong>is ou três serviçose quatro por cento subscreviamos três serviços (pay TV, banda largae voz). Por outro la<strong>do</strong>, a percepção<strong>de</strong> valor acresci<strong>do</strong> quantoà subscrição <strong>de</strong> mais <strong>do</strong> que umserviço aumentou significativamente,em resulta<strong>do</strong> da oferta <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>sdiferencia<strong>do</strong>s e <strong>do</strong> lançamento <strong>de</strong>novas funcionalida<strong>de</strong>s. Funtastic Lifeatinge 382 mil subscritores.As subscrições premium atingem 841mil no final <strong>do</strong> ano. Também a SportTV continua a aumentar a sua penetração,atingin<strong>do</strong> 514 mil clientes.2008-2010 IMPLEMENTAÇÃO DOPLANO ESTRATÉGICOO ano <strong>de</strong> 2008 é marca<strong>do</strong> peloagravamento profun<strong>do</strong> <strong>do</strong> ambientemacroeconómico global. Todavia,a ZON <strong>de</strong>monstra gran<strong>de</strong> resiliência.O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> negócioao longo <strong>do</strong> ano confirma que osconsumi<strong>do</strong>res têm maior propensãopara o consumo <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>entretenimento em momentos <strong>de</strong>crise, por serem formas <strong>de</strong> entretenimentomais acessíveis. De facto,já durante a Gran<strong>de</strong> Depressão nosEUA, a percentagem <strong>de</strong> populaçãoque frequentou o cinema por semanafoi superior à <strong>de</strong> qualquer época <strong>de</strong>prosperida<strong>de</strong> naquele país. 74Além disso, nesse ano aumentaa atracção económica pelo consumo<strong>de</strong> entretenimento no lar,a que se soma uma maior e melhorpercepção <strong>do</strong> pay TV por parte <strong>do</strong>sconsumi<strong>do</strong>res. O significativo investimentopublicitário <strong>do</strong>s vários opera<strong>do</strong>res,em particular <strong>do</strong> incumbenteque lança uma campanha massiva,estimulou a penetração <strong>do</strong> pay TV.A introdução <strong>de</strong> novos produtos eserviços produzem um sóli<strong>do</strong> crescimentoda procura e <strong>do</strong> consumo.O pay TV atinge o estatuto must havenos lares portugueses e o foco estratégicoé coloca<strong>do</strong> na venda <strong>de</strong> serviçosadicionais aos subscritores <strong>do</strong> serviço<strong>de</strong> televisão.A oferta <strong>de</strong> televisão continua a serampliada. O pacote Funtastic (paraclientes <strong>com</strong> Power Box ZON ouZON Box HD) aumenta para 94canais, <strong>do</strong>s quais quatro HD e 46 emportuguês.O pacote Clássico alberga 64 canais74 Paultz, M., “The Decline in Average Weekly Cinema Attendance: 1930-2000”, Elon University, Issues in Political Economy, 2002, Vol. 11


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESADa<strong>do</strong>s referentes ao ano <strong>de</strong> 2007CASAS PASSADAS2 752 800SUBSCRITORES BANDA LARGA FIXA400 200BILHETES DE CINEMA VENDIDOS8 193 400SUBSCRITORES VOZ FIXA83 500SUBSCRITORES DE PACOTES BÁSICOS1 547 100SHARE DO CABO/SATÉLITE NAAUDIÊNCIA TOTAL DE TELEVISÃOSUBSCRITORES COM PACOTE DIGITALFUNTASTIC LIFE382 10014,5%SUBSCRITORES PREMIUM840 600SUBSCRITORES TRIPLE PLAY68 700SHARE DOS CANAIS CABO/SATÉLITENA AUDIÊNCIA DE TELEVISÃO PORCABO/SATÉLITE31,6%SALAS DE CINEMA204100 000CASAS100 000SUBSCRITORES50SALAS DE CINEMA500 000BILHETES123


