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Segundo Georg Simmel, em “A Filosofia da Paisagem” - GPIT

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Nessa perspectiva, somos conduzidos a um campo do conhecimento que trata <strong>da</strong>scriações e produções humanas e valoriza os registros deixados pelo hom<strong>em</strong> como umaexperiência sensível do mundo, podendo se oferecer à leitura e permitindo a apreensão deseus significados (PESAVENTO, 2002).<strong>Segundo</strong> Sandra Pesavento v , a história cultural, ao trabalhar com as representações,opera um retorno sobre o social, pois centra a atenção sobre as estratégias simbólicasvalorizando não somente os processos econômicos que ocorr<strong>em</strong> na ci<strong>da</strong>de, mas asrepresentações que se constro<strong>em</strong> na e sobre a ci<strong>da</strong>de, levando ao estudo do imagináriourbano.Assim, a proposta desse campo do conhecimento está centra<strong>da</strong> <strong>em</strong> decifrar a reali<strong>da</strong>dedo passado por meio de suas representações, tentando acessar àquelas formas discursivas eimagéticas, pelas quais os homens expressaram a si próprios e o mundo. Um processocomplexo que busca a leitura dos códigos de outros t<strong>em</strong>pos através de registros e indíciosdo passado que chegam até o t<strong>em</strong>po presente.Esses indícios substitu<strong>em</strong> os fatos ocorridos, e ao encará-los como registros designificado para as questões que levanta, o pesquisador transforma essas representações dopassado <strong>em</strong> fontes ou documentos para sua pesquisa, que muitas vezes pod<strong>em</strong> parecerestranhas aos códigos e valores do momento presente.São as experiências sensíveis do mundo – expressas <strong>em</strong> atos, <strong>em</strong> ritos, <strong>em</strong> palavras eimagens, <strong>em</strong> objetos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> material, <strong>em</strong> materiali<strong>da</strong>des do espaço construído – querevelam uma subjetivi<strong>da</strong>de ou uma sensibili<strong>da</strong>de partilha<strong>da</strong>, coletiva, e se oferece à leituraenquanto fonte, r<strong>em</strong>etendo ao mundo do imaginário, <strong>da</strong> cultura e de seu conjunto designificações construído sobre determina<strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de.A partir <strong>da</strong> interpretação de traços e registros de uma determina<strong>da</strong> cultura, acionamosuma estrutura espaço-t<strong>em</strong>poral que permite a elaboração de tramas <strong>em</strong> um trabalho deconstrução capaz de produzir sentido, como <strong>em</strong> um puzzle. Aos poucos, as peças searticulam, oferec<strong>em</strong> diferentes combinações e revelam explicações que permit<strong>em</strong> umaleitura do espaço <strong>em</strong> diferentes t<strong>em</strong>pos.Se <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> época os homens constro<strong>em</strong> representações para conferir sentido ao real, oimaginário torna-se, assim, uma possibili<strong>da</strong>de de acessar as sensibili<strong>da</strong>des de outros t<strong>em</strong>posatravés dos registros e dos rastros que chegam até o presente, sejam eles falados, imagéticosou materiais, são passíveis de ser<strong>em</strong> resgatados pelo pesquisador. Na construção do12

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