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panorama do agronegócio de flores e plantas ornamentais no brasil

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PANORAMA DO AGRONEGÓCIO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS NO BRASILCARLOS ALBERTO MACHADO DE FRANÇA; MOACYR BORIS RODRIGUES MAIA;UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIRPORTO VELHO - RO - BRASILborismaia@uol.com.brAPRESENTAÇÃO ORALComercialização, Merca<strong>do</strong>s e PreçosPANORAMA DO AGRONEGÓCIO DE FLORES E PLANTASORNAMENTAIS NO BRASILGrupo <strong>de</strong> Pesquisa: Comercialização, Merca<strong>do</strong>s e Preços.ResumoO presente artigo, com base em uma pesquisa bibliográfica, traça um <strong>pa<strong>no</strong>rama</strong> <strong>do</strong>agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> <strong>no</strong> Brasil. Ressalta os principais aspectos<strong>do</strong> setor como produção, merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e dificulda<strong>de</strong>s. A floricultura vem seexpandin<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ravelmente, antes restrita a região Su<strong>de</strong>ste, principalmente <strong>no</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, hoje se encontra em todas as regiões <strong>do</strong> País, graças ao trabalho <strong>de</strong>diversas Instituições que acreditam <strong>no</strong> potencial <strong>de</strong>sse segmento. Um <strong>do</strong>s aspectos quecontribui para a expansão são as condições climáticas <strong>do</strong> Brasil que favorece o cultivo<strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong> e tropical. Em função <strong>de</strong>ssa diversida<strong>de</strong> climática épossível produzir internamente <strong>flores</strong>, folhagens e outros <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s, to<strong>do</strong>s os dias <strong>do</strong>a<strong>no</strong> a um custo reduzi<strong>do</strong>. O agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> consolida-secomo ativida<strong>de</strong> econômica representativa na eco<strong>no</strong>mia <strong>brasil</strong>eira. O potencial <strong>de</strong>geração <strong>de</strong> ocupação e renda <strong>de</strong>sse setor é significativo, <strong>de</strong>staca-se por empregar emmédia, <strong>de</strong> 10 a 15 funcionários por hectare, superan<strong>do</strong> em <strong>de</strong>z vezes outros cultivos egera 120 mil empregos diretos e indiretos. Apesar <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> potencial da floricultura, aconsolidação <strong>de</strong>sse setor <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> medidas para ampliar o hábito <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><strong>flores</strong> pelos <strong>brasil</strong>eiros e melhoria na infra-estrutura logística.Palavras-chaves: <strong>flores</strong>, <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>, agronegócio, merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>flores</strong>,produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong>.______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


tempera<strong>do</strong> e tropical, o que confere aos produtos <strong>brasil</strong>eiros oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguiruma boa fatia <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> internacional.A produção nacional <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> antes concentrada na regiãoSu<strong>de</strong>ste, especialmente <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, hoje já está presente em todas àsregiões <strong>do</strong> país, graças a trabalhos como o <strong>do</strong> Sistema SEBRAE e outras instituiçõesque acreditam <strong>no</strong> potencial <strong>de</strong>sse segmento.Ao longo <strong>de</strong>ste artigo serão apresenta<strong>do</strong>s os principais aspectos relaciona<strong>do</strong>s àprodução, merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e principais dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e<strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>, com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> políticas públicas paraeste importante segmento da <strong>no</strong>ssa eco<strong>no</strong>mia.2. HISTÓRICO DA FLORICULTURA NO BRASILA floricultura <strong>no</strong> Brasil não é uma ativida<strong>de</strong> recente, os registros mais antigosremontam 1870 com a produção <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as em Petrópolis <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, porBi<strong>no</strong>t, filho <strong>do</strong> francês Jean Baptiste Bi<strong>no</strong>t, encarrega<strong>do</strong> <strong>de</strong> projetar e executar os jardins<strong>do</strong> Palácio Imperial. De re<strong>no</strong>me internacional, o orquidário possui inúmeras varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as e exporta para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Alemanha e Japão (REVISTA SEBRAEDE AGRONEGÓCIOS, 2005).Depois da produção <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as por Bi<strong>no</strong>t, em 1893 os alemães Dierbergeriniciam a produção <strong>de</strong> outras espécies <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>no</strong> Brasil, como as dálias. Da firma <strong>do</strong>salemães Dierberger saíram os irmãos Boettcher, que foram os pioneiros na produção <strong>de</strong>rosas <strong>no</strong> Brasil (REVISTA SEBRAE DE AGRONEGÓCIOS, 2005).A produção <strong>de</strong> rosas teve início em 1929 em uma chácara <strong>no</strong> atual bairro <strong>de</strong>Jabaquara na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong>pois essa produção foi transferida pelos irmãosBoettcher para uma fazenda em Cotia, a qual foi batizada <strong>de</strong> Roselândia. (REVISTASEBRAE DE AGRONEGÓCIOS, 2005).Além <strong>do</strong> pioneirismo na produção <strong>de</strong> rosas, os irmãos Bottcher tambéminiciaram o marketing <strong>de</strong> comercialização. Desenvolveram uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s parapromoção <strong>de</strong> seus produtos tais como: exposição <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, abertura da fazenda paravisitações públicas, promoção da festa anual das rosas, realização <strong>de</strong> cursos parafloristas, paisagistas e outros interessa<strong>do</strong>s (REVISTA SEBRAE DEAGRONEGÓCIOS, 2005).A produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> até a meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1960 era conduzida ainda <strong>de</strong>forma muito ama<strong>do</strong>ra. Eram cultivadas em chácaras, estavam próximas às capitaisestaduais, particularmente <strong>do</strong> Sul e <strong>do</strong> Su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> País (VENCATO et. al, 2006).A proliferação <strong>de</strong> conjuntos habitacionais privou uma parcela significativa dapopulação <strong>de</strong> espaços para o preparo <strong>do</strong>s seus próprios jardins. A partir daí começa aampliar o merca<strong>do</strong> para comercialização <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> (VENCATO et. al, 2006).Os imigrantes tiveram um papel fundamental <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> organização ecrescimento da floricultura <strong>brasil</strong>eira,entre eles, os italia<strong>no</strong>s, os alemães e,principalmente, os japoneses (VENCATO et. al, 2006).Em 1948 imigrantes holan<strong>de</strong>ses se instalaram <strong>no</strong> leste paulista e fundaram aCooperativa Agropecuária <strong>de</strong> Holambra, <strong>de</strong>dicada a várias ativida<strong>de</strong>s entre elas as______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


<strong>flores</strong>. Com a Cooperativa a floricultura teve outro gran<strong>de</strong> impulso(VENCATO et. al,2006). A Cooperativa <strong>de</strong> Holambra respon<strong>de</strong> atualmente por cerca <strong>de</strong> 60% da produção<strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>no</strong> Brasil. Em 1991 foi criada uma empresa para se <strong>de</strong>dicar especificamente acomercialização <strong>do</strong>s produtos, a Veiling(REVISTA SEBRAE DE AGRONEGÓCIOS,2005).A partir <strong>de</strong> 2000 a floricultura passa a fazer parte da agenda <strong>de</strong> políticaspúblicas, com a implantação <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Flores e PlantasOrnamentais <strong>do</strong> Ministério da Agricultura(REVISTA SEBRAE DEAGRONEGÓCIOS, 2005).3. PRODUÇÃO DE FLORES E PLANTAS ORNAMENTAISA diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> clima e solo tem possibilita<strong>do</strong> ao Brasil o cultivo <strong>de</strong> diversasespécies <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>, <strong>de</strong> origens nativas e exóticas, <strong>de</strong> climatempera<strong>do</strong> e tropical. A produção <strong>brasil</strong>eira está assim dividida: <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte, <strong>flores</strong><strong>de</strong> vaso, sementes, <strong>plantas</strong> <strong>de</strong> interiores, <strong>plantas</strong> <strong>de</strong> paisagismo e folhagens(BUAINAIN; BATALHA, 2007).Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> SEBRAE 2006, a produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>estão distribuídas em 304 municípios com (VENCATO et. al, 2006). uma área cultivada<strong>de</strong> 5,2 mil há. O setor gera 120 mil empregos diretos e indiretos, sen<strong>do</strong> 58 mil naprodução, 4 mil na distribuição, 51 mil <strong>no</strong> comércio varejista e 7 mil em outrasativida<strong>de</strong>s.A produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> <strong>no</strong> Brasil é <strong>de</strong>senvolvida na maiorparte por peque<strong>no</strong>s produtores, os quais são atraí<strong>do</strong>s pela alta rentabilida<strong>de</strong> e expressivataxa <strong>de</strong> empregos gera<strong>do</strong>s por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área <strong>do</strong> setor. Conforme estimativa <strong>do</strong>Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o segmento emprega entre 15 e 20trabalha<strong>do</strong>res por hectare, geran<strong>do</strong> uma renda <strong>de</strong> R$ 50 mil a R$ 100 mil, enquanto amesma área <strong>de</strong> fruticultura abre cinco postos <strong>de</strong> trabalho e um retor<strong>no</strong> <strong>de</strong> R$ 25 mil.Inicialmente a produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> era concentrada naRegião Su<strong>de</strong>ste, a partir <strong>de</strong> 1999 o Serviço Brasileiro <strong>de</strong> Apoio às Micro e PequenasEmpresas – SEBRAE, começa apoiar este setor através <strong>de</strong> <strong>do</strong>is projetos – um na ca<strong>de</strong>iaprodutiva <strong>de</strong> floricultura tropical em Alagoas e outro na temperada <strong>no</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong>Sul. Atualmente o SEBRAE e parceiros <strong>de</strong>senvolvem 35 projetos <strong>de</strong> floricultura e<strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> <strong>de</strong> clima tropical e tempera<strong>do</strong> em 18 esta<strong>do</strong>s e <strong>no</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral.As ações <strong>de</strong>senvolvidas para expansão da floricultura fizeram com a ativida<strong>de</strong> seramificasse para to<strong>do</strong> País. Atualmente a floricultura está presente em todas às Regiões,sen<strong>do</strong> que a produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong> está mais concentrada nas RegiõesSul, Su<strong>de</strong>ste e Centro-Oeste e as <strong>de</strong> clima tropical nas Regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste(REVISTA SEBRAE DE AGRONEGÓCIOS, 2005).O maior produtor, consumi<strong>do</strong>r e exporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> <strong>do</strong>Brasil é o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. A produção <strong>brasil</strong>eira <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>está concentrada <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo que <strong>de</strong>tém 74,5% da produção nacional , ten<strong>do</strong>como principais pólos às regiões: Atibaia, Gran<strong>de</strong> São Paulo, Dutra,Vale <strong>do</strong> Ribeira,Paranapanema e Campinas (BUAINAIN; BATALHA, 2007).______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


A região <strong>de</strong> Atibaia produz 25% da produção nacional <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong><strong>ornamentais</strong>, distribuída em <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte e <strong>de</strong> vasos, com <strong>de</strong>staque para rosas,crisântemos e orquí<strong>de</strong>as, enquanto na região da Gran<strong>de</strong> São Paulo a produção é <strong>de</strong><strong>plantas</strong> para paisagismo e forrações e <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte. Na região <strong>de</strong> Dutra o <strong>de</strong>staque épara produção em vaso para interiores (BUAINAIN; BATALHA, 2007).O Vale <strong>do</strong> Ribeira <strong>de</strong>staca-se pela produção <strong>de</strong> <strong>plantas</strong> para uso em projetos <strong>de</strong>paisagismo. O clima quente e úmi<strong>do</strong> da região tem proporciona<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> cultivo <strong>de</strong> <strong>flores</strong> tropicais, das quais se <strong>de</strong>stacam os antúrios e helicônias(BUAINAIN; BATALHA, 2007).A região <strong>de</strong> Paranapanema se <strong>de</strong>dica à produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte e vaso,enquanto Campinas o <strong>de</strong>staque é para produção <strong>de</strong> Aechmea sp. e <strong>plantas</strong> parapaisagismo(BUAINAIN; BATALHA, 2007).O maior centro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da floricultura <strong>no</strong> Brasil encontra-se <strong>no</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, <strong>no</strong> município <strong>de</strong> Holambra. O município possui três centros <strong>de</strong>comercialização( Veiling Holambra, Floranet e Assflora), realiza os principais eventos<strong>no</strong> segmento <strong>de</strong> floricultura, possui mais <strong>de</strong> trezentos produtores, atacadistas edistribui<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>do</strong> País e os principais fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> insumos, tec<strong>no</strong>logias emudas <strong>de</strong> propagação. Especializou-se em espécies como crisântemos, begônias,glandíolas, lírios, rosas e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>(BUAINAIN; BATALHA, 2007).Depois <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo os principais produtores <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong><strong>ornamentais</strong> são: Santa Catarina, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul,Minas Gerais, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paraná, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Amazonas e Pará, eestá assim distribuída (BUAINAIN; BATALHA, 2007):Santa CatarinaEncontramos produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> variadas e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> clima tropical etempera<strong>do</strong>. O Esta<strong>do</strong> possui aproximadamente trezentos produtores. (BUAINAIN;BATALHA, 2007).PernambucoO Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco é o principal produtor nacional <strong>de</strong> <strong>flores</strong> tropicais e oquinto <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong>. Possui cerca <strong>de</strong> 200 produtores, que exploram 125hectares, sen<strong>do</strong> 70 hectares <strong>de</strong> <strong>flores</strong> tropicais e 55 hectares <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> climatempera<strong>do</strong>. (BUAINAIN; BATALHA, 2007).AlagoasA principal produção <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> é <strong>de</strong> <strong>flores</strong> tropicais. Alagoas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001,consoli<strong>do</strong>u-se como um exporta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> produto, ten<strong>do</strong> a Inglaterra como primeiro eprincipal parceiro comercial. (BUAINAIN; BATALHA, 2007).CearáO Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará se <strong>de</strong>staca <strong>no</strong> Nor<strong>de</strong>ste como um <strong>do</strong>s principais produtores <strong>de</strong><strong>flores</strong> temperadas, além das tropicais. No Brasil é o maior exporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> rosas e <strong>flores</strong>tropicais e vice-lí<strong>de</strong>r na exportação <strong>de</strong> <strong>flores</strong> frescas cortadas (BUAINAIN;BATALHA, 2007).Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> SulO Esta<strong>do</strong> possui aproximadamente 550 floricultores cadastra<strong>do</strong>s pelo SEBRAE.As principais espécies produzidas são: <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>de</strong> forração, <strong>plantas</strong> prontas e______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


<strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte. A produção está voltada especificamente para o consumo inter<strong>no</strong>(BUAINAIN; BATALHA, 2007).Minas GeraisA produção em Minas Gerais está assim distribuída: <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> climatempera<strong>do</strong>, principalmente rosas, <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> para paisagismo e folhagens <strong>de</strong>corte <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong>, <strong>plantas</strong> frutíferas, direcionadas para aten<strong>de</strong>r ao merca<strong>do</strong>inter<strong>no</strong> e os merca<strong>do</strong>s paulista e <strong>no</strong>r<strong>de</strong>sti<strong>no</strong> (BUAINAIN; BATALHA, 2007).Rio <strong>de</strong> JaneiroO Esta<strong>do</strong> se <strong>de</strong>staca <strong>no</strong> âmbito nacional na exportação <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as e broméliase a produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> subtropicais <strong>de</strong> corte está concentrada na região serrana <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>(BUAINAIN; BATALHA, 2007).ParanáO Esta<strong>do</strong> possui aproximadamente 160 produtores organiza<strong>do</strong>s em associações,que produzem <strong>flores</strong> <strong>de</strong> vaso e <strong>de</strong> corte. Os <strong>do</strong>is principais núcleos <strong>de</strong> produção são:Guarapuava/Entre Rios e Região Metropolitana <strong>de</strong> Curitiba.GoiásO agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> ainda é pouco <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>. A produção éescoada através <strong>do</strong>s viveiros, floriculturas e supermerca<strong>do</strong>s. Goiás possui cerca <strong>de</strong> 200floriculturas e a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> supermerca<strong>do</strong>s tem comercializa<strong>do</strong> <strong>flores</strong> envasadas(BUAINAIN; BATALHA, 2007).BahiaNa Bahia a floricultura comercial ainda é recente. O Esta<strong>do</strong> possui 70produtores. As <strong>flores</strong> tropicais são cultivadas <strong>no</strong> litoral <strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>r, enquanto as <strong>flores</strong><strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong> são produzidas <strong>no</strong> município <strong>de</strong> Maracás.Espírito SantoA floricultura <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> carece <strong>de</strong> estruturação. O Espírito santo possui umagran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as e o seu clima é propício para o cultivo <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> climatempera<strong>do</strong> e tropical. 80% das espécies comercializadas <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> são oriundas <strong>do</strong>município <strong>de</strong> Holambra em São Paulo (BUAINAIN; BATALHA, 2007).AmazonasA floricultura comercial vem sen<strong>do</strong> organizada por meio <strong>do</strong> SEBRAE através<strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> Desenvolvimento da Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Floricultura em Manaus e seu Entor<strong>no</strong> eFlores da Eva <strong>no</strong> município <strong>de</strong> Rio Preto da Eva, que respon<strong>de</strong> por quase toda produçãocomercial florícola <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. A produção está voltada para o consumo inter<strong>no</strong> nasáreas <strong>de</strong> paisagismo, jardinagem e <strong>de</strong>coração (BUAINAIN; BATALHA, 2007).ParáA produção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> está concentrada na região metropolitana <strong>de</strong> Belém e asprincipais espécies cultivadas são: áster, celósia, zinnia, helicôneáceas, zengiberáceas,<strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> diversas, orquí<strong>de</strong>as e crisântemos. O Pará possui cerca <strong>de</strong> 100floricultores (BUAINAIN; BATALHA, 2007).Na Região Norte o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Rondônia vem se organizan<strong>do</strong> na floriculturacomercial através <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> SEBRAE <strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>do</strong> Rondônia em Flores Tropicais.Em função <strong>do</strong> clima propício as espécies cultivadas são <strong>de</strong> clima tropical.______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


A produção está concentrada <strong>no</strong>s municípios <strong>de</strong> Porto Velho, Can<strong>de</strong>ias <strong>do</strong>Jamari e Ji-Paraná. Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Instituto Fecomércio <strong>de</strong> Pesquisa eDesenvolvimento, instala<strong>do</strong> em Porto Velho-RO, as principais <strong>flores</strong> e folhagenstropicais produzidas em 2005 foram: Alpínias, Anthurium,Colathea,Cordulovica,Cordyline, Costus, Dracena, Etilingera Elatior, Helicônia, Musa, Orquí<strong>de</strong>a,Tapei<strong>no</strong>chilos, Wagneriana e Zinziber. A Heliconia concentra a produção com 66,4%,seguida da Etingera Elatior com 17,7%.4. O MERCADO CONSUMIDOR DE FLORESA floricultura <strong>no</strong> Brasil vem se expandin<strong>do</strong>, ganhan<strong>do</strong> qualida<strong>de</strong> ecompetitivida<strong>de</strong> e ramifican<strong>do</strong>-se por todas às regiões <strong>do</strong> país. Consi<strong>de</strong>ra-se atualmenteuma importante ativida<strong>de</strong> econômica <strong>no</strong> Brasil, com taxas <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 20% aoa<strong>no</strong> (BUAINAIN; BATALHA, 2007).Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> SEBRAE 2006, a floricultura <strong>no</strong> Brasil movimenta US$ 750milhões por a<strong>no</strong>, tem um consumo per capita <strong>de</strong> U$ 4,70, possui 18.000 pontos <strong>de</strong>vendas em to<strong>do</strong> país e possui 28 centros atacadistas. A participação <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> estáassim distribuída 50% <strong>flores</strong> em vasos, 40% <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte e 10% <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>.A perspectiva para a floricultura são muito positivas, o merca<strong>do</strong> inter<strong>no</strong> tem umpotencial <strong>de</strong> crescimento muito gran<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que ainda é muito baixo oconsumo per capita em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> US$ 4,7 por habitante ao a<strong>no</strong>. Analistas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>enten<strong>de</strong>m que o potencial <strong>de</strong> consumo <strong>brasil</strong>eiro é equivalente a, <strong>no</strong> mínimo, o <strong>do</strong>bro <strong>do</strong>atual. Mesmo com este crescimento estará muito distante <strong>de</strong> nações como Suíça eNoruega, que possuem um consumo <strong>de</strong> US$ 170 e US$ 143 per capita a<strong>no</strong>, ou osEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Argentina, com US$ 36 e US$ 25, respectivamente (VENCATO et.al, 2006).Consi<strong>de</strong>ra-se que o principal merca<strong>do</strong> para floricultura <strong>brasil</strong>eira é o inter<strong>no</strong>. ARegião Su<strong>de</strong>ste é o principal centro consumi<strong>do</strong>r, ten<strong>do</strong> a maior concentração <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong><strong>de</strong> São Paulo. O Nor<strong>de</strong>ste vem registran<strong>do</strong> um expressivo crescimento e a Região Norte<strong>do</strong> Brasil é possivelmente a que tem maior potencial <strong>de</strong> expansão da floricultura(BUAINAIN; BATALHA, 2007).O merca<strong>do</strong> mundial <strong>de</strong> <strong>flores</strong> movimenta valores próximos <strong>de</strong> US$ 60 bilhõespor a<strong>no</strong>. O segmento <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte é o mais significativo, segui<strong>do</strong> pelo <strong>de</strong> <strong>plantas</strong>vivas, bulbos e folhagens (BUAINAIN; BATALHA, 2007).O principal merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r mundial <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> é aUnião Européia, cujos principais fornece<strong>do</strong>res são: Holanda, Quênia, Israel, Colômbia eEspanha. A Holanda <strong>do</strong>mina o merca<strong>do</strong> mundial <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e é o maior exporta<strong>do</strong>r eimporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> produtos da floricultura (BUAINAIN; BATALHA, 2007).Os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s são o segun<strong>do</strong> maior merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> continente america<strong>no</strong>,importam gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte da Colômbia, Equa<strong>do</strong>r, Costa Rica,México, República Dominicana e Guatemala (BUAINAIN; BATALHA, 2007).As exportações <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> <strong>brasil</strong>eiras têm cresci<strong>do</strong>, masainda possui uma baixa participação <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> mundial, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> InstitutoBrasileiro <strong>de</strong> Floricultura (2005), a exportação <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>brasil</strong>eiras correspon<strong>de</strong> a______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