PERSPECTIVA HISTÓRICAgeneralistas e temáticos, <strong>do</strong>s quais35 em português e 3 HD, e o pacoteselecção apresenta 16 canais.A inovação sai reforçada, <strong>com</strong>o aumento generaliza<strong>do</strong> <strong>de</strong> novosserviços e a disseminação <strong>do</strong> <strong>triple</strong><strong>play</strong>. A ZON contribui <strong>com</strong>a introdução da ZON BOX, umDigital Vi<strong>de</strong>o Recor<strong>de</strong>r (DVR) 75 ,<strong>com</strong> televisão HD, banda larga <strong>com</strong>velocida<strong>de</strong>s cada vez maiores disponíveisa to<strong>do</strong>s os clientes – <strong>de</strong> 30Mbps para 100 Mbps – <strong>do</strong> cinemaa três dimensões, entre outras. Paraalém da oferta <strong>de</strong> mais velocida<strong>de</strong>,é reforçada a acessibilida<strong>de</strong>à Internet através <strong>de</strong> uma oferta <strong>de</strong>2 Mbps. É também lança<strong>do</strong>o produto ZON@FON que permitea criação <strong>de</strong> uma <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pontos Wi-fi <strong>com</strong>pletamente grátis,por parte <strong>do</strong>s próprios utiliza<strong>do</strong>res.Esse ano confirma a ZON <strong>com</strong>olí<strong>de</strong>r tecnológico em Portugal emtodas as suas áreas <strong>de</strong> negócio, dare<strong>de</strong> HFC aos cinemas em 3D.A ZON BOX permite interrompere retomar uma transmissão televisiva,ou mesmo voltar atrás, e gravaraté 200 horas <strong>de</strong> programação,<strong>com</strong>eçan<strong>do</strong> em qualquer ponto datransmissão, ou a partir <strong>de</strong> EPG.É também lança<strong>do</strong> um verda<strong>de</strong>iroserviço VoD. Mas mantém-sea distribuição analógica <strong>de</strong> umconjunto base <strong>de</strong> canais acessíveisem qualquer televisor <strong>do</strong> lar, o queproporciona uma vantagem <strong>com</strong>petitivasobre a concorrência queobriga os consumi<strong>do</strong>res a adquiriruma set-top box por cada televisor.Em Outubro <strong>de</strong> 2008, é lança<strong>do</strong>ZON Mobile, uma oferta <strong>de</strong>telemóvel baseada num acor<strong>do</strong><strong>de</strong> Re<strong>de</strong> Virtual Móvel (MVNO)celebra<strong>do</strong> <strong>com</strong> a Vodafone. A entradano universo móvel representaum <strong>com</strong>plemento às outras ofertasZON, bem <strong>com</strong>o uma forma <strong>de</strong>fornecer soluções <strong>de</strong> banda largae voz fixa aos subscritores <strong>de</strong> televisãovia satélite.Por seu la<strong>do</strong>, a ZON Lusomun<strong>do</strong>quebra o seu próprio recor<strong>de</strong> <strong>de</strong>vendas, ultrapassan<strong>do</strong>, pela primeiravez, a barreira <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong>bilhetes vendi<strong>do</strong>s num só mês. Alémdisso, é cria<strong>do</strong> o website ZON Lusomun<strong>do</strong>que permite ao utiliza<strong>do</strong>ro registo para envio <strong>de</strong> newsletterssemanais <strong>com</strong> informação sobrea estreia <strong>de</strong> filmes, bem <strong>com</strong>o pesquisa<strong>de</strong> filmes.A ZON tira parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> portefólio<strong>de</strong> negócios crian<strong>do</strong> o myZONcard,um cartão que re<strong>com</strong>pensa os clientesmais fiéis <strong>de</strong> pay TV, oferecen<strong>do</strong>um bilhete na <strong>com</strong>pra <strong>de</strong> um outro(em qualquer sala <strong>de</strong> cinema ZON),ou pipocas, caso não esteja a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong>.O cartão é envia<strong>do</strong>a to<strong>do</strong>s os clientes <strong>com</strong> mais <strong>de</strong> umano <strong>de</strong> antiguida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> serutiliza<strong>do</strong> em até 8 filmes por mêse 52 por ano.FOCO NO HDTV E EURODOCSIS 3.0A crise financeira queeclodiu em 2007, mais concretamenteo colapso no segmento <strong>de</strong>crédito hipotecário <strong>de</strong> alto risco,aprofun<strong>do</strong>u-se