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O efeito do tamanho de grão austenítico no número de orientações ...

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A figura 3 apresenta imagens <strong>de</strong> elétrons retro­espalha<strong>do</strong>s para aamostra A, após imersão em nitrogênio líqui<strong>do</strong> por uma hora,apresentan<strong>do</strong> fração volumétrica <strong>de</strong> martensita ε induzidatermicamente <strong>de</strong> 67% e austenita γ residual <strong>de</strong> 33% medida pordifração <strong>de</strong> raios X. As fases ε (hc) e γ (cfc) estão tambémindicadas simbolicamente com suas respectivas <strong>orientações</strong>. Afigura 4 correspon<strong>de</strong> à amostra B cujo teor <strong>de</strong> martensita εinduzida termicamente é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 22% e austenita nãotransformada <strong>de</strong> 78%, <strong>de</strong><strong>no</strong>tan<strong>do</strong> uma segunda gran<strong>de</strong> diferença. Istoé, material <strong>de</strong> granulometria mais fina, amostra A, com <strong>tamanho</strong> <strong>de</strong><strong>grão</strong> médio <strong>de</strong> 60µm apresenta uma transformação martensítica muitomais pronunciada que a amostra B. Uma terceira observação, objeto<strong>de</strong>sse trabalho, se refere aos mo<strong>do</strong>s da transformação martensítica.Como previsto anteriormente [Otubo, 2002], na amostra A quan<strong>do</strong> um<strong>grão</strong> se transforma, a transformação é geralmente completa e o <strong>grão</strong>como um to<strong>do</strong> apresenta orientação única, isto é, uma únicavariante <strong>de</strong> martensita aparece como indica<strong>do</strong> pela coloraçãouniforme. Já a amostra B, <strong>de</strong> granulometria mais grossseira, com<strong>tamanho</strong> <strong>de</strong> <strong>grão</strong> médio <strong>de</strong> 180µm, além <strong>de</strong> induzir me<strong>no</strong>s martensita,quan<strong>do</strong> induz, apresenta diversas variantes num mesmo <strong>grão</strong>,principalmente naqueles maiores. Por exemplo, o <strong>grão</strong> <strong>de</strong> coralaranjada, próximo ao canto superior direito, com dimensão maiorda or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 200µm, apresenta três variantes <strong>de</strong> martensita <strong>de</strong> coreslilás, rosa e vermelha e com fun<strong>do</strong> alaranja<strong>do</strong> <strong>de</strong> austenita nãotransformada com as respectivas estruturas cristalinas associadas.Alem disso, as variantes <strong>de</strong> martensita ε não “varrem” toda aextensão <strong>do</strong> <strong>grão</strong> e apresentam­se truncadas. Outros <strong>grão</strong>s maiores,<strong>de</strong>ssa mesma amostra, apresentam também diversas variantes <strong>de</strong>martensita em direções diferenciadas e truncadas. Poucas são asvariantes <strong>de</strong> martensita que atravessam <strong>de</strong> um contor<strong>no</strong> a outro. Poroutro la<strong>do</strong>, a amostra A, cujo maior <strong>grão</strong> (na área analisada), <strong>de</strong>cor lilás localizada na região central inferior, <strong>de</strong> dimensões daor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 45µm, apresenta­se completamente transformada e com umaúnica orientação (cor única). O <strong>grão</strong> vizinho superior, um poucome<strong>no</strong>r, apresenta duas variantes <strong>de</strong> martensita (lilás escura erosa) esten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>­se praticamente <strong>de</strong> um contor<strong>no</strong> a outro. Outros<strong>grão</strong>s me<strong>no</strong>res nesta mesma amostra apresentam­se completamentetransformadas, cada uma com uma única orientação. Um outro fatoque po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong>, a partir das figuras geométricas daestrutura cristalina associada, é a relação <strong>de</strong> orientação entre asduas fases γ (cfc) e ε (hc). A interface entre as duas fasesapresenta a relação <strong>de</strong> Shoji­Nishiyama, ou seja, a direção//, isto é, o pla<strong>no</strong> {111} da estrutura CFC coinci<strong>de</strong> como pla<strong>no</strong> basal {0001} da estrutura HC justifican<strong>do</strong> a formação daestrutura hexagonal a partir da estrutura CFC através da passagemdas discordâncias parciais <strong>de</strong> Schockley a cada <strong>do</strong>is pla<strong>no</strong>satômicos [Nishiyama, 1978].

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