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Segundo Georg Simmel, em “A Filosofia da Paisagem” - GPIT

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desapareceram, pod<strong>em</strong> ser muito visíveis, mas são abandonados, s<strong>em</strong> real utilização social.Compõ<strong>em</strong> paisagens do abandono com suas formas mais ou menos degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s.b. Os traços reinseridos têm graus de desaparecimento diversos. O essencial é que essestraços foram reutilizados por novas funções, freqüent<strong>em</strong>ente por uma mu<strong>da</strong>nça de uso. Emalgumas situações, mais ou menos modificados, continuam a obedecer à lógica funcionaloriginal.c. Os traços mantidos no estado de orig<strong>em</strong>, mesmo que sua função social tenha sidomodifica<strong>da</strong>, eles são os vestígios conservados de épocas anteriores, e por vezes as relíquiascui<strong>da</strong>dosamente preserva<strong>da</strong>s por políticas de proteção do patrimônio.d. Os traços <strong>da</strong> moderni<strong>da</strong>de, são componentes cont<strong>em</strong>porâneos <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>. Essestraços novos pod<strong>em</strong> ser mais ou menos integrados à paisag<strong>em</strong>, mais ou menos aceitos peloshabitantes.A paisag<strong>em</strong> resulta do entrecruzamento desses quatro tipos de traços, mesclados,justapostos, segundo sua própria ordenação. O pesquisador recomporá essas cama<strong>da</strong>s maisou menos harmoniosas s<strong>em</strong> esquecer a dimensão dos usos sociais.6.1.3. ETAPA 3 – Síntese – (re)montag<strong>em</strong>Com os <strong>da</strong>dos produzidos anteriormente, essa etapa opera o cruzamento <strong>da</strong>sinformações e a interpretação <strong>da</strong>s análises, incorporando como resultado a síntese. Nométodo <strong>da</strong> montag<strong>em</strong>, proposto por Walter Benjamin, o momento de entrelaçamento <strong>da</strong>sinformações e reconstrução <strong>da</strong> trama, que relaciona e articula os diversos significados,pretende aprofun<strong>da</strong>r a análise e explorar suas possibili<strong>da</strong>des interpretativas produzindosentido a “leitura” realiza<strong>da</strong>. Nessa construção <strong>da</strong>s tramas para produzir o sentido a leitura,busca-se atribuir as quali<strong>da</strong>des e os “valores” <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>, seus aspectos simbólicos e asmarcas <strong>da</strong> m<strong>em</strong>ória coletiva.Nesse agrupamento <strong>da</strong>s informações e reconstrução do mosaico <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong> a síntese éguia<strong>da</strong> pela busca <strong>da</strong>quilo que é dominante na paisag<strong>em</strong>, nos dois sentidos do termo, o maisvigoroso ou forte, e também aquilo que é específico do meio estu<strong>da</strong>do. O observadorseleciona, escolhe e reúne os el<strong>em</strong>entos que informam e dão a significação que permit<strong>em</strong>compreender e sentir a natureza <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>, aqueles que evocam o melhor movimento,que manifestam mais claramente os princípios de organização espacial do meio. Essestraços dominantes faz<strong>em</strong> a “assinatura” <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>, permitindo que se reconheça a suaespecifici<strong>da</strong>de, a sua identi<strong>da</strong>de. A partir <strong>da</strong>í existe a possibili<strong>da</strong>de de ser<strong>em</strong> aponta<strong>da</strong>s as19

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