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Segundo Georg Simmel, em “A Filosofia da Paisagem” - GPIT

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1. IntroduçãoA paisag<strong>em</strong>, <strong>em</strong> suas múltiplas possibili<strong>da</strong>des de enfoques, permite um olhar para aci<strong>da</strong>de que integra diversos aspectos sobre a relação hom<strong>em</strong>-natureza, e, ao expressar osdiferentes momentos <strong>da</strong> ação de uma cultura sobre o espaço é também uma acumulação det<strong>em</strong>pos. Ao ser pensa<strong>da</strong> como um momento de reconciliação frente aos conflitos e rupturascom os quais convive o habitante <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, a paisag<strong>em</strong>, desde o início de sua apreensãocomo fenômeno visível, esteve no centro do conflito entre objetivo e subjetivo, sensível efactual, físico e fenomenológico, portanto pensá-la <strong>em</strong> to<strong>da</strong> a sua complexi<strong>da</strong>de é estarciente destas dicotomias.A intenção de representar algo ausente ou no todo inapreensível revela o carátersubjetivo desse processo, assim, enquanto representação, a paisag<strong>em</strong> é portadora designificados e expressa os diferentes momentos de desenvolvimento de uma socie<strong>da</strong>de,adquirindo uma dimensão simbólica passível de leituras espaços-t<strong>em</strong>porais.Conduzidos por esse desafio de decifrar as representações, tendo a paisag<strong>em</strong> comot<strong>em</strong>a e objeto, é preciso desenvolver um olhar especial que permita alcançar as diversasdimensões do espaço e do t<strong>em</strong>po. Se admitirmos que a dimensão espacial que se oferece aoolhar t<strong>em</strong> marca<strong>da</strong> sobre si a passag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po, é possível ver no espaço transformado,destruído, desgastado, renovado pelo t<strong>em</strong>po, a ci<strong>da</strong>de do passado e sua m<strong>em</strong>ória. Como umpalimpsesto, um enigma a ser interpretado, a paisag<strong>em</strong> se apresenta <strong>em</strong> imagens comopossibili<strong>da</strong>de de compreensão do t<strong>em</strong>po presente. Assim, a reflexão que pretende estetrabalho surge <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de melhor compreender a ci<strong>da</strong>de <strong>em</strong> relação às dinâmicas desuas paisagens interpretando-as através dos vestígios espaços-t<strong>em</strong>porais encontrados <strong>em</strong>fotografias.2. Por que estu<strong>da</strong>r a paisag<strong>em</strong>?Nos últimos anos, frente às rápi<strong>da</strong>s transformações urbanas – que <strong>em</strong> muitas ocasiõescolocam <strong>em</strong> risco os valores naturais, culturais e históricos <strong>da</strong>s paisagens – surg<strong>em</strong> diversasiniciativas com o objetivo de uma adequa<strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>. Considerando anecessi<strong>da</strong>de de que a gestão <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong> passe a integrar as políticas públicas urbanas, um2

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