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Segundo Georg Simmel, em “A Filosofia da Paisagem” - GPIT

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guar<strong>da</strong>m, <strong>em</strong> sua superfície sensível, as marcas do passado. No momento de sua produçãoforam m<strong>em</strong>ória presente, e ao “entrar <strong>em</strong> contato com este presente/ passado o investimosde sentido, um sentido diverso <strong>da</strong>quele <strong>da</strong>do pelos cont<strong>em</strong>porâneos <strong>da</strong> imag<strong>em</strong>, maspróprio à probl<strong>em</strong>ática ser estu<strong>da</strong><strong>da</strong>” (MAUAD, 1996). Aquele que analisa imagens dopassado precisa desenvolver habili<strong>da</strong>des para a partir do probl<strong>em</strong>a proposto e <strong>da</strong> construçãodo objeto de estudo fazer a imag<strong>em</strong> falar, e para isso é necessário que perguntas sejamfeitas.Nesse sentido, se tivermos a intenção de compreender a paisag<strong>em</strong> cont<strong>em</strong>porânea comoresultado de uma superposição de t<strong>em</strong>pos <strong>em</strong> um mesmo espaço, partindo <strong>da</strong> situaçãopresente para resgatar no passado os vestígios deixados pelos homens de outras épocas,algumas questões poderiam ser feitas:Na paisag<strong>em</strong> cont<strong>em</strong>porânea, quais são os indícios que nos informam sobre as rupturase as permanências que simbolizam as expressões <strong>da</strong> relação socie<strong>da</strong>de-natureza –significativas para a m<strong>em</strong>ória coletiva? Como fazer a identificação e interpretação <strong>da</strong>paisag<strong>em</strong> para revelar seus valores e potenciais (para além do valor comercial) passíveis deser<strong>em</strong> incorporados/ traduzidos <strong>em</strong> políticas de planejamento e gestão de paisagens?6. Delineando uma proposição metodológicaAs principais referências teórico-metodológicas para a descrição e interpretação <strong>da</strong>paisag<strong>em</strong> na fotografia são ofereci<strong>da</strong>s pela História Cultural, através <strong>da</strong> leitura de imagens edo método <strong>da</strong> montag<strong>em</strong> de Walter Benjamin, associa<strong>da</strong>s a construções metodológicas decaracterização <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong> ofereci<strong>da</strong>s pela Geografia.O procedimento metodológico aqui apresentado propõe a leitura de imagens comoforma de compreensão <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>. Essa leitura, a ser realiza<strong>da</strong> pelo pesquisadorintérprete,acontece através de um processo de observação, descrição, análise einterpretação <strong>da</strong>s imagens fotográficas. A abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong>, entendi<strong>da</strong> como uma maneira deolhar, articula e confronta as múltiplas duali<strong>da</strong>des que caracterizam a essência <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>,assim, entre o subjetivo e o objetivo, se o objeto não deve ser absorvido pelo sujeito, osujeito está, portanto onipresente na paisag<strong>em</strong> (BERINGUIER, 1991).Cabe salientar, que o método <strong>da</strong> montag<strong>em</strong> surge como possibili<strong>da</strong>de teóricometodológicapara trabalhar as informações de maneira a construir uma trama que relacionaos traços e registros do passado através de um trabalho de construção, de quebra-cabeças,14

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