apenas 0,22% <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> mundial. O Brasil exporta para 40 <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>s, sen<strong>do</strong> a Holandao maior compra<strong>do</strong>r, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.As <strong>flores</strong> <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong>, chamadas <strong>de</strong> tradicionais, incluin<strong>do</strong> as rosas, sãoas espécies mais requisitadas <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> mundial. As <strong>flores</strong> tropicais ainda ocupam umpeque<strong>no</strong> espaço, mas vem crescen<strong>do</strong> e conquistan<strong>do</strong> <strong>no</strong>vos consumi<strong>do</strong>res e promotores.As principais características que vem proporcionan<strong>do</strong> o crescimento <strong>do</strong> comércio <strong>de</strong><strong>flores</strong> tropicais <strong>no</strong> merca<strong>do</strong> mundial <strong>de</strong> <strong>flores</strong> são: exóticida<strong>de</strong>, me<strong>no</strong>s perecível e maiorresistência <strong>no</strong> transporte em longas distância (BUAINAIN; BATALHA, 2007).5. PRINCIPAIS DIFICULDADES DO AGRONEGÓCIO DE FLORESUma das gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s para a expansão <strong>do</strong> agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e<strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> <strong>no</strong> Brasil é o baixo consumo per capita. O consumo <strong>de</strong> <strong>flores</strong> pelamaioria da população ainda está muito restrito a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s eventos, como funerais,dias especiais <strong>de</strong> aniversário, casamento, <strong>no</strong>iva<strong>do</strong>, entre outros, e a épocas especiais,como Natal e A<strong>no</strong> Novo. Em relação à <strong>de</strong>coração <strong>de</strong> ambientes, a aquisição <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e<strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> está restrita a uma parcela da população com maior po<strong>de</strong>raquisitivo. A mudança <strong>de</strong>sse hábito requer um marketing agressivo para estimular oconsumo e a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas formas criativas <strong>de</strong> comércio <strong>do</strong> produto (BUAINAIN;BATALHA, 2007).Outro fator que inibe o consumo é a pouca expressivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>splataformas para distribuição <strong>de</strong> produtos da floricultura. O número reduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong>floriculturas distribuídas <strong>no</strong> País é outro limita<strong>do</strong>r, sem consi<strong>de</strong>rar que as floriculturasexistentes não organizam <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada o seu espaço a fim <strong>de</strong> melhor apresentar oseu produto (BUAINAIN; BATALHA, 2007).A logística é outro gargalo que precisa ser supera<strong>do</strong>. Os produtos da floriculturaprecisam <strong>de</strong> transporte a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para manter o padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. As <strong>flores</strong> <strong>de</strong> climatempera<strong>do</strong> necessitam <strong>de</strong> câmaras frias para o seu transporte e armazenamento e as<strong>flores</strong> tropicais precisam <strong>de</strong> temperatura controlada.A utilização <strong>de</strong> transporte refrigera<strong>do</strong> para produtos da floricultura é poucoexpressivo <strong>no</strong> país, o que pre<strong>do</strong>mina é o transporte em temperatura ambiente, o queprovoca maior <strong>de</strong>preciação <strong>do</strong> produto e maiores perdas (BUAINAIN; BATALHA,2007).Em relação à infra-estrutura aeroportuária são poucos aeroportos que dispõem <strong>de</strong>câmaras frias para armazenamento <strong>de</strong> produtos da floricultura. A inexistência <strong>de</strong>câmaras frias <strong>no</strong>s aeroportos faz com que os empresários contratem contêineresrefrigera<strong>do</strong>s a fim <strong>de</strong> suprir esta <strong>de</strong>ficiência, porém os custos <strong>de</strong> comercialização seelevam (BUAINAIN; BATALHA, 2007).A baixa disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços <strong>no</strong>s compartimentos <strong>do</strong>s aviões, falta <strong>de</strong>regularida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s vôos e os custos eleva<strong>do</strong>s <strong>no</strong> transporte aéreo para os produtos <strong>de</strong>floricultura são outros fatores relaciona<strong>do</strong>s à logística que dificultam o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong> agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>.Segun<strong>do</strong> Anefalos (2004), para que o Brasil tenha vantagem competitiva emrelação a outros países é necessário que se tenha uma preocupação muito maior com aeficiência logística, principalmente quan<strong>do</strong> se trabalha com <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte, que possuem______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


