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Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

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Deixe nos aban<strong>do</strong>nar o exemplo de um Esta<strong>do</strong> isola<strong>do</strong> e virar nossa atençãoaos movimentos internacionais que surgem devi<strong>do</strong> a uma queda no valor <strong>do</strong>dinheiro devi<strong>do</strong> a um aumento em sua quantidade. Aqui, novamente, oprocesso é o mesmo. Não há aumento na oferta de bens disponível; apenassua distribuição é alterada. O país no qual novas minas estão localizadas e ospaíses que negociam diretamente com ele tem sua posição melhorada pelofato de que eles ainda são capazes de comprar merca<strong>do</strong>rias de outros paísesaos preços antigos quan<strong>do</strong> a depreciação em casa já aconteceu. Aquelespaíses que são os últimos a serem atingi<strong>do</strong>s pela nova corrente de dinheiro sãoaqueles que devem em última instância pagar o custo <strong>do</strong> maior bem estar <strong>do</strong>soutros países [*12]. Dessa forma a Europa fez um mau negócio quan<strong>do</strong> asrecém descobertas minas de ouro da América, Austrália, e África <strong>do</strong> Sul deramorigem a um tremen<strong>do</strong> boom nesses países. Palácios brotaram <strong>do</strong> dia para anoite aonde não havia nada exceto florestas virgens e desertos há alguns anosatrás; as pradarias foram intersectadas por ferrovias; e toda e qualquer coisano caminho de ser bem de luxo que poderia ser produzida pelo Velho Mun<strong>do</strong>encontrou merca<strong>do</strong>s em territórios nos quais até pouco atrás tinham si<strong>do</strong>povoa<strong>do</strong>s por nômades nus e em pessoas que até pouco tempo atrás estavamsem mesmo as mais limitadas necessidades de existência. Toda essa riquezafoi importada <strong>do</strong>s antigos países industriais pelos novos coloniza<strong>do</strong>res, ossortu<strong>do</strong>s cava<strong>do</strong>res, e paga em ouro que foi gasto assim que o foi recebi<strong>do</strong>. Éverdade que os preços pagos por essas merca<strong>do</strong>rias eram maiores <strong>do</strong> queteria correspondi<strong>do</strong> ao antigo poder de compra <strong>do</strong> dinheiro; entretanto, nãoeram tão altos para que cubram completamente as novas circunstâncias. AEuropa exportou navios e trilhos, bens metálicos e têxteis, mobília e máquinas,por ouro o qual ela pouco ou nada necessitava, uma vez que to<strong>do</strong> o que elapossuía era suficiente para todas suas transações monetárias.Uma diminuição <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> dinheiro ocasionada por qualquer outro tipo decausa teria um efeito completamente similar. As conseqüências econômicas devariações no valor <strong>do</strong> dinheiro são determinadas não por suas causas, mas simpela natureza de seu lento progresso, de pessoa a pessoa, de classe a classe,e de país a pais. Se considerarmos em particular aquelas variações no valor <strong>do</strong>dinheiro que surgem da ação de vende<strong>do</strong>res quan<strong>do</strong> os preços estão em

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