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Expansores de tecido na esclerodermia em golpe de sabre - ABCCMF

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<strong>Expansores</strong> <strong>de</strong> <strong>tecido</strong> <strong>na</strong> esclero<strong>de</strong>rmia <strong>em</strong> <strong>golpe</strong> <strong>de</strong> <strong>sabre</strong>INTRODUÇÃOA esclero<strong>de</strong>rmia é uma doença do colágeno que po<strong>de</strong> sercaracterizada como um conjunto <strong>de</strong> alterações que <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>mo endurecimento da pele e a fibrose ou retração dos <strong>tecido</strong>ssubcutâneos. Habitualmente é dividida <strong>em</strong> forma sistêmica, quepo<strong>de</strong> levar a alterações graves, e <strong>em</strong> forma localizada (on<strong>de</strong> nãocostumam haver alterações à distância). Na forma localizada,encontramos a variante linear, que costuma ser chamada <strong>de</strong>esclero<strong>de</strong>rmia <strong>em</strong> <strong>golpe</strong> <strong>de</strong> <strong>sabre</strong> 1 .Trata-se <strong>de</strong> doença rara, on<strong>de</strong> um dos artigos com maiorcasuística 2 relata 82 casos no período <strong>de</strong> 33 anos. Costuma-seaceitar incidência média <strong>de</strong> 2,7 casos por 100.000 habitantes.Nesse estudo, não se observou predileção por sexo e a média<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos acometidos foi <strong>de</strong> 18 anos 2 .De etiologia ainda não totalmente revelada, t<strong>em</strong>os apresentaçõesque variam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> peque<strong>na</strong>s placas localizadas atéextensas <strong>de</strong>formações craniofaciais, com consequências estéticasimportantes. À medida que a doença avança, observamosatrofia dos fâneros e glândulas sebáceas, além <strong>de</strong> alterações <strong>na</strong>cor da pele (hipo ou hiperpigmentação).Ainda não há tratamento clínico específico para a doença eas propostas cirúrgicas são para corrigir as <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s faciais.Entre estas t<strong>em</strong>os ressecções segmentadas, enxertia <strong>de</strong> gordurae a utilização <strong>de</strong> expansores <strong>de</strong> <strong>tecido</strong> 3-8 .Figura 1 – Paciente do sexo f<strong>em</strong>inino, 36 anos. A: Aspecto préoperatório<strong>de</strong> esclero<strong>de</strong>rmia <strong>em</strong> <strong>golpe</strong> <strong>de</strong> <strong>sabre</strong>. B: Planejamentoper-operatório para avançamento do retalho expandido. C: Áreacruenta após ressecção da região comprometida pela esclero<strong>de</strong>rmia.D: Pós-operatório imediato. E: Pós-operatório <strong>de</strong> 30 dias.ACBDMÉTODONo período <strong>de</strong> 2002 a 2008, realizamos o tratamentocirúrgico <strong>de</strong> três pacientes portadores <strong>de</strong> esclero<strong>de</strong>rmia linearunilateral. Para tal, foram <strong>em</strong>pregados expansores <strong>de</strong> <strong>tecido</strong>.Dois pacientes eram do sexo masculino e um do f<strong>em</strong>inino,sendo que a ida<strong>de</strong> variou entre 8 e 36 anos. Todos os pacientesapresentavam doença estável.Os expansores utilizados foram selecio<strong>na</strong>dos <strong>de</strong> acordo coma área a ser tratada, levando-se <strong>em</strong> conta a curvatura da cabeça,a extensão da lesão e os volumes disponíveis <strong>de</strong> expansores.Sendo assim, optamos por expansores do tipo longitudi<strong>na</strong>lmentecurvo, com volume máximo <strong>de</strong> 400 ml (Silimed®).A fase <strong>de</strong> expansão iniciou-se a partir da segunda s<strong>em</strong>a<strong>na</strong><strong>de</strong> pós-operatório e foi realizada s<strong>em</strong>a<strong>na</strong>lmente por cerca <strong>de</strong>12 s<strong>em</strong>a<strong>na</strong>s. Não se ultrapassou o limite máximo <strong>de</strong> 400 mle as cirurgias foram indicadas a partir do momento <strong>em</strong> que alargura da área expandida (transversalmente) apresentava, pelomenos, duas vezes a largura da área a ser ressecada.RESULTADOSFigura 2 – Paciente com 8 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. A: Aspectopré-operatório. B: Pré-operatório imediato. C: Pós-operatórioimediato. D: Pós-operatório <strong>de</strong> 6 anos.AEBA paciente do sexo f<strong>em</strong>inino tinha sua lesão restrita aocouro cabeludo e os pacientes do sexo masculino apresentavamalterações que se estendiam do couro cabeludo à fronte.Não houve complicações ou intercorrências que interferiss<strong>em</strong>com o objetivo fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong> retirada das lesões cutâneas.Os pacientes <strong>de</strong>monstraram satisfação com os resultados(Figuras 1 e 2). Um paciente apresentava ainda peque<strong>na</strong> lesãoresidual frontal, mas consi<strong>de</strong>rou-se satisfeito e recusou a realização<strong>de</strong> novo procedimento (Figura 3).O acompanhamento pós-operatório variou <strong>de</strong> 8 meses a10 anos.CDRev Bras Cir Craniomaxilofac 2012; 15(1): 10-211

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