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9 RocheNews Fev/Mar 2009artigo científicoadversos a medicamentos. Para exemplificar tal necessidade,foi verificada a sua utilidade em pacientes comefeitos adversos devido à utilização de analgésicos opioides,medicamentos de utilização ampla no dia-a-dia daclínica no combate a dor.Uma paciente de 54 anos, branca, foi internadadevido a uma fratura da vértebra torácica durante umacidente enquanto cavalgava e alegava dores na regiãoinferior das costas e nos quadris. Ela relatou que nãoestava sob nenhum tratamento no momento da internaçãoe que apresentou no passado resposta inadequadaa codeína além de náuseas e vômitos após administraçãode morfina. Todos os seus testes laboratoriais ao ser internadaestavam normais.Para o controle da dor, foi indicada uma forma de autoadministraçãode hidromorfina para a dor, um agonistaopioide, e antieméticos por via endovenosa. Inicialmente,a paciente relatou o controle da dor, mas no decorrer dotratamento ela relatou náusea e o retorno da dor. Novaadministração de prometazina foi dada, mas a não houvemelhora da náusea.A paciente desenvolveu num segundo estágio câimbras,inquietação e movimentos incontroláveis das extremidadesque agravavam a dor extrema devido à fraturada vértebra. O tratamento com hidromorfina foi descontinuadoe outro anti-inflamatório (cetorolaco), que utilizaoutra via de metabolização, foi administrado, diminuindoa náusea e moderado alívio da dor. O cetorolaco está indicadopara o controle da dor aguda, especialmente nasprimeiras 48 horas e apresenta risco de lesão renal. Assim,uma nova terapia foi sugerida, na qual antieméticosforam administrados anteriormente ao sulfato de morfina,porém essa nova prescrição não preveniu as náuseas evômitos. Nesse momento, a paciente se recusou a sertratada com qualquer medicamento contra a dor. Apóssua alta, ela foi tratada com acetoaminofeno e hidrocodona,que não trataram totalmente a sua dor, mas foi acombinação que ela conseguiu tolerar melhor se comparadocom qualquer outro analgésico opioide.Devido a esse histórico, o seu tipo de metabolizaçãofoi analisado através do AmpliChip P450 Test, mostrandoque seu genótipo era 4*/4* para CYP2D6 (metabolizadorpobre ) e 1*/2* para CYP2C19 (metabolizador extensivo).As variações entre os pacientes e as suas respostasatípicas a tratamentos levaram a um aumento na publicaçãode artigos sobre o assunto. Entre essas diferentesrespostas, verifica-se a baixa tolerância de pacientesMPs e MUs a codeína, que precisa ser metabolizada amorfina para apresentar sua atividade analgésica. Entretanto,a hidrocodona, outro analgésico, que apresentaum efeito direto na dor sem ser metabolizado, pode seruma opção viável para pacientes PM´s.No caso descrito acima, a paciente desenvolveureação aos opioides e inclusive ao próprio antiemético,prometazina, extensamente utilizado e metabolizado pelaCYP2D6. Assim, uma análise do tipo de metabolizaçãoé interessante para que um tratamento específico sejadado. Se o polimorfismo dessa paciente fosse conhecido,uma medicina personalizada seria realizada evitandoo uso de prometazina e outros opioides, prescrevendodiretamente a última escolha, hidrocodona, que reduziuos efeitos adversos e apresentou a melhor resposta à doraguda da paciente.Assim, a análise farmacogenética pode auxiliar as diversasáreas da clínica ao realizar uma medicina personalizadafocando nas diferenças entre os indivíduos, alterandodoses ou modificando terapias. O campo para esse tipode análise é extenso e ainda está em crescimento no Brasil.Em destaque há as diversas classes de medicamentosmetabolizados pelas enzimas da CYP450 que constituemo maior grupo terapêutico para tratar as diversas enfermidadesexistentes atualmente e que podem causar gravesefeitos colaterais ou a ausência de ação. Esse cenário levaà necessidade da realização de um amplo trabalho, devidoà importância do assunto e dos diversos pacientes que sãotratados por esse grupo de medicamentos.Referências para a base do artigo:1. Foster A, Mobley E, Wang Z. Complicated pain managementin a CYP450 2D6 poor metabolizer. PainPract. 2007 Dec; 7(4): 352-6. Epub 2007 Nov 6.2. Stamer Um, Stüber F. The pharmacogenetics ofanalgesia. Expert Opin Pharmacother. 2007 Oct;8(14): 2235-45. Review.A análisefarmacogenéticapode auxiliar asdiversas áreas daclínica ao realizaruma medicinapersonalizadafocando nasdiferenças entreos indivíduos,alterando dosesou modificandoterapias<strong>ROCHE</strong> <strong>NEWS</strong>_N_<strong>13.indd</strong> 9 06/03/2009 15:19:36

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