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O efeito do tamanho de grão austenítico no número de orientações ...

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me<strong>no</strong>r o <strong>tamanho</strong> <strong>de</strong> <strong>grão</strong> e (3) sem contar o <strong>efeito</strong> <strong>do</strong> treinamento,tinha­se uma recuperação <strong>de</strong> forma, após 4% <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação portração e posterior aquecimento, <strong>de</strong> praticamente 80% e 65%respectivamente para as amostras A e B [Otubo, 1995a, 1995b,1996c, 2002 e Nascimento, 2002]. A esses da<strong>do</strong>s vem se somar osda<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s neste trabalho mostran<strong>do</strong> que a amostra A comgranulometria me<strong>no</strong>r (média <strong>de</strong> 60µm) apresenta fração <strong>de</strong> martensitatérmica induzida termicamente, após imersão em nitrogênio líqui<strong>do</strong>,3 vezes superior que a amostra B <strong>de</strong> granulometria grosseira (média<strong>de</strong> 180µm). Ogawa e Kajiwara [Ogawa, 1993] trabalhan<strong>do</strong> com ligasimilar a amostra A, através <strong>de</strong> um tratamento termomecânicoespecial, obteve recuperação <strong>de</strong> forma <strong>de</strong> 80% após <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> 4%por tração e atribuiu o bom resulta<strong>do</strong> à formação <strong>de</strong> falhas <strong>de</strong>empilhamento <strong>de</strong> estrutura hc, em escala na<strong>no</strong>métrica, espalha<strong>do</strong>s <strong>de</strong>maneira uniforme <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> <strong>grão</strong> que funcionariam como núcleos <strong>de</strong>estrutura hc durante a <strong>de</strong>formação mecânica. Otubo, trabalhan<strong>do</strong> comamostras simplesmente solubilizadas, sem o tratamentotermomecânico especial cita<strong>do</strong> por Ogawa e Kajiwara, obteve osmesmos resulta<strong>do</strong>s para a amostra A. Uma das razões para esse bom<strong>de</strong>sempenho, além da composição química, seria a amostra Aapresentar granulometria fina [Otubo, 1996c]. Posteriormente,fixan<strong>do</strong>­se a composição química e varian<strong>do</strong>­se a granulometria <strong>do</strong>material, para uma amostra com adição <strong>de</strong> cobalto, semelhante àamostra B, os resulta<strong>do</strong>s se repetiram, isto é, amostras comgranulometria mais fina apresentaram melhores resulta<strong>do</strong>s em termos<strong>de</strong> indução da martensita mecanicamente, melhor recuperação <strong>de</strong>forma, etc. [Nascimento, 2002].A transformação martensítica direta se dá pela movimentação dasdiscordâncias parciais <strong>de</strong> Shockley que geram <strong>de</strong>formações <strong>de</strong>cisalhamento que <strong>de</strong>vem ser acomodadas elasticamente <strong>no</strong>s contor<strong>no</strong>s<strong>de</strong> <strong>grão</strong>. Essa acomodação po<strong>de</strong> ser favorecida em amostras comgranulometria mais fina que disponibiliza maior área superficial.Além disso, para que a transformação ocorra, as parciais <strong>de</strong>Shockley <strong>de</strong>vem percorrer <strong>de</strong> um contor<strong>no</strong> a outro e se varrerlateralmente. Segun<strong>do</strong> Otubo, quanto me<strong>no</strong>r o <strong>tamanho</strong> <strong>de</strong> <strong>grão</strong>, me<strong>no</strong>ré distância que as parciais <strong>de</strong> Shockley <strong>de</strong>vem percorrer paraatingir os contor<strong>no</strong>s <strong>de</strong> <strong>grão</strong>s. Se a granulometria é grosseira, adistância a ser percorrida pelas parciais <strong>de</strong> Shockley é maior emuitas vezes, é energeticamente favorável nuclear uma outravariante para aliviar a tensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação gerada pelatransformação [Otubo, 2002]. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s neste trabalhocomprovam essas hipóteses preliminares. A amostra A, comgranulometria média <strong>de</strong> 60µm, apresenta­se com quase 70% <strong>de</strong>martensita induzida termicamente, com a maioria <strong>do</strong>s <strong>grão</strong>sapresentan<strong>do</strong> variante com orientação única enquanto, aquela comgranulometria grosseira, amostra B com 180µm, apresenta <strong>grão</strong>s,principalmente os maiores, com várias variantes <strong>de</strong> martensita <strong>de</strong>diferentes <strong>orientações</strong> e, muitas vezes sem atingir o contor<strong>no</strong> <strong>de</strong><strong>grão</strong>. Além disso, a fração volumétrica <strong>de</strong> martensita induzidatermicamente foi apenas <strong>de</strong> 22%. Po<strong>de</strong>­se concluir, portanto, quegranulometria fina favorece o movimento <strong>de</strong> ida e volta dasdiscordâncias parciais <strong>de</strong> Shockley, portanto, favorecen<strong>do</strong> umamelhor recuperação <strong>de</strong> forma.

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