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Relatório e Contas Anual - CTT

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1 1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO1.1.1. InternacionalSegundo a última atualização das previsões do FMI,a economia mundial terá registado um abrandamentodo crescimento em 2012 (3,2%), tendo as economiasavançadas observado um crescimento positivo (1,3%,em termos médios) enquanto as economias de mercadoemergentes e em desenvolvimento deverão termantido um crescimento mais forte (5,1%, em termosmédios).De entre as principais economias avançadas, verificou-seuma expansão do PIB nos EUA (2,3%), umarecuperação no Japão (2,0%, associada ao esforço dereconstrução na sequência do terramoto registadono início de 2011) e uma quase estagnação na UniãoEuropeia (-0,2%), com evoluções muito distintas entreos Estados-membros (crescimento económico maisforte na Polónia e países bálticos e recessão pronunciadana Grécia).A economia na zona euro contraiu-se 0,5%, em termosmédios anuais, o que compara com um crescimentode 1,5% em 2011. O enfraquecimento da atividadeeconómica na zona do euro durante este períodorefletiu em larga medida a fragilidade da procurainterna, uma vez que a procura externa registou umcontributo positivo para o crescimento do PIB. O consumoprivado continuou em queda, fruto da incertezarelativamente à evolução da economia e às medidasde austeri dade indutoras de redução de consumo nalgunspaíses. O investimento também se contraiu, refletindoos níveis relativamente baixos de confiança dosempresários e significativas restrições no acesso aocrédito ban cário em alguns países da zona euro.Em 2012, a taxa de inflação diminuiu na generalidadedas economias mundiais. Nas economias avançadas ainflação diminuiu para 2,0% em 2012 (2,7% em 2011)e nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimentoregistou valores em torno de 6,1% (7,2%em 2011). Em 2012 verificou-se a manutenção dospreços do petróleo em níveis elevados, num quadrode manutenção das tensões geopolíticas no MédioOriente e de redução da oferta de petróleo por partede alguns países produtores, por contrapartida dasnecessidades crescentes dos países emergentes emcrescimento acelerado.Na medida em que a persistência do fraco nível deutilização da capacidade produtiva nas economiasavançadas contribuiu para a moderação das pressõesinflacionistas, a política monetária da generalidadedos países pertencentes a este grupo (nomeadamenteZona Euro, Reino Unido, EUA e Japão) caracterizou--se por uma orientação expansionista. Com efeito, osBancos Centrais do Reino Unido, dos EUA e do Japão,mantiveram as taxas de juro diretoras ao nível de finalde 2010, i.e., próximas de zero e o Conselho do BancoCentral Europeu decidiu em julho reduzir as taxas dejuro oficiais em 25 p.b., passando a taxa das operaçõesprincipais de refinanciamento do banco CentralEuropeu para 0,75%.1.1.2. NacionalA economia portuguesa esteve em 2012 sob influênciado programa de ajustamento económico e financeiro(PAEF) acordado entre o governo português, o FMI,a Comissão Europeia e o BCE.A atividade económica portuguesa terá contraído3,2% em 2012, fruto de uma queda expressiva e generalizadada procura interna. O consumo privado deve ráter registado uma contração de 5,5%, ao passo que aformação bruta de capital fixo deverá ter caído cercade 14%, traduzindo uma redução de todas as componentes,com especial incidência no investimentopúblico e residencial. O consumo público ter-se-áreduzido cerca de 4,5% pelo segundo ano consecutivo.A evolução das componentes da procura internadeter minou, em larga medida, a diminuição dasimpor tações em 6,9%; as exportações, fruto da deterioraçãodo enquadramento externo, apresentaramuma desaceleração, passando de uma taxa de crescimentode 7,2% em 2011 para 3,3% em 2012.Merece especial destaque no atual processo de ajustamentoda economia portuguesa a rápida reduçãodas necessidades de financiamento externo, medidaspelo saldo conjunto das balanças corrente e de capital,que se terão reduzido de cerca de 9,4% do PIB em2010 para um valor próximo do equilíbrio em 2012.A taxa de inflação, medida pelo Índice Harmonizadode Preços no Consumidor, situou-se em 2,8% (3,6%em 2011), o que reflete em larga medida o aumentodos impostos indiretos (IVA) e dos preços administradosno quadro do esforço de consolidação orçamental.No que diz respeito ao mercado de trabalho, tudoaponta para que a redução do emprego em 2012(-4,2%) tenha sido superior à da atividade económica.A taxa de desemprego média anual de 2012 situou-seem 15,7% (+2,9 p.p. do que em 2011).25

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