me<strong>no</strong>r durabilida<strong>de</strong> ao se comparar com outros produtos não-perecíveis atualmenteexporta<strong>do</strong>s pelo Brasil.Góes(1997 apud ANEFALOS,2004) ressalta que o gran<strong>de</strong> sucesso da Holanda<strong>no</strong> merca<strong>do</strong> internacional <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong>ve-se principalmente ao sofistica<strong>do</strong> e eficientesistema logístico <strong>de</strong> distribuição e comercialização, conseguin<strong>do</strong> disponibilizarrapidamente os pedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s seus clientes na Europa e <strong>no</strong>s outros continentes.O conhecimento mais apura<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>,inter<strong>no</strong> e exter<strong>no</strong>, e o planejamentoa<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> da produção são outras dificulda<strong>de</strong>s que precisam ser superadas. O<strong>de</strong>scompasso entre a oferta e a <strong>de</strong>manda tem provoca<strong>do</strong> em alguns momentos excesso<strong>de</strong> produção com redução <strong>no</strong>s preços e perda <strong>de</strong> produtos, ocasionan<strong>do</strong> prejuízos aosfloricultores.A a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia <strong>de</strong> ponta precisa ser implementada <strong>no</strong> processoprodutivo pelos floricultores a fim <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto, as mesmasapesar <strong>de</strong> disponível são utilizadas por uma mi<strong>no</strong>ria, a maioria <strong>do</strong>s produtores utilizamainda na produção tec<strong>no</strong>logias rudimentares (BUAINAIN; BATALHA, 2007).O agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> precisa melhorar cada vez mais o processo <strong>de</strong> capacitação eprofissionalização <strong>do</strong>s diversos segmentos da ca<strong>de</strong>ia produtiva, a fim <strong>de</strong> aumentar acompetitivida<strong>de</strong> da floricultura nacional.6. CONSIDERAÇÕES FINAISO agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> vem se expandin<strong>do</strong> <strong>no</strong> Brasilgraças a medidas que vem sen<strong>do</strong> a<strong>do</strong>tadas pelo po<strong>de</strong>r público e iniciativa privada.Segun<strong>do</strong> Buainain e Batalha(2007), uma <strong>de</strong>ssas medidas é a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> políticasespecíficas para o setor, cujos resulta<strong>do</strong>s embora mo<strong>de</strong>stos, têm gera<strong>do</strong> ocupação, rendae divisas para o País.A mudança <strong>no</strong> padrão tec<strong>no</strong>lógico <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao investimento em pesquisa,realiza<strong>do</strong> principalmente pela EMBRAPA, oferta <strong>de</strong> crédito e assistência técnicarealizada por outros órgãos e instituições também tem contribuí<strong>do</strong> significativamentepara expansão da floricultura.Para que o agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> possa se <strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong>forma sustentável é necessário que o po<strong>de</strong>r público municipal, estadual e fe<strong>de</strong>ral, e ainiciativa privada, continuem a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> as medidas necessárias para superar osobstáculos ainda existente, principalmente relativo à ampliação <strong>do</strong> hábito <strong>de</strong> consumo<strong>de</strong> <strong>flores</strong> pelos <strong>brasil</strong>eiros e a melhoria da infra-estrutura logística para o setor.______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural


REFERENCIASANEFALOS, Lílian Cristina. Mo<strong>de</strong>lo insumo-produto como instrumento <strong>de</strong>avaliação econômica da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos: o caso da exportação <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong>corte. Tese <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> apresentada a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. São Paulo, 2004.BATALHA, Mário Otávio; BUAINAIN, Antônio Márcio. Ca<strong>de</strong>ias produtivas <strong>de</strong><strong>flores</strong> e mel. Brasília: IICA: MAPA/SPA, 2007.JARDIM DE OPORTUNIDADES. Revista SEBRAE <strong>de</strong> Agronegócios. n.1. outubro,2005.VENCATO, Ângela. et. al. Anuário <strong>brasil</strong>eiro das <strong>flores</strong> 2006. Santa Cruz <strong>do</strong> Sul:Gazeta Santa Cruz, 2006.______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural

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