em 2009. Nãoobstante, verificou-se contínuocrescimento da penetração <strong>do</strong> <strong>triple</strong><strong>play</strong>, o que reflecte a tendência porparte das famílias portuguesas emfazer uma gestão mais eficiente <strong>do</strong>orçamento <strong>do</strong>méstico. De facto,trata-se <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro sucesso:a ZON afirma-se <strong>com</strong>oo opera<strong>do</strong>r europeu <strong>com</strong>o crescimento mais rápi<strong>do</strong> <strong>de</strong>penetração <strong>de</strong> clientes <strong>triple</strong> <strong>play</strong>na sua base <strong>de</strong> subscritores <strong>de</strong> cabo,passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 6 por cento regista<strong>do</strong>sno final <strong>de</strong> 2007 para 41 por centono final <strong>de</strong> 2009.O conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>finição afirma-se<strong>com</strong>o factor-chave <strong>de</strong> diferenciaçãoda oferta pay TV da ZON.No final <strong>de</strong> 2009 estavam instaladasmais <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> ZON BoxHD. Para além <strong>de</strong> investir em equipamento,o número total <strong>de</strong> canais<strong>do</strong> pacote Funtastic eleva-se para114, <strong>do</strong>s quais 11 em alta <strong>de</strong>finição,<strong>com</strong> a criação da oferta FuntasticHD que inclui, <strong>de</strong>signadamente,AXN HD, Fox Life HD, Fox HDe Eurosport HD. São introduzi<strong>do</strong>snovos canais, <strong>com</strong>o Sony EntertainmentTelevision, Animax e os canaispremium Brava HDTV, <strong>de</strong> músicaclássica, e SportTV HD.Particular ênfase é dada aos conteú<strong>do</strong>sHD. No final <strong>de</strong> 2009, a ZONlança uma nova e <strong>com</strong>petitiva oferta75 Também conheci<strong>do</strong> por Personal Vi<strong>de</strong>o Recor<strong>de</strong>r (PVR)


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESADa<strong>do</strong>s referentes ao ano <strong>de</strong> 2008Nota: Não incorporam os da<strong>do</strong>s relativos às empresas adquiridas (TVTEL e PARTIFEL)CASAS PASSADAS2 844 000SUBSCRITORES BANDA LARGA FIXA479 000SUBSCRITORES VOZ MÓVEL7 200SUBSCRITORES VOZ FIXA327 000BILHETES DE CINEMA VENDIDOS8 289 000SUBSCRITORES DE PACOTES BÁSICOS1 525 100SUBSCRITORES COM PACOTE DIGITALFUNTASTIC LIFE495 800SHARE DO CABO/SATÉLITE NAAUDIÊNCIA TOTAL DE TELEVISÃOSUBSCRITORES PREMIUM829 900SUBSCRITORES TRIPLE PLAY257 50013,8%SALAS DE CINEMA213SHARE DOS CANAIS CABO/SATÉLITENA AUDIÊNCIA DE TELEVISÃO PORCABO/SATÉLITE30,7%100 000CASAS100 000SUBSCRITORES50SALAS DE CINEMA500 000BILHETES125


PERSPECTIVA HISTÓRICA<strong>de</strong> TV para promover a alta <strong>de</strong>finição– HD Digital. São 70 canais, seis emHD e acesso ao Vi<strong>de</strong>oclube (VoD).A a<strong>do</strong>pção <strong>do</strong>s novos equipamentose a preparação das re<strong>de</strong>s permitea a<strong>do</strong>pção generalizada <strong>de</strong> VoD quefica disponível em 98 por cento dare<strong>de</strong>. No final <strong>de</strong> 2009 o serviçocontava <strong>com</strong> uma oferta <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>2 500 títulos.Concretiza-se a parceria 50/50<strong>de</strong>signada por Dreamia – Serviços<strong>de</strong> Televisão, S.A. <strong>com</strong> a ChelloMulticanal para a produção <strong>de</strong>quatro canais por subscrição nãopremium para os merca<strong>do</strong>s portuguêse africano. São produzi<strong>do</strong>s oscanais infantis Panda, o novo PandaBiggs, (8 - 14 anos) e <strong>do</strong>is canais <strong>de</strong>séries e cinema – Hollywoo<strong>de</strong> MOV.O posicionamento da ZON nabanda larga afirma-se