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Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

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[*3] O sistema bimetálico não funcionava direito porque os governos tentavamdeterminar a taxa de câmbio entre os metais, função que deveria ser cumpridapelo processo de merca<strong>do</strong>. Na prática, os governos criavam uma diferença depreços artificial entre o mun<strong>do</strong> interno e o externo. Se, por exemplo, o preço <strong>do</strong>ouro em termos de prata dentro <strong>do</strong> país sob o regime de câmbio fixo estivessemais barato <strong>do</strong> que no mun<strong>do</strong> exterior (digamos 15 pratas por ouro lá dentrocontra 20 pratas por ouro lá fora), compensaria para os agentes de dentro <strong>do</strong>país trocarem prata por ouro sob a paridade fixa e venderem o ouro no exterior,realizan<strong>do</strong> lucros (ganhan<strong>do</strong> 5 pratas extra). Essa é a chamada Lei deGreshan, que postula que a “moeda ruim” (no caso a artificialmentedesvalorizada, a prata) expulsa <strong>do</strong> país a “moeda boa” (no caso aartificialmente valorizada, o ouro).[*4] Em seu “Desnacionalização <strong>do</strong> <strong>Dinheiro</strong>”, Hayek propõe que a moeda sejaemitida levan<strong>do</strong>-se em conta as relações de troca de uma “cesta” de bensprimários.[*5] <strong>Mises</strong> aí se refere ao problema da moeda de curso legal, ou seja, algo quea lei reconhece e obriga a aceitação como meio de pagamento. Ao obrigar ummeio de pagamento a ser aceito, o governo implicitamente legaliza o sistemade reservas fracionárias – sistema no qual os depósitos bancários não sãomanti<strong>do</strong>s 100% nos “cofres” <strong>do</strong> banco. Isso proporciona aos bancos aoportunidade de emprestar parte <strong>do</strong> dinheiro <strong>do</strong>s correntistas sem seuconsentimento, crian<strong>do</strong> novos meios de pagamento e expandin<strong>do</strong> a ofertamonetária. O Esta<strong>do</strong> pode se valer desse sistema para criar dinheiro e utilizalo.[*6] Para simplificar o entendimento, ativos podem ser considera<strong>do</strong>s comofontes (possíveis) de renda e passivos como fontes (possíveis) de despesas.[*7] Para clarificar o ponto de <strong>Mises</strong>: imagine que um empresário teve custosde 10, uma receita de 20, incorren<strong>do</strong> num lucro de 10. Suponha também que odinheiro perdeu valor de forma que aquelas coisas com as quais o empresáriogastaria antes 10 agora lhe requerem 15. Como o aumento de preços não é

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