nos novospacotes <strong>triple</strong> <strong>play</strong> que incluem velocida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> navegação <strong>de</strong> 50 Mbpse 100 Mbps, um argumento importantena <strong>com</strong>unicação ZON. Alémdisso, a ZON é o primeiro opera<strong>do</strong>reuropeu, e o terceiro a nível mundial,a lançar ofertas resi<strong>de</strong>nciais <strong>de</strong>200 Mbps e 1 Gbps. Esta é a ofertaresi<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong> Internet <strong>de</strong> BandaLarga mais rápida da Europa.A evolução <strong>do</strong> DOCSIS para EU-RODOCSIS 3.0 na ZON torna-seum case-study a nível internacional.É o único opera<strong>do</strong>r a fazera reconversão gradual <strong>de</strong> frequênciasamericanas para europeias,manten<strong>do</strong>, em simultâneo, os <strong>do</strong>istipos <strong>de</strong> frequência na re<strong>de</strong>e trazen<strong>do</strong> um importante acréscimoadicional <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> daZON. A re<strong>de</strong> HFC da ZON chegaa mais <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> larese a 2,4 milhões <strong>com</strong> tecnologia EU-RODOCSIS 3.0.No primeiro semestre é lançadaa nova marca ZON Fibra para osserviços <strong>de</strong> nova geração. A marcaé <strong>de</strong>senhada para transmitir a qualida<strong>de</strong>superior, a ampla disponibilida<strong>de</strong>e as funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviçofornecidas pela re<strong>de</strong> ZON.Fica concluída a primeira fase <strong>do</strong>projecto <strong>de</strong> digitalização das salas<strong>de</strong> cinema da ZON, que abrange138 salas, das quais 38 em 3DDigital.16990 é o número único <strong>de</strong> apoioao cliente da ZON amplamentedivulga<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> ano,concluin<strong>do</strong>-se a simplificaçãoe unificação <strong>do</strong>s diversos números<strong>de</strong> acesso.Tem início a operação <strong>de</strong> TV porsubscrição em Angola que recebea <strong>de</strong>signação ZAP.INOVAÇÃO E LIDERANÇATECNOLÓGICAO ambiente <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> em 2010permanece <strong>com</strong>petitivo. A activida<strong>de</strong>promocional intensifica-se, <strong>com</strong>campanhas para a aquisição <strong>de</strong>novos subscritores. A ZON <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>a sua base <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> TV porsubscrição <strong>com</strong> inovação contínua<strong>de</strong> produtos e <strong>de</strong> marketing,e assegura a li<strong>de</strong>rança tecnológica.Cresce a base <strong>de</strong> clientes <strong>com</strong> <strong>triple</strong><strong>play</strong> atingin<strong>do</strong> os 51.9 por cento nofinal <strong>do</strong> terceiro trimestre. A ZONé um <strong>do</strong>s lí<strong>de</strong>res <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong>opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>triple</strong> <strong>play</strong> <strong>de</strong> caboeuropeus, registan<strong>do</strong> o ritmo <strong>de</strong>crescimento mais forte na venda <strong>de</strong>pacotes <strong>de</strong> serviços.A alta <strong>de</strong>finição continua a sercentral na estratégia <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>sda ZON – no 3T10 a ZON reforçouainda mais a sua li<strong>de</strong>rança emconteú<strong>do</strong>s HD <strong>com</strong> o lançamento<strong>de</strong> mais <strong>do</strong>is canais, Fashion TVHD e Sport TV Liga Inglesa HD,colocan<strong>do</strong> o número total <strong>de</strong> canaisHD em 20, significativamenteà frente <strong>de</strong> outras ofertas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.São lança<strong>do</strong>s numerosos novoscanais, <strong>de</strong>signadamente, Fox Next,NBA TV em Funtastic HD,Discovery Travel & Living e ThePoker Channel. A oferta FuntasticHD passa a incluir os canais DiscoveryHD Showcase, Nat Geo WildHD e Nat Geo Wild.No final <strong>do</strong> ano sugerem i-concertsem S-VoD, 76 uma nova forma <strong>de</strong>subscrição <strong>de</strong> entretenimento.É também lança<strong>do</strong> Íris, a <strong>de</strong>signação<strong>com</strong>ercial <strong>do</strong> novo EPG da ZONque proporciona uma experiência<strong>de</strong> navegação mais simples e fluida,através <strong>de</strong> um novo tele<strong>com</strong>an<strong>do</strong><strong>com</strong> menos teclas, num novo ambientegráfico mais intuitivoe agradável <strong>de</strong> ver e utilizar.A uniformização <strong>do</strong> grafismo e dausabilida<strong>de</strong>, 77 <strong>com</strong>um a várias plataformas<strong>de</strong> consumo, coloca a ZONna vanguarda da convergência.A digitalização da base <strong>de</strong> clientesque dispunha <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> TVdigital cresce para 80.9 por cento.A proporção <strong>de</strong> clientes <strong>com</strong> bandalarga aumenta para 57.3 por cento.A a<strong>de</strong>são aos pacotes <strong>de</strong> bandalarga ultra-rápida é a mais elevada<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong>o regula<strong>do</strong>r, a ZON tem uma quotanacional implícita <strong>de</strong> ligaçõesà Internet <strong>de</strong> nova geração <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 60 por cento, superior à soma<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os outros opera<strong>do</strong>res. Umestu<strong>do</strong> da Ana<strong>com</strong> i<strong>de</strong>ntifica a ZON76 S-VoD: Subscription Ví<strong>de</strong>o on Demand, uma subscrição mensal que dá acesso a um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> número <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s77 Look and feel


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESADa<strong>do</strong>s referentes ao ano <strong>de</strong> 2009CASAS PASSADAS3 116 800SUBSCRITORES BANDA LARGA FIXA610 700SUBSCRITORES VOZ E BANDALARGA MÓVEL68 900SUBSCRITORES VOZ FIXA584 100BILHETES DE CINEMA VENDIDOS8 208 400SUBSCRITORES DE PACOTES BÁSICOS1 594 840SUBSCRITORES COM PACOTE DIGITALFUNTASTIC LIFE648 100SHARE DO CABO/SATÉLITE NAAUDIÊNCIA TOTAL DE TELEVISÃOSUBSCRITORES PREMIUM901 500SUBSCRITORES TRIPLE PLAY484 40016,9%SALAS DE CINEMA213SHARE DOS CANAIS CABO/SATÉLITENA AUDIÊNCIA DE TELEVISÃO PORCABO/SATÉLITE33,6%100 000CASAS100 000SUBSCRITORES50SALAS DE CINEMA500 000BILHETES127


PERSPECTIVA HISTÓRICA<strong>com</strong>o o opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> banda largalí<strong>de</strong>r em Portugal em velocida<strong>de</strong>sreais <strong>de</strong> Internet.O serviço Wi-fi ZON@FON atinge<strong>de</strong> 300 mil hotspots, tornan<strong>do</strong>Portugal num <strong>do</strong>s países <strong>com</strong>a melhor cobertura <strong>de</strong> Wi-fi gratuitada Europa. A re<strong>de</strong> em Portugalé exclusiva para clientes <strong>de</strong> Internetda ZON que tenham equipamento<strong>com</strong>patível, nomeadamente o routerZON Hub.A ZON é único opera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> vozfixa a registar crescimento relevanteno merca<strong>do</strong>, <strong>com</strong> uma penetraçãoda base <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong> cabo na or<strong>de</strong>m<strong>do</strong>s 63 por cento. A operaçãomóvel da ZON <strong>de</strong>monstra quaseo <strong>do</strong>bro <strong>de</strong> subscritores que seregistavam no final <strong>do</strong> 3T09.O investimento para actualizar todaa re<strong>de</strong> <strong>com</strong> EURODOCSIS 3.0está finaliza<strong>do</strong> e 2,8 milhões <strong>de</strong> laresestão aptos a receber velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>banda larga <strong>de</strong> 360 Mbps. Decorremtestes-piloto técnicos <strong>com</strong>400 Mbps.A exibição cinematográfica daZON continua a registar resulta<strong>do</strong>srecor<strong>de</strong>, <strong>com</strong> o número <strong>de</strong> bilhetesvendi<strong>do</strong>s no 3T10 a atingir os 2,67milhões. Este <strong>de</strong>sempenho é supor-ta<strong>do</strong> pelo crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>total, mas a ZON cresce mais <strong>do</strong>que os restantes opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>à li<strong>de</strong>rança tecnológica. Quase todasas 217 salas <strong>de</strong> cinema da ZONsão digitais, 66 das quais encontran<strong>do</strong>-seequipadas <strong>com</strong> sistemas <strong>de</strong>projecção 3D.Os canais Dreamia aumentama sua quota para 5.3 por cento <strong>do</strong>total. Os canais infantis continuama li<strong>de</strong>rar claramente o seu segmento<strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, <strong>com</strong> 58.3 por cento<strong>de</strong> share da audiência <strong>do</strong>s canaisinfantis, que por sua vez representam13.9 por cento da audiência <strong>de</strong>canais <strong>de</strong> cabo.ZAP, a joint venture <strong>de</strong> TV porsubscrição da ZON em Angola,é estimulada pelo lançamento daSport TV África que inclui os direitosexclusivos da Liga Portuguesa<strong>de</strong> Futebol (Liga ZON Sagres),bem <strong>com</strong>o <strong>de</strong> outras <strong>com</strong>petições<strong>de</strong>sportivas portuguesas <strong>de</strong> relevo.Paralelamente, consegue asseguraroferta <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s noutras áreas,<strong>com</strong> cem canais já disponíveis,pre<strong>do</strong>minantemente em língua portuguesa.ZAP está a construir umaposição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança nos conteú<strong>do</strong>sem Angola.PRESIDENTES DE CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO E DE COMISSÃOEXECUTIVA DA ZON MULTIMÉDIA(1993-PRESENTE)Presi<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Administraçãoda ZON TVCabo Portugal,SGPS, SA (1993-2000)José Graça BauFrancisco Murteira NaboPresi<strong>de</strong>nte da Comissão Executivada ZON TVCabo Portugal, SGPS,SA (1998-2004)José Graça BauPresi<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong>Administração da ZON Multimédia,SGPS, SA (1999-presente)Eduar<strong>do</strong> MartinsFrancisco Murteira NaboMiguel Horta e CostaHenrique Grana<strong>de</strong>iroDaniel Proença <strong>de</strong> CarvalhoPresi<strong>de</strong>ntes da Comissão Executivada ZON Multimédia, SGPS, SA(1999-presente)Abílio Ançã HenriquesManuel LancastreZeinal BavaRodrigo Costa


IMPACTOS ZON NA ECONOMIA PORTUGUESADa<strong>do</strong>s referentes ao ano <strong>de</strong> 2010Resulta<strong>do</strong>s 3T10CASAS PASSADAS3 190 700SUBSCRITORES BANDA LARGA FIXA690 200SUBSCRITORES VOZ E BANDALARGA MÓVEL120 500SUBSCRITORES VOZ FIXA777 600BILHETES DE CINEMA VENDIDOS9 106 000SUBSCRITORES DE PACOTES BÁSICOS1 571 600SUBSCRITORES COM PACOTE DIGITALFUNTASTIC LIFE675 500SHARE DO CABO/SATÉLITE NAAUDIÊNCIA TOTAL DE TELEVISÃOSUBSCRITORES PREMIUM778 000SUBSCRITORES TRIPLE PLAY642 30017,9%SALAS DE CINEMA217SHARE DOS CANAIS CABO/SATÉLITENA AUDIÊNCIA DE TELEVISÃO PORCABO/SATÉLITE34,4%100 000CASAS100 000SUBSCRITORES50SALAS DE CINEMA500 000BILHETES